Redes Sociais na Prefeitura de Mogi Mirim

ETEC - Pedro Ferreira Alves
NOME (S) DO ACADÊMICO (S)
CRISTINA DE PAULA FAQUINETE
IVANI MOREIRA BATISTA
JOSE DE FATIMA OLIVEIRA COSTA
LAIS MAYARA CARVALHO DA SILVA
TEMA
As Redes Sociais inseridas no meio empresarial e seus
benefícios e principais problemas na Prefeitura
Municipal de Mogi Mirim
Problema
Quais os benefícios e os problemas do uso das redes
sociais no ambiente de trabalho na Prefeitura Municipal
de Mogi Mirim?
ETEC – PEDRO FERREIRA ALVES
Mogi Mirim – SP
2015

ETEC - Pedro Ferreira Alves I
NOME (S) DO ACADÊMICO
CRISTINA DE PAULA FAQUINETE
IVANI MOREIRA BATISTA
JOSE DE FATIMA OLIVEIRA COSTA
LAIS MAYARA CARVALHO DA SILVA
TEMA
Pré-projeto apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso como requisito básico para a apresentação do Trabalho de
Conclusão de Curso Técnico em Logistica.
Prof. Orientador : Edson Dutra
ETEC – PEDRO FERREIRA ALVES
Mogi Mirim – SP
2015

ETEC - Pedro Ferreira Alves II
TEMA :
Trabalho aprovado em _____/_____/_____.
______________________________________
NOME (BANCA EXAMINADORA)
______________________________________
______________________________________

ETEC - Pedro Ferreira Alves III
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por nos permitir diariamente vencer os desafios
impostos pela nossa vida.
Ao professor Edson Dutra que nos acompanhou em todo o trajeto de nosso trabalho
auxiliando-nos e ajudando no decorrer das aulas.
Ao professor Leandro Luiz Costa Bordignon que nos auxiliou em demasia em nosso
estudo de caso.
Aos demais professores que contribuíram direta e/ou indiretamente para nosso
trabalho, dando-nos os elementos necessários para nossa aprendizagem.

ETEC - Pedro Ferreira Alves IV
EPIGRAFE
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você
estará fazendo o impossível”. - São Francisco de Assis.

ETEC - Pedro Ferreira Alves V
RESUMO
As redes sociais ocuparam um espaço na vida das pessoas e nas
empresas de tamanho descomunal, chegando a ser um fator de inserção social e
de espaço de mercado.
As características desta nova realidade estão explícitas em
diversos fatores do cotidiano. O fator preocupante é quando o uso das redes
sociais toma a atenção em demasia do funcionário ocasionando queda de
produtividade.
O exagero no envolvimento com o mundo virtual impacta em
demasia a vida de muitos cidadãos e pode até mesmo trazer distúrbios
psicológicos, como a nomofobia. O que é um problema, pois, o indivíduo acaba
levando isso para dentro do ambiente de trabalho, muitas vezes, burlando regras
e diretrizes da empresa, ocasionando problemas de queda da eficiência em sua
função no setor a ele referente, além de problemas de exposição da imagem da
empresa e/ou do próprio usuário.
O estudo de caso baseado na Prefeitura Municipal de Mogi Mirim
vem para confirmar e esclarecer o fato de que a empresa é capaz de resolver
seus problemas restringindo/proibindo o uso de redes sociais no horário de
trabalho, criando informativos, regras expressas em documentos contratuais, etc.
E para esclarecer que o próprio indivíduo deve se policiar neste
sentido, ou as medidas tomadas pela empresa nunca serão suficientemente
eficientes.
Palavras-chave: redes sociais; empresa; produtividade; sociedade;

ETEC - Pedro Ferreira Alves 1
SUMÁRIO
RESUMO ..................................................................................................................................V
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ......................................................................................................2
TEMA: As Redes Sociais inseridas no meio empresarial: Estudo de Caso Prefeitura
Municipal de Mogi Mirim......................................................................................................3
PROBLEMA Quais os benefícios e os problemas do uso das redes sociais no ambiente de
trabalho na Prefeitura Municipal de Mogi Mirim?.................................................................3
JUSTIFICATIVA...................................................................................................................3
OBJETIVOS...........................................................................................................................4
GERAL...............................................................................................................................4
ESPECÍFICOS ...................................................................................................................4
METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................................6
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................7
I CAPITULO - REDES SOCIAIS E SOCIEDADE ..................................................................8
1.1 SOCIEDADE .................................................................................................................14
1.2 GLOBALIZAÇÃO.........................................................................................................15
1.3 INTERNET.....................................................................................................................17
1.2.1 REDE SOCIAL .......................................................................................................20
II – CAPITULO - PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM......................................24
2.1. HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO.............................................................................25
2.2 RAMO DE ATIVIDADE................................................ Erro! Indicador não definido.
2.3 ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO ............................ Erro! Indicador não definido.
2.3.1 DEPARTAMENTOS ............................................... Erro! Indicador não definido.
2.4 PRINCIPAIS FORNECEDORES................................... Erro! Indicador não definido.
2.5 PRINCIPAIS CONCORRENTES................................... Erro! Indicador não definido.
2.6 PARTICIPAÇÃO NO MERCADO ................................ Erro! Indicador não definido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ....................................................................................29
.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
TABELA REDES SOCIAIS MAIS UTILIZADAS 1........................................................................................................... 10
CHARGE; CARTUNISTA PETER STEINER. 1993 2 ..................................................................................................... 12

DELIMITAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
TEMA: As Redes Sociais inseridas no meio empresarial: Estudo de
Caso Prefeitura Municipal de Mogi Mirim
PROBLEMA Quais os benefícios e os problemas do uso das redes
sociais no ambiente de trabalho na Prefeitura Municipal de Mogi Mirim?
JUSTIFICATIVA
Quando se fala em redes sociais, é sabido que existem riscos e
benefícios trazidos por elas para a sociedade e o meio empresarial. No mundo
atual a utilização desses meios para diversas funções em nossa vida tornou-se
essencial e indispensável.
O tema escolhido provém de uma observação do impacto das
redes sociais no comportamento do indivíduo. Percebe-se que apesar dos
benefícios na facilidade de acesso, os riscos trazidos pelas redes podem variar
desde a queda de produtividade, distúrbios e até a exposição pessoal e da
empresa.
Percebe-se que uma empresa tem seus métodos de resolver seus
problemas quanto a isso de diversas formas, porém, é necessário que haja
informações suficientes para uma reflexão maior quanto ao tema.
A dependência da rede social é, para uma grande parte da
sociedade, claramente proveniente de distúrbio vicioso, e isto precisa ser
observado e tratado.
A decisão para o desenvolvimento do trabalho acerca do assunto
se deu a partir da observação de que, apesar de o ponto de vista organizacional
ser assertivo, sua eficiência é baixa se o funcionário é capaz de burlar suas
imposições e medidas de controle neste sentido e por isto há a necessidade de
conscientização e treinamento individual. Daí a necessidade de um objeto de
leitura acessível a cerca do assunto, para que seja possível pensar em mudanças
no comportamento individual que impactem nos costumes diários e permitam a

visualização de como se utilizar das redes sociais como algo benéfico e não como
inimigas do trabalho, já que os problemas já citados realmente existem, estão
presentes no dia a dia e há necessidade de prevenção para eles e até mesmo de
tratamento.
OBJETIVOS
Apresentar, através de levantamento bibliográfico, a inserção das
redes sociais no ambiente de trabalho e na vida pessoal com seus benefícios e
riscos.
Incitar, através dos assuntos tratados, uma reflexão sobre os
impactos por elas proporcionados.
GERAL
Apresentar os impactos da inserção das redes sociais no
ambiente de trabalho, em setores específicos, baseando-se no estudo de caso da
Prefeitura Municipal de Mogi Mirim.
Citar os benefícios que estas redes trouxeram para a organização
e a vida social.
Explicitar os possíveis problemas que o uso indevido das redes
sociais pode trazer para o indivíduo e para as organizações e quais as soluções
para eles com base nas informações extraídas pelo estudo de caso da Prefeitura
Municipal de Mogi Mirim no quesito de métodos utilizados pela empresa para
evita-los.
ESPECÍFICOS
Através de estudo de caso, entrevista informativa, enfatizada em
nosso tema, busca-se demonstrar como a empresa (Prefeitura Municipal de Mogi

Mirim, com Leandro Luiz Costa Bordignon) tem utilizado as redes sociais em seus
processos. Respondendo às questões: quais mudanças ocorreram a partir da
adoção destes meios e como ela lida para evitar prováveis problemas
empresariais? Se já houve problemas, como foram resolvidos? Qual a visão da
empresa perante o quesito de onde as redes sociais a tem auxiliado? Existe
algum setor onde a rede social poderia trazer melhorias para os seus processos e
se a resposta for negativa o porquê?

METODOLOGIA DA PESQUISA
As pesquisas serão realizadas por meio de levantamento
bibliográfico, de estudo de caso e o questionário para relacionar os dados da
bibliografia com a pratica realizada pelos funcionários.

INTRODUÇÃO
Vivemos a era da globalização, onde a compra e a venda é
simples através do e-commerce (comércio eletrônico), as pessoas tem acesso
rápido à informações e podem se conectar com pessoas a qualquer distância
através da Internet.
Após a disseminação da internet pelo mundo foi que se deu o
surgimento das Redes Sociais (e dos Comunicadores Instantâneos) que se
tornaram as ferramentas mais utilizadas atualmente, na vida pessoal e
organizacional, ocupando espaços importantes.
Uma rede social pode ser compreendida como algo que ocorre
desde a época das cavernas quando começaram a surgir os primeiros meios de
comunicação, que é a união de famílias, tribos, para um objetivo em comum.
Porém, o marco para que este começasse a ser um assunto polêmico se dá a
partir de seu processo evolutivo para o mundo virtual, pois, foi quando os
horizontes destas redes começaram a extender-se em nível mundial.
Com o surgimento das Tecnologias de Informação e
Comunicação e sua disseminação pelo mundo empresarial e pessoal, se tornou
“essencial” que as organizações e as pessoas tenham acesso a esses meios,
pois eles se tornaram quesito de inclusão e status social. Empresas que não
adotam estas tecnologias tendem a não sobreviver no mercado em quesito de
competitividade.
No entanto é necessário que os indivíduos saibam se utilizar
destas redes corretamente, pois, no trabalho, elas não devem atrapalhar o
rendimento nos processos empresariais, além de que no uso excessivo destes
meios existe o perigo do desenvolvimento de um distúrbio chamado Nomofobia.
Este distúrbio traz sintomas de ansiedade toda vez que o indivíduo está incapaz
de se conectar e comunicar através de algum equipamento tecnológico.

I CAPITULO - REDES SOCIAIS E SOCIEDADE
É inegável que as redes sociais tomaram um espaço no mercado
e na sociedade de crescimento irremediável.
A disseminação dos celulares, com as Redes Sociais, trouxe para
a vida da maior parte da população mundial uma mudança drástica
comportamental em suas relações. Estas mudanças podem ser chamadas de
“revolução tecnológica”. Como argumentam (N.D.C.; 2004) Appud. CASTELLS
(2000) e NICOLACI-DA-COSTA (2002), “revoluções tecnológicas têm muito em
comum no que diz respeito (...) às suas conseqüências sociais (...)”.
Sobre estas conseqüências sociais podemos afirmar que as
organizações precisaram se adaptar ao modelo da sociedade atual que adere as
redes sociais em seus processos diários.
Como exemplo disso pode-se observar grandes empresas que
utilizam redes sociais para sua divulgação. Como as empresas CNN (Cable News
Network ou Rede a Cabo de Noticias), Discovery (Discovery Communications),
MTV (Music TeleVision) que veiculam notícias dentro do aplicativo Snapchat (O
termo em inglês, “snap” tem a ver com “click”, “clack” ou algum barulho referente;
e “chat” quer dizer “bate-papo”, e é um aplicativo que permite que os contatos
troquem fotos e/ou vídeos disponibilizados em tempo especificados pelo usuário
que as envia e se comuniquem através do pate-papo disponível no aplicativo).
(FELITTI, 2015).
Ou a criação do aplicativo Startup (termo do inglês quer dizer
“começar”), uma rede social no modelo Tinder (Tinder é uma palavra
dinamarquesa que quer dizer “pico” ou “cume”, é uma rede social de
relacionamentos que possibilita que se abra uma janela de diálogo entre duas
pessoas quando ambas curtem o perfil uma da outra), que utiliza inteligência
artificial para gerar “encontros entre candidatos e vagas de emprego”. (CABRAL,
2015).

Segundo XAVIER; NUNES, (2014): “Conforme já tratado, a
globalização e a revolução tecnológica possibilitaram às empresas auferir
parcelas importantes de suas receitas fora do país sede. Nesse sentido, aliado a
esse processo de globalização, a rede social se torna um importante meio de
divulgação dos produtos e serviços oferecidos pela organização empresarial em
escala global, tornando-se uma ferramenta de marketing.”. Ou seja, a
globalização e a disseminação das redes sociais trouxeram uma facilidade maior
para a divulgação de produtos e serviços e suas marcas e um impacto maior de
mercado para a empresa em quesito financeiro por possibilitar a venda dos
produtos fora do país.
O conceito cultural baseado no comércio mudou drasticamente o
ser humano e a sua forma de lidar com essas tecnologias, mais especificamente,
atualmente, com o celular e outras ferramentas que estimulam o consumo, existe
uma necessidade da posse de determinados “requisitos”, para que uma pessoa
seja considerada parte de um meio social, e a rede social tornou-se parte deste
quesito. Isto traz a ocorrência de uma exclusão para com indivíduos que não
estão vivendo estas tendências tecnológicas que vêm evoluindo tão rapidamente.
(LOPES, 2014).
Com esta realidade cada vez mais crescente, as pessoas,
acabam habituando-se a estarem sempre conectadas, tanto por uma questão
social, quanto por uma questão de costume e acabam por tornarem-se
dependentes desse contato virtual e até mesmo por terem uma relação afetiva
com seus celulares, ou seja, mesmo que não estejam utilizando-o, ainda se
sentem mais seguras quando ele está em mãos. Isto pode ser um estímulo e/ou
início para o que é chamado de nomofobia. É insuportável para o nomofóbico
estar desconectado e/ou longe de seu aparelho celular. (SILVA, 2007).
Existem fatores um tanto quanto negativos quanto a essa
dependência como queda de produtividade no trabalho, a falta de atenção que
expõe o funcionário a diversos riscos. Muitas empresas, públicas e privadas,
vêem as redes sociais como uma ameaça, justamente por este fator, e passam a
restringir sua utilização em ambiente de trabalho. Porém, esta restrição está de
longe tendo resultados favoráveis. Uma pesquisa do Instituto Qualibest em 2013

revelou que, apesar destas restrições para o uso das redes sociais em ambiente
empresarial, a maioria dos funcionários se utilizam de seus próprios aparelhos
móveis para se conectarem à rede em horário de trabalho.
De acordo com a pesquisa, o laptop é o item mais utilizado pelos
entrevistados pela Qualibest em horário de trabalho (74%), seguido de perto pelos
smartphones, (68%). E fazem o uso dos mesmos para acessar suas redes
sociais. (QUEZADA, 2013).
As redes mais acessadas são (de acordo com a imagem abaixo):
• Facebook (74%);
• YouTube (61%);
• Twitter (29%);
• Google (28%);
• Outras (43%).
Tabela redes sociais mais utilizadas 1

Fonte: http://www.proxxima.com.br/home/social/2013/11/19/Redes-sociais-X-
Produtividade--uma-batalha-entre-funcionarios-e-as-empresas-.html
Além da queda de produtividade, a rede social traz para o
indivíduo a falsa ideia de privacidade que o leva, em postagens diversas,
disponibilizar informações que podem expor tanto a empresa como ele mesmo na
internet e ocasionar uma imagem de má conduta para a organização e/ou para
ele mesmo. (XAVIER; NUNES, 2014).
O perigo da rede social está em as pessoas acharem que estão
mais protegidos para se expressarem através dela: "É a velha história de trazer a
mesa de bar para dentro da rede social", REIS; FEIJÓ (2012) Apud. PATRÍCIA
PECK PINHEIRO "Se uma pessoa desabafa e fala mal da empresa ou do chefe
numa mesa de bar, tudo bem, o assunto se limita aos presentes. Mas o que é
colocado na internet é visível para terceiros, vira documento publicado, ou seja,
930 milhões de pessoas poderão ver sua mensagem".
RODRIGUES (2015), em sua publicação no Cmais (site oficial da
Rede Cultura), cita sobre o debate na Campus Party Brasil em sua oitava edição,
com o enfoque sobre como as redes sociais criam para os usuários uma
sensação de falsa privacidade. O tema principal: “Vale a pena ser você mesmo na
internet?”, foi mediado por Dennys Antonialli.
Um dos responsáveis por levantar essas questões foi o americano
Edward Snowden, ex-contratado da CIA (Central Intelligence Agency ou Agência
Central de Inteligência) e NSA (Nacional Security Agency ou Agência de
Segurança Nacional) ao publicar dados secretos das empresas de inteligência
americanas, revelando um esquema complexo de espionagem mundial, inclusive
de cidadãos e governos. Após estas informações virem à tona, foi que a
sociedade brasileira começou a perceber, um tanto tardiamente, que a internet
não é tão segura quanto aparentava ser.
O vínculo de informações compartilhadas com as redes sociais
mais utilizadas, como Facebook, Google e afins, em sites de compras, por
exemplo, possibilita a utilização de dados pessoais e monitoramento por
empresas diversas que passam a bombardear os indivíduos em seus acessos à

