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INOVAÇÃO
M A N U A L P R Á T I C O D E
INTRODUÇÃO
O propósito deste manual é servir como
incentivo para o surgimento de novas ideias
no meio empresarial e sugerir um modo de
implementá-las,guiando o leitor por todas as
etapas de concretização da inovação. Ao
fornecer questões a serem pensadas antes
de iniciar um novo processo, espera-se
minimizar os entraves e tornar a inovação
dentro da empresa mais eficiente.
IDEIAideia1
“Every one of today’s most famous and familiar ideas was
once unknown and unsuspected”
- Peter Thiel.
Novas ideias movem o mundo, nos trouxeram até onde estamos e ainda
nos levarão muito mais longe. No ambiente empresarial, isso não é uma
exceção. Inovação aprimora processos, desenvolve pessoas e possibilita
que a organização atinja cada vez mais resultado, sendo assim vital para a
sua manutenção.
Qualquer pessoa pode ter uma boa ideia e é muito importante promover
um ambiente no qual possa desenvolvê-la. Entretanto, a única coisa pior
que uma ideia ruim é uma ideia ruim que parece boa, pois consome tempo
e dinheiro sem gerar nada em troca para a empresa.
Antes de colocar uma ideia em prática, é importante avaliar três principais
pontos: alinhamento, viabilidade e replicabilidade.
1.1) ALINHAMENTO
Verificar se sua ideia é compatível
com os valores e objetivos da
empresa. Para isso, é necessário
conhecer o planejamento
estratégico e o sistema de gestão.
Também é aconselhável conversar
com membros chave, como
diretores e pessoas que atuam na
área de interesse.
Será que a minha ideia é
alinhada com os valores da
empresa?
É estratégico para a empresa a
implementação da minha
ideia?
A diretoria apoia a
operacionalização da minha
ideia?
Os membros diretamente
afetados pela minha ideia
sentem-se entusiasmados com
a mudança?
1.2) VIABILIDADE
Questionar se a empresa possui os
recursos necessários para a
implementação da ideia, como
infraestrutura, capacidade financeira
para o investimento inicial e pessoas
qualificadas para tocar o projeto.
Além disso, faz-se necessário
verificar se os benefícios gerados
serão maiores que os custos.
Haverão pessoas para compor
equipe?
Quais os recursos eu necessito
para implementação da ideia?
Eu consigo acessá-los
atualmente ou em um futuro
próximo?
O meu projeto é
financeiramente viável?
1.3) REPLICÁVEL
Entender se a ideia tem capacidade
de sobreviver independente dos
membros que a idealizaram e a
possibilidade de ser utilizada mais de
uma vez em diversos projetos ou
âmbitos da empresa.
É uma ideia que pode ser
transmitida para o restante da
empresa?
É uma ideia geral ou particular?
Pode-se criar uma metodologia
a partir da ideia?
PLAN
EJAR
planejar2
“Give me six hours to chop down a tree and I will spend
the first four sharpening the axe”
- Abraham Lincoln.
Um bom planejamento ajuda a orientar
prioridades, focar as ações em resultado,
otimizar a alocação de recursos e antecipar
problemas e oportunidades. Só que antes
disso, precisa-se de um líder para alinhar
esforços e apontar a direção a qual a equipe
e o planejamento irão seguir. .
2.1) LÍDER
Questionar se a empresa possui os recursos necessários para
a implementação da ideia, como infraestrutura, capacidade
financeira para o investimento inicial e pessoas qualificadas
para tocar o projeto. Além disso, faz-se necessário verificar se
os benefícios gerados serão maiores que os custos.
Dar uma direção clara e propósito para a equipe
Se fazer disponível para os membros do grupo
Reconhecer os avanços do time e comemorá-los
Apontar falhas, corrigi-las e adverti-las
Responsabilizar-se pelos problemas e dar crédito pelas soluções
Alinhar os objetivos da equipe com a estratégia da empresa
2.1.1) PRÉ-REQUISITOS
Também é função do líder compreender e listar os pré-
requisitos necessários para execução da ideia. Esta etapa é
importante para a alocação futura de recursos como
membros capacitados, tempo, espaço, tecnologia e capital.
Entendendo seus pré-requisitos o líder consegue
buscar os recursos com os stakeholders do projeto,
tais como a diretoria, os membros da empresa e
parceiros.
2.1.1) PRÉ-REQUISITOS
Quantas pessoas serão necessárias
para compor a equipe?
Qual o conhecimento técnico terão que
possuir?
Quanto tempo os membros terão que
ter disponível para o projeto?
PESSOAS
Quais materiais precisarão ser utilizados
durante a execução da ideia?
Será necessário a implementação de
softwares e tecnologia?
Quanto de capital será necessário?
RECURSOS
2.1.2) 5W2H
Durante o planejamento, são estabelecidos os
pontos básicos do projeto. Esses pontos, porém,
não podem ficar restritos ao entendimento do líder.
É importante que sejam passados de forma clara
para que seja mais fácil unir esforços com a equipe
e direcionar com mais efetividade a etapa de
execução, além de evitar a perda de informações
do planejamento.
Uma forma simples de organização é o 5W2H, um
método de gestão que, através de sete perguntas,
abrange os principais aspectos da ideia.
Why?
What?
Who?
When?
Where?
How?
How Much?
““Thinking well is wise; planning well; wiser; doing well
wisest and best of all””
- Persian proverb
EQ
UI
PE
3.1 Tendo passado pelas etapas iniciais, em execução
inicia-se, finalmente, a prática da ideia. Esta etapa
divide-se em três momentos: a alocação da equipe, as
reuniões de lying-in e o sprint.
Grande parte do sucesso na execução de um projeto
está na equipe. Segundo o SCRUM, o alinhamento dos
membros com o objetivo, a transparência e a liberdade
no relacionamento com o líder, a pluralidade de pontos
de vista e habilidades são aspectos decisivos para o
resultado do projeto.
Para ter sucesso, além de ser enxuta, uma equipe
precisa ter autonomia, multifuncionalidade e
transcendência.
O líder deverá definir qual o mínimo e o máximo de pessoas necessárias
para a composição do time. Uma equipe enxuta é aquela que não tem
nem mais nem menos do que o necessário. Equipes pequenas podem
sobrecarregar os membros e equipes grandes perdem eficiência.
3.1.1) EQUIPE ENXUTA
Equipes autônomas são equipes que podem decidir como executar o
trabalho e tem o poder de fazer com que suas decisões sejam
cumpridas. Para garantir a autonomia o líder deve ser transparente com
sua equipe e evitar o microgerenciamento.
3.1.2) AUTONOMIA
Equipes multifuncionais são equipes que têm todas às habilidades
necessárias para completar o projeto. Os futuros integrantes precisam
atender aos pré-requisitos, possuindo não apenas o conhecimento,
mas também o tempo necessário para se dedicar a suas tarefas.
3.1.3) MULTIFUNCIONALIDADE
Por fim, a equipe precisa ter sempre em mente o objetivo final e o
resultado que se espera alcançar. É importante que não se perca a noção
do todo na realização de tarefas pontuais. Para isso, o líder desempenha o
papel de alinhar e exibir os resultados conjuntos e condensados.
3.1.3) TRANSCEDÊNCIA
LYI
NG
-IN
Essa etapa é baseada na metodologia de
inovação da Google, explicitada no livro “Sprint”
do autor Jake Knapp.
O período de Lying-in é o primeiro contato
direto da equipe. Nesse período os membros
são apresentados à ideia e é feito um esforço
conjunto para identificar as melhores soluções
e iniciar o processo de operacionalização.
Podemos dividir em dois momentos:
Mapeamento e Solução.
3.2
Mapeamento
Tendo em mente um processo de produção, apontar perguntas que
devem ser respondidas para se alcançar o resultado. Para isso entramos
em contato com especialistas e priorizamos os principais problemas que
temos que resolver.
