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Ensino Fundamental - Anos Finais
NONO ANO
Volume
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LIVRO DO
PROFESSOR
FÍSICA
Grupos
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EDITORIAL
Todos os direitos desta publicação são reservados à
Pearson Education do Brasil S.A.
Fone: (16) 3238.6300
Av. Dr. Celso Charuri, 6391
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510
www.coc.com.br
Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa
Gerência editorial de portfólio de Educação Básica e Ensino Superior Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Diogo Mecabô
Autoria Wagner Fonzi
Editoria responsável Natália H. P. Coelho
Editoria pedagógica Anita Adas
Editoria de conteúdo Antônio Sérgio M. de Castro
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Camila Rocha, Eloá Thaís Matielo de Campos, Mariana Paulino Silva
Preparação e revisão gramatical Amanda Manfrim Vizzotto, Jamile Reami Turqueto,
Leandro Requena Pereira, Roseli Deienno Braff
Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva, Luzia Lopez
Editoria de arte Natália Gaio Lopes
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr.,
Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião
Editoria de Ilustração Carol Plumari
Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações,
Leopoldo Anjo & Estúdio Pastelaria
Capa e projeto gráfico APIS design
Diagramação e arte final APIS design, Diagrama Soluções Editoriais
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
SISTEMA COC DE ENSINO
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GRUPO
“Todos nós sabemos que o mundo em que vivemos é domina-
do por movimento e variação. A Terra move-se em sua pró-
pria órbita em torno do Sol; uma colônia de bactérias cresce;
uma pedra lançada para cima vai perdendo velocidade, e,
em seguida, cai ao chão com velocidade crescente; elemen-
tos radioativos se desintegram. Estes são apenas alguns itens
no rol infindável de fenômenos para os quais a Matemática
é o meio mais natural de comunicação e compreensão. Como
disse Galileu há mais de 300 anos: “O Grande Livro da Na-
tureza está escrito com símbolos matemáticos”. O Cálculo é
o ramo da Matemática cujo principal objetivo é o estudo do
movimento e da variação. É um instrumento indispensável
de pensamento em quase todos os campos da ciência pura e
aplicada – em Física, Química, Biologia, Astronomia, Geologia
[...]. Qualquer que seja o padrão de medida, os métodos e as
aplicações do Cálculo estão entre as maiores realizações inte-
lectuais da civilização.”
George F. Simmons
O pensamento algébrico que começa a se consolidar neste último ano do
Ensino Fundamental é essencial para a aplicação e avaliação de modelos
matemáticos na compreensão, representação e análise de relações quantita-
tivas de grandezas. Nesse contexto, ideias matemáticas fundamentais – como
equivalência, razão, variação, interdependência e proporcionalidade – são
indispensáveis para o estudo e entendimento de modelos, conceitos e gene-
ralizações da Física e da Química, bem como para diversas carreiras, como
Engenharia, Economia, Medicina, Ciências Sociais, entre inúmeras outras.
ALBERTO
ANDREI
ROSU/
DREAMSTIME
VARIAÇÕES
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CONHEÇA SEU LIVRO
ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que
dialogam com o texto
introdutório, buscando
contextualização e
estimulando a reflexão
sobre o assunto em estudo.
MÓDULOS
Reunido em capítulos,
sistematiza a teoria que
será trabalhada no grupo.
Os exercícios referentes aos
módulos são organizados após
a teoria para facilitar a rotina
de estudos.
OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de
aprendizagem a serem
desenvolvidos no grupo.
EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o
estudo e a revisão de conteúdos,
são divididos em exercícios
de aplicação, trabalhados em
sala, e exercícios propostos,
realizados em casa ou em
outros momentos.
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ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos
conceitos e estabelece conexões
entre eles, proporcionando
uma articulação entre os
conteúdos do capítulo.
PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são
destacáveis, facilitando
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.
ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos
complementares
que enriquecem o
desenvolvimento
dos módulos.
PARA CONFERIR
Momento indicado para
conferir a aprendizagem de
conteúdos. Pode ser aplicado
ao final do capítulo ou durante
seu desenvolvimento.
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EXPLORE MAIS
São dicas de sites, textos
e links, em ambiente
digital, relacionados
ao conteúdo estudado,
possibilitando ampliação
e aprofundamento.
NOTA
Traz informações
históricas ou sobre
estudiosos que se
destacaram no contexto
do conteúdo em estudo.
Pouco a pouco,
Sem que qualquer coisa me falte,
Sem que qualquer coisa me sobre,
Sem que qualquer coisa esteja
[exatamente na mesma posição,
Vou andando parado,
Vou vivendo morrendo,
Vou sendo eu através de uma
[quantidade de gente sem ser.
Vou sendo tudo menos eu.
Acabei.
Álvaro de Campos
QUADRO DE TEXTO
Com referência direta
ao que está sendo
trabalhado, permite
o contato com
diversos autores.
VOCABULÁRIO
Explica, de maneira
mais acessível e dentro
do contexto, termos e
conceitos, favorecendo sua
assimilação, compreensão
e apropriação.
CONHEÇA SEU LIVRO
As miniaturas são um
recurso discursivo que
facilitam a contextualização
dos quadros com o texto
principal, indicando nele
em que ponto a informação
adicional está relacionada.
MINIATURAS DOS ÍCONES
BOXES E ÍCONES
Mais-valia: excedente
obtido pela diferença en-
tre o custo de produção
de um produto e o valor
de sua venda. O custo de
produção é obtido pela
somadovalordamatéria-
-prima, os gastos com a
produção e o salário pago
ao operário produtor.
VOCABULÁRIO
NOTA
Anaxágoras (500-430 a.C.)
A palavra “física” tem origem
no termo grego, physis, cujo
significado é natureza. Um
dos primeiros físicos foi pro-
vavelmente Anaxágoras, que
viveu na costa oeste da atual
Turquia. Professor de Filoso-
fia em Atenas, sua principal
contribuição foi o Nous, que
ele considerava o princípio de
todas as coisas, ou seja, um
simples objeto que conteria
todos os elementos do uni-
verso.Com esse pensamento,
Anaxágorastornou-seumdos
primeiros estudiosos a des-
vincular a ciência da religião
e foi, por isso, condenado à
morte, embora tenha fugido.
Ser ou não-ser
Para entender melhor
a filosofia de Heráclito,
acesse o vídeo apresen-
tado por Viviane Mosé,
“Ser ou não-ser – Heráclito
– devir e a luta dos con-
trários”. Disponível em:
<coc.pear.sn/tCxWrnc>.
EXPLORE MAIS
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SELOS
pág.
Encarte 399
pág.
Redação 399
Colaborativo
GRUPO TEMÁTICO
Momento em que
o grupo temático é
trabalhado, por meio
do qual as ligações
entre as disciplinas são
evidenciadas.
PARA IR ALÉM
Oportunidade de
aprofundar o conteúdo
e desenvolver uma
postura investigativa,
estimulando a reflexão
ao despertar a
curiosidade e o interesse.
Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados
materiais complementares ao desenvolvimento do módulo.
E também em partes da página:
O selo colaborativo indica exercícios que exploram
estratégias diferenciadas de aprendizagem:
pág.399
Redação pág.399
Encarte Adesivo
Eles podem aparecer no texto:
GRUPO
TEMÁTICO
Porcentagem nos preços
A porcentagem é usada para
muitas finalidades, sendo
a observação das variações
de valores, como preços de
produtos, uma das aplica-
ções mais comuns. Como
exemplo,temosavariaçãode
preço de produtos da nossa
alimentação ou a variação
de preços de moedas estran-
geiras. Sempre que um valor
aumenta, ou diminui, temos
de tomar como referência o
valor anterior. Por exemplo,
se um produto custa 2 reais,
e seu valor aumenta 1 real,
umeconomistadiráqueoau-
mento foi de 50%, pois 1 real
é 50% de 2 reais, ou seja, a
metade do preço.Em contra-
partida, se um produto custa
100 reais e tem o mesmo au-
mento de 1 real, o economis-
ta dirá que o aumento foi de
1%, pois 1 real corresponde
a 1% de 100 reais.
O quarto estado: plasma
Já são conhecidos três es-
tados físicos da matéria:
sólido, líquido e gasoso. No
entanto, ainda existe outro
estado, o plasmático. Se
considerarmos todo o Uni-
verso, o estado plasmático
éomaisencontrado,apesar
de não o ser no planeta Ter-
ra.OpróprioSoléconstituí-
do por plasma, que, assim
comoosoutrosestadosfísi-
cos,ocorrepeloaumentode
pressão e temperatura. Se
adicionarmosaltapressãoe
alta temperatura a um gás,
atingiremos o plasma.
PARA IR ALÉM
Representação do plasma, o
quarto estado da matéria.
SAKKMESTERKE/ISTOCK
NA PRÁTICA
Apresenta conceitos da
disciplina aplicados em
situações do cotidiano ou em
outras áreas do conhecimento,
servindo também à
divulgação científica.
NA PRÁTICA
Não confunda
peso com massa!
É comum confundirmos es-
sas duas grandezas físicas,
principalmente quando
utilizamos, erroneamente,
no nosso cotidiano, o termo
“peso” como sinônimo de
“massa”. Essas duas gran-
dezas têm conceitos e defi-
nições distintos.
Peso é a quantidade de força
comqueagravidadeterrestre
atrai os corpos para o centro
do planeta. Por exemplo, o
peso de um astronauta na
Lua é aproximadamente seis
vezes menor do que o peso
dele na Terra, porém sua
massa que é a quantidade
de matéria de determinado
corpo, continua a mesma, in-
dependentemente da quan-
tidade de força gravitacional
exercida nela.
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.
ARTE
Vanguardas artísticas do
século XX
QUÍMICA
Estados físicos e
propriedades da matéria
GEOGRAFIA
Economia mundial pós-
guerra, globalização e
capital financeiro
CIÊNCIAS
SOCIAIS
Filosofia grega:
Parmênides e Heráclito
FÍSICA
Estudo do movimento
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Muay thai
LÍNGUA
PORTUGUESA
Textos jornalísticos,
cobertura e checagem de
fatos, verbos de ligação,
predicativo e produção
de texto
HISTÓRIA
História do Brasil:
Monarquia e Primeira
República
LP AR
MATEMÁTICA
Razão e proporção
GRUPO
1
Variações
BIOLOGIA
Astronomia e
vida na Terra
LP GE HI
FI AR GE
CS AR
MA QM
CS BI
LP
AR BI
CN LP MA
LP CN HI
MA
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CAPÍTULO 1
Introdução ao estudo da Física
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CAPÍTULO
CAPÍTULO
1 INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DA FÍSICA
OBJETIVOS DO GRUPO
• Representar as principais
unidades utilizadas nas
medidas de grandezas
físicas.
• Constatar a relatividade
entre repouso e
movimento.
• Identificar e descrever os
tipos de trajetória.
• Calcular tempo de
percurso, deslocamento
e velocidade de
movimentos.
• Reconhecer a importância
da geração de energia
eólica como componente
das matrizes energéticas
dos países.
• Estabelecer relações entre
as principais unidades
utilizadas nas medidas de
grandezas físicas.
Mecânica clássica: estuda os movimentos, suas causas
e consequências. As bases da mecânica clássica foram
estabelecidas por Isaac Newton e Galileu Galilei, den-
tre outros. São seus objetos de estudo a velocidade, o
espaço, a aceleração, as forças, o trabalho, a energia
etc. A imagem ilustra o movimento de dois paraque-
distas, que pode ser previsto pela mecânica clássica.
Termodinâmica: estuda as leis que estabelecem
a relação entre energia térmica (calor) e outas
formas de energia. São seus objetos de estudo a
temperatura, o calor, a dilatação, os mecanismos de
troca de calor, os gases e suas transformações e as
máquinas térmicas. A imagem mostra uma indústria
siderúrgica, onde é feita a preparação dos metais.
MAURICIO
GRAIKI/ISTOCK
ZHAOJIANKANG/ISTOCK
FÍSICA
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Óptica geométrica: estuda a propagação de
luz e os fenômenos ópticos. São seus objetos
de estudo a luz e suas definições, propriedades
e princípios, a reflexão, a refração a difração, a
polarização, a interferência, os espelhos, as len-
tes, os instrumentos ópticos e a óptica da visão.
A imagem representa reflexões provenientes
do posicionamento de espelhos planos.
Eletromagnetismo: estuda fenômenos elétricos e
magnéticos. São seus objetos de estudo, por exemplo, a
geração de energia, o campo elétrico, o campo magnético,
a indução eletromagnética, os circuitos elétricos e seus
componentes. A imagem ilustra a transformação de ener-
gia eólica proveniente dos ventos em energia elétrica.
Ondulatória: estuda os movimentos periódicos e a propagação de
energia. São seus objetos de estudo as ondas, seus tipos e classifi-
cações; os fenômenos ondulatórios; as ondas sonoras e o espectro
eletromagnético. A imagem ilustra as diversas ondas eletromagné-
ticas (rádio, tv, celular etc.) que fazem parte do nosso cotidiano.
Relatividade: é formada pela relatividade restrita ou especial e
pela relatividade geral. Os fundamentos da relatividade foram
estabelecidos por Albert Einstein com base em estudos de
Henri Poincaré, Hendrik Lorentz e Albert Michelson. O objeto de
estudo da relatividade restrita são as mudanças ocorridas no
comprimento, na massa e no tempo de corpos que se movem
com velocidades próximas à da luz. Já a relatividade geral é o
estudo da relação espaço/tempo e de suas consequências. A
imagem ilustra a curvatura espaço-tempo entre a Terra e o Sol.
Mecânica quântica: estuda objetos em escala atômica ou menor,
como o movimento dos elétrons ao redor do núcleo atômico. As
bases da mecânica quântica foram estabelecidas, no início do século
XX, por Albert Einstein, Werner Heisenberg, Max Planck, Louis de
Broglie, Niels Böhr, Erwin Schrödinger e outros. Seu princípio fun-
damental é a quantização de energia. A imagem representa orbitais
atômicos e bits computacionais, aludindo ao computador quântico.
WACOMKA/ISTOCK
SHAXIAOZI/ISTOCK
METAMORWORKS/ISTOCK
D3DAMON/ISTOCK
ROST-9D/ISTOCK
FÍSICA
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FUNDAMENTOS DA FÍSICA
Uma das preocupações fundamentais do ser humano é explicar e com-
preender o mundo ao seu redor. Assim, podemos utilizar esses conheci-
mentos para desenvolver máquinas e equipamentos que contribuam para
melhor qualidade de vida.
A esse conjunto de conhecimentos, acumulados ao longo do tempo por
mulheres e homens, chamamos de Ciências. A Física é uma das Ciências
Naturais, assim como a Biologia e a Química, e tem como objetivo investi-
gar as leis que regem nosso universo, por meio do estudo da matéria, da
energia e de suas interações.
Módulo 1
Dominando conhecimentos.
Cabine de instrumentos
de um avião.
NOTA
Anaxágoras (500-430 a.C.)
A palavra "física" tem origem
no termo grego, physis, cujo
significado é natureza. Um
dos primeiros físicos foi pro-
vavelmente Anaxágoras, que
viveu na costa oeste da atual
Turquia. Professor de Filoso-
fia em Atenas, sua principal
contribuição foi o Nous, que
ele considerava o princípio de
todas as coisas, ou seja, um
simples objeto que conteria
todos os elementos do uni-
verso. Com esse pensamento,
Anaxágorastornou-seumdos
primeirosestudiososadesvin-
cularaciênciadareligiãoefoi,
por isso, condenado à morte,
embora tenha fugido.
WORLD
HISTORY
ARCHIVE/ALAMY
STOCK
PHOTO
História da Física
Para saber mais sobre a
história da Física, acesse
o site disponível em: <coc.
pear.sn/RTVPlbf>.
EXPLORE MAIS
Medindo grandezas
Para iniciar o estudo da Física, devemos aprender a medir grandezas e
compará-las. Por exemplo, podemos medir o comprimento de um dos la-
dos de uma sala e cronometrar o tempo necessário para percorrê-lo, ou
subir em uma balança para
medir nossa massa. Dessa
forma, massa, comprimen-
to e tempo são as grande-
zas físicas mensuráveis.
Elas também podem ser
chamadas de grandezas
fundamentais ou de base.
IPOPBA/ISTOCK
ANSONMIAO/ISTOCK
CAPÍTULO
1
128
Comentar que a Física é dividida em
dois grandes ramos, a clássica e a
moderna. A física clássica compreen-
de o conjunto de conhecimentos di-
fundidos até o final do século XIX. Ela
é subdividida em: mecânica clássica,
termodinâmica, óptica geométrica,
ondulatória e eletromagnetismo,
assuntos que serão introduzidos ao
longo deste material. A física moder-
na compreende as teorias elaboradas
a partir do início do século XX, como
a relatividade e a mecânica quântica,
queserãoabordadasnoEnsinoMédio.
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No entanto, uma medida só terá sentido se pudermos compará-la com um
padrão. Por exemplo, no passado era comum usar medidas de comprimen-
to em palmos ou pés, cujo padrão era o palmo e/ou o pé do rei da região.
Com o advento do comércio entre reinos, surgiram diferenças entre os pa-
drões e a necessidade de utilizar apenas uma referência. O conjunto dos
padrões de medidas deu origem ao que conhecemos hoje como Sistema
Internacional de Unidades (SI).
Balança de comparação: de um lado, colocam-se “pesos” de massa conhecida; do outro, o objeto a ser pesado.
Ao equilibrar a balança, descobre-se a massa do objeto por meio dos “pesos” de comparação.
Versão brasileira do SI
Veja a versão brasileira do
SI no site disponível em:
<coc.pear.sn/tbkDR9m>.
EXPLORE MAIS
No Sistema Internacional, temos dois tipos de unidades: as de base e as
derivadas. A tabela seguinte apresenta algumas grandezas físicas que se-
rão utilizadas neste material, bem como suas unidades no SI.
UNIDADES DE BASE
Grandeza Nome Símbolo
Massa Quilograma kg
Comprimento Metro m
Tempo Segundo s
Temperatura Kelvin K
Corrente elétrica Ampère A
UNIDADES DERIVADAS
Grandeza Nome Símbolo
Velocidade Metro por segundo m/s
Aceleração Metro por segundo ao quadrado m/s2
Força Newton N
Energia Joule J
Potência Watt W
Sistema Internacional
de Unidades
A sigla SI surgiu em 1960 e
foi adotada pelo Brasil em
1962. No entanto, sua ori-
gem data de 1789, quando
a Academia de Ciências
da França criou o sistema
métrico decimal, a pedido
do governo francês. No
início, o sistema métrico
tinha três unidades bá-
sicas: o metro, o litro e o
quilograma. Em 1875, 17
países, incluindo o Brasil,
adotaram o sistema métri-
co, unificando as medidas.
Com a introdução da gran-
deza tempo, medida em
segundo, o sistema passou
a ser chamado de MKS (ini-
ciais das palavras inglesas
meter, kilogram e second).
Atualmente, o SI conta com
sete unidades de base.
PARA IR ALÉM
LUOMAN/ISTOCK
129
FÍSICA
Mencionar que são sete unidades de
base no SI. As duas que não constam
na tabela são: quantidade de matéria
(mol)eintensidadeluminosa,emcan-
dela (cd).Como as unidades derivadas
são muitas, destacamos somente al-
gumas. Se julgar necessário, acessar
a versão brasileira do SI, cujo link está
disponível no boxe “Explore mais”.
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DOOMU/ISTOCK
KICKIMAGES/
ISTOCK
Mudança de unidades
Apesar de adotarmos o SI, usualmente muitas grandezas físicas são medi-
das em outras unidades.
Conversões de massa
Quando você sobe em uma balança e mede a sua massa, o resultado é apresen-
tado em quilogramas (kg), que é a unidade padrão do SI; no entanto, a carga de
um caminhão, geralmente, é medida em toneladas (ton), a massa de um apa-
relho celular, em gramas (g), e em medicamentos é comum a massa ser quan-
tificada em miligramas (mg). Logo, converter unidades pode ser necessário.
1 ton 1 000 kg
1 kg 1 000 g
1 g 1 000 mg
Tabela de conversão de massa.
Exemplo: converta 10 ton para o SI
1 ton ------------- 1 000 kg
10 ton ------------- m
m · 1 = 10 ·1 000 = 10 000 kg
Conversões de comprimento
Nova definição padrão
de quilograma
Leia mais sobre a mudança
da definição de um quilo-
grama, que passou de um
objeto para uma constante
da natureza, acessando
o site: <coc.pear.sn/
Fam3oWQ>.
EXPLORE MAIS
Balança digital
Régua escolar graduada em centímetros.
A régua que você utiliza para fazer medidas de comprimento é graduada
em centímetros (cm) e milímetros (mm). Logo, caso sua intenção seja medir
algo maior (em metros, por exemplo), será necessário realizar uma conver-
são de unidades. O mesmo ocorre com a distância entre cidades, apresen-
tada geralmente em quilômetros (km), e não em metros.
1 km 1 000 m
1 m 100 cm
1 cm 10 mm
Tabela de conversão de comprimento.
Exemplo: converta 15 cm para o SI
Resolução:
1 m ------------- 100 cm
l ------------- 15 cm
l · 100 = 1 ·15
l = 15/100 = 0,15 m
CAPÍTULO
1
130
Explicar que a conversão de unidades
éimportanteparaaresoluçãodeexer-
cícios, inclusive os de vestibular.
Enfatizar que a unidade de massa, no
SI, é o quilograma. Deixar claro que
não utilizaremos a palavra "peso", em
física, para fazer referência à massa.
Explicar que a palavra "peso" será uti-
lizadaparafazerreferênciaàgrandeza
força, cuja unidade, no SI, é newton.
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Conversões de tempo
A ampulheta é outro exemplo de cronômetro analógico.
Simulação digital de um cronômetro analógico.
O período letivo, por exemplo, é medido em horas (h); já o tempo de uma
aula é medido em minutos (min). Nenhuma dessas unidades, no entanto,
pertence ao SI. Para as conversões de tempo, temos:
1 ano 12 meses
1 mês 30 dias
1 dia 24 h
1 h 60 min
1 min 60 seg
Exemplo: converta 45 min para o SI
Resolução:
1 min ------------- 60 s
45 min ------------- t
t · 1 = 60 · 45 = 2 700 s
BERNIE_PHOTO/ISTOCK
D3DAMON/ISTOCK
Tabela de conversão de tempo.
131
FÍSICA
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MOVIMENTO E VELOCIDADE MÉDIA
Vimos que o ramo da Física que estuda os movimentos é a mecânica
clássica. Esta, por sua vez, apresenta subdivisões: cinemática, dinâmi-
ca e estática. Iniciaremos o estudo da cinemática, subdivisão da Físi-
ca responsável por estudar os movimentos, sem levar em consideração
suas causas. Por exemplo, em uma corrida de automóveis, estamos inte-
ressados na velocidade e na posição dos automóveis, não sendo necessá-
rio explicar as causas do movimento.
No cotidiano, associamos movimento aos atos de andar,
correr, girar, voar etc. Entretanto, o conceito de movimento
é relativo. Por exemplo, se você estiver correndo com um
colega, lado a lado, seu colega está em repouso ou em movi-
mento? A princípio você poderia imaginar que ele está em
movimento em relação à rua, e você estaria correto. E se o
referencial não fosse a rua, e sim você, qual seria a respos-
ta? Seria repouso. Logo, podemos concluir que o conceito de
movimento depende do referencial.
Para iniciar o estudo do movimento, é preciso entender
quando um corpo está em movimento e quando está em re-
pouso. No exemplo anterior, dos dois colegas correndo lado a
lado, concluímos que para decidir se um deles estava em mo-
vimentoourepouso,foinecessárioestabelecerumreferencial.
O referencial pode ser o local que escolhemos para analisar
a posição dos objetos. Em nosso exemplo, o primeiro referen-
cial adotado foi a rua, logo a posição do colega se alterava
com o passar do tempo em relação à rua, então concluímos
que ele estava em movimento. No segundo referencial ado-
tado, que foi você, a posição do seu colega não se alterava
com o passar do tempo, visto que vocês estavam lado a lado,
portanto concluímos que ele estava em repouso.
Resumindo, temos:
Movimento: com o passar
do tempo, a posição do corpo
sofre alteração em relação ao
referencial adotado.
Repouso: com o passar do
tempo, a posição do corpo per-
manece constante em relação
ao referencial adotado.