rede com publicidades relativas a produtos diversos, atingindo o publico alvo
desejado de forma assertiva, incentivando o consumo. Porém, isto pode ser e é
um fator que causa desconfiança para alguns usuários da rede, após os mesmos
perceberem que estão disponibilizando tantas informações sem nem ao menos
perceber. Apesar disso, ainda há quem costuma confiar no falso anonimato. O
que é um erro já que percebe-se que mesmo que uma pessoa crie uma
identidade falsa na internet, o monitoramento ocorre para quem está por detrás
daquela máscara (através de seus acessos, e suas preferências na internet).
Antonialli, cita uma charge do cartunista Peter Steiner publicada no jornal The
New York Times em julho de 1993:
Charge; cartunista Peter Steiner. 1993 1
Fonte: http://cmais.com.br/arte-e-cultura/noticias/campus-party-2015-debate-
sobre-a-falsa-privacidade-na-era-da-internet
“Na internet, ninguém sabe que você é um cachorro”, diz o
personagem ao seu companheiro na charge que foi considerada como uma
prevenção sobre a atual sensação de anonimato de muitos usuários ao utilizar a
internet.
É preciso que se haja uma diferenciação entre ambiente de
trabalho e vida social. No cenário dos dias atuais, é necessário que tanto o
empregador se preocupe em respeitar a liberdade de expressão do funcionário e
o empregado em respeitar a privacidade da empresarial.

As leis trabalhistas não impedem que as empresas
estipulem no contrato de trabalho, condutas e posturas desejáveis, em relação ao
uso tecnológico, como por exemplo, os tipos de canais, ferramentas e como
devem ser utilizados. Algumas empresas possuem até mesmo material orientador
como cartilhas ou manuais de redação corporativa, orientando os empregados
sobre a linguagem apropriada e palavras consideradas indevidas.
A postura indevida do trabalhador na internet
quanto à exposição de informações degradantes para a empresa em redes
sociais pode acarretar em demissão por justa causa. Porém, a demissão de um
empregado por divulgações de conteúdo diverso fora de horário de trabalho pode
acarretar punição do empregador. Em muitos casos pagamento de indenização
ao empregado. (SILVA; LACERDA; ABRANTES; 2011).
Divulgação de informações que ferem a privacidade de terceiros;
Pedofilia; Publicidade enganosa e abusiva no comércio eletrônico; uso indevido
da imagem em sites de relacionamento; São problemas que envolvem a violação
dos direitos normativos nas esferas civis e penais e que são considerados crimes
virtuais. (SILVA; LACERDA; ABRANTES; 2011).
SILVA; LACERDA; ABRANTES; Apud. EREMBERG, JEAN J..
(2002, pg. 107): “Desde o seu surgimento, a internet sempre foi uma espécie de
comunidade livre. Sem governantes, sem regras que não fossem
consensualmente estipuladas e aceitas por seus membros”. Esta frase destaca a
dificuldade no combate à punição dos delitos cometidos no âmbito virtual e a
necessidade de que se reconheça que a internet não é um paraíso cibernético.
(SILVA; LACERDA; ABRANTES; 2011).
A Internet está em constante evolução por programadores que a
vem aprimorando no passar dos anos. A privacidade na internet e a preocupação
com os riscos no âmbito virtual é assunto muito recente. As redes sociais são um
exemplo do avanço tecnológico cada dia mais rápido que vem ocorrendo e
trazendo para a sociedade, impactos significativos em quesitos econômicos, de
mercado e social.

1.1 SOCIEDADE
Segundo CAMARGO (2015), uma sociedade é um sistema de
interações humanas culturalmente padronizadas. A palavra sociedade vem do
latim societas, que significa associação amistosa com outros.
A sociedade é, além do conjunto de indivíduos partilhando do
mesmo espaço, uma organização social regida por leis, instituições e relações
mútuas. Ou seja, conviver em sociedade é, além de partilhar do mesmo espaço
com outras pessoas, se relacionar direta ou indiretamente com elas. Os
indivíduos que convivem em sociedade são denominados cidadãos.
Para KARL MARX (1848), a sociedade é heterogênea, constituída
por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias dos que possuem o
controle dos meios de produção, ou seja, as elites. O homem relaciona - se com
outros seres humanos, dando origem às relações de produção e o conjunto
dessas relações leva ao modo de produção. Em seu livro “O Manifesto
Comunista” destaca como a burguesia revoluciona a sociedade, quebrando as
barreiras religiosas que dividiam o povo entre os povos e os reis e trás o comércio
para as cidades com o marco de que a predominância seria dada não por títulos,
mas pela posse.
O proletariado¹ traz outro marco social onde o indivíduo passa a
viver de seu próprio trabalho e marca o início da sociedade moderna.
Na sociedade capitalista, que é o atual cenário se encontra o
mercado, existe a busca por lucro e crescimento constantes. Partindo-se deste
princípio, podemos tomar a sociedade atual como exemplo do que diz ARRUDA;
2010; Apud. ZYGMUNT BAUMAN sobre uma sociedade líquido-moderna:
“Líquido-moderna é uma sociedade em que as condições sob as
quais agem os seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele
necessário para a consolidação, em hábitos e rotinas, das formas de agir. A
liquidez da vida e a sociedade se alimentam e se revigoram mutuamente. A vida
líquida, assim como a sociedade líquido-moderna, não pode manter a forma ou
permanecer em seu curso por muito tempo”.

