O documento discute a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e apresenta um plano de aula sobre o tema para alunos do 5o ano. O plano inclui contar a história da abolição, mostrar imagens de escravos e objetos de castigo, e ler a música "A Mão da Limpeza" de Gilberto Gil.
2. A Abolição da Escravatura foi o acontecimento histórico mais
importante do Brasil após a Proclamação da Independência,
em 1822. No dia 13 de maio de 1888, após seis dias de
votações e debates no Congresso, a Princesa Isabel assinou
a Lei Áurea, que decretava a libertação dos escravos no país.
Sobre este dia, Machado de Assis escreveu anos depois na
coluna “A Semana”, no jornal carioca Gazeta de Notícias:
“Verdadeiramente, foi o único dia de delírio público que me
lembra ter visto”.
3. PLANO DE AULA
Tema: O movimento abolicionista e a abolição na escravidão
Objetivos:
- Conhecer previamente a história da “Abolição da Escravidão”
- Apresentar imagens dos escravos e objetos que eram utilizados como castigo na época
- Desenvolver a leitura da música de Gilberto Gil – A Mão da limpeza.
Público alvo: 5° ano do ensino fundamental
Estratégia:
Contar previamente a história da “Abolição da escravidão” para os alunos.
Apresentar para os alunos, cartazes com fotos dos escravos que fizeram parte da
abolição da escravidão e objetos que eram utilizados como castigos para os escravos
naquela época.
Desenvolver junto com a classe a leitura da música de Gilberto Gil – “ A mão da limpeza”.
Recursos/Materiais:
Slide, Vídeo, Músicas – Gilberto Gil: A mão da limpeza
(https://www.youtube.com/watch?v=bne1Y-fPUSQ&list=RDbne1Y-fPUSQ)
Avaliação:
Por fim, pedir para que os alunos façam um texto sobre o que foi visto em aula.
5. Os 5 piores castigos dados
aos escravos no passado.
6. A máscara geralmente era usada para punir
escravos que furtavam cana ou rapadura para se
alimentar, ou mesmo para aqueles que era flagrados
comendo terra (o que era feito por muitos escravos).
Era um artefato de ferro atrelado à cabeça e ao
pescoço do indivíduo punido, e só podia ser retirado
pelo feitor ou o senhor da fazenda. Uma espécie de
placa de metal tapava a boca, e o escravo só podia
comer quando era permitido. Normalmente, o
mesmo ficava dias sem se alimentar quando estava
com a máscara.
Ao redor do pescoço ficava uma espécie de argola
de metal que servia para indicar que aquele escravo
estava sendo punido por roubar comida ou fugir.
7. A partir daí, uma ‘plateia’ se formava em torno
do “espetáculo” e a tortura começava.
Normalmente era o feito ou o capataz que
realizava a punição. Com uma chibata, o
indivíduo preso ao tronco tinha suas costas e
pernas dilaceradas.
Quando preso no tronco, o escravo punido
levava de 20 até 100 chicotadas. Muitos
escravos morriam durante o castigo, e os que
sobreviviam eram obrigados em banhar-se na
salmoura (uma banheira com uma solução de
água e sal que exercia uma aceleração da
cicatrização dos ferimentos, e claro, uma dor
inimaginável).
O tronco é um dos mais famosos e
cruéis castigos usado nos
escravos considerados ‘rebeldes’.
O indivíduo tinha a roupa
arrancada e era preso por algemas
e correntes em um tronco reto de
pouco mais de 2 metros de altura.
8. O cepo consistia num grosso tronco de madeira que o escravo carregava à
cabeça preso por uma longa corrente a uma argola que trazia no tornozelo.
Entretanto, ele também podia ser usado para prender os tornozelos do
mesmo, deixando-o preso por dias, sem comer.
Era utilizado nos escravos para obter confissões quanto aos outros
escravos, e também para aqueles que se atreviam a tentar fugir.
9. O vira-mundo era um instrumento de
ferro que se abria em duas metades
e se fechava por intermédio de um
parafuso. Nele, havia buracos
grandes e pequenos para os pés e
para as mãos que eram presos
inversamente, ou seja: mão direita
com pé esquerdo, mão esquerda com
pé direito.
O escravo era deixado nessa posição
dolorosa por dias inteiros, e por
vezes o sofrimento do vira-mundo era
acompanhado de chibatadas e
pontapés por parte do feitor
10. A gargalheira, muito usada na época
da escravatura, era uma espécie de
coleira de ferro e servia mais como
uma castigo de advertência,
humilhação.
O instrumento era preso à cabeça e
ao pescoço do escravo, e servia
para indicar publicamente que o
mesmo havia cometido algum ato de
rebeldia ou infração contra seu
senhor. O escravo punido com a
gargalheira podia ficar dias com ela,
o que atrapalhava sua alimentação e
o expunha como um “negro
rebelde”.