O documento aborda distúrbios neurológicos e renais, discutindo condições como acidente vascular encefálico, hemorragia cerebral, meningite, convulsão, doenças neuromusculares, infecções do trato urinário e insuficiência renal aguda. Apresenta sinais, sintomas, diagnóstico e assistência de enfermagem para essas patologias.
Distúrbios neurológicos e renais na saúde do adulto
1. Enfermagem na
Saúde do Adulto
Distúrbios neurológicos e renais
Profª. Ms. Danieli J Garbuio Tomedi
2. • Unidade de Ensino: 1
• Competência da Unidade: Compreender o processo de assistência de
enfermagem ao adulto relacionado às afecções neurológica e renais.
• Resumo: Aborda sobre as principais patologias neurológicas e renais
destacando a epidemiologia, fisiopatologia, sinais e sintomas, métodos de
diagnóstico, tratamento, sistematização da assistência de enfermagem.
• Palavras-chave: Saúde do adulto. Patologias neurológicas.
Patologias renais.
• Título da Teleaula: Distúrbios neurológicos e renais
• Teleaula nº: 1
3. Convite ao estudo
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/human-body-anatomy-vector-woman-internal-
1715639530. Acesso em: 24 jan. 2022.
Distúrbios
neurológico
AVEi
AVEh
Meningite
Doenças
neuromusculares
Convulsão
Distúrbios renais
ITU superior e
inferior
Urolitíase e
nefrolitíase
IRA
IRC
5. Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Principal distúrbio vascular cerebral.
Segundo lugar entre as principais causas de
morte no Brasil.
Atrás apenas dos óbitos por doenças
cardíacas isquêmicas.
6. Alteração do fluxo de sangue ao cérebro morte de
células nervosas da região atingida.
Hemorrágico:15%
Isquêmico:85%
Fonte: Freepik 19399741
7. Sistema Nervoso Central
Fonte da imagem: https://shutr.bz/2qjngQt. Acesso em 20 set. 2019.
Lobo Frontal
Pensamento, emoções
Córtex motor
Córtex sensorial
Lobo Parietal
Sensação e percepção
Lobo Occiptal
Visão
Cerebelo
Equilíbrio
Ponte e Bulbo
Controle de funções orgânicas:
respiração, batimentos cardíacos
Lobo Temporal
Audição
Área de Broca
Controle motor
da fala
Área de Wernicke
compreensão e
processamento
da linguagem
8. Subtipo do AVEi: Ataque Isquêmico Transitório (AIT)
Sinais e sintomas com duração < 60 min e regressão completa
Placasdeateroma
Trombose
Êmbolos
Oxigênio
Glicoseenutrientes
Hipotensãoprolongada
Fonte da imagem: shutterstock 101205481
9. Formação da área de penumbra
Fonte da imagem: Shutterstock 1335758633
AVE isquêmico
Lesãojáestabelecida
Áreadepenumbra,lesãoreversível
10. Sinais e sintomas mais comuns
• Dormência ou fraqueza da face, do braço ou da perna,
particularmente em um lado do corpo;
• Confusão ou alteração do estado mental;
• Dificuldade de falar ou de compreender a fala;
• Distúrbios visuais;
• Dificuldade de caminhar, tontura ou perda do
equilíbrio ou da coordenação;
• Cefaleia intensa e súbita.
12. Tratamento inicial do AVEi
Fonte da imagem: shutterstock 631913846
2. Evitar lesões secundárias
1. Atuar diretamente no trombo
3. Evitar formação de novos coágulos ou êmbolos
13. 1. Atuar diretamente no trombo
Com drogas trombolíticas. A área de penumbra
pode ser revitalizada pela administração do
ativador de plasminogênio tecidual (t-PA).
14. 2. Evitar lesões secundárias
Neuroproteção com anticonvulsivantes, manter pressão
arterial, glicemia e oxigenação adequados.
10 minutos 1 hora 3 horas 6 horas
15. 3. Evitar formação de novos coágulos ou êmbolos
Com antiagregante plaquetário. Recomendado aos pacientes
que não sejam candidatos a trombólise e não estejam em uso
de anticoagulante; prevenção à trombose venosa profunda.
16. Como medidas gerais, devemos atentar à respiração e às
vias aéreas (oxigenoterapia e, se necessária, intubação orotraqueal e
ventilação mecânica – Escala de Coma de Glasgow < 9) e ao controle da
glicemia. A hipertensão arterial deve ser avaliada e tratada de acordo com
o nível pressórico utilizando nitroprussiato de sódio e betabloqueador
endovenoso. No pré-tratamento, devemos monitorar a pressão arterial
(PA) a cada 15 minutos. Após o início da infusão do trombolítico, a PA
deve ser auferida a cada 15 minutos nas duas primeiras horas e a cada 30
minutos até completar 24 a 36 horas do início do tratamento, devendo
observar hipotensão arterial.
19. Estima-se que 5% da população geral
apresenta aneurismas intracranianos
que não se rompem
HSA é um evento clínico catastrófico
que se caracteriza por ruptura e
sangramento de um aneurisma
cerebral cuja mortalidade geral é de
25%.
A idade média de ocorrência da HSA
é de 50 anos.
20. Hemorragia Subaracnóidea (HSA)
Diagnóstico: avaliação clínica,
neurológica e neuroimagem
(tomografia de crânio)
Escala de FISCHER
Arteriografia cerebral
Sinais e sintomas comuns são cefaleia súbita, náuseas e vômitos (em 60% dos
pacientes). Ocorre também cefaleias de sentinela, rigidez de nuca, alteração do
nível de consciência, déficit neurológico e convulsões. Tratamento
• Suporte ABC
• Manutenção da PA
• Neurocirurgia
21.
22. Hemorragia intraparenquimatosa (HIP)
10% dos
AVEh e 50%
das mortes
Prevalência
na população
negra
Idade de 35 a
54 anos
Causas mais comuns para HIP são:
✓ transformação hemorrágica do AVEi,
✓ trauma,
✓ tumores,
✓ malformação arteriovenosa,
✓ HIP associada à hipertensão arterial,
✓ angiopatia amiloide,
✓ doenças hematológicas e reumatológicas,
✓ agentes anticoagulantes e fibrinolíticos.
23. Cuidados de Enfermagem
• Avaliar nível de consciência, pupilas e déficit
neurológico.
• Monitorizar SSVV, com controle rigoroso de PA e
temperatura inferior a 37,8 °C.
• Manter glicemia capilar entre 60 e 200 mg/dl.
• Puncionar acesso venoso
periférico calibroso.
• Manter decúbito elevado.
• Manter SpO2 > 94%.
Fonte: Shuuterstock 1125126533
28. Sinais e sintomas
• Sintomas infecciosos: febre, mal-estar generalizado,
mialgia e anorexia.
• Síndrome da hipertensão intracraniana: cefaleia
intensa, náuseas e vômito em jato, zumbido,
transtorno do equilíbrio, edema de papila.
• Síndrome radicular: rigidez de nuca e sinais de
Kerning, Brudzinski e Leségue.
• Fotofobia.
34. Convulsão
Crises epiléticas: Descarga elétrica anormal, excessiva e síncrona
de um agrupamento neuronal
Convulsão: Crises epiléticas com manifestações motoras
Epilepsia: Condição crônica com presença de crises epiléticas
recorrentes, na ausência de eventos externos desencadeantes
Estado de mal epilético (EME): atividade convulsiva contínua
(duração > 30’) ou duas ou mais crises sequenciais sem total
recuperação do nível de consciência entre elas
35. Causas da convulsão
• Retirada de droga anticonvulsivante
• Abstinência alcoólica
• Doença cerebrovascular ou metabólica
• Trauma
• Toxicidade
• Infecção do sistema nervoso central
• Tumor
• Lesão congênita
• Epilepsia prévia
36. Tratamento
• Cessação imediata da atividade convulsiva com
benzodiazepínicos
• Manutenção das vias áreas pérvias
• Oxigenoterapia
• Fenitoína, fenobarbital, tiopental.
37. Doenças neuromusculares
Síndrome de Guillain-Barré (SGB)
• Doença inflamatória que causa infiltrado
inflamatório na bainha de mielina.
• Resulta em resposta imune exagerada e
alterada contra o SNP.
Mielina
Mielina
Mielina
danificada
Nervo
exposto
38. Sinais e sintomas
• Fraqueza e arreflexia.