Módulos 2 e 3
Mencionar que trataremos, no futuro,
da dinâmica, que estuda as causas
dos movimentos, relacionando for-
ça, energia, impulso e quantidade de
movimento à velocidade e aceleração.
Também estudaremos as condições
de equilíbrio dos corpos (estática).
Corrida de automóveis.
Pessoas correndo.
Trajetória
Para definir o conceito de trajetória, vamos novamente utilizar o exemplo
em que você e seu colega estão correndo lado a lado. Imagine que, em dado
momento, você deixa cair a garrafinha de água que estava segurando.
Como será a trajetória da garrafinha?
RIDOFRANZ/ISTOCK
PEEPO/ISTOCK
CAPÍTULO
1
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Trajetória da garrafinha
observada por uma pessoa
sentada na calçada. Nela se
observam dois movimentos
combinados, um horizontal e
outro vertical.
Trajetória da garrafinha em
relação a você ou à pessoa
correndo ao seu lado.
A trajetória representada na ilustração anterior acontece porque a gar-
rafinha tem, inicialmente, o mesmo movimento horizontal que você e, ao
ser solta, adquire movimento vertical. A associação dos dois movimentos
dá origem à curva que chamamos de arco de parábola. Dessa forma, a
trajetória é o conjunto de todas as posições ocupadas pela garrafinha com
o passar do tempo.
E se a pessoa que estiver observando a queda da garrafinha for você ou o
colega correndo ao seu lado? Como seria a trajetória? Observe.
A trajetória será uma reta, pois, desconsiderando a resistência do ar, a gar-
rafinha tem o mesmo movimento horizontal que você, portanto você só será
capaz de observar o movimento vertical.
Com base nas observações, podemos concluir que:
Trajetória é a linha imaginária que une todas as posições
ocupadas por um móvel em determinado intervalo de tempo,
considerando-se o referencial adotado.
Para uma pessoa sentada na calçada, a trajetória observada será da se-
guinte forma.
133
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BLACKJACK3D/ISTOCK
Espaço (s)
Nos tópicos anteriores, men-
cionamos diversas vezes a
posição ocupada por um
corpo ou por um móvel.
Dessa forma, é evidente a
necessidade de conhecer as
posições de um corpo para
estudar seu movimento. Po-
demos citar como exemplo o
GPS, que determina a locali-
zação de objetos na superfí-
cie da Terra.
Em Física, a grandeza espaço, representada pela letra s minúscula é
a posição ocupada por um corpo em determinada trajetória. Observe a
imagem a seguir.
O menino ocupa a posição s = 5 m, ou seja, está a cinco metros da posição
zero(origemdosistemadereferência);ameninaestánaposiçãos=10m,
portanto está a dez metros da origem.
Perceba que, para determinar a posição, foi preciso adotar um eixo orien-
tado como referência. Nesse eixo, torna-se necessária a identificação do
ponto de referência para as medições: a origem. É a partir dela que as posi-
ções de um corpo serão encontradas. Dessa forma, podemos definir:
Espaço é a posição ocupada por um corpo em
relação à origem de um sistema de referência.
No cotidiano, não estamos acostumados a utilizar espaços negativos,
pois sempre alteramos a orientação do sistema de referência. Em Físi-
ca, porém, sempre que adotarmos uma orientação, devemos mantê-la,
a fim de evitar erros ao caracterizar o movimento de um corpo. Veja a
ilustração a seguir.
Representação da posição
(ou espaço) ocupada pelos
corpos em posições diferen-
tes em relação ao referencial.
Representação da posi-
ção (ou espaço) ocupada
por dois corpos.
GPS
CAPÍTULO
1
134
Comentar que do ponto de vista geo-
métrico, são necessários somente
três satélites, mas que devido ao não
sincronismo de seus relógios, é preci-
so um quarto satélite.
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Na última ilustração da página anterior, adotamos o sentido do eixo de re-
ferência para a direita da página, o que significa que os valores de espaço à
direita do zero serão positivos e, à esquerda, serão negativos.
Dessa forma, o menino continua a ocupar a posição s = 5 m, ou seja,
está cinco metros à direita da posição zero (sentido positivo); já a meni-
na está na posição s = –10 m, portanto dez metros à esquerda da origem
(sentido negativo).
É muito importante entender que o espaço indica somente a posição
ocupada por um corpo em determinado instante, e não necessariamente
representa a distância percorrida por ele. Logo, podemos dizer que o
menino ocupa o espaço s = 5 m, mas não podemos dizer que ele percorreu
cinco metros. Da mesma forma, a menina ocupa o espaço s = –10 m, mas
não percorreu dez metros.
Para eliminar dúvidas, observe a ima-
gem da placa.
Nesse tipo de sinalização, a origem do sis-
tema de referência adotado é a placa (posi-
ção zero); nela pode-se observar a distância
em km da placa até o centro de cada cidade.
Variação do espaço (∆s)
Para explicar a variação do espaço, vamos
representar duas posições da imagem da placa de trânsito em um eixo
orientado.
Representação da posição (ou espaço) ocupada pelos corpos.
Placa de trânsito com as dis-
tâncias em relação ao centro
das cidades de Vassouras,
Paraíba do Sul e Três Rios.
Imagine que uma pessoa à frente da placa vá até o centro de Vassouras.
Podemos considerar que o espaço inicial (s0
) seja s0
= 0 km, e que a posição
final dessa pessoa será s = 13 km. Logo, a variação do espaço sofrida por
essa pessoa, no percurso de ida, corresponde a Δsida
= 13 km.
Considere que a mesma pessoa, agora no centro (s = 13 km), resolva voltar
para a placa (s = 0 km); nesse caso, a variação do espaço será Δsvolta
= –13 km.
Assim, temos:
A variação do espaço (ou deslocamento) escalar corresponde à dife-
rença entre as posições final e inicial ocupadas por um móvel.
Δs = s – s0
• Δs > 0, o deslocamento é no mesmo sentido do eixo de referência.
• Δs < 0, o deslocamento é no sentido oposto ao eixo de referência.
Placa Centro de Vassouras
0 13 s (km)
135
FÍSICA
Deixar clara a diferença entre espa-
ço e distância percorrida. Fazer uma
analogia com a posição das carteiras
na sala. Cada estudante ocupa uma
posição (espaço) distinta em relação
à lousa, e caso tenham que vir até ela,
a distância percorrida será diferente.
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CRISTIANO
BABINI/ISTOCK
MARIOGUTI/ISTOCK
Note que, em ambos os casos, a distância percorrida foi de 13 km, ou seja,
esse valor corresponde ao módulo de cada deslocamento.
Por fim, imagine que uma pessoa que está em frente à placa (s0
= 0 km), vá
até o centro (s = 13 km), e retorne até a placa (s = 0 km). Nesse caso, a variação
do espaço será nula, pois o espaço final coincide com o espaço inicial. Observe:
Δs = s – s0
Δs = 0 – 0
Δs = 0
Apesar de a variação do espaço ser nula, a distância percorrida corres-
ponde à soma dos módulos dos deslocamentos da ida e da volta, ou seja:
d = I Δsida
I + I Δsvolta
I
d = I 13 I + I 13 I
d = 13 + 13
d = 26 km
Dessa forma, concluímos que o deslocamento escalar )ou variação
do espaço) nem sempre coincide com a distância percorrida. Isso só
ocorre quando todos os deslocamentos forem no mesmo sentido. Para
o estudo do movimento, é muito importante compreender a diferença
entre esses dois conceitos.
Velocidade média (vm
)
Os radares que controlam a velocidade estão presentes praticamente em
todas as grandes cidades e em muitas rodovias. Dentre os diferentes tipos,
temos o fixo, cujo funcionamento depende de sensores eletromagnéticos po-
sicionados no asfalto e localizados a certa distância um do outro.
Basicamente, o radar registra a velocidade do veículo e, caso ela esteja
acima da permitida para o local, a imagem do veículo será capturada pela
câmera fotográfica.
Quando o motorista recebe a multa por excesso de velocidade, nela
consta a velocidade registrada pelo radar, que pode ser considerada
uma velocidade média.
Radares fixos
Para saber mais sobre ra-
dares fixos, acesse o artigo
disponível em: <coc.pear.
sn/oHRSXCz>.
EXPLORE MAIS
Radar de velocidade fixo.
Sinalização de radar.
CAPÍTULO
1
136
Os sensores instalados no solo sinali-
zam as posições do veículo em um in-
tervalo mínimo de tempo e, com essas
informações, é possível calcular a ve-
locidadeemqueoveículoseencontra.
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Velocidade média é a
razão entre o deslocamento
escalar e o tempo.
vm
= Δs
Δt
A velocidade média corresponde à média
das velocidades de um móvel; no entanto,
para efetuar seu cálculo, é mais simples me-
dir o deslocamento escalar e o intervalo de
tempo correspondente a esse deslocamen-
to, e então e calcular a razão entre eles. As-
sim, temos:
Unidades de velocidade
Como já vimos, a unidade para a velocidade, no SI, é o metro por segundo
(m/s), pois o deslocamento escalar é dado em metros e o tempo, em segun-
dos; porém, quando tratamos de velocidades de automóveis ou de pessoas, é
comum utilizarmos a velocidade em quilômetros por hora (km/h), pois medi-
mos o deslocamento escalar em quilômetros e o tempo, em horas.
Dessa forma, talvez seja necessário efetuar a conversão de km/h para m/s
e vice-versa.
1 m/s = 3,6 km/h
Logo,
• para converter m/s para km/h, multiplicamos o valor da velocidade
por 3,6;
• para converter km/h para m/s, dividimos o valor da velocidade por 3,6.
Como exemplo, observe a resolução do exercício sobre o radar.
Se a distância entre dois sensores consecutivos é de 1 m e a
velocidade máxima permitida é de 90 km/h, qual deve ser o
intervalo mínimo de tempo, entre os sinais dos sensores, em
segundos, para que o motorista não seja multado?
Resolução
Primeiro devemos converter a velocidade de km/h para m/s.
v = 90 km/h
3,6
= 25 m/s
Depois, devemos aplicar a equação da velocidade média.
v = Δs
Δt
25 = 1
Δt
25 ∙ Δt = 1
Δt = 1
25
Δt = 0,04 s
137
FÍSICA
Mostrar aos alunos como chegar à re-
lação entre as unidades.
1 km
h
= 1 ∙ 1 000 m
3 600 s
1 m/s = 3,6 km/h
Fazer as principais transformações
com os alunos: 36 km/h, 72 km/h,
90km/he108km/h.Comentarquees-
ses valores aparecem com frequência
nos exercícios.
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2. O horário de partida previsto para um voo era 11h45min. Sabendo que o avião partiu no horário e
aterrissou às 16h15min, qual foi o tempo de voo, medido em unidades do SI?
3. Converta as medidas em unidades do Sistema Internacional.
a. m = 15 mg
b. m = 15 g
c. m = 15 ton
d. l = 35 mm
e. l = 35 cm
f. l = 35 km
g. t = 50 min
h. t = 50 h
i. t = 50 anos
1. Você, provavelmente, já utilizou instrumentos de medida. Responda, então, as questões a seguir.
4. Leia a frase e, em seguida, converta as medidas em unidades do Sistema Internacional.
Durante uma partida de futebol, cujo tempo de duração é de 90 minutos, um jogador mediano, cuja
massa é de 55 000 g, percorre uma distância aproximada de 7 km.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FÍSICA
Módulo 1 | Fundamentos da Física
a. Cite um instrumento utilizado para medir massa, in-
dique a letra correspondente a essa grandeza física e
sua unidade no Sistema Internacional.
b. Faça o mesmo com o comprimento e o tempo.
KERTLIS/ISTOCK
T_KIMURA/ISTOCK
ALEXLMX/ISTOCK
CAPÍTULO
1
138
CAPÍTULO
1
Exercícios de aplicação
Exercícios propostos
Balança, m, e quilograma.
Régua, l, e metro.
Relógio, t, e segundo.
m = 15 mg = 15/1 000 000 = 0,000015 kg
m = 15 g = 15/1 000 = 0,150 kg
m = 15 ton = 15 · 1 000 = 15 000 kg
l = 35 mm = 35/1 000 = 0,035 m
l = 35 cm = 35/100 = 0,35 m
l = 35 km = 35 · 1 000 = 35 000 m
t = 50 min = 50 · 60 = 3 000 s
t = 50 h = 50 · 60 · 60 = 180 000 s
t = 50 anos = 50 · 365 · 24 · 3 600 = 1 576 800 000 s
2. Relembrar com os alunos
como fazer o cálculo de in-
tervalodetempocomunida-
des compostas.
3.O objetivo é treinar a con-
versão de unidades e refor-
çar as unidades de base do
SI. Fazer uma letra de cada
grandeza como exemplo.
t = 90 min = 90 · 60 = 5 400 s
m = 55 000 /1 000 = 55 kg
l = 7 · 1 000 = 7 000 m
1. É fundamental associar
a gradeza física à unidade.
Deixar claro que a unidade
indica a grandeza física e
portanto é de extrema im-
portância utilizar a unidade
adequada.
16h15min – 11h45min = 4h30min = 4 · 60 · 60 + 30 · 60 = 16 200 s
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Exercícios de aplicação
Módulos 2 e 3 | Movimento e velocidade média
1. Observe a imagem da motocicleta
com sidecar e faça o que se pede.
5. PUCCamp-SP
Grandezas físicas são variáveis de um objeto ou de uma situação que podem ser medidas. Algumas
dessas grandezas são relacionadas entre si, de forma que podemos aplicar uma regra de proporção
entre elas.
Há apenas grandezas físicas em
a. volume, velocidade, cor e deslocamento.
b. força, tempo, pressão e forma.
c. velocidade, aceleração, deslocamento e potência.
d. tempo, temperatura, odor e quantidade de calor.
e. energia, trabalho, aceleração e sabor.
6. Considere o seguinte percurso na tela do celular.
Se a pessoa percorre exatamente 15 km para ir do bóton vermelho para
o bóton verde, qual será a distância percorrida e a variação do espaço
no percurso de ida e volta?
MARC
DUFRESNE/ISTOCK
AHMETEMRE/ISTOCK
a. Indique um referencial da imagem para o
qual a motocicleta esteja em movimento.
b. Indique um referencial da imagem para o
qual a a motocicleta esteja em repouso.
c. Desenhe a trajetória do pneu, a partir do
ponto vermelho, para um observador fixo
no solo ao lado da motocicleta;
d. Desenhe a mesma trajetória para a pessoa
sentada no sidecar.
FÍSICA
139
5.Grandezasfísicassãoaque-
las que podem ser medidas.
Logo,cor,forma,odoresabor
não são grandezas físicas.
1. Os alunos terão dificulda-
deemvisualizarastrajetórias.
Fazer uma analogia com as
imagens de objetos que eles
obtinham ligando os pontos
em sequência.
A calçada, os veículos, as pessoas na calçada,
as arvores, os prédios etc. Qualquer referen-
cial cuja distância para a motocicleta e com o
passar do tempo.
Para um observador fixo no solo, a trajetória é
obtida pela união das diferentes posições (1, 2,
3, 4 e 5) ocupadas pelo ponto.
Essas circunferências são as diferentes posições
ocupadas pela roda dianteira da motocicleta.
roda dianteira
da motocicleta
A pessoa no sidecar, a criança na garupa e o
próprio sidecar. Qualquer referencial cuja dis-
tância para a motocicleta e não mude com o
passar do tempo.
Para a pessoa sentada no sidecar, a trajetória é
uma circunferência.
Distância percorrida
d = I Δsida
I + I Δsvolta
I
d = I 15 I + I 15 I
d = 15 + 15
d = 30 km
Variação do espaço
Δs = s - s0
Δs = 0 – 0
Δs = 0
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2
3
4
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Exercícios propostos
2. Unicamp-SP
Em 2016, foi batido o recorde de voo ininterrupto mais longo da história. O avião Solar Impulse 2,
movido à energia solar, percorreu quase 6 480 km em aproximadamente cinco dias, partindo de
Nagoya, no Japão, até o Havaí, nos Estados Unidos da América.
A velocidade escalar média desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente
a. 15 km/h b. 54 km/h c. 198 km/h d. 1 296 km/h
3. Acafe-SC
Em um bairro da grande Florianópolis, foi realizada uma prova de minimaratona. Os organizadores
pensaram em fazer uma prova semelhante ao Ironman, porém, com dimensões reduzidas. O percur-
so da prova está mostrado no mapa, e as medidas são: 800 m do percurso da natação, 4 000 m do
percurso do ciclismo e 1 500 m do percurso da corrida. A prova começou com 1 volta no percurso da
natação, em seguida 5 voltas no percurso do ciclismo e, finalmente, 3 voltas no percurso da corrida.
L = largada e C = chegada.
Assinale a alternativa correta.
a. Todos os atletas que participaram da prova tiveram a mesma velocidade escalar média.
b. Na prova de corrida cada atleta realizou um deslocamento de 4 500 metros.
c. Se um atleta realizou a natação em 10 minutos, sua velocidade média foi de, aproximadamen-
te, 1,3m/s.
d. Na prova de ciclismo, o primeiro colocado percorreu uma distância de 20 000 metros e um deslo-
camento de 0 (zero) metros.
4. UNESP
Ao passar pelo marco “km 200” de uma rodovia, um motorista vê um anuncio com a inscrição: “ABAS-
TECIMENTO E RESTAURANTE A 30 MINUTOS”. Considerando que esse posto de serviço se encontra
junto ao marco “km 245” dessa rodovia, pode-se concluir que o anunciante prevê, para os carros que
trafegam nesse trecho, uma velocidade média, em km/h, de
a. 80
b. 90
c. 100
d. 110
e. 120
5. Em uma determinada viagem de 120 km, um trem percorre a primeira metade do percurso com
velocidade constante de 60 km/h. Devido a problemas mecânicos, a segunda metade do percurso é
feita com velocidade de 30 km/h. Qual é a velocidade média do percurso todo?
a. 35
b. 40
c. 50
d. 55
e. 45
Ciclismo
Natação
Mar
L/C
Corrida
Terra
CAPÍTULO
1
140
2. vm
= ∆s
∆t
vm
= 6 480
5 ∙ 24
= 54 km/h
3. O deslocamento total é o
mesmo para todos os atle-
tas, mas a variação de tem-
po não. Logo as velocidades
médias são diferentes.
A distância percorrida na
provadecorridaéde4500m
(3 voltas de 1 500 m), mas o
deslocamento é nulo, pois
eles começam e terminam
a prova na mesma posição.
Adistânciapercorridanapro-
va de corrida é de 20 000 m
(5 voltas de 4 000 m), e o
deslocamento é nulo, pois
eles começam e terminam
a prova na mesma posição.
4. Resolução
Δt = 30 min = 30/60 h = 0,5 h
Δs = s - s0
= 245 - 200
Δs = 45 km
v = ∆s
∆t
v= 45
0,5
v = 90 km/h
Neste exercício os alunos
podem ter dificuldade em
retirar informações do tex-
to. Reforçar a importância
de observar a unidade para
identificar a grandeza física.
5. Resolução
v1
= ∆s1
∆t1
60 = 60
∆t1
∆t1
= 1 h
v2
= ∆s2
∆t2
30 = 60
∆t2
∆t2
= 2 h
v = ∆s
∆t
= 120
3
v = 40 km/h
Este exercício é de maior
complexidade. Sugerimos
resolver com os alunos na
aula seguinte ou orientá-los
previamente. Deixar claro
que o aluno não pode sim-
plesmente fazer a média
das velocidades. Explicar
que é necessário calcular o
tempo de cada percurso,
para depois fazer a velo-
cidade média total. Usar
como exemplo o sistema
de notas em que as provas
têm pesos diferentes.
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1. Medir é o ato de comparar duas grandezas físicas de mesma espécie. Sobre grandezas físicas e sis-
temas de unidades, julgue verdadeira V ou falsa F cada uma das seguintes afirmações.
Grandeza física é todo elemento suscetível de medida, ou seja, que descreve qualitativa e
quantitativamente as relações entre as propriedades observadas no estudo dos fenômenos
físicos.
O SI (Sistema Internacional de Unidades) apresenta unidades de base e derivadas.
A massa, o comprimento e o tempo são grandezas físicas de base.
A velocidade é uma grandeza derivada.
2. Uma grande montadora resolveu limitar a velocidade de seus automóveis. O motivo foi o aumento
no número de acidentes registrados com veículos de sua marca. Atualmente, seu veículo de passeio,
de 1 tonelada, partindo do repouso, percorre a distância de 0,1 km em 1/10 de minuto. Converta
essas medidas em unidades do Sistema Internacional e assinale a alternativa que apresenta o valor
das grandezas na ordem em que aparecem no texto.
a. 1; 0,1 e 0,1
b. 1; 100 e 0,6
c. 100; 100 e 60
d. 1000; 100 e 6
e. 1, 100 e 0, 6
Módulo 1
Módulos 2 e 3
3. A maratona é um esporte em que o atleta deve percorrer 42 195 m. O recorde atual é de 2h06min.
Qual é a velocidade escalar média aproximada do atleta recordista?
a. 2 m/s
b. 6 m/s
c. 12 m/s
d. 24 m/s
4. A velocidade de caminhada é de, aproximadamente, 1 passo por segundo. Sabendo que 1 passo cor-
responde a uma distância percorrida de 40 cm, qual a distância, em metros, percorrida em 1 minuto?
a. 4 m
b. 10 m
c. 14 m
d. 24 m
5. Um veículo passou por um “radar” redutor de velocidade que registrou a velocidade limite da via de
trânsito 90 km/h. Sabendo que o intervalo de tempo medido entre os dois sensores consecutivos foi
de 0,05 s, qual é distância entre esses sensores?
a. 0,45 m
b. 1,25 m
c. 12,5 m
d. 25 m
e. 5 m
FÍSICA
141
V
V
V
V
2. Convertendo a massa:
1 ton = 1 000 kg
Convertendo a distância ou
o comprimento:
1 km ----- 1 000 m
0,1 km ----- L
L = 100 m
Convertendo o tempo:
1 min ----- 60 s
0,1 min ----- t
t = 6 s
3. Aproximando a distância
para 42 000 metros e o tem-
po para 2 h (7 200 s):
vm
= ∆s
∆t
vm
= 42 000
2 ∙ 3 600
vm
≈ 6 m/s
4. vm
= ∆s
∆t
40 = ∆s
60
∆s = 2 400 cm = 24 m
5. Resolução
Δt = 0,05 s
v = 90 km/h = 25 m/s
v = ∆s
∆t
25 = ∆s
0,05
∆s = 1,25 m
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Movimento e
repouso
Espaço
Trajetória
Distância
percorrida
Base
Conceitos
CINEMÁTICA
vm
= ∆s/∆t
Unidade SI
m/s
v > 0 mov.
progressivo
v < 0 mov.
retrógrado
Velocidade
Massa
Unidade SI
kg
Tempo
Unidade SI
s
Comprimento
Unidade SI
m
Grandezas físicas
Derivada
CAPÍTULO
1
142
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2
GRUPO
“No início do século 13, a atividade científica recomeçou, desen-
cadeada pela tradução para o latim, que era a língua oficial da
ciência e da Igreja no Ocidente, de muitos tratados científicos dos
filósofos e matemáticos naturalistas da Grécia. Os manuscritos
desses livros foram preservados nas bibliotecas da Europa Orien-
tal e do Oriente Médio em três idiomas: grego, sírio e árabe; e fo-
ram transferidos para a Europa Ocidental por três canais: pelos
árabes, que conquistaram a Espanha, pelos cruzados, no cami-
nho de volta para a Europa do Oriente Médio, e pelos saques de
Constantinopla em 1204, durante sua ocupação pelos francos da
Quarta Cruzada.
Durante os próximos 300 anos, esses livros foram disseminados
para todas as universidades recém-fundadas da Europa Ociden-
tal e constituíram o material de ensino para uma nova geração de
cientistas, de onde surgiram as grandes mentes que deram ori-
gem à Revolução Científica do Renascimento: Copérnico, Kepler,
Galileu, Huygens, Leibniz, Descartes e Newton.”
Harry Varvoglis
A impulsão dos nadadores na virada olímpica pode ser explicada pelo princípio
da ação e reação de Isaac Newton. Os nadadores, ao empurrar a parede da
piscina, recebem de volta um empurrão de mesma intensidade, que impulsiona
o movimento em sentido contrário.
MICROGEN/ISTOCKPHOTO
AÇÃO E REAÇÃO
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.
ARTE
Construtivismo,
suprematismo,
abstracionismo e escola
de Bauhaus
CS HI
QUÍMICA
Fenômenos, substâncias,
misturas e separação
de misturas
GEOGRAFIA
Europa: aspectos
naturais e formação
dos povos
BI LP
CIÊNCIAS
SOCIAIS
Dúvida e conhecimento
AR
FÍSICA
Movimento
retílineo uniforme e
uniformemente variado
LP GE HI
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Modalidades cíclicas
e triatlo
MA BI
HI
LÍNGUA
PORTUGUESA
Argumentação, artigo de
opinião, cultura digital,
regência verbal, crase e
produção de texto
BI EF
HISTÓRIA
Sociedade republicana,
Primeira Guerra Mundial
e Revolução Russa
LP AR
MATEMÁTICA
Números reais,
potenciação e radiciação
LP CS HI
CS
GRUPO
2
Ação e reação
LP GE HI
BIOLOGIA
Evolução da vida
LP GE HI
HI
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FÍ
SI
CA
CAPÍTULO 2
Movimento retilíneo
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CAPÍTULO
CAPÍTULO
2 MOVIMENTO
RETILÍNEO
OBJETIVOS DO GRUPO
• Relacionar informações
apresentadas em
diferentes formas
de linguagem e
representação usadas
nas ciências físicas,
químicas ou biológicas,
como texto discursivo,
gráficos, tabelas,
relações.
• Caracterizar causas ou
efeitos dos movimentos
de partículas,
substâncias, objetos ou
corpos celestes.
• Calcular tempo de
percurso, deslocamento
e velocidade de
movimentos.
• Classificar movimentos
acelerados e não
acelerados segundo
características comuns,
como trajetória e
variação de velocidade.
• Relacionar e
calcular grandezas
que caracterizam
movimentos acelerados
e não acelerados.
• Utilizar funções
matemáticas de primeiro
e segundo graus para
descrever movimentos.
TRANSPORTES PÚBLICOS URBANOS EM MASSA
METRÔ
Trem metropolitano. O trem metropolitano teve a
primeira linha inaugurada em 1863, em Londres.
No Brasil, as operações se iniciaram em 1974.
TREM
A primeira linha foi inaugurada em Londres,
em 1825, e servia para o transporte de minério.
No Brasil, a primeira linha foi inaugurada em
1854, para transporte de mercadorias.
MATHEUS
OBST/ISTOCK
TEPPAKORN
TONGBOONTO/ISTOCK
FÍSICA
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BALSA OU FERRY
Responsável pelo transporte de pessoas sobre a água,
teve origem nos EUA, em 1811. No Brasil, operações
com esse meio de transporte se iniciaram em 1910.
BONDE
Provavelmente o primeiro meio de transporte urbano de tipo
terrestre e público. A primeira linha de bonde também surgiu
em Londres, em 1807. Os primeiros bondes do Brasil datam de
1856 e eram de tração animal – tornaram-se elétricos em 1896.
ÔNIBUS
O transporte de pessoas por meio de ônibus teve
origem na França, em 1826. No Brasil, em 1837, foi
fundada a Companhia de Omnibus do Rio de Janeiro.
SKYNEXT/ISTOCK
ALFRIBEIRO/ISTOCK
CESTES001/ISTOCK
FÍSICA
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MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME
O movimento retilíneo e uniforme, ou MRU, é aquele que, realizado em tra-
jetória retilínea, mantém constante o valor de sua velocidade. Um exemplo
deste tipo de movimento é a luz, que se propaga no espaço em linha reta e
com velocidade constante.
Módulo 4
Velocidade da luz
A velocidade com que a luz
se propaga no vácuo é de
299 792 458 m/s – aproxi-
madamente300milhõesde
metros por segundo. Ela foi
calculada pela primeira vez
por Christian Huygens, ma-
temático,físicoeastrônomo
holandês,combasenostra-
balhos do astrônomo dina-
marquês Ole Roemer, que
observou os eclipses de Io
(uma das luas de Júpiter). O
valor obtido naquele cálcu-
lo foi de aproximadamente
210 milhões de metros por
segundo. Os valores atuais
foram obtidos em experi-
mentos utilizando lasers.
PARA IR ALÉM
Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Apesar de simples, o MRU não é frequente. No cotidiano, é difícil encon-
trar exemplos desse tipo de movimento, pois, na maioria dos casos, agentes
físicos (forças) podem alterar a velocidade dos corpos. No entanto, é possí-
vel analisar trechos de movimento em que a velocidade permanece cons-
tante. Como exemplo, podemos citar o movimento de um automóvel, em
um trecho de estrada ou de rua tranquila, em que a velocidade possa ser
mantida constante. Ou ainda os trechos retilíneos percorridos pelos meios
de transporte público citados na página de
abertura, além de muitos outros.
A maior parte da Avenida Paulista, por
exemplo, é retilínea, no entanto, é pratica-
mente impossível se locomover por ela com
velocidade constante por muito tempo, de-
vido ao tráfego e à sinalização de trânsito.
Nesse cenário, uma pessoa caminhando,
ou utilizando a ciclofaixa da avenida, pode
manter a velocidade constante por um in-
tervalo de tempo maior, facilitando, assim,
a observação e a análise de MRU.
Foto do sol, tirada com lentes especiais.
MILANARES/ISTOCK
DIEGOGRANDI/ISTOCK
CAPÍTULO
2
132
Comentarqueasforçassãoosagentes
físicos capazes de alterar a velocidade
dos corpos e que estas serão estuda-
das no próximo capítulo. Citar como
exemplo a força que aplicamos no
chão para andar ou para arremessar
um objeto.
Explicar que no trânsito os veículos
são impedidos de continuar em MRU
devido à presença de outros veículos
e da própria sinalização de trânsito.
Citar mais exemplos de MRU, como
caminhar em um trecho retilíneo com
velocidade constante, ou o movimen-
to de um trem ou metrô em trechos
retilíneos.
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Função horária dos espaços
No capítulo anterior, conceituamos espaço e velocidade média. Utilizando
esses conceitos, podemos obter uma função que relaciona o espaço e o tempo.
Outros movimentos
uniformes
Certos movimentos podem
ser considerados uniformes,
mas não retilíneos. Para ser
consideradouniforme,omo-
vimento só precisa ter como
constante o valor numérico
de sua velocidade. Como
exemplos de movimento
uniforme,podemoscitar:um
carro,emumtrechosinuoso
de estrada, com velocidade
constante de 60 km/h; uma
roda-gigante, ou um carros-
sel,comvelocidadede1m/s.
Nesses casos, os corpos per-
correm distâncias iguais em
intervalos de tempo iguais,
masnãoemlinhareta.
PARA IR ALÉM
High Roller, roda-gigante
localizada em Las Vegas (NV),
nos EUA.
A função horária dos espaços es-
tabelece a relação entre o espaço
e o tempo.
0
0
0
0
0
0
s s
∆s
v ; t 0
∆t t t
s s
v s s v t
t
s s v t
= =
= =
= +
TOBIASJO/ISTOCK
s = s0 + v ∙ t
Nessa equação, s é o espaço, s0 é o espaço inicial, v é a velocidade e t é o
instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a unidade de espaço e do
espaço inicial é o metro (m), a velocidade é dada em metros por segundo
(m/s) e o tempo, em segundos (s).
Sinuoso: formado por
muitas curvas.
VOCABULÁRIO
90 km/h
km 270
Exemplo 1
A velocidade de um automóvel em um trecho de estrada é constante e de 90 km/h,
considerando que o automóvel partiu do km 270 da rodovia e se desloca no sentido
oposto ao do referencial.
• Para determinar o espaço após 1h de viagem:
s = 270− 90 · t
s = 270− 90 · (1)
s = 180 km
• Para determinar o instante em que o automóvel passa pela origem dos espa-
ços (s = 0):
s = 270− 90 · t
0 = 270− 90 · t
90 · t = 270
t = 3 h
Note que, com a função horária dos espaços, podemos calcular o espaço que um
móvel ocupa em determinado instante e, conhecendo sua posição, podemos deter-
minar em que instante ele a ocupa.
Posição inicial
So = 270 km
Velocidade = –90 km
O sinal negativo indica que
a velocidade é no sentido
oposto ao do referencial
(movimento retrógrado)
Função horária dos espaços
S = So + v · t
S = 270 – 90 · t
133
FÍSICA
Mostrar que a função horária dos es-
paços pode ser obtida considerando
o tempo inicial como zero (t0
= 0) na
equação da velocidade média. Ex-
plicar que nem sempre é necessário
converter as unidades para SI.
Explorarafunçãohoráriadosespaços.
Refazer o exemplo utilizando o movi-
mento a favor do referencial.
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Diagrama horário do espaço
Conhecendo a função horária do espaço para um móvel, podemos cons-
truir um diagrama ou um gráfico do espaço ocupado pelo móvel em função
do tempo. O objetivo dos diagramas é somente ilustrar o movimento de um
móvel – eles não representam a sua trajetória.
Para construir o diagrama, precisamos de pelo menos dois pontos, que
devem ser obtidos por meio da função horária dos espaços.
Utilizando como exemplo a função obtida no exemplo anterior, podemos
obter os pontos por simples substituição na função s = 270 - 90 · t, logo:
t (h) s (km)
0 270
3 0
Diagrama s × t – exemplo 1.
Diagramas s × t – movimento uniforme.
S × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO S × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO
v < 0
v > 0
S0
S0
S S
0 0
t t
No diagrama ao lado, podemos perceber
que o móvel partiu da posição 270 km na
origem dos tempos e que, após 3 horas, ele
ocupa a posição 0 – origem dos espaços.
Dessa forma, percebemos que o movimen-
to foi contrário ao referencial e, portanto,
pode ser classificado como retrógrado.
Para o movimento uniforme, existem so-
mente dois tipos de diagrama de espaço
por tempo.
270
0 3 t (h)
S (km)
CAPÍTULO
2
134
Deixar claro para os alunos que o
gráfico não representa a trajetória do
corpo. Se necessário, caminhar com
velocidade constante e construir o
gráfico dos espaços para eliminar
qualquer dúvida.
Explicar para os alunos que, no mo-
vimento contrário ao referencial, o
móvel não está necessariamente se
movimentando para trás.
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Diagrama horário da velocidade
O diagrama horário da velocidade para o movimento uniforme ilustra o
comportamento da velocidade em função do tempo. Como ela é constante,
o gráfico será uma reta paralela ao eixo do tempo.
Novamente, utilizamos o primeiro exemplo para montar o diagrama.
Diagrama v × t – exemplo 1.
Neste diagrama, percebemos que a velocidade do móvel permaneceu
constante durante todo o intervalo de tempo considerado. Também pode-
mos perceber que a velocidade é negativa e que, portanto, o movimento é
classificado como retrógrado.
Semelhante ao que vimos com os diagramas de espaço por tempo, para
o movimento uniforme só existem dois tipos de diagrama de velocidade
por tempo.
V × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO V × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO
Diagramas v × t – movimento uniforme.
v (km/h)
0
–90
t (h)
3
v > 0
v
0
v
t
v < 0
–v
0
v
t
135
FÍSICA
Comentar que o diagrama horário da
velocidade mostra como a velocidade
deumcorposecomportaemdetermi-
nado intervalo de tempo.
Explicar que, ao anotar a velocidade
de um automóvel em determinados
instantes, podemos obter o diagrama
horário da velocidade.
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Como o movimento é retrógrado, o deslocamento deve ser negativo.
Dessa forma, temos:
Propriedade do diagrama da velocidade
O diagrama da velocidade permite calcular o deslocamento escalar de um
móvel em determinado intervalo de tempo. Para isso, devemos calcular a
área da figura geométrica formada entre a linha do gráfico e o eixo dos
tempos – no caso do movimento uniforme, um retângulo.
Observe o cálculo para o exemplo 1.
∆s =
N
−área
∆s = −b ∙ h
∆s = −3 ∙ 90
∆s = −270 km
V × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO V × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO
Diagramas v × t – propriedade gráfica.
v (km/h)
t (h)
–90
0
3
v > 0
v
0
v
t
v / v >0 / v<0 / 0 / t / /
∆s =
N
área
v
–v
t
0
v < 0
∆s =
N
−área
CAPÍTULO
2
136
Explicar com cuidado essa proprie-
dade. Deixar claro que não existe
área negativa. O sinal negativo indica
movimento retrógrado. A variação do
espaço é que será negativa, caso o
movimentoforretrógrado.Alertarque
no cálculo da área não se deve utilizar
valores negativos.
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C
MOVIMENTO RETILÍNEO
UNIFORMEMENTE VARIADO
Módulos 5 e 6
No módulo anterior, estudamos o movimento uniforme, ou seja, o movi-
mento em que a velocidade permanece constante. Nestes módulos estu-
daremos o movimento retilíneo uniformemente variado, ou MRUV, que é o
movimento realizado em trajetória retilínea, cuja velocidade muda de for-
ma constante com o passar do tempo. Exemplos deste movimento incluem
acelerar um carro de forma constante em linha reta e deixar cair um objeto
em que a resistência do ar possa ser desprezada.
O MRUV está presente no cotidiano, nos simples atos de caminhar a par-
tir do repouso, correr e parar. No entanto, para estudar o MRUV é necessá-
rio conhecermos uma grandeza física chamada aceleração. Essa grandeza
representa a maneira como ocorre a alteração na velocidade dos corpos –
alteração que leva o movimento a ser variado. Caso a aceleração seja
constante e o movimento
seja retilíneo, ele pode ser
chamado de MRUV. Exis-
tem movimentos variados,
que não são retilíneos, por
exemplo, o início e o fim do
movimento de um carros-
sel, no qual a velocidade au-
menta em módulo, torna-se
constante e depois diminui
até parar. Nesse caso, eles
são chamados simplesmen-
te de Movimentos Variados
(MV).
Automóvel em aceleração.
Carrossel.
Queda livre
Um dos primeiros físicos a
estudar o movimento de
queda foi o italiano Galileu
Galilei. Ele afirmou que cor-
pos de massas diferentes,
abandonados da mesma
altura e livres da resistência
do ar, chegariam ao solo no
mesmo instante. Contudo,
não conseguiu provar essa
hipótese,poisemsuaépoca
erapraticamenteimpossível
realizar experimentos livres
da resistência do ar. Com os
avanços tecnológicos que
permitiram a viagem à Lua
e a criação das câmaras de
vácuo – dentro das quais
não há resistência do ar –,
experimentos foram reali-
zados provando que Galileu
estava correto.
PARA IR ALÉM
Experimentos
de queda livre
Experimento de que-
da livre na Lua, usando
um martelo e uma pena,
em 1971. Disponível em:
<coc.pear.sn/8T9I4Zg>.
EXPLORE MAIS
Experimento de queda li-
vre em câmara de vácuo,
em 2014. Disponível em:
<coc.pear.sn/oG7XAw5>.
PAULKINGPHOTOS/ISTOCK
SAMXMEG/ISTOCK
137
FÍSICA
Comentarqueasforçassãoosagentes
físicos capazes de alterar a velocidade
dos corpos e que estas serão estuda-
das no próximo capítulo. Citar como
exemplo a força que aplicamos no
chão para andar ou para arremessar
um objeto.
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Aceleração
No lançamento de um foguete, sua veloci-
dade muda durante determinado intervalo
de tempo. Neste caso, o foguete é submeti-
do a uma aceleração que geralmente não
é constante. No entanto, sabendo que o
foguete parte do repouso (v = 0) e medin-
do sua velocidade e o tempo para atingir
determinada altura, podemos calcular sua
aceleração média.
Exemplo
Uma revista especializada
em automóveis testou um
modelo de carro esportivo e
divulgou os seguintes dados:
O salto de paraquedas
O salto de paraquedas é
uma composição de movi-
mentos variados e unifor-
mes.Aosaltardeumavião,a
uma altura de aproximada-
mente3600m,umparaque-
dista inicia um movimento
variado e sua velocidade
aumenta, mas não a uma
taxa constante, pois existe
resistência do ar. Entretan-
to, esse aumento não é per-
manente, pois a velocidade
para de aumentar quando
o paraquedista atinge ve-
locidades entre 200 km/h e
240 km/h. Nesse momento,
dizemosqueeleatingiuave-
locidade terminal. Caso não
houvesse paraquedas, essa
seria a velocidade de im-
pacto no solo.Nesse trecho,
de velocidade terminal, o
movimento seria uniforme.
Masnãoéissoqueacontece.
Namaioriadoscasos,quan-
do um paraquedista chega
a uma altura de 1 500 m, o
paraquedas é acionado e
provocaumadesaceleração
progressiva para cerca de
30 km/h, até que ele toque
o solo.
PARA IR ALÉM
Lançamento de foguete.
A aceleração média é a razão entre a varia-
ção de velocidade e a variação de tempo.
0
0
v v
∆v
a ou a
∆t t t
= =
a) Qual é a aceleração média do
carro na aceleração?
b) Qual é a aceleração média do
carro na frenagem?
0
0
2
90 km / h
v = 25 m / s
3,6
v v
∆v
a
∆t t t
25 0
a
2 0
a 12,5 m / s
=
= =
=
=
0
0
2
v v
∆v
a
∆t t t
0 25
a
2,5 0
a 10,0 m / s
= =
=
=
Aceleração de 0 até 90 km/h 2,0 s
Frenagem de 90 km/h até 0 2,5 s
COSMIN4000/ISTOCK
Automóvel esportivo.
SJOERD
VAN
DER
WAL/ISTOCK
Unidade de aceleração
Conforme apresentado no módulo 1, a unidade para velocidade no SI é o
metro por segundo (m/s), enquanto a unidade para variação de tempo é
o segundo (s). Assim, a unidade de aceleração é o metro por segundo ao
quadrado (m/s2
).
CAPÍTULO
2
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C
Força g e a Fórmula 1
Pilotos de F-1 podem ser
submetidos a grandes
acelerações. Assista a este
vídeo, em que se podem
observar os valores da
força g atingidos em uma
corrida. Disponível em:
<coc.pear.sn/jaomtKP>.
EXPLORE MAIS
Movimento acelerado e retardado
Durante a aceleração, o módulo da velocidade aumenta com o passar do
tempo; logo, podemos chamar esse movimento de acelerado. Na frenagem,
o módulo da velocidade diminui com o passar do tempo; logo, podemos
chamar esse movimento de retardado. Agora, vamos classificar o movi-
mento em acelerado ou retardado com base nos sinais da velocidade e da
aceleração dos corpos.
De acordo com a tabela, podemos concluir que sempre que a velocidade
e a aceleração tiverem o mesmo sinal, o movimento será acelerado. Caso
tiverem sinais opostos, o movimento será retardado.
Retomando o exemplo 1, do automóvel esportivo, temos:
Na aceleração:
v > 0 (v = 25 m/s) e a > 0 (a = 12,5 m/s2
). Logo, movimento acelerado.
Na frenagem:
v > 0 (v = 25 m/s) e a < 0 (a = −10,0 m/s2
). Logo, movimento retardado.
MOVIMENTO ACELERADO MOVIMENTO RETARDADO
O módulo da velocidade aumenta
com o passar do tempo.
O módulo da velocidade diminui com
o passar do tempo.
a > 0 e v > 0 a < 0 e v < 0 a < 0 e v > 0 a > 0 e v < 0
Aceleração gravitacional
PARA IR ALÉM
Podemos medir grandes acelerações em uni-
dades g. A letra g representa a aceleração
gravitacional terrestre, ou seja, a aceleração à
qual um corpo é submetido ao ser abandonado
de uma altura próxima à superfície terrestre e
livre da resistência do ar. A aceleração gravita-
cional terrestre é de 9,8 metros por segundo
ao quadrado (g = 9,8 m/s2), valor muitas vezes
aproximado para 10 m/s2, para simplificar os
cálculos. Uma pessoa comum pode suportar
uma aceleração de até 5 g (cerca de 50 m/s2)
antes de ter problemas cardiovasculares.
Pessoas treinadas e devidamente equipadas,
entretanto, podem suportar, ainda que por um
curto intervalo de tempo, valores muito maio-
res. O recorde nesse campo pertence a um co-
roneldaforçaaéreaamericana,JohnStapp,que
se submeteu a 46,2 g.Mas não só de militares é
feita a lista dos que conseguem suportar mais
de 5 g. Durante uma corrida de Fórmula 1, os
pilotos podem ser submetidos a até 6,5 g.Esse
é um dos motivos para o intenso treinamento
a que devem ser submetidos. Veja o vídeo da
força g na F-1 no boxe Explore mais.
HELLEM/ISTOCK
CHRISBOSWELL/ISTOCK
139
FÍSICA
Se possível, demonstrar um exemplo
de aceleração e frenagem com ve-
locidade negativa. Deixar claro que
velocidade negativa não significa
desaceleração e, sim, um movimento
que ocorre no sentido oposto ao do
referencial.
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Função horária dos espaços
No módulo anterior, apresentamos a função horária dos espaços para o
movimento uniforme. Neste módulo, apresentaremos a função horária dos
espaços para o movimento variado.
Exemplo 2
Durante um salto de bungee jumping, uma pessoa parte do repouso (v0
= 0) e fica,
por um curto intervalo de tempo, sujeita a uma aceleração média de 10 m/s2
.
Desprezando a resistência do ar, determine:
Queda livre em parques
de diversão
Leia mais sobre a queda
livre em parques de di-
versão, disponível em:
<coc.pear.sn/tSh5ZzI>.
EXPLORE MAIS
A função horária dos espaços estabelece a relação entre o espaço e o tempo.
0 0
a
s s v t 2
t
2
= + +
Bungee jumping.
VISUALCOMMUNICATIONS/ISTOCK
Nessa equação, s é o espaço, s0
é o espaço inicial, v0
é a velocidade inicial,
a é a aceleração e t é o instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a
unidade de espaço e do espaço inicial é o metro (m), a velocidade inicial é
dada em metros por segundo (m/s), o tempo, em segundos (s) e a acelera-
ção, em metros por segundo ao quadrado (m/s2
).
Com a função horária dos espaços, podemos calcular o espaço que um
móvel ocupa em determinado tempo e, conhecendo sua posição, podemos
determinar em que instante ele a ocupa.
CAPÍTULO
2
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a)a função horária
dos espaços;
2
s 5 t
0 0
a
s s v t 2
t
2
= + +
2
10
s 0 0 t t
2
= + +
=
b)a posição da pessoa
após 3 s de queda;
2
2
s 5 t
s 5 3
s 45 m
=
=
=
c) o instante em que ela
ocupa a posição 20 m.
2
s 5 t
=
2
2
20 5 t
t 4
t 2 s
=
=
=
Função horária da velocidade
A principal característica do MUV é o fato de a velocidade mudar em fun-
ção do tempo. Utilizando o conceito de aceleração média, podemos obter
uma função que relaciona a velocidade em função do tempo.
Retomando o exemplo 2, do bungee jumping, responda.
a) Qual é a função horária da velocidade?
v = v0 + a ∙ t
v = 0 + 10 ∙ t
v = 10 ∙ t
b) Qual é a velocidade no instante 3 s?
v = 10 ∙ t
v = 10 ∙ 3
v = 30 m/s
c) Em que instante a velocidade é de 20 m/s?
v = 10 ∙ t
20 = 10 ∙ t
t = 2 s
A função horária da velocidade estabelece a relação entre a velocidade e
o tempo.
v = v0 + a ∙ t
Nessa equação, v é a velocidade, v0
é a velocidade inicial, a é a aceleração e t é
o instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a unidade da velocidade e da
velocidade inicial é metros por segundo (m/s), o tempo é dado em segundos (s) e
aceleração, em metros por segundo ao quadrado (m/s2
).
Com a função horária da velocidade, podemos calcular a velocidade que o móvel
tem em determinado instante e, conhecendo sua velocidade, podemos determinar
o tempo levado para atingi-la.
141
FÍSICA
Mostrar que a função horária da velo-
cidade pode ser obtida considerando
o tempo inicial como zero (t0
= 0) na
equação da aceleração média.
Comentar que este exemplo pode ser
considerado queda livre e, portanto,
não depende da massa do objeto. Se
possível, passar o vídeo de experi-
mentos de queda livre, disponível no
primeiro boxe Explore mais.
a ; t 0
a v v a t
v v a t
= =
= +
0
0
0
0
0
0
v v
v
t t t
v v
t
= =
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Diagrama horário da velocidade
Conhecendo a função horária da velocidade de um móvel, podemos cons-
truir o diagrama da velocidade desse móvel em função do tempo.