Definir a ideia, onde queremos chegar?
Listar as perguntas chave: E se falharmos? Como faremos tal coisa?
Mapear a excussão: quem são os agentes, quais são as etapas?
Perguntar aos especialistas
"Como poderiamos?" - Transformar desafios em soluções
Solução
Pesquisar e repassar o que já foi feito na área na qual planeja-se
desenvolver a inovação, adquirindo uma base técnica no assunto. Esboçar
soluções individuais e decidir qual caminho seguir em conjunto. Por fim,
elencar as tarefas, suas prioridades e criar backlog
Entenda o que já foi proposto de solução no mercado.
Esboce Soluções
Decida a melhor alternativa
Elenque todas as atividades que deverão ser feitas até o final do projeto
Priorize as atividades
Crie um backlog (O trello é uma ótima ferramente para isso)
SP
RI
NT
A partir dessa etapa nos baseamos na
metodologia do livro “Scrum” do autor Jeff
Sutherland. Dividiremos a execução em
pequenas etapas chamadas sprints.
Ao final dessas, devemos ter um produto viável
do nosso projeto. Após a criação do Backlog o
ciclo dos sprints é dividido em: Planejamento,
Acompanhamento e Revisão do Sprint.
3.3
Essa é a primeira reunião do Sprint, onde os membros e o líder
determinarão quais tarefas do backlog serão realizadas no primeiro
sprint. Além disso, será determinada a velocidade da equipe, ou seja, o
prazo para o término dessas tarefas.
3.3.1) PLANEJAMENTO DO
SPRINT
No acompanhamento SCRUM, o líder deve entender, com uma
periodicidade menor do que a do sprint, o que já foi feito, o que ainda
será realizado e se existe algum entrave que bloqueia o fluxo da
equipe, impedindo que opera da melhor forma.
3.3.2) ACOMPANHAMENTO DO
SPRINT
Na revisão do SPRINT o líder e a equipe
analisam o que foi feito, destacando os erros
e os acertos, a fim de melhorar para o
próximo sprint. Nessa reunião também são
decididos os próximos passos da equipe.
Os sprints ocorrem ciclicamente até o fim da
execução do projeto.
3.3.3) REVISÃO E
RETROSPECTIVA DO SPRINT:
PÓS-
PROJ
ETO
pós-projeto4
““Invista em pessoas. Porque? Tudo o que acontecer na
sua ausência, esse é seu legado!”
- Anderson Nascimento
Mesmo após concluído, é importante para a equipe do projeto
garantir a replicabilidade dele. Para isso três pontos são
necessários: Divulgar os resultados para empresa, perpetuar o
conhecimento adquirido e aprimorar continuamente a execução
do projeto.
4.1) DIVULGAR RESULTADOS
Para que depois de concluída, sua ideia continue relevante é
importante que seus resultados sejam apresentados para empresa,
não só como forma de transparência sobre o que foi feito e como foi
feito, mas como forma de alinhamento, mostrando a empresa como
sua ideia será aplicada no dia-a-dia da companhia.
Perpetuando sua inovação você garante que o esforço realizado pela equipe se
tornará um legado para a empresa. A primeira maneira de se fazer isso é através de
um relatório. Este relatório conterá informação sobre o decorrer da execução,
contendo seus principais gaps e seus acertos além de responder novamente o
5W2H.
A segunda maneira, complementar a essa, é escrevendo uma metodologia. A
metodologia é interessante para que a sua inovação possa ser aplicada de forma
geral e replicada por outros consultores futuramente. Nela deve constar o passo-a-
passo da execução da ideia, desde às etapas mais básicas até às mais complexas.
4.2) GESTÃO DO CONHECIMENTO
Por fim, para que sua inovação se torne
atemporal, é importante sempre mantê-la
atualizada a realidade da empresa. Para isso
é importante estar atento às aplicações e
extrair feedbacks que possam
complementar a metodologia. Ou seja,
identificar problemas, e atuar para resolvê-
los de forma contínua.
