O documento apresenta informações sobre três gêneros textuais: crônica, dissertação argumentativa e considerações finais. Sobre a crônica, destaca-se que é um gênero informal onde o autor relata fatos do dia a dia de forma subjetiva. A dissertação argumentativa é caracterizada como um texto que explica e defende um posicionamento sobre um tema. Por fim, são fornecidos links para obter mais detalhes sobre os gêneros descritos.
4. • É um gênero onde o escritor irá desenvolver uma serie de fatos históricos ou de
temas atuais, fundamentados no âmbito cronológico. O texto promove uma
reflexão e interpretação dos fatos abrangendo fatos do dia a dia, ou algo não
tão relevante, por exemplo. É um gênero construído de forma informal. Os
textos podem ser escritos na 1ª e 3ª pessoa, apresentando marcas da
subjetividade pois o texto é redigido de acordo com a ótica do autor.
• É encontrado em jornais , revistas e textos literários.
• Apresenta um discurso direto, indireto ou misto.
5. Exemplos:
Você falou bem de mim pra ele, André? – Perguntou Mariana. / Mariana perguntou para André
se ele tinha falado bem dela para ele. / Mariana pergunta para André algo. Você falou bem de
mim pra ele? Ela estava angustiada.
• Pode fazer uso da ironia, duplos sentidos, jogos de palavras, conotações, fatos reais e etc.
As crônicas podem ser: Jornalísticas, históricas, narrativas, líricas, descritivas e etc.
Apresenta como padrão uma estrutura que contém: Introdução, argumentos e conclusão.
6. A luta e a lição!
Texto redigido de forma
informal, não preocupando-se
com dados técnicos
Retratação de fatos reais,
apresentando quando e onde o fato
ocorre
Apresenta sua visão própria em
relação ao fato
Título
Apresenta uma reflexão geral e
universal para os leitores.
7. Os anos passaram e o marido de Marisa já não mais morria de ciúmes. Até que um dia
descobriu num canto da lavanderia, rosas vermelhas com um cartão: Amo você. Assinado:
“Reginaldo”.
Reginaldo? O vizinho? O vizinho está enviando flores para minha esposa? Cretino!
João ficou desesperado. Chegava cedo do trabalho e procurava nas gavetas por alguma carta,
por algum sinal de adultério.
[...]
Rosas
- Isabel F. Furini
8. [...]
Um dia encontrou o vizinho na rua e avançou com o punho fechado. O homem correu para sua
casa, mas João, furioso, foi atrás dele. Reginaldo colocou a chave na fechadura, enquanto repetia:
- Você não entende... não é como você pensa, vizinho. João nem escutou e lhe deu vários socos
no nariz.
A irmã de Marisa ligou preocupada: “Encontrei sua vizinha fofoqueira, a Ritinha, e ela falou que
seu marido sabe que você tem um amante.”
Marisa, feliz, confessou: “Querida, paguei R$1.000 ao vizinho desempregado para que mandasse
flores, e mais R$ 2.000 para a cirurgia, mas valeu cada centavo. Meu marido me ama
novamente.”
Rosas
- Isabel F. Furini
9. ISSO É MUITA SABEDORIA
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso:
não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que
havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que
nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas
nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras
vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma
surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim,
repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só
caminho...o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
10. Preciso voltar ao mercado de trabalho!
Por que me puseram para fora? Por qual razão o desemprego bateu à minha porta? O
que fiz para merecer isso? Será que vai demorar muito a aparecer uma oportunidade?
Então, que surja logo, meu Deus!
Contas chegam sem parar. Água, luz, condomínio, cartões, impostos... São tantos, sem tê-
los como honrar. E agora, não tenho mais unhas para roer, nem cabelos para arrancar de
minha cabeça que não para de pensar numa saída.
Saída e a única coisa que busco neste momento. Palavra com hiato, acentuada, que
significa uma escapatória. Assim define-se saída. O desemprego parece um hiato na
nossa carreira, nas nossas pretensões. Parece muito mais longo do que imaginamos.
Sentimos nas dificuldades que passamos e na angústia que sentimos que se trata de uma
pausa nada agradável e salutar. Ou pode ser?
[...]
Jornal do leitor(crônicas) – Por Carlos Delano Rebouças
11. • É um gênero textual a qual presenciamos a fusão entra a dissertação e argumentação. De
grosso modo explanando, a dissertação é responsável pela explicação sobre um determinado
assunto, bastante aplicado nos meios informacionais. Quanto a argumentação, vemos a
inserção de seu ponto de vista e a elaboração da persuasão, tentando convencer o leitor do
texto sobre determinada(o) atitude/posicionamento do assunto. Tal fusão ocasiona um texto
desenvolvido a fim de explicar um acontecimento/tema e ao mesmo tempo convencer o leitor
a mudar suas opiniões e até mesmo suas práticas.
• Os textos são redigidos na forma culta da língua. São proferidos na 3ª pessoa.
• Apresentam ideias claras e objetivas, um posicionamento por parte do autor e uma proposta
de intervenção.
12. • Apresenta as seguintes estruturas: Introdução, desenvolvimento e sua conclusão – todos
apresentando parágrafos.
• Introdução: Retrata o tema da maneira mais geral possível, apresentando-o afim de despertar
a atenção do leitor. Apropria-se de vários recursos como as perguntas (as quais serão
respondidas ao longo do texto), estabelecimento de seu raciocínio diante o assunto que será
“desenrolado” diante as outras estruturas e etc. O fundamental aqui é ser o mais claro e
direto possível, alimentando o desejo de se continuar a ler (o leitor).
• Desenvolvimento: Aqui o autor irá reforçar o seu posicionamento, já existente na introdução.
Diante o assunto, desenvolverá sua tese de forma consciente com suas devidas justificativas.
Deverá ser claro e objetivo. O objetivo aqui é não gerar duvida alguma em relação aos seus
argumentos defendidos para quem recebe a mensagem, promovendo meios que convençam-
no de que sua tese está correta, sendo assim, persuadindo-o.
13. • Conclusão: Aqui o autor deve concluir todas as suas ideias de modo que nenhuma tenha
gerado reflexões ambíguas. Inicia-se a possível solução para o tema abordado, a chamada
proposta de intervenção. A proposta deve abranger todo o Estado em relação as estruturas
sociais e politicas. Pode haver a sintetização dos principais argumentos abordados no texto.
Cabe ao autor verificar se seu encerramento resultou em alguma contradição com alguma
ideia a qual foi abordada durante sua obra.
• Parágrafo: Está visível em toda a obra. Pode ser formado por vários períodos e seu tamanho
varia. Cada parágrafo deve estar conectado aos outros em relação a tese elaborada –
geralmente, essa ligação é dada por meio de conectivos e pronomes. Tais parágrafos podem
exibir ideias secundárias as quais devem estar ligadas a uma ideia geral, chamada de ideia-
núcleo.
14. Matheus Phelipe, 17 anos – Recife
O governo federal, visando reduzir os números de acidentes de trânsito e a fim de
conscientizar a população sobre o uso de bebidas alcoólicas por parte dos motoristas,
promoveu a implantação da Lei Seca. Tal medida acarreta na prisão de motoristas que
apresentem altas quantidades de álcool em seu organismo.
Os acidentes de trânsito estão se tornando cada vez mais frequentes. Apesar da Lei
Seca ter reduzido esse número, observamos mais uma vez o tratamento do efeito e não
da causa. Um motorista que bebe ao ser preso, dificilmente deixará de ingerir tais
bebidas. Outro fato é de que o sistema prisional é um local inapropriado para uma
pessoa que deveria mudar seus hábitos já que apresenta diversas fragilidades, tornando-
se um local de aprendizado de maus hábitos.
[...]
15. Matheus Phelipe, 17 anos – Recife
[...]
A Lei Seca se torna desproporcional por punir um indivíduo que passou toda a noite
bebendo na mesma dose que um cidadão que bebeu um copo de vinho de forma casual,
por exemplo. O sistema não deveria voltar-se para aqueles que realmente precisam
mudar suas práticas? Na teoria, sim. Porém não funciona conforme a mesma.
Com o advento da intensa campanha publicitária e com o aprimoramento da
fiscalização, a lei consegue reduzir o número de acidentes apesar deles ainda existirem. A
Lei já existe, para se tornar completamente funcional, é necessária a mudança das
práticas dos motoristas e não somente suas prisões. É cabível ao Estado a reestruturação
da lei – implementando novos recursos de abrangência que sejam destinados à educação
dos condutores.
16. É de conhecimento geral que o Brasil, em seu estado atual [atualmente], é um país laico, ou
seja, ocupa uma posição neutra no campo religioso. Isso leva [permite que] diversas
pessoas a manifestarem [manifestem] suas crenças ou até mesmo suas descrenças [sua
descrença], que é o ateísmo. Contudo, esse direito leva algumas pessoas que dizem ser
religiosas a conflituarem [entrar em conflito] com pessoas de outra religião, devido a [à]
falta de respeito que uma tem [umas têm] com a outra [as outras].
Em consequência disso, vê-se a todo instante, por exemplo, casos de pessoas de outras
crenças sendo contra as religiões afro-brasileiras, o candomblé. Essa contraposição chega a
tomar rumos violentos, não somente nesse caso, mas também em outras situações que vão
de insultos à violência física.
[...]
Nota: 3,5 – Redação sem título
http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/sem-titulo-078.jhtm
17. [...]
As críticas de crentes e descrentes é [são] um direito e deve ser respeitado [devem ser
respeitadas]. Entretanto, a violência verbal e/ou física contra aqueles que praticam certa
religião é, de fato, extrema ignorância, o que passa a ser crime.
Em vista dos argumentos apresentados, faz-se necessário a criação de uma lei de proteção
religiosa em que cada crença mereça ser igualmente valorizada como todas as outras
religiões. Além disso, aqueles que entram em determinada seita, primeiramente devem ser
mostrados as religiões existentes e, logo em seguida, serem orientados que deve existir
respeito mútuo entre elas.
Nota: 3,5 – Redação sem título
http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/sem-titulo-078.jhtm
18. [Introdução]
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil -
sobretudo em relação ao público infantil. Com o advento do meio técnico-científico informacional, as
crianças são inseridas de maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia
capitalista globalizada - a qual preconiza flexibilidade de produção, adequando-se às mais diversas
demandas. Faz-se necessário, portanto, uma preparação específica voltada para esse jovem público, a
fim de tornar tal transição saudável e gerar futuros consumidores conscientes.
[Fragmento de desenvolvimento – Primeiro parágrafo]
Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas. Os
carrinhos e bonecas deram lugar aos "smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a
infância das atuais gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um marketing voltado
especialmente para esse consumidor mirim - objetivando cativá-lo por meio de músicas, personagens e
outras estratégias persuasivas. Tal fator é corroborado com a criação de programas e até mesmo canais
voltados para crianças (como Disney, Cartoon Network e Discovery Kids), expandindo o conceito de
Indústria Cultural (defendido por filósofos como Theodor Adorno) - o qual aborda o uso dos meios de
comunicação de massa com fins propagandísticos.
Juan Costa da Costa, 16 anos – Belém do Pará