SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
O que é a Persistência do Canal Arterial (PCA)?
O canal arterial (ou ductus arterioso) é um largo vaso do coração que conecta a aorta (que leva sangue
ao corpo) à artéria pulmonar (que leva sangue aos pulmões).
Este ducto geralmente se fecha no recém-nascido a termo com 12 a 15 horas de vida. Esse fechamento
tem que ocorrer,pois só assim a circulação se dá de forma normal,ou seja:o sangue circula pelo corpo e
não retorna aos pulmões,o que poderia causar sérios problemas respiratórios.
Nos bebês prematuros,o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado,e a
freqüência da PCA é proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém -nascido.
Sintomas e Diagnóstico
Problemas respiratórios no prematuro são sinais de que a PCA pode estar ocorrendo.O sopro,o pulso
rápido e a taquicardia também podem levar o médico a suspeitar dessa condição,que é confirmada
através de ecografia cardíaca.
Tratamento
O canal arterial pode evoluir para um fechamento espontâneo.Caso isso não ocorra,o tratamento pode
ser feito através de medicamentos que induzem o fechamento do canal (indometacina ou ibuprofeno).
O uso de indometacina produzo fechamento na grande maioria dos casos,porém trabalhos têm
mostrado que,em até 40% dos casos,ela pode ser ineficiente.Em até 35% dos casos que responderam
inicialmente à droga,pode haver a reabertura.
O ibuprofeno também tem sido utilizado na terapêutica dessa anomalia.Oresultado da efetividade tem
sido semelhante à indometacina,mas parece aumentar o risco de doença pulmonar crônica e a
hipertensão pulmonar.
A utilização de indometacina como prevenção reduzo número de canais arteriais sintomáticos,a
necessidade de cirurgia e de hemorragia intraventricular grave.Não existe evidência de benefício ou de
malefício a longo prazo para o bebê,incluindo o desenvolvimento neurológico.
Caso a PCA não se resolva com o uso de medicamentos,é indicado o tratamento cirúrgico.A cirurgia é
relativamente segura,sendo a mortalidade hoje extremamente baixa,porém complicações como
pneumotóraxe maior incidência de retinopatia de prematuridade grau IIe IV têm sido descritas.
- See more at: http://prematuridade.com/saude-do-prematuro/persistencia-do-canal-
arterial#sthash.7CEhIIg0.dpuf
Funcionamento do coração
O coração tem quatro câmaras, duas superiores (átrios) e duas inferiores
(ventrículos). Um septo (parede muscular) divide o coração nos lados direito e
esquerdo. O septo separa as câmaras superiores. O septo ventricular separa as
inferiores. O sangue pobre em oxigênio vem do corpo e entra no coração pelo átrio
direito, que o bombeia para o ventrículo direito. Este envia o sangue para os
pulmões, onde é oxigenado e retorna ao átrio esquerdo, que bombeia o sangue no
ventrículo esquerdo. Em seguida, o sangue oxigenado é bombeado de volta para o
corpo.
Funcionamento cardíacopré-natal
Já que não respiramos antes do nascimento, o cordão umbilical envia sangue rico
em oxigênio para o átrio direito. O coração pré-natal possui uma pequena abertura
em forma de aba na parede entre os átrios direito e esquerdo -- o forame oval. O
sangue passa diretamente do átrio direito para o esquerdo (sem passar pelos
pulmões), e em seguida, vai para o ventrículo esquerdo, que envia o sangue para o
corpo. Uma vez que os pulmões começam a funcionar, a pressão no átrio esquerdo
força o forame oval a se fechar. Se ele não fechar, se torna um Forame Oval Patente
(FOP).
Habitualmente o sangue venoso, pobre em oxigênio, chega ao coração através
de veias que desembocam no Átrio direito. Neste momento dá-se início ao
processo de oxigenação deste sangue, que passa pelas cavidades direitas do
coração (Átrio Direito e Ventrículo Direito) até chegar aos pulmões.
Recebendo o oxigênio proveniente da respiração, o sangue retorna pelas Veias
Pulmonares até o Átrio Esquerdo, passando para o Ventrículo Esquerdo e
atingindo a Aorta, a grande artéria pela qual se inicia a distribuição do sangue
oxigenado para o corpo.
Durante a gestação, tudo o que o feto precisa receber de oxigênio e
nutrientes é passado da mãe para a criança através do cordão umbilical. Este
sangue chega ao coração do feto também no Átrio Direito, no entanto como a
oxigenação não se dá no pulmão, para que o sangue circule e passe para o
lado esquerdo boa parte dele o faz através de um “túnel” entre os Átrios
Direito e Esquerdo chamado Forame Oval.
O Forame Oval, portanto, é uma estrutura normal e que faz parte da vida do
feto. Se não existisse, haveria dificuldade na circulação do sangue e o feto
provavelmente não sobreviveria.
A maioria das crianças evolui com fechamento natural do Forame Oval pouco
tempo após o nascimento, porém algumas delas crescem e se tornam adultos
mantendo o Forame Oval Patente, ou pérvio. Peloestudos estatísticos, sabe-se
que aproximadamente 25% dos adultos normais tem Forame Oval, sendo
considerado relevante apenas quando há alguma complicação em decorrência
da sua existência (felizmente, a minoria das pessoas).
Complicações
O FOP geralmente não tem complicações, mas pode ser um fator de risco para um
derrame. Os médicos acreditam que coágulos de sangue minúsculos, que geralmente
se alojam nos pulmões e se dissolvem, podem passar pelo FOP e então chegar ao
cérebro. Entretanto, o site MayoClinic.com relata que não há evidências conclusivas
sobre o problema. O FOP pode ter relação com enxaquecas com aura. A Cleveland
Clinic, percebendo que pessoas que sofrem com enxaqueca às vezes melhoram com o
fechamento do FOP, recomenda mais pesquisas sobre o assunto.
Diagnóstico e tratamento
O FOP é geralmente descoberto por acaso durante um ecocardiograma, um exame
usado para avaliar o funcionamento cardíaco. O tratamento com aspirina ou
Coumadin "afina" o sangue e pode reduzir o risco de um derrame. Os médicos
podem decidir fechar o FOP em pacientes com um histórico de derrames sem causa
aparente, ou enxaquecas debilitantes. A cirurgia para abrir o coração e suturar o
FOP é uma opção nesses casos. Também se usa um cateterismo para colocar um
dispositivo que fecha o buraco. Nesse procedimento, o médico insere um tubo bem
fino por dentro do coração, carregando um dispositivo. O tubo é inserido pela
virilha e chega ao coração através de veias.
A hemorragia dentro ou ao redor do cérebro ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros,e é
atribuída diretamente a imaturidade das estruturas cerebrais,especialmente nas zonas onde ocorre a
proliferação celular e vascular do cérebro (matriz germinal). A hemorragia intracraniana (HIC) ocorre em
20% a 40% de recém-nascidos com peso abaixo de 1500g ao nascer.Ela pode ocorrer:
1) na região extracerebral dentro dos espaços epidural,subdural ou subaracnóide;
2) nos parênquimas cerebrais e no cerebelo;ou
3) nos ventrículos cerebrais,matrizgerminal subependimária,ou plexo coróide.
A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) é a variedade mais freqüente de HIC neonatal. Ela representa
um grande problema em recém-nascidos prematuros,dada sua frequência,gravidade e prognóstico.
Estudos têm mostrado uma frequência de 13 a 29,8% em recém -nascidos com menos de 32 semanas de
idade gestacional (IG) e de até 44,68% dentre todos os prematuros.
A HPIV ocorre particularmente em recém-nascidos prematuros,pois esses pacientes possuem a matriz
germinativa subependimária (um tecido imaturo composto por células germinativas,localizado na região
subependimária dos ventrículos laterais).Esse tecido é ricamente vascularizado e seus vasos são de
finas paredes,estando sujeitos à lesão por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. O sangramento pode
ficar restrito a essa região,ou romper a parede ependimária e cair no ventrículo lateral. A matriz
germinativa subependimária não é encontrada em recém -nascidos a termo, pois as células germinativas
que a compõem migram para regiões mais superficiais do encéfalo coma maturação do feto.
Fatores de risco
Vários fatores de risco são associados à HPIV, como baixa IG, baixo peso de nascimento,falta de
administração pré-natal de corticoides,via de parto vaginal,baixo índice de Apgar de primeiro e quinto
minuto,necessidade de ventilação mecânica,administração de derivados sanguíneos,presença de sépsis
neonatal,hipotensão,apneia,pneumotórax,doença da membrana hialina,persistência do canal arterial,
uso de dopamina,surfactante,altos números de aspiração endotraqueal,entre outros.
Diagnóstico
Na maioria dos casos,a HPIV ocorre nos primeiros dias de vida do recém -nascido,e o quadro clínico
depende da gravidade da hemorragia.O método diagnóstico mais utilizado tem sido a ultrassonografia
transfontanelar,mostrando-se efetiva para o diagnóstico e seguimento desses pacientes.Como
vantagens,destacam-se a facilidade de manuseio e de avaliação,a mobilidade do aparelho e ser método
não-invasivo.
Classificação
Classifica-se a hemorragia peri e intraventricular segun do os achados da ultrassonografia transfontanela
ou da TC (tomografia computadorizada) do encéfalo em:
Grau I: Hemorragia na matrizgerminativa;
Grau II: Hemorragia intraventricular sem dilatação dos ventrículos;
Grau III: Hemorragia intraventricular com dilatação dos ventrículos; e
Grau IV: Hemorragia com hematoma intraparenquimatoso (há envolvimento da matéria branca
periventricular).
Hemorragias de graus Ie II são mais comuns,ocorrendo em cerca de 75% dos casos,geralmente sem
grandes complicações.As de graus III e IV são mais graves e podem resultar em danos cerebrais
crônicos.Após o diagnóstico e a subseqüente graduação da hemorragia,as crianças devem ser
monitoradas com medidas freqüentes do perímetro cefálico e do volume ventricular para se detectar a
hidrocefalia pós-hemorrágica.
Consequências
A HPIV pode levar a graves consequências,como dificuldades na aprendizagem,distúrbios mentais,
visuais e auditivos,alteração no desenvolvimento da linguagem e do sistema motor,hidrocefalia (25%),
paralisia cerebral (66%) e alta mortalidade (30%).
Tratamento
O tratamento da hemorragia peri e intraventricular inclui a correção das doenças de base que podem
estar relacionadas com o surgimento da hemorragia,bem como suporte cardiovascular,respiratório e
neurológico.A intervenção farmacológica é controversa e as drogas mais utilizadas são a indometacina e
a acetazolamida.O tratamento cirúrgico é limitado à ocorrência de hidrocefalia pós-hemorrágica,cujo
tratamento varia de acordo com a origem da patologia.
Fontes pesquisadas:Frequência de hemorragia peri-intraventricular e seus fatores associados em recém-
nascidos prematuros.Guzman e cols.Einstein (2010); Estudo Clínico-Evolutivo de 63 Recém-Nascidos
Portadores de Hemorragia Intracraniana.Pediatria,São Paulo (1995); Hemorragia Intracraniana no
recém-nascido pré-termo.Casuística da UTI Neonatal do Hospital AlbertSabin.Neves e cols. HU rev.,
Juiz de Fora (2007).
- See more at: http://prematuridade.com/saude-do-prematuro/hemorragia-
intracraniana#sthash.lgZVhaPk.dpuf
A doença da membrana hialina (DMH) é uma das principais causas de desconforto
respiratório no recém-nascido prematuro e a principal causa de óbito neonatal. É causada
pela deficiência de surfactante pulmonar, que tem como função diminuir a tensão
superficial da interface ar/líquido no alvéolo, evitando o seu colapso no final da expiração.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença da membrana hialina são:
prematuridade, asfixia perinatal, mãe diabética, sexo masculino, raça branca, hemorragia
materna, parto cesáreo e gestações múltiplas.
Sinais e Sintomas:
A criança apresenta aumento da frequência respiratória (taquipneia), esforço respiratório
moderado a grave, retração subcostal, batimento da asa do nariz, palidez cutânea,
gemência,cianose. A evolução é progressiva, com piora ocorrendo em geral nas primeiras
24 horas após o nascimento. Geralmente, os sinais e sintomas persistem por três dias e
depois apresentam melhora progressiva.
Diagnóstico:
O diagnóstico é baseado no quadro clínico, nos aspectos radiológicos e laboratoriais.
Radiologicamente é visualizado: hipotransparência homogênea, conhecido como aspecto
de vidro moído; microatelectasias, edema intersticial, broncogramas aéreos principalmente
em lobos superiores. Inicialmente a radiografia é normal, apresentando-se alterada por
volta de 12 horas de vida.
A gasometria arterial revela hipóxia inicial e posteriormente acidose respiratória e/ou mista.
Diagnósticos diferenciais:
Os principais diagnósticos diferenciais são: pneumonias congênitas, taquipneia transitória
do recém-nascido, cardiopatias congênitas cianóticas e malformações pulmonares.
A proteinose alveolar congênita é uma doença congênita em que há deficiência da apo-
proteína B do surfactante, que causa a doença da membrana hialina, até mesmo em
recém-nascido a termo.
Tratamento:
Inicialmente deve ser realizado controle da temperatura, oferta de líquidos, suporte
hemodinâmico e oferta calórica. A principal medida terapêutica é a administração exógena
de surfactante, que é realizada através do tubo traqueal, duas a quatro doses com
intervalo de 12-24 horas.
Prevenção:
Como a prematuridade é o principal fator de risco para DMH, deve-se prevenir o parto
prematuro, fazendo um pré-natal adequado, acompanhamento da gestação de alto risco.
Se a mulher entrar em trabalho de parto e for pré-termo, deve-se administrar corticoide
antes de 48 horas do parto, com a finalidade de reduzir a incidência e a gravidade da
doença.
Alta para UMS ou AP
Mães do interior
Ligação diretacom laboratório
Equipe multiprofissional

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPCardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPJoão Antônio Granzotti
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasdapab
 
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 Revisao: Hipertensão Pulmonar Revisao: Hipertensão Pulmonar
Revisao: Hipertensão PulmonarFlávia Salame
 
Cardiopatia
CardiopatiaCardiopatia
Cardiopatiacfsenf
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Vanessa Boeira
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatogisa_legal
 
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamento
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamentoEmbolia pulmonar - diagnóstico e tratamento
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamentoBruno Castro
 
Doenças da aorta
Doenças da aortaDoenças da aorta
Doenças da aortaPaulo Prates
 
Troboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarTroboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarElyse Santos
 
Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasMel Medina
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarFlávia Salame
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonarlabap
 
Tromboembolismo Pulmonar
 Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarDigão Pereira
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCarlos Carvalho
 

Mais procurados (18)

Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPCardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Embolia Pulmonar
Embolia PulmonarEmbolia Pulmonar
Embolia Pulmonar
 
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 Revisao: Hipertensão Pulmonar Revisao: Hipertensão Pulmonar
Revisao: Hipertensão Pulmonar
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Cardiopatia
CardiopatiaCardiopatia
Cardiopatia
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonato
 
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamento
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamentoEmbolia pulmonar - diagnóstico e tratamento
Embolia pulmonar - diagnóstico e tratamento
 
Doenças da aorta
Doenças da aortaDoenças da aorta
Doenças da aorta
 
Troboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarTroboembolia Pulmonar
Troboembolia Pulmonar
 
Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias Congênitas
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Tromboembolismo Pulmonar
 Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
 
1125
11251125
1125
 

Destaque

Anestesia para emergências cx neonatais
Anestesia para emergências cx neonataisAnestesia para emergências cx neonatais
Anestesia para emergências cx neonataisgisa_legal
 
Atenção à saúde do recém nascido volume 3
Atenção à saúde do recém nascido volume  3Atenção à saúde do recém nascido volume  3
Atenção à saúde do recém nascido volume 3pryloock
 
3.patologias respiratórias do rn
3.patologias respiratórias do rn3.patologias respiratórias do rn
3.patologias respiratórias do rnMickael Gomes
 

Destaque (6)

Anestesia para emergências cx neonatais
Anestesia para emergências cx neonataisAnestesia para emergências cx neonatais
Anestesia para emergências cx neonatais
 
