1. Isabel Pinto e Fernando Ferreira
Sessão Técnica SST – Equipamentos de trabalho
Madeiras
2. Doc014/5 16-10-2015 Isabel Pinto e Fernando Ferreira
Oficina de Madeiras
A oficina de madeiras do CICCOPN pretende ser um protótipo da realidade de trabalho.
Não tem como finalidade a produção, mas sim, a formação na área da carpintaria.
Planta da oficina de carpintaria (piso 0)
Fonte: CICCOPN
1 Serra radial
2 Garlopa
3 Desengrossadeira
4 Serra de fita
5 Lixadeira
6 Tupia
7 Esquadrejadora
8 Furador de corrente
1
8
2
34
5
6
7
5. Doc014/5 16-10-2015
Objetivo da formação na oficina de madeiras
A formação de natureza essencialmente prática na oficina de Madeiras, pretende
formar e treinar em:
• Princípios de funcionamento dos equipamentos de trabalho;
• Riscos associados na utilização dos equipamentos de trabalho;
• Procedimentos de trabalho em segurança;
• Regulação de todos os parâmetros que influenciam o trabalho a executar;
• Técnicas de corte de madeira;
• Singularidade das matérias primas.
6. Doc014/5 16-10-2015
Principais Riscos da Oficina de Madeiras
Na avaliação de riscos os equipamentos de trabalho apresentaram riscos comuns.
A metodologia adotada pelo CICCOPN na avaliação de riscos foi SSARA do
INSHT.
Principais grupos de riscos, identificados na Avaliação de Riscos na Oficina de
Madeira:
• Ergonómicos • Físicos
• Mecânicos • Elétricos
• Químicos
7. Doc014/5 16-10-2015
Serra Radial
Esta serra radial destina-se ao corte
de painéis ou ripas de madeira ou
outros materiais similares,
produzindo cortes retos, com
possibilidade de criar ângulos até
45°. A serra radial é uma máquina
que possui um disco de corte com
capacidade de corte longitudinal e
de profundidade.
8. Doc014/5 16-10-2015
Serra Radial
Contacto dos membros superiores do operador com o disco de corte. Corte / decepamento membros
superiores
Colisão de outro operário com a parte saliente da peça.
Efeito estroboscópico.
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Retrocesso e projeção da peça contra o operador. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Disco com perda de afiamento ou dentado. Projeção de fragmentos do
disco
Disco desequilibrado ou fixação incorreta.
Torção acidental da peça.
Espaço insuficiente circundante da serra radial. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas e sobre esforços. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
12. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa
A garlopa é um equipamento para aplainar e
desempenar peças de madeira e derivados.
Utiliza um cilindro porta-lâminas rotativo, em
posição horizontal, que atua sobre a face da
peça a maquinar, deixando-a com as
superfícies lisas e desempenadas, destinadas
muitas das vezes a servir de referência para
operações posteriores.
A garlopa contém na zona posterior um furador
de broca horizontal que permite executar
furações para respigas e furações para entalhe
de fechaduras.
13. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa
Contacto dos membros superiores do operador com a lâmina de corte. Corte (dilaceração)/
decepamento membros
superioresColisão de outro operário com a parte saliente da peça.
Efeito estroboscópico.
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Retrocesso e projeção da peça contra o operador. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Lâmina com perda de afiamento. Projeção de fragmentos da
lâmina.
Lâmina desequilibrado ou fixação incorreta.
Contacto do operador com a broca Perfuração
Broca desequilibrado ou fixação incorreta.
Espaço insuficiente circundante da serra radial. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas e sobre esforços. Ergonómicos
Más posturas de trabalho
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
14. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa – Adaptações ao DL 50/2005
Painel de comandos:
Não existia botão para desligar o
equipamento, a paragem do equipamento
era obrigatoriamente na botoneira de
emergência.
A garlopa foi equipada com um botão de
paragem normal, de modo a permitir a
paragem total do equipamento.
Reservando o uso da botoneira de
emergência para situações de emergência.
Painel de comando original sem botão de
paragem do equipamento
Painel de comando com botão de paragem normal
15. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa / Módulo de Furação – Adaptação ao DL 50/2005
Proteção em policarbonato Proteção fixa contra contacto com a broca ou bucha
17. Doc014/5 16-10-2015
Protetor de ponte sobre a peça a trabalhar Protetor de ponte sobre a lâmina não utilizada
O protetor é pré-regulado em altura em função da peça a desempenar, para que esta passe
por baixo do dispositivo, enquanto as mãos passam por cima. No desbaste de peças mais
altas o protetor deve encostar à lateral da peça cobrindo toda a lâmina não utilizada,
deixando livre a medida da peça a trabalhar.
