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Anita Malfatti
Filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe
norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug,
Anita Malfatti nasceu na cidade de São Paulo, no ano
de 1889, apenas 17 dias depois de proclamada a
República. Segunda filha do casal, nasceu com atrofia
no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi
levada pelos pais à cidade de Lucca, na Itália, na
esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados
do tratamento médico não foram animadores e Anita
teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida.
Voltando ao Brasil, teve à sua disposição Miss Browne,
que a ajudou no desenvolvimento do uso da escrita e no
aprendizado do desenho com a mão esquerda. Essa
Miss Browne deve ter sido a educadora norte-
americana Márcia P. Browne que assessorou Caetano
de Campos na reforma que empreendeu no ensino
primário e normal em São Paulo, nos primórdios da
República. Miss Browne organizou e foi a primeira
diretora da Escola Modelo anexa à Escola Normal [4]
.
Iniciou seus estudos em 1897 no Externato São José de
freiras católicas, hoje não mais existente, outrora
localizado na rua da Glória, onde foi alfabetizada. Logo
depois passou a estudar em escolas protestantes: na
Escola Americana, em 1903, e pouco depois no
Mackenzie College onde, em 1906, recebe o diploma
de normalista.
Nesse meio tempo morreu Samuelle Malfatti, esteio
moral e financeiro da família. Sem recursos para o
sustento dos filhos, Betty passou a dar aulas
particulares de idiomas e também de desenho e pintura.
Chegou a pedir orientações do pintor Carlo de Servi
para ela com mais segurança ensinar suas discípulas.
Anita acompanhava as aulas que tomavam a maior
parte de seu tempo, foi, portanto, sua própria mãe quem
lhe ensinou os rudimentos das artes plásticas.
Anita e as Shalders chegaram a Berlim em 1910, ano
marcante na história da Arte Moderna alemã. Berlim
era então o grande centro musical da Europa.
Acompanhando suas amigas às aulas no centro musical,
ali recebeu a sugestão para estudar no ateliê do artista
pintor Fritz Burger. Fritz Burger era um retratista que
dominava a técnica pontilhista ou divisionista. Foi o
primeiro mestre de Anita. Nessa época ela ingressou na
Academia de Belas Artes de Berlim.
Durante as férias de verão, Anita e as amigas foram às
montanhas de Harz, em Treseburg, região frequentada
por pintores. Continuando sua viagem, visitou a 4°
Sonderbund, uma exposição que aconteceu em Colônia
na Alemanha, na qual conheceu trabalhos de pintores
modernos, incluindo-se Van Gogh.
Teve aulas também com Lovis Corinth, nome mais
conhecido do que seu primeiro mestre. Alguns anos
antes Corinth sofrera um acidente vascular cerebral
(AVC) que, como sequela, tal como a aluna, lhe deixara
alguma dificuldade motora na mão direita. Anita estava
cada vez mais interessada pela pintura expressionista.
Desejava aprender seu conceito e sua técnica. Em 1913,
inicia aulas com o professor Ernest Bischoff Culm da
mesma escola de Corinth. Com a instabilidade política
e social causada por uma guerra que se mostrava
iminente, Anita Malfatti resolve deixar Berlim e
passando rapidamente por Paris, retorna ao Brasil.
Primeira exposição individual-Em 1914, Anita tinha 24
anos e, depois de quatro anos de estudo na Europa,
voltava para o seio familiar. Anita ainda tinha o desejo
de partir mais uma vez em viagem de estudos. Sem
condições financeiras, tentou pleitear uma bolsa junto
ao Pensionato Artístico do Estado de São Paulo. Por
essa razão, montou no dia 23 de maio de 1914, uma
exposição com obras de sua autoria, exposição essa que
ficou aberta até meados de junho..
O senador José de Freitas Valle foi visitar esta
exposição. Dependia dele a concessão da bolsa. Mas o
influente político não gostou das obras de Anita,
chegando a criticá-las publicamente. Entretanto,
independentemente da opinião do senador, a bolsa não
seria concedida. Notícias do iminente início da guerra
na Europa, fizeram com que o Pensionato as
cancelasse. Foi aí que, mais uma vez, financiada pelo
tio, o engenheiro e arquiteto Jorge Krug, Anita embarca
para os Estados Unidos.