Avaliaçao neo
Avaliaçao neoAvaliaçao neo
Avaliaçao neo
 
Atenção à saúde do recém nascido volume 3
Atenção à saúde do recém nascido volume  3Atenção à saúde do recém nascido volume  3
Atenção à saúde do recém nascido volume 3
 
3.patologias respiratórias do rn
3.patologias respiratórias do rn3.patologias respiratórias do rn
3.patologias respiratórias do rn
 
Insuficiencia respiratória na infancia
Insuficiencia respiratória na infanciaInsuficiencia respiratória na infancia
Insuficiencia respiratória na infancia
 
Manual de neonatologia
Manual de neonatologia Manual de neonatologia
Manual de neonatologia
 

Semelhante a Bruna e de caso

Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalMel Medina
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalMel Medina
 
Quando suspeitar cardiopatia congenita rn
Quando suspeitar  cardiopatia congenita rnQuando suspeitar  cardiopatia congenita rn
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
 
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaLaped Ufrn
 
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria   seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria   seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primáriagisa_legal
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCarlos Carvalho
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatogisa_legal
 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RN
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RNCARDIOPATIAS CONGÊNITAS RN
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RNMel Medina
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciagisa_legal
 
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciaHistória ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciagisa_legal
 
P cardiopatia congenita
P cardiopatia congenitaP cardiopatia congenita
P cardiopatia congenitagisa_legal
 
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato deConstrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato degisa_legal
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaAmanda Thomé
 
Estudo de caso apresentação
Estudo de caso apresentaçãoEstudo de caso apresentação
Estudo de caso apresentaçãovanessa270433
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistagisa_legal
 

Semelhante a Bruna e de caso (20)

Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Quando suspeitar cardiopatia congenita rn
Quando suspeitar  cardiopatia congenita rnQuando suspeitar  cardiopatia congenita rn
Quando suspeitar cardiopatia congenita rn
 
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primária
 
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria   seu papel na atenção primáriaO exame cardiológico inicial em pediatria   seu papel na atenção primária
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primária
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonato
 
Enfcardio04
Enfcardio04Enfcardio04
Enfcardio04
 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RN
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RNCARDIOPATIAS CONGÊNITAS RN
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS RN
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infância
 
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciaHistória ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
 
P cardiopatia congenita
P cardiopatia congenitaP cardiopatia congenita
P cardiopatia congenita
 
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato deConstrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
 
Pca em RNPT
Pca em RNPTPca em RNPT
Pca em RNPT
 
Tetralogia de fallo1
Tetralogia de fallo1Tetralogia de fallo1
Tetralogia de fallo1
 
Veia galeno
Veia galenoVeia galeno
Veia galeno
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em Neonatologia
 
AVC
AVCAVC
AVC
 
Estudo de caso apresentação
Estudo de caso apresentaçãoEstudo de caso apresentação
Estudo de caso apresentação
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
 

Bruna e de caso

  • 1. O que é a Persistência do Canal Arterial (PCA)? O canal arterial (ou ductus arterioso) é um largo vaso do coração que conecta a aorta (que leva sangue ao corpo) à artéria pulmonar (que leva sangue aos pulmões). Este ducto geralmente se fecha no recém-nascido a termo com 12 a 15 horas de vida. Esse fechamento tem que ocorrer,pois só assim a circulação se dá de forma normal,ou seja:o sangue circula pelo corpo e não retorna aos pulmões,o que poderia causar sérios problemas respiratórios. Nos bebês prematuros,o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado,e a freqüência da PCA é proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém -nascido. Sintomas e Diagnóstico Problemas respiratórios no prematuro são sinais de que a PCA pode estar ocorrendo.O sopro,o pulso rápido e a taquicardia também podem levar o médico a suspeitar dessa condição,que é confirmada através de ecografia cardíaca. Tratamento O canal arterial pode evoluir para um fechamento espontâneo.Caso isso não ocorra,o tratamento pode ser feito através de medicamentos que induzem o fechamento do canal (indometacina ou ibuprofeno). O uso de indometacina produzo fechamento na grande maioria dos casos,porém trabalhos têm mostrado que,em até 40% dos casos,ela pode ser ineficiente.Em até 35% dos casos que responderam inicialmente à droga,pode haver a reabertura. O ibuprofeno também tem sido utilizado na terapêutica dessa anomalia.Oresultado da efetividade tem sido semelhante à indometacina,mas parece aumentar o risco de doença pulmonar crônica e a hipertensão pulmonar. A utilização de indometacina como prevenção reduzo número de canais arteriais sintomáticos,a necessidade de cirurgia e de hemorragia intraventricular grave.Não existe evidência de benefício ou de malefício a longo prazo para o bebê,incluindo o desenvolvimento neurológico. Caso a PCA não se resolva com o uso de medicamentos,é indicado o tratamento cirúrgico.A cirurgia é relativamente segura,sendo a mortalidade hoje extremamente baixa,porém complicações como pneumotóraxe maior incidência de retinopatia de prematuridade grau IIe IV têm sido descritas. - See more at: http://prematuridade.com/saude-do-prematuro/persistencia-do-canal- arterial#sthash.7CEhIIg0.dpuf Funcionamento do coração O coração tem quatro câmaras, duas superiores (átrios) e duas inferiores (ventrículos). Um septo (parede muscular) divide o coração nos lados direito e esquerdo. O septo separa as câmaras superiores. O septo ventricular separa as inferiores. O sangue pobre em oxigênio vem do corpo e entra no coração pelo átrio direito, que o bombeia para o ventrículo direito. Este envia o sangue para os pulmões, onde é oxigenado e retorna ao átrio esquerdo, que bombeia o sangue no ventrículo esquerdo. Em seguida, o sangue oxigenado é bombeado de volta para o corpo. Funcionamento cardíacopré-natal Já que não respiramos antes do nascimento, o cordão umbilical envia sangue rico em oxigênio para o átrio direito. O coração pré-natal possui uma pequena abertura em forma de aba na parede entre os átrios direito e esquerdo -- o forame oval. O sangue passa diretamente do átrio direito para o esquerdo (sem passar pelos pulmões), e em seguida, vai para o ventrículo esquerdo, que envia o sangue para o corpo. Uma vez que os pulmões começam a funcionar, a pressão no átrio esquerdo força o forame oval a se fechar. Se ele não fechar, se torna um Forame Oval Patente (FOP). Habitualmente o sangue venoso, pobre em oxigênio, chega ao coração através de veias que desembocam no Átrio direito. Neste momento dá-se início ao processo de oxigenação deste sangue, que passa pelas cavidades direitas do coração (Átrio Direito e Ventrículo Direito) até chegar aos pulmões.
  • 2. Recebendo o oxigênio proveniente da respiração, o sangue retorna pelas Veias Pulmonares até o Átrio Esquerdo, passando para o Ventrículo Esquerdo e atingindo a Aorta, a grande artéria pela qual se inicia a distribuição do sangue oxigenado para o corpo. Durante a gestação, tudo o que o feto precisa receber de oxigênio e nutrientes é passado da mãe para a criança através do cordão umbilical. Este sangue chega ao coração do feto também no Átrio Direito, no entanto como a oxigenação não se dá no pulmão, para que o sangue circule e passe para o lado esquerdo boa parte dele o faz através de um “túnel” entre os Átrios Direito e Esquerdo chamado Forame Oval. O Forame Oval, portanto, é uma estrutura normal e que faz parte da vida do feto. Se não existisse, haveria dificuldade