Segundo BAUMAN (1925), esta modernidade líquida, ou seja,
estas mudanças constantes ocorridas na sociedade atual é o retrato fiel do ser na
contemporaneidade. (ARRUDA, 2010)
NOTA: 1. Pessoa que só tem seu salário para viver, isto é, a remuneração da
sua força de trabalho.
1.2 GLOBALIZAÇÃO
O marco mais importante que permitiu a disseminação da rede
social pelo mundo, com a aproximação das relações comerciais mundiais, é
chamado de Globalização.
Globalização é a denominação dada ao processo de crescente
interação econômica que está ocorrendo no mundo, na qual, produtos e capital
transitam entre os países com liberdade cada vez maior, determinando uma
economia mundial de caráter cada vez mais planetário. Pode-se afirmar que a
globalização é resultado de mutações estruturais que vem ocorrendo no decorrer
dos séculos (movimento secular) num processo internacionalização do mercado
mundial (ALBERTI; 2003).
Afirma-se que a Globalização tem todo um conceito histórico. Na
antiguidade, por exemplo, os fenícios já viajavam do Mediterrâneo (costa asiática)
ao Atlântico até a costa portuguesa em suas grandes navegações. E já existiam
transações comerciais entre países antes mesmo da expansão marítima marcada
pelos espanhóis e portugueses no século XV. (CAMPOS; CANAVEZES; 2007)
CAMPOS; CANAVEZES Apud. FERNAND BRAUDEL (1989)
define que é importante distinguir duas realidades distintas da globalização:
a. A economia mundial (a conhecida por todos nós onde existe a
interligação de todos os pólos mundiais);
b. A economia mundo (que ocupa um determinado espaço
geográfico).

Exemplo: Economia submetida a um pólo central. Como uma
cidade dominante:
• Alexandria, no tempo de Augusto e de António e
Cleópatra;
• Veneza e Génova, entre 1378 e 1381;
• Nova Iorque e Washington, nos EUA;
• Londres e Amsterdão, no século XVIII; etc.
(CAMPOS; CANAVEZES; 2007).
A acumulação de capital do período do capitalismo industrial
determinou a formação de poderosos conglomerados econômicos nos países
industrializados, estes que continham interesses econômicos no exterior e
passaram a investir parte de seus recursos iniciando assim a Integração ou
Globalização Econômica (Investimentos Internacionais). Os investimentos
realizados pelos grandes conglomerados buscavam principalmente estimular a
exploração das matérias-primas nos centros produtores ou encarregavam-se de
fornecê-las para as potências voltadas à industrialização. Nesse caso incluía-se,
entre outras obras de infra-estrutura, a construção de ferrovias, portos, canais,
usinas produtoras de energia elétrica e redes de telégrafo nos países das
Américas, Ásia ou África, onde se localizavam esses centros. Nessa etapa da
globalização os grandes conglomerados econômicos das potências industriais
tornaram-se empresas de ação multinacional ou transnacional. Os reais sinais da
globalização começam a se destacar em 1990, pois a partir das crises de 1970
que determinam o fim do mundo bipolar (dois pólos econômicos: URSS e EUA),
diversos pólos se fortificam tornando uma nova divisão (países independentes). A
década de 1990 foi marcada pelo processo de mundialização do capitalismo, pois
os princípios que funcionam como alicerces desse regime (a propriedade privada,
a livre iniciativa e o livre mercado) foram incorporados pelos antigos países
socialistas. (GONÇALVES; 1998).
A Globalização trouxe diversos benefícios como: O avanço de
transportes (ferroviário, hidroviário, aéreo), telecomunicação (telefone, fax, rádio)

e informática (computadores, internet) as transações comerciais se tornaram bem
mais fáceis. O setor de telecomunicações, aliado ao setor de marketing, acarreta
o avanço das técnicas de venda direta ao consumidor, e os processos de
produção tem a possibilidade de serem melhorados e padronizados através da
automatização. (G1 PE; 2014)
Devido ao cenário comercial que a globalização trouxe
mundialmente a competitividade comercial entre os países aumentou em níveis
altos. Pois, as empresas podem possuir estabelecimentos em qualquer lugar no
mundo. A competitividade fez com que as organizações começassem a ter a
visão de que o lucro é proveniente da satisfação do cliente perante o negócio
tratado pela empresa. A satisfação do consumidor é o foco comercial, podendo
este escolher onde e como deseja adquirir seus produtos e serviços de forma
mais rápida e fácil. “Colocar o produto certo, no local certo, na hora certa, pelo
menor preço é a grande meta a ser alcançada.” Diz LEANDRO (2004).
Houve então maior investimento na área de marketing do início
(propaganda) até o fim (pós-venda), já que um cliente satisfeito torna-se fiel e a
boa imagem proveniente de um bom atendimento acaba trazendo maiores
benefícios para o empreendimento. A boa convivência corporativa dos
profissionais envolvidos traz motivação e o serviço realizado por pessoas
motivadas é muito mais bem feito. Estes são exemplos de preocupações que a
globalização trouxe para o empreendedor. (LEANDRO, 2004)
1.3 INTERNET
Segundo CONTI (2015), a Internet é uma rede mundial que
interliga uma enorme diversidade de computadores de categorias variadas
(comuns, especiais, servidores, máquinas de alta capacidade com grande poder
de processamento e conexões velozes, controladas por universidades, empresas
e órgãos do governo), e os mais variados sistemas operacionais. A internet é uma
“rede de redes”, ou seja, os computadores interligados compartilham informações
de diferentes formas e conteúdos, disponibilizando vários serviços de diversas
mídias.

