SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 173
O Aluno com altas
habilidades/superdotação e
a Inclusão Escolar
Profª Drª. Soraia Napoleão Freitas
soraianfreitas@yahoo.com.br
O QUE É EDUCAR?
É o processo em que o sujeito convive
com outro sujeito e, ao conviver com o
outro, se transforma,
espontaneamente, de maneira que seu
modo de viver se faz,
com o do outro
progressivamente, mais congruente
no espaço de
convivência.
EDUCAR OCORRE, PORTANTO, TODO O
TEMPO E DE MANEIRA RECÍPROCA!
(Maturana, 1998, p. 29)
O QUE SÃO NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS?
As necessidades educacionais especiais
não são parâmetros atribuídos somente
ao campo educacional. São
características pessoais que necessitam
uma orientação,
mobilização
um enfoque, uma
de recursos
educativos/educacionais para produzir um
desenvolvimento positivo do sujeito.
(Padrón, 2000)
E O QUE SÃO
ALTAS
HABILIDADES?
[...] determinados segmentos da comunidade permanecem
igualmente discriminados e à margem do sistema
educacional. É o caso dos superdotados, portadores de altas
habilidades, “brilhantes” e talentosos que, devido a
necessidades e motivações específicas – incluindo a não
aceitação da rigidez curricular e de aspectos do cotidiano
escolar – são tidos por muitos como trabalhosos e
indisciplinados, deixando de receber os serviços especiais
de que necessitam, como por exemplo o enriquecimento e
aprofundamento curricular. Assim, esses alunos muitas
vezes abandonam o sistema educacional, inclusive por
dificuldades de relacionamento.
(BRASIL, Parecer CNE/CEB Nº 17/2001, p. 19)
Altas Habilidades referem-se aos comportamentos observados e/ou
relatados que confirmam a expressão de “traços consistentemente
superiores” em relação a uma média (por exemplo: idade, produção ou
série escolar) em qualquer campo do saber ou do fazer. Deve-se
entender por “traços” as formas consistentes, ou seja, aquelas que
permanecem com freqüência e duração no repertório dos
comportamentos da pessoa, de forma a poderem ser registrados em
épocas diferentes e situações semelhantes. Esses educandos apresentam
envolvimento com a tarefa, traço que se refere a comportamentos
observáveis na demonstração de expressivo interesse, motivação e
empenho pessoal nas tarefas que realiza em diferentes áreas, e
criatividade, traço que diz respeito a comportamentos criativos
observáveis no fazer e no pensar, expressados em diferentes formas:
gestual, plástica, teatral, matemática ou musical, entre outras. [...].
Superdotados e Talentosos são indivíduos que, por suas habilidades
evidentes, são capazes de alto desempenho (Renzulli, 1988), têm
capacidade e potencial para desenvolver esse conjunto de traços e usá-
los em qualquer área potencialmente valiosa da realização humana, em
qualquer grupo social. (BRASIL, 1995a, p. 13)
Diretrizes gerais para o Atendimento Educacional aos
Alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação
“altas habilidades/superdotação, grande facilidade de
aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os
conceitos, os procedimentos e as atitudes”[...] e que, por
terem condições de aprofundar e enriquecer esses
conteúdos, devem receber desafios suplementares em classe
comum, em sala de recursos ou em outros espaços definidos
pelos sistemas de ensino, inclusive para concluir, em menor
tempo, a série ou etapa escolar.
(BRASIL, 2002, p. 45)
Resolução CNE/CEB Nº 2/01
“altas habilidades/superdotação, grande facilidade de
aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os
conceitos, os procedimentos e as atitudes”
Parecer Nº 17/01 CNE/CEB
DEFINIÇÃO:
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram
potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas,
isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de
tarefas em áreas de seu interesse. (SEESP, 2008, p. 9)
Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da
Educação Inclusiva
OUTRAS DEFINIÇÕES
O superdotado é
aquele indivíduo que,
quando comparado à
população geral,
apresenta uma
habilidade
significativamente
superior em alguma
área do conhecimento Alencar, 2001
OUTRAS DEFINIÇÕES
O comportamento de
superdotação consiste de
comportamentos que
refletem uma interação entre
três conjuntos (clusters)
básicos de traços:
habilidade acima da média,
envolvimento com a tarefa,
e criatividade
Renzulli, 1976
POR QUE DEFINIR A
SUPERDOTAÇÃO?
Ampliar o conceito da superdotação
para a comunidade, desfazendo
idéias errôneas
Conduzir os objetivos dos
programas de atendimento a esta
população, servindo de base para o
tipo de identificação e de serviços
fornecidos
Influenciar as políticas públicas na
área
❑ Grande parte dos
problemas
encontrados na área
pode também ser
proveniente de
inúmeros mitos a
respeito da
superdotação, que
são agravados pela
desinformação que,
em geral, a nossa
sociedade tem a
respeito deste tópico.
Alencar & Fleith, 2001
QUANTOS SÃO OS SUPERDOTADOS?
Do ponto de vista psicométrico (testes
de inteligência):
Considera-se apenas os talentos que
se destacam por suas habilidades
intelectuais ou acadêmicas
Nesta perspectiva, estima-se que 1
a 3% dos indivíduos de uma dada
população sejam superdotados.
QUANTOS SÃO OS SUPERDOTADOS?
m
o
m
Quando incluímos outros aspectos
à avaliação de superdotados, co
por ex.,liderança, criatividade,
competências artísticas e
psicomotoras, as estatísticas
sobre altas habilidades aumenta
significativamente, chegando a
abarcar uma porcentagem de
15 a 20% da população
(Reis e Renzulli, 1986)
SUPERDOTAÇÃO
A superdotação engloba tanto fatores
cognitivos, como não cognitivos (por
exemplo, afetivos, motivacionais, de
personalidade).
Para que se alcance um
desenvolvimento intelectual ótimo, é
necessário se considerar:
a forma com que o indivíduo funciona
em seu ambiente natural;
como ele interage com o seu contexto
social e cultural;
como percebe suas competências ou
áreas fortes, seu senso de valor e
auto-estima.
É necessário que os
alunos tenham
oportunidade de
expressar-se enquanto
pessoa, compreendendo
a importância da
experiência interior para
o amadurecimento
social, emocional e
intelectual.
MITO:
SUPERDOTAÇÃO
COMO SINÔNIMO
DE GENIALIDADE
TERMINOLOGIA
❑O termo “super” nos leva a
situar a superdotação como
capacidades que se situam
em um nível além do
apresentado por um ser
humano comum
❑Preferência pelo uso do
termo “altas habilidades”
(Brasil e Europa)
CONFUSÃO DE TERMINOLOGIAS
Gênio
i
o
(Feldman, 1991; Morelock e Feldman, 1993).
ERRO!
Precoce Prodígio
Terminologias: Precoce
• Indivíduo que
apresenta alguma
habilidade específica
prematuramente
desenvolvida em
qualquer área do
conhecimento.
• Ex: uma criança que lê
antes dos 4 anos; um
aluno que ingressa na
universidade aos 13.
(Feldman, 1991; Morelock e Feldman, 1993).
Correio Brasiliense,
18 de março de 2001
ERRO!
TERMINOLOGIAS: PRODÍGIO
• Refere- se àquelas crianças que,
em uma idade precoce (até 10
anos) demonstram um
desempenho ao nível de um
profissional adulto em algum
campo cognitivo específico.
• Exemplos:
– Mozart (música)
– Josh Waitzkin (xadrez)
– Marla Olmstead (pintura)
TERMINOLOGIAS: GÊNIO
• Implica na transformação de
um campo de conhecimento
com conseqüências
fundamentais e irreversíveis.
• O gênio seria aquele que,
além de deixar sua marca
pessoal no seu campo de
atuação, leva as pessoas a
pensarem de forma criativa e
diferente.
• Exemplos:
– Einstein, Freud, Leonardo
da Vinci, Stephen Hawkins.
Indicadores para observação (Zenita Guenther)
Indique em cada item os alunos de sua turma, menino ou menina, que,
na sua opinião, apresentam as seguintes características:
1) Os melhores da turma nas áreas de linguagem, comunicação e expressão;
2) Os melhores nas áreas de matemática e ciências;
3) Os melhores nas áreas de arte e educação artística;
4) Os melhores em atividades extracurriculares;
5) Mais verbais, falantes e conversadores;
6) Mais curiosos, interessados, perguntadores;
7) Mais participantes e presentes em tudo, dentro e fora da sala de aula;
8) Mais críticos com os outros e consigo próprios;
9) De melhor memória, aprendem e fixam com facilidade;
10)Mais persistentes, compromissados, chegam ao fim do que fazem;
11) Mais independentes iniciam o próprio trabalho e fazem sozinhos;
12)Entediados, desinteressados, mas não necessariamente atrasados;
13) Mais originais e criativos;
14) Mais sensíveis aos outros e bondosos para com os colegas;
15) Preocupados com o bem-estar dos outros;
16) Mais seguros e confiantes em si;
17) Mais ativos, perspicazes, observadores;
18) Mais capazes de pensar e tirar conclusões;
19) Mais simpáticos e queridos com os colegas;
20) Mais solitários e ignorados;
21) Mais levados, engraçados, "arteiros";
22) Que você considera mais inteligentes;
23) Com melhor desempenho em esportes e exercícios físicos;
24) Que sobressaem em habilidades manuais e motoras;
25) Que produzem respostas inesperadas e pertinentes;
26) Capazes de liderar e passar energia própria para animar o grupo.
Critérios para avaliar os sinais de talento:
Presença de pelo menos seis
dos itens: 4, 6, 9, 10, 11, 12, 17, 18, 21, 22, 25 ou pelo menos
quatro dos seguintes indicadores: 9, 11, 13, 17, 18, 22, 25.
Presença de pelo menos três dos seguintes itens:
1, 5, 7, 18, 22.
2, 9, 11, 18, 22.
Presença de pelo
menos quatro dos seguintes itens, ou três incluindo os nº3 e 13:
3, 8, 10, 13, 17, 25.
Presença de pelo menos quatro dos seguintes
itens: 4, 7, 14, 15, 16, 19, 26 ( a combinação dos itens 4, 7, 14, 15
parece indicar provável talento mas para indicar liderança deve-se
acrescentar os itens 16 e 26.
Presença dos itens: 4, 23 e 24
IDENTIFICAÇÃO DAS ALTAS
HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
ETAPAS DO PROCESSO DE
IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA
ETAPAS DO PROCESSO DE
IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA
•
ETAPAS DO PROCESSO DE
IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA
•
ATENDIMENTOEDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
Para Alunos com Altas
Habilidades/Superdotação
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
DECRETO 6.571/2008
PARECER CNE/CEB 13/2009
RESOLUÇÃO CNE/CEB 04/2009
O QUE É?
• “[...] o conjunto de atividades, recursos de
acessibilidades e pedagógicos organizados
institucionalmente, prestado de forma
complementar ou suplementar à formação dos
alunos no ensino regular”.
• O AEE deve integrar a proposta pedagógica da
escola, envolver a família e articular-se com as
demais políticas públicas.
(DECRETO 6.571, de 17 de setembro de 2008)
A QUEMSE DESTINA?
• Alunos com Deficiência
• Alunos com Transtornos Globais do
Desenvolvimento
• Alunos com Altas
Habilidades/Superdotação
DECRETO 6.571, de 17 de setembro de 2008
PARECER CNE/CEB Nº13, de 24 de setembro de 2009
RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009
EMQUE ESPAÇO?
• Sala de Recursos Multifuncionais na própria
escola ou em outra do ensino regular, no turno
inverso ao da escolarização;
• Centro de Atendimento Educacional
Especializado da rede pública ou de
instituições comunitárias, sem fins lucrativos,
conveniadas com as Secretarias de Educação
estaduais, municipais ou do DF, no turno
inverso ao da escolarização.
(RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009)
(RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009)
Nara Joyce Wellausen
Vieira - Novembro de
ARTIGO 7º
Os alunos com altas habilidades/superdotação
terão sua atividades de enriquecimento curricular
desenvolvidas no âmbito das escolas públicas
de ensino regular, em interface com os
NAAH/S e com as instituições de
ensino superior e institutos voltados ao
desenvolvimento e promoção de
pesquisa, das artes e dos esportes.
O MODELO DE ENRIQUECIMENTO
ESCOLAR
de Joseph Renzulli
JOSEPH RENZULLI
Pesquisador e
educador norte
americano, que
na década de 70
elaborou o
Modelo de
Enriquecimento
Escolar
HABILIDADE
ACIMA DA
MÉDIA
CRIATIVIDADE
ENVOLVIMENTO
COM A TAREFA
Renzulli, J. S. (1997). The Schoolwide Enrichment Model . CLP.
SD
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
CAPACIDADE
ACIMA DA
MÉDIA
ENVOLVIMENTO
COM A TAREFA
RENZULLI, S. The
Three-ring
conception of
giftedness: A
Developmental
Model for Creative
Productivity. In:
RENZULLI, S. e
REIS, Sally M. The
Triad Reader.
Connecticut :
Creative Learning
Press, 1986
PAH
CRIATIVIDADE
Potencial de desempenho representativamente
superior em qualquer área determinada do
esforço humano e que pode ser caracterizada
por dois aspectos:
habilidade geral: capacidade de processar as
informações, integrar experiências que resultem em
respostas adequadas e adaptadas a novas situações e a
capacidade de envolver-se no pensamento abstrato.
habilidades específicas: que consistem nas habilidades
de adquirir conhecimento e destreza numa ou mais
áreas específicas.
CAPACIDADE
ACIMA DA
MÉDIA
É o expressivo interesse que o sujeito
apresenta em relação a uma determinada
tarefa, problema ou área específica do
desempenho, e que caracteriza-se
especialmente pela motivação, persistência e
empenho pessoal nesta tarefa.
ENVOLVIMENTO
COM A TAREFA
Constitui o terceiro grupo de traços
característicos a todas as pessoas com altas
habilidades e define-se pela capacidade de
juntar diferentes informações para
encontrar novas soluções. Caracteriza-se
pela fluência, flexibilidade, sensibilidade,
originalidade, capacidade de elaboração e
pensamento divergente.
CRIATIVIDADE
Percepção de si mesmo/
auto-eficácia
Coragem
Caráter
Intuição
Charme ou carisma
Fortaleza do ego
Senso de destino
Atração pessoal
Origem socioeconômica
Personalidade dos pais
Nível de educação dos pais
Estímulos na infância
Interesses
Posição na família
Educação formal
Disponibilidade de modelos
Doenças físicas/bem-estar
Sorte
Zeitgeist (espírito da época)
Manifestações comportamentais das Altas
Habilidades/Superdotação:
Capacidade Acima da Média
Habilidade Geral
Manifestações comportamentais das Altas
Habilidades/Superdotação:
Capacidade Acima da Média
Habilidade Específica
Manifestações comportamentais das Altas
Habilidades/Superdotação:
Envolvimento com a Tarefa
Manifestações comportamentais das Altas
Habilidades/Superdotação:
Envolvimento com a Tarefa
Manifestações comportamentais das Altas
Habilidades/Superdotação:
Criatividade
ACADÊMICO
Bom Vocabulário
Busca por complexidade
Compreensão mais avançada
PRODUTIVO-
CRIATIVO
PRODUTIVO-CRIATIVO
(Renzulli, 1976,1979,2004)
Senso de humor refinado
Imaginação vívida
Habilidade de gerar idéias
Idealismo e senso de justiça
Níveis avançados de julgamento moral
(precoce)
CRIATIVIDADE PRODUTIVA
TEORIA DAS
INTELIGÊNCIAS
MÚLTIPLAS:
Gardner
INTELIGÊNCIA
LINGÜÍSTICA
Envolve sensibilidade para a língua falada e
escrita, a habilidade de aprender línguas e
a capacidade de usar a língua para atingir
certos objetivos (Gardner, 2000, p. 56).
INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA
locutores
advogados
escritores
poetas
jornalistas
INTELIGÊNCIA LÓGICO-
MATEMÁTICA
Envolve a capacidade de analisar problemas com
lógica, de realizar operações matemáticas e
investigar questões cientificamente. (Gardner,
2000, p. 56).
INTELIGÊNCIA LÓGICO-
MATEMÁTICA
matemáticos
cientistas
contadores
engenheiros
programadores
de computação
INTELIGÊNCIA
MUSICAL
Acarreta habilidade na atuação, na
composição e na apreciação de padrões
musicais (Gardner, 2000, p. 57).
luthiers
maestros
Compositores
ouvintes sensíveis da música
críticos musicais
INTELIGÊNCIA MUSICAL
INTELIGÊNCIA CORPORAL-
CINESTÉSICA
Acarreta o potencial de se usar o corpo
para resolver problemas ou fabricar
produtos (Gardner, 2000, p. 57).
atores
atletas
Dançarinos
artesões
INTELIGÊNCIA CORPORAL-
CINESTÉSICA
cirurgiões
mecânicos
cientistas
INTELIGÊNCIA
ESPACIAL
Tem o potencial de reconhecer e manipular os
padrões do espaço (aqueles usados, por exemplo,
por navegadores e pilotos), bem como os padrões
de áreas mais confinadas (como os que são
importantes para escultores, cirurgiões,
jogadores de xadrez, artistas gráficos e
arquitetos) (Gardner, 2000, p. 57).
jogadores
de xadrez pintores
INTELIGÊNCIA ESPACIAL
arquitetos
escultores
cirurgiões
Pilotos
designers
INTELIGÊNCIA
INTERPESSOAL
Denota a capacidade de entender as intenções, as
motivações e os desejos do próximo e,
conseqüentemente, de trabalhar de modo
eficiente com terceiros. (Gardner, 2000, p. 57).
clínicos
professores
líderes religiosos
líderes políticos
atores
INTELIGÊNCIA
INTERPESSOAL
Vendedores
INTELIGÊNCIA
INTRAPESSOAL
Envolve a capacidade de a pessoa se
conhecer, de ter um modelo individual de
trabalho eficiente – incluindo aí os próprios
desejos, medos e capacidades – e de usar
estas informações com eficiência para
regular a própria vida (Gardner, 2000, p.
58).
INTELIGÊNCIA
INTRAPESSOAL
Teólogos
filósofos
INTELIGÊNCIA
NATURALISTA
Envolve a capacidade de observar padrões
na natureza, identificando e classificando
objetos e compreendendo os sistemas
naturais e aqueles criados pelo homem.
(Campbell, Campbell e Dickinson, 2000, p.
22).
fazendeiros
botânicos
ecologistas
caçadores
paisagistas
INTELIGÊNCIA NATURALISTA
PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS
CARACTERÍSTICAS DOS SUPERDOTADOS
Característica: Adquire e retém informações
rapidamente.
Problema: Impaciente diante da lentidão dos
colegas; não gosta da rotina e da repetição.
Característica: Curiosidade intelectual e atitude
inquisitiva; motivação intrínseca; busca
significados.
Problema: Faz perguntas que incomodam ao
professor; tem vasta gama de interesses, esperando
o mesmo dos outros.
(Webb, 1994)
Característica: Amplo vocabulário e proficiência
verbal; tem amplas informações em áreas avançadas.
Problema: Torna-se entediado com a escola e colegas;
visto pelos outros como o "sabe tudo".
Característica: Pensamento crítico elevado; tem
altas expectativas; é auto-crítico e avalia os demais.
Problema: Intolerante ou crítico dos demais; pode
tornar-se desencorajado ou deprimido; perfeccionista.
Característica: Intensa concentração; longos
períodos de atenção em áreas de interesse;
persistência; comportamento dirigido a metas.
Problema: Resiste à interrupção; negligencia deveres
ou pessoas durante períodos de interesse focalizados;
obstinação.
PROBLEMAS
Característica: Sensibilidade e intensidade emocionais;
empatia com os outros; desejo de ser aceito.
Problema: Sensibilidade excessiva à crítica e/ou à
rejeição dos colegas; espera que os outros tenham
valores semelhantes; sente-se diferente e alienado.
Característica: Independente; prefere trabalho
individualizado; confiante em si mesmo.
Problema: Pode rejeitar o que é imposto pelos pais ou
colegas; não conformista.
Característica: Criativo; gosta de novas maneiras de fazer
as coisas.
Problema: É questionador e tende a rejeitar o que é tido
como conhecido; Seu pensamento e ação divergentes
podem levar à rejeição por parte dos pares e a ser visto
como diferente e fora de compasso.
O QUE NOS MOSTRA A HISTÓRIA?
❑O professor de música de
Beethoven uma vez disse que
como compositor, ele era “sem
esperança”
❑Isaac Newton - que descobriu o
cálculo, desenvolveu a teoria da
gravitação universal, originou as
três leis do movimento - tirava
notas baixas na escola.
❑Walt Disney foi despedido
pelo editor de um jornal
porque ele “não tinha boas
idéias e rabiscava demais”
❑Dr. Robert Jarvick foi
rejeitado por 15 escolas
americanas de medicina. Ele
inventou o coração artificial.
❑ John Kennedy recebia em seus
boletins constantes observações
de “baixo rendimento” e tinha
dificuldades em soletrar.
Albert Einstein tinha
dificuldades de ler e soletrar e foi
reprovado em matemática.
❑
É tarefa da escola:
• Estimular o desenvolvimento do
talento criador e da inteligência em
todos os seus alunos, e não só
naqueles que possuem um alto QI ou
que tiram as melhores notas;
• desenvolver comportamentos de
superdotação em todos aqueles que
têm potencial;
• desenvolver uma grande variedade
de alternativas ou opções para
atender as necessidades de todos os
estudantes.
(Treffinger &
Renzulli, 1986)
MITO:
OS SUPERDOTADOS
SÃO UM GRUPO
HOMOGÊNEO
MITO DO TAMANHO ÚNICO
❑Os superdotados não
são um grupo homogêneo
❑Necessitam de um
currículo diferenciado, que
atenda suas necessidades
escolares especiais e
suas habilidades
específicas
Feldhusen (1982)
MITO:
OS SUPERDOTADOS
SERÃO SEMPRE
SUPERDOTADOS
(a) a superdotação emerge ou “se
esvai” em diferentes épocas e
sob diferentes circunstâncias da
vida de uma pessoa; assim, os
comportamentos de
superdotação podem ser
exibidos em certas crianças (mas
não em todas elas) em alguns
momentos (não em todos os
momentos) e sob certas
circunstâncias (e não em todas
as circunstâncias de sua vida)
ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO A ALUNOS
COM AH/SD:
O ENRIQUECIMENTO EXTRA
E INTRACURRICULAR
Nosso objetivo hoje, é discutir e sugerir
possíveis estratégias para o
enriquecimento extra e intracurricular, ou
seja, estratégias que poderão contribuir
para que o professor do AEE -
atendimento educacional especializado e o
professor de sala de aula regular possam
trabalhar com esse aluno.
Para isso é fundamental conhecer o aluno:
-as inteligências nas quais ele ou ela se destaca;
-o tipo de AH/SD;
-todas as informações possíveis que possam ser encontradas sobre
o aluno,
-o seu estilo de aprendizagem,
-o seu estilo de manifestação do conhecimento, etc. e
-os recursos de que dispomos.
Essas informações ajudam a delinear estratégias
pedagógicas adequadas aos alunos com AH/SD e também a
todos os demais alunos.
Que instrumentos
podemos usar para coletar
informações sobre nossos
alunos?
Entrevistas com o aluno, familiares e/ou outros
profissionais
As entrevistas com o próprio aluno, com familiares
próximos e/ou com profissionais que possam estar
atendendo-o em outras áreas (psicólogos, professores de
atividades extraescolares, supervisores, orientadores,
professores de séries anteriores), com profissionais da
sua área de destaque, que possam avaliar o nível do
trabalho desenvolvido por ele ou contribuir com mais
informações sobre ele, podem ser extremamente úteis
para organizar o atendimento educacional especializado
para esse aluno.
Ficha de áreas de destaque, formas de apresentação
e de aprendizagem e interesses
Essa ficha, que pode ser preenchida pelo
professor ao longo de um período determinado
(por exemplo, no primeiro bimestre), permite ter
uma visão geral da turma toda quanto a áreas
mais fortes, formas preferidas dos alunos para
mostrar seus produtos, formas de aprendizagem
e maiores interesses.
Ficha de Indicadores de AH/SD por inteligência
Que como a anterior, pode ser preenchida pelo
professor ao longo de um determinado período
com as informações de todos os alunos da
turma.
Ela permite registrar os indicadores que
chamam a atenção em uma ou mais
inteligências e a pensar atividades que
contribuam para o seu desenvolvimento. Com
estas informações, o professor de sala de aula
pode: programar atividades específicas para
esses alunos, combinar atividades que utilizem a
inteligência de maior destaque em disciplinas
que não a contemplem e propor formas de
Ficha de identificação dos alunos com AH/SD por
tipo e atividades propostas
Esta ficha pode ser preenchida da mesma forma que as anteriores, permite
que o professor registre atividades mais adequadas ao tipo de aluno.
Conhecendo o tipo de AH/SD (acadêmico, produtivo-criativo ou misto) pode,
por exemplo, planejar atividades que utilizem mais o pensamento divergente
e indutivo para os alunos produtivo-criativos ou, ao contrário, que contribuam
para que eles desenvolvam mais o pensamento convergente e dedutivo que
é mais acentuado nos alunos do tipo acadêmico.
A Ficha também permite que o professor registre informações mais
detalhadas sobre as características de cada tipo, o que favorecerá a
compreensão de alguns comportamentos desses alunos que, em
determinadas situações, podem ser considerados como problemas.
O Portfólio Total do Talento
É uma forma sistemática de coletar, registrar
e utilizar informações sobre os pontos fortes
e habilidades (e pontos fracos, também) de
cada aluno para ajudar aos professores, aos
alunos e a seus pais.
O Portfólio Total do Talento
Objetivos
Quais são as melhores coisas que
conhecemos e podemos registrar sobre o
melhor trabalho de um aluno?
Quais são as melhores formas
em que podemos utilizar estas
informações para alimentar e
desenvolver os talentos de um
aluno?
O Portfólio Total do Talento é uma pasta
individual do aluno, que cumpre a dupla função
de conhecê-lo e registrar seu processo de
desenvolvimento; ela coleta informações sobre
suas habilidades, interesses, estilos de
aprendizagem e de estudo, áreas de potencial,
atividades extracurriculares, metas e objetivos,
assim como atividades que o aluno desenvolve
(RENZULLI e REIS, 1997).
O Portfólio tem sido proposto e usado por
docentes e escolas no Brasil e no mundo e é
uma alternativa viável, econômica e eficiente. (Ver
CAMPBELL, CAMPBELL e DICKINSON, 2000; PURCELL e RENZULLI,
1998; FERREIRA e BUENO, 2005)
O Portfólio Total do Talento
HABILIDADES
INTERESSES
INFORMAÇÕES
SOBRE
ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
O Portfólio Total do Talento
INFORMAÇÕES DE SITUAÇÃO
INFORMAÇÕES DA AÇÃO
METAS E ATIVIDADES
EXTRACURRICULARES
REGISTRO DAS AÇÕES PARA FOMENTAR
O DESENVOLVIMENTO DO TALENTO
INFORMAÇÕES DE
SITUAÇÃO
O que já sabemos do aluno, o
que podemos constatar no dia
a dia . . .
INFORMAÇÕES DA AÇÃO
As coisas novas que aprendemos sobre o aluno
Currículo regular e atividades de enriquecimento
(geralmente avaliados pelo professor)
Mensagens de Informações da Ação (preenchidas pelo
aluno ou pelo professor) - permitem elaborar um Plano
de Trabalho para o aluno
Trabalhos e Produtos do Aluno (o aluno escolhe o que
quer colocar na pasta – redações, fotos de trabalhos
3D, fotos de apresentações, músicas, etc.)
Mensagem de Informações sobre a Ação
Formulário preenchido pelo professor para o
professor da sala de recursos ou Coordenador
do Programa de Enriquecimento.
Área Geral do Currículo:
Idéia para a investigação:
No espaço a seguir, faça uma breve descrição dos sinais
de elevado nível de comprometimento com a tarefa ou
criatividade do aluno ou do pequeno grupo de alunos.
Indique as idéias que você tiver de atividades avançadas,
os recursos sugeridos e as formas de focalizar o interesse
em uma experiência investigativa de primeira categoria.
Ficha de levantamento de recursos comunitários
Um instrumento simples que pode ser utilizado para criar um banco de dados dos
recursos comunitários. Fonte: elaborado por PÉREZ, S. G. P. B. (2007)
Este banco de recursos é uma iniciativa simples que a escola poderia
confeccionar ao início do ano letivo, registrando os interesses, hobbies, atividades
extracurriculares da sua comunidade (docentes, funcionários, alunos e familiares),
os recursos que a comunidade próxima da escola ou a cidade possui (empresas
comerciais, entidades comunitárias, academias, instituições de ensino médio e
superior, de ensino de línguas, escritórios de advocacia, arquitetura e engenharia,
bibliotecas, cinemas, teatros, museus, videolocadoras, postos de saúde, grupos
musicais e de dança, clubes, grafiteiros, outros profissionais, etc.), que já podem ir
sendo associados à inteligência mais utilizada nas atividades desenvolvidas por
essas pessoas ou instituições.
Este é um reservatório riquíssimo, muito útil quando forem
identificados os interesses dos alunos e organizadas as atividades de
enriquecimento intra e extracurriculares e que também pode facilitar a busca
de parceiros para implementar o SEM, e não apenas os agrupamentos de
enriquecimento, como propõem Renzulli e Reis (1997).
Que estratégias pedagógicas podem ser
desenvolvidas?
Existem dois grupos de estratégias
de enriquecimento que podem ser
utilizadas para compor uma proposta de
modelo de atendimento: extracurriculares
e intracurriculares.
METAS E ATIVIDADES EXTRA-
CURRICULARES
Apresentações artísticas;
Artesanato;
Participação em projetos fora da escola;
Aulas particulares;
Feiras de ciência;
Campeonatos esportivos...
Concursos de pintura, desenho, música, fotografia...
Corais, grupos de dança;
Atividades comunitárias...
Modelo Triádico de Enriquecimento
ATIVIDADES
EXPLORATÓRIA
S GERAIS
TIPO I
ATIVIDADES DE
TREINAMENTO
EM GRUPO
TIPO II
INVESTIGAÇÕES DE
PROBLEMAS REAIS INDIVIDUAIS
E EM PEQUENOS GRUPOS
TIPO III
PRODUTOS REAIS INDIVIDUAIS E EM
PEQUENOS GRUPOS QUE EVOLUÍRAM A
PARTIR DE UMA ATIVIDADE DO TIPO III
TIPO IV
ATIVIDADES DO TIPO I
Atividades ou experiências que
exponham os alunos a uma grande
variedade de disciplinas, tópicos,
questões, ocupações, hobbies,
pessoas, lugares e eventos que
normalmente não são contemplados
pelo currículo do ensino regular
ENRIQUECIMENTO DO TIPO I
(Atividades Exploratórias Gerais)
Definição:
Experiências e atividades propositalmente elaboradas
para expor os alunos a uma ampla variedade de
disciplinas, tópicos, assuntos, profissões, hobbies,
pessoas, lugares e eventos que geralmente não estão
incluídos no currículo regular.
População-alvo:
Todos os alunos da escola.
QUE?
ENRIQUECIMENTO DO TIPO I
Objetivos:
1) Enriquecer a vida de todos os alunos ampliando o
alcance de experiências não abrangidas pelas escola.
2) Estimular novos interesses que poderão levar a uma
atividade mais aprofundada (Tipo III) por parte de
alunos ou pequenos grupos de alunos.
3) Oferecer aos professores diretrizes para tomar
decisões significativas sobre os tipos de atividades
de Enriquecimento do Tipo III que deverão ser
escolhidas para determinados grupos de alunos.
ENRIQUECIMENTO DO TIPO I
Escolha dos Temas:
1) Alunos (Questionários, redações, debates...);
2) Equipe da escola (Brainstorm, levantamentos de
interesses).
ENRIQUECIMENTO DO TIPO I
Fontes dos Temas:
1) Equipe escolar
2) Pais
3) Órgãos públicos, organizações e associações profis-
sionais
4) Escolas superiores e universidades
5) Empresas públicas e privadas, academias, clubes,
escolas de música, museus,bibliotecas, cinemas...
6) Aposentados
7) Alunos (turmas mais avançadas, de atividades do tipo
III, de outras escolas)
8) Meios de comunicação (jornais, revistas, rádio, TV)
9) Internet
-Palestras na Escola;
- Conversando sobre música;
- Clube de xadrez;
- Visita a museus . . .
Identificando o interesse por aviões na SRDP da Escola Ceará (POA)
OFICINA DE GARRAFAS PET OFERECIDA POR UMA
MERENDEIRA DA ESCOLA
ATIVIDADES DO TIPO II
Métodos instrucionais e materiais
que promovam o desenvolvimento
de habilidades técnicas,
habilidades de pensamento e
processos afetivos
ENRIQUECIMENTO DO TIPO II
(Atividades de Treinamento em Grupo)
Métodos e materiais instrucionais propositalmente
elaborados para promover o desenvolvimento dos processos
de pensamento e sentimento e de habilidades específicas
em áreas não cognitivas.
População-alvo:
Todos os alunos da escola
Alunos da Sala de Recursos
As atividades de enriquecimento do Tipo II podem ser
desenvolvidas durante vários anos, em diferentes séries,
disciplinas e/ou áreas.
COMO?
ENRIQUECIMENTO DO TIPO II
Objetivos:
1) Desenvolver habilidades gerais de pensamento criativo e
resolução de problemas e pensamento crítico;
2) Desenvolver uma ampla gama de habilidades específicas
para aprender a fazer e usar adequadamente materiais de
referência de nível avançado, tais como fazer anotações,
entrevistar, classificar e analisar dados, tirar conclusões,
desenvolver técnicas específicas de dança, condicionamen-
to físico, técnicas esportivas, solfejo, leitura e escrita de
partituras, tocar um instrumento musical, técnicas de pin-
tura, escultura, desenho, design, técnicas laboratoriais,
metodologia de pesquisa, dramatização, expressão corpo-
ral, pesquisas bibliográficas em bibliotecas, resumos,
softwares de computação, webdesign, programação, etc.)
ENRIQUECIMENTO DO TIPO II
Objetivos:
3) Desenvolver processos afetivos, tais como sentir, apreciar
e valorizar.
4) Desenvolver habilidades de comunicação escrita, oral e
visual direcionadas para a maximização do impacto dos
produtos dos alunos nos públicos-alvos (Por ex: oratória,
montagem de exposições e exibições, feiras de ciências,
apresentação de espetáculos de música, teatro, dança,
cenografia, etc.)
ENRIQUECIMENTO DO TIPO II
Processos a serem desenvolvidos:
I. Treinamento cognitivo
II. Treinamento afetivo
III. Aprender a aprender
IV. Uso de habilidades avançadas de pesquisa e mate-
riais de referência
V. Desenvolvimento de habilidades de comunicação es-
crita, oral e visual
VI. Desenvolvimento de habilidades específicas à área
de interesse
Curso: Anilhamento de Aves
Produção de máscaras
GRUPO DE TEATRO
Oficina de Literatura
Orientação: Silvana Mota, Iderle Araujo e Jane Sprenger Coordenação: Denise Matos
e Paula Sakaguti
Cursos de serpentes, de
morcegos e de aranhas,
na Universidade Tuiuti
AEROCLUBE DE PORTO ALEGRE
Oficinas (xadrez, pintura em tela, desenho, sabão ecológico)
ATIVIDADES DO TIPO III
Atividades de investigação e produção
artística, onde o aluno assume o papel
de “aprendiz de primeira mão” e
“produtor de conhecimento”, ele deve
pensar, sentir e agir como um
profissional da área.
ENRIQUECIMENTO DO TIPO III
(Investigações individuais ou em
pequenos grupos de problemas reais)
Definição:
Atividades investigativas e produções artísticas nas quais
o aluno assume o papel de um investigador de primeira
categoria, pensando, sentindo e agindo como um profis-
sional.
População-alvo:
Alunos ou pequenos grupos que demonstrem interesse real
em temas ou problemas específicos e que mostrem von-
tade de desenvolvê-los em níveis avançados de envolvi-
mento.
FAZER
ENRIQUECIMENTO DO TIPO III
Objetivos:
1)Oferecer oportunidades nas quais os alunos possam aplicar seus
interesses, conhecimento, idéias criativas e envolvimento com a
tarefa a um problema de sua escolha numa área de estudo.
2) Adquirir um nível avançado de compreensão do conhecimento
(conteúdo) e metodologia (processo) utilizados numa determinada
disciplina, área artística ou estudos interdisciplinares.
3) Desenvolver produtos autênticos elaborados principalmente para
ter um determinado impacto em determinado público.
4) Desenvolver habilidades de aprendizagem independente nas áreas
de planejamento, tomada de decisões e auto-avaliação.
5) Desenvolver envolvimento com a tarefa, autoconfiança, sentimentos
de realização criativa e a capacidade de interagir efetivamente
com outros alunos, professores e pessoas com níveis avançados de
interes-se e experiência em uma área comum de envolvimento.
Escola Estadual de Ensino
Fundamental Ceará (Porto
Alegre)
Sala de Recursos e
Desenvolvimento de Potenciais
Professora Sandra Regina
Cecato Da’Lago
O ESPETÁCULO...
Produzindo os textos
Ilustração do livro de Neuropsicologia para Crianças
Alunos: Breno Sakaguti e Lucas Araujo
Orientação: Eugênio de Paula
Coordenação: Denise Matos e Paula Sakaguti
ATIVIDADES DO TIPO IV
(Resultado do avanço de investigações
individuais ou em pequenos grupos de
problemas reais)
Definição:
Atividades e produções artísticas ou de pesquisa que
derivam de atividades do tipo III e geralmente têm um
impacto social mais amplo.
População-alvo:
Alunos ou pequenos grupos que demonstrem interesse real
em aprofundar o desenvolvimento de produtos a partir de
atividades do tipo III ou desenvolver produtos mais
avançados.
FAZER MAIS
- 2006 Lançamento do Livro
- 2007 Congresso Cérebro e Pensamento - USP
FORMAS DE ATENDIMENTO – Uma intervenção
pedagógica.
SEGREGAÇÃO - Agrupar, por algum tempo, em turmas
especiais ou escolas especiais alunos
identificados como P.A.H.
CRÍTICA: • Critério para o agrupamento – intelectual;
• Inviabiliza convívio com os diferentes;
•Grupo P.A.H não é homogêneo pois seus
talentos variam bastante.
ACELERAÇÃO - Programa escolar cumprido em
menor espaço de tempo do que
propõe a escola.(entrada precoce,
saltar série(s)). Envolve: família,
escola e o próprio aluno.
CRÍTICA: Se utilizado com o intuito de resolver
problema da escola(indisciplina) deixa
de atender o aluno ( maturidade,
emocional, coordenação motora fina.
ENRIQUECIMENTO - •Oficinas ou atividades extra-classe.
(projetos, pesquisas,etc);
•Flexibilização do currículo(PCNs como
referência);
• Adaptação e compactação do currículo
“Com verdadeiro pessimismo pode-se escrever
contra a educação, mas o otimismo é
imprescindível para estudá-la e para exercê-la. Os
pessimistas podem ser bons domadores, mas não
bons professores.” (Savater, 2000).
• ERA UMA VEZ . . .
• O ALUNO LUCAS . . .
Lucas adora brincar. Seus maiores problemas são
causados pelo Charada, pelo Coringa e pelo Pingüim,
mas no fim da brincadeira o Batman sempre dá um
jeito e vence esses gênios do mau.
Lucas, assim como tantas outras crianças, foi para
escola todo feliz, imaginando que lá seria um lugar
muito legal.
Lucas descobriu que a escola não era tão legal. Enquanto
a professora falava ele pensava em um milhão de coisas
que poderia estar fazendo e que eram bem mais
interessantes do que ficar ali parado, sentado, imóvel.
Como vivia no mundo da lua, Lucas não compreendia a
matéria e se dispersava até com um mosquito.
Mas, a situação piorou. Chegaram as provas e com
elas vieram as notas baixas.
Lucas não entendia o que a professora falava, e por
sua vez a professora também não compreendia Lucas.
Para Lucas a professora era uma bruxa malvada
que o fazia ficar sentado numa linda tarde de sol... E
pior, lhe dava notas baixas, motivo pelo qual seus
coleguinhas riam muito.
No recreio, que antes era a melhor hora da escola,
Lucas já não se divertia mais. Nem mesmo era convidado
para participar das brincadeiras.
Lucas descobriu que a escola era aterrorizante e bem
diferente da escola que havia imaginado. Lá aprendeu
que os problemas não são tão facilmente resolvidos
como nas brincadeiras com o Batman.
Lucas começou a trocar suas horas de lazer por mais
tempo sentado frente aos cadernos e livros.
Mas novamente, na hora da prova, deu branco e Lucas
não lembrou nada do que havia estudado.
Mas, sua desatenção era apenas na escola.
Lucas foi crescendo e foi descobrindo que tinha
facilidade em desmontar, montar e consertar muitas
coisas. Isso foi um passo para se apaixonar por Física,
Matemática, Química e tantas outras matérias.
Lucas transformou o monstro escola num bichinho amigo.
Hoje Lucas é um cientista envolvido com inúmeras
pesquisas. Mas, quantos de nossos alunos terão a sorte
de Lucas?
“Operacionalizar a
‘inclusão escolar’ de
todos os alunos,
independentemente de
classe, raça, gênero,
sexo ou características
individuais é o grande
desafio a ser
enfrentado, numa clara
demonstração do
respeito à diferença.”
(Diretrizes Curriculares da
Educação Especial, 2001, p.21)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Altas habilidades na inclusão escolar

Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - I
Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - ISessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - I
Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - ICristina Couto Varela
 
Superdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoSuperdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoUFSM
 
Superdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoSuperdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoUFSM
 
Ft workshop competências do século xxi
Ft workshop competências do século xxiFt workshop competências do século xxi
Ft workshop competências do século xxiRafael Parente
 
A Identificação do Aluno com Altas Habilidades
A  Identificação do Aluno com Altas HabilidadesA  Identificação do Aluno com Altas Habilidades
A Identificação do Aluno com Altas HabilidadesApahsdf
 
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...Jeca Tatu
 
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01Glicéria Gil
 
Altas inteligências me004719
Altas inteligências me004719Altas inteligências me004719
Altas inteligências me004719Cesimar Barros
 
Altas habilidades/Superdotação
Altas habilidades/SuperdotaçãoAltas habilidades/Superdotação
Altas habilidades/SuperdotaçãoPatricia Bampi
 
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide HumbertoJacSouzaPere
 
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃOALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃOProf. Noe Assunção
 
Psicologia escolar e Educacional
Psicologia escolar e EducacionalPsicologia escolar e Educacional
Psicologia escolar e Educacionalmluisavalente
 
Educar momentos com os professores.. .pdf
Educar momentos com os professores.. .pdfEducar momentos com os professores.. .pdf
Educar momentos com os professores.. .pdfLucianaAlves773996
 

Semelhante a Altas habilidades na inclusão escolar (20)

Palestra.Se.Sao.Paulo 1 Denise.Souza.Fleith
Palestra.Se.Sao.Paulo 1 Denise.Souza.FleithPalestra.Se.Sao.Paulo 1 Denise.Souza.Fleith
Palestra.Se.Sao.Paulo 1 Denise.Souza.Fleith
 
Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - I
Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - ISessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - I
Sessão de formação - gestão de conflitos: dinâmicas de grupo - I
 
Superdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoSuperdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelho
 
Superdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelhoSuperdotação luciane coelho
Superdotação luciane coelho
 
Ft workshop competências do século xxi
Ft workshop competências do século xxiFt workshop competências do século xxi
Ft workshop competências do século xxi
 
A Identificação do Aluno com Altas Habilidades
A  Identificação do Aluno com Altas HabilidadesA  Identificação do Aluno com Altas Habilidades
A Identificação do Aluno com Altas Habilidades
 
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...
Ga stela vc_como aprendem _pessoas_jovens_adultas_revisado2_final_27_08_2013_...
 
Perfil cidadao pre-escolar
Perfil cidadao pre-escolarPerfil cidadao pre-escolar
Perfil cidadao pre-escolar
 
Perfil cidadao pre-escolar
Perfil cidadao pre-escolarPerfil cidadao pre-escolar
Perfil cidadao pre-escolar
 
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01
Perfilcidadaopre escolar-101005075551-phpapp01
 
Altas inteligências me004719
Altas inteligências me004719Altas inteligências me004719
Altas inteligências me004719
 
6 relacionamento professor aluno
6 relacionamento professor aluno6 relacionamento professor aluno
6 relacionamento professor aluno
 
Altas habilidades/Superdotação
Altas habilidades/SuperdotaçãoAltas habilidades/Superdotação
Altas habilidades/Superdotação
 
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide
ALTAS HABILIDADES SUPERDOTAÇÃO slide
 
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃOALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO
 
Psicologia escolar e Educacional
Psicologia escolar e EducacionalPsicologia escolar e Educacional
Psicologia escolar e Educacional
 
Educar momentos com os professores.. .pdf
Educar momentos com os professores.. .pdfEducar momentos com os professores.. .pdf
Educar momentos com os professores.. .pdf
 
Criatividade
CriatividadeCriatividade
Criatividade
 
Teorias da Inteligência
Teorias da InteligênciaTeorias da Inteligência
Teorias da Inteligência
 
Altas habilidades
Altas habilidadesAltas habilidades
Altas habilidades
 

Mais de DANIELADEOLIVEIRA34

Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicação
Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicaçãoComunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicação
Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicaçãoDANIELADEOLIVEIRA34
 
Mapa mental da elaboração do componente eletiva
Mapa mental da elaboração do componente eletivaMapa mental da elaboração do componente eletiva
Mapa mental da elaboração do componente eletivaDANIELADEOLIVEIRA34
 
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptx
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptxSlides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptx
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptxDANIELADEOLIVEIRA34
 
Apresentação PJB 2023_15-05.pptx
Apresentação PJB 2023_15-05.pptxApresentação PJB 2023_15-05.pptx
Apresentação PJB 2023_15-05.pptxDANIELADEOLIVEIRA34
 
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptxDANIELADEOLIVEIRA34
 
Colegiados e Projeto de Vida.pptx
Colegiados e Projeto de Vida.pptxColegiados e Projeto de Vida.pptx
Colegiados e Projeto de Vida.pptxDANIELADEOLIVEIRA34
 

Mais de DANIELADEOLIVEIRA34 (8)

Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicação
Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicaçãoComunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicação
Comunicação Virtual - mapa conceitual sobre comunicação
 
Mapa mental da elaboração do componente eletiva
Mapa mental da elaboração do componente eletivaMapa mental da elaboração do componente eletiva
Mapa mental da elaboração do componente eletiva
 
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptx
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptxSlides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptx
Slides do Novo Itinerários Formativos (1) [Salvo automaticamente].pptx
 
AVALIAÇÃO (2).pptx
AVALIAÇÃO (2).pptxAVALIAÇÃO (2).pptx
AVALIAÇÃO (2).pptx
 
Apresentação PJB 2023_15-05.pptx
Apresentação PJB 2023_15-05.pptxApresentação PJB 2023_15-05.pptx
Apresentação PJB 2023_15-05.pptx
 
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx
27 03 23 PRODUÇÃO DE TEXTO-1.pptx
 
Colegiados e Projeto de Vida.pptx
Colegiados e Projeto de Vida.pptxColegiados e Projeto de Vida.pptx
Colegiados e Projeto de Vida.pptx
 
slides_efafem_mat_31.8 (1).pptx
slides_efafem_mat_31.8 (1).pptxslides_efafem_mat_31.8 (1).pptx
slides_efafem_mat_31.8 (1).pptx
 

Último

Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Último (20)

Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

Altas habilidades na inclusão escolar

  • 1. O Aluno com altas habilidades/superdotação e a Inclusão Escolar Profª Drª. Soraia Napoleão Freitas soraianfreitas@yahoo.com.br
  • 2. O QUE É EDUCAR? É o processo em que o sujeito convive com outro sujeito e, ao conviver com o outro, se transforma, espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz, com o do outro progressivamente, mais congruente no espaço de convivência. EDUCAR OCORRE, PORTANTO, TODO O TEMPO E DE MANEIRA RECÍPROCA! (Maturana, 1998, p. 29)
  • 3. O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS? As necessidades educacionais especiais não são parâmetros atribuídos somente ao campo educacional. São características pessoais que necessitam uma orientação, mobilização um enfoque, uma de recursos educativos/educacionais para produzir um desenvolvimento positivo do sujeito. (Padrón, 2000)
  • 4. E O QUE SÃO ALTAS HABILIDADES?
  • 5. [...] determinados segmentos da comunidade permanecem igualmente discriminados e à margem do sistema educacional. É o caso dos superdotados, portadores de altas habilidades, “brilhantes” e talentosos que, devido a necessidades e motivações específicas – incluindo a não aceitação da rigidez curricular e de aspectos do cotidiano escolar – são tidos por muitos como trabalhosos e indisciplinados, deixando de receber os serviços especiais de que necessitam, como por exemplo o enriquecimento e aprofundamento curricular. Assim, esses alunos muitas vezes abandonam o sistema educacional, inclusive por dificuldades de relacionamento. (BRASIL, Parecer CNE/CEB Nº 17/2001, p. 19)
  • 6. Altas Habilidades referem-se aos comportamentos observados e/ou relatados que confirmam a expressão de “traços consistentemente superiores” em relação a uma média (por exemplo: idade, produção ou série escolar) em qualquer campo do saber ou do fazer. Deve-se entender por “traços” as formas consistentes, ou seja, aquelas que permanecem com freqüência e duração no repertório dos comportamentos da pessoa, de forma a poderem ser registrados em épocas diferentes e situações semelhantes. Esses educandos apresentam envolvimento com a tarefa, traço que se refere a comportamentos observáveis na demonstração de expressivo interesse, motivação e empenho pessoal nas tarefas que realiza em diferentes áreas, e criatividade, traço que diz respeito a comportamentos criativos observáveis no fazer e no pensar, expressados em diferentes formas: gestual, plástica, teatral, matemática ou musical, entre outras. [...]. Superdotados e Talentosos são indivíduos que, por suas habilidades evidentes, são capazes de alto desempenho (Renzulli, 1988), têm capacidade e potencial para desenvolver esse conjunto de traços e usá- los em qualquer área potencialmente valiosa da realização humana, em qualquer grupo social. (BRASIL, 1995a, p. 13) Diretrizes gerais para o Atendimento Educacional aos Alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação
  • 7. “altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes”[...] e que, por terem condições de aprofundar e enriquecer esses conteúdos, devem receber desafios suplementares em classe comum, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para concluir, em menor tempo, a série ou etapa escolar. (BRASIL, 2002, p. 45) Resolução CNE/CEB Nº 2/01 “altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes” Parecer Nº 17/01 CNE/CEB
  • 8. DEFINIÇÃO: Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. (SEESP, 2008, p. 9) Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
  • 9. OUTRAS DEFINIÇÕES O superdotado é aquele indivíduo que, quando comparado à população geral, apresenta uma habilidade significativamente superior em alguma área do conhecimento Alencar, 2001
  • 10. OUTRAS DEFINIÇÕES O comportamento de superdotação consiste de comportamentos que refletem uma interação entre três conjuntos (clusters) básicos de traços: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa, e criatividade Renzulli, 1976
  • 11. POR QUE DEFINIR A SUPERDOTAÇÃO? Ampliar o conceito da superdotação para a comunidade, desfazendo idéias errôneas Conduzir os objetivos dos programas de atendimento a esta população, servindo de base para o tipo de identificação e de serviços fornecidos Influenciar as políticas públicas na área
  • 12. ❑ Grande parte dos problemas encontrados na área pode também ser proveniente de inúmeros mitos a respeito da superdotação, que são agravados pela desinformação que, em geral, a nossa sociedade tem a respeito deste tópico. Alencar & Fleith, 2001
  • 13. QUANTOS SÃO OS SUPERDOTADOS? Do ponto de vista psicométrico (testes de inteligência): Considera-se apenas os talentos que se destacam por suas habilidades intelectuais ou acadêmicas Nesta perspectiva, estima-se que 1 a 3% dos indivíduos de uma dada população sejam superdotados.
  • 14. QUANTOS SÃO OS SUPERDOTADOS? m o m Quando incluímos outros aspectos à avaliação de superdotados, co por ex.,liderança, criatividade, competências artísticas e psicomotoras, as estatísticas sobre altas habilidades aumenta significativamente, chegando a abarcar uma porcentagem de 15 a 20% da população (Reis e Renzulli, 1986)
  • 15. SUPERDOTAÇÃO A superdotação engloba tanto fatores cognitivos, como não cognitivos (por exemplo, afetivos, motivacionais, de personalidade). Para que se alcance um desenvolvimento intelectual ótimo, é necessário se considerar: a forma com que o indivíduo funciona em seu ambiente natural; como ele interage com o seu contexto social e cultural; como percebe suas competências ou áreas fortes, seu senso de valor e auto-estima.
  • 16. É necessário que os alunos tenham oportunidade de expressar-se enquanto pessoa, compreendendo a importância da experiência interior para o amadurecimento social, emocional e intelectual.
  • 18. TERMINOLOGIA ❑O termo “super” nos leva a situar a superdotação como capacidades que se situam em um nível além do apresentado por um ser humano comum ❑Preferência pelo uso do termo “altas habilidades” (Brasil e Europa)
  • 19. CONFUSÃO DE TERMINOLOGIAS Gênio i o (Feldman, 1991; Morelock e Feldman, 1993). ERRO! Precoce Prodígio
  • 20. Terminologias: Precoce • Indivíduo que apresenta alguma habilidade específica prematuramente desenvolvida em qualquer área do conhecimento. • Ex: uma criança que lê antes dos 4 anos; um aluno que ingressa na universidade aos 13. (Feldman, 1991; Morelock e Feldman, 1993). Correio Brasiliense, 18 de março de 2001 ERRO!
  • 21. TERMINOLOGIAS: PRODÍGIO • Refere- se àquelas crianças que, em uma idade precoce (até 10 anos) demonstram um desempenho ao nível de um profissional adulto em algum campo cognitivo específico. • Exemplos: – Mozart (música) – Josh Waitzkin (xadrez) – Marla Olmstead (pintura)
  • 22. TERMINOLOGIAS: GÊNIO • Implica na transformação de um campo de conhecimento com conseqüências fundamentais e irreversíveis. • O gênio seria aquele que, além de deixar sua marca pessoal no seu campo de atuação, leva as pessoas a pensarem de forma criativa e diferente. • Exemplos: – Einstein, Freud, Leonardo da Vinci, Stephen Hawkins.
  • 23. Indicadores para observação (Zenita Guenther) Indique em cada item os alunos de sua turma, menino ou menina, que, na sua opinião, apresentam as seguintes características: 1) Os melhores da turma nas áreas de linguagem, comunicação e expressão; 2) Os melhores nas áreas de matemática e ciências; 3) Os melhores nas áreas de arte e educação artística; 4) Os melhores em atividades extracurriculares; 5) Mais verbais, falantes e conversadores; 6) Mais curiosos, interessados, perguntadores; 7) Mais participantes e presentes em tudo, dentro e fora da sala de aula; 8) Mais críticos com os outros e consigo próprios; 9) De melhor memória, aprendem e fixam com facilidade; 10)Mais persistentes, compromissados, chegam ao fim do que fazem; 11) Mais independentes iniciam o próprio trabalho e fazem sozinhos; 12)Entediados, desinteressados, mas não necessariamente atrasados;
  • 24. 13) Mais originais e criativos; 14) Mais sensíveis aos outros e bondosos para com os colegas; 15) Preocupados com o bem-estar dos outros; 16) Mais seguros e confiantes em si; 17) Mais ativos, perspicazes, observadores; 18) Mais capazes de pensar e tirar conclusões; 19) Mais simpáticos e queridos com os colegas; 20) Mais solitários e ignorados; 21) Mais levados, engraçados, "arteiros"; 22) Que você considera mais inteligentes; 23) Com melhor desempenho em esportes e exercícios físicos; 24) Que sobressaem em habilidades manuais e motoras; 25) Que produzem respostas inesperadas e pertinentes; 26) Capazes de liderar e passar energia própria para animar o grupo.
  • 25. Critérios para avaliar os sinais de talento: Presença de pelo menos seis dos itens: 4, 6, 9, 10, 11, 12, 17, 18, 21, 22, 25 ou pelo menos quatro dos seguintes indicadores: 9, 11, 13, 17, 18, 22, 25. Presença de pelo menos três dos seguintes itens: 1, 5, 7, 18, 22. 2, 9, 11, 18, 22. Presença de pelo menos quatro dos seguintes itens, ou três incluindo os nº3 e 13: 3, 8, 10, 13, 17, 25. Presença de pelo menos quatro dos seguintes itens: 4, 7, 14, 15, 16, 19, 26 ( a combinação dos itens 4, 7, 14, 15 parece indicar provável talento mas para indicar liderança deve-se acrescentar os itens 16 e 26. Presença dos itens: 4, 23 e 24
  • 31. ETAPAS DO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA
  • 32. ETAPAS DO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA •
  • 33. ETAPAS DO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NA ESCOLA •
  • 34. ATENDIMENTOEDUCACIONAL ESPECIALIZADO Para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação
  • 35. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DECRETO 6.571/2008 PARECER CNE/CEB 13/2009 RESOLUÇÃO CNE/CEB 04/2009
  • 36. O QUE É? • “[...] o conjunto de atividades, recursos de acessibilidades e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular”. • O AEE deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a família e articular-se com as demais políticas públicas. (DECRETO 6.571, de 17 de setembro de 2008)
  • 37. A QUEMSE DESTINA? • Alunos com Deficiência • Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento • Alunos com Altas Habilidades/Superdotação DECRETO 6.571, de 17 de setembro de 2008 PARECER CNE/CEB Nº13, de 24 de setembro de 2009 RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009
  • 38. EMQUE ESPAÇO? • Sala de Recursos Multifuncionais na própria escola ou em outra do ensino regular, no turno inverso ao da escolarização; • Centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, sem fins lucrativos, conveniadas com as Secretarias de Educação estaduais, municipais ou do DF, no turno inverso ao da escolarização. (RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009)
  • 39. (RESOLUÇÃO Nº 4, de 2 de outubro de 2009) Nara Joyce Wellausen Vieira - Novembro de ARTIGO 7º Os alunos com altas habilidades/superdotação terão sua atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito das escolas públicas de ensino regular, em interface com os NAAH/S e com as instituições de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção de pesquisa, das artes e dos esportes.
  • 40. O MODELO DE ENRIQUECIMENTO ESCOLAR de Joseph Renzulli
  • 41. JOSEPH RENZULLI Pesquisador e educador norte americano, que na década de 70 elaborou o Modelo de Enriquecimento Escolar
  • 42. HABILIDADE ACIMA DA MÉDIA CRIATIVIDADE ENVOLVIMENTO COM A TAREFA Renzulli, J. S. (1997). The Schoolwide Enrichment Model . CLP. SD
  • 43. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO CAPACIDADE ACIMA DA MÉDIA ENVOLVIMENTO COM A TAREFA RENZULLI, S. The Three-ring conception of giftedness: A Developmental Model for Creative Productivity. In: RENZULLI, S. e REIS, Sally M. The Triad Reader. Connecticut : Creative Learning Press, 1986 PAH CRIATIVIDADE
  • 44. Potencial de desempenho representativamente superior em qualquer área determinada do esforço humano e que pode ser caracterizada por dois aspectos: habilidade geral: capacidade de processar as informações, integrar experiências que resultem em respostas adequadas e adaptadas a novas situações e a capacidade de envolver-se no pensamento abstrato. habilidades específicas: que consistem nas habilidades de adquirir conhecimento e destreza numa ou mais áreas específicas. CAPACIDADE ACIMA DA MÉDIA
  • 45. É o expressivo interesse que o sujeito apresenta em relação a uma determinada tarefa, problema ou área específica do desempenho, e que caracteriza-se especialmente pela motivação, persistência e empenho pessoal nesta tarefa. ENVOLVIMENTO COM A TAREFA
