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Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor
destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem
intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16). Ela
está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel
apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo
povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é
chamada ao fascinante ministério da intercessão.


O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre
Deus e o homem, para pleitear a sua causa.


Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja
feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.
Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já
testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada
por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.


Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver
as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito
Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.


Interceder é combater
O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar: Por que combate na intercessão? Saiba que não é Deus Quem
retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso problema. Absolutamente não! Ele não é o meu problema, é a fonte
da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminho. Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antônio e o
José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino.
Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônío. Se ela ainda não está em suas mãos, onde irá procura-la? Contra quem irá lutar?
Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra o José.


Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o preço
para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade. Tudo o que é de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo Jesus. Por que,
então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora nós vamos brigar. É
a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: "Se Cristo pagou o preço, seu atrevido, tira a mão de cima, porque eu vou entrar agora na
batalha, na autoridade de Cristo Jesus". Este é um aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o ininimigo chegar perto, ele vai ver que o
justo é ousado como um leão. É a essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o intercessor de
guerreiro de oração.
O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do inimigo, como
é feia. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não tem
medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão, arregaça as mangas e vai à luta. Por quê? Porque você já sabe que
Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do Calvário há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta
de dizer, "tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um ininimigo que já está derrotado." Satanás nenhuma autoridade tem sobre
você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se você nada lhe der, ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para lutar
contra você; porém você as tem. Você tem armas poderosas em Deus para enfrenta-lo e vencê-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito
alto e faz a guerra com um pacote de mentiras, procurando trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de combate.
Todavia, se você conhece as suas maquinações, e não lhe dá ouvidos, não se rebaixa para ouví-lo, porque o lugar dele é debaixo dos
seus pés, ele será para você um inimigo derrotado.
Não se impressione com o rugir inimigo. Faz muito barulho, ruge como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o Leão da tribo de
Judá, e ele procura imitá-LO, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do peregrino: quando ele chega para entrar no castelo, feliz
depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo, porém, descobre que este está amarrado, não faz
nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em
nome de Jesus.


O cristão como intercessor
"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de, súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (1
Tm. 2:1).
"...e orai [também] uns pelos outros, para serdes curados e restaurados [a um vigor espiritual de mente e coração]. A fervorosa (sincera,
continua) oração do justo torna um tremendo poder disponível (dinâmico em sua operação)" (Tg. 5:16 - Amp).


O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e (os homens, a favor destes, para pleitear sua causa, como se fosse própria. É aquele
que se coloca entre vivos e mortos para que cesse a praga (Nm, 16:48). É aquele que tem o seu espírito afinado ao Espírito de Deus e
consegue captar os pesos do Seu coração e se devota a orar por outros, sob Sua liderança, até que o cetro de Deus se levante, isto é, até
que a causa seja ganha.
A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias à vontade perfeita de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é
o canal de Deus na terra, não só da proclamação da Sua Palavra, da Sua vontade e obra da Redenção, mas também de intercessão.
Como isso funciona? Sintetizando o que estamos procurando transmitir, diríamos:


1 - Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse propósito tem sido revelado na Bíblia e em Cristo.
2 - Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como representante do homem no Céu, Jesus fala por ele.
3 - O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao espírito do crente. É ali que Ele habita e faz o elo de ligação entre
Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o coração do crente.
4 - O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo. Quando ele abre a boca para orar movido pelo
Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre o Céu e a terra.
5 - É desencadeada a manifestação do poder de Deus nas circunstâncias a serem alteradas e que foram objeto de oração, provocando
uma mudança.


O Chamado à Intercessão
Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Sacerdote é o que se coloca diante de Deus no lugar do homem, levando suas
necessidades à presença dAquele que somente pode intervir miraculosamente na vida da raça humana, l Pedro 2:9 declara:


"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz."


Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus,
através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por
todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a
necessidade de intercessores.
Você poderá dizer: Mas Deus já não proveu Jesus, como nosso intercessor? Isso não basta? Não, isso não basta. A terra é ainda dos
filhos dos homens e é nela que as batalhas se travam. Em Cristo temos uma aliança com Deus, mas ainda é através dos homens que
tudo se realiza na terra. O que acontece com Cristo, como o Intercessor provido pelo Pai, é que Ele tem autoridade de nos representar
diante de Deus e, pelo Seu Espírito, tanto mudou nossa natureza, nos regenerou, elevando-nos à posição de filhos de Deus, como vive
em nós. Isso nos garante uma presença sobrenatural para nos guiar num viver de acordo com Seus propósitos. Por causa do Espírito
Santo em nós, que nos revela todas as coisas, podemos agora falar e orar em perfeita linha com a vontade do Pai. Mas coloque isso em
seu coração: Você e eu somos a boca através da qual o Espírito Santo vai orar na terra o que Jesus ora no Céu. Através de nós, Ele
intercederá com "gemidos inexprimiveis."
Convém a esta altura salientar que assim como Satanás só opera na terra, porque encontra o consentimento dos homens, Deus também
opera na terra através do mesmo consentimento e instrumentalidade. Temos que abrir a boca aqui e dizer o que Deus diz no Céu, e é
quando essa harmonia acontece, que as circunstâncias mudam, vidas são arrancadas do inferno, avivamentos rompem, cadeias são
quebradas, Deus é temido, obedecido e glorificado.


A Intercessão é Prioridade
A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério
de intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem
não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer:


"Antes de tudo, pois, morto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os
homens " (1 Tm. 2:1).


Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em nossa vida.
Insistimos no princípio: Deus nada faz na terra, a não ser por meio da intercessão. Amado, nós temos que nos arrepender da nossa falta
de intercessão. Cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do espírito. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que
perdemos a oportunidade de criar alguma coisa no mundo espiritual, com conseqüências no mundo natural, sendo que esta oportunidade
não mais voltará.
Muitas crises surgem em nossas vidas por falta de oração. Muitas vezes o Espírito nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas não
queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos, desastres acontecem na vida de outros, almas vão para o inferno e angústias
que poderiam ter sido evitadas pela oração, dilaceram muitas almas.
Somos chamados a interceder! Não responder a esse chamado do Trono é estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do povo
para que clamasse a seu favor, para que não morressem por causa dos seus próprios pecados, fez uma tremenda declaração que deveria
ser um desafio para nós também:


"E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós; eu vos ensinarei o caminho bom e
direito" (1 Sm. 12:23).


Deus tem um propósito para o homem em Seu coração, e precisa dos Seus filhos para que esse propósito se estabeleça.
E o que é intercessão senão trazer a vontade de Deus à vida dos homem, da Igreja e das nações? Se entendermos isso, não esperaremos
sobrar um tempinho para orar, mas faremos da intercessão uma das prioridades em nossa vida.

                                                                                                           SÉRIE ESCOLA DE ORAÇÃO
                                                                                                                   Valnice Milhomens
O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
2004-01-04 11:52:00
- “O intercessor não é aquele que somente faz à Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de
Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da
intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.”

Escrever sobre o ministério de intercessão é, para mim, uma grande alegria, dado que nutro um grande amor
a este ministério, que acredito ser o sustentáculo das grandes obras que Deus realiza no meio do seu povo.
Este ministério é como o alicerce de um grande edifício, que não é viso nem admirado, mas sem o qual o
edifício não poderia erguer-se.
Eu creio que este artigo será de grande esclarecimento e importância para todos os que lideram comunidades
e desempenham este ministério dentro do trabalho que o Senhor os chama a realizar.
Leia este artigo com o desejo de que o Espírito Santo venha revelar no seu coração as verdades mais
profundas, porque muito mais do que aqui está escrito o Senhor tem a falar no seu coração.

O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO

Quando, há algum tempo atrás, eu comecei a questionar o que era o ministério, eu pedi ao Senhor que me
esclarecesse verdadeiramente o que é da sua vontade no que se refere a ministério na espiritualidade da
Renovação Carismática. O Senhor me fez entender primeiramente que há uma diferença muito grande entre
dom e ministério, coisa que muitas pessoas confundem bastante.
Possuir um ministério do Senhor não é a mesma coisa que receber um dom do Espírito Santo. Para que
recebamos os dons do Espírito Santo, nós precisamos ser abertos às moções e inspirações que este Espírito
suscita em nós. Para possuirmos um ministério do Senhor, é preciso que este nos seja dado por Jesus que
deseja que nós desempenhamos uma missão especial em seu Nome.
Em I Cor 12,4-5 encontramos o seguinte texto: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo”. Refletindo sobre este texto vamos entender que os
dons são manifestações do Espírito para proveito da comunidade, naquele momento de necessidade,
enquanto que o ministério é algo dado pelo Senhor Jesus, que envia os seus discípulos a desempenhar
missões; missões estas que são bem específicas dentro do seu corpo, que é sua Igreja.
Quando estamos reunidos em nossas comunidades, grupos de oração, grupos de partilha, etc. no momento
que oramos, precisamos e devemos estar abertos às moções do Espírito Santo que pode naquele momento
estar desejando que profetizemos, ou que digamos uma palavra de ciência para a cura interior de alguém do
grupo. Mas, tão somente porque alguém esteve aberto a estes dons, não implica dizer que ele tenha o
ministério de profetizar, ou o ministério de cura interior.
Em Jer 1,5 vamos encontrar um trecho que nos esclarece muito mais a cerca da diferença entre o Dom e o
ministério: “O Senhor disse a Jeremias: „Antes mesmo de te formar no ventre de tua mãe, eu te conheci,
antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações‟”. E é isso o ministério
carismático. O Senhor desde toda eternidade já conhecia Jeremias, desde toda eternidade também já o havia
consagrado ao ministério da profecia. Observemos que Jeremias era ungido e enviado pelo Senhor a ser
profeta, não como um dom que iria se manifestar através dele numa hora de necessidade, mas como
ministeriado. Era pelo serviço dele no ministério profético que iria ser reconhecido no meio do povo como
homem de Deus. Porém, se formos ler a profecia de Jeremias na Bíblia, vamos encontrar este profeta, por
várias vezes, usando os dons do Espírito Santo para bem desempenhar o seu ministério.
Um pequeno trecho que melhor ilustra este fato encontramos em I Reis 19,19-21 e II Reis 2,15 quando o
profeta Elias unge Eliseu para que ele exerça o ministério da profecia no seu lugar. No exercício do
ministério profético, Eliseu utiliza os dons de milagres (II Reis 2,19) e cura (II Reis 5,1-15), mas o seu
ministério é o de Profecia, que para melhor ser desempenhado precisa da graça do Espírito Santo através dos
seus dons.
Assim sendo, o ministério de intercessão é um ministério que o Senhor dá a algumas pessoas a fim de que
estas possam ser intercessoras pelas causas do Reino de Deus. As pessoas que exercem este ministério são
escolhidas, eleitas, como foi o profeta Jeremias (Jr 1,5), antes que no seio materno fosse formado.
Este ministério de intercessão, como os outros ministérios do Senhor, está dentro do seu coração e o Senhor
abençoa aqueles que ele são chamados com todas as bençãos necessárias para o seu bom desempenho.

QUEM É O INTERCESSOR

A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor e aquele que se coloca entre aquele
que pode dar e aquele que deseja receber. No caso do ministério de intercessão, o intercessor é aquele que se
encontra entre Deus Pai e a sua criação. Ele é como um advogado no Reino de Deus, um advogado de
defesa, que defende as causas do Reino.
Na Bíblia, vamos encontrar muitos personagens com características de intercessores e exercendo fielmente
este papel. Em Ex 34, 8-9 vamos encontrar Moisés intercedendo pelo povo de Israel: “Moisés inclinou-se
incontinente até à terra e prostrou-se dizendo> „Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio
de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai-nos as nossas iniquidades e nossos pecados e aceitai-
nos como propriedade vossa‟”. O povo de Israel havia cometido o grande pecado de adorar o bezerro de
ouro, proclamando-o seu Deus. Sabendo disso, Moisés, como escolhido, chamado, eleito por Deus para
dirigir seu povo, diz para o Senhor assim: “Senhor, se tenho vosso favor...”. Esta oração de Moisés não tem
mais sentido para nós próprios, mas pedimos em nome de Jesus e a oração dos intercessores é assim:
“Senhor, em nome de Jesus, que tem o teu favor, concede-me...”
Como Moisés, hoje em nosso grupos precisamos ser esses intercessores que se colocam aos pés de Deus a
fim de interceder pelo povo pecador. Nossos grupos, nossas comunidades necessitam urgentemente dessas
sentinelas que estejam a colocar-se entre Deus e a sua Igreja pecadora.
O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de
Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da
intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.
O intercessor apropria-se das palavras da Escritura que trazem as promessas de salvação e restauração. Ele
conhece o Senhor pela oração e pela Escritura e é aí que está o segredo dessa intimidade entre Deus e o
intercessor; intimidade esta que faz com que todos os pedidos dos intercessores atinjam o coração de Deus,
pois são feitos por meio de Cristo Jesus para glória de Deus Pai.

INTERCESSÃO, UM MINISTÉRIO DE CONSOLAÇÃO

No Evangelho de São João 12,1-12 vamos nos deparar com um jantar, na cidade de Betânia, na casa de
Lázaro, Marta e Maria. Este trecho vem nos mostrar o episódio em que Maria tem um perfume de nardo
puro e derrama aos pés de Jesus. Ora, Maria tinha o coração inflamado de amor por Jesus, e no seu amor
insensato, eufórico, ela desejava consolar o coração de Jesus que já se encontrava triste por sua paixão que
se aproximava.
Os convidados não foram capazes de entender a atitude de Maria e se limitaram a simplesmente criticar sua
atitude, por causa do estrago que ela fazia em derramar aquele perfume, pois o mesmo poderia ser vendido e
o dinheiro poderia ser aplicado em algo mais valioso do que os pobres pés cansados e calejados de Jesus.
Mas para Maria não era assim. Ela amava Jesus e o amor fazia com que ela ficasse na expectativa das
necessidades de Jesus e por isso, derramar o nardo puríssimo e preciosíssimo aos seus pés era o que de mais
coerente ela poderia fazer, pois ela sabia que, com aquele gesto de amor, consolaria o coração do Senhor.
E isso é intercessão. Nesta fase da vida de Jesus, nada agradou tanto o coração do Pai como a atitude de
Maria, pois ela se colocava entre o coração dolorido do Pai, por ter que cumprir seu plano de Salvação em
Jesus, e o povo pecador que não merecia esta salvação. Maria através de sua intercessão, mostrou aos céus
que a entrega de Jesus valeria a pena para a humanidade, pois tudo o que ela fazia era mostrar o seu amor a
Jesus. E Deus retribui todo esse amor a Maria, pois a intercessores como ela o Pai nada lhes nega.
São esses intercessores, que estão muito mais preocupados com Jesus do que com os problemas, que
verdadeiramente conhecem seu coração aflito e consola-o, e só lhe dirigem preces que entram em profundo
acordo com a sua vontade.
Os verdadeiros intercessores precisam deixar os seus corações inflamarem-se por este amor que deixa-os
totalmente dependentes de Jesus e na expectativa de seus desejos.


O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA BÍBLIA.

O livro do Gênesis nos mostra Abraão, que se coloca como intercessor entre Deus e os habitantes de uma
cidade que deveria ser destruída por causa de seus pecados. Em Gn 18,16-33 lemos: “Os homens
levantaram-se e partiram na direção de Sodoma, e Abraão os ia acompanhando. O Senhor disse então: Acaso
poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? (...) os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto
Abraão ficou em presença do Senhor. Abraão aproximou-se e disse: Fareis o justo perecer com o ímpio?
Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los hei perecer? Não perdoareis a cidade, em atenção aos
cinqüenta justos que nela podereis encontrar? Não, vós não podereis agir assim, matando o justo com o
ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o Juiz de toda a terra a Justiça? O Senhor disse: Se eu
encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles. Abraão continuou: Não
leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza. Se porventura faