2. Movimento de Ruptura
Música popular e brasileira de 1967
a 1968
Participantes:
Caetano Veloso
Gilberto Gil
Gal Costa
Tom Zé
3. Avanço na música
brasileira
Pós-Bossa Nova
Influência da música tradicional
Nacionalismo de esquerda
Proposta: Universalização da MPB
Rock
Psicodelia
Guitarra elétrica
4. “eu organizo o movimento. Eu oriento o
carnaval” (Caetano Veloso)
Influência da Antropofagia de Oswald de Andrade
Concretismo
Brasil arcaico
+ tradições
+ Brasil moderno
+ cultura de massa
+ Brasil futurista
5. Sincrético e Inovador. Aberto e
incorporador.
Rock,
+ bossa nova
+ samba
+ rumba
+ bolero
+ baião.
6. Quebra das rígidas barreiras que permaneciam no País.
Pop x folclore.
Alta cultura x cultura de massas.
Tradição x vanguarda.
Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas
populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes
experimentais para a época.
7. Irreverência
Transformação dos critérios de gosto vigentes:
Música
Política
Moral
Comportamento
Corpo
Sexo
Vestuário.
A contracultura hippie foi
assimilada, com a adoção da
moda dos cabelos longos
encaracolados e das roupas
escandalosamente coloridas.
8. Desfecho
O movimento, libertário por
excelência, durou pouco
mais de um ano e acabou
reprimido pelo governo
militar. Seu fim começou
com a prisão de Gil e
Caetano, em dezembro de
1968. A cultura do País,
porém, já estava marcada
para sempre pela
descoberta da
modernidade e dos
trópicos.
9. TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSES
Eu quis cantar uma canção iluminada
de sol
Soltei os panos sobre os mastros no are
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer de puro aço luminoso
um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar folhas de sonhos no
jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
(Os Mutantes)
10. ALEGRIA, ALEGRIA
Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e brigitte bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço, sem documento,
Eu vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por que não...
(Caetano Veloso)