4.3) APRIMORAR
Aprofunde-se no tema:
Presidente Organizacional
Arthur
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Gerente de Projetos
Guilherme
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Gabriel
Leite
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Ebook - Manual Prático de Inovação

  • 1. INOVAÇÃO M A N U A L P R Á T I C O D E
  • 2. INTRODUÇÃO O propósito deste manual é servir como incentivo para o surgimento de novas ideias no meio empresarial e sugerir um modo de implementá-las,guiando o leitor por todas as etapas de concretização da inovação. Ao fornecer questões a serem pensadas antes de iniciar um novo processo, espera-se minimizar os entraves e tornar a inovação dentro da empresa mais eficiente.
  • 4. “Every one of today’s most famous and familiar ideas was once unknown and unsuspected” - Peter Thiel.
  • 5. Novas ideias movem o mundo, nos trouxeram até onde estamos e ainda nos levarão muito mais longe. No ambiente empresarial, isso não é uma exceção. Inovação aprimora processos, desenvolve pessoas e possibilita que a organização atinja cada vez mais resultado, sendo assim vital para a sua manutenção. Qualquer pessoa pode ter uma boa ideia e é muito importante promover um ambiente no qual possa desenvolvê-la. Entretanto, a única coisa pior que uma ideia ruim é uma ideia ruim que parece boa, pois consome tempo e dinheiro sem gerar nada em troca para a empresa. Antes de colocar uma ideia em prática, é importante avaliar três principais pontos: alinhamento, viabilidade e replicabilidade.
  • 6. 1.1) ALINHAMENTO Verificar se sua ideia é compatível com os valores e objetivos da empresa. Para isso, é necessário conhecer o planejamento estratégico e o sistema de gestão. Também é aconselhável conversar com membros chave, como diretores e pessoas que atuam na área de interesse. Será que a minha ideia é alinhada com os valores da empresa? É estratégico para a empresa a implementação da minha ideia? A diretoria apoia a operacionalização da minha ideia? Os membros diretamente afetados pela minha ideia sentem-se entusiasmados com a mudança?
  • 7. 1.2) VIABILIDADE Questionar se a empresa possui os recursos necessários para a implementação da ideia, como infraestrutura, capacidade financeira para o investimento inicial e pessoas qualificadas para tocar o projeto. Além disso, faz-se necessário verificar se os benefícios gerados serão maiores que os custos. Haverão pessoas para compor equipe? Quais os recursos eu necessito para implementação da ideia? Eu consigo acessá-los atualmente ou em um futuro próximo? O meu projeto é financeiramente viável?
  • 8. 1.3) REPLICÁVEL Entender se a ideia tem capacidade de sobreviver independente dos membros que a idealizaram e a possibilidade de ser utilizada mais de uma vez em diversos projetos ou âmbitos da empresa. É uma ideia que pode ser transmitida para o restante da empresa? É uma ideia geral ou particular? Pode-se criar uma metodologia a partir da ideia?
  • 10. “Give me six hours to chop down a tree and I will spend the first four sharpening the axe” - Abraham Lincoln.
  • 11. Um bom planejamento ajuda a orientar prioridades, focar as ações em resultado, otimizar a alocação de recursos e antecipar problemas e oportunidades. Só que antes disso, precisa-se de um líder para alinhar esforços e apontar a direção a qual a equipe e o planejamento irão seguir. .
  • 12. 2.1) LÍDER Questionar se a empresa possui os recursos necessários para a implementação da ideia, como infraestrutura, capacidade financeira para o investimento inicial e pessoas qualificadas para tocar o projeto. Além disso, faz-se necessário verificar se os benefícios gerados serão maiores que os custos. Dar uma direção clara e propósito para a equipe Se fazer disponível para os membros do grupo Reconhecer os avanços do time e comemorá-los Apontar falhas, corrigi-las e adverti-las Responsabilizar-se pelos problemas e dar crédito pelas soluções Alinhar os objetivos da equipe com a estratégia da empresa
  • 13. 2.1.1) PRÉ-REQUISITOS Também é função do líder compreender e listar os pré- requisitos necessários para execução da ideia. Esta etapa é importante para a alocação futura de recursos como membros capacitados, tempo, espaço, tecnologia e capital. Entendendo seus pré-requisitos o líder consegue buscar os recursos com os stakeholders do projeto, tais como a diretoria, os membros da empresa e parceiros.
