3. Plano de Trabalho
Ementa
Metodologia: resolução de problemas, etnomatemática, modelagem matemática, jogos matemáticos, mídias
tecnológicas e investigações matemáticas.
Habilidade:
Ter como referência as habilidades propostas pelo Plano Estadual de Recomposição da Aprendizagem 2023
Objetivos:
Dialogar sobre Práticas de Resolução de Problemas;
Refletir e Propor coletivamente práticas pedagógicas e Conceitos matemáticos, linguagem matemática e suas
representações.
Estratégia Metodológica:
Apresentação expositiva e dialogada;
As práticas educativas devem oportunizar a construção e utilização do lúdico, permeado por brincadeiras,
jogos, literatura e outros, o que deve estar referenciado com textos de embasamento teórico filosófico, para
também diferenciar a aprendizagem empírica da abstração reflexiva, ampliando a compreensão do educando e
sua contextualização.
5. LETRAMENTO MATEMÁTICO
É também o letramento matemático que assegura aos alunos
reconhecer que tais conhecimentos são fundamentais para a
compreensão e a atuação no mundo. Além disso, por meio do
letramento é possível desenvolver o caráter de jogo
intelectual da Matemática como aspecto que favorece o
desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, estimula a
investigação e pode ser prazeroso (fruição) (BNCC, p. 264).
6. A aprendizagem destes leva a propiciar o desenvolvimento
das competências específicas da área. Além disso, o ensino da
Matemática para o EF, segundo a BNCC (BRASIL, 2017), “deve
ter compromisso com o desenvolvimento do letramento
matemático” (p. 264, grifo do autor). Ou seja, o aluno deve ser
capaz de dar conta das situações matemáticas que irá se
deparar em seu cotidiano, fazendo julgamentos e tomando
decisões. Para a BNCC, o desenvolvimento do letramento
matemático
7. O conceito de letramento matemático não é novo. Este já está
presente em documentos como a Matriz do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, 2012), uma
avaliação internacional que mede o nível educacional de alunos
de 15 anos em provas de leitura, matemática e ciências. Mas o
fato dele constar na BNCC atenta para a potencialidade da
aprendizagem da matemática na formação e no
desenvolvimento de cidadãos críticos, cientes de suas
responsabilidades sociais.
8. A resolução de problemas, a formação do leitor e do escritor
em Matemática, o desenvolvimento da capacidade de
argumentar e justificar raciocínios são alguns aspectos
diretamente relacionados ao letramento matemático, e que
fazem com que a Matemática ganhe valor a vida toda. Dessa
valorização do letramento decorre a primeira implicação para
o ensino que você vai desenvolver em suas aulas, ainda que a
Base não aborde a metodologia.
9. De fato, se há um desejo de que os alunos resolvam
problemas, argumentem, aprendam a ler, escrever e falar
Matemática, a aula deve estar pautada por atividades
desafiadoras, problematizadoras e que favoreçam o
trabalho em grupo, a articulação de pontos de vista e,
também, ações de leitura e representação de pensamentos
e conclusões.
BNCC foca no que o aluno precisa desenvolver para que o
conhecimento matemático seja ferramenta para ler,
compreender e transformar a realidade.
10. Multiletramentos
Ler e escrever são habilidades indispensáveis ao exercício
da cidadania. Sendo assim, a unidade escolar tem a
responsabilidade de ampliar a competência leitora e
escritora dos estudantes diante da sociedade atual e
tecnológica em que vivem, visto que associa a cada dia
novas formas de letramento e de socialização da
informação.
11. Kleiman (2010, p.381) explica muito bem essa função da
escola, quando diz: “Se aceitarmos que o letramento do aluno
é a função primeira da escola, então é o letramento o
princípio estruturador do currículo”.
São muitas as dificuldades que os aprendizes da Educação
Básica enfrentam no dia a dia, portanto, é importante que os
docentes insiram em suas aulas um ensino e aprendizagem
mais significativos.
12. O conceito de multiletramentos vai além das noções de
letramento e de letramentos múltiplos, uma vez que, mais do
que evidenciar diferentes abordagens de ensino, a unidade
escolar precisa formar cidadãos capazes de analisar e
debater acerca da multiplicidade de culturas e de canais de
comunicação que os cercam, podendo, então, participar de
forma ativa da esfera pública, seja no aspecto profissional ou
pessoal.
13. Novos Letramentos
O mundo contemporâneo se modifica constantemente e de
maneira extremamente veloz, tornando-se cada vez mais
tecnológico. Característica que tem influenciado diretamente
no modo como o indivíduo convive na sociedade, devido à
necessidade que as tecnologias trouxeram de se adquirir
novas habilidades, as quais os pesquisadores Lankshear e
Knobel (2002) denominaram de novos letramentos.
14. Tudo isso possibilita a constituição de um novo espaço
de ser/ agir, visto que as normas e regras estabelecidas
para a constituição dos discursos presentes nos novos
letramentos são sempre atuais e menos estáveis que
aquelas de letramentos convencionais.
15. Cabe ressaltar que o êxito da inclusão da tecnologia na
sala de aula está muito além da simples aquisição ou
acesso a equipamentos de última geração, pois é
necessário, principalmente, que o professor esteja
preparado para interagir com um novo tipo de
mentalidade que a maioria dos estudantes possui
atualmente: a da Web 2.0. Os pesquisadores
Lankshear e Knobel (2007) denominam a referida
mentalidade como “ciberespacial-pós-industrial”.
16. Letramento Digital
Discutir letramento digital na unidade escolar leva a indagar
sobre qual o impacto que a tecnologia causa na sociedade.
Pode-se dizer que este impacto, principalmente na educação,
é bem significativo, levando em conta a gama de alterações
de gêneros e textos que circulam nas mídias e,
consequentemente, são abordados na esfera escolar.
17. Ao repensar metodologias para inserir as NTIC, faz
necessário refletir em como construir um currículo que
contemple os interesses dos estudantes e as mudanças
ocorridas nos últimos anos. Nesse contexto, trata-se de
adotar práticas pedagógicas, em uma perspectiva para além
das teorias e técnicas, do conhecimento fragmentado, que
funcione como base epistemológica e amplie a visão de
mundo do estudante. Mas, como materializar isto na prática?
18. Nesse sentido, contrapondo ao livro didático, o computador,
como recurso multimídia, possibilita explorar uma
simultaneidade de linguagens não exploradas no texto
impresso. Porém, sem perder de vista que antes de decidir a
metodologia, é preciso ter em mente que, independente dos
métodos, o que é mais importante é a aprendizagem do
estudante, ou seja, atentar aos princípios que devem ser
observados dentro de uma proposta educativa mediada pela
tecnologia.
19. KRULIK, S.; REYS, R. E. (org.) A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997. LIBÂNEO, J. C. Didática.
São Paulo: Cortez, 2000.
CAMPOS, T. M. M.; NUNES, T. Tendências atuais do ensino e aprendizagem da matemática. Brasília: UNB, 1994.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.
ROJO, R.Pedagogia dos Multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, R.; MOURA, E. (Orgs.).
Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
POZO, J. I. (org.) A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, DF: MEC,
SEB, 2018.
MATO GROSSO. Secretaria de Estado e Educação. Documento de Referência Curricular de Mato Grosso: Anos Finais do
Ensino Fundamental. Cuiabá. 2018.
MATO GROSSO. Concepções para Educação Básica. Cuiabá: SEDUC, 2018.
MATO GROSSO. Plano Estadual de Recomposição da Aprendizagem. Cuiabá: SEDUC, 2023.