na circulação do sangue e o feto provavelmente não sobreviveria. A maioria das crianças evolui com fechamento natural do Forame Oval pouco tempo após o nascimento, porém algumas delas crescem e se tornam adultos mantendo o Forame Oval Patente, ou pérvio. Peloestudos estatísticos, sabe-se que aproximadamente 25% dos adultos normais tem Forame Oval, sendo considerado relevante apenas quando há alguma complicação em decorrência da sua existência (felizmente, a minoria das pessoas). Complicações O FOP geralmente não tem complicações, mas pode ser um fator de risco para um derrame. Os médicos acreditam que coágulos de sangue minúsculos, que geralmente se alojam nos pulmões e se dissolvem, podem passar pelo FOP e então chegar ao cérebro. Entretanto, o site MayoClinic.com relata que não há evidências conclusivas sobre o problema. O FOP pode ter relação com enxaquecas com aura. A Cleveland Clinic, percebendo que pessoas que sofrem com enxaqueca às vezes melhoram com o fechamento do FOP, recomenda mais pesquisas sobre o assunto. Diagnóstico e tratamento O FOP é geralmente descoberto por acaso durante um ecocardiograma, um exame usado para avaliar o funcionamento cardíaco. O tratamento com aspirina ou Coumadin "afina" o sangue e pode reduzir o risco de um derrame. Os médicos podem decidir fechar o FOP em pacientes com um histórico de derrames sem causa aparente, ou enxaquecas debilitantes. A cirurgia para abrir o coração e suturar o FOP é uma opção nesses casos. Também se usa um cateterismo para colocar um dispositivo que fecha o buraco. Nesse procedimento, o médico insere um tubo bem fino por dentro do coração, carregando um dispositivo. O tubo é inserido pela virilha e chega ao coração através de veias. A hemorragia dentro ou ao redor do cérebro ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros,e é atribuída diretamente a imaturidade das estruturas cerebrais,especialmente nas zonas onde ocorre a proliferação celular e vascular do cérebro (matriz germinal). A hemorragia intracraniana (HIC) ocorre em 20% a 40% de recém-nascidos com peso abaixo de 1500g ao nascer.Ela pode ocorrer: 1) na região extracerebral dentro dos espaços epidural,subdural ou subaracnóide; 2) nos parênquimas cerebrais e no cerebelo;ou 3) nos ventrículos cerebrais,matrizgerminal subependimária,ou plexo coróide.
  • 3. A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) é a variedade mais freqüente de HIC neonatal. Ela representa um grande problema em recém-nascidos prematuros,dada sua frequência,gravidade e prognóstico. Estudos têm mostrado uma frequência de 13 a 29,8% em recém -nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional (IG) e de até 44,68% dentre todos os prematuros. A HPIV ocorre particularmente em recém-nascidos prematuros,pois esses pacientes possuem a matriz germinativa subependimária (um tecido imaturo composto por células germinativas,localizado na região subependimária dos ventrículos laterais).Esse tecido é ricamente vascularizado e seus vasos são de finas paredes,estando sujeitos à lesão por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. O sangramento pode ficar restrito a essa região,ou romper a parede ependimária e cair no ventrículo lateral. A matriz germinativa subependimária não é encontrada em recém -nascidos a termo, pois as células germinativas que a compõem migram para regiões mais superficiais do encéfalo coma maturação do feto. Fatores de risco Vários fatores de risco são associados à HPIV, como baixa IG, baixo peso de nascimento,falta de administração pré-natal de corticoides,via de parto vaginal,baixo índice de Apgar de primeiro e quinto minuto,necessidade de ventilação mecânica,administração de derivados sanguíneos,presença de sépsis neonatal,hipotensão,apneia,pneumotórax,doença da membrana hialina,persistência do canal arterial, uso de dopamina,surfactante,altos números de aspiração endotraqueal,entre outros. Diagnóstico Na maioria dos casos,a HPIV ocorre nos primeiros dias de vida do recém -nascido,e o quadro clínico depende da gravidade da hemorragia.O método diagnóstico mais utilizado tem sido a ultrassonografia transfontanelar,mostrando-se efetiva para o diagnóstico e seguimento desses pacientes.Como vantagens,destacam-se a facilidade de manuseio e de avaliação,a mobilidade do aparelho e ser método não-invasivo. Classificação Classifica-se a hemorragia peri e intraventricular segun do os achados da ultrassonografia transfontanela ou da TC (tomografia computadorizada) do encéfalo em: Grau I: Hemorragia na matrizgerminativa; Grau II: Hemorragia intraventricular sem dilatação dos ventrículos; Grau III: Hemorragia intraventricular com dilatação dos ventrículos; e Grau IV: Hemorragia com hematoma intraparenquimatoso (há envolvimento da matéria branca periventricular). Hemorragias de graus Ie II são mais comuns,ocorrendo em cerca de 75% dos casos,geralmente sem grandes complicações.As de graus III e IV são mais graves e podem resultar em danos cerebrais crônicos.Após o diagnóstico e a subseqüente graduação da hemorragia,as crianças devem ser monitoradas com medidas freqüentes do perímetro cefálico e do volume ventricular para se detectar a hidrocefalia pós-hemorrágica. Consequências A HPIV pode levar a graves consequências,como dificuldades na aprendizagem,distúrbios mentais, visuais e auditivos,alteração no desenvolvimento da linguagem e do sistema motor,hidrocefalia (25%), paralisia cerebral (66%) e alta mortalidade (30%). Tratamento O tratamento da hemorragia peri e intraventricular inclui a correção das doenças de base que podem estar relacionadas com o surgimento da hemorragia,bem como suporte cardiovascular,respiratório e neurológico.A intervenção farmacológica é controversa e as drogas mais utilizadas são a indometacina e a acetazolamida.O tratamento cirúrgico é limitado à ocorrência de hidrocefalia pós-hemorrágica,cujo tratamento varia de acordo com a origem da patologia. Fontes pesquisadas:Frequência de hemorragia peri-intraventricular e seus fatores associados em recém- nascidos prematuros.Guzman e cols.Einstein (2010); Estudo Clínico-Evolutivo de 63 Recém-Nascidos Portadores de Hemorragia Intracraniana.Pediatria,São Paulo (1995); Hemorragia Intracraniana no recém-nascido pré-termo.Casuística da UTI Neonatal do Hospital AlbertSabin.Neves e cols. HU rev., Juiz de Fora (2007). - See more at: http://prematuridade.com/saude-do-prematuro/hemorragia- intracraniana#sthash.lgZVhaPk.dpuf A doença da membrana hialina (DMH) é uma das principais causas de desconforto respiratório no recém-nascido prematuro e a principal causa de óbito neonatal. É causada pela deficiência de surfactante pulmonar, que tem como função diminuir a tensão superficial da interface ar/líquido no alvéolo, evitando o seu colapso no final da expiração.
  • 4. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença da membrana hialina são: prematuridade, asfixia perinatal, mãe diabética, sexo masculino, raça branca, hemorragia materna, parto cesáreo e gestações múltiplas. Sinais e Sintomas: A criança apresenta aumento da frequência respiratória (taquipneia), esforço respiratório moderado a grave, retração subcostal, batimento da asa do nariz, palidez cutânea, gemência,cianose. A evolução é progressiva, com piora ocorrendo em geral nas primeiras 24 horas após o nascimento. Geralmente, os sinais e sintomas persistem por três dias e depois apresentam melhora progressiva. Diagnóstico: O diagnóstico é baseado no quadro clínico, nos aspectos radiológicos e laboratoriais. Radiologicamente é visualizado: hipotransparência homogênea, conhecido como aspecto de vidro moído; microatelectasias, edema intersticial, broncogramas aéreos principalmente em lobos superiores. Inicialmente a radiografia é normal, apresentando-se alterada por volta de 12 horas de vida. A gasometria arterial revela hipóxia inicial e posteriormente acidose respiratória e/ou mista. Diagnósticos diferenciais: Os principais diagnósticos diferenciais são: pneumonias congênitas, taquipneia transitória do recém-nascido, cardiopatias congênitas cianóticas e malformações pulmonares. A proteinose alveolar congênita é uma doença congênita em que há deficiência da apo- proteína B do surfactante, que causa a doença da membrana hialina, até mesmo em recém-nascido a termo. Tratamento: Inicialmente deve ser realizado controle da temperatura, oferta de líquidos, suporte hemodinâmico e oferta calórica. A principal medida terapêutica é a administração exógena de surfactante, que é realizada através do tubo traqueal, duas a quatro doses com intervalo de 12-24 horas. Prevenção: Como a prematuridade é o principal fator de risco para DMH, deve-se prevenir o parto prematuro, fazendo um pré-natal adequado, acompanhamento da gestação de alto risco. Se a mulher entrar em trabalho de parto e for pré-termo, deve-se administrar corticoide
  • 5. antes de 48 horas do parto, com a finalidade de reduzir a incidência e a gravidade da doença. Alta para UMS ou AP Mães do interior Ligação diretacom laboratório Equipe multiprofissional