  • 14. 2.1.1) PRÉ-REQUISITOS Quantas pessoas serão necessárias para compor a equipe? Qual o conhecimento técnico terão que possuir? Quanto tempo os membros terão que ter disponível para o projeto? PESSOAS Quais materiais precisarão ser utilizados durante a execução da ideia? Será necessário a implementação de softwares e tecnologia? Quanto de capital será necessário? RECURSOS
  • 15. 2.1.2) 5W2H Durante o planejamento, são estabelecidos os pontos básicos do projeto. Esses pontos, porém, não podem ficar restritos ao entendimento do líder. É importante que sejam passados de forma clara para que seja mais fácil unir esforços com a equipe e direcionar com mais efetividade a etapa de execução, além de evitar a perda de informações do planejamento. Uma forma simples de organização é o 5W2H, um método de gestão que, através de sete perguntas, abrange os principais aspectos da ideia. Why? What? Who? When? Where? How? How Much?
  • 16. ““Thinking well is wise; planning well; wiser; doing well wisest and best of all”” - Persian proverb
  • 17. EQ UI PE 3.1 Tendo passado pelas etapas iniciais, em execução inicia-se, finalmente, a prática da ideia. Esta etapa divide-se em três momentos: a alocação da equipe, as reuniões de lying-in e o sprint. Grande parte do sucesso na execução de um projeto está na equipe. Segundo o SCRUM, o alinhamento dos membros com o objetivo, a transparência e a liberdade no relacionamento com o líder, a pluralidade de pontos de vista e habilidades são aspectos decisivos para o resultado do projeto. Para ter sucesso, além de ser enxuta, uma equipe precisa ter autonomia, multifuncionalidade e transcendência.
  • 18. O líder deverá definir qual o mínimo e o máximo de pessoas necessárias para a composição do time. Uma equipe enxuta é aquela que não tem nem mais nem menos do que o necessário. Equipes pequenas podem sobrecarregar os membros e equipes grandes perdem eficiência. 3.1.1) EQUIPE ENXUTA Equipes autônomas são equipes que podem decidir como executar o trabalho e tem o poder de fazer com que suas decisões sejam cumpridas. Para garantir a autonomia o líder deve ser transparente com sua equipe e evitar o microgerenciamento. 3.1.2) AUTONOMIA
  • 19. Equipes multifuncionais são equipes que têm todas às habilidades necessárias para completar o projeto. Os futuros integrantes precisam atender aos pré-requisitos, possuindo não apenas o conhecimento, mas também o tempo necessário para se dedicar a suas tarefas. 3.1.3) MULTIFUNCIONALIDADE Por fim, a equipe precisa ter sempre em mente o objetivo final e o resultado que se espera alcançar. É importante que não se perca a noção do todo na realização de tarefas pontuais. Para isso, o líder desempenha o papel de alinhar e exibir os resultados conjuntos e condensados. 3.1.3) TRANSCEDÊNCIA
  • 20. LYI NG -IN Essa etapa é baseada na metodologia de inovação da Google, explicitada no livro “Sprint” do autor Jake Knapp. O período de Lying-in é o primeiro contato direto da equipe. Nesse período os membros são apresentados à ideia e é feito um esforço conjunto para identificar as melhores soluções e iniciar o processo de operacionalização. Podemos dividir em dois momentos: Mapeamento e Solução. 3.2
  • 21. Mapeamento Tendo em mente um processo de produção, apontar perguntas que devem ser respondidas para se alcançar o resultado. Para isso entramos em contato com especialistas e priorizamos os principais problemas que temos que resolver. Definir a ideia, onde queremos chegar? Listar as perguntas chave: E se falharmos? Como faremos tal coisa? Mapear a excussão: quem são os agentes, quais são as etapas? Perguntar aos especialistas "Como poderiamos?" - Transformar desafios em soluções
