1. O documento analisa as mudanças na linha costeira, a diversidade geoecológica de um recife costeiro e o crescimento do turismo náutico em João Pessoa entre 2010-2020. 2. Foi identificada erosão crítica na linha costeira e expansão do turismo náutico do norte para o sul do recife, podendo ameaçar a geoecologia do local. 3. Vinte categorias de vida marinha foram mapeadas no recife, mostrando sua diversidade, todavia o turismo desordenado pode

1. “UMA ABORDAGEM GEOECOLÓGICA DAS
MUDANÇAS NA LINHA COSTEIRA E DO
TURISMO EM UM RECIFE COSTEIRO URBANO
NO NORDESTE DO BRASIL”
Programa de
pós-
graduação
em Geografia
Tese de Doutorado apresentada a
Universidade Federal da Paraíba para
obtenção do grau de Doutora
Maria Cecilia Silva Souza
Área de concentração: Território, Trabalho e
Ambiente.
Linha de pesquisa: Gestão do Território e Análise
Geoambiental.
Orientador: Prof. Pedro Costa Guedes Vianna.
Coorientadora: KArina Massei.
As embarcações que partem da rota Tambaú Seixas
são a maioria no recife representando atualmente
cerca de 50% das embarcações. É possível observar
que o Platô Recifal concentra o maior número de
embarcações de turismo.
O turismo acomoda em maior
parte a zona Norte do
ambiente recifal, em face dos
setores SA1, SP1 e parte do
SB1, mas já demonstra um
aumento em direção à porção
Sul da costa abrigada do
recife apresentando
concentração na interface
entre SA3 e o SP3. Ainda é
possível destacar que os
setores SA3 e SB2 são
utilizados por embarcações
de menor porte (catamarãs
com capacidade de até 20
pessoas e embarcações de
pesca), sendo oriundos da
comunidade local.
Diante da execução dos objetivos, ficam
comprovadas as hipóteses:
1. O turismo náutico desordenado sobre a zona
costeira pode resultar na perda da geoecologia dos
ambientes recifais e na qualidade das ofertas de
serviços.
Comprovada, uma vez que identifcada a cobertura
recifal e suas relações, o turismo naútico desordenado,
dregrada por excesso de uso, quanto aos serviços,
estes dependem diretamente da conservação desses
ambientes "o recife é a paisagem vendida" uma vez
que ela perde os servições também perdem)
2. O turismo náutico reproduz a lógica de apropriação
da paisagem, ao longo dos ambientes recifais da zona
costeira.
Comprovada, apartir do mapeamento do turismo
nautico na costa e seu historico, comprova-se que o
mesmo busca novos atrativos recifais estes revelaran-
se vindos de norte para o sul.
3. A linha costeira afeta o desenvolvimento do turismo
náutico.
Comprovada, os pontos de embarque dependem
diretamente da estabilidade da linha de costa.
4. A oferta dos serviços de turismo de João Pessoa
não pode estar atrelada a capacidade de embarcações
para o recife do Seixas.
Comprovada, para o ano de 2020 só de leitos de
hospedagem foram calculados um maximo de 3.815
estes atrelados diretamente ao turismo, com uma
rotatividade consideravel. no mesmo ano 13
embarções encontran-se registradas para a prática de
visitação.
É importante destacar a ocupação do turismo na costa,
durante esses 10 anos, no ano de 2010, apenas o
bairro de Tambaú possuía mais de 20 meios de
hospedagens, em 5 anos podemos ver que já houve
um aumento expressivo, onde os bairros de Cabo
Branco e Manaíra já possuem 20 ou mais meios de
hospedagem, estendendo novos bairros com o
serviço, já no ano de 2020 a linha do bairro do Bessa
ao bairro do Cabo Branco já tem por todos os bairros
presença de meios de hospedagem.
A capacidade de leitos desses meios de hospedagem,
torna possivel analisar o quanto isso significa em aumento
populacional, nos meses de lotação.

2. O estudo batimétrico revelou que esta formação recifal
possui uma altura máxima de 1 m, acima do nível do
mar, uma área de 1,88 km², e que essa região está a
aproximadamente 30 km da quebra da plataforma
continental. A profundidade média encontrada na área
de estudo foi de 1,5 m, intercalada por relevos positivos
(depósitos sedimentares) e negativos (canais).
Resultados:
Resultado da integração de dados e esforços de um
conjunto de pesquisadores que, direta ou
indiretamente comprometidos, subsidiaram com
apoio científico e técnico. Os objetivos específicos
foram: Avaliar a dinâmica de mudança da linha
costeira na face da praia do Seixas entre os anos
de 2010 e 2020: na qual foi evidenciado que a
dinâmica da linha costeira ao longo de um período
de 10 anos, identificou uma predominância de
erosão crítica para os dois satélites Landsat e
Sentinel- 2, sendo possível observar uma intensa
atividade dinâmica na região.
O turismo náutico desordenado sobre a zona
costeira pode resultar na perda da geoecologia
dos ambientes recifais e na qualidade das
ofertas de serviços.
O turismo náutico reproduz a lógica de
apropriação da paisagem, ao longo dos
ambientes recifais da zona costeira.
A linha costeira afeta o desenvolvimento do
turismo náutico.
A oferta dos serviços de turismo de João Pessoa
não pode estar atrelada a capacidade de
embarcações para o recife do Seixas.
As hipóteses nesta Tese foram:
1.
2.
3.
4.
Avaliar a dinâmica de mudança da linha
costeira na face da praia do Seixas entre os
anos de 2010 e 2020.
Analisar a diversidade biótica e abiótica dos
aspectos físicos estruturais de um recife
costeiro urbano no nordeste do Brasil.
Analisar a evolução recente do turismo náutico
considerando a distribuição de embarcações
sobre os ambientes recifais e o
desenvolvimento dos serviços/segmentos
diretamente envolvidos na zona costeira entre
os anos de 2010 até 2020 no município de
João Pessoa.
Objetivo Geral
Analisar o crescimento do turismo náutico, a
diversidade geoecológica no recife do Seixas e as
mudanças na linha costeira no município de João
Pessoa.
Objetivos Específicos
Quanto a análise da diversidade biótica e abiótica os
resultados obtidos mostraram que no ambiente do
Seixas possui um total de 20 categorias, sendo que
nove são de famílias de algas vermelhas
(Rhodophytas), duas de algas pardas (Feofíceas),
cinco de algas verdes (Clorofíceas), duas Famílias de
corais, uma de hidrocoral e um grupo com os
Zoanthidae estimados no ambiente.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa é caracterizada como
multidisciplinar pois trata da integração de diversas
áreas das ciências (geografia, geoecologia,
geologia, geomorfologia, biologia, gestão, turismo,
entre outras), resultando na compilação de dados
e de uma análise crítica ao longo de um período.
Resultado da integração de dados e esforços de
um conjunto de pesquisadores que, direta ou
indiretamente comprometidos, subsidiaram com
apoio científico e técnico.
Nas amostras sedimentológicas dos 3 perfis usados
(testemunhos) (T1, T2 e T3) dados proporcionaram
uma visão mais especifica sobre a formação estrutural
do ambiente recifal do Seixas, uma vez que ao longo
dos 2,5 m do testemunho 3 não foi possível identificar
nenhuma base arenítica, o que nos leva a considerar
que o ambiente recifal do Seixas é um recife com uma
formação recente, morfologicamente como um típico
recife raso costeiro de base arenítica.
No último objetivo foi possível analisar a evolução
recente do turismo (distribuição de embarcações sobre
os ambientes recifais e crescimento do setor de
serviços (hospedagem) a zona costeira) entre os anos
de 2010 até 2020; nos últimos 10 anos que nos
revelou um aumento significativo de uso no ambiente
recifal do Seixas. Ao analisar esses dados
espacialmente, observamos que o turismo apresentou
um padrão de expansão do vindo do Norte para o Sul.
A compreensão dos processos que governam a erosão
costeira e a implementação de medidas adequadas de
gerenciamento e adaptação são essenciais para mitigar
seus efeitos negativos e garantir a sustentabilidade das
áreas costeiras.