A internet teve seu surgimento em meio à guerra fria (período
entre 4 e 11 de fevereiro de 1945) e foi desenvolvida para fins de proteção e troca
de informações mais seguras, já que os meios convencionais de comunicação
entre os países estariam sob vigilância. (ROCHA; GOMES; MELRO; 2001).
Pode-se dizer que o início para as redes de comunicação se deu
a partir do envio do satélite Sputnik, (um satélite que podia completar a órbita da
terra em 90 minutos, emitindo sinais de radio freqüência de 20 MHz e 40 MHz
(unidade de medida utilizada para medir oscilações ou vibrações de ondas de
rádio) audíveis a qualquer pessoa que se utilizasse de um rádio receptor), ao
espaço pela Rússia em 4 de outubro de 1957, pois este fato motivou a criação da
ARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa) e NASA
(Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) a fim de iniciarem
pesquisas de melhores formas de comunicação de redes.
Joseph Licklider (ROCHA; GOMES; MELRO; 2001), psicólogo,
especialista em computadores do Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT),
foi o pioneiro a defender a idéia de que para que houvesse uma comunicação
mais rápida entre equipes de investigação da ARPA (Agência de Projetos de
Pesquisa Avançada de Defesa), era necessária a criação de uma rede de
compartilhamento em âmbito maior do que as já existentes. As pesquisas para a
criação desta rede de compartilhamentos em questão iniciaram enquanto Licklider
as liderava; e mesmo após sua saída da empresa em 1965, as buscas para que
esta rede de computadores fosse possível continuaram com o auxílio de Robert
Taylor.
A dificuldade para a realização desta rede que permitiria o envio
de dados deveu-se ao fato de que as antigas formas de conexão já existentes
eram independentes e incompatíveis, ou seja, não se comunicavam entre si.
(ROCHA; GOMES; MELRO; 2001).
Baseando-se no sistema de comutação por pacotes, imaginado
pelo norte americano Paul Baran e o Inglês Donald Davies, onde mensagens não
circulariam inteiras pela rede, mas sim em bocados, (encapsulados com as
informações de endereço do emissor, do receptor e seu número de ordem), estes

que seriam enviados para caminhos distintos até que chegasse ao seu destino
para que o computador receptor pudesse reconstituir, localmente, a mensagem
original; Foi decidido que se constituísse no processo, para aliviar o trabalho de
“host” (emissão e recepção de dados), computadores intermediários que
processassem um trabalho de “routing” (encaminhamento). Então, a conexão com
a rede de cada computador seria feita por estes computadores intermediários
denominados de IMP – Interface Message Processor (Interface de
Processamento de Mensagens)
Para a comunicação entre todos os computadores foi necessária
a criação de protocolos de regulamentação para o intercambio de dados como
Telnet (ligação interativa de um terminal com um computador remoto) e o FTP
(File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos). (ROCHA;
GOMES; MELRO; 2001).
Foi Taylor, então, quem financiou a primeira rede de
computadores. A primeira rede de computadores surgiu no dia 1 de Dezembro de
1969 e foi denominada de ARPANET. Esta interligava a comunicação entre a
Universidade de Los Angeles - Califórnia, SRI - Stanford Research Institute
(Instituto de Pesquisas de Stanford), a Universidade de Utah e a Universidade em
Santa Bárbara – Califórnia. Estudantes destas quatro Universidades criaram o
NWG – Network Working Group. (Grupo de Trabalho para Redes) (ROCHA;
Vinton Cerf foi denominado o “pai” da internet após desenvolver o
protocolo de TCP/IP (Transmission Control Protocol e Internet Protocol ou
Protocolo de Controle de Transmissão e Protocolo de Internet), que assegurava a
interoperacionalidade e a interconexão de diversas redes de computadores. Foi
em julho de 1977 que Cerf e Robert Kahn, utilizando-se de três redes ARPANET,
RPNET e STATNET marcaram o nascimento da Internet. Após diversas
alterações, foi em 1990 que esta Rede Mundial de Compartilhamento protocolada
por “WWW” (World Wid Web), se disseminou e popularizou para o mundo todo. O
primeiro navegador (browser) a ser utilizado era chamado LYNX e permitia
apenas a transferência de textos. Depois deste veio o MOSAIC permitindo a
transferência de textos e imagens. E foi a partir dele que surgem o Netscape e a

Internet Explorer. Estas ferramentas e protocolos foram auxiliadores para que a
utilização da rede mundial de compartilhamento se expandisse. (ROCHA;
Desde então a internet é considerada uma comunidade livre e
vem evoluindo e se aprimorando com diversos programadores ao redor do
mundo.
1.2.1 REDE SOCIAL
Segundo LEITE (2015), uma rede social é uma estrutura social
virtual composta por pessoas e/ou organizações, conectadas por um ou vários
tipos de relações, que partilham na internet valores e/ou objetivos comuns.
É preciso compreender que a comunicação humana é um
processo evolutivo contínuo que se inicia a partir da compreensão de que o
homem é um ser inteligente. É possível afirmar que o homem está condenado ao
progresso e à destruição. A odisséia do conhecimento tem início quando o
homem adquire o poder de dar significado às coisas e abandona a inocência.
Passa de homem-macaco para ser humano. (CAMPOS; MIRANDA)
A prova disto é que desde os primórdios (período pré-histórico;
500.000 A.C período paleolítico, mesolítico; 500.000 A.C. à 18.000A.C; neolítico;
18.000 A.C à 5.000 A.C; idade dos metais 5.000 A.C à 4.000 A.C) encontramos
formas de comunicação primitivas. Podemos então perceber que comunicar-se é
essencial para os indivíduos em uma sociedade. (FÓTON, 2015).
Uma rede comunicativa de relacionamento entre pessoas e seus
interesses, pode ocorrer não necessariamente pela internet, então podemos dizer
que desde sempre se houve o que é chamado de “rede social”. Porém, esta
denominação tornou-se famosa e polêmica após seu surgimento virtual por ter o
poder de aumentar o ciclo de relacionamentos, facilitando a comunicação e
compartilhamento de informações entre pessoas de distâncias variadas.
(RIBEIRO; 2009).