  • 22. Solução Pesquisar e repassar o que já foi feito na área na qual planeja-se desenvolver a inovação, adquirindo uma base técnica no assunto. Esboçar soluções individuais e decidir qual caminho seguir em conjunto. Por fim, elencar as tarefas, suas prioridades e criar backlog Entenda o que já foi proposto de solução no mercado. Esboce Soluções Decida a melhor alternativa Elenque todas as atividades que deverão ser feitas até o final do projeto Priorize as atividades Crie um backlog (O trello é uma ótima ferramente para isso)
  • 23. SP RI NT A partir dessa etapa nos baseamos na metodologia do livro “Scrum” do autor Jeff Sutherland. Dividiremos a execução em pequenas etapas chamadas sprints. Ao final dessas, devemos ter um produto viável do nosso projeto. Após a criação do Backlog o ciclo dos sprints é dividido em: Planejamento, Acompanhamento e Revisão do Sprint. 3.3
  • 24. Essa é a primeira reunião do Sprint, onde os membros e o líder determinarão quais tarefas do backlog serão realizadas no primeiro sprint. Além disso, será determinada a velocidade da equipe, ou seja, o prazo para o término dessas tarefas. 3.3.1) PLANEJAMENTO DO SPRINT No acompanhamento SCRUM, o líder deve entender, com uma periodicidade menor do que a do sprint, o que já foi feito, o que ainda será realizado e se existe algum entrave que bloqueia o fluxo da equipe, impedindo que opera da melhor forma. 3.3.2) ACOMPANHAMENTO DO SPRINT
  • 25. Na revisão do SPRINT o líder e a equipe analisam o que foi feito, destacando os erros e os acertos, a fim de melhorar para o próximo sprint. Nessa reunião também são decididos os próximos passos da equipe. Os sprints ocorrem ciclicamente até o fim da execução do projeto. 3.3.3) REVISÃO E RETROSPECTIVA DO SPRINT:
  • 27. ““Invista em pessoas. Porque? Tudo o que acontecer na sua ausência, esse é seu legado!” - Anderson Nascimento
  • 28. Mesmo após concluído, é importante para a equipe do projeto garantir a replicabilidade dele. Para isso três pontos são necessários: Divulgar os resultados para empresa, perpetuar o conhecimento adquirido e aprimorar continuamente a execução do projeto. 4.1) DIVULGAR RESULTADOS Para que depois de concluída, sua ideia continue relevante é importante que seus resultados sejam apresentados para empresa, não só como forma de transparência sobre o que foi feito e como foi feito, mas como forma de alinhamento, mostrando a empresa como sua ideia será aplicada no dia-a-dia da companhia.
  • 29. Perpetuando sua inovação você garante que o esforço realizado pela equipe se tornará um legado para a empresa. A primeira maneira de se fazer isso é através de um relatório. Este relatório conterá informação sobre o decorrer da execução, contendo seus principais gaps e seus acertos além de responder novamente o 5W2H. A segunda maneira, complementar a essa, é escrevendo uma metodologia. A metodologia é interessante para que a sua inovação possa ser aplicada de forma geral e replicada por outros consultores futuramente. Nela deve constar o passo-a- passo da execução da ideia, desde às etapas mais básicas até às mais complexas. 4.2) GESTÃO DO CONHECIMENTO
  • 30. Por fim, para que sua inovação se torne atemporal, é importante sempre mantê-la atualizada a realidade da empresa. Para isso é importante estar atento às aplicações e extrair feedbacks que possam complementar a metodologia. Ou seja, identificar problemas, e atuar para resolvê- los de forma contínua. 4.3) APRIMORAR
  • 32. Presidente Organizacional Arthur Lorenzo Gerente de Projetos Guilherme Nogueira Consultor Econômico Gabriel Leite