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Revista FORMAR nº 9 (pags. 4 a 19)
Tema Central
i
os~
METODOS
4
ACTIVOS
Lucília Ramos
TEORIAS EPRÁTICAS
INTRODUÇÃO
P
ara que a aprendizagem aconteça é necessária a existência de um
método. No entanto, muitos formadores, professores eoutras pessoas
ligadas atarefas de formação manifestam alguma desconfiança em
relação aos métodos, reduzindo-os a simples receitas que são
aplicadas independentemente dos contextos de formação e das
necessidades dos diferentes intervenientes: formadores eformandos. Esta forma
de encarar os métodos pedagógicos éclaramente empobrecedora ereducionista,
uma vez que não podemos falar em formação sem que o problema dos métodos
a utilizar se coloque.
Tema Central
Numa situação de formação podem ser isolados elementos fundamentais:
Os métodos pedagógicos caracterizam-se pela ligação de uma forma eficaz de
quatro elementos fundamentais que caracterizam a situação de formação: o
formador, os formandos, o objecto da formação ou saber e o método.
Gerir uma situação de formação implica articular t~orias e práticas de modo a
permitir aaquisição de conhecimentos ou de noções, aaprendizagem de gestos,
hábitos e atitudes e a formação e o desenvolvimento do pensamento.
Qualquer que seja a diversidade dos métodos existem três características
fundamentais na sua utilização:
- A coerência que tem de existir entre teorias pedagógicas e
actividades orientadas e organizadas por estas teorias.
- A vontade de atingir determinados objectivos de uma forma
eficaz: obter pelo método o máximo de resultados com o mínimo
de esforço.
- Aconvicção clara de que a utilização do método pedagógico
émais do que uma simples técnica - é uma concepção de acesso
ao saber.
Os métodos distinguem-se dos processos e das actividades, sendo frequente
a confusão que se estabelece entre métodos e técnicas. Uma técnica pode ser
um processo ou um instrumento pedagógico. Na prática, o método compõe-se
de diversas técnicas articuladas de modo a atingir um determinado objectivo.
Ao formador compete pôr em funcionamento o dispositivo-método, através da
utilização, em situações de formação, de um conjunto de técnicas einstru-mentos
de formação.
Percorrendo a lista:
A exposição,
A demonstração,
A discussão,
O ensino programado,
O ensino assistido por computador,
A simulação,
O estudo de caso,
O projecto,
O trabalho de grupo,
5
6
Tema Central
podemos sugerir a sua utilização como técnicas ou como métodos. As escolhas
devem estar de acordo com os objectivos da formação, com o grupo de forman-
dos, com oobjecto da formação, com os constrangimentos de tempo, de recursos,
etc., etc.
Entendemos como técnicas pedagógicas oconjunto de atitudes, procedimentos
eactuações que oformador adapta para utilizar correctamente os diversos instru-
mentos de formação de que dispõe. Deste modo autilização correcta de diferentes
técnicas pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de facto, a sua
função de gestão da situação de formação, tal como se lê na figura:
Tema Central
Em síntese, destacamos três ideias-força:
- A escolha do método reveste-se de um carácter estratégico por
parte do formador.
-·Ométodo funciona como umelemento de ligação entre formador,
formando e saber, permitindo a gestão correcta das relações que se
estabelecem entre estes três elementos.
- O método não resulta da necessidade interna dos saberes a
estudar, mas deve ser encarado como «modo de gestão» da situação
de formação.
EM SINTESE,
DESTACAMOS
,,.
TRES IDEIAS~
7
8
Tema Central
MÉTODOS ACTIVOS
Consideramos métodos de educação activa os métodos em que o formando
é o agente voluntário activo e consciente da sua própria formação.
Oformando tem um papel fundamental tomando a seu cargo uma parte da
prossecução dos objectivos definidos no início da formação. Existe um processo
de formação, um caminho percorrido em que formador eformando estabelecem
uma relação de formação interactiva.
Os antecedentes históricos destes métodos remontam às ideias pedagógicas
promovidas pelo movimento da «Educação Nova», movimento pedagógico que
reage contra aescola tradicional evaloriza oeducando como centro de educação.
Desde o Renascimento que existe um movimento, apontando os defeitos e
insuficiências da pedagogia tradicional. Nos séculos xv11, xv111, x1x, Jean-Jacques
Rosseau, Pestalozzi e Froebel são os grandes precursores deste movimento.
Também o contributo das teorias do desenvolvimento e da aprendizagem de
cognitivistas como Piaget, Bruner e Ausubel foi decisivo e é a partir dos anos
60 que estas teorias conhecem um salto qualitativo na introdução de novos
métodos na educação e na formação.
Seis·ideias-base do que são métodos activos:
1. Motivar oformando para aaprendizagem, relacionando necessidades
e interesses com a sua visão do mundo e com experiências anteriores.
2. Adequar a formação ao nível do desenvolvimento do formando e
relacioná-lacom conhecimentos, atitudes ecomportamentos jáadquiridos.
3. Fornecer informações, indicar dados, abrir portas que facilitem a
compreensão, a organização e a retenção dos conhecimentos.
4. Levar os formandos acompreender os objectivos das aprendizagens
que devem ser apresentados na sua globalidade, nos seus vários ele-
mentos e nas relações das partes com o todo.
5. Iniciar a formação com situações de aprendizagens significativas e
gradualmente desceràssituações de aprendizagem mais pormenorizadas.
6. Abordar a prática como modo de aprendizagem significativa - · o
saber·fazer - o saber aplicar conhecimentos, capacidades e compe-
tências asituações reais eosaber transferir conhecimentos, capacidades
e competências adquiridas a novas situações.
1
~
Tema Central
A INTERACÇÃO COMO VECTOR DA APRENDIZAGEM
O desenvolvimento e aquisição de saberes, capacidades e competências
realiza-se no contexto das relações sociais directas sob a forma de interacção
com os parceiros e no contexto das relações sociais indirectas pela via dos
instrumentos da cultura e da construção das representações sociais.
A construção das capacidades sócio-cognitivas (aquisição dos saberes e dos
saberes-fazer) desenvolve-se por vias diversas em função das características do
contexto, da actividade com oqual o sujeito éconfrontado, das relações culturais
que ele estabelece com os parceiros, da história das suas relações e enfim das
características próprias do sujeito num determinado momento do seu
desenvolvimento.
Aconstrução de saberes pelas interacções entre indivíduos efectua-se em rela-
ções assimétricas esimétricas favorecendo modalidades de aquisição diferentes.
A noção da relação assimétrica refere-se à interacção estabelecida entre
parceiros. Ainteracção assimétrica refere-se aosconhecimentos e ao status social
dos parceiros. As competências num domínio determinado são mais avançados
num dos parceiros.
,.,,, ,
RELAÇAO ASSIMETRICA
~ 9
10
Tema Central
,_,,, I
RELAÇAO SIMETRICA
A cooperação e a
interacção são
mecanismos
cognitivos que'
favorecem as
aquisições
Quanto à noção de relação simétrica, supõe a equivalência
de competências, conhecimentos e status. O confronto com o
parceiro favorece o funcionamento de mecanismo tais que,
desencadeiam conflitos sócio-cognitivos. No entanto, o conflito
não é o único mecanismo cognitivo em jogo nas interacções.
A cooperação e a interacção são mecanismos cognitivos que
favorecem as aquisições e têm o seu lugar nas interacções.
Perante estas reflexões os formadores devem ter atitudes e
comportamentos pedagógicos no sentido da:
- importância das interacções sociais nas aprendizagens;
- necessidades de relações não hierárquicas, em particular, a possibilidade
de relações simétricas;
- necessidade de articular os saberes a transmitir com as experiências dos
formandos;
- necessidade para oformando de ter uma participação activa nas aprendi-
zagens.
Face a programas a cumprir e objectivos a atingir, é necessário:
- insistir na gestão do tempo;
[}©fil!JJ/jiJ
Tema Central
- insistir na necessidade de ter em conta que existem interesses dos dois
lados (formando e formador);
- insistir no conhecimento do outro e que a relação seja orientada para a
facilitação das aprendizagens;
- insistir na troca de ideias, na delicadeza das relações e na necessidade
de manter relações informais não institucionalizadas;
- insistir na necessidade dos formandos fazerem com frequência o ponto
da situação, o que reforça a confiança em si, dando-se conta que são capazes
de aprender e assim como de dizer o como e o porquê.
AS INTERACÇÕES SOCIAIS EDUCATIVAS
Ainteracção social, como vimos, éum dos motores das aprendizagens.
Ainsistência nas interacções sociais não deverão desvalorizar as atitudes
educativas das mais diversas actividades individuais, estando ou não
dependentes de uma tecnologia avançada. Não é necessário, para
aprender, estar constantemente em interacção com outro ou outros. Estar
inserido no tecido social é suficiente para estimular as actividades
individuais.
Ainteracção
social é um dos
motores das
aprendizagens
As interacções sociais educativas correspondem a situações bem definidas
como:
a) A partilha de recursos específicos;
b) A concentração de uma acção colectiva;
q A competição;
dJ O consenso a partir da coordenação de um ponto de vista;
e) A decisão comum apenas dos conflitos e divergências;
f) A cooperação intelectual na resolução de um problema difícil.
Estas situações exigem comunicação, negociação, argumentação e cálculo
estratégico. Obrigam os participantes a explicitar o que para eles é implícito, a
ter em conta os saberes e as estratégias do outro, a articular os pontos de vista;
a ultrapassar os conflitos cognitivos ou a resolver os problemas.
e
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11
12
Tema Central
apel do
formadorººº
PAPEL DO FORMADOR.
O FORMADOR/FACILITADOR DAS APRENDIZAGENS.
O FORMADOR/ANIMADOR
Aarte de conduzir um grupo de formação é um elemento fundamental da relação
de formação. Assenta sobre oconhecimento da dinâmica edas relações interpes-
soais no seio dos grupos de formação.
A importância do domínio da animação na actividade de formação é tal que se
os formadores não a entenderam, não serão capazes de desenvolverem eficaz-
mente as actividades de formação.
A animação inclui o estabelecimento e a manutenção de um ambiente, permi-
tindo a melhoria das potencialidades individuais e do grupo, e trabalhar colecti-
vamente com eficácia no sentido de atingir os objectivos da formação.
Aanálise dos problemas que vão surgindo permitirá encontrar as soluções para
as dificuldades e permitirá compreender as razões dos comportamentos dos
formandos como grupo organizado.
As tarefas de facilitação e de manutenção são as duas grandes
tipologias de tarefas a desempenhar pelo formador na análise dos
problemas.
~
Tema Central
TAREFAS DE FACILITAÇÃO:
1. Obter a unidade de esforços.
2. Instaurar padrões de comportamentos de cooperação.
3. Estar de acordo com os processos de trabalho.
4. Modificar asituação de formação. Ajudar ogrupo aefectuar reajustamentos
contínuos.
TAREFAS DE MANUTENÇÃO:
1. Resolver os conflitos.
2. Restaurar a moral e a confiança.
3. Ajudar o grupo a adaptar-se às consequências de todo um conjunto de
modificações e de condicionantes.
O formador também deverá estar atento a três elementos fundamentais:
1.0 indivíduo - é necessário distinguir o indivíduo em que os problemas são
essencialmente de natureza pessoal e afectiva e o indivíduo em que os proble-
mas de comportamento são devidos essencialmente às condições que dominam
o grupo de formação.
2.Os efeitos do grupo que influenciam directa ou indirectamente os problemas
de comportamento individual. ·
3.Os efeitos dos comportamentos e atitudes que compreendem os comporta-
mentos dos indivíduos que são submissos edependentes, apáticos, temerosos,
agressivos e hostis.
Assim, podermos considerar como variáveis fundamentais de qualquer grupo
de formação;
- A unidade,
- A interacção,
- A comunicação,
ou seja, aestruturaeos objectivos do grupo. Estasvariáveis funcionam de maneira
interdependente e são afectadas por um grande número de factores em cada
situação, provocando um número infinito e diverso de ambientes de grupo.
A arte de condução do grupo de formação exige que os formadores
pensem em termos de indivíduos, de grupo-classe, da organização do
sistema de formação e tudo o que diz respeito às suas relações.
13
M
14
Tema Central
ÉTODOS ACTIVOS -MODALIDADES
Os métodos activos têm uma dimensão social ao desenvolver capacidades de
cooperação e de adaptação aos outros em grupo, sendo a capacidade de se
adaptar à tarefa, completada com a capacidade de se adaptar aos outros. Das
variadíssimas modalidades de métodos activos, seleccionámos três:
Otrabalho em equipa é um método fundamental na formação social e profis-
sional.
As empresas, apesquisa científica, avida das comunidades locais,avida social,
política e familiar requerem uma equipa aliada a uma prática de trabalho
cooperativo e a um espírito comunitário.
Otrabalho de projecto é entendido como um método de trabalho que recorre
ao projecto - uma ideia organizadora da acção.
Oprojecto deve evitar afadiga eobsessão, devendo guardar limites razoáveis
no tempo e em volume. Não deverá haver qualquer confusão com a aplicação
de projectos à indústria ou a qualquer ramo do sistema produtivo.
O trabalho em grupo facilita o desenvolvimento de um conjunto de capa-
cidades, é um momento de trabalho cooperativo, cria situações de interacção
social e possibiltta trocas de experiências entre formandos. Este método de
trabalho permite a todos os elementos do grupo organizar as suas actividades,
coordená-las e explicitá-las sem que a responsabilidade assente apenas num
indivíduo em particular.
TRABALHO EM EQUIPA
O trabalho em equipa é desenvolvido a partir de um projecto. Estabelece um
diálogo entre os parceiros, colocando-se múltiplas questões metodológicas postas
pela fragmentação do projecto: adivisão das tarefas, apartilha técnica dos meios,
a gestão do tempo, a prossecução das tarefas individuais, o ultrapassar os
obstáculos materiais, a coordenação, o seu controlo e a sua síntese.
Existem fases de
alternância entre o
trabalho pessoal eo
da equipa
desenvolvendo-se
uma verdadeira
dialéctica
A estrutura é personalizada pelo responsável da equipa,
o método é dinâmico e cooperativo e é caracterizado pelo
voluntariado, pela especificação das tarefas e unidade nos
objectivos ao nível do grupo. Existem fases de alternância
entre o trabalho pessoal e o da equipa desenvolvendo-se
uma verdadeira dialéctica.
A responsabilidade do grupo subdivide-se em respon-
sabilidade de cada um e cada um dos elementos do grupo
~ apreciado como um dos meios de sucesso da equipa.
E a necessidade de sucesso que permite ultrapassar os
obstáculos técnicos, deixando de lado a modificação das
suas próprias atitudes, ojulgamento dos outros ea contes-
tação dos comportamentos. .
Osucesso da equipa depende do trabalho de cada um. Enecessário que cada
um cumpra asua tarefa. Ocarácter técnico do projecto põe de lado alguns riscos
de conflictos afectivos; .no entanto, estes aspectos têm grande influência no
sucesso do trabalho, assegurando um elevado grau de coesão da equipa.
Aequipa é genericamente hierarquizada. Ochefe de equipa énecessariamente
detentor de um certo poder no nível do projecto como objecto global do trabalho
da equipa. Em todas as fases do projecto o chefe da equipa deve promover a
Tema Central
TR"B"LHO EM EQUIP"
ff!/3
identificação do objecto de trabalho ao projecto, nos diver- --
sos detalhes previstos. ·
Entre os líderes verbais, que se afirmam pelo seu prestígio
pessoal, técnicos (hábeis e competentes) e os líderes
psicológicos (subtis e liberais), capazes de contornar os
conflitos, a formação prefere estes últimos - permitem
melhor emprego dos projectos cooperativos, explorando
melhor os recursos individuais em proveito do projecto
colectivo.
OsucessodaequipadeP,ende
dotrabalhodecadaum.E
necessárioquecadaum
cumpraasuatarefa
O TRABALHO DE PROJECTO
Otrabalho de projecto poderá assumir, pelos métodos e técnicas utilizadas, o
ca~ácte.
r.de uma metodologia.
Euma proposta pedagógica arealizar em equipa econsiste fundamentalmente
em actividades a desenvolver, durante as quais se procura tratar problemas que
tenham real interesse para o grupo.
Nem todos os problemas são tratados através desta metodologia ecaberá aos
grupos seleccioná-los. Os problemas parcelares (subproblemas), que serão
estudados mais em pormenor, ficarão a cargo de pequenos grupos que se
formarão a partir do grupo inicial.
Estes pequenos grupos irão trabalhar os vários subproblemas e, deste modo,
será feita uma abordagem o mais completa possível de toda temática envolvida.
15
16
Tema Central
TRABALHO DE PRSJECTO
O trabalho de projecto desenvolve-se em diversas etapas:
- identificação do problema;
-formulação do problema - que consiste em descrevê-lo, enquadrá-lo,
conhecer as suas características, formular pequenos,problemas mais concretos,
etc.;
- investigação - planificando antecipadamente oque pode ser feito na sala
de trabalho ou no meio envolvente (sair ao encontro de testemunhas, experiências,
acontecimentos, etc....);
-avaliação, na perspectiva de suscitar momentos de reflexão sobre o
caminho percorrido, desde a organização do saber à dinâmica interactiva e à
produção.
Tema Central
Otrabalho de projecto utilizado com educandos ou forman-
dos, permite desenvolver capacidades especiais da pesquisa
recorrendo a técnicas diversificadas. Permite ainda analisar a
realidade de forma interdisciplinar, assim como antecipar
hipóteses explicativas, desenvolver estratégias e produzir
conhecimentos e soluções.
Oestudo de problemas utilizando a metodologia do projecto
constitui, com ainvestigação participada ecom ainvestigação-
-acção, uma nova perspectiva de quebrar a barreira entre a
teoria e a prática na actividade dos formadores e dos for-
mandos. O esquema será um bom auxiliar para visualizar as
várias fases de desenvolvimento de um trabalho centrado no
1
O trabalho de projecto
é uma proposta
pedagógica a realizar
em equipa e consiste
fundamentalmente
em actividades
a desenvolver, durante
as quais se procura
tratar problemas que
tenham real interesse
para o grupo
trabalho de equipa ecuja dinâmica nasce do grupo edos problemas comuns para
construir um projecto/objecto comum.
Legenda:
A - Identificação e formulação do problema
B - Formulação de subproblemas
C - Planificação do trabalho de investigação
D- Execução do trabalho de investigação
E - Avaliação de todas as fases de investigação desde:
• organização do saber;
• dinâmica interactiva;
• produção final.
P - Problema
AV - Avaliação
17
18
Tema Central
TRf..BA LHO EM
GRUPO
O trabalho em grupo tem como principal objectivo, o enriquecimento do grupo
a três níveis:
- ao nível da decisão
- ao nível da eficácia
- ao nível da autonomia
No trabalho de grupo é necessário promover a interacção desejável e criar as
condições para ultrapassar os conflitos existentes, implicando os diversos interve-
nientes na contrução de um trabalho comum em que os benefícios são repartidos
igualmente por todos os elementos do grupo.
Vantagens:
- Otrabalho produzido é mais eficaz do que o trabalho individual. O score de
grupo é pelo menos igual ao do melhor dos elementos da equipa.
[}@[MJ8Lfl
1
Tema Central
- O trabalho em grupo estimula a acção, sustenta o esforço e aumenta a
criatividade.
- O trabalho em grupo melhora o desenvolvimento do indivíduo.
- O trabalho em grupo é fonte de mudança.
- O trabalho em grupo é o momento de trabalho cooperativo, é uma ocasião
de correcção mútua e de concentração.
- O trabalho em grupo facilita o desenvolvimento:
- do pensamento crítico;
- do pensamento democrático;
- do objectivos sócio-emocionais;
- das mudanças de atitudes;
- das capacidades de comunicação e expressão;
- da capacidade de resolução de problemas.
CONCLUSÕES
Lúcia Ramos/Mestre em Ciências da Educação
BIBLIOGRAFIA-base
VIAL, Jean, 1982/86 (2.ª ed.), Histoire etActualitédesMéthodes Pédagogiques, Paris, Les Editions ESF.
CRESAS. 1987, On N'Apprendpas tous seul- lnteractions Socia/es etconstruction des savoirs, Paris,
Les Editions ESF.
PINHEIRO, João, 1992, Métodos Pedagógicos, Lisboa, IEFP
RAMOS, Lucília.
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  • 1. Revista FORMAR nº 9 (pags. 4 a 19) Tema Central i os~ METODOS 4 ACTIVOS Lucília Ramos TEORIAS EPRÁTICAS INTRODUÇÃO P ara que a aprendizagem aconteça é necessária a existência de um método. No entanto, muitos formadores, professores eoutras pessoas ligadas atarefas de formação manifestam alguma desconfiança em relação aos métodos, reduzindo-os a simples receitas que são aplicadas independentemente dos contextos de formação e das necessidades dos diferentes intervenientes: formadores eformandos. Esta forma de encarar os métodos pedagógicos éclaramente empobrecedora ereducionista, uma vez que não podemos falar em formação sem que o problema dos métodos a utilizar se coloque.
  • 2. Tema Central Numa situação de formação podem ser isolados elementos fundamentais: Os métodos pedagógicos caracterizam-se pela ligação de uma forma eficaz de quatro elementos fundamentais que caracterizam a situação de formação: o formador, os formandos, o objecto da formação ou saber e o método. Gerir uma situação de formação implica articular t~orias e práticas de modo a permitir aaquisição de conhecimentos ou de noções, aaprendizagem de gestos, hábitos e atitudes e a formação e o desenvolvimento do pensamento. Qualquer que seja a diversidade dos métodos existem três características fundamentais na sua utilização: - A coerência que tem de existir entre teorias pedagógicas e actividades orientadas e organizadas por estas teorias. - A vontade de atingir determinados objectivos de uma forma eficaz: obter pelo método o máximo de resultados com o mínimo de esforço. - Aconvicção clara de que a utilização do método pedagógico émais do que uma simples técnica - é uma concepção de acesso ao saber. Os métodos distinguem-se dos processos e das actividades, sendo frequente a confusão que se estabelece entre métodos e técnicas. Uma técnica pode ser um processo ou um instrumento pedagógico. Na prática, o método compõe-se de diversas técnicas articuladas de modo a atingir um determinado objectivo. Ao formador compete pôr em funcionamento o dispositivo-método, através da utilização, em situações de formação, de um conjunto de técnicas einstru-mentos de formação. Percorrendo a lista: A exposição, A demonstração, A discussão, O ensino programado, O ensino assistido por computador, A simulação, O estudo de caso, O projecto, O trabalho de grupo, 5
  • 3. 6 Tema Central podemos sugerir a sua utilização como técnicas ou como métodos. As escolhas devem estar de acordo com os objectivos da formação, com o grupo de forman- dos, com oobjecto da formação, com os constrangimentos de tempo, de recursos, etc., etc. Entendemos como técnicas pedagógicas oconjunto de atitudes, procedimentos eactuações que oformador adapta para utilizar correctamente os diversos instru- mentos de formação de que dispõe. Deste modo autilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de facto, a sua função de gestão da situação de formação, tal como se lê na figura:
  • 4. Tema Central Em síntese, destacamos três ideias-força: - A escolha do método reveste-se de um carácter estratégico por parte do formador. -·Ométodo funciona como umelemento de ligação entre formador, formando e saber, permitindo a gestão correcta das relações que se estabelecem entre estes três elementos. - O método não resulta da necessidade interna dos saberes a estudar, mas deve ser encarado como «modo de gestão» da situação de formação. EM SINTESE, DESTACAMOS ,,. TRES IDEIAS~ 7
  • 5. 8 Tema Central MÉTODOS ACTIVOS Consideramos métodos de educação activa os métodos em que o formando é o agente voluntário activo e consciente da sua própria formação. Oformando tem um papel fundamental tomando a seu cargo uma parte da prossecução dos objectivos definidos no início da formação. Existe um processo de formação, um caminho percorrido em que formador eformando estabelecem uma relação de formação interactiva. Os antecedentes históricos destes métodos remontam às ideias pedagógicas promovidas pelo movimento da «Educação Nova», movimento pedagógico que reage contra aescola tradicional evaloriza oeducando como centro de educação. Desde o Renascimento que existe um movimento, apontando os defeitos e insuficiências da pedagogia tradicional. Nos séculos xv11, xv111, x1x, Jean-Jacques Rosseau, Pestalozzi e Froebel são os grandes precursores deste movimento. Também o contributo das teorias do desenvolvimento e da aprendizagem de cognitivistas como Piaget, Bruner e Ausubel foi decisivo e é a partir dos anos 60 que estas teorias conhecem um salto qualitativo na introdução de novos métodos na educação e na formação. Seis·ideias-base do que são métodos activos: 1. Motivar oformando para aaprendizagem, relacionando necessidades e interesses com a sua visão do mundo e com experiências anteriores. 2. Adequar a formação ao nível do desenvolvimento do formando e relacioná-lacom conhecimentos, atitudes ecomportamentos jáadquiridos. 3. Fornecer informações, indicar dados, abrir portas que facilitem a compreensão, a organização e a retenção dos conhecimentos. 4. Levar os formandos acompreender os objectivos das aprendizagens que devem ser apresentados na sua globalidade, nos seus vários ele- mentos e nas relações das partes com o todo. 5. Iniciar a formação com situações de aprendizagens significativas e gradualmente desceràssituações de aprendizagem mais pormenorizadas. 6. Abordar a prática como modo de aprendizagem significativa - · o saber·fazer - o saber aplicar conhecimentos, capacidades e compe- tências asituações reais eosaber transferir conhecimentos, capacidades e competências adquiridas a novas situações. 1 ~
  • 6. Tema Central A INTERACÇÃO COMO VECTOR DA APRENDIZAGEM O desenvolvimento e aquisição de saberes, capacidades e competências realiza-se no contexto das relações sociais directas sob a forma de interacção com os parceiros e no contexto das relações sociais indirectas pela via dos instrumentos da cultura e da construção das representações sociais. A construção das capacidades sócio-cognitivas (aquisição dos saberes e dos saberes-fazer) desenvolve-se por vias diversas em função das características do contexto, da actividade com oqual o sujeito éconfrontado, das relações culturais que ele estabelece com os parceiros, da história das suas relações e enfim das características próprias do sujeito num determinado momento do seu desenvolvimento. Aconstrução de saberes pelas interacções entre indivíduos efectua-se em rela- ções assimétricas esimétricas favorecendo modalidades de aquisição diferentes. A noção da relação assimétrica refere-se à interacção estabelecida entre parceiros. Ainteracção assimétrica refere-se aosconhecimentos e ao status social dos parceiros. As competências num domínio determinado são mais avançados num dos parceiros. ,.,,, , RELAÇAO ASSIMETRICA ~ 9
  • 7. 10 Tema Central ,_,,, I RELAÇAO SIMETRICA A cooperação e a interacção são mecanismos cognitivos que' favorecem as aquisições Quanto à noção de relação simétrica, supõe a equivalência de competências, conhecimentos e status. O confronto com o parceiro favorece o funcionamento de mecanismo tais que, desencadeiam conflitos sócio-cognitivos. No entanto, o conflito não é o único mecanismo cognitivo em jogo nas interacções. A cooperação e a interacção são mecanismos cognitivos que favorecem as aquisições e têm o seu lugar nas interacções. Perante estas reflexões os formadores devem ter atitudes e comportamentos pedagógicos no sentido da: - importância das interacções sociais nas aprendizagens; - necessidades de relações não hierárquicas, em particular, a possibilidade de relações simétricas; - necessidade de articular os saberes a transmitir com as experiências dos formandos; - necessidade para oformando de ter uma participação activa nas aprendi- zagens. Face a programas a cumprir e objectivos a atingir, é necessário: - insistir na gestão do tempo; [}©fil!JJ/jiJ
  • 8. Tema Central - insistir na necessidade de ter em conta que existem interesses dos dois lados (formando e formador); - insistir no conhecimento do outro e que a relação seja orientada para a facilitação das aprendizagens; - insistir na troca de ideias, na delicadeza das relações e na necessidade de manter relações informais não institucionalizadas; - insistir na necessidade dos formandos fazerem com frequência o ponto da situação, o que reforça a confiança em si, dando-se conta que são capazes de aprender e assim como de dizer o como e o porquê. AS INTERACÇÕES SOCIAIS EDUCATIVAS Ainteracção social, como vimos, éum dos motores das aprendizagens. Ainsistência nas interacções sociais não deverão desvalorizar as atitudes educativas das mais diversas actividades individuais, estando ou não dependentes de uma tecnologia avançada. Não é necessário, para aprender, estar constantemente em interacção com outro ou outros. Estar inserido no tecido social é suficiente para estimular as actividades individuais. Ainteracção social é um dos motores das aprendizagens As interacções sociais educativas correspondem a situações bem definidas como: a) A partilha de recursos específicos; b) A concentração de uma acção colectiva; q A competição; dJ O consenso a partir da coordenação de um ponto de vista; e) A decisão comum apenas dos conflitos e divergências; f) A cooperação intelectual na resolução de um problema difícil. Estas situações exigem comunicação, negociação, argumentação e cálculo estratégico. Obrigam os participantes a explicitar o que para eles é implícito, a ter em conta os saberes e as estratégias do outro, a articular os pontos de vista; a ultrapassar os conflitos cognitivos ou a resolver os problemas. e 'res a pártitcti~: ;i~ te~:êt - , situaç9~§ de interacçª , ;J,,,,;,'==,,:}i, .:,,,.,._.:,.,.,cc:;,·-·+·~- - - 11
  • 9. 12 Tema Central apel do formadorººº PAPEL DO FORMADOR. O FORMADOR/FACILITADOR DAS APRENDIZAGENS. O FORMADOR/ANIMADOR Aarte de conduzir um grupo de formação é um elemento fundamental da relação de formação. Assenta sobre oconhecimento da dinâmica edas relações interpes- soais no seio dos grupos de formação. A importância do domínio da animação na actividade de formação é tal que se os formadores não a entenderam, não serão capazes de desenvolverem eficaz- mente as actividades de formação. A animação inclui o estabelecimento e a manutenção de um ambiente, permi- tindo a melhoria das potencialidades individuais e do grupo, e trabalhar colecti- vamente com eficácia no sentido de atingir os objectivos da formação. Aanálise dos problemas que vão surgindo permitirá encontrar as soluções para as dificuldades e permitirá compreender as razões dos comportamentos dos formandos como grupo organizado. As tarefas de facilitação e de manutenção são as duas grandes tipologias de tarefas a desempenhar pelo formador na análise dos problemas. ~
  • 10. Tema Central TAREFAS DE FACILITAÇÃO: 1. Obter a unidade de esforços. 2. Instaurar padrões de comportamentos de cooperação. 3. Estar de acordo com os processos de trabalho. 4. Modificar asituação de formação. Ajudar ogrupo aefectuar reajustamentos contínuos. TAREFAS DE MANUTENÇÃO: 1. Resolver os conflitos. 2. Restaurar a moral e a confiança. 3. Ajudar o grupo a adaptar-se às consequências de todo um conjunto de modificações e de condicionantes. O formador também deverá estar atento a três elementos fundamentais: 1.0 indivíduo - é necessário distinguir o indivíduo em que os problemas são essencialmente de natureza pessoal e afectiva e o indivíduo em que os proble- mas de comportamento são devidos essencialmente às condições que dominam o grupo de formação. 2.Os efeitos do grupo que influenciam directa ou indirectamente os problemas de comportamento individual. · 3.Os efeitos dos comportamentos e atitudes que compreendem os comporta- mentos dos indivíduos que são submissos edependentes, apáticos, temerosos, agressivos e hostis. Assim, podermos considerar como variáveis fundamentais de qualquer grupo de formação; - A unidade, - A interacção, - A comunicação, ou seja, aestruturaeos objectivos do grupo. Estasvariáveis funcionam de maneira interdependente e são afectadas por um grande número de factores em cada situação, provocando um número infinito e diverso de ambientes de grupo. A arte de condução do grupo de formação exige que os formadores pensem em termos de indivíduos, de grupo-classe, da organização do sistema de formação e tudo o que diz respeito às suas relações. 13
  • 11. M 14 Tema Central ÉTODOS ACTIVOS -MODALIDADES Os métodos activos têm uma dimensão social ao desenvolver capacidades de cooperação e de adaptação aos outros em grupo, sendo a capacidade de se adaptar à tarefa, completada com a capacidade de se adaptar aos outros. Das variadíssimas modalidades de métodos activos, seleccionámos três: Otrabalho em equipa é um método fundamental na formação social e profis- sional. As empresas, apesquisa científica, avida das comunidades locais,avida social, política e familiar requerem uma equipa aliada a uma prática de trabalho cooperativo e a um espírito comunitário. Otrabalho de projecto é entendido como um método de trabalho que recorre ao projecto - uma ideia organizadora da acção. Oprojecto deve evitar afadiga eobsessão, devendo guardar limites razoáveis no tempo e em volume. Não deverá haver qualquer confusão com a aplicação de projectos à indústria ou a qualquer ramo do sistema produtivo. O trabalho em grupo facilita o desenvolvimento de um conjunto de capa- cidades, é um momento de trabalho cooperativo, cria situações de interacção social e possibiltta trocas de experiências entre formandos. Este método de trabalho permite a todos os elementos do grupo organizar as suas actividades, coordená-las e explicitá-las sem que a responsabilidade assente apenas num indivíduo em particular. TRABALHO EM EQUIPA O trabalho em equipa é desenvolvido a partir de um projecto. Estabelece um diálogo entre os parceiros, colocando-se múltiplas questões metodológicas postas pela fragmentação do projecto: adivisão das tarefas, apartilha técnica dos meios, a gestão do tempo, a prossecução das tarefas individuais, o ultrapassar os obstáculos materiais, a coordenação, o seu controlo e a sua síntese. Existem fases de alternância entre o trabalho pessoal eo da equipa desenvolvendo-se uma verdadeira dialéctica A estrutura é personalizada pelo responsável da equipa, o método é dinâmico e cooperativo e é caracterizado pelo voluntariado, pela especificação das tarefas e unidade nos objectivos ao nível do grupo. Existem fases de alternância entre o trabalho pessoal e o da equipa desenvolvendo-se uma verdadeira dialéctica. A responsabilidade do grupo subdivide-se em respon- sabilidade de cada um e cada um dos elementos do grupo ~ apreciado como um dos meios de sucesso da equipa. E a necessidade de sucesso que permite ultrapassar os obstáculos técnicos, deixando de lado a modificação das suas próprias atitudes, ojulgamento dos outros ea contes- tação dos comportamentos. . Osucesso da equipa depende do trabalho de cada um. Enecessário que cada um cumpra asua tarefa. Ocarácter técnico do projecto põe de lado alguns riscos de conflictos afectivos; .no entanto, estes aspectos têm grande influência no sucesso do trabalho, assegurando um elevado grau de coesão da equipa. Aequipa é genericamente hierarquizada. Ochefe de equipa énecessariamente detentor de um certo poder no nível do projecto como objecto global do trabalho da equipa. Em todas as fases do projecto o chefe da equipa deve promover a
  • 12. Tema Central TR"B"LHO EM EQUIP" ff!/3 identificação do objecto de trabalho ao projecto, nos diver- -- sos detalhes previstos. · Entre os líderes verbais, que se afirmam pelo seu prestígio pessoal, técnicos (hábeis e competentes) e os líderes psicológicos (subtis e liberais), capazes de contornar os conflitos, a formação prefere estes últimos - permitem melhor emprego dos projectos cooperativos, explorando melhor os recursos individuais em proveito do projecto colectivo. OsucessodaequipadeP,ende dotrabalhodecadaum.E necessárioquecadaum cumpraasuatarefa O TRABALHO DE PROJECTO Otrabalho de projecto poderá assumir, pelos métodos e técnicas utilizadas, o ca~ácte. r.de uma metodologia. Euma proposta pedagógica arealizar em equipa econsiste fundamentalmente em actividades a desenvolver, durante as quais se procura tratar problemas que tenham real interesse para o grupo. Nem todos os problemas são tratados através desta metodologia ecaberá aos grupos seleccioná-los. Os problemas parcelares (subproblemas), que serão estudados mais em pormenor, ficarão a cargo de pequenos grupos que se formarão a partir do grupo inicial. Estes pequenos grupos irão trabalhar os vários subproblemas e, deste modo, será feita uma abordagem o mais completa possível de toda temática envolvida. 15
  • 13. 16 Tema Central TRABALHO DE PRSJECTO O trabalho de projecto desenvolve-se em diversas etapas: - identificação do problema; -formulação do problema - que consiste em descrevê-lo, enquadrá-lo, conhecer as suas características, formular pequenos,problemas mais concretos, etc.; - investigação - planificando antecipadamente oque pode ser feito na sala de trabalho ou no meio envolvente (sair ao encontro de testemunhas, experiências, acontecimentos, etc....); -avaliação, na perspectiva de suscitar momentos de reflexão sobre o caminho percorrido, desde a organização do saber à dinâmica interactiva e à produção.
  • 14. Tema Central Otrabalho de projecto utilizado com educandos ou forman- dos, permite desenvolver capacidades especiais da pesquisa recorrendo a técnicas diversificadas. Permite ainda analisar a realidade de forma interdisciplinar, assim como antecipar hipóteses explicativas, desenvolver estratégias e produzir conhecimentos e soluções. Oestudo de problemas utilizando a metodologia do projecto constitui, com ainvestigação participada ecom ainvestigação- -acção, uma nova perspectiva de quebrar a barreira entre a teoria e a prática na actividade dos formadores e dos for- mandos. O esquema será um bom auxiliar para visualizar as várias fases de desenvolvimento de um trabalho centrado no 1 O trabalho de projecto é uma proposta pedagógica a realizar em equipa e consiste fundamentalmente em actividades a desenvolver, durante as quais se procura tratar problemas que tenham real interesse para o grupo trabalho de equipa ecuja dinâmica nasce do grupo edos problemas comuns para construir um projecto/objecto comum. Legenda: A - Identificação e formulação do problema B - Formulação de subproblemas C - Planificação do trabalho de investigação D- Execução do trabalho de investigação E - Avaliação de todas as fases de investigação desde: • organização do saber; • dinâmica interactiva; • produção final. P - Problema AV - Avaliação 17
  • 15. 18 Tema Central TRf..BA LHO EM GRUPO O trabalho em grupo tem como principal objectivo, o enriquecimento do grupo a três níveis: - ao nível da decisão - ao nível da eficácia - ao nível da autonomia No trabalho de grupo é necessário promover a interacção desejável e criar as condições para ultrapassar os conflitos existentes, implicando os diversos interve- nientes na contrução de um trabalho comum em que os benefícios são repartidos igualmente por todos os elementos do grupo. Vantagens: - Otrabalho produzido é mais eficaz do que o trabalho individual. O score de grupo é pelo menos igual ao do melhor dos elementos da equipa. [}@[MJ8Lfl 1
  • 16. Tema Central - O trabalho em grupo estimula a acção, sustenta o esforço e aumenta a criatividade. - O trabalho em grupo melhora o desenvolvimento do indivíduo. - O trabalho em grupo é fonte de mudança. - O trabalho em grupo é o momento de trabalho cooperativo, é uma ocasião de correcção mútua e de concentração. - O trabalho em grupo facilita o desenvolvimento: - do pensamento crítico; - do pensamento democrático; - do objectivos sócio-emocionais; - das mudanças de atitudes; - das capacidades de comunicação e expressão; - da capacidade de resolução de problemas. CONCLUSÕES Lúcia Ramos/Mestre em Ciências da Educação BIBLIOGRAFIA-base VIAL, Jean, 1982/86 (2.ª ed.), Histoire etActualitédesMéthodes Pédagogiques, Paris, Les Editions ESF. CRESAS. 1987, On N'Apprendpas tous seul- lnteractions Socia/es etconstruction des savoirs, Paris, Les Editions ESF. PINHEIRO, João, 1992, Métodos Pedagógicos, Lisboa, IEFP RAMOS, Lucília. 19