Para construir esse diagrama, precisamos de pelo menos dois pontos, que
podem ser obtidos por meio da função horária da velocidade.
Utilizando a função obtida no exemplo 2, temos o seguinte.
Os pontos podem ser obtidos por simples substituição na função v = 10 · t.
Logo:
t (s) v (m/s)
0 0
4 40
No diagrama ao lado, ob-
servamos que a velocidade
inicial do objeto é nula e
que, passados 4 s, sua velo-
cidade é de 40 m/s. Como o
módulo da velocidade au-
mentou com o passar do
tempo, esse movimento
pode ser classificado como
acelerado.
Para o movimento varia-
do, existem somente dois
tipos de diagrama da velo-
cidade por tempo. Diagrama v × t – exemplo do corpo em queda.
Diagramas v × t – MUV.
V × T – ACELERAÇÃO POSITIVA (RETA CRESCENTE) V × T – ACELERAÇÃO NEGATIVA (RETA DECRESCENTE)
v (m/s)
t (s)
0
40
4
a > 0
v
0
v0
t
a < 0
v
0
v0
t
CAPÍTULO
2
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Propriedade do diagrama da velocidade MUV
A propriedade gráfica do diagrama da velocidade é válida tanto para o
movimento uniforme quanto para o variado. Dessa forma, para determi-
nar o deslocamento escalar de um móvel em dado intervalo de tempo,
devemos calcular a área da figura geométrica formada entre a linha do
gráfico e o eixo dos tempos. No caso do MUV, essa figura será um triângu-
lo ou um trapézio.
Observe o cálculo para o exemplo do objeto em queda.
Como o movimento é progressivo, o deslocamento deve ser positivo.
Dessa forma, temos:
Diagramas v × t – propriedade gráfica MUV.
N
s área
b h
s
2
4 40
s
2
s 80 m
∆
∆
∆
∆
=
=
=
=
V × T – PARA V > 0 V × T – PARA V < 0
v (m/s)
t (s)
0
40
4
∆s =
N
área
v
t
0
∆s =
N
área
v
t
0
∆s =
N
−área
–v
v
143
FÍSICA
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CAPÍTULO
2
1. A função horária dos espaços de um automóvel em trajetória retilínea é dada por s = − 20 + 50 · t,
com o espaço medido em quilômetros e o tempo em horas.
a. Qual é a posição inicial do carro (t = 0)?
b. Qual é a posição do carro em t = 2 h?
c. Qual é o instante em que o carro passa pela origem dos espaços (s = 0)?
2. As diferentes posições ocupadas por um atleta caminhando em movimento uniforme estão mostra-
das nesta tabela.
t (s) s (m)
0 −10
5 −5
10 0
t 10
25 s
a. Quais são a posição inicial e a velocidade do atleta?
MOVIMENTO RETILÍNEO
Módulo 4 | Movimento retilíneo e uniforme
Exercícios de aplicação
b. Qual é a função horária do espaço?
c. Determine, para essa tabela, os valores totais de s e de t.
CAPÍTULO
2
144
s = −20 + 50 ∙ t
s = −20 + 50 ∙ (0)
s = s0 = −20 km
s = −20 + 50 ∙ t
s = −20 + 50 ∙ (2)
s = 80 km
s = −20 + 50 ∙ t
0 = −20 + 50 ∙ t
50 ∙ t = 20
t = 0,4 h
A posição inicial corresponde ao t = 0, logo s0
= −10 m.
A velocidade pode ser calculada por:
s = s0 + v ∙ t
s = −10 + 1 ∙ t
Determinando s:
s = −10 + 1 ∙ t
s = −10 + 1 ∙ (25)
s = 15 m
0
0
s s
∆s
∆
v
t t t
0 ( 10)
v 1 m / s
10 0
= =
= =
Determinando t:
s = −10 + 1 ∙ t
10 = −10 + 1 ∙ t
t = 20 s
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C
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C
3. Com base na tabela do exercício anterior, construa um gráfico de espaço por tempo e outro de ve-
locidade por tempo. A seguir, utilize a propriedade gráfica dos diagramas para descobrir a distância
percorrida pelo atleta em 25 segundos.
4. Mackenzie-SP
Uma partícula descreve um movimento uniforme cuja função horária é s = −2 + 5 · t com s em metros
e t em segundos.
Nesse caso, podemos afirmar que a velocidade escalar da partícula é de
a. −2 m/s, e que seu movimento é retrógrado.
b. −2 m/s, e que seu movimento é progressivo.
c. 5 m/s, e que seu movimento é progressivo.
d. 5 m/s, e que seu movimento é retrógrado.
e. −2,5 m/s, e que seu movimento é retrógrado.
5. Considere este diagrama v – t, que representa o movimento retilíneo e uniforme de um avião de
passageiros.
Qual é a variação do espaço do avião entre t = 3 h e t = 5 h? Utilize a propriedade gráfica do diagrama.
Exercícios propostos
t (h)
t (s)
t (s)
s (m) v (m/s)
v (km/h)
FÍSICA
145
4.
s = s0 + v ∙ t
s = −2 + 5 ∙ t
s0 = −2 m
v = 5 m/s
Comoavelocidadeépositiva,
o movimento é progressivo.
0
800
3 5
∆s =
N
área
∆s = b · h
∆s = (5 − 3) · 800
∆s = 1600 km
t (s)
s (m)
15
10
5 10 15 20 25
0
−5
−10
t (s)
v (m/s)
1
0 5 10 15 20 25
t (s)
v (m/s)
1
0 5 10 15 20 25
∆s =
N
área
Utilizando a propriedade
gráfica:
∆s =
N
área
∆s = b ∙ h
∆s = 25 ∙ 1
∆s = 25 m
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CAPÍTULO
2
1. O atleta Usain Bolt completou uma prova de 100 m rasos em 9,58 s. A maior aceleração dessa prova
acontece no primeiro trecho – os atletas levam em média 4 s para partir do repouso ( v0 = 0 ) e atin-
gir 36 km/h. Qual é a aceleração média dos atletas no primeiro trecho? Dê a resposta utilizando o SI.
Exercícios de aplicação
Módulos 5 e 6 | Movimento retilíneo uniformemente variado
2. Vamos considerar que a aceleração de um atleta, em uma corrida, seja de 2,5 m/s2
durante todo o
percurso. Complete a tabela e responda.
tempo (s) 0 2 4 6 8
espaço (m) 0 20 80
velocidade (m/s) 0 5 15
a. Qual é a função horária dos espaços?
b. Qual é a função horária da velocidade?
c. Qual é a distância percorrida pelo atleta, considerando o movimento retilíneo?
d. Considerando que o recorde da prova dos 100 m é de 9,58 s, seria possível que um atleta atual
obtivesse os mesmos resultados da tabela?
CAPÍTULO
2
146
5 45
10 20
Primeiro, devemos converter a velocidade para o SI.
v = 36 km/h / 3,6 = 10 m/s
Em seguida, calculamos a aceleração :
2. Deixar os alunos utiliza-
rem as funções horárias do
espaço e da velocidade. Se
achar necessário, fazer um
exemplo de cada.
Comentar que, para comple-
tar a tabela, seria mais prá-
tico determinar primeiro as
funções horárias do espaço
e da velocidade.
A distância percorrida pelo atleta corresponde à variação do espaço em 8 segundos, logo:
Δs = 80 – 0 = 80 m
Como o tempo para atingir 100 m é menor que o recorde atual, nenhum atleta da atualidade pode obter os
resultados da tabela.
2
0 0
2
2
a t
s s v t
2
2,5 t
s 0 0 t
2
s 1,25 t
= + +
= + +
=
0
0
2
v v
∆v
∆
a
t t t
10 0
a
4 0
a 2,5 m / s
= =
=
=
v = v0 + a ∙ t
v = 0 + 2,5 ∙ t
v = 2,5 ∙ t
Utilizando a função horária dos espaços para s = 100 m, temos:
s = 1,25 ∙ t²
100 = 1,25 ∙ t²
t ≈ 8,94 s
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Para obter um melhor resultado, realize o procedimento por 3 vezes e faça uma média dos resultados.
Inverta as posições dos alunos e repita os procedimentos. Preencha as tabelas a seguir
FIGURA 1 FIGURA 2
3. Vamos medir tempo de reação?
Para a execução deste exercício, será necessária a utilização de uma régua de 30 cm, e os alunos
devem se dividir em duplas.
Um dos alunos deve segurar a régua, de tal forma que o zero fique entre o polegar e o indicador do
outro aluno – veja figura 1.
Sem avisar ou fazer qualquer tipo de contagem regressiva, um aluno deve soltar a régua e o outro
deve tentar pegá-la, com os dedos, antes que ela caia no chão.
Anote a distância em que o aluno segurou a régua – veja figura 2.
Para calcular o tempo de reação, vamos considerar que a régua partiu do repouso (v0
= 0) e fica
sujeita a uma aceleração de 10 m/s2
.
Converta a média das distâncias obtidas para metros e utilize a função horária dos espaços para
calcular o tempo de reação de cada aluno.
Aluno 1 Aluno 2
Medida s (cm) s (cm)
1
2
3
Média
FÍSICA
147
3. Para deixar claro o que
pode acontecer durante o
tempo de reação, vamos cal-
cular a distância percorrida
por um veículo com veloci-
dade de 180 km/h (50 m/s).
Considerando um tempo de
reaçãodeaproximadamente
0,25 s, a distância percorrida
com velocidade de 50 m/s
corresponde a 5,5 m. Dessa
forma, até que a pessoa con-
siga reagir, o veículo já per-
correu 5,5 m. Comentar que
existem diferenças entre os
tempos de reação das pes-
soas, por isso é importante
respeitar as leis de trânsito
e os limites de velocidade.
2
0 0
2
2
a t
s s v t
2
10 t
s 0 0 t
2
s 5 t
s
t
5
= + +
= + +
=
=
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5. PUC-RJ
O movimento de um objeto pode ser descrito pelo gráfico velocidade versus tempo, apresentado
na figura a seguir.
Podemos afirmar que
a. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2
, e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m.
b. a aceleração do objeto é 4,0 m/s2
, e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m.
c. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2
, e a distância percorrida em 5,0 s é 25,0 m.
d. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2
, e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m.
e. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2
, e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m.
Exercícios propostos
4. Com base na tabela do exercício 2 das atividades, construa o gráfico da velocidade pelo tempo. A
seguir, utilize a propriedade gráfica para descobrir a distância percorrida pelo atleta em 8 segundos.
t (s)
v (m/s)
t (s)
v (m/s)
20
10
5 10
CAPÍTULO
2
148
5. Primeiro, calculamos a
aceleração:
0
0
2
v v
v
a
t t t
20 0
a
10 0
a 2,0 m / s
= =
=
=
∆
∆
Utilizando a propriedade
gráfica de 0 até 5 segundos,
temos:
N
s área
b h
s
2
5 10
s
2
s 25 m
∆
∆
∆
∆ =
=
=
=
Utilizando a propriedade gráfica:
N
s área
b h
s
2
8 20
80 m
s
2
s
∆
∆
∆
∆ =
=
=
=
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1. A função horária do espaço para um automóvel percorrendo um trecho retilíneo de uma avenida,
com velocidade constante, é dada por s = 10 + 20 · t (SI). Julgue como verdadeiras V ou falsas F
as seguintes afirmações.
I. O espaço inicial é 10 m.
II. A velocidade do automóvel é de 20 m/s.
III. A posição do automóvel em 60 s é 1 210 m.
IV. O instante em que o automóvel ocupa a posição 2 010 m é 100 s.
2. O gráfico ao lado descreve o movimento de duas composições de metrô (A e B) que se deslocam
com velocidade constante, em um trecho retilíneo entre duas estações. As composições se des-
locam em trilhos paralelos e distintos.
A partir do gráfico, podemos concluir que
a. o movimento da composição A do metrô é retrógrado.
b. o movimento da composição B do metrô é progressivo.
c. as duas composições descrevem movimento variado.
d. as duas composições se encontram na posição 50 m.
e. as duas composições descrevem movimentos retrógados.
3. Complete as lacunas.
O movimento retilíneo uniformente variado ocorre quando a é constante e
o movimento é .
Módulo 4
Módulos 5 e 6
4. Um automóvel em movimento retilíneo tem velocidade escalar variando com o tempo, de acordo
com o gráfico.
5. O gráfico a seguir representa o desempenho de três corredores da prova dos 100 m rasos.
Em que distância eles apresentam velo-
cidade máxima?
a. 20 m
b. 40 m
c. 45 m
d. 60 m
e. 100 m
Ben Carl Bolt
Relacione as duas colunas.
I. 0 e t1 II. t1 e t2 III. t2 e t3 IV. t3 e t4
O movimento é retrógrado e retardado.
O movimento é progressivo e acelerado.
O movimento é retrógrado e acelerado.
O movimento é progressivo e retardado.
100
s (m)
A
B
50
0 10 20 t (s)
v (m/s)
t (s)
0 t1 t2 t3 t4
Distância (m)
Velocidade
(km/h)
0
0
5
15
25
35
10
20
30
40
45
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
FÍSICA
149
V
V
V
IV
III
I
II
V
aceleração
retilíneo
4. Nos trechos I e II, a velo-
cidade é positiva, logo eles
podem ser classificados
como progressivos. Já nos
trechos III e IV, a velocidade
é negativa, então eles de-
vem ser classificados como
retrógrados. Nos trechos I e
III, o módulo da velocidade
aumenta e, portanto, eles
podem ser classificados
como acelerados. Já nos
trechos II e IV, o módulo da
velocidade diminui, então
eles devem ser classificados
como retardados.
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a > 0
Reta crescente
v > 0
Reta crescente
a < 0
Reta decrescente
v < 0
Reta decrescente
Propriedade
gráfica
área N
= ∆s
Gráfico v × t
Função horária
do espaço
s = s0 + v ∙ t
Função horária
dos espaços
Função horária
da velocidade
v = v0 + a ∙ t
Uniforme
(velocidade constante)
Variado
(aceleração constante)
MOVIMENTO
0 0
a
s s v t 2
t
2
= + +
CAPÍTULO
2
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3
GRUPO
“A consciência não consente em se identificar com o corpo, que
é para ela um companheiro cego e indócil, nem com o espírito,
diante do qual é ora aquiescente, ora rebelde. O eu consiste preci-
samente nesse movimento de vaivém que alternadamente torna
minha convivência mais estreita ora com um, ora com outro.
A consciência nos incita a agir para sair da imobilidade, mas tam-
bém a só agir por uma finalidade capaz de nos satisfazer plena-
mente. A liberdade se exerce no intervalo entre essas duas aspi-
rações, uma que nos impele, outra que nos retém, e oscila entre
todas as aparências que a seduzem.
Assim, na consciência existe, a um só tempo, perfeição – visto que
ela acresce o que somos, nos permite brilhar no mundo para além
dos limites do corpo e nos dá uma espécie de posse espiritual do
Universo – e imperfeição – visto que, ao mesmo tempo, ela é feita
de idgnorância, de erro e de desejo. A consciência é uma transição
entre a vida do corpo e a vida do espírito. É um perigo, visto que
pode ser ultrapassado por ela. É uma interrogação perpétua, uma
hesitação que não para de nos dar insegurança em nossa vida
cotidiana; e, no entanto, é uma luz que nos guia para a segurança
de uma vida sobrenatural.”
Louis Lavelle
Macaco-da-neve bebendo água. O teste do autorreconhecimento no espelho
(MSR) é usado como evidência de autoconhecimento nos animais, ou seja, é um
indicativo de que têm consciência de si mesmo. O macaco-da-neve não “passa”
nesse teste, ao contrário do chimpanzé, do golfinho, do elefante asiático e de
uma espécie de corvo (pega-rabuda).
DAVORLOVINCIC/ISTOCK
OPOSIÇÃO
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
um trabalho interdisciplinar.
ARTE
Arte moderna e
contemporânea no Brasil
CS HI MA
QUÍMICA
Modelos atômicos e
distribuição eletrônica
GEOGRAFIA
Europa: economia,
industrialização e
desenvolvimento
tecnológico
CS LP
CIÊNCIAS
SOCIAIS
Racionalismo e
empirismo
AR
FÍSICA
Vetores e leis de Newton
MA QI HI
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Condicionamento físico
BI
HI
LÍNGUA
PORTUGUESA
Variação linguística,
crase, regência nominal,
complemento nominal,
gênero palestra e
produção de texto
HI
HISTÓRIA
Crise do capitalismo,
entreguerras e regimes
totalitários
LP AR GE
MATEMÁTICA
Segmentos
proporcionais,
semelhança de
triângulos e
teorema de Tales
LP CS HI
CS
GRUPO
3
Oposição
LP MA HI
BI
BIOLOGIA
Evolução biológica
LP GE HI
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CAPÍTULO 3
A dinâmica e as leis de Newton
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C
CAPÍTULO
CAPÍTULO
3
OBJETIVOS DO GRUPO
• Reconhecer as causas da
variação de movimentos
associada a forças.
• Calcular a resultante
das forças e aplicar
a 2a
lei de Newton,
relacionando aceleração
e força na interpretação
de movimentos.
• Prever e avaliar,
utilizando as leis de
Newton, situações
cotidianas que envolvem
movimentos.
• Aplicar as leis de Newton
a situações diversas.
Halterofilismo: esteve presente na primeira edição dos Jogos Olímpicos. É um esporte
disputado em duas modalidades: o arranco e o arremesso. O arranco consiste em levantar a
barra em um único movimento contínuo, até acima da cabeça, sem tocar o corpo.Já o arremesso
é composto por dois movimentos. No primeiro, leva-se a barra até a altura dos ombros e, no
segundo, a barra é levantada acima da cabeça. Nos dois movimentos, o atleta deve exercer na
barra uma força maior que a força-peso para tirá-la de seu estado de repouso. O recorde atual
para atletas acima de 109 kg é de 257 kg para a modalidade arremesso.
AS FORÇAS NOS ESPORTES OLÍMPICOS
Atletismo: é o nome dado à categoria que agrupa as corridas, os
saltos e os arremessos. Também esteve presente nos primeiros
Jogos Olímpicos. As modalidades são corridas de pista, corridas
com obstáculos, revezamento, saltos, arremessos e lançamentos. O
recorde da prova mais famosa do atletismo pertence ao jamaicano
Usain Bolt, com 9,58 s, nos 100 m rasos. Enquanto está em contato
com o solo, o atleta recebe uma força vertical com a mesma
intensidade que ele exerce no piso chamada força normal.
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DINÂMICA E
LEIS DE NEWTON
FÍSICA
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Vela: a competição de barcos a vela estreou na segunda edição dos
Jogos Olímpicos. Devido às condições meteorológicas desfavoráveis,
só iniciou no segundo dia de competições. São várias as classes em
que os competidores disputam, como star, laser, tornado, finn etc.
Após disputar várias regatas, os pontos obtidos são somados para
apontar o vencedor. As velas são manipuladas por meio de cordas,
nas quais os velejadores exercem forças de tração.
Ginástica de trampolim: só passou a ser esporte olímpico no ano 2000.
Otrampolimoficialtemumatelaquemede5m×3meficanumaaltura
de 1,15 m do solo. Dos oito juízes, cinco avaliam os movimentos, dois
avaliam a dificuldade e um é responsável pelo conjunto (chefe).O atleta
desenvolve séries livres e obrigatórias que selecionam os oito melhores
competidores para a final. Vence aquele que apresentar a melhor série
livrenafinal.Duranteosalto,otrampolimsofredeformaçãoeaplica,no
atleta, uma força denominada elástica.
Tiro com arco: passou a ser esporte olímpico em 1900. É composto
por quatro eventos de tiro realizados com arco recurvo. É disputado
individualmente ou por equipes, e os atletas devem acertar alvos que
estão a 70 m de distância. Ao tensionar o arco, no momento em que a
flecha é liberada, ela fica submetida a uma força denominada elástica.
Curling: passou a ser oficialmente esporte olímpico de inverno em
2006. O objetivo é lançar pedras de granito em uma pista de gelo
para que, ao pararem, fiquem o mais próximo possível de um alvo.
Para diminuir a força de atrito com o gelo, os atletas fazem uso de
varredores ao longo do caminho percorrido pela pedra de granito.
Dessa forma, a pedra alcança maior distância. É disputado por
equipes de quatro atletas. Os atuais países campeões olímpicos
são Estados Unidos (masculino) e Suécia (feminino).
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FÍSICA
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Módulo 7
VETORES E FORÇAS
Nas diversas atividades do cotidiano, o uso de força é frequente. Como exem-
plos, temos o ato de erguer um objeto, chutar uma bola, subir uma ladeira,
empurrar um objeto ou arremessá-lo, abrir uma lata, puxar uma corda, pre-
parar a massa de pão etc. No entanto, geralmente, não nos preocupamos com
a definição de força, simplesmente a utilizamos.
Um engenheiro, ao projetar uma máquina, um robô ou um simples uten-
sílio de cozinha, deve preocupar-se com o estudo das forças que agem so-
bre os corpos, conhecer os diferentes tipos de força, as leis que regem seu
comportamento e quantificá-las. O mesmo vale para um atleta, um treina-
dor, um médico, um fisioterapeuta, entre outros profissionais, e até mesmo
para você. Ao conhecer e interpretar as forças aplicadas nas diferentes si-
tuações do cotidiano, podemos planejar intervenções que resultem no au-
mento do bem-estar individual e coletivo.
Medida de força
Medimosaforça,naunidade
doSistemaInternacional(SI),
em newton (N). Um newton
equivale à força necessária
para puxar ou empurrar um
blocode1kgcomaceleração
de 1 m/s2
. Existem outras
unidades de força, como o
dina (1 · 10−5
N) e o quilogra-
ma-força, kgf (1 kgf ≈ 10 N),
porémsãopoucoutilizadas.
PARA IR ALÉM
Grandezas físicas
Existem dois tipos de gran-
deza física: as escalares e as
vetoriais. O entendimento
sobre uma grandeza esca-
lar fica completo, quando
conhecemos seu valor nu-
mérico e sua unidade de
medida. Já as vetoriais se
caracterizamcompletamen-
tequandofornecemos,além
de seu módulo, também a
direção e o sentido. Dentre
as grandezas físicas que es-
tudamos, o tempo é escalar.
A velocidade, o vetor deslo-
camento e a aceleração são
vetoriais,noentantoocará-
ter vetorial dessas grande-
zas será abordado somente
no Ensino Médio.
PARA IR ALÉM
Em uma linha de produção, os robôs devem ser programados para apli-
car forças de diferentes intensidades, direções e sentidos. Por exemplo, po-
demos programar um robô para fazer uma força de 100 N (100 newtons),
horizontal e para a direita; já outro pode ser programado para fazer uma
força de 50 N (50 newtons) vertical e para baixo.
Uma grandeza física só fica completamente caracterizada quando temos
as informações sobre intensidade, direção e sentido. Quando isso acontece,
dizemos que essa grandeza é vetorial.
Vetores
Um vetor é um segmento de reta orientado que representa uma grandeza
física, no caso, uma força. Podemos representar essa força da seguinte forma:
Linha de montagem robotizada.
Sentido
Direção
Intensidade
F
Representação de uma força.
XIEYULIANG/ISTOCKPHOTO
CAPÍTULO
3
140
Comentarqueasforçassãoosagentes
físicos capazes de alterar a velocidade
dos corpos e que elas serão estuda-
das no próximo capítulo. Citar como
exemplo a força que aplicamos no
chão para andar ou para arremessar
um objeto.
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Os vetores podem ser nomeados com letras maiúsculas ou minúsculas,
com uma seta horizontal e para a direita sobre elas, indicando o caráter
vetorial (

F).
O tamanho do vetor corresponde à sua intensidade ou módulo, embora
nem sempre eles sejam representados no tamanho real ou em escala.
A linha tracejada indica a direção do vetor, que pode ser horizontal, ver-
tical ou oblíqua (inclinada).
Por fim, a ponta da seta indica o sentido do vetor: para a esquerda, para
a direita, para cima, para baixo etc. Veja os exemplos a seguir.