No início de 1915, Anita Malfatti já se encontrava em
Nova Iorque e matriculada na tradicional Art Student's
League. Nessa escola, Anita ia de um professor a outro
na tentativa de encontrar o caminho que sonhava para
seus trabalhos. Após três meses de estudos, desistiu de
qualquer curso de pintura ou desenho nessa instituição,
reservando-a apenas para os estudos de gravura. Anita
ficou sabendo de um professor que deixava os alunos
pintarem à vontade - ele lecionava na Independent
School of Art e se chamava Homer Boss.
Nas férias de verão, Homer Boss levou os alunos para
pintar na costa do Maine, na ilha de Monhegan. Esse
Estado litorâneo mais ao nordeste, fronteira com o
Canadá, tornara-se há muito o refúgio dos artistas. Foi
nessa ilha que Anitta pintou, entre outras, a paisagem
intitulada O farol. Passado o verão, Anita voltou à
Independent School of Art. Em meados de 1916,
preparava-se para voltar ao Brasil.
De volta ao Brasil e segunda exposição individual -
1917
A estudante (1915-1916), de Anita Malfatti. Acervo do
Museu de Arte de São Paulo.
Em 1917 Anita resolveu promover sua segunda
exposição.
Após a crítica de Lobato, publicada em O Estado de
S.Paulo, edição da tarde, em 20 de dezembro de 1917,
com o título de A propósito da exposição Malfatti, as
telas vendidas foram devolvidas, algumas quase foram
destruídas a bengaladas. Apesar da mágoa, Anita
ilustrou livros de Monteiro Lobato e na década de 40
participou de um programa na Rádio Cultura chamado
"Desafiando os Catedráticos", juntamente com Menotti
Del Picchia e Monteiro Lobato. Os ouvintes
telefonavam fazendo perguntas para que o trio
respondesse. Anita inicia estudos com o pintor
acadêmico Pedro Alexandrino no ano de 1919, e
também com o alemão George Fischer Elpons um
pouco mais avançado do que o velho mestre das
naturezas mortas. Foi nessa ocasião que conheceu
Tarsila do Amaral que tinha aulas com os mesmos
professores. Depois do pai, o tio Jorge Krug, que a
havia ajudado tanto, também faleceu e Anita precisou
buscar caminhos para vender suas obras. Pedro
Alexandrino já era um pintor de renome e vendia com
facilidade seus trabalhos.
Após o período de recesso, a Semana de Arte Moderna,
mais uma vez, movimentou a vida artística insípida de
São Paulo. Anita participou dela com 22 trabalhos.
Uma vez que o círculo modernista vinha ao encontro
com suas aspirações artísticas, ela entraria também para
o grupo dos cinco.
Anita embarcava mais uma vez, em viagem de estudos
para Paris. Seriam cinco anos de estudos pela bolsa do
Pensionato. Este seria o último e o seu mais longo
período fora do Brasil. Em agosto de 1923, ela tinha 33
anos e embarcava no vapor Mosella rumo à França.
Mário de Andrade que não conseguiu chegar a tempo
da partida de Anita e enviou-lhe um telegrama de
desculpas. Apesar das muitas dúvidas que ainda tinha
em relação a que caminho seguir na sua arte, não
deixou de produzir.
No final de setembro de 1928 Anita já se encontrava no
Brasil. O ambiente artístico encontrado por Anita na
volta era diferente do que deixara em 1923; o grupo
inicial evoluíra, surgiam novos adeptos e novos
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crescera. Na chegada, Mário de Andrade noticiou
imediatamente sua chegada, relembrando quem ela era.
Em 1929 abria em São Paulo sua quarta individual.
Depois de fechar sua exposição, até 1932, Anita
dedicou-se ao ensino escolar. Retomou suas aulas na
Escola Normal Americana e foi trabalhar também na
Escola Normal do Mackenzie College. Em 1933, muda-
se para a Rua Ceará, no bairro de Higienópolis, onde
instala seu ateliê e dá aulas, inclusive para Oswald de
Andrade Filho, onde permanece até 1952, com a venda
da casa, em razão da morte de sua mãe.
