3. Introdução
SOBRE O BUDISMO
• É uma filosofia e/ou religião NÃO TEÍSTA;
• Surgiu originalmente na Índia por volta do século VI a.C.;
• Baseada nos ensinamentos de Siddhartha Gautama
(BUDA);
• Tem 376 milhões de seguidores no mundo;
• Quinta maior religião em número de adeptos no mundo;
• No Brasil (IBGE 2010) residem quase 245 mil budistas;
• Seus ensinamentos básicos são: evitar o mal, fazer o
bem e purificar a própria mente.
5. A VIDA DE BUDA
NASCIMENTO
• Nome: Siddharta Gautama;
• nasceu no século VI a.C., no norte da Índia (Nepal);
• após seu nascimento, foi levado pelos seus pais ao
templo para ser apresentado aos sacerdotes;
• Um senhor sábio profetizou "este menino será grande
entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre
espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de
seus sofrimentos“
• os pais de Siddharta resolveram criar o filho
superprotegido para que ele não optasse por estudos
filosóficos como foi profetizado.
6. A VIDA DE BUDA
JUVENTUDE E CASAMENTO
• Aos 16 anos, ele se casou com sua bela prima Yasodhara;
• teve um único filho, Rahula;
• curioso com a vida fora dos portões do palácio;
• um belo dia, decidiu descobrir o que havia do outro lado;
• Siddharta se chocou com a realidade de seu povo;
• aos 29 anos decidiu buscar uma solução para aquilo que
afligia seu coração: o sofrimento humano;
• abriu mão de sua família e foi em busca de uma resposta;
• foi nesse caminho que ele se tornou Buda, o iluminado.
7. A VIDA DE BUDA
ILUMINAÇÃO E PREGAÇÃO
• Em sua iluminação, Sidarta compreendeu as causas do
sofrimento e os caminhos necessários para eliminá-lo;
• Após atingir a iluminação, Buda passa a ensinar o
Dharma;
• Dharma é o caminho que conduz à maturação cognitiva
que conduz à libertação de boa parte do sofrimento
terrestre;
• o número de discípulos aumenta cada vez mais, entre
eles, o seu filho e a sua esposa;
• Após criar sua doutrina, Sidarta percorreu o país pelos 45
anos seguintes, difundindo o seu ministério.
8. A VIDA DE BUDA
SUA MORTE
• Sidarta morreu aos 80 anos de idade, na cidade de
Kushinagar, no atual estado de Uttar Pradesh, na Índia;
• seu corpo foi cremado por seus amigos, sob a orientação
de Ananda, seu discípulo favorito;
• as cinzas foram repartidas entre vários governantes, para
serem veneradas como relíquias sagradas;
• CAUSA DA MORTE: Possível envenenamento.
13. ESCRITURAS
Buda não deixou nada escrito;
Concílio na cidade de Rajaghra;
Debate: legitimação da autenticidade das escrituras;
No séc. I, os preceitos de Buda começaram a ser escritos;
Primeiro lugar de escrita dos preceitos de Buda: Sri Lanka;
CÂNONE PÁLI, contém os textos que se aproximam mais
dos ensinamentos de Buda – pela tradição THERAVADA;
No budismo não existe um livro sagrado como a Bíblia ou
Alcorão, que seja igual para todos;
Existem outros Cânones budistas: Chinês e o Tibetano;
14. ESCRITURAS
O cânone Budista divide-se em três grupos de textos,
chamado “Triplo Cesto de Flores” (Pitaka):
1. Sutra Pitaka: Agrupa os discursos de Buda.
Divide-se em vários subgrupos;
2. Vinaya Pitaka: Conjunto de regras a serem seguidas.
Foram relatadas por Upali;
3. Abhidharma Pitaka: Aspectos filosóficos e psicológicos
dos ensinamentos, e listas de termos técnicos.
16. OS DEZ PRECEITOS MAIORES
1º Preceito Maior: Não matar;
2º Preceito Maior: Não roubar;
3º Preceito Maior: Não manter condutas sexuais impróprias;
4º Preceito Maior: Não mentir nem falar com falsidade;
5º Preceito Maior: Não vender bebidas alcoólicas;
6º Preceito Maior: não veicular as faltas da assembleia;
7º Preceito Maior: Não se louvar depreciando os outros;
8º Preceito Maior: Não ser avarento nem abusivo;
9º Preceito Maior: Não alimentar raiva e ressentimento;
10º Preceito Maior: Não caluniar as três joias
Não falar mal ou encorajar outros.
18. AS TRÊS JOIAS DO BUDISMO
O budismo reconhece três "joias", ou seja, três bonitos e
valiosos bens que mantêm seu valor ao longo do tempo:
1. O Buda;
2. O dharma, ou seja, a doutrina budista;
3. O sangha, ou seja, a comunidade de monges budistas.
20. CONCEITOS BUDISTAS
CARMA: LEI DE CAUSA E EFEITO
• Boas ou más ações que geram consequências ou
resultados nesta vida ou em um renascimento
subsequente;
• Quando alguém age, a intenção em sua mente
determinará os efeitos desta ação;
• No budismo Teravada, não há salvação ou perdão de
um carma;
• Outras escolas budistas
afirmam poder expurgar
os carmas negativos
recitando ou ouvindo
um mantra.
21. CONCEITOS BUDISTAS
RENASCIMENTO
• Anatta: inexistência de um "eu" permanente e
imutável;
• Renascimento: processo que os seres passam por
uma sucessão de vidas (percepções conscientes);
30. CONCEITOS BUDISTAS
NIRVANA
• É a meta do budismo;
• É o apagar do fogo das paixões e a extinção do ego;
• É não necessitar mais renascer;
• É o que todo budista procura por toda vida, a paz
absoluta;
• É o que faz do homem comum um Buda;
• É a iluminação;
• É a extrema paz.
31. CONCEITOS BUDISTAS
SOFRIMENTO: CAUSAS E SOLUÇÕES
As Quatro Nobres Verdades
• Primeiros ensinamentos deixados por Buda depois de
atingir o Nirvana.
1. a vida é levada ao sofrimento e/ou mal-estar
(dukkha), de uma forma ou outra;
2. O sofrimento é causado pelo desejo (trishna).
3. O sofrimento acaba quando termina o desejo, através
da eliminação da ilusão (maya).
4. Assim, alcançamos o estado de libertação do
iluminado (bodhi). Esse estado é conquistado através
dos caminhos ensinados pelo Buda.
33. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
• Os rituais variam de uma escola para outra;
• Mas, tradicionalmente, incluem em todas
venerar Buda;
recitar as três joias
e recitar os cinco preceitos.
• O culto pode ser realizado em casa ou no templo
(santuário).
34. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
RECORDAÇÃO DAS TRÊS JÓIAS
• Um dos sistemas de meditação fundamental,
ensinado no Ocidente é a recordação do Buda,
Dhamma e Sangha.
• Recomendado pelo próprio Buda;
• Trazer à mente e considerar as qualidades dessas
três joias.
35. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
IMAGENS DO BUDDHA
• Tem variedades de posturas: em pé, sentado, deitado,
andando e reclinado;
• Para sugerir diferentes maneiras de refletir sobre a
iluminação.
36. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
ALTARES
• Podem ser grandes, elaborados e formais;
• Ou simples e básicos;
• Podem ser encontrados tanto em casas privadas
quanto monastérios;
• Tradicionalmente, há enfeites adicionais como velas,
incenso e flores.
37. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
ALTARES - RESPEITO
Expressa-se respeito:
• Corpo inteiro, curvando-se pela cintura;
• Ajoelhando-se;
• Agachando-se;
• Abaixando a cabeça.
38. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
PROSTRAÇÃO
Embora Buda não seja venerado como um deus, os
budistas homenageiam-no e agradecem por seus
ensinamentos ao inclinarem-se, ajoelharem-se e
prostrarem-se diante de sua imagem.
39. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
ESMOLAS PARA OS MONGES
• Monges e monjas levam uma vida de pobreza;
• Para sobreviver dependem de esmolas dadas pelos
leigos;
• A cada dia, monges
fazem coletas em sua
comunidade local;
• Doar comida e roupas
é prática comum de
budistas leigos para
adquirir mérito.
40. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
RECEBENDO OU MANUSEANDO DINHEIRO
• Não é permitido monges e monjas manusearem
dinheiro;
• Apenas cartões de telefone, vales-viagens e
passagens de ônibus;
• Visitantes podem deixar dinheiro na caixa de doação
no monastério que depois será cuidado por um noviço
ou leigo.
41. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
RITOS E PASSAGEM
• É tradicional marcar eventos domésticos significativos
tais como aniversários, casamentos, bênçãos de
casas e mortes com uma cerimônia adequada;
• São cerimônias mais pessoais ou em menor escala
em oposto aos maiores festivais públicos;
• Em uma cerimônia de nascimento, casamento ou
casa nova, todos os presentes esforçam-se em criar
uma atmosfera adequada à natureza da ocasião, seja
de felicidade e prosperidade ou reflexão silenciosa.
42. RITUAIS E OBSERVÂNCIA
RITOS E PASSAGEM
• CURIOSIDADE: Na Tailândia, números ímpares de
monges são convidados para nascimentos e
casamentos, enquanto números pares são
convidados para o ritual em torno da morte;
• O número NOVE é considerado especialmente
propício para ocasiões felizes.
46. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
• O budismo começou na Índia, mas nos dias atuais
tem conquistado o mundo inteiro inclusive o Brasil;
• Sempre que acontece o VESAK com suas palestras,
reuniões, retiros e Dhama, se nutre as pessoas com a
sabedoria do Buda e seus ensinamentos sobre a
mudança da sociedade;
• Tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida do
planeta, conscientizando a todos como se deve agir
consigo mesmo e com o próximo.
47. Vesak é reconhecido internacionalmente na assembleia
da ONU, resolução 54/115 de 1999, data que marca
contribuição do budismo à espiritualidade.
48. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
GUERRA, CONFLITO E CURA
• As raízes da guerra e do conflito estão dentro de nós;
• Devemos usar a fala amorosa para regar as sementes
de compreensão, compaixão, alegria e irmandade
inerentes ao outro;
• Práticas budistas, como o Pensamento Correto, Fala
Correta, Ação Correta e Modo de Vida Correto são
cruciais para a cura de que todos necessitam;
• Está na educação da paz a forma de sair da guerra e
da violência.
49. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
JUSTIÇA SOCIAL
• O Manifesto de 2000 da UNESCO contém 6 pontos e
equivale à prática dos Cinco Treinamentos da Plena
Consciência, que são:
1. Reverência à Vida;
2. Verdadeira Felicidade;
3. Verdadeiro Amor;
4. Fala Amável e Escuta Profunda;
5. Nutrição e Cura.
50. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
JUSTIÇA SOCIAL
• O Budismo e a prática dos Cinco Treinamentos têm
muitos meios para levar mais justiça e compaixão à
sociedade;
• Por exemplo, quando praticado o segundo
treinamento da generosidade para oferecer o tempo,
energia e recursos materiais àqueles que necessitam
realmente deles, a vida torna-se repleta de significado
e realização e traz cura para os relacionamentos e
à sociedade;
51. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
JUSTIÇA SOCIAL
Ciente das situações de injustiça, como:
a) desigualdade entre gêneros e a exclusão da mulher;
b) a opressão de minorias;
c) a exploração das crianças e dos pobres.
O budismo usa de várias formas para falar sobre
injustiça e de chamar a atenção para aqueles que
sofrem e não são ouvidos.
52. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
BUDISMO ENGAJADO E DESENVOLVIMENTO
• Budismo engajado é a prática da compreensão e do
amor na família, escola, local de trabalho, hospital,
prisão, fábrica, exército, prefeitura e governo;
• O Budismo entende que as pessoas são o ambiente.
Ao proteger o ambiente, as pessoas são protegidas
também;
• O ambiente é a retribuição de nossa ação coletiva
(karma);
• Viver com simplicidade, desenvolver a compreensão e
o amor, cuidar de nosso ambiente é seguir o caminho
do Buda.
53. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
A RESPOSTA BUDISTA À MUDANÇA CLIMÁTICA
• A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento
de florestas como formas de suprir nossos meios de
transporte, e o consumo de carne e laticínios são as
principais causas do aquecimento global;
• Muitos budistas não comem carne;
• Dirigir um carro híbrido e consumir alimentos
vegetarianos ou veganos são soluções propostas
pelos budistas.
54. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
PROBLEMAS FAMILIARES E A RESPOSTA BUDISTA
• Ter uma vida simples é a resposta, pois permite parar
de correr atrás da fama, do dinheiro e do sucesso, e
investir naquilo que é o mais importante: a paz e
felicidade pessoal, familiar e da comunidade;
• A prática da escuta profunda e da bondade amorosa
preserva e recupera a comunicação entre as pessoas;
• A prática da plena consciência possibilita a
transformação e a cura, fazendo com que os pais
protejam-se contra o divórcio e o distanciamento de
seus filhos, preservando uma vida digna.
55. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
EDUCAÇÃO BUDISTA
• Nas escolas, as crianças têm a chance de aprender a
lidar com a raiva e a violência que trazem dentro de si,
sabendo como escutar com compaixão e usar a fala
amorosa;
• A instrução cívica e a ética budista são ensinadas de
modo que mesmo as crianças mais jovens possam
praticá-las.
56. CONTRIBUIÇÕES BUDISTAS
• As contribuições do budismo à construção de uma
sociedade, justa, democrática e civil são observadas
em nossa prática, em nossa vida diária;
• Através de uma consciência, do despertar, do
compromisso, pode-se ser a própria mudança que se
quer ver na sociedade.
57. A construção para uma sociedade justa , democrática e
civil não depende daquilo que fazemos mas daquilo que
somos.
58. Não basta só saber que o caminho é lindo mas temos
que trilhar o caminho