PEOPLEIMAGES/ISTOCKPHOTO
MAURICIO
GRAIKI/ISTOCKPHOTO
CHAIYAPRUEK2520/ISTOCKPHOTO
FS-STOCK/ISTOCKPHOTO
Na maioria dos casos, existe mais de uma força atuando sobre um corpo.
Se fosse possível substituir todas as forças que atuam no corpo por uma
única, ela seria denominada força resultante (

FR). Essa força corresponde
à soma vetorial de todas as forças que atuam em um corpo. No entanto,
para somar grandezas vetoriais, devemos ter alguns cuidados. Observe os
casos a seguir.
FORÇAS COM MESMA DIREÇÃO E SENTIDO
Situação real Diagrama de forças Força resultante
F2
F1
FR
  
F F F
R 1 2
= +
Observação: só estamos levando em consideração as forças que o ho-
mem e a mulher aplicam no veículo.
Módulo: 100 N
Direção: horizontal
Sentido: para a esquerda
|F| = 100 N
Módulo: 600 N
Direção: vertical
Sentido: para baixo
|F| = 600 N
Módulo: 300 N
Direção: oblíqua
Sentido: para a direita e para cima
|F| = 300 N
141
FÍSICA
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  • 1. Ensino Fundamental - Anos Finais NONO ANO Volume 1 LIVRO DO PROFESSOR FÍSICA Grupos 1, 2 e 3 CO EF 09 FOLHAS DE ROSTO G123_professor_FIS.indd 8 27/09/2019 09:28 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 2. EDITORIAL Todos os direitos desta publicação são reservados à Pearson Education do Brasil S.A. Fone: (16) 3238.6300 Av. Dr. Celso Charuri, 6391 Jardim São José – Ribeirão Preto - SP CEP 14098-510 www.coc.com.br Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa Gerência editorial de portfólio de Educação Básica e Ensino Superior Alexandre Ferreira Mattioli Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli Gerência de design Cleber Figueira Carvalho Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro Coordenação de design Diogo Mecabô Autoria Wagner Fonzi Editoria responsável Natália H. P. Coelho Editoria pedagógica Anita Adas Editoria de conteúdo Antônio Sérgio M. de Castro Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida Assistência de editoria Camila Rocha, Eloá Thaís Matielo de Campos, Mariana Paulino Silva Preparação e revisão gramatical Amanda Manfrim Vizzotto, Jamile Reami Turqueto, Leandro Requena Pereira, Roseli Deienno Braff Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva, Luzia Lopez Editoria de arte Natália Gaio Lopes Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião Editoria de Ilustração Carol Plumari Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações, Leopoldo Anjo & Estúdio Pastelaria Capa e projeto gráfico APIS design Diagramação e arte final APIS design, Diagrama Soluções Editoriais PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr. SISTEMA COC DE ENSINO CO EF 09 FOLHAS DE ROSTO G123_professor_FIS.indd 9 27/09/2019 09:28 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 3. 1 GRUPO “Todos nós sabemos que o mundo em que vivemos é domina- do por movimento e variação. A Terra move-se em sua pró- pria órbita em torno do Sol; uma colônia de bactérias cresce; uma pedra lançada para cima vai perdendo velocidade, e, em seguida, cai ao chão com velocidade crescente; elemen- tos radioativos se desintegram. Estes são apenas alguns itens no rol infindável de fenômenos para os quais a Matemática é o meio mais natural de comunicação e compreensão. Como disse Galileu há mais de 300 anos: “O Grande Livro da Na- tureza está escrito com símbolos matemáticos”. O Cálculo é o ramo da Matemática cujo principal objetivo é o estudo do movimento e da variação. É um instrumento indispensável de pensamento em quase todos os campos da ciência pura e aplicada – em Física, Química, Biologia, Astronomia, Geologia [...]. Qualquer que seja o padrão de medida, os métodos e as aplicações do Cálculo estão entre as maiores realizações inte- lectuais da civilização.” George F. Simmons O pensamento algébrico que começa a se consolidar neste último ano do Ensino Fundamental é essencial para a aplicação e avaliação de modelos matemáticos na compreensão, representação e análise de relações quantita- tivas de grandezas. Nesse contexto, ideias matemáticas fundamentais – como equivalência, razão, variação, interdependência e proporcionalidade – são indispensáveis para o estudo e entendimento de modelos, conceitos e gene- ralizações da Física e da Química, bem como para diversas carreiras, como Engenharia, Economia, Medicina, Ciências Sociais, entre inúmeras outras. ALBERTO ANDREI ROSU/ DREAMSTIME VARIAÇÕES CO_EF_09_INFI_02_1B_LV_01_MI_DMUL_iniciais_G010_p4.indd 3 16/08/2019 08:56 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 4. CONHEÇA SEU LIVRO ABERTURA DE CAPÍTULO Traz elementos que dialogam com o texto introdutório, buscando contextualização e estimulando a reflexão sobre o assunto em estudo. MÓDULOS Reunido em capítulos, sistematiza a teoria que será trabalhada no grupo. Os exercícios referentes aos módulos são organizados após a teoria para facilitar a rotina de estudos. OBJETIVOS DO GRUPO Relação dos objetivos de aprendizagem a serem desenvolvidos no grupo. EXERCÍCIOS Agrupados para facilitar o estudo e a revisão de conteúdos, são divididos em exercícios de aplicação, trabalhados em sala, e exercícios propostos, realizados em casa ou em outros momentos. CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 6 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 5. ORGANIZADOR VISUAL Propõe uma revisão dos conceitos e estabelece conexões entre eles, proporcionando uma articulação entre os conteúdos do capítulo. PRODUÇÃO DE TEXTO As folhas de redação são destacáveis, facilitando o uso pelo aluno e a correção pelo professor. ENCARTES E ADESIVOS Apresentam recursos complementares que enriquecem o desenvolvimento dos módulos. PARA CONFERIR Momento indicado para conferir a aprendizagem de conteúdos. Pode ser aplicado ao final do capítulo ou durante seu desenvolvimento. CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 7 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 6. EXPLORE MAIS São dicas de sites, textos e links, em ambiente digital, relacionados ao conteúdo estudado, possibilitando ampliação e aprofundamento. NOTA Traz informações históricas ou sobre estudiosos que se destacaram no contexto do conteúdo em estudo. Pouco a pouco, Sem que qualquer coisa me falte, Sem que qualquer coisa me sobre, Sem que qualquer coisa esteja [exatamente na mesma posição, Vou andando parado, Vou vivendo morrendo, Vou sendo eu através de uma [quantidade de gente sem ser. Vou sendo tudo menos eu. Acabei. Álvaro de Campos QUADRO DE TEXTO Com referência direta ao que está sendo trabalhado, permite o contato com diversos autores. VOCABULÁRIO Explica, de maneira mais acessível e dentro do contexto, termos e conceitos, favorecendo sua assimilação, compreensão e apropriação. CONHEÇA SEU LIVRO As miniaturas são um recurso discursivo que facilitam a contextualização dos quadros com o texto principal, indicando nele em que ponto a informação adicional está relacionada. MINIATURAS DOS ÍCONES BOXES E ÍCONES Mais-valia: excedente obtido pela diferença en- tre o custo de produção de um produto e o valor de sua venda. O custo de produção é obtido pela somadovalordamatéria- -prima, os gastos com a produção e o salário pago ao operário produtor. VOCABULÁRIO NOTA Anaxágoras (500-430 a.C.) A palavra “física” tem origem no termo grego, physis, cujo significado é natureza. Um dos primeiros físicos foi pro- vavelmente Anaxágoras, que viveu na costa oeste da atual Turquia. Professor de Filoso- fia em Atenas, sua principal contribuição foi o Nous, que ele considerava o princípio de todas as coisas, ou seja, um simples objeto que conteria todos os elementos do uni- verso.Com esse pensamento, Anaxágorastornou-seumdos primeiros estudiosos a des- vincular a ciência da religião e foi, por isso, condenado à morte, embora tenha fugido. Ser ou não-ser Para entender melhor a filosofia de Heráclito, acesse o vídeo apresen- tado por Viviane Mosé, “Ser ou não-ser – Heráclito – devir e a luta dos con- trários”. Disponível em: <coc.pear.sn/tCxWrnc>. EXPLORE MAIS WORLD HISTORY ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 8 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 7. SELOS pág. Encarte 399 pág. Redação 399 Colaborativo GRUPO TEMÁTICO Momento em que o grupo temático é trabalhado, por meio do qual as ligações entre as disciplinas são evidenciadas. PARA IR ALÉM Oportunidade de aprofundar o conteúdo e desenvolver uma postura investigativa, estimulando a reflexão ao despertar a curiosidade e o interesse. Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados materiais complementares ao desenvolvimento do módulo. E também em partes da página: O selo colaborativo indica exercícios que exploram estratégias diferenciadas de aprendizagem: pág.399 Redação pág.399 Encarte Adesivo Eles podem aparecer no texto: GRUPO TEMÁTICO Porcentagem nos preços A porcentagem é usada para muitas finalidades, sendo a observação das variações de valores, como preços de produtos, uma das aplica- ções mais comuns. Como exemplo,temosavariaçãode preço de produtos da nossa alimentação ou a variação de preços de moedas estran- geiras. Sempre que um valor aumenta, ou diminui, temos de tomar como referência o valor anterior. Por exemplo, se um produto custa 2 reais, e seu valor aumenta 1 real, umeconomistadiráqueoau- mento foi de 50%, pois 1 real é 50% de 2 reais, ou seja, a metade do preço.Em contra- partida, se um produto custa 100 reais e tem o mesmo au- mento de 1 real, o economis- ta dirá que o aumento foi de 1%, pois 1 real corresponde a 1% de 100 reais. O quarto estado: plasma Já são conhecidos três es- tados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. No entanto, ainda existe outro estado, o plasmático. Se considerarmos todo o Uni- verso, o estado plasmático éomaisencontrado,apesar de não o ser no planeta Ter- ra.OpróprioSoléconstituí- do por plasma, que, assim comoosoutrosestadosfísi- cos,ocorrepeloaumentode pressão e temperatura. Se adicionarmosaltapressãoe alta temperatura a um gás, atingiremos o plasma. PARA IR ALÉM Representação do plasma, o quarto estado da matéria. SAKKMESTERKE/ISTOCK NA PRÁTICA Apresenta conceitos da disciplina aplicados em situações do cotidiano ou em outras áreas do conhecimento, servindo também à divulgação científica. NA PRÁTICA Não confunda peso com massa! É comum confundirmos es- sas duas grandezas físicas, principalmente quando utilizamos, erroneamente, no nosso cotidiano, o termo “peso” como sinônimo de “massa”. Essas duas gran- dezas têm conceitos e defi- nições distintos. Peso é a quantidade de força comqueagravidadeterrestre atrai os corpos para o centro do planeta. Por exemplo, o peso de um astronauta na Lua é aproximadamente seis vezes menor do que o peso dele na Terra, porém sua massa que é a quantidade de matéria de determinado corpo, continua a mesma, in- dependentemente da quan- tidade de força gravitacional exercida nela. CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 9 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 8. MAPA INTERDISCIPLINAR Este mapa mostra ligação entre os conteúdos das disciplinas, sendo ponto de partida para um trabalho interdisciplinar. ARTE Vanguardas artísticas do século XX QUÍMICA Estados físicos e propriedades da matéria GEOGRAFIA Economia mundial pós- guerra, globalização e capital financeiro CIÊNCIAS SOCIAIS Filosofia grega: Parmênides e Heráclito FÍSICA Estudo do movimento EDUCAÇÃO FÍSICA Muay thai LÍNGUA PORTUGUESA Textos jornalísticos, cobertura e checagem de fatos, verbos de ligação, predicativo e produção de texto HISTÓRIA História do Brasil: Monarquia e Primeira República LP AR MATEMÁTICA Razão e proporção GRUPO 1 Variações BIOLOGIA Astronomia e vida na Terra LP GE HI FI AR GE CS AR MA QM CS BI LP AR BI CN LP MA LP CN HI MA HI BI CO_EF_09_INFI_02_1B_LV_01_MI_DMUL_iniciais_G010_p4.indd 10 16/08/2019 08:56 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 9. FÍ SI CA CAPÍTULO 1 Introdução ao estudo da Física 126 PÁG. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 125 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 10. CAPÍTULO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FÍSICA OBJETIVOS DO GRUPO • Representar as principais unidades utilizadas nas medidas de grandezas físicas. • Constatar a relatividade entre repouso e movimento. • Identificar e descrever os tipos de trajetória. • Calcular tempo de percurso, deslocamento e velocidade de movimentos. • Reconhecer a importância da geração de energia eólica como componente das matrizes energéticas dos países. • Estabelecer relações entre as principais unidades utilizadas nas medidas de grandezas físicas. Mecânica clássica: estuda os movimentos, suas causas e consequências. As bases da mecânica clássica foram estabelecidas por Isaac Newton e Galileu Galilei, den- tre outros. São seus objetos de estudo a velocidade, o espaço, a aceleração, as forças, o trabalho, a energia etc. A imagem ilustra o movimento de dois paraque- distas, que pode ser previsto pela mecânica clássica. Termodinâmica: estuda as leis que estabelecem a relação entre energia térmica (calor) e outas formas de energia. São seus objetos de estudo a temperatura, o calor, a dilatação, os mecanismos de troca de calor, os gases e suas transformações e as máquinas térmicas. A imagem mostra uma indústria siderúrgica, onde é feita a preparação dos metais. MAURICIO GRAIKI/ISTOCK ZHAOJIANKANG/ISTOCK FÍSICA 126 CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 126 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 11. Óptica geométrica: estuda a propagação de luz e os fenômenos ópticos. São seus objetos de estudo a luz e suas definições, propriedades e princípios, a reflexão, a refração a difração, a polarização, a interferência, os espelhos, as len- tes, os instrumentos ópticos e a óptica da visão. A imagem representa reflexões provenientes do posicionamento de espelhos planos. Eletromagnetismo: estuda fenômenos elétricos e magnéticos. São seus objetos de estudo, por exemplo, a geração de energia, o campo elétrico, o campo magnético, a indução eletromagnética, os circuitos elétricos e seus componentes. A imagem ilustra a transformação de ener- gia eólica proveniente dos ventos em energia elétrica. Ondulatória: estuda os movimentos periódicos e a propagação de energia. São seus objetos de estudo as ondas, seus tipos e classifi- cações; os fenômenos ondulatórios; as ondas sonoras e o espectro eletromagnético. A imagem ilustra as diversas ondas eletromagné- ticas (rádio, tv, celular etc.) que fazem parte do nosso cotidiano. Relatividade: é formada pela relatividade restrita ou especial e pela relatividade geral. Os fundamentos da relatividade foram estabelecidos por Albert Einstein com base em estudos de Henri Poincaré, Hendrik Lorentz e Albert Michelson. O objeto de estudo da relatividade restrita são as mudanças ocorridas no comprimento, na massa e no tempo de corpos que se movem com velocidades próximas à da luz. Já a relatividade geral é o estudo da relação espaço/tempo e de suas consequências. A imagem ilustra a curvatura espaço-tempo entre a Terra e o Sol. Mecânica quântica: estuda objetos em escala atômica ou menor, como o movimento dos elétrons ao redor do núcleo atômico. As bases da mecânica quântica foram estabelecidas, no início do século XX, por Albert Einstein, Werner Heisenberg, Max Planck, Louis de Broglie, Niels Böhr, Erwin Schrödinger e outros. Seu princípio fun- damental é a quantização de energia. A imagem representa orbitais atômicos e bits computacionais, aludindo ao computador quântico. WACOMKA/ISTOCK SHAXIAOZI/ISTOCK METAMORWORKS/ISTOCK D3DAMON/ISTOCK ROST-9D/ISTOCK FÍSICA 127 CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 127 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 12. FUNDAMENTOS DA FÍSICA Uma das preocupações fundamentais do ser humano é explicar e com- preender o mundo ao seu redor. Assim, podemos utilizar esses conheci- mentos para desenvolver máquinas e equipamentos que contribuam para melhor qualidade de vida. A esse conjunto de conhecimentos, acumulados ao longo do tempo por mulheres e homens, chamamos de Ciências. A Física é uma das Ciências Naturais, assim como a Biologia e a Química, e tem como objetivo investi- gar as leis que regem nosso universo, por meio do estudo da matéria, da energia e de suas interações. Módulo 1 Dominando conhecimentos. Cabine de instrumentos de um avião. NOTA Anaxágoras (500-430 a.C.) A palavra "física" tem origem no termo grego, physis, cujo significado é natureza. Um dos primeiros físicos foi pro- vavelmente Anaxágoras, que viveu na costa oeste da atual Turquia. Professor de Filoso- fia em Atenas, sua principal contribuição foi o Nous, que ele considerava o princípio de todas as coisas, ou seja, um simples objeto que conteria todos os elementos do uni- verso. Com esse pensamento, Anaxágorastornou-seumdos primeirosestudiososadesvin- cularaciênciadareligiãoefoi, por isso, condenado à morte, embora tenha fugido. WORLD HISTORY ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO História da Física Para saber mais sobre a história da Física, acesse o site disponível em: <coc. pear.sn/RTVPlbf>. EXPLORE MAIS Medindo grandezas Para iniciar o estudo da Física, devemos aprender a medir grandezas e compará-las. Por exemplo, podemos medir o comprimento de um dos la- dos de uma sala e cronometrar o tempo necessário para percorrê-lo, ou subir em uma balança para medir nossa massa. Dessa forma, massa, comprimen- to e tempo são as grande- zas físicas mensuráveis. Elas também podem ser chamadas de grandezas fundamentais ou de base. IPOPBA/ISTOCK ANSONMIAO/ISTOCK CAPÍTULO 1 128 Comentar que a Física é dividida em dois grandes ramos, a clássica e a moderna. A física clássica compreen- de o conjunto de conhecimentos di- fundidos até o final do século XIX. Ela é subdividida em: mecânica clássica, termodinâmica, óptica geométrica, ondulatória e eletromagnetismo, assuntos que serão introduzidos ao longo deste material. A física moder- na compreende as teorias elaboradas a partir do início do século XX, como a relatividade e a mecânica quântica, queserãoabordadasnoEnsinoMédio. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 128 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 13. No entanto, uma medida só terá sentido se pudermos compará-la com um padrão. Por exemplo, no passado era comum usar medidas de comprimen- to em palmos ou pés, cujo padrão era o palmo e/ou o pé do rei da região. Com o advento do comércio entre reinos, surgiram diferenças entre os pa- drões e a necessidade de utilizar apenas uma referência. O conjunto dos padrões de medidas deu origem ao que conhecemos hoje como Sistema Internacional de Unidades (SI). Balança de comparação: de um lado, colocam-se “pesos” de massa conhecida; do outro, o objeto a ser pesado. Ao equilibrar a balança, descobre-se a massa do objeto por meio dos “pesos” de comparação. Versão brasileira do SI Veja a versão brasileira do SI no site disponível em: <coc.pear.sn/tbkDR9m>. EXPLORE MAIS No Sistema Internacional, temos dois tipos de unidades: as de base e as derivadas. A tabela seguinte apresenta algumas grandezas físicas que se- rão utilizadas neste material, bem como suas unidades no SI. UNIDADES DE BASE Grandeza Nome Símbolo Massa Quilograma kg Comprimento Metro m Tempo Segundo s Temperatura Kelvin K Corrente elétrica Ampère A UNIDADES DERIVADAS Grandeza Nome Símbolo Velocidade Metro por segundo m/s Aceleração Metro por segundo ao quadrado m/s2 Força Newton N Energia Joule J Potência Watt W Sistema Internacional de Unidades A sigla SI surgiu em 1960 e foi adotada pelo Brasil em 1962. No entanto, sua ori- gem data de 1789, quando a Academia de Ciências da França criou o sistema métrico decimal, a pedido do governo francês. No início, o sistema métrico tinha três unidades bá- sicas: o metro, o litro e o quilograma. Em 1875, 17 países, incluindo o Brasil, adotaram o sistema métri- co, unificando as medidas. Com a introdução da gran- deza tempo, medida em segundo, o sistema passou a ser chamado de MKS (ini- ciais das palavras inglesas meter, kilogram e second). Atualmente, o SI conta com sete unidades de base. PARA IR ALÉM LUOMAN/ISTOCK 129 FÍSICA Mencionar que são sete unidades de base no SI. As duas que não constam na tabela são: quantidade de matéria (mol)eintensidadeluminosa,emcan- dela (cd).Como as unidades derivadas são muitas, destacamos somente al- gumas. Se julgar necessário, acessar a versão brasileira do SI, cujo link está disponível no boxe “Explore mais”. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 129 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 14. DOOMU/ISTOCK KICKIMAGES/ ISTOCK Mudança de unidades Apesar de adotarmos o SI, usualmente muitas grandezas físicas são medi- das em outras unidades. Conversões de massa Quando você sobe em uma balança e mede a sua massa, o resultado é apresen- tado em quilogramas (kg), que é a unidade padrão do SI; no entanto, a carga de um caminhão, geralmente, é medida em toneladas (ton), a massa de um apa- relho celular, em gramas (g), e em medicamentos é comum a massa ser quan- tificada em miligramas (mg). Logo, converter unidades pode ser necessário. 1 ton 1 000 kg 1 kg 1 000 g 1 g 1 000 mg Tabela de conversão de massa. Exemplo: converta 10 ton para o SI 1 ton ------------- 1 000 kg 10 ton ------------- m m · 1 = 10 ·1 000 = 10 000 kg Conversões de comprimento Nova definição padrão de quilograma Leia mais sobre a mudança da definição de um quilo- grama, que passou de um objeto para uma constante da natureza, acessando o site: <coc.pear.sn/ Fam3oWQ>. EXPLORE MAIS Balança digital Régua escolar graduada em centímetros. A régua que você utiliza para fazer medidas de comprimento é graduada em centímetros (cm) e milímetros (mm). Logo, caso sua intenção seja medir algo maior (em metros, por exemplo), será necessário realizar uma conver- são de unidades. O mesmo ocorre com a distância entre cidades, apresen- tada geralmente em quilômetros (km), e não em metros. 1 km 1 000 m 1 m 100 cm 1 cm 10 mm Tabela de conversão de comprimento. Exemplo: converta 15 cm para o SI Resolução: 1 m ------------- 100 cm l ------------- 15 cm l · 100 = 1 ·15 l = 15/100 = 0,15 m CAPÍTULO 1 130 Explicar que a conversão de unidades éimportanteparaaresoluçãodeexer- cícios, inclusive os de vestibular. Enfatizar que a unidade de massa, no SI, é o quilograma. Deixar claro que não utilizaremos a palavra "peso", em física, para fazer referência à massa. Explicar que a palavra "peso" será uti- lizadaparafazerreferênciaàgrandeza força, cuja unidade, no SI, é newton. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 130 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 15. Conversões de tempo A ampulheta é outro exemplo de cronômetro analógico. Simulação digital de um cronômetro analógico. O período letivo, por exemplo, é medido em horas (h); já o tempo de uma aula é medido em minutos (min). Nenhuma dessas unidades, no entanto, pertence ao SI. Para as conversões de tempo, temos: 1 ano 12 meses 1 mês 30 dias 1 dia 24 h 1 h 60 min 1 min 60 seg Exemplo: converta 45 min para o SI Resolução: 1 min ------------- 60 s 45 min ------------- t t · 1 = 60 · 45 = 2 700 s BERNIE_PHOTO/ISTOCK D3DAMON/ISTOCK Tabela de conversão de tempo. 