Em 6 de novembro de 1964, na Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, Anita Malfatti morreu. Está
sepultada no Cemitério dos Protestantes, na Rua
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Anita malfatti

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Anita malfatti

  • 1. Anita Malfatti Filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita Malfatti nasceu na cidade de São Paulo, no ano de 1889, apenas 17 dias depois de proclamada a República. Segunda filha do casal, nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais à cidade de Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, teve à sua disposição Miss Browne, que a ajudou no desenvolvimento do uso da escrita e no
  • 2. aprendizado do desenho com a mão esquerda. Essa Miss Browne deve ter sido a educadora norte- americana Márcia P. Browne que assessorou Caetano de Campos na reforma que empreendeu no ensino primário e normal em São Paulo, nos primórdios da República. Miss Browne organizou e foi a primeira diretora da Escola Modelo anexa à Escola Normal [4] . Iniciou seus estudos em 1897 no Externato São José de freiras católicas, hoje não mais existente, outrora localizado na rua da Glória, onde foi alfabetizada. Logo depois passou a estudar em escolas protestantes: na Escola Americana, em 1903, e pouco depois no
  • 3. Mackenzie College onde, em 1906, recebe o diploma de normalista. Nesse meio tempo morreu Samuelle Malfatti, esteio moral e financeiro da família. Sem recursos para o sustento dos filhos, Betty passou a dar aulas particulares de idiomas e também de desenho e pintura. Chegou a pedir orientações do pintor Carlo de Servi para ela com mais segurança ensinar suas discípulas. Anita acompanhava as aulas que tomavam a maior parte de seu tempo, foi, portanto, sua própria mãe quem lhe ensinou os rudimentos das artes plásticas. Anita e as Shalders chegaram a Berlim em 1910, ano marcante na história da Arte Moderna alemã. Berlim
  • 4. era então o grande centro musical da Europa. Acompanhando suas amigas às aulas no centro musical, ali recebeu a sugestão para estudar no ateliê do artista pintor Fritz Burger. Fritz Burger era um retratista que dominava a técnica pontilhista ou divisionista. Foi o primeiro mestre de Anita. Nessa época ela ingressou na Academia de Belas Artes de Berlim. Durante as férias de verão, Anita e as amigas foram às montanhas de Harz, em Treseburg, região frequentada por pintores. Continuando sua viagem, visitou a 4° Sonderbund, uma exposição que aconteceu em Colônia na Alemanha, na qual conheceu trabalhos de pintores modernos, incluindo-se Van Gogh.
  • 5. Teve aulas também com Lovis Corinth, nome mais conhecido do que seu primeiro mestre. Alguns anos antes Corinth sofrera um acidente vascular cerebral (AVC) que, como sequela, tal como a aluna, lhe deixara alguma dificuldade motora na mão direita. Anita estava cada vez mais interessada pela pintura expressionista. Desejava aprender seu conceito e sua técnica. Em 1913, inicia aulas com o professor Ernest Bischoff Culm da mesma escola de Corinth. Com a instabilidade política e social causada por uma guerra que se mostrava iminente, Anita Malfatti resolve deixar Berlim e passando rapidamente por Paris, retorna ao Brasil.
