O documento discute como o processo de formação do Estado moderno ocorreu através de dois movimentos contraditórios e simultâneos: fragmentação dos poderes dos príncipes europeus em relação ao papa, e centralização dos poderes desses príncipes em relação a outros rivais. Esse processo resultou nas características fundamentais do Estado moderno, como exército e burocracia permanentes.
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Para que serve o Estado_ - Lista de questões.pdf
1.
2. Questão 01 - ENEM PPL 2021
O processo formativo do Estado desenrolou-se segundo a dinâmica de dois movimentos
contraditórios e simultâneos: fragmentação e centralização. De um lado, fragmentação na
medida em que os príncipes europeus tiveram de lutar contra o poder universalista do papa; e
centralizador na medida em que os príncipes tiveram que lutar contra o poder político e militar
de outros chefes políticos rivais. Desse processo resultaram as características fundamentais do
Estado moderno: exército e burocracia civil permanentes, padronização tributária, direito
codificado e mercado unificado.
GONÇALVES, W. Relações internacionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008 (adaptado).
A institucionalização política mencionada teve como uma de suas causas o êxito de alguns
príncipes em
a) monopolizar o uso legítimo da força.
b) reforçar a hegemonia social do clero.
c) restringir a influência cultural da nobreza.
d) respeitar a diversidade das vivências locais.
e) conter a autoridade das lideranças carismáticas.
Questão 02 - ENEM Digital 2021
DAVID, J-L. A coroação de Napoleão (detalhe). Óleo sobre tela, 621 x 979 cm. Louvre, França, 1807. Disponível
em: http://theweddingtiara.com. Acesso em: 8 abr. 2015.
3. O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a
monarquia absolutista, por
a) reduzir a autoridade do clero.
b) instaurar a censura da imprensa.
c) controlar a organização judiciária.
d) suspender as pensões da nobreza.
e) desrespeitar a propriedade privada.
Questão 03 - ENEM Digital 2021
O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si mesmos
sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma
vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é a
consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e coisas
semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçando-os, por
medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias a
nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
a) internalizar os princípios morais, objetivando a satisfação da vontade individual.
b) aderir à organização política, almejando o estabelecimento do despotismo.
c) aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o fortalecimento da Igreja.
d) assegurar o exercício do poder, com o resgate da sua autonomia.
e) obter a situação de paz, com a garantia legal do seu bem-estar.
Questão 04 - ENEM 2021
A sociedade como um sistema justo de cooperação social consiste em uma das ideias familiares
fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça como equidade. A cooperação social
guia-se por regras e procedimentos publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles que
cooperam como sendo apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a cooperação é justa
porque seus termos são tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde
que todos os demais também o aceitem.
FERES JR. J, POGREBINSCH1, T. Teoria política contemporânea uma introdução. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
No contexto do pensamento político, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)
a) ideal republicano de governo.
b) corrente tripartite dos poderes.
c) posicionamento crítico do socialismo.
d) legitimidade do absolutismo monárquico.
e) entendimento do contratualismo moderno.
4. Questão 05 - ENEM 2018
TEXTO I
Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo
homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança
senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
TEXTO II
Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja
naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o
cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por
conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins
Fontes, 1993 (adaptado).
Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um
entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma
a) predisposição ao conhecimento.
b) submissão ao transcendente.
c) tradição epistemológica.
d) condição original.
e) vocação política.