131 FÍSICA CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 131 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 16. MOVIMENTO E VELOCIDADE MÉDIA Vimos que o ramo da Física que estuda os movimentos é a mecânica clássica. Esta, por sua vez, apresenta subdivisões: cinemática, dinâmi- ca e estática. Iniciaremos o estudo da cinemática, subdivisão da Físi- ca responsável por estudar os movimentos, sem levar em consideração suas causas. Por exemplo, em uma corrida de automóveis, estamos inte- ressados na velocidade e na posição dos automóveis, não sendo necessá- rio explicar as causas do movimento. No cotidiano, associamos movimento aos atos de andar, correr, girar, voar etc. Entretanto, o conceito de movimento é relativo. Por exemplo, se você estiver correndo com um colega, lado a lado, seu colega está em repouso ou em movi- mento? A princípio você poderia imaginar que ele está em movimento em relação à rua, e você estaria correto. E se o referencial não fosse a rua, e sim você, qual seria a respos- ta? Seria repouso. Logo, podemos concluir que o conceito de movimento depende do referencial. Para iniciar o estudo do movimento, é preciso entender quando um corpo está em movimento e quando está em re- pouso. No exemplo anterior, dos dois colegas correndo lado a lado, concluímos que para decidir se um deles estava em mo- vimentoourepouso,foinecessárioestabelecerumreferencial. O referencial pode ser o local que escolhemos para analisar a posição dos objetos. Em nosso exemplo, o primeiro referen- cial adotado foi a rua, logo a posição do colega se alterava com o passar do tempo em relação à rua, então concluímos que ele estava em movimento. No segundo referencial ado- tado, que foi você, a posição do seu colega não se alterava com o passar do tempo, visto que vocês estavam lado a lado, portanto concluímos que ele estava em repouso. Resumindo, temos: Movimento: com o passar do tempo, a posição do corpo sofre alteração em relação ao referencial adotado. Repouso: com o passar do tempo, a posição do corpo per- manece constante em relação ao referencial adotado. Módulos 2 e 3 Mencionar que trataremos, no futuro, da dinâmica, que estuda as causas dos movimentos, relacionando for- ça, energia, impulso e quantidade de movimento à velocidade e aceleração. Também estudaremos as condições de equilíbrio dos corpos (estática). Corrida de automóveis. Pessoas correndo. Trajetória Para definir o conceito de trajetória, vamos novamente utilizar o exemplo em que você e seu colega estão correndo lado a lado. Imagine que, em dado momento, você deixa cair a garrafinha de água que estava segurando. Como será a trajetória da garrafinha? RIDOFRANZ/ISTOCK PEEPO/ISTOCK CAPÍTULO 1 132 CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 132 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 17. Trajetória da garrafinha observada por uma pessoa sentada na calçada. Nela se observam dois movimentos combinados, um horizontal e outro vertical. Trajetória da garrafinha em relação a você ou à pessoa correndo ao seu lado. A trajetória representada na ilustração anterior acontece porque a gar- rafinha tem, inicialmente, o mesmo movimento horizontal que você e, ao ser solta, adquire movimento vertical. A associação dos dois movimentos dá origem à curva que chamamos de arco de parábola. Dessa forma, a trajetória é o conjunto de todas as posições ocupadas pela garrafinha com o passar do tempo. E se a pessoa que estiver observando a queda da garrafinha for você ou o colega correndo ao seu lado? Como seria a trajetória? Observe. A trajetória será uma reta, pois, desconsiderando a resistência do ar, a gar- rafinha tem o mesmo movimento horizontal que você, portanto você só será capaz de observar o movimento vertical. Com base nas observações, podemos concluir que: Trajetória é a linha imaginária que une todas as posições ocupadas por um móvel em determinado intervalo de tempo, considerando-se o referencial adotado. Para uma pessoa sentada na calçada, a trajetória observada será da se- guinte forma. 133 FÍSICA CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 133 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 18. BLACKJACK3D/ISTOCK Espaço (s) Nos tópicos anteriores, men- cionamos diversas vezes a posição ocupada por um corpo ou por um móvel. Dessa forma, é evidente a necessidade de conhecer as posições de um corpo para estudar seu movimento. Po- demos citar como exemplo o GPS, que determina a locali- zação de objetos na superfí- cie da Terra. Em Física, a grandeza espaço, representada pela letra s minúscula é a posição ocupada por um corpo em determinada trajetória. Observe a imagem a seguir. O menino ocupa a posição s = 5 m, ou seja, está a cinco metros da posição zero(origemdosistemadereferência);ameninaestánaposiçãos=10m, portanto está a dez metros da origem. Perceba que, para determinar a posição, foi preciso adotar um eixo orien- tado como referência. Nesse eixo, torna-se necessária a identificação do ponto de referência para as medições: a origem. É a partir dela que as posi- ções de um corpo serão encontradas. Dessa forma, podemos definir: Espaço é a posição ocupada por um corpo em relação à origem de um sistema de referência. No cotidiano, não estamos acostumados a utilizar espaços negativos, pois sempre alteramos a orientação do sistema de referência. Em Físi- ca, porém, sempre que adotarmos uma orientação, devemos mantê-la, a fim de evitar erros ao caracterizar o movimento de um corpo. Veja a ilustração a seguir. Representação da posição (ou espaço) ocupada pelos corpos em posições diferen- tes em relação ao referencial. Representação da posi- ção (ou espaço) ocupada por dois corpos. GPS CAPÍTULO 1 134 Comentar que do ponto de vista geo- métrico, são necessários somente três satélites, mas que devido ao não sincronismo de seus relógios, é preci- so um quarto satélite. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 134 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 19. Na última ilustração da página anterior, adotamos o sentido do eixo de re- ferência para a direita da página, o que significa que os valores de espaço à direita do zero serão positivos e, à esquerda, serão negativos. Dessa forma, o menino continua a ocupar a posição s = 5 m, ou seja, está cinco metros à direita da posição zero (sentido positivo); já a meni- na está na posição s = –10 m, portanto dez metros à esquerda da origem (sentido negativo). É muito importante entender que o espaço indica somente a posição ocupada por um corpo em determinado instante, e não necessariamente representa a distância percorrida por ele. Logo, podemos dizer que o menino ocupa o espaço s = 5 m, mas não podemos dizer que ele percorreu cinco metros. Da mesma forma, a menina ocupa o espaço s = –10 m, mas não percorreu dez metros. Para eliminar dúvidas, observe a ima- gem da placa. Nesse tipo de sinalização, a origem do sis- tema de referência adotado é a placa (posi- ção zero); nela pode-se observar a distância em km da placa até o centro de cada cidade. Variação do espaço (∆s) Para explicar a variação do espaço, vamos representar duas posições da imagem da placa de trânsito em um eixo orientado. Representação da posição (ou espaço) ocupada pelos corpos. Placa de trânsito com as dis- tâncias em relação ao centro das cidades de Vassouras, Paraíba do Sul e Três Rios. Imagine que uma pessoa à frente da placa vá até o centro de Vassouras. Podemos considerar que o espaço inicial (s0 ) seja s0 = 0 km, e que a posição final dessa pessoa será s = 13 km. Logo, a variação do espaço sofrida por essa pessoa, no percurso de ida, corresponde a Δsida = 13 km. Considere que a mesma pessoa, agora no centro (s = 13 km), resolva voltar para a placa (s = 0 km); nesse caso, a variação do espaço será Δsvolta = –13 km. Assim, temos: A variação do espaço (ou deslocamento) escalar corresponde à dife- rença entre as posições final e inicial ocupadas por um móvel. Δs = s – s0 • Δs > 0, o deslocamento é no mesmo sentido do eixo de referência. • Δs < 0, o deslocamento é no sentido oposto ao eixo de referência. Placa Centro de Vassouras 0 13 s (km) 135 FÍSICA Deixar clara a diferença entre espa- ço e distância percorrida. Fazer uma analogia com a posição das carteiras na sala. Cada estudante ocupa uma posição (espaço) distinta em relação à lousa, e caso tenham que vir até ela, a distância percorrida será diferente. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 135 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 20. CRISTIANO BABINI/ISTOCK MARIOGUTI/ISTOCK Note que, em ambos os casos, a distância percorrida foi de 13 km, ou seja, esse valor corresponde ao módulo de cada deslocamento. Por fim, imagine que uma pessoa que está em frente à placa (s0 = 0 km), vá até o centro (s = 13 km), e retorne até a placa (s = 0 km). Nesse caso, a variação do espaço será nula, pois o espaço final coincide com o espaço inicial. Observe: Δs = s – s0 Δs = 0 – 0 Δs = 0 Apesar de a variação do espaço ser nula, a distância percorrida corres- ponde à soma dos módulos dos deslocamentos da ida e da volta, ou seja: d = I Δsida I + I Δsvolta I d = I 13 I + I 13 I d = 13 + 13 d = 26 km Dessa forma, concluímos que o deslocamento escalar )ou variação do espaço) nem sempre coincide com a distância percorrida. Isso só ocorre quando todos os deslocamentos forem no mesmo sentido. Para o estudo do movimento, é muito importante compreender a diferença entre esses dois conceitos. Velocidade média (vm ) Os radares que controlam a velocidade estão presentes praticamente em todas as grandes cidades e em muitas rodovias. Dentre os diferentes tipos, temos o fixo, cujo funcionamento depende de sensores eletromagnéticos po- sicionados no asfalto e localizados a certa distância um do outro. Basicamente, o radar registra a velocidade do veículo e, caso ela esteja acima da permitida para o local, a imagem do veículo será capturada pela câmera fotográfica. Quando o motorista recebe a multa por excesso de velocidade, nela consta a velocidade registrada pelo radar, que pode ser considerada uma velocidade média. Radares fixos Para saber mais sobre ra- dares fixos, acesse o artigo disponível em: <coc.pear. sn/oHRSXCz>. EXPLORE MAIS Radar de velocidade fixo. Sinalização de radar. CAPÍTULO 1 136 Os sensores instalados no solo sinali- zam as posições do veículo em um in- tervalo mínimo de tempo e, com essas informações, é possível calcular a ve- locidadeemqueoveículoseencontra. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 136 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 21. Velocidade média é a razão entre o deslocamento escalar e o tempo. vm = Δs Δt A velocidade média corresponde à média das velocidades de um móvel; no entanto, para efetuar seu cálculo, é mais simples me- dir o deslocamento escalar e o intervalo de tempo correspondente a esse deslocamen- to, e então e calcular a razão entre eles. As- sim, temos: Unidades de velocidade Como já vimos, a unidade para a velocidade, no SI, é o metro por segundo (m/s), pois o deslocamento escalar é dado em metros e o tempo, em segun- dos; porém, quando tratamos de velocidades de automóveis ou de pessoas, é comum utilizarmos a velocidade em quilômetros por hora (km/h), pois medi- mos o deslocamento escalar em quilômetros e o tempo, em horas. Dessa forma, talvez seja necessário efetuar a conversão de km/h para m/s e vice-versa. 1 m/s = 3,6 km/h Logo, • para converter m/s para km/h, multiplicamos o valor da velocidade por 3,6; • para converter km/h para m/s, dividimos o valor da velocidade por 3,6. Como exemplo, observe a resolução do exercício sobre o radar. Se a distância entre dois sensores consecutivos é de 1 m e a velocidade máxima permitida é de 90 km/h, qual deve ser o intervalo mínimo de tempo, entre os sinais dos sensores, em segundos, para que o motorista não seja multado? Resolução Primeiro devemos converter a velocidade de km/h para m/s. v = 90 km/h 3,6 = 25 m/s Depois, devemos aplicar a equação da velocidade média. v = Δs Δt 25 = 1 Δt 25 ∙ Δt = 1 Δt = 1 25 Δt = 0,04 s 137 FÍSICA Mostrar aos alunos como chegar à re- lação entre as unidades. 1 km h = 1 ∙ 1 000 m 3 600 s 1 m/s = 3,6 km/h Fazer as principais transformações com os alunos: 36 km/h, 72 km/h, 90km/he108km/h.Comentarquees- ses valores aparecem com frequência nos exercícios. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 137 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 22. 2. O horário de partida previsto para um voo era 11h45min. Sabendo que o avião partiu no horário e aterrissou às 16h15min, qual foi o tempo de voo, medido em unidades do SI? 3. Converta as medidas em unidades do Sistema Internacional. a. m = 15 mg b. m = 15 g c. m = 15 ton d. l = 35 mm e. l = 35 cm f. l = 35 km g. t = 50 min h. t = 50 h i. t = 50 anos 1. Você, provavelmente, já utilizou instrumentos de medida. Responda, então, as questões a seguir. 4. Leia a frase e, em seguida, converta as medidas em unidades do Sistema Internacional. Durante uma partida de futebol, cujo tempo de duração é de 90 minutos, um jogador mediano, cuja massa é de 55 000 g, percorre uma distância aproximada de 7 km. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FÍSICA Módulo 1 | Fundamentos da Física a. Cite um instrumento utilizado para medir massa, in- dique a letra correspondente a essa grandeza física e sua unidade no Sistema Internacional. b. Faça o mesmo com o comprimento e o tempo. KERTLIS/ISTOCK T_KIMURA/ISTOCK ALEXLMX/ISTOCK CAPÍTULO 1 138 CAPÍTULO 1 Exercícios de aplicação Exercícios propostos Balança, m, e quilograma. Régua, l, e metro. Relógio, t, e segundo. m = 15 mg = 15/1 000 000 = 0,000015 kg m = 15 g = 15/1 000 = 0,150 kg m = 15 ton = 15 · 1 000 = 15 000 kg l = 35 mm = 35/1 000 = 0,035 m l = 35 cm = 35/100 = 0,35 m l = 35 km = 35 · 1 000 = 35 000 m t = 50 min = 50 · 60 = 3 000 s t = 50 h = 50 · 60 · 60 = 180 000 s t = 50 anos = 50 · 365 · 24 · 3 600 = 1 576 800 000 s 2. Relembrar com os alunos como fazer o cálculo de in- tervalodetempocomunida- des compostas. 3.O objetivo é treinar a con- versão de unidades e refor- çar as unidades de base do SI. Fazer uma letra de cada grandeza como exemplo. t = 90 min = 90 · 60 = 5 400 s m = 55 000 /1 000 = 55 kg l = 7 · 1 000 = 7 000 m 1. É fundamental associar a gradeza física à unidade. Deixar claro que a unidade indica a grandeza física e portanto é de extrema im- portância utilizar a unidade adequada. 16h15min – 11h45min = 4h30min = 4 · 60 · 60 + 30 · 60 = 16 200 s CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 138 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 23. Exercícios de aplicação Módulos 2 e 3 | Movimento e velocidade média 1. Observe a imagem da motocicleta com sidecar e faça o que se pede. 5. PUCCamp-SP Grandezas físicas são variáveis de um objeto ou de uma situação que podem ser medidas. Algumas dessas grandezas são relacionadas entre si, de forma que podemos aplicar uma regra de proporção entre elas. Há apenas grandezas físicas em a. volume, velocidade, cor e deslocamento. b. força, tempo, pressão e forma. c. velocidade, aceleração, deslocamento e potência. d. tempo, temperatura, odor e quantidade de calor. e. energia, trabalho, aceleração e sabor. 6. Considere o seguinte percurso na tela do celular. Se a pessoa percorre exatamente 15 km para ir do bóton vermelho para o bóton verde, qual será a distância percorrida e a variação do espaço no percurso de ida e volta? MARC DUFRESNE/ISTOCK AHMETEMRE/ISTOCK a. Indique um referencial da imagem para o qual a motocicleta esteja em movimento. b. Indique um referencial da imagem para o qual a a motocicleta esteja em repouso. c. Desenhe a trajetória do pneu, a partir do ponto vermelho, para um observador fixo no solo ao lado da motocicleta; d. Desenhe a mesma trajetória para a pessoa sentada no sidecar. FÍSICA 139 5.Grandezasfísicassãoaque- las que podem ser medidas. Logo,cor,forma,odoresabor não são grandezas físicas. 1. Os alunos terão dificulda- deemvisualizarastrajetórias. Fazer uma analogia com as imagens de objetos que eles obtinham ligando os pontos em sequência. A calçada, os veículos, as pessoas na calçada, as arvores, os prédios etc. Qualquer referen- cial cuja distância para a motocicleta e com o passar do tempo. Para um observador fixo no solo, a trajetória é obtida pela união das diferentes posições (1, 2, 3, 4 e 5) ocupadas pelo ponto. Essas circunferências são as diferentes posições ocupadas pela roda dianteira da motocicleta. roda dianteira da motocicleta A pessoa no sidecar, a criança na garupa e o próprio sidecar. Qualquer referencial cuja dis- tância para a motocicleta e não mude com o passar do tempo. Para a pessoa sentada no sidecar, a trajetória é uma circunferência. Distância percorrida d = I Δsida I + I Δsvolta I d = I 15 I + I 15 I d = 15 + 15 d = 30 km Variação do espaço Δs = s - s0 Δs = 0 – 0 Δs = 0 1 2 3 4 5 CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 139 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 24. Exercícios propostos 2. Unicamp-SP Em 2016, foi batido o recorde de voo ininterrupto mais longo da história. O avião Solar Impulse 2, movido à energia solar, percorreu quase 6 480 km em aproximadamente cinco dias, partindo de Nagoya, no Japão, até o Havaí, nos Estados Unidos da América. A velocidade escalar média desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente a. 15 km/h b. 54 km/h c. 198 km/h d. 1 296 km/h 3. Acafe-SC Em um bairro da grande Florianópolis, foi realizada uma prova de minimaratona. Os organizadores pensaram em fazer uma prova semelhante ao Ironman, porém, com dimensões reduzidas. O percur- so da prova está mostrado no mapa, e as medidas são: 800 m do percurso da natação, 4 000 m do percurso do ciclismo e 1 500 m do percurso da corrida. A prova começou com 1 volta no percurso da natação, em seguida 5 voltas no percurso do ciclismo e, finalmente, 3 voltas no percurso da corrida. L = largada e C = chegada. Assinale a alternativa correta. a. Todos os atletas que participaram da prova tiveram a mesma velocidade escalar média. b. Na prova de corrida cada atleta realizou um deslocamento de 4 500 metros. c. Se um atleta realizou a natação em 10 minutos, sua velocidade média foi de, aproximadamen- te, 1,3m/s. d. Na prova de ciclismo, o primeiro colocado percorreu uma distância de 20 000 metros e um deslo- camento de 0 (zero) metros. 4. UNESP Ao passar pelo marco “km 200” de uma rodovia, um motorista vê um anuncio com a inscrição: “ABAS- TECIMENTO E RESTAURANTE A 30 MINUTOS”. Considerando que esse posto de serviço se encontra junto ao marco “km 245” dessa rodovia, pode-se concluir que o anunciante prevê, para os carros que trafegam nesse trecho, uma velocidade média, em km/h, de a. 80 b. 90 c. 100 d. 110 e. 120 5. Em uma determinada viagem de 120 km, um trem percorre a primeira metade do percurso com velocidade constante de 60 km/h. Devido a problemas mecânicos, a segunda metade do percurso é feita com velocidade de 30 km/h. Qual é a velocidade média do percurso todo? a. 35 b. 40 c. 50 d. 55 e. 45 Ciclismo Natação Mar L/C Corrida Terra CAPÍTULO 1 140 2. vm = ∆s ∆t vm = 6 480 5 ∙ 24 = 54 km/h 3. O deslocamento total é o mesmo para todos os atle- tas, mas a variação de tem- po não. Logo as velocidades médias são diferentes. A distância percorrida na provadecorridaéde4500m (3 voltas de 1 500 m), mas o deslocamento é nulo, pois eles começam e terminam a prova na mesma posição. Adistânciapercorridanapro- va de corrida é de 20 000 m (5 voltas de 4 000 m), e o deslocamento é nulo, pois eles começam e terminam a prova na mesma posição. 4. Resolução Δt = 30 min = 30/60 h = 0,5 h Δs = s - s0 = 245 - 200 Δs = 45 km v = ∆s ∆t v= 45 0,5 v = 90 km/h Neste exercício os alunos podem ter dificuldade em retirar informações do tex- to. Reforçar a importância de observar a unidade para identificar a grandeza física. 5. Resolução v1 = ∆s1 ∆t1 60 = 60 ∆t1 ∆t1 = 1 h v2 = ∆s2 ∆t2 30 = 60 ∆t2 ∆t2 = 2 h v = ∆s ∆t = 120 3 v = 40 km/h Este exercício é de maior complexidade. Sugerimos resolver com os alunos na aula seguinte ou orientá-los previamente. Deixar claro que o aluno não pode sim- plesmente fazer a média das velocidades. Explicar que é necessário calcular o tempo de cada percurso, para depois fazer a velo- cidade média total. Usar como exemplo o sistema de notas em que as provas têm pesos diferentes. CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 140 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 25. 1. Medir é o ato de comparar duas grandezas físicas de mesma espécie. Sobre grandezas físicas e sis- temas de unidades, julgue verdadeira V ou falsa F cada uma das seguintes afirmações. Grandeza física é todo elemento suscetível de medida, ou seja, que descreve qualitativa e quantitativamente as relações entre as propriedades observadas no estudo dos fenômenos físicos. O SI (Sistema Internacional de Unidades) apresenta unidades de base e derivadas. A massa, o comprimento e o tempo são grandezas físicas de base. A velocidade é uma grandeza derivada. 2. Uma grande montadora resolveu limitar a velocidade de seus automóveis. O motivo foi o aumento no número de acidentes registrados com veículos de sua marca. Atualmente, seu veículo de passeio, de 1 tonelada, partindo do repouso, percorre a distância de 0,1 km em 1/10 de minuto. Converta essas medidas em unidades do Sistema Internacional e assinale a alternativa que apresenta o valor das grandezas na ordem em que aparecem no texto. a. 1; 0,1 e 0,1 b. 1; 100 e 0,6 c. 100; 100 e 60 d. 1000; 100 e 6 e. 1, 100 e 0, 6 Módulo 1 Módulos 2 e 3 3. A maratona é um esporte em que o atleta deve percorrer 42 195 m. O recorde atual é de 2h06min. Qual é a velocidade escalar média aproximada do atleta recordista? a. 2 m/s b. 6 m/s c. 12 m/s d. 24 m/s 4. A velocidade de caminhada é de, aproximadamente, 1 passo por segundo. Sabendo que 1 passo cor- responde a uma distância percorrida de 40 cm, qual a distância, em metros, percorrida em 1 minuto? a. 4 m b. 10 m c. 14 m d. 24 m 5. Um veículo passou por um “radar” redutor de velocidade que registrou a velocidade limite da via de trânsito 90 km/h. Sabendo que o intervalo de tempo medido entre os dois sensores consecutivos foi de 0,05 s, qual é distância entre esses sensores? a. 0,45 m b. 1,25 m c. 12,5 m d. 25 m e. 5 m FÍSICA 141 V V V V 2. Convertendo a massa: 1 ton = 1 000 kg Convertendo a distância ou o comprimento: 1 km ----- 1 000 m 0,1 km ----- L L = 100 m Convertendo o tempo: 1 min ----- 60 s 0,1 min ----- t t = 6 s 3. Aproximando a distância para 42 000 metros e o tem- po para 2 h (7 200 s): vm = ∆s ∆t vm = 42 000 2 ∙ 3 600 vm ≈ 6 m/s 4. vm = ∆s ∆t 40 = ∆s 60 ∆s = 2 400 cm = 24 m 5. Resolução Δt = 0,05 s v = 90 km/h = 25 m/s v = ∆s ∆t 25 = ∆s 0,05 ∆s = 1,25 m CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 141 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 26. Movimento e repouso Espaço Trajetória Distância percorrida Base Conceitos CINEMÁTICA vm = ∆s/∆t Unidade SI m/s v > 0 mov. progressivo v < 0 mov. retrógrado Velocidade Massa Unidade SI kg Tempo Unidade SI s Comprimento Unidade SI m Grandezas físicas Derivada CAPÍTULO 1 142 CO EF 09 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DFIS G1.indd 142 27/09/2019 10:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 27. 