• Grau de paralisia variável.
• Fraqueza facial é bastante comum.
• Dor.
• Insuficiência respiratória.
• Retenção urinária.
• Taquicardia.
• Hipotensão arterial.
• Íleo adinâmico.
39. Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico: coleta de líquor, eletroneuromiografia,
bioquímica, hemograma, função renal e hepática,
sorologias, provas reumatológicas, exames para
detecção de toxinas.
Tratamento: garantir a ventilação do paciente,
imunoglobulina, plasmaferese.
42. Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico: quadro clínico, testes farmacológicos
(prostigmina), laboratoriais (anticorpos de
acetilcolina) e eletroneuromiografia.
Tratamento: garantir a ventilação do paciente,
imunoglobulina, plasmaferese, corticoide,
piridostigmina.
43. Doenças neuromusculares
Esclerose múltipla
• Doença autoimune que afeta o cérebro,
nervos ópticos e medula;
• O sistema imune corrói a bainha mielina
que protege os nervos.
Fonte: Shutterstock 117304975
45. Sistema urinário:
Elabora/remove fluido excretório (urina);
Regula a concentração hídrica/salina;
Remove resíduos do metabolismo celular
presentes na corrente sanguínea.
Pielonefrite
Uretrite
Cistite
Prostite
46. Pielonefrite
Infecção bacteriana da pelve renal túbulos e tecido
intersticial de um ou de ambos os rins.
Diagnóstico:
USG ou TC de abdome +
Exames laboratoriais
Fonte: Shutterstock 1049426942.
Aguda
Rins aumentados,
abcessos
Crônica
Rins diminuídos e
afuncionais, IRC
47. Infecções do trato urinário inferior
Sinais e sintomas:
• Polaciúria;
• Nictúria;
• Incontinência;
• Hematúria;
• Dor suprapúbica; e
• Dor lombar.
48. Urolitíase e nefrolitíase
• Origem: aumento das concentrações urinárias de
substâncias como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e
o ácido úrico.
• Podem variar em tamanho: areia, cascalho até cálculos
vesicais tão grandes quanto uma laranja.
Sinais/sintomas dependem da presença de
obstrução, infecção e edema.
50. Insuficiência renal aguda (IRA)
Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar
suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando
ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta
perda é lenta, progressiva e irreversível.
51. Insuficiência renal aguda
(IRA)
PERÍODO DE
INÍCIO
PERÍODO DE
OLIGÚRIA
PERÍODO DE
DIURESE
PERÍODO DE
RECUPERAÇÃO
FASES CLÍNICAS
DE IRA
Começa com a primeira
agressão e termina quando a
oligúria se desenvolve
Volume urinário pode atingir
níveis normais ou elevados,
mas com função renal anormal
Melhora da função renal e
exames laboratoriais retornam
aos níveis normais
Volume urinário <400ml/24h e
elevação da concentração sérica dos
elementos excretados pelos rins
52.
53. Insuficiência renal crônica (IRC)
Deterioração progressiva e irreversível da função renal, causando desequilíbrio
metabólico e hidroeletrolítico.
hipertensão
arterial
insuficiência
cardíaca
edema
agudo de
pulmão
pericardite
prurido
intenso
anorexia
náusea,
vômito
melena
hematêmese convulsão
tremor
muscular
incapacidade
para se
concentrar
níveis
alterados de
consciência
Sinais e
sintomas
54. Diagnóstico da IRC
Exames laboratoriais como ureia, creatinina,
provas de função hepática, eletrólitos, cálcio,
magnésio, desidrogenase láctica (DHL),
creatinoquinase (CK ou CPK), estudos de
coagulação e um perfil imunológico básico; a
ultrassonografia do trato urinário.
55. Estadiamento e classificação da doença renal crônica
ESTÁGIO
FILTRAÇÃO
GLOMERULAR
(ml/min)
GRAU DE INSUFICIÊNCIA
RENAL
0 > 90
Grupos de risco para DRC
Ausência de lesão renal
1 >90
Lesão renal com função renal
normal
2 60 - 89 IR leve ou funcional
3 30 – 59 IR moderada ou laboratorial
4 15 – 29 IR severa ou clínica
5 < 15 IR terminal ou dialítica