  • 46. Constitui o terceiro grupo de traços característicos a todas as pessoas com altas habilidades e define-se pela capacidade de juntar diferentes informações para encontrar novas soluções. Caracteriza-se pela fluência, flexibilidade, sensibilidade, originalidade, capacidade de elaboração e pensamento divergente. CRIATIVIDADE
  • 47. Percepção de si mesmo/ auto-eficácia Coragem Caráter Intuição Charme ou carisma Fortaleza do ego Senso de destino Atração pessoal Origem socioeconômica Personalidade dos pais Nível de educação dos pais Estímulos na infância Interesses Posição na família Educação formal Disponibilidade de modelos Doenças físicas/bem-estar Sorte Zeitgeist (espírito da época)
  • 48. Manifestações comportamentais das Altas Habilidades/Superdotação: Capacidade Acima da Média Habilidade Geral
  • 49. Manifestações comportamentais das Altas Habilidades/Superdotação: Capacidade Acima da Média Habilidade Específica
  • 50.
  • 51.
  • 52. Manifestações comportamentais das Altas Habilidades/Superdotação: Envolvimento com a Tarefa
  • 53.
  • 54.
  • 55. Manifestações comportamentais das Altas Habilidades/Superdotação: Envolvimento com a Tarefa
  • 56. Manifestações comportamentais das Altas Habilidades/Superdotação: Criatividade
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 64. Bom Vocabulário Busca por complexidade Compreensão mais avançada
  • 67. Senso de humor refinado Imaginação vívida Habilidade de gerar idéias
  • 68. Idealismo e senso de justiça Níveis avançados de julgamento moral (precoce)
  • 71. INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA Envolve sensibilidade para a língua falada e escrita, a habilidade de aprender línguas e a capacidade de usar a língua para atingir certos objetivos (Gardner, 2000, p. 56).
  • 73. INTELIGÊNCIA LÓGICO- MATEMÁTICA Envolve a capacidade de analisar problemas com lógica, de realizar operações matemáticas e investigar questões cientificamente. (Gardner, 2000, p. 56).
  • 75. INTELIGÊNCIA MUSICAL Acarreta habilidade na atuação, na composição e na apreciação de padrões musicais (Gardner, 2000, p. 57).
  • 76. luthiers maestros Compositores ouvintes sensíveis da música críticos musicais INTELIGÊNCIA MUSICAL
  • 77. INTELIGÊNCIA CORPORAL- CINESTÉSICA Acarreta o potencial de se usar o corpo para resolver problemas ou fabricar produtos (Gardner, 2000, p. 57).
  • 79. INTELIGÊNCIA ESPACIAL Tem o potencial de reconhecer e manipular os padrões do espaço (aqueles usados, por exemplo, por navegadores e pilotos), bem como os padrões de áreas mais confinadas (como os que são importantes para escultores, cirurgiões, jogadores de xadrez, artistas gráficos e arquitetos) (Gardner, 2000, p. 57).
  • 80. jogadores de xadrez pintores INTELIGÊNCIA ESPACIAL arquitetos escultores cirurgiões Pilotos designers
  • 81. INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL Denota a capacidade de entender as intenções, as motivações e os desejos do próximo e, conseqüentemente, de trabalhar de modo eficiente com terceiros. (Gardner, 2000, p. 57).
  • 83. INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL Envolve a capacidade de a pessoa se conhecer, de ter um modelo individual de trabalho eficiente – incluindo aí os próprios desejos, medos e capacidades – e de usar estas informações com eficiência para regular a própria vida (Gardner, 2000, p. 58).
  • 85. INTELIGÊNCIA NATURALISTA Envolve a capacidade de observar padrões na natureza, identificando e classificando objetos e compreendendo os sistemas naturais e aqueles criados pelo homem. (Campbell, Campbell e Dickinson, 2000, p. 22).
  • 87. PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS SUPERDOTADOS Característica: Adquire e retém informações rapidamente. Problema: Impaciente diante da lentidão dos colegas; não gosta da rotina e da repetição. Característica: Curiosidade intelectual e atitude inquisitiva; motivação intrínseca; busca significados. Problema: Faz perguntas que incomodam ao professor; tem vasta gama de interesses, esperando o mesmo dos outros. (Webb, 1994)
  • 88. Característica: Amplo vocabulário e proficiência verbal; tem amplas informações em áreas avançadas. Problema: Torna-se entediado com a escola e colegas; visto pelos outros como o "sabe tudo". Característica: Pensamento crítico elevado; tem altas expectativas; é auto-crítico e avalia os demais. Problema: Intolerante ou crítico dos demais; pode tornar-se desencorajado ou deprimido; perfeccionista. Característica: Intensa concentração; longos períodos de atenção em áreas de interesse; persistência; comportamento dirigido a metas. Problema: Resiste à interrupção; negligencia deveres ou pessoas durante períodos de interesse focalizados; obstinação.
  • 89. PROBLEMAS Característica: Sensibilidade e intensidade emocionais; empatia com os outros; desejo de ser aceito. Problema: Sensibilidade excessiva à crítica e/ou à rejeição dos colegas; espera que os outros tenham valores semelhantes; sente-se diferente e alienado. Característica: Independente; prefere trabalho individualizado; confiante em si mesmo. Problema: Pode rejeitar o que é imposto pelos pais ou colegas; não conformista. Característica: Criativo; gosta de novas maneiras de fazer as coisas. Problema: É questionador e tende a rejeitar o que é tido como conhecido; Seu pensamento e ação divergentes podem levar à rejeição por parte dos pares e a ser visto como diferente e fora de compasso.
  • 90. O QUE NOS MOSTRA A HISTÓRIA? ❑O professor de música de Beethoven uma vez disse que como compositor, ele era “sem esperança” ❑Isaac Newton - que descobriu o cálculo, desenvolveu a teoria da gravitação universal, originou as três leis do movimento - tirava notas baixas na escola.
  • 91. ❑Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal porque ele “não tinha boas idéias e rabiscava demais” ❑Dr. Robert Jarvick foi rejeitado por 15 escolas americanas de medicina. Ele inventou o coração artificial.
  • 92. ❑ John Kennedy recebia em seus boletins constantes observações de “baixo rendimento” e tinha dificuldades em soletrar. Albert Einstein tinha dificuldades de ler e soletrar e foi reprovado em matemática. ❑
  • 93. É tarefa da escola: • Estimular o desenvolvimento do talento criador e da inteligência em todos os seus alunos, e não só naqueles que possuem um alto QI ou que tiram as melhores notas; • desenvolver comportamentos de superdotação em todos aqueles que têm potencial; • desenvolver uma grande variedade de alternativas ou opções para atender as necessidades de todos os estudantes. (Treffinger & Renzulli, 1986)
  • 94. MITO: OS SUPERDOTADOS SÃO UM GRUPO HOMOGÊNEO
  • 95. MITO DO TAMANHO ÚNICO ❑Os superdotados não são um grupo homogêneo ❑Necessitam de um currículo diferenciado, que atenda suas necessidades escolares especiais e suas habilidades específicas Feldhusen (1982)
  • 97. (a) a superdotação emerge ou “se esvai” em diferentes épocas e sob diferentes circunstâncias da vida de uma pessoa; assim, os comportamentos de superdotação podem ser exibidos em certas crianças (mas não em todas elas) em alguns momentos (não em todos os momentos) e sob certas circunstâncias (e não em todas as circunstâncias de sua vida)
  • 98. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO A ALUNOS COM AH/SD: O ENRIQUECIMENTO EXTRA E INTRACURRICULAR
  • 99. Nosso objetivo hoje, é discutir e sugerir possíveis estratégias para o enriquecimento extra e intracurricular, ou seja, estratégias que poderão contribuir para que o professor do AEE - atendimento educacional especializado e o professor de sala de aula regular possam trabalhar com esse aluno.
  • 100. Para isso é fundamental conhecer o aluno: -as inteligências nas quais ele ou ela se destaca; -o tipo de AH/SD; -todas as informações possíveis que possam ser encontradas sobre o aluno, -o seu estilo de aprendizagem, -o seu estilo de manifestação do conhecimento, etc. e -os recursos de que dispomos. Essas informações ajudam a delinear estratégias pedagógicas adequadas aos alunos com AH/SD e também a todos os demais alunos.
  • 101. Que instrumentos podemos usar para coletar informações sobre nossos alunos?
  • 102. Entrevistas com o aluno, familiares e/ou outros profissionais As entrevistas com o próprio aluno, com familiares próximos e/ou com profissionais que possam estar atendendo-o em outras áreas (psicólogos, professores de atividades extraescolares, supervisores, orientadores, professores de séries anteriores), com profissionais da sua área de destaque, que possam avaliar o nível do trabalho desenvolvido por ele ou contribuir com mais informações sobre ele, podem ser extremamente úteis para organizar o atendimento educacional especializado para esse aluno.
  • 103. Ficha de áreas de destaque, formas de apresentação e de aprendizagem e interesses Essa ficha, que pode ser preenchida pelo professor ao longo de um período determinado (por exemplo, no primeiro bimestre), permite ter uma visão geral da turma toda quanto a áreas mais fortes, formas preferidas dos alunos para mostrar seus produtos, formas de aprendizagem e maiores interesses.
  • 104. Ficha de Indicadores de AH/SD por inteligência Que como a anterior, pode ser preenchida pelo professor ao longo de um determinado período com as informações de todos os alunos da turma. Ela permite registrar os indicadores que chamam a atenção em uma ou mais inteligências e a pensar atividades que contribuam para o seu desenvolvimento. Com estas informações, o professor de sala de aula pode: programar atividades específicas para esses alunos, combinar atividades que utilizem a inteligência de maior destaque em disciplinas que não a contemplem e propor formas de
  • 105. Ficha de identificação dos alunos com AH/SD por tipo e atividades propostas Esta ficha pode ser preenchida da mesma forma que as anteriores, permite que o professor registre atividades mais adequadas ao tipo de aluno. Conhecendo o tipo de AH/SD (acadêmico, produtivo-criativo ou misto) pode, por exemplo, planejar atividades que utilizem mais o pensamento divergente e indutivo para os alunos produtivo-criativos ou, ao contrário, que contribuam para que eles desenvolvam mais o pensamento convergente e dedutivo que é mais acentuado nos alunos do tipo acadêmico. A Ficha também permite que o professor registre informações mais detalhadas sobre as características de cada tipo, o que favorecerá a compreensão de alguns comportamentos desses alunos que, em determinadas situações, podem ser considerados como problemas.
  • 106. O Portfólio Total do Talento É uma forma sistemática de coletar, registrar e utilizar informações sobre os pontos fortes e habilidades (e pontos fracos, também) de cada aluno para ajudar aos professores, aos alunos e a seus pais.
  • 107. O Portfólio Total do Talento Objetivos Quais são as melhores coisas que conhecemos e podemos registrar sobre o melhor trabalho de um aluno? Quais são as melhores formas em que podemos utilizar estas informações para alimentar e desenvolver os talentos de um aluno?
  • 108. O Portfólio Total do Talento é uma pasta individual do aluno, que cumpre a dupla função de conhecê-lo e registrar seu processo de desenvolvimento; ela coleta informações sobre suas habilidades, interesses, estilos de aprendizagem e de estudo, áreas de potencial, atividades extracurriculares, metas e objetivos, assim como atividades que o aluno desenvolve (RENZULLI e REIS, 1997). O Portfólio tem sido proposto e usado por docentes e escolas no Brasil e no mundo e é uma alternativa viável, econômica e eficiente. (Ver CAMPBELL, CAMPBELL e DICKINSON, 2000; PURCELL e RENZULLI, 1998; FERREIRA e BUENO, 2005)
  • 109.
  • 110.
  • 111. O Portfólio Total do Talento HABILIDADES INTERESSES INFORMAÇÕES SOBRE ESTILOS DE APRENDIZAGEM
  • 112. O Portfólio Total do Talento INFORMAÇÕES DE SITUAÇÃO INFORMAÇÕES DA AÇÃO METAS E ATIVIDADES EXTRACURRICULARES REGISTRO DAS AÇÕES PARA FOMENTAR O DESENVOLVIMENTO DO TALENTO
  • 113. INFORMAÇÕES DE SITUAÇÃO O que já sabemos do aluno, o que podemos constatar no dia a dia . . .
  • 114. INFORMAÇÕES DA AÇÃO As coisas novas que aprendemos sobre o aluno Currículo regular e atividades de enriquecimento (geralmente avaliados pelo professor) Mensagens de Informações da Ação (preenchidas pelo aluno ou pelo professor) - permitem elaborar um Plano de Trabalho para o aluno Trabalhos e Produtos do Aluno (o aluno escolhe o que quer colocar na pasta – redações, fotos de trabalhos 3D, fotos de apresentações, músicas, etc.)
  • 115. Mensagem de Informações sobre a Ação Formulário preenchido pelo professor para o professor da sala de recursos ou Coordenador do Programa de Enriquecimento. Área Geral do Currículo: Idéia para a investigação: No espaço a seguir, faça uma breve descrição dos sinais de elevado nível de comprometimento com a tarefa ou criatividade do aluno ou do pequeno grupo de alunos. Indique as idéias que você tiver de atividades avançadas, os recursos sugeridos e as formas de focalizar o interesse em uma experiência investigativa de primeira categoria.
  • 116. Ficha de levantamento de recursos comunitários Um instrumento simples que pode ser utilizado para criar um banco de dados dos recursos comunitários. Fonte: elaborado por PÉREZ, S. G. P. B. (2007) Este banco de recursos é uma iniciativa simples que a escola poderia confeccionar ao início do ano letivo, registrando os interesses, hobbies, atividades extracurriculares da sua comunidade (docentes, funcionários, alunos e familiares), os recursos que a comunidade próxima da escola ou a cidade possui (empresas comerciais, entidades comunitárias, academias, instituições de ensino médio e superior, de ensino de línguas, escritórios de advocacia, arquitetura e engenharia, bibliotecas, cinemas, teatros, museus, videolocadoras, postos de saúde, grupos musicais e de dança, clubes, grafiteiros, outros profissionais, etc.), que já podem ir sendo associados à inteligência mais utilizada nas atividades desenvolvidas por essas pessoas ou instituições. Este é um reservatório riquíssimo, muito útil quando forem identificados os interesses dos alunos e organizadas as atividades de enriquecimento intra e extracurriculares e que também pode facilitar a busca de parceiros para implementar o SEM, e não apenas os agrupamentos de enriquecimento, como propõem Renzulli e Reis (1997).
  • 117. Que estratégias pedagógicas podem ser desenvolvidas? Existem dois grupos de estratégias de enriquecimento que podem ser utilizadas para compor uma proposta de modelo de atendimento: extracurriculares e intracurriculares.
  • 118. METAS E ATIVIDADES EXTRA- CURRICULARES Apresentações artísticas; Artesanato; Participação em projetos fora da escola; Aulas particulares; Feiras de ciência; Campeonatos esportivos... Concursos de pintura, desenho, música, fotografia... Corais, grupos de dança; Atividades comunitárias...
  • 119. Modelo Triádico de Enriquecimento ATIVIDADES EXPLORATÓRIA S GERAIS TIPO I ATIVIDADES DE TREINAMENTO EM GRUPO TIPO II INVESTIGAÇÕES DE PROBLEMAS REAIS INDIVIDUAIS E EM PEQUENOS GRUPOS TIPO III PRODUTOS REAIS INDIVIDUAIS E EM PEQUENOS GRUPOS QUE EVOLUÍRAM A PARTIR DE UMA ATIVIDADE DO TIPO III TIPO IV
  • 120. ATIVIDADES DO TIPO I Atividades ou experiências que exponham os alunos a uma grande variedade de disciplinas, tópicos, questões, ocupações, hobbies, pessoas, lugares e eventos que normalmente não são contemplados pelo currículo do ensino regular
  • 121. ENRIQUECIMENTO DO TIPO I (Atividades Exploratórias Gerais) Definição: Experiências e atividades propositalmente elaboradas para expor os alunos a uma ampla variedade de disciplinas, tópicos, assuntos, profissões, hobbies, pessoas, lugares e eventos que geralmente não estão incluídos no currículo regular. População-alvo: Todos os alunos da escola. QUE?
  • 122. ENRIQUECIMENTO DO TIPO I Objetivos: 1) Enriquecer a vida de todos os alunos ampliando o alcance de experiências não abrangidas pelas escola. 2) Estimular novos interesses que poderão levar a uma atividade mais aprofundada (Tipo III) por parte de alunos ou pequenos grupos de alunos. 3) Oferecer aos professores diretrizes para tomar decisões significativas sobre os tipos de atividades de Enriquecimento do Tipo III que deverão ser escolhidas para determinados grupos de alunos.
  • 123. ENRIQUECIMENTO DO TIPO I Escolha dos Temas: 1) Alunos (Questionários, redações, debates...); 2) Equipe da escola (Brainstorm, levantamentos de interesses).
  • 124. ENRIQUECIMENTO DO TIPO I Fontes dos Temas: 1) Equipe escolar 2) Pais 3) Órgãos públicos, organizações e associações profis- sionais 4) Escolas superiores e universidades 5) Empresas públicas e privadas, academias, clubes, escolas de música, museus,bibliotecas, cinemas... 6) Aposentados 7) Alunos (turmas mais avançadas, de atividades do tipo III, de outras escolas) 8) Meios de comunicação (jornais, revistas, rádio, TV) 9) Internet
  • 125. -Palestras na Escola; - Conversando sobre música; - Clube de xadrez; - Visita a museus . . .
  • 126. Identificando o interesse por aviões na SRDP da Escola Ceará (POA)
  • 127. OFICINA DE GARRAFAS PET OFERECIDA POR UMA MERENDEIRA DA ESCOLA
  • 128. ATIVIDADES DO TIPO II Métodos instrucionais e materiais que promovam o desenvolvimento de habilidades técnicas, habilidades de pensamento e processos afetivos
  • 129. ENRIQUECIMENTO DO TIPO II (Atividades de Treinamento em Grupo) Métodos e materiais instrucionais propositalmente elaborados para promover o desenvolvimento dos processos de pensamento e sentimento e de habilidades específicas em áreas não cognitivas. População-alvo: Todos os alunos da escola Alunos da Sala de Recursos As atividades de enriquecimento do Tipo II podem ser desenvolvidas durante vários anos, em diferentes séries, disciplinas e/ou áreas. COMO?
  • 130. ENRIQUECIMENTO DO TIPO II Objetivos: 1) Desenvolver habilidades gerais de pensamento criativo e resolução de problemas e pensamento crítico; 2) Desenvolver uma ampla gama de habilidades específicas para aprender a fazer e usar adequadamente materiais de referência de nível avançado, tais como fazer anotações, entrevistar, classificar e analisar dados, tirar conclusões, desenvolver técnicas específicas de dança, condicionamen- to físico, técnicas esportivas, solfejo, leitura e escrita de partituras, tocar um instrumento musical, técnicas de pin- tura, escultura, desenho, design, técnicas laboratoriais, metodologia de pesquisa, dramatização, expressão corpo- ral, pesquisas bibliográficas em bibliotecas, resumos, softwares de computação, webdesign, programação, etc.)
  • 131. ENRIQUECIMENTO DO TIPO II Objetivos: 3) Desenvolver processos afetivos, tais como sentir, apreciar e valorizar. 4) Desenvolver habilidades de comunicação escrita, oral e visual direcionadas para a maximização do impacto dos produtos dos alunos nos públicos-alvos (Por ex: oratória, montagem de exposições e exibições, feiras de ciências, apresentação de espetáculos de música, teatro, dança, cenografia, etc.)
  • 132. ENRIQUECIMENTO DO TIPO II Processos a serem desenvolvidos: I. Treinamento cognitivo II. Treinamento afetivo III. Aprender a aprender IV. Uso de habilidades avançadas de pesquisa e mate- riais de referência V. Desenvolvimento de habilidades de comunicação es- crita, oral e visual VI. Desenvolvimento de habilidades específicas à área de interesse
  • 136. Oficina de Literatura Orientação: Silvana Mota, Iderle Araujo e Jane Sprenger Coordenação: Denise Matos e Paula Sakaguti
  • 137. Cursos de serpentes, de morcegos e de aranhas, na Universidade Tuiuti
  • 139. Oficinas (xadrez, pintura em tela, desenho, sabão ecológico)
  • 140. ATIVIDADES DO TIPO III Atividades de investigação e produção artística, onde o aluno assume o papel de “aprendiz de primeira mão” e “produtor de conhecimento”, ele deve pensar, sentir e agir como um profissional da área.
  • 141. ENRIQUECIMENTO DO TIPO III (Investigações individuais ou em pequenos grupos de problemas reais) Definição: Atividades investigativas e produções artísticas nas quais o aluno assume o papel de um investigador de primeira categoria, pensando, sentindo e agindo como um profis- sional. População-alvo: Alunos ou pequenos grupos que demonstrem interesse real em temas ou problemas específicos e que mostrem von- tade de desenvolvê-los em níveis avançados de envolvi- mento. FAZER
  • 142. ENRIQUECIMENTO DO TIPO III Objetivos: 1)Oferecer oportunidades nas quais os alunos possam aplicar seus interesses, conhecimento, idéias criativas e envolvimento com a tarefa a um problema de sua escolha numa área de estudo. 2) Adquirir um nível avançado de compreensão do conhecimento (conteúdo) e metodologia (processo) utilizados numa determinada disciplina, área artística ou estudos interdisciplinares. 3) Desenvolver produtos autênticos elaborados principalmente para ter um determinado impacto em determinado público. 4) Desenvolver habilidades de aprendizagem independente nas áreas de planejamento, tomada de decisões e auto-avaliação. 5) Desenvolver envolvimento com a tarefa, autoconfiança, sentimentos de realização criativa e a capacidade de interagir efetivamente com outros alunos, professores e pessoas com níveis avançados de interes-se e experiência em uma área comum de envolvimento.
  • 143. Escola Estadual de Ensino Fundamental Ceará (Porto Alegre) Sala de Recursos e Desenvolvimento de Potenciais Professora Sandra Regina Cecato Da’Lago
  • 145.
  • 147. Ilustração do livro de Neuropsicologia para Crianças Alunos: Breno Sakaguti e Lucas Araujo Orientação: Eugênio de Paula Coordenação: Denise Matos e Paula Sakaguti
  • 148. ATIVIDADES DO TIPO IV (Resultado do avanço de investigações individuais ou em pequenos grupos de problemas reais) Definição: Atividades e produções artísticas ou de pesquisa que derivam de atividades do tipo III e geralmente têm um impacto social mais amplo. População-alvo: Alunos ou pequenos grupos que demonstrem interesse real em aprofundar o desenvolvimento de produtos a partir de atividades do tipo III ou desenvolver produtos mais avançados. FAZER MAIS
  • 149. - 2006 Lançamento do Livro - 2007 Congresso Cérebro e Pensamento - USP
  • 150.
  • 151.
  • 152.
  • 153. FORMAS DE ATENDIMENTO – Uma intervenção pedagógica. SEGREGAÇÃO - Agrupar, por algum tempo, em turmas especiais ou escolas especiais alunos identificados como P.A.H. CRÍTICA: • Critério para o agrupamento – intelectual; • Inviabiliza convívio com os diferentes; •Grupo P.A.H não é homogêneo pois seus talentos variam bastante.
  • 154. ACELERAÇÃO - Programa escolar cumprido em menor espaço de tempo do que propõe a escola.(entrada precoce, saltar série(s)). Envolve: família, escola e o próprio aluno. CRÍTICA: Se utilizado com o intuito de resolver problema da escola(indisciplina) deixa de atender o aluno ( maturidade, emocional, coordenação motora fina.
  • 155. ENRIQUECIMENTO - •Oficinas ou atividades extra-classe. (projetos, pesquisas,etc); •Flexibilização do currículo(PCNs como referência); • Adaptação e compactação do currículo
  • 156. “Com verdadeiro pessimismo pode-se escrever contra a educação, mas o otimismo é imprescindível para estudá-la e para exercê-la. Os pessimistas podem ser bons domadores, mas não bons professores.” (Savater, 2000).
  • 157. • ERA UMA VEZ . . . • O ALUNO LUCAS . . .
  • 158. Lucas adora brincar. Seus maiores problemas são causados pelo Charada, pelo Coringa e pelo Pingüim, mas no fim da brincadeira o Batman sempre dá um jeito e vence esses gênios do mau.
  • 159. Lucas, assim como tantas outras crianças, foi para escola todo feliz, imaginando que lá seria um lugar muito legal.
  • 160. Lucas descobriu que a escola não era tão legal. Enquanto a professora falava ele pensava em um milhão de coisas que poderia estar fazendo e que eram bem mais interessantes do que ficar ali parado, sentado, imóvel.
  • 161. Como vivia no mundo da lua, Lucas não compreendia a matéria e se dispersava até com um mosquito.
  • 162. Mas, a situação piorou. Chegaram as provas e com elas vieram as notas baixas.
  • 163. Lucas não entendia o que a professora falava, e por sua vez a professora também não compreendia Lucas.
  • 164. Para Lucas a professora era uma bruxa malvada que o fazia ficar sentado numa linda tarde de sol... E pior, lhe dava notas baixas, motivo pelo qual seus coleguinhas riam muito.
  • 165. No recreio, que antes era a melhor hora da escola, Lucas já não se divertia mais. Nem mesmo era convidado para participar das brincadeiras.
  • 166. Lucas descobriu que a escola era aterrorizante e bem diferente da escola que havia imaginado. Lá aprendeu que os problemas não são tão facilmente resolvidos como nas brincadeiras com o Batman.
  • 167. Lucas começou a trocar suas horas de lazer por mais tempo sentado frente aos cadernos e livros.
  • 168. Mas novamente, na hora da prova, deu branco e Lucas não lembrou nada do que havia estudado.
  • 169. Mas, sua desatenção era apenas na escola.
  • 170. Lucas foi crescendo e foi descobrindo que tinha facilidade em desmontar, montar e consertar muitas coisas. Isso foi um passo para se apaixonar por Física, Matemática, Química e tantas outras matérias.
  • 171. Lucas transformou o monstro escola num bichinho amigo.
  • 172. Hoje Lucas é um cientista envolvido com inúmeras pesquisas. Mas, quantos de nossos alunos terão a sorte de Lucas?
  • 173. “Operacionalizar a ‘inclusão escolar’ de todos os alunos, independentemente de classe, raça, gênero, sexo ou características individuais é o grande desafio a ser enfrentado, numa clara demonstração do respeito à diferença.” (Diretrizes Curriculares da Educação Especial, 2001, p.21)