2 GRUPO “No início do século 13, a atividade científica recomeçou, desen- cadeada pela tradução para o latim, que era a língua oficial da ciência e da Igreja no Ocidente, de muitos tratados científicos dos filósofos e matemáticos naturalistas da Grécia. Os manuscritos desses livros foram preservados nas bibliotecas da Europa Orien- tal e do Oriente Médio em três idiomas: grego, sírio e árabe; e fo- ram transferidos para a Europa Ocidental por três canais: pelos árabes, que conquistaram a Espanha, pelos cruzados, no cami- nho de volta para a Europa do Oriente Médio, e pelos saques de Constantinopla em 1204, durante sua ocupação pelos francos da Quarta Cruzada. Durante os próximos 300 anos, esses livros foram disseminados para todas as universidades recém-fundadas da Europa Ociden- tal e constituíram o material de ensino para uma nova geração de cientistas, de onde surgiram as grandes mentes que deram ori- gem à Revolução Científica do Renascimento: Copérnico, Kepler, Galileu, Huygens, Leibniz, Descartes e Newton.” Harry Varvoglis A impulsão dos nadadores na virada olímpica pode ser explicada pelo princípio da ação e reação de Isaac Newton. Os nadadores, ao empurrar a parede da piscina, recebem de volta um empurrão de mesma intensidade, que impulsiona o movimento em sentido contrário. MICROGEN/ISTOCKPHOTO AÇÃO E REAÇÃO CO_EF_09_INFI_02_1B_LV_01_MI_DMUL_iniciais_G020_p2.indd 3 09/09/2019 14:19 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 28. MAPA INTERDISCIPLINAR Este mapa mostra ligação entre os conteúdos das disciplinas, sendo ponto de partida para um trabalho interdisciplinar. ARTE Construtivismo, suprematismo, abstracionismo e escola de Bauhaus CS HI QUÍMICA Fenômenos, substâncias, misturas e separação de misturas GEOGRAFIA Europa: aspectos naturais e formação dos povos BI LP CIÊNCIAS SOCIAIS Dúvida e conhecimento AR FÍSICA Movimento retílineo uniforme e uniformemente variado LP GE HI EDUCAÇÃO FÍSICA Modalidades cíclicas e triatlo MA BI HI LÍNGUA PORTUGUESA Argumentação, artigo de opinião, cultura digital, regência verbal, crase e produção de texto BI EF HISTÓRIA Sociedade republicana, Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa LP AR MATEMÁTICA Números reais, potenciação e radiciação LP CS HI CS GRUPO 2 Ação e reação LP GE HI BIOLOGIA Evolução da vida LP GE HI HI CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL INICIAIS_G2.indd 10 23/09/2019 14:10 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 29. FÍ SI CA CAPÍTULO 2 Movimento retilíneo 130 PÁG. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 129 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 30. CAPÍTULO CAPÍTULO 2 MOVIMENTO RETILÍNEO OBJETIVOS DO GRUPO • Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações. • Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. • Calcular tempo de percurso, deslocamento e velocidade de movimentos. • Classificar movimentos acelerados e não acelerados segundo características comuns, como trajetória e variação de velocidade. • Relacionar e calcular grandezas que caracterizam movimentos acelerados e não acelerados. • Utilizar funções matemáticas de primeiro e segundo graus para descrever movimentos. TRANSPORTES PÚBLICOS URBANOS EM MASSA METRÔ Trem metropolitano. O trem metropolitano teve a primeira linha inaugurada em 1863, em Londres. No Brasil, as operações se iniciaram em 1974. TREM A primeira linha foi inaugurada em Londres, em 1825, e servia para o transporte de minério. No Brasil, a primeira linha foi inaugurada em 1854, para transporte de mercadorias. MATHEUS OBST/ISTOCK TEPPAKORN TONGBOONTO/ISTOCK FÍSICA 130 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 130 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 31. BALSA OU FERRY Responsável pelo transporte de pessoas sobre a água, teve origem nos EUA, em 1811. No Brasil, operações com esse meio de transporte se iniciaram em 1910. BONDE Provavelmente o primeiro meio de transporte urbano de tipo terrestre e público. A primeira linha de bonde também surgiu em Londres, em 1807. Os primeiros bondes do Brasil datam de 1856 e eram de tração animal – tornaram-se elétricos em 1896. ÔNIBUS O transporte de pessoas por meio de ônibus teve origem na França, em 1826. No Brasil, em 1837, foi fundada a Companhia de Omnibus do Rio de Janeiro. SKYNEXT/ISTOCK ALFRIBEIRO/ISTOCK CESTES001/ISTOCK FÍSICA 131 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 131 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 32. MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME O movimento retilíneo e uniforme, ou MRU, é aquele que, realizado em tra- jetória retilínea, mantém constante o valor de sua velocidade. Um exemplo deste tipo de movimento é a luz, que se propaga no espaço em linha reta e com velocidade constante. Módulo 4 Velocidade da luz A velocidade com que a luz se propaga no vácuo é de 299 792 458 m/s – aproxi- madamente300milhõesde metros por segundo. Ela foi calculada pela primeira vez por Christian Huygens, ma- temático,físicoeastrônomo holandês,combasenostra- balhos do astrônomo dina- marquês Ole Roemer, que observou os eclipses de Io (uma das luas de Júpiter). O valor obtido naquele cálcu- lo foi de aproximadamente 210 milhões de metros por segundo. Os valores atuais foram obtidos em experi- mentos utilizando lasers. PARA IR ALÉM Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Apesar de simples, o MRU não é frequente. No cotidiano, é difícil encon- trar exemplos desse tipo de movimento, pois, na maioria dos casos, agentes físicos (forças) podem alterar a velocidade dos corpos. No entanto, é possí- vel analisar trechos de movimento em que a velocidade permanece cons- tante. Como exemplo, podemos citar o movimento de um automóvel, em um trecho de estrada ou de rua tranquila, em que a velocidade possa ser mantida constante. Ou ainda os trechos retilíneos percorridos pelos meios de transporte público citados na página de abertura, além de muitos outros. A maior parte da Avenida Paulista, por exemplo, é retilínea, no entanto, é pratica- mente impossível se locomover por ela com velocidade constante por muito tempo, de- vido ao tráfego e à sinalização de trânsito. Nesse cenário, uma pessoa caminhando, ou utilizando a ciclofaixa da avenida, pode manter a velocidade constante por um in- tervalo de tempo maior, facilitando, assim, a observação e a análise de MRU. Foto do sol, tirada com lentes especiais. MILANARES/ISTOCK DIEGOGRANDI/ISTOCK CAPÍTULO 2 132 Comentarqueasforçassãoosagentes físicos capazes de alterar a velocidade dos corpos e que estas serão estuda- das no próximo capítulo. Citar como exemplo a força que aplicamos no chão para andar ou para arremessar um objeto. Explicar que no trânsito os veículos são impedidos de continuar em MRU devido à presença de outros veículos e da própria sinalização de trânsito. Citar mais exemplos de MRU, como caminhar em um trecho retilíneo com velocidade constante, ou o movimen- to de um trem ou metrô em trechos retilíneos. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 132 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 33. Função horária dos espaços No capítulo anterior, conceituamos espaço e velocidade média. Utilizando esses conceitos, podemos obter uma função que relaciona o espaço e o tempo. Outros movimentos uniformes Certos movimentos podem ser considerados uniformes, mas não retilíneos. Para ser consideradouniforme,omo- vimento só precisa ter como constante o valor numérico de sua velocidade. Como exemplos de movimento uniforme,podemoscitar:um carro,emumtrechosinuoso de estrada, com velocidade constante de 60 km/h; uma roda-gigante, ou um carros- sel,comvelocidadede1m/s. Nesses casos, os corpos per- correm distâncias iguais em intervalos de tempo iguais, masnãoemlinhareta. PARA IR ALÉM High Roller, roda-gigante localizada em Las Vegas (NV), nos EUA. A função horária dos espaços es- tabelece a relação entre o espaço e o tempo. 0 0 0 0 0 0 s s ∆s v ; t 0 ∆t t t s s v s s v t t s s v t = = = = = + TOBIASJO/ISTOCK s = s0 + v ∙ t Nessa equação, s é o espaço, s0 é o espaço inicial, v é a velocidade e t é o instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a unidade de espaço e do espaço inicial é o metro (m), a velocidade é dada em metros por segundo (m/s) e o tempo, em segundos (s). Sinuoso: formado por muitas curvas. VOCABULÁRIO 90 km/h km 270 Exemplo 1 A velocidade de um automóvel em um trecho de estrada é constante e de 90 km/h, considerando que o automóvel partiu do km 270 da rodovia e se desloca no sentido oposto ao do referencial. • Para determinar o espaço após 1h de viagem: s = 270− 90 · t s = 270− 90 · (1) s = 180 km • Para determinar o instante em que o automóvel passa pela origem dos espa- ços (s = 0): s = 270− 90 · t 0 = 270− 90 · t 90 · t = 270 t = 3 h Note que, com a função horária dos espaços, podemos calcular o espaço que um móvel ocupa em determinado instante e, conhecendo sua posição, podemos deter- minar em que instante ele a ocupa. Posição inicial So = 270 km Velocidade = –90 km O sinal negativo indica que a velocidade é no sentido oposto ao do referencial (movimento retrógrado) Função horária dos espaços S = So + v · t S = 270 – 90 · t 133 FÍSICA Mostrar que a função horária dos es- paços pode ser obtida considerando o tempo inicial como zero (t0 = 0) na equação da velocidade média. Ex- plicar que nem sempre é necessário converter as unidades para SI. Explorarafunçãohoráriadosespaços. Refazer o exemplo utilizando o movi- mento a favor do referencial. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 133 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 34. Diagrama horário do espaço Conhecendo a função horária do espaço para um móvel, podemos cons- truir um diagrama ou um gráfico do espaço ocupado pelo móvel em função do tempo. O objetivo dos diagramas é somente ilustrar o movimento de um móvel – eles não representam a sua trajetória. Para construir o diagrama, precisamos de pelo menos dois pontos, que devem ser obtidos por meio da função horária dos espaços. Utilizando como exemplo a função obtida no exemplo anterior, podemos obter os pontos por simples substituição na função s = 270 - 90 · t, logo: t (h) s (km) 0 270 3 0 Diagrama s × t – exemplo 1. Diagramas s × t – movimento uniforme. S × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO S × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO v < 0 v > 0 S0 S0 S S 0 0 t t No diagrama ao lado, podemos perceber que o móvel partiu da posição 270 km na origem dos tempos e que, após 3 horas, ele ocupa a posição 0 – origem dos espaços. Dessa forma, percebemos que o movimen- to foi contrário ao referencial e, portanto, pode ser classificado como retrógrado. Para o movimento uniforme, existem so- mente dois tipos de diagrama de espaço por tempo. 270 0 3 t (h) S (km) CAPÍTULO 2 134 Deixar claro para os alunos que o gráfico não representa a trajetória do corpo. Se necessário, caminhar com velocidade constante e construir o gráfico dos espaços para eliminar qualquer dúvida. Explicar para os alunos que, no mo- vimento contrário ao referencial, o móvel não está necessariamente se movimentando para trás. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 134 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 35. Diagrama horário da velocidade O diagrama horário da velocidade para o movimento uniforme ilustra o comportamento da velocidade em função do tempo. Como ela é constante, o gráfico será uma reta paralela ao eixo do tempo. Novamente, utilizamos o primeiro exemplo para montar o diagrama. Diagrama v × t – exemplo 1. Neste diagrama, percebemos que a velocidade do móvel permaneceu constante durante todo o intervalo de tempo considerado. Também pode- mos perceber que a velocidade é negativa e que, portanto, o movimento é classificado como retrógrado. Semelhante ao que vimos com os diagramas de espaço por tempo, para o movimento uniforme só existem dois tipos de diagrama de velocidade por tempo. V × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO V × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO Diagramas v × t – movimento uniforme. v (km/h) 0 –90 t (h) 3 v > 0 v 0 v t v < 0 –v 0 v t 135 FÍSICA Comentar que o diagrama horário da velocidade mostra como a velocidade deumcorposecomportaemdetermi- nado intervalo de tempo. Explicar que, ao anotar a velocidade de um automóvel em determinados instantes, podemos obter o diagrama horário da velocidade. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 135 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 36. Como o movimento é retrógrado, o deslocamento deve ser negativo. Dessa forma, temos: Propriedade do diagrama da velocidade O diagrama da velocidade permite calcular o deslocamento escalar de um móvel em determinado intervalo de tempo. Para isso, devemos calcular a área da figura geométrica formada entre a linha do gráfico e o eixo dos tempos – no caso do movimento uniforme, um retângulo. Observe o cálculo para o exemplo 1. ∆s = N −área ∆s = −b ∙ h ∆s = −3 ∙ 90 ∆s = −270 km V × T – MOVIMENTO PROGRESSIVO V × T – MOVIMENTO RETRÓGRADO Diagramas v × t – propriedade gráfica. v (km/h) t (h) –90 0 3 v > 0 v 0 v t v / v >0 / v<0 / 0 / t / / ∆s = N área v –v t 0 v < 0 ∆s = N −área CAPÍTULO 2 136 Explicar com cuidado essa proprie- dade. Deixar claro que não existe área negativa. O sinal negativo indica movimento retrógrado. A variação do espaço é que será negativa, caso o movimentoforretrógrado.Alertarque no cálculo da área não se deve utilizar valores negativos. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 136 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 37. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO Módulos 5 e 6 No módulo anterior, estudamos o movimento uniforme, ou seja, o movi- mento em que a velocidade permanece constante. Nestes módulos estu- daremos o movimento retilíneo uniformemente variado, ou MRUV, que é o movimento realizado em trajetória retilínea, cuja velocidade muda de for- ma constante com o passar do tempo. Exemplos deste movimento incluem acelerar um carro de forma constante em linha reta e deixar cair um objeto em que a resistência do ar possa ser desprezada. O MRUV está presente no cotidiano, nos simples atos de caminhar a par- tir do repouso, correr e parar. No entanto, para estudar o MRUV é necessá- rio conhecermos uma grandeza física chamada aceleração. Essa grandeza representa a maneira como ocorre a alteração na velocidade dos corpos – alteração que leva o movimento a ser variado. Caso a aceleração seja constante e o movimento seja retilíneo, ele pode ser chamado de MRUV. Exis- tem movimentos variados, que não são retilíneos, por exemplo, o início e o fim do movimento de um carros- sel, no qual a velocidade au- menta em módulo, torna-se constante e depois diminui até parar. Nesse caso, eles são chamados simplesmen- te de Movimentos Variados (MV). Automóvel em aceleração. Carrossel. Queda livre Um dos primeiros físicos a estudar o movimento de queda foi o italiano Galileu Galilei. Ele afirmou que cor- pos de massas diferentes, abandonados da mesma altura e livres da resistência do ar, chegariam ao solo no mesmo instante. Contudo, não conseguiu provar essa hipótese,poisemsuaépoca erapraticamenteimpossível realizar experimentos livres da resistência do ar. Com os avanços tecnológicos que permitiram a viagem à Lua e a criação das câmaras de vácuo – dentro das quais não há resistência do ar –, experimentos foram reali- zados provando que Galileu estava correto. PARA IR ALÉM Experimentos de queda livre Experimento de que- da livre na Lua, usando um martelo e uma pena, em 1971. Disponível em: <coc.pear.sn/8T9I4Zg>. EXPLORE MAIS Experimento de queda li- vre em câmara de vácuo, em 2014. Disponível em: <coc.pear.sn/oG7XAw5>. PAULKINGPHOTOS/ISTOCK SAMXMEG/ISTOCK 137 FÍSICA Comentarqueasforçassãoosagentes físicos capazes de alterar a velocidade dos corpos e que estas serão estuda- das no próximo capítulo. Citar como exemplo a força que aplicamos no chão para andar ou para arremessar um objeto. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 137 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 38. Aceleração No lançamento de um foguete, sua veloci- dade muda durante determinado intervalo de tempo. Neste caso, o foguete é submeti- do a uma aceleração que geralmente não é constante. No entanto, sabendo que o foguete parte do repouso (v = 0) e medin- do sua velocidade e o tempo para atingir determinada altura, podemos calcular sua aceleração média. Exemplo Uma revista especializada em automóveis testou um modelo de carro esportivo e divulgou os seguintes dados: O salto de paraquedas O salto de paraquedas é uma composição de movi- mentos variados e unifor- mes.Aosaltardeumavião,a uma altura de aproximada- mente3600m,umparaque- dista inicia um movimento variado e sua velocidade aumenta, mas não a uma taxa constante, pois existe resistência do ar. Entretan- to, esse aumento não é per- manente, pois a velocidade para de aumentar quando o paraquedista atinge ve- locidades entre 200 km/h e 240 km/h. Nesse momento, dizemosqueeleatingiuave- locidade terminal. Caso não houvesse paraquedas, essa seria a velocidade de im- pacto no solo.Nesse trecho, de velocidade terminal, o movimento seria uniforme. Masnãoéissoqueacontece. Namaioriadoscasos,quan- do um paraquedista chega a uma altura de 1 500 m, o paraquedas é acionado e provocaumadesaceleração progressiva para cerca de 30 km/h, até que ele toque o solo. PARA IR ALÉM Lançamento de foguete. A aceleração média é a razão entre a varia- ção de velocidade e a variação de tempo. 0 0 v v ∆v a ou a ∆t t t = = a) Qual é a aceleração média do carro na aceleração? b) Qual é a aceleração média do carro na frenagem? 0 0 2 90 km / h v = 25 m / s 3,6 v v ∆v a ∆t t t 25 0 a 2 0 a 12,5 m / s = = = = = 0 0 2 v v ∆v a ∆t t t 0 25 a 2,5 0 a 10,0 m / s = = = = Aceleração de 0 até 90 km/h 2,0 s Frenagem de 90 km/h até 0 2,5 s COSMIN4000/ISTOCK Automóvel esportivo. SJOERD VAN DER WAL/ISTOCK Unidade de aceleração Conforme apresentado no módulo 1, a unidade para velocidade no SI é o metro por segundo (m/s), enquanto a unidade para variação de tempo é o segundo (s). Assim, a unidade de aceleração é o metro por segundo ao quadrado (m/s2 ). CAPÍTULO 2 138 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 138 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 39. Força g e a Fórmula 1 Pilotos de F-1 podem ser submetidos a grandes acelerações. Assista a este vídeo, em que se podem observar os valores da força g atingidos em uma corrida. Disponível em: <coc.pear.sn/jaomtKP>. EXPLORE MAIS Movimento acelerado e retardado Durante a aceleração, o módulo da velocidade aumenta com o passar do tempo; logo, podemos chamar esse movimento de acelerado. Na frenagem, o módulo da velocidade diminui com o passar do tempo; logo, podemos chamar esse movimento de retardado. Agora, vamos classificar o movi- mento em acelerado ou retardado com base nos sinais da velocidade e da aceleração dos corpos. De acordo com a tabela, podemos concluir que sempre que a velocidade e a aceleração tiverem o mesmo sinal, o movimento será acelerado. Caso tiverem sinais opostos, o movimento será retardado. Retomando o exemplo 1, do automóvel esportivo, temos: Na aceleração: v > 0 (v = 25 m/s) e a > 0 (a = 12,5 m/s2 ). Logo, movimento acelerado. Na frenagem: v > 0 (v = 25 m/s) e a < 0 (a = −10,0 m/s2 ). Logo, movimento retardado. MOVIMENTO ACELERADO MOVIMENTO RETARDADO O módulo da velocidade aumenta com o passar do tempo. O módulo da velocidade diminui com o passar do tempo. a > 0 e v > 0 a < 0 e v < 0 a < 0 e v > 0 a > 0 e v < 0 Aceleração gravitacional PARA IR ALÉM Podemos medir grandes acelerações em uni- dades g. A letra g representa a aceleração gravitacional terrestre, ou seja, a aceleração à qual um corpo é submetido ao ser abandonado de uma altura próxima à superfície terrestre e livre da resistência do ar. A aceleração gravita- cional terrestre é de 9,8 metros por segundo ao quadrado (g = 9,8 m/s2), valor muitas vezes aproximado para 10 m/s2, para simplificar os cálculos. Uma pessoa comum pode suportar uma aceleração de até 5 g (cerca de 50 m/s2) antes de ter problemas cardiovasculares. Pessoas treinadas e devidamente equipadas, entretanto, podem suportar, ainda que por um curto intervalo de tempo, valores muito maio- res. O recorde nesse campo pertence a um co- roneldaforçaaéreaamericana,JohnStapp,que se submeteu a 46,2 g.Mas não só de militares é feita a lista dos que conseguem suportar mais de 5 g. Durante uma corrida de Fórmula 1, os pilotos podem ser submetidos a até 6,5 g.Esse é um dos motivos para o intenso treinamento a que devem ser submetidos. Veja o vídeo da força g na F-1 no boxe Explore mais. HELLEM/ISTOCK CHRISBOSWELL/ISTOCK 139 FÍSICA Se possível, demonstrar um exemplo de aceleração e frenagem com ve- locidade negativa. Deixar claro que velocidade negativa não significa desaceleração e, sim, um movimento que ocorre no sentido oposto ao do referencial. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 139 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 40. Função horária dos espaços No módulo anterior, apresentamos a função horária dos espaços para o movimento uniforme. Neste módulo, apresentaremos a função horária dos espaços para o movimento variado. Exemplo 2 Durante um salto de bungee jumping, uma pessoa parte do repouso (v0 = 0) e fica, por um curto intervalo de tempo, sujeita a uma aceleração média de 10 m/s2 . Desprezando a resistência do ar, determine: Queda livre em parques de diversão Leia mais sobre a queda livre em parques de di- versão, disponível em: <coc.pear.sn/tSh5ZzI>. EXPLORE MAIS A função horária dos espaços estabelece a relação entre o espaço e o tempo. 0 0 a s s v t 2 t 2 = + + Bungee jumping. VISUALCOMMUNICATIONS/ISTOCK Nessa equação, s é o espaço, s0 é o espaço inicial, v0 é a velocidade inicial, a é a aceleração e t é o instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a unidade de espaço e do espaço inicial é o metro (m), a velocidade inicial é dada em metros por segundo (m/s), o tempo, em segundos (s) e a acelera- ção, em metros por segundo ao quadrado (m/s2 ). Com a função horária dos espaços, podemos calcular o espaço que um móvel ocupa em determinado tempo e, conhecendo sua posição, podemos determinar em que instante ele a ocupa. CAPÍTULO 2 140 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 140 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 41. a)a função horária dos espaços; 2 s 5 t 0 0 a s s v t 2 t 2 = + + 2 10 s 0 0 t t 2 = + + = b)a posição da pessoa após 3 s de queda; 2 2 s 5 t s 5 3 s 45 m = = = c) o instante em que ela ocupa a posição 20 m. 2 s 5 t = 2 2 20 5 t t 4 t 2 s = = = Função horária da velocidade A principal característica do MUV é o fato de a velocidade mudar em fun- ção do tempo. Utilizando o conceito de aceleração média, podemos obter uma função que relaciona a velocidade em função do tempo. Retomando o exemplo 2, do bungee jumping, responda. a) Qual é a função horária da velocidade? v = v0 + a ∙ t v = 0 + 10 ∙ t v = 10 ∙ t b) Qual é a velocidade no instante 3 s? v = 10 ∙ t v = 10 ∙ 3 v = 30 m/s c) Em que instante a velocidade é de 20 m/s? v = 10 ∙ t 20 = 10 ∙ t t = 2 s A função horária da velocidade estabelece a relação entre a velocidade e o tempo. v = v0 + a ∙ t Nessa equação, v é a velocidade, v0 é a velocidade inicial, a é a aceleração e t é o instante de tempo. No Sistema Internacional (SI), a unidade da velocidade e da velocidade inicial é metros por segundo (m/s), o tempo é dado em segundos (s) e aceleração, em metros por segundo ao quadrado (m/s2 ). Com a função horária da velocidade, podemos calcular a velocidade que o móvel tem em determinado instante e, conhecendo sua velocidade, podemos determinar o tempo levado para atingi-la. 141 FÍSICA Mostrar que a função horária da velo- cidade pode ser obtida considerando o tempo inicial como zero (t0 = 0) na equação da aceleração média. Comentar que este exemplo pode ser considerado queda livre e, portanto, não depende da massa do objeto. Se possível, passar o vídeo de experi- mentos de queda livre, disponível no primeiro boxe Explore mais. a ; t 0 a v v a t v v a t = = = + 0 0 0 0 0 0 v v v t t t v v t = = CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 141 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 42. Diagrama horário da velocidade Conhecendo a função horária da velocidade de um móvel, podemos cons- truir o diagrama da velocidade desse móvel em função do tempo. Para construir esse diagrama, precisamos de pelo menos dois pontos, que podem ser obtidos por meio da função horária da velocidade. Utilizando a função obtida no exemplo 2, temos o seguinte. Os pontos podem ser obtidos por simples substituição na função v = 10 · t. Logo: t (s) v (m/s) 0 0 4 40 No diagrama ao lado, ob- servamos que a velocidade inicial do objeto é nula e que, passados 4 s, sua velo- cidade é de 40 m/s. Como o módulo da velocidade au- mentou com o passar do tempo, esse movimento pode ser classificado como acelerado. Para o movimento varia- do, existem somente dois tipos de diagrama da velo- cidade por tempo. Diagrama v × t – exemplo do corpo em queda. Diagramas v × t – MUV. V × T – ACELERAÇÃO POSITIVA (RETA CRESCENTE) V × T – ACELERAÇÃO NEGATIVA (RETA DECRESCENTE) v (m/s) t (s) 0 40 4 a > 0 v 0 v0 t a < 0 v 0 v0 t CAPÍTULO 2 142 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 142 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 43. Propriedade do diagrama da velocidade MUV A propriedade gráfica do diagrama da velocidade é válida tanto para o movimento uniforme quanto para o variado. Dessa forma, para determi- nar o deslocamento escalar de um móvel em dado intervalo de tempo, devemos calcular a área da figura geométrica formada entre a linha do gráfico e o eixo dos tempos. No caso do MUV, essa figura será um triângu- lo ou um trapézio. Observe o cálculo para o exemplo do objeto em queda. Como o movimento é progressivo, o deslocamento deve ser positivo. Dessa forma, temos: Diagramas v × t – propriedade gráfica MUV. N s área b h s 2 4 40 s 2 s 80 m ∆ ∆ ∆ ∆ = = = = V × T – PARA V > 0 V × T – PARA V < 0 v (m/s) t (s) 0 40 4 ∆s = N área v t 0 ∆s = N área v t 0 ∆s = N −área –v v 143 FÍSICA CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 143 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 44. CAPÍTULO 2 1. A função horária dos espaços de um automóvel em trajetória retilínea é dada por s = − 20 + 50 · t, com o espaço medido em quilômetros e o tempo em horas. a. Qual é a posição inicial do carro (t = 0)? b. Qual é a posição do carro em t = 2 h? c. Qual é o instante em que o carro passa pela origem dos espaços (s = 0)? 2. As diferentes posições ocupadas por um atleta caminhando em movimento uniforme estão mostra- das nesta tabela. t (s) s (m) 0 −10 5 −5 10 0 t 10 25 s a. Quais são a posição inicial e a velocidade do atleta? MOVIMENTO RETILÍNEO Módulo 4 | Movimento retilíneo e uniforme Exercícios de aplicação b. Qual é a função horária do espaço? c. Determine, para essa tabela, os valores totais de s e de t. CAPÍTULO 2 144 s = −20 + 50 ∙ t s = −20 + 50 ∙ (0) s = s0 = −20 km s = −20 + 50 ∙ t s = −20 + 50 ∙ (2) s = 80 km s = −20 + 50 ∙ t 0 = −20 + 50 ∙ t 50 ∙ t = 20 t = 0,4 h A posição inicial corresponde ao t = 0, logo s0 = −10 m. A velocidade pode ser calculada por: s = s0 + v ∙ t s = −10 + 1 ∙ t Determinando s: s = −10 + 1 ∙ t s = −10 + 1 ∙ (25) s = 15 m 0 0 s s ∆s ∆ v t t t 0 ( 10) v 1 m / s 10 0 = = = = Determinando t: s = −10 + 1 ∙ t 10 = −10 + 1 ∙ t t = 20 s CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 144 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 45. 3. Com base na tabela do exercício anterior, construa um gráfico de espaço por tempo e outro de ve- locidade por tempo. A seguir, utilize a propriedade gráfica dos diagramas para descobrir a distância percorrida pelo atleta em 25 segundos. 4. Mackenzie-SP Uma partícula descreve um movimento uniforme cuja função horária é s = −2 + 5 · t com s em metros e t em segundos. Nesse caso, podemos afirmar que a velocidade escalar da partícula é de a. −2 m/s, e que seu movimento é retrógrado. b. −2 m/s, e que seu movimento é progressivo. c. 5 m/s, e que seu movimento é progressivo. d. 5 m/s, e que seu movimento é retrógrado. e. −2,5 m/s, e que seu movimento é retrógrado. 5. Considere este diagrama v – t, que representa o movimento retilíneo e uniforme de um avião de passageiros. Qual é a variação do espaço do avião entre t = 3 h e t = 5 h? Utilize a propriedade gráfica do diagrama. Exercícios propostos t (h) t (s) t (s) s (m) v (m/s) v (km/h) FÍSICA 145 4. s = s0 + v ∙ t s = −2 + 5 ∙ t s0 = −2 m v = 5 m/s Comoavelocidadeépositiva, o movimento é progressivo. 0 800 3 5 ∆s = N área ∆s = b · h ∆s = (5 − 3) · 800 ∆s = 1600 km t (s) s (m) 15 10 5 10 15 20 25 0 −5 −10 t (s) v (m/s) 1 0 5 10 15 20 25 t (s) v (m/s) 1 0 5 10 15 20 25 ∆s = N área Utilizando a propriedade gráfica: ∆s = N área ∆s = b ∙ h ∆s = 25 ∙ 1 ∆s = 25 m CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 145 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 46. CAPÍTULO 2 1. O atleta Usain Bolt completou uma prova de 100 m rasos em 9,58 s. A maior aceleração dessa prova acontece no primeiro trecho – os atletas levam em média 4 s para partir do repouso ( v0 = 0 ) e atin- gir 36 km/h. Qual é a aceleração média dos atletas no primeiro trecho? Dê a resposta utilizando o SI. Exercícios de aplicação Módulos 5 e 6 | Movimento retilíneo uniformemente variado 2. Vamos considerar que a aceleração de um atleta, em uma corrida, seja de 2,5 m/s2 durante todo o percurso. Complete a tabela e responda. tempo (s) 0 2 4 6 8 espaço (m) 0 20 80 velocidade (m/s) 0 5 15 a. Qual é a função horária dos espaços? b. Qual é a função horária da velocidade? c. Qual é a distância percorrida pelo atleta, considerando o movimento retilíneo? d. Considerando que o recorde da prova dos 100 m é de 9,58 s, seria possível que um atleta atual obtivesse os mesmos resultados da tabela? CAPÍTULO 2 146 5 45 10 20 Primeiro, devemos converter a velocidade para o SI. v = 36 km/h / 3,6 = 10 m/s Em seguida, calculamos a aceleração : 2. Deixar os alunos utiliza- rem as funções horárias do espaço e da velocidade. Se achar necessário, fazer um exemplo de cada. Comentar que, para comple- tar a tabela, seria mais prá- tico determinar primeiro as funções horárias do espaço e da velocidade. A distância percorrida pelo atleta corresponde à variação do espaço em 8 segundos, logo: Δs = 80 – 0 = 80 m Como o tempo para atingir 100 m é menor que o recorde atual, nenhum atleta da atualidade pode obter os resultados da tabela. 2 0 0 2 2 a t s s v t 2 2,5 t s 0 0 t 2 s 1,25 t = + + = + + = 0 0 2 v v ∆v ∆ a t t t 10 0 a 4 0 a 2,5 m / s = = = = v = v0 + a ∙ t v = 0 + 2,5 ∙ t v = 2,5 ∙ t Utilizando a função horária dos espaços para s = 100 m, temos: s = 1,25 ∙ t² 100 = 1,25 ∙ t² t ≈ 8,94 s CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 146 10/10/19 16:14 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 47. Para obter um melhor resultado, realize o procedimento por 3 vezes e faça uma média dos resultados. Inverta as posições dos alunos e repita os procedimentos. Preencha as tabelas a seguir FIGURA 1 FIGURA 2 3. Vamos medir tempo de reação? Para a execução deste exercício, será necessária a utilização de uma régua de 30 cm, e os alunos devem se dividir em duplas. Um dos alunos deve segurar a régua, de tal forma que o zero fique entre o polegar e o indicador do outro aluno – veja figura 1. Sem avisar ou fazer qualquer tipo de contagem regressiva, um aluno deve soltar a régua e o outro deve tentar pegá-la, com os dedos, antes que ela caia no chão. Anote a distância em que o aluno segurou a régua – veja figura 2. Para calcular o tempo de reação, vamos considerar que a régua partiu do repouso (v0 = 0) e fica sujeita a uma aceleração de 10 m/s2 . Converta a média das distâncias obtidas para metros e utilize a função horária dos espaços para calcular o tempo de reação de cada aluno. Aluno 1 Aluno 2 Medida s (cm) s (cm) 1 2 3 Média FÍSICA 147 3. Para deixar claro o que pode acontecer durante o tempo de reação, vamos cal- cular a distância percorrida por um veículo com veloci- dade de 180 km/h (50 m/s). Considerando um tempo de reaçãodeaproximadamente 0,25 s, a distância percorrida com velocidade de 50 m/s corresponde a 5,5 m. Dessa forma, até que a pessoa con- siga reagir, o veículo já per- correu 5,5 m. Comentar que existem diferenças entre os tempos de reação das pes- soas, por isso é importante respeitar as leis de trânsito e os limites de velocidade. 2 0 0 2 2 a t s s v t 2 10 t s 0 0 t 2 s 5 t s t 5 = + + = + + = = CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 147 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 48. 5. PUC-RJ O movimento de um objeto pode ser descrito pelo gráfico velocidade versus tempo, apresentado na figura a seguir. Podemos afirmar que a. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2 , e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m. b. a aceleração do objeto é 4,0 m/s2 , e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m. c. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2 , e a distância percorrida em 5,0 s é 25,0 m. d. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2 , e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m. e. a aceleração do objeto é 2,0 m/s2 , e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m. Exercícios propostos 4. Com base na tabela do exercício 2 das atividades, construa o gráfico da velocidade pelo tempo. A seguir, utilize a propriedade gráfica para descobrir a distância percorrida pelo atleta em 8 segundos. t (s) v (m/s) t (s) v (m/s) 20 10 5 10 CAPÍTULO 2 148 5. Primeiro, calculamos a aceleração: 0 0 2 v v v a t t t 20 0 a 10 0 a 2,0 m / s = = = = ∆ ∆ Utilizando a propriedade gráfica de 0 até 5 segundos, temos: N s área b h s 2 5 10 s 2 s 25 m ∆ ∆ ∆ ∆ = = = = Utilizando a propriedade gráfica: N s área b h s 2 8 20 80 m s 2 s ∆ ∆ ∆ ∆ = = = = 20 15 10 5 0 2 4 6 8 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 148 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 49. 1. A função horária do espaço para um automóvel percorrendo um trecho retilíneo de uma avenida, com velocidade constante, é dada por s = 10 + 20 · t (SI). Julgue como verdadeiras V ou falsas F as seguintes afirmações. I. O espaço inicial é 10 m. II. A velocidade do automóvel é de 20 m/s. III. A posição do automóvel em 60 s é 1 210 m. IV. O instante em que o automóvel ocupa a posição 2 010 m é 100 s. 2. O gráfico ao lado descreve o movimento de duas composições de metrô (A e B) que se deslocam com velocidade constante, em um trecho retilíneo entre duas estações. As composições se des- locam em trilhos paralelos e distintos. A partir do gráfico, podemos concluir que a. o movimento da composição A do metrô é retrógrado. b. o movimento da composição B do metrô é progressivo. c. as duas composições descrevem movimento variado. d. as duas composições se encontram na posição 50 m. e. as duas composições descrevem movimentos retrógados. 3. Complete as lacunas. O movimento retilíneo uniformente variado ocorre quando a é constante e o movimento é . Módulo 4 Módulos 5 e 6 4. Um automóvel em movimento retilíneo tem velocidade escalar variando com o tempo, de acordo com o gráfico. 5. O gráfico a seguir representa o desempenho de três corredores da prova dos 100 m rasos. Em que distância eles apresentam velo- cidade máxima? a. 20 m b. 40 m c. 45 m d. 60 m e. 100 m Ben Carl Bolt Relacione as duas colunas. I. 0 e t1 II. t1 e t2 III. t2 e t3 IV. t3 e t4 O movimento é retrógrado e retardado. O movimento é progressivo e acelerado. O movimento é retrógrado e acelerado. O movimento é progressivo e retardado. 100 s (m) A B 50 0 10 20 t (s) v (m/s) t (s) 0 t1 t2 t3 t4 Distância (m) Velocidade (km/h) 0 0 5 15 25 35 10 20 30 40 45 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 FÍSICA 149 V V V IV III I II V aceleração retilíneo 4. Nos trechos I e II, a velo- cidade é positiva, logo eles podem ser classificados como progressivos. Já nos trechos III e IV, a velocidade é negativa, então eles de- vem ser classificados como retrógrados. Nos trechos I e III, o módulo da velocidade aumenta e, portanto, eles podem ser classificados como acelerados. Já nos trechos II e IV, o módulo da velocidade diminui, então eles devem ser classificados como retardados. CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 149 10/10/19 16:14 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 50. a > 0 Reta crescente v > 0 Reta crescente a < 0 Reta decrescente v < 0 Reta decrescente Propriedade gráfica área N = ∆s Gráfico v × t Função horária do espaço s = s0 + v ∙ t Função horária dos espaços Função horária da velocidade v = v0 + a ∙ t Uniforme (velocidade constante) Variado (aceleração constante) MOVIMENTO 0 0 a s s v t 2 t 2 = + + CAPÍTULO 2 150 CO EF 09 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DFIS_G2.indd 150 24/09/2019 20:00 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 51. 3 GRUPO “A consciência não consente em se identificar com o corpo, que é para ela um companheiro cego e indócil, nem com o espírito, diante do qual é ora aquiescente, ora rebelde. O eu consiste preci- samente nesse movimento de vaivém que alternadamente torna minha convivência mais estreita ora com um, ora com outro. A consciência nos incita a agir para sair da imobilidade, mas tam- bém a só agir por uma finalidade capaz de nos satisfazer plena- mente. A liberdade se exerce no intervalo entre essas duas aspi- rações, uma que nos impele, outra que nos retém, e oscila entre todas as aparências que a seduzem. Assim, na consciência existe, a um só tempo, perfeição – visto que ela acresce o que somos, nos permite brilhar no mundo para além dos limites do corpo e nos dá uma espécie de posse espiritual do Universo – e imperfeição – visto que, ao mesmo tempo, ela é feita de idgnorância, de erro e de desejo. A consciência é uma transição entre a vida do corpo e a vida do espírito. É um perigo, visto que pode ser ultrapassado por ela. É uma interrogação perpétua, uma hesitação que não para de nos dar insegurança em nossa vida cotidiana; e, no entanto, é uma luz que nos guia para a segurança de uma vida sobrenatural.” Louis Lavelle Macaco-da-neve bebendo água. O teste do autorreconhecimento no espelho (MSR) é usado como evidência de autoconhecimento nos animais, ou seja, é um indicativo de que têm consciência de si mesmo. O macaco-da-neve não “passa” nesse teste, ao contrário do chimpanzé, do golfinho, do elefante asiático e de uma espécie de corvo (pega-rabuda). DAVORLOVINCIC/ISTOCK OPOSIÇÃO CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 3 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 52. MAPA INTERDISCIPLINAR Este mapa mostra ligação entre os conteúdos das disciplinas, sendo ponto de partida para um trabalho interdisciplinar. ARTE Arte moderna e contemporânea no Brasil CS HI MA QUÍMICA Modelos atômicos e distribuição eletrônica GEOGRAFIA Europa: economia, industrialização e desenvolvimento tecnológico CS LP CIÊNCIAS SOCIAIS Racionalismo e empirismo AR FÍSICA Vetores e leis de Newton MA QI HI EDUCAÇÃO FÍSICA Condicionamento físico BI HI LÍNGUA PORTUGUESA Variação linguística, crase, regência nominal, complemento nominal, gênero palestra e produção de texto HI HISTÓRIA Crise do capitalismo, entreguerras e regimes totalitários LP AR GE MATEMÁTICA Segmentos proporcionais, semelhança de triângulos e teorema de Tales LP CS HI CS GRUPO 3 Oposição LP MA HI BI BIOLOGIA Evolução biológica LP GE HI HI CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS G030.indd 10 18/09/2019 19:20 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 53. FÍ SI CA CAPÍTULO 3 A dinâmica e as leis de Newton 138 PÁG. CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL PR_DFIS G03 - CAP03.indd 137 24/09/2019 20:18 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 54. CAPÍTULO CAPÍTULO 3 OBJETIVOS DO GRUPO • Reconhecer as causas da variação de movimentos associada a forças. • Calcular a resultante das forças e aplicar a 2a lei de Newton, relacionando aceleração e força na interpretação de movimentos. • Prever e avaliar, utilizando as leis de Newton, situações cotidianas que envolvem movimentos. • Aplicar as leis de Newton a situações diversas. Halterofilismo: esteve presente na primeira edição dos Jogos Olímpicos. É um esporte disputado em duas modalidades: o arranco e o arremesso. O arranco consiste em levantar a barra em um único movimento contínuo, até acima da cabeça, sem tocar o corpo.Já o arremesso é composto por dois movimentos. No primeiro, leva-se a barra até a altura dos ombros e, no segundo, a barra é levantada acima da cabeça. Nos dois movimentos, o atleta deve exercer na barra uma força maior que a força-peso para tirá-la de seu estado de repouso. O recorde atual para atletas acima de 109 kg é de 257 kg para a modalidade arremesso. AS FORÇAS NOS ESPORTES OLÍMPICOS Atletismo: é o nome dado à categoria que agrupa as corridas, os saltos e os arremessos. Também esteve presente nos primeiros Jogos Olímpicos. As modalidades são corridas de pista, corridas com obstáculos, revezamento, saltos, arremessos e lançamentos. O recorde da prova mais famosa do atletismo pertence ao jamaicano Usain Bolt, com 9,58 s, nos 100 m rasos. Enquanto está em contato com o solo, o atleta recebe uma força vertical com a mesma intensidade que ele exerce no piso chamada força normal. J E S U S T R I L LO LAGO/ISTOCKPHOTO J A C O B L U N D / I S T OCKPHOTO DINÂMICA E LEIS DE NEWTON FÍSICA 138 CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL PR_DFIS G03 - CAP03.indd 138 24/09/2019 20:19 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 55. Vela: a competição de barcos a vela estreou na segunda edição dos Jogos Olímpicos. Devido às condições meteorológicas desfavoráveis, só iniciou no segundo dia de competições. São várias as classes em que os competidores disputam, como star, laser, tornado, finn etc. Após disputar várias regatas, os pontos obtidos são somados para apontar o vencedor. As velas são manipuladas por meio de cordas, nas quais os velejadores exercem forças de tração. Ginástica de trampolim: só passou a ser esporte olímpico no ano 2000. Otrampolimoficialtemumatelaquemede5m×3meficanumaaltura de 1,15 m do solo. Dos oito juízes, cinco avaliam os movimentos, dois avaliam a dificuldade e um é responsável pelo conjunto (chefe).O atleta desenvolve séries livres e obrigatórias que selecionam os oito melhores competidores para a final. Vence aquele que apresentar a melhor série livrenafinal.Duranteosalto,otrampolimsofredeformaçãoeaplica,no atleta, uma força denominada elástica. Tiro com arco: passou a ser esporte olímpico em 1900. É composto por quatro eventos de tiro realizados com arco recurvo. É disputado individualmente ou por equipes, e os atletas devem acertar alvos que estão a 70 m de distância. Ao tensionar o arco, no momento em que a flecha é liberada, ela fica submetida a uma força denominada elástica. Curling: passou a ser oficialmente esporte olímpico de inverno em 2006. O objetivo é lançar pedras de granito em uma pista de gelo para que, ao pararem, fiquem o mais próximo possível de um alvo. Para diminuir a força de atrito com o gelo, os atletas fazem uso de varredores ao longo do caminho percorrido pela pedra de granito. Dessa forma, a pedra alcança maior distância. É disputado por equipes de quatro atletas. Os atuais países campeões olímpicos são Estados Unidos (masculino) e Suécia (feminino). M T I L G H M A/ISTOCKPHOTO C A S A R S A GURU/ISTOCKPHOTO LOONGER/ISTOCKPHOTO J A S O N _ V /ISTOCKPHOTO FÍSICA 139 CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL PR_DFIS G03 - CAP03.indd 139 24/09/2019 20:19 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 56. Módulo 7 VETORES E FORÇAS Nas diversas atividades do cotidiano, o uso de força é frequente. Como exem- plos, temos o ato de erguer um objeto, chutar uma bola, subir uma ladeira, empurrar um objeto ou arremessá-lo, abrir uma lata, puxar uma corda, pre- parar a massa de pão etc. No entanto, geralmente, não nos preocupamos com a definição de força, simplesmente a utilizamos. Um engenheiro, ao projetar uma máquina, um robô ou um simples uten- sílio de cozinha, deve preocupar-se com o estudo das forças que agem so- bre os corpos, conhecer os diferentes tipos de força, as leis que regem seu comportamento e quantificá-las. O mesmo vale para um atleta, um treina- dor, um médico, um fisioterapeuta, entre outros profissionais, e até mesmo para você. Ao conhecer e interpretar as forças aplicadas nas diferentes si- tuações do cotidiano, podemos planejar intervenções que resultem no au- mento do bem-estar individual e coletivo. Medida de força Medimosaforça,naunidade doSistemaInternacional(SI), em newton (N). Um newton equivale à força necessária para puxar ou empurrar um blocode1kgcomaceleração de 1 m/s2 . Existem outras unidades de força, como o dina (1 · 10−5 N) e o quilogra- ma-força, kgf (1 kgf ≈ 10 N), porémsãopoucoutilizadas. PARA IR ALÉM Grandezas físicas Existem dois tipos de gran- deza física: as escalares e as vetoriais. O entendimento sobre uma grandeza esca- lar fica completo, quando conhecemos seu valor nu- mérico e sua unidade de medida. Já as vetoriais se caracterizamcompletamen- tequandofornecemos,além de seu módulo, também a direção e o sentido. Dentre as grandezas físicas que es- tudamos, o tempo é escalar. A velocidade, o vetor deslo- camento e a aceleração são vetoriais,noentantoocará- ter vetorial dessas grande- zas será abordado somente no Ensino Médio. PARA IR ALÉM Em uma linha de produção, os robôs devem ser programados para apli- car forças de diferentes intensidades, direções e sentidos. Por exemplo, po- demos programar um robô para fazer uma força de 100 N (100 newtons), horizontal e para a direita; já outro pode ser programado para fazer uma força de 50 N (50 newtons) vertical e para baixo. Uma grandeza física só fica completamente caracterizada quando temos as informações sobre intensidade, direção e sentido. Quando isso acontece, dizemos que essa grandeza é vetorial. Vetores Um vetor é um segmento de reta orientado que representa uma grandeza física, no caso, uma força. Podemos representar essa força da seguinte forma: Linha de montagem robotizada. Sentido Direção Intensidade F Representação de uma força. XIEYULIANG/ISTOCKPHOTO CAPÍTULO 3 140 Comentarqueasforçassãoosagentes físicos capazes de alterar a velocidade dos corpos e que elas serão estuda- das no próximo capítulo. Citar como exemplo a força que aplicamos no chão para andar ou para arremessar um objeto. CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL PR_DFIS G03 - CAP03.indd 140 24/09/2019 20:19 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C
  • 57. Os vetores podem ser nomeados com letras maiúsculas ou minúsculas, com uma seta horizontal e para a direita sobre elas, indicando o caráter vetorial (  F). O tamanho do vetor corresponde à sua intensidade ou módulo, embora nem sempre eles sejam representados no tamanho real ou em escala. A linha tracejada indica a direção do vetor, que pode ser horizontal, ver- tical ou oblíqua (inclinada). Por fim, a ponta da seta indica o sentido do vetor: para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo etc. Veja os exemplos a seguir. PEOPLEIMAGES/ISTOCKPHOTO MAURICIO GRAIKI/ISTOCKPHOTO CHAIYAPRUEK2520/ISTOCKPHOTO FS-STOCK/ISTOCKPHOTO Na maioria dos casos, existe mais de uma força atuando sobre um corpo. Se fosse possível substituir todas as forças que atuam no corpo por uma única, ela seria denominada força resultante (  FR). Essa força corresponde à soma vetorial de todas as forças que atuam em um corpo. No entanto, para somar grandezas vetoriais, devemos ter alguns cuidados. Observe os casos a seguir. FORÇAS COM MESMA DIREÇÃO E SENTIDO Situação real Diagrama de forças Força resultante F2 F1 FR    F F F R 1 2 = + Observação: só estamos levando em consideração as forças que o ho- mem e a mulher aplicam no veículo. Módulo: 100 N Direção: horizontal Sentido: para a esquerda |F| = 100 N Módulo: 600 N Direção: vertical Sentido: para baixo |F| = 600 N Módulo: 300 N Direção: oblíqua Sentido: para a direita e para cima |F| = 300 N 141 FÍSICA CO EF 09 INFI 91 1B LV 03 MI DMUL PR_DFIS G03 - CAP03.indd 141 24/09/2019 20:19 M A T E R I A L D E U S O E X C L U S I V O S I S T E M A D E E N S I N O C O C