  • 6. Primeira exposição individual-Em 1914, Anita tinha 24 anos e, depois de quatro anos de estudo na Europa, voltava para o seio familiar. Anita ainda tinha o desejo de partir mais uma vez em viagem de estudos. Sem condições financeiras, tentou pleitear uma bolsa junto ao Pensionato Artístico do Estado de São Paulo. Por essa razão, montou no dia 23 de maio de 1914, uma exposição com obras de sua autoria, exposição essa que ficou aberta até meados de junho.. O senador José de Freitas Valle foi visitar esta exposição. Dependia dele a concessão da bolsa. Mas o influente político não gostou das obras de Anita, chegando a criticá-las publicamente. Entretanto,
  • 7. independentemente da opinião do senador, a bolsa não seria concedida. Notícias do iminente início da guerra na Europa, fizeram com que o Pensionato as cancelasse. Foi aí que, mais uma vez, financiada pelo tio, o engenheiro e arquiteto Jorge Krug, Anita embarca para os Estados Unidos. No início de 1915, Anita Malfatti já se encontrava em Nova Iorque e matriculada na tradicional Art Student's League. Nessa escola, Anita ia de um professor a outro na tentativa de encontrar o caminho que sonhava para seus trabalhos. Após três meses de estudos, desistiu de qualquer curso de pintura ou desenho nessa instituição, reservando-a apenas para os estudos de gravura. Anita
  • 8. ficou sabendo de um professor que deixava os alunos pintarem à vontade - ele lecionava na Independent School of Art e se chamava Homer Boss. Nas férias de verão, Homer Boss levou os alunos para pintar na costa do Maine, na ilha de Monhegan. Esse Estado litorâneo mais ao nordeste, fronteira com o Canadá, tornara-se há muito o refúgio dos artistas. Foi nessa ilha que Anitta pintou, entre outras, a paisagem intitulada O farol. Passado o verão, Anita voltou à Independent School of Art. Em meados de 1916, preparava-se para voltar ao Brasil. De volta ao Brasil e segunda exposição individual - 1917
  • 9. A estudante (1915-1916), de Anita Malfatti. Acervo do Museu de Arte de São Paulo. Em 1917 Anita resolveu promover sua segunda exposição. Após a crítica de Lobato, publicada em O Estado de S.Paulo, edição da tarde, em 20 de dezembro de 1917, com o título de A propósito da exposição Malfatti, as telas vendidas foram devolvidas, algumas quase foram destruídas a bengaladas. Apesar da mágoa, Anita ilustrou livros de Monteiro Lobato e na década de 40 participou de um programa na Rádio Cultura chamado "Desafiando os Catedráticos", juntamente com Menotti Del Picchia e Monteiro Lobato. Os ouvintes
  • 10. telefonavam fazendo perguntas para que o trio respondesse. Anita inicia estudos com o pintor acadêmico Pedro Alexandrino no ano de 1919, e também com o alemão George Fischer Elpons um pouco mais avançado do que o velho mestre das naturezas mortas. Foi nessa ocasião que conheceu Tarsila do Amaral que tinha aulas com os mesmos professores. Depois do pai, o tio Jorge Krug, que a havia ajudado tanto, também faleceu e Anita precisou buscar caminhos para vender suas obras. Pedro Alexandrino já era um pintor de renome e vendia com facilidade seus trabalhos.
  • 11. Após o período de recesso, a Semana de Arte Moderna, mais uma vez, movimentou a vida artística insípida de São Paulo. Anita participou dela com 22 trabalhos. Uma vez que o círculo modernista vinha ao encontro com suas aspirações artísticas, ela entraria também para o grupo dos cinco. Anita embarcava mais uma vez, em viagem de estudos para Paris. Seriam cinco anos de estudos pela bolsa do Pensionato. Este seria o último e o seu mais longo período fora do Brasil. Em agosto de 1923, ela tinha 33 anos e embarcava no vapor Mosella rumo à França. Mário de Andrade que não conseguiu chegar a tempo da partida de Anita e enviou-lhe um telegrama de
  • 12. desculpas. Apesar das muitas dúvidas que ainda tinha em relação a que caminho seguir na sua arte, não deixou de produzir. No final de setembro de 1928 Anita já se encontrava no Brasil. O ambiente artístico encontrado por Anita na volta era diferente do que deixara em 1923; o grupo inicial evoluíra, surgiam novos adeptos e novos movimentos. O número de artistas plásticos também crescera. Na chegada, Mário de Andrade noticiou imediatamente sua chegada, relembrando quem ela era. Em 1929 abria em São Paulo sua quarta individual. Depois de fechar sua exposição, até 1932, Anita dedicou-se ao ensino escolar. Retomou suas aulas na
  • 13. Escola Normal Americana e foi trabalhar também na Escola Normal do Mackenzie College. Em 1933, muda- se para a Rua Ceará, no bairro de Higienópolis, onde instala seu ateliê e dá aulas, inclusive para Oswald de Andrade Filho, onde permanece até 1952, com a venda da casa, em razão da morte de sua mãe. Em 6 de novembro de 1964, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Anita Malfatti morreu. Está sepultada no Cemitério dos Protestantes, na Rua Sergipe, número 117, bairro da Consolação, São Paulo.