Garlopa– Boa prática de trabalho
18. Doc014/5 16-10-2015
Serra de Fita
A serra de fita permite o corte de peças de madeira, por meio de uma fita metálica
dentada, que circula continuamente, em tensão, entre dois volantes giratórios,
atravessando verticalmente a mesa de trabalho.
19. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa
Contacto dos membros superiores do operador com a fita de corte. Corte / decepamento membros
superiores
Rotura da fita.
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Projeção da peça contra o operador ou terceiros. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Desgaste da fita. Projeção de fragmentos da fita.
Rotura da fita.
Espaço insuficiente circundante da serra de fita. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas, sobre esforços e peças de grande dimensão. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
20. Doc014/5 16-10-2015
Serra de Fita – Adaptação ao DL 50/2005
Fixação da serra de fita ao
pavimento, garantindo a estabilidade
do equipamento.
Fixação da serra de fita ao pavimento
21. Doc014/5 16-10-2015
Distâncias de segurança para evitar que zonas de perigo sejam atingidas pelos
membros superiores.
Delimitação do acesso a zona perigosa
Serra de Fita – Adaptação ao DL 50/2005
22. Doc014/5 16-10-2015
Serra de Fita – Boa prática de trabalho
Utilização do pressor lateralPressão manual
Melhoria das condições de trabalho, com aquisição de acessórios de segurança. O
pressor lateral mantem a peça encostada à paralela evitando a aproximação das
mãos do operador à zona perigosa.
23. Doc014/5 16-10-2015
Tupia
A tupia é um equipamento para perfilar peças de madeira e derivados com cinco
velocidades e dois sentidos de rotação da árvore.
Utiliza uma ferramenta de corte rotativa, montada na árvore vertical, que atua sobre
a face da peça a maquinar, deixando-a com superfície equivalente ao perfil da fresa
instalada.
24. Doc014/5 16-10-2015
Tupia
Contacto do membros superiores do operador com a zona de corte da
fresa.
Corte / decepamento membros
superiores
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Projeção da peça contra o operador ou terceiros. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Acerto da ferramenta com a fresa em movimento. Projeção de fragmentos da
fresa.
Fresa com perda de afiamento.
Rotação incompatível com o diâmetro da fresa.
Fixação incorreta da fresa.
Espaço insuficiente circundante da tupia. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas e sobre esforços. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
25. Doc014/5 16-10-2015
Tupia – Pressor vertical / horizontal
É indispensável e obrigatório prevenir o contacto das mãos com a ferramenta, quer
durante o trabalho da peça, quer em caso de um movimento em falso – para isso,
deve-se usar um dispositivo de proteção constituído por uma prensa vertical e uma
prensa lateral, servindo esta última também como protetor de mãos.
Utilização sem proteção/pressores – incorreto Utilização da proteção/pressores vertical e horizontal -
correto
26. Doc014/5 16-10-2015
Seção Técnica SST – Equipamentos de trabalho - Madeiras
empurrador
Durante a fresagem de peças de menor dimensão deve utilizar-se meios auxiliares
de modo a empurrar a peça a ser cortada em segurança.
27. Doc014/5 16-10-2015
Os trabalhos em árvore tornam-se necessários sempre que a fresagem tem de ser
efetuada em peças com partes curvas. O risco principal é o contacto das mãos com a
ferramenta, devido à proximidade, sobretudo no início e no final da passagem da
peça.
Tupia – trabalhos em árvore
Fixador de peças de madeira de pequena dimensão.
28. Doc014/5 16-10-2015
Utilização da proteção e carro de respigar, para execução de respigas
Tupia – Boas práticas
Como a oficina não está equipada com uma respigadora, o operador da tupia pode
montar sobre a árvore da tupia. Essas respigas são executadas com a ajuda de um carro
apropriado.
30. Doc014/5 16-10-2015
Desengrosso
Mãos do operador presa entre a peça e a mesa móvel. Esmagamento
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Projeção da peça contra o operador ou terceiros. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Lâminas com perda de afiamento. Projeção de fragmentos da
lâminas
Lâmina desequilibrada ou fixação incorreta.
Espaço insuficiente circundante da tupia. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas e sobre esforços. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
32. Doc014/5 16-10-2015
Cortina de proteção
Desengrossadeira – adaptações ao DL 50/2005
Apesar deste equipamento dispor de um sistema antirretorno, o sistema por si
só, não elimina a possibilidade de projeção de partículas e de nós soltos.
33. Doc014/5 16-10-2015
Lixadeira de cinta horizontal
A lixadeira serve para lixar, isto é, dar acabamento, restituindo a cor e textura da
madeira e tornar as superfícies polidas. É utilizada em peças de média e grande
dimensões.
34. Doc014/5 16-10-2015
Lixadeira de cinta horizontal
Contacto da mão do operador com o rolo. Esmagamento
Colisão de outro operário com a parte saliente da peça ou com o
operador.
Contacto da mão /dedos na lixa ao trabalhar peças pequenas. Abrasão
Projeção da peça contra o operador ou terceiros. Projeção de peça ou partículas
Existência de nós nas peças.
Lixa com tenção incorreta. Choque
Lixa com elevado desgaste.
Espaço insuficiente circundante. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobre esforças e sobrecargas. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Empoeiramento. Químico
Exposição a níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
35. Doc014/5 16-10-2015
LIXADEIRA – Boas práticas
Deve ser utilizado um batente que evite a projeção das peças e,
consequentemente, que as mãos entrem em contacto com a lixa.
36. Doc014/5 16-10-2015
Esquadrejadora
Os trabalhos básicos com a esquadrejadora consistem na execução de tarefas de
esquadrejamento de madeira maciça e de corte ou de esquadrejamento de painéis
derivados da madeira..
37. Doc014/5 16-10-2015
Esquadrejadora
Contacto do membros superiores do operador com o disco de corte. Corte / decepamento membros
superiores
Colisão de outro operário com a parte saliente da peça.
Efeito estroboscópico.
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento
Retrocesso e projeção da peça contra o operador. Projeção de fragmentos de
madeira
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Disco com perda de afiamento ou dentado. Projeção de fragmentos do
disco
Disco desequilibrado ou fixação incorreta.
Espaço insuficiente circundante da serra radial. Queda ao mesmo nível
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas e sobre esforços. Ergonómicos
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido
Fatores de riscos Riscos
38. Doc014/5 16-10-2015
Esquadrejadora – Adaptação ao DL 50/2005
Falta botoneira de emergência:
Novo sistema de comandos com botoneira
de emergência
39. Doc014/5 16-10-2015
Dispositivo de encravamento
Esquadrejadora – Adaptação ao DL 50/2005
O dispositivo de encravamento sem bloqueio tem como objetivo:
• Não pode trabalhar enquanto o protetor não estiver fechado;
• Se a blindagem é aberta durante o funcionamento, as funções perigosas da
esquadrejadora, param.
40. Doc014/5 16-10-2015
Esquadrejadora – Adaptação ao DL 50/2005
O cutelo separador é necessário:
• Para evitar a projeção da peça de madeira na direção do operador, na
sequência do aperto da peça contra o disco;
Afastamento do cutelo divisor entre 3 a 8mm
41. Doc014/5 16-10-2015
Proteção apoiada na guia – incorreto Proteção apoiada na peça – correto
As proteções dos equipamentos de trabalho não substituem as boas práticas de
segurança.
Esquadrejadora – Boa prática
42. Doc014/5 16-10-2015
SERRAS CIRCULARES – Boas práticas
Utilização da proteção para cortes a 45º
A proteção de disco tem como objetivos:
• evitar o contacto com a lâmina, em caso de um movimento em falso;
• evitar os ferimentos nas mãos resultantes da proximidade com o disco;
• suprimir as projeções de serradura na direção do trabalhador.
43. Doc014/5 16-10-2015
Furador de corrente
O furador de corrente destina-se à realização de trabalhos de furação com
precisão e em série.
44. Doc014/5 16-10-2015
Garlopa
Contacto dos membros superiores do operador com a fita de corte. Corte / decepamento membros
superiores.
Rotura da corrente.
Vestuário de trabalho impróprio. Arrastamento.
Projeção da peça contra o operador ou terceiros. Projeção de fragmentos de
madeira.
Variação da resistência de penetração da madeira por existência de
nós.
Espaço insuficiente circundante da serra de fita. Queda ao mesmo nível.
Arrumação do posto de trabalho.
Sobrecargas, sobre esforços e peças de grande dimensão. Ergonómicos .
Más posturas de trabalho.
Poeiras de madeiras. Químicos.
Exposição de níveis elevados de ruido. Ruido.
Fatores de riscos Riscos
46. Doc014/5 16-10-2015
FURADOR DE CORRENTE – Boas práticas
• Deve ser verificado regularmente o nível de óleo de lubrificação da corrente;
• Efetuar, cuidadosa e regularmente, a inspeção da corrente. Providenciar a sua
reparação ou substituição imediata quando se detetarem fendas ou outros
defeitos;
• Certifique-se de que a peça a ser trabalhada está corretamente encostada e fixa à
guia;
• Em momento algum deve ser desprendida a peça com o furador em
funcionamento.