A primeira rede social surgiu em 1995, conhecida como
Classmates com o objetivo de possibilitar o reencontro entre amigos e colegas
que estudaram juntos. Foi muito utilizado nos EUA – Canadá. Porém, foi a Six
Degrees (1997-2001) foi que inaugurou o modelo de rede social mais conhecido e
utilizado nos dias de hoje. E foi assim que começaram a surgir diversas outras. A
primeira a fazer sucesso no exterior e que se destacou por muito tempo em seu
sucesso, surgiu em 2002, criada por Jhonatan Abrams na Califórnia, e
denominou-se Friendster. Em 2003 surge o MySpace (que em 2004 já havia
superado o sucesso de Friendster) e o Linkedin (uma rede para relacionamentos
profissionais). Em 2004 surge o Orkut, criado pelo engenheiro turco Orkut
Buyukkoten. Tornou-se muito famoso principalmente nos países Brasil e Índia. .
Em 2006 houve o surgimento do Facebook, criado por Mark Zuckerberg e é a
rede de maior sucesso atualmente. Também houve o surgimento do Twitter em
2006, mas que se popularizou apenas em 2008. E esta cadeia tem aumentado
cada vez mais: Printerest, Google+, Snapchat, Tinder, Blogger, Tumblr,
Instagram, Flickr, entre outros, são exemplos de redes sociais que tem ganhado o
mercado e cada vez mais usuários. (JESUS; 2012).
1.3.1.1 NOMOFOBIA
Com o surgimento das Redes Sociais e a disseminação dos
celulares, numa sociedade o uso do mesmo trás aos usuários o “status”
necessário para ser pertencente à sociedade, já que eѕtа impõe quе оѕ indivíduos
еѕtејаm sempre conectados e cientes do que acontece no mundo, surge também
um disturbio denominado “Nomofobia”.
Nomofobia provém do inglês (No-Mo/ No Mobile, ou sem
telemóvel) e se refere à fobia, sensação de angústia ou ansiedade quando há
para o indivíduo uma impossibilidade de se manter conectado, comunicar-se ou
estar perto do telemóvel ou de algum aparelho referente. (SILVA; 2007)
Para muitas pessoas a Nomofobia ainda é um mito, ou apenas
vêem como algo que pode ocorrer a outros. (PEREIRA; 2015).

A pessoa nomofóbica apresenta perfil ansioso, dependente,
inseguro e sintomas característicos de transtornos de ansiedade, como crise de
pânico, fobia social, fobia específica, transtorno de estresse pós-traumático, por
exemplo, podendo chegar à taquicardia, suores frios, dor de cabeça e sensação
de nudez, etc. Existe até quem declare ter medo de sofrer mal estar ao estar na
rua se acaso estiver sem o seu celular. Alguns chegam a interromper relações
sexuais, para responder mensagens, receber ligações, por exemplo, ou ter
problemas no relacionamento pela ausência ou excesso da presença dos
celulares. (MEDEIROS; 2015).
Os alvos mais freqüentes deste distúrbio são adolescentes e
adultos com mais de quarenta anos.
Muitas vezes esta dependência pelo aparelho móvel pode se
desenvolver por conta de outras doenças, como transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), fobia social, transtorno de ansiedade, depressão e
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), que o indivíduo já possui, está
desenvolvendo ou desenvolveu e não houve nenhuma observação quanto a isso.
Muitas vezes, o nomofóbico não aceita que esteja desenvolvendo ou possuindo
um distúrbio, e procura maneiras de racionalizar seus sintomas se utilizando do
trabalho, família e outros fatores estressantes que fazem parte do dia-a-dia, mas
vive um desconforto constante que pode piorar a cada dia se não for observado e
tratado. (MEDEIROS; 2015).
O tratamento para o distúrbio nomofóbico é psiquiátrico, podendo
ter a possibilidade de ser medicamentoso quando a dependência se associa com
outros transtornos. (SORDI; 2014).
Existem formas de se evitar o uso exagerado de smartphones e
demais aparelhos que podem trazer para o indivíduo o risco de se tornar
nomofóbico, como procurar a prática de atividades que estimulem o convívio
social e a saúde; priorizar o convívio social em almoços, jantares, festas,
atividades em geral; policiar-se quanto a se estes aparelhos estão influenciando
no bom relacionamento entre as pessoas a sua volta; buscar outras maneiras de

lidar com sentimentos negativos como frustração, solidão e afins sem o uso dos
mesmos; etc. (SORDI; 2014).

II – CAPITULO - PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM
A adoção da utilização de redes sociais nos processos da
prefeitura se deu naturalmente com a inclusão digital e sua disseminação que
cada vez mais incita pessoas e organizações a serem inseridas no mundo virtual
como forma de sobrevivência de mercado e social. A prefeitura precisa estar em
contato com a população, trocando informações de diversas formas e isto se
tornou possível com a página do Facebook e publicações em site.
Para evitar problemas foi aplicado às normas da empresa a
Política de Segurança (Documento que rege as normas de uso da Tecnologia da
Informação). Assim, a infração² de qualquer regra ao lidar com a utilização de
aparelhos móveis e da rede pode ser advertida e/ou punida da forma
correspondente. Existe também a adoção de medidas para conscientização do
uso indevido das mesmas e a adoção de restrição e monitoramento (apenas a
gestão e marketing têm I.P. (Protocolo de Internet) liberado para o acesso à rede
da empresa e tem seus acessos monitorados em tempo real através de uma
ferramenta de monitoramento). “Pela empresa existem avisos lembrando o
funcionário do uso “sadio” da internet e seus riscos se mal utilizada. Existe uma
Política de Segurança (Documento que descreve todas as normas de utilização
da rede, por exemplo, do que pode e não pode ser acessado).”, diz Bordignon.
A empresa permite aos funcionários a utilização de aparelhos
móveis e redes sociais nos momentos de descontração nos horários de almoço
desde que em seus respectivos planos particulares, não permitindo que estes
acessem a conexão da empresa para evitar queda de produtividade nos
processos onde o uso da rede é necessário.
Observamos então que a empresa se preocupa com a
produtividade de seus funcionários e processos e a segurança dos mesmos.
Apenas restringe a rede em horário de trabalho para as funções que não
precisam se utilizar dela para evitar que haja problemas; mas, ainda assim
existem os funcionários da área de marketing que em suas funções dependem do
uso das mesmas para a atualização da página do facebook da empresa e de

outros meios dos quais ela se utiliza. E os funcionários da gestão que necessitam
do acesso à rede em suas respectivas funções.
NOTA: 2. Ato de infringir/agir de forma desrespeitosa para com leis e regras
estabelecidas.
2.1. HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO
A Prefeitura Municipal de Mogi Mirim foi fundada durante a
primeira gestão do Prefeito Adib Chaib (eleito como vereador em 1951 e como
prefeito em 1955) e está localizada na Rua Dr. José Alves, 129, Centro.
Questionário Respondido e comentado por Leandro Luiz Costa
Bordignon
QUESTIONÁRIO TCC – Prefeitura Municipal de Mogi Mirim
1. Houve mudanças de produtividade após a adoção das
redes sociais nos processos da empresa?
Sim (X) Não ( )
COMENTÁRIO: Na verdade a adoção veio que naturalmente. Com a inclusão
virtual das pessoas, cada vez mais nos vemos influenciados pela tecnologia das
redes sociais, onde somos incitados a adquirir produtos que muitas vezes nem são
necessários.
2. Já ocorreram problemas por conta de usos abusivos de
dispositivos como celulares, tablets, etc. no trabalho?
Sim (X) Não ( )
COMENTÁRIO: Foi necessário que se aplicasse a Política de
Segurança da empresa (Documento que rege as normas de uso da TI) à pessoa
envolvida para que não ocorresse novamente. Sem contar a queda de produtividade
notável no trabalho e muitas vezes o risco que o funcionário corre ao utilizar dispositivos
móveis sem consultar o responsável pelo setor.

3. Se a resposta foi positiva, como a empresa resolveu
estes problemas
3.1. (X) Adotando programas de monitoramento de
conteúdos
3.2. (X) Proibindo o uso e/ou advertindo o funcionário
3.3. (X) Conscientizando sobre como ou quando pode haver
a utilização destes na empresa
COMENTÁRIO: Como já citado, as redes sociais já fazem parte e
estão inseridas no ser humano de uma forma que não tem mais volta. Para a
equipe de Tecnologia da Informação, cabe atuar para que seja entregue ao
cliente final o que a empresa se propôs.
4. A empresa permite que os funcionários utilizem
celulares, etc. nos momentos de lazer, como horários de almoço, etc?
Sim (X) Não ( )
5. Se não, justifique.
COMENTÁRIO: A utilização de celulares é liberada, mas não podem
utilizar a rede de dados da empresa. Necessitam ter um plano particular de internet para
que possam, por exemplo, utilizar as redes sociais, não impactando dessa forma no
funcionamento da rede da empresa.
6. A empresa adota formas de conscientização (como
placas, lembretes, por exemplo) aos funcionários sobre que este uso excessivo ou
abusivo de celulares, redes sociais, etc. no horário de trabalho pode ocasionar a
advertências ou desligamento da empresa?
Sim (X) Não ( )
COMENTÁRIO: Pela empresa existem avisos lembrando o
funcionário do uso “sadio” da internet e seus riscos se mal utilizada. Existe uma
Política de Segurança (Documento que descreve todas as normas de utilização
da rede, por exemplo, do que pode e não pode ser acessado).

A utilização da internet sem restrição era liberada somente aos
cargos de Chefia e a Assessoria de Comunicação devido ao monitoramento, por
exemplo, às redes sociais para que pudessem ficar atualizados sobre os
comentários sobre a empresa. Mesmo assim todo tipo de acesso era monitorado
pela equipe de TI.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A disseminação do acesso às redes sociais e a internet no
ambiente social e de trabalho, tem trazido benefícios para as instituições em
quesito da facilidade de comunicação com o público alvo que facilita o feed back
(retorno da opinião dos clientes) e permite que a empresa possa melhor atende-
lo.
Porém, existe um problema quanto ao mau uso destas redes que
podem acarretar quedas de produtividade e riscos tanto à privacidade de
informações da organização quanto de exposição do próprio funcionário. Como
citado no primeiro capítulo.
A partir do estudo de caso apresentado, constatamos que a
prefeitura Municipal de Mogi Mirim tomou medidas para inibir o uso excessivo da
rede social em horário de trabalho, além disso, ela se utiliza de informativos e do
documento de Política de Segurança da empresa que contém os processos
normativos de responsabilização para conscientização de seus funcionários das
respectivas punições para com o mau uso destas redes dentro do ambiente de
trabalho.
Podemos dizer então que a prefeitura neste sentido orienta seus
funcionários para que eles compreendam sua metodologia de trabalho e os atenta
para que não permitam que a rede social seja utilizada como obstáculo para o
bom funcionamento da empresa, de forma a que as suas respectivas atividades
sejam executadas com eficiência. O não atendimento de tais normas e regras
pode acarretar advertência e/ou punição para o empregado infrator. Concluímos
que é preciso haver aos envolvidos no processo empregatício e empresarial a
preocupação sobre como distribuir a utilização destas redes no ambiente de
trabalho e a tomada de medidas para evitar quedas de produtividade e demais
problemas na organização, já que com a disseminação dos celulares existe uma
dificuldade no controle sobre as redes particulares de cada indivíduo na
organização se estes estão burlando as regras impostas e não compreendem o
impacto que isto está trazendo para seu rendimento.

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