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Lusiadas - Canto VII

Interpretação Geral
Estando a armada já em Calecute, o poeta aproveita para elogiar o espírito de cruzada
dos portugueses, e para fazer um apelo a todos os povos cristãos, que deviam seguir o
exemplo. Ficou célebre o verso: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes”.

Em seguida, assiste-se à descrição da Índia, aos primeiros contactos entre navegadores
e asiáticos, e à descrição do Malabar pelo mouro Monçaide.

Vasco da Gama e a sua comitiva irão desembarcar em terra firma, sendo recebidos
primeiro pelo Catual, depois pelo Samorim. Mais tarde será a vez do Catual visitar as
naus e, nesse mesmo momento, pedir a Paulo da Gama que lhe descreva as bandeiras
do seu País e o significado das figuras que elas ostentam. Bem vistas as coisas, este
pedido é sobretudo uma artimanha do poeta para introduzir mais alguns episódios da
História de Portugal.

Nas últimas estrofes, assiste-se à invocação das Ninfas do Tejo e do Mondego, ao
mesmo tempo que o poeta se lamenta das agruras da vida, e se esforça por distinguir
quem merece e quem não merece ser alvo de elogios.


Temáticas
Plano do Poeta: Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e
dos heróis portugueses;

Plano da Viagem: onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo para a
Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros.


Estância 3
Assunto: considerações do poeta sobre as façanhas dos Portugueses de modo a
expandir a religião cristã, dando-lhe grande importância.
O poeta exalta os feitos já realizados e incentiva-os a continuar a sua missão de
propagação da fé cristã.

Aliteração: poucos quanto fortes, Que o fraco
Anáfora: Vós (...) Vós
Anástrofe/Hiperbato (inversão da ordem das palavras): Que o fraco poder
        Deitadas são as sortes
Personificação: deitadas são as sortes
Hipérbole: A lei da vida eterna dilatais
Estância 16
Assunto: Chegada a Calcute, onde o Rei vivia. Entrada em contacto com pescadores
que lá viviam para lhes indicar o caminho.
Uma vez chegados a terra, pescadores em leves embarcações mostram aos
portugueses o caminho para Calecut, onde vive o rei da Índia.

Anástrofe/Hiperbato: à nova terra se chegaram
       O Rei que a terra toda possuía.
Antonomásia (Identificação de alguém através de um epíteto ou de qualquer outro
termo que não seja o seu nome próprio.): O Rei que a terra toda possuía. - rei
Samorim, rei da india.
Imagem: Tanto que à nova terra se chegaram, Leves embarcações de pescadores


Estância 31
Nesta estância, o poeta fala sobre a cruzada e devido à sua causa tem vencido todos os perigos
com fé.



Aliteração: Sabei que estais na Índia, onde se estende
Assindeto: Dos inimigos, do mar, do vento irado
Assonancia: Por isso só vos guia, e vos defende
Sinestesia (Associação de sensações recebidas por vários sentidos): De ouro luzente e
fina pedraria, Cheiro suave, ardente especiaria.
Hipérbole:”Diverso povo, rico e prosperado/ De ouro luzente e fina pedraria”



Estância 37
Descrição dos seus habitos diários, como se vestem, as suas diferenças sociais (das
castas, distinção entre os ricos e os pobres)

Anástrofe/Hiperbato: Dois modos há de gente
       Naires chamados são
Antitese: Andam nus, e somente um pano cobre
Eufemismo: Menos digna
Imagem: Andam nus, e somente um pano cobre As partes, que a cobrir natura ensina.
Estância 38
Continuação da descrição dos hábitos Indianos

Aliteração: Destes serem tocados; de tal sorte
Anástrofe/Hiperbato: Com cerimónias mil se alimpa e apura.
Hiperbole: Com cerimónias mil se alimpa e apura.
Metáfora: Destes serem tocados; de tal sorte



Estância 40
São descritos os costumes religiosos do povo local por Moçaide, mouro encontrado
por João Martins, que falava castelhano e que serviu de tradutor enquanto a sua
estadia na India. O mouro admira o espírito aventureiro dos portugueses, ao conhecer
as suas aventuras e por vê-los tão longe da pátria. Monçaide acompanha-o até à frota
e explica aos portugueses um pouco de geografia, história, política, religião, os
costumes da Índia. . Falam de não comer carne de vaca (de carne tem grande
abstinencia).

Aliteração/assonancia (sons): Brâmenes são os seus religiosos,
        Das carnes têm grandíssima abstinência;
Anástrofe/Hiperbato: (inversao da ordem) Brâmenes são os seus religiosos
Pleonasmo: (repetição da ideia) Não matam coisa viva, e, temerosos, Das carnes têm
grandíssima abstinência;


Estância 44
O governador do reino aguardava Vasco de Gama e oferece-lhe repouso.
Anástrofe: Todos os versos desta estância


Estância 59
Descreve-se a Visita de Vasco da Gama ao Samorim e o acolhimento aos portugueses.
 Vasco da Gama desembarca com nobres portugueses.
Após os discursos de apresentação, o Samorim recebe os portugueses no seu palácio.
Samorim demonstra grande autoridade pela sua voz e vestes e maneira de estar

Imagem: Sentado o Gama junto ao rico leito,
        Estava o Samori no trajo e jeito
Aliteração/assonancia: O's
Alusão: O Capitão lhe fala deste modo (capitão = Vasco da Gama)
Anástrofe/Hiperbato: O Capitão lhe fala deste modo
Sinédoque: Lançando a grave voz do sábio peito
Estância 62
Vasco da Gama propõe um pacto a Samorim, beneficiando os dois deste mesmo
(comércio, terras para cultivo)~

-sinestesia:”De paz e de amizade sacra e nua”
-hipérbato:”De ti proveito, o dele glória ingente”
-anástrofe:”Comércio consentir das abundanças”

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  • 1. Lusiadas - Canto VII Interpretação Geral Estando a armada já em Calecute, o poeta aproveita para elogiar o espírito de cruzada dos portugueses, e para fazer um apelo a todos os povos cristãos, que deviam seguir o exemplo. Ficou célebre o verso: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes”. Em seguida, assiste-se à descrição da Índia, aos primeiros contactos entre navegadores e asiáticos, e à descrição do Malabar pelo mouro Monçaide. Vasco da Gama e a sua comitiva irão desembarcar em terra firma, sendo recebidos primeiro pelo Catual, depois pelo Samorim. Mais tarde será a vez do Catual visitar as naus e, nesse mesmo momento, pedir a Paulo da Gama que lhe descreva as bandeiras do seu País e o significado das figuras que elas ostentam. Bem vistas as coisas, este pedido é sobretudo uma artimanha do poeta para introduzir mais alguns episódios da História de Portugal. Nas últimas estrofes, assiste-se à invocação das Ninfas do Tejo e do Mondego, ao mesmo tempo que o poeta se lamenta das agruras da vida, e se esforça por distinguir quem merece e quem não merece ser alvo de elogios. Temáticas Plano do Poeta: Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e dos heróis portugueses; Plano da Viagem: onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros. Estância 3 Assunto: considerações do poeta sobre as façanhas dos Portugueses de modo a expandir a religião cristã, dando-lhe grande importância. O poeta exalta os feitos já realizados e incentiva-os a continuar a sua missão de propagação da fé cristã. Aliteração: poucos quanto fortes, Que o fraco Anáfora: Vós (...) Vós Anástrofe/Hiperbato (inversão da ordem das palavras): Que o fraco poder Deitadas são as sortes Personificação: deitadas são as sortes Hipérbole: A lei da vida eterna dilatais
  • 2. Estância 16 Assunto: Chegada a Calcute, onde o Rei vivia. Entrada em contacto com pescadores que lá viviam para lhes indicar o caminho. Uma vez chegados a terra, pescadores em leves embarcações mostram aos portugueses o caminho para Calecut, onde vive o rei da Índia. Anástrofe/Hiperbato: à nova terra se chegaram O Rei que a terra toda possuía. Antonomásia (Identificação de alguém através de um epíteto ou de qualquer outro termo que não seja o seu nome próprio.): O Rei que a terra toda possuía. - rei Samorim, rei da india. Imagem: Tanto que à nova terra se chegaram, Leves embarcações de pescadores Estância 31 Nesta estância, o poeta fala sobre a cruzada e devido à sua causa tem vencido todos os perigos com fé. Aliteração: Sabei que estais na Índia, onde se estende Assindeto: Dos inimigos, do mar, do vento irado Assonancia: Por isso só vos guia, e vos defende Sinestesia (Associação de sensações recebidas por vários sentidos): De ouro luzente e fina pedraria, Cheiro suave, ardente especiaria. Hipérbole:”Diverso povo, rico e prosperado/ De ouro luzente e fina pedraria” Estância 37 Descrição dos seus habitos diários, como se vestem, as suas diferenças sociais (das castas, distinção entre os ricos e os pobres) Anástrofe/Hiperbato: Dois modos há de gente Naires chamados são Antitese: Andam nus, e somente um pano cobre Eufemismo: Menos digna Imagem: Andam nus, e somente um pano cobre As partes, que a cobrir natura ensina.
  • 3. Estância 38 Continuação da descrição dos hábitos Indianos Aliteração: Destes serem tocados; de tal sorte Anástrofe/Hiperbato: Com cerimónias mil se alimpa e apura. Hiperbole: Com cerimónias mil se alimpa e apura. Metáfora: Destes serem tocados; de tal sorte Estância 40 São descritos os costumes religiosos do povo local por Moçaide, mouro encontrado por João Martins, que falava castelhano e que serviu de tradutor enquanto a sua estadia na India. O mouro admira o espírito aventureiro dos portugueses, ao conhecer as suas aventuras e por vê-los tão longe da pátria. Monçaide acompanha-o até à frota e explica aos portugueses um pouco de geografia, história, política, religião, os costumes da Índia. . Falam de não comer carne de vaca (de carne tem grande abstinencia). Aliteração/assonancia (sons): Brâmenes são os seus religiosos, Das carnes têm grandíssima abstinência; Anástrofe/Hiperbato: (inversao da ordem) Brâmenes são os seus religiosos Pleonasmo: (repetição da ideia) Não matam coisa viva, e, temerosos, Das carnes têm grandíssima abstinência; Estância 44 O governador do reino aguardava Vasco de Gama e oferece-lhe repouso. Anástrofe: Todos os versos desta estância Estância 59 Descreve-se a Visita de Vasco da Gama ao Samorim e o acolhimento aos portugueses. Vasco da Gama desembarca com nobres portugueses. Após os discursos de apresentação, o Samorim recebe os portugueses no seu palácio. Samorim demonstra grande autoridade pela sua voz e vestes e maneira de estar Imagem: Sentado o Gama junto ao rico leito, Estava o Samori no trajo e jeito Aliteração/assonancia: O's Alusão: O Capitão lhe fala deste modo (capitão = Vasco da Gama) Anástrofe/Hiperbato: O Capitão lhe fala deste modo Sinédoque: Lançando a grave voz do sábio peito
  • 4. Estância 62 Vasco da Gama propõe um pacto a Samorim, beneficiando os dois deste mesmo (comércio, terras para cultivo)~ -sinestesia:”De paz e de amizade sacra e nua” -hipérbato:”De ti proveito, o dele glória ingente” -anástrofe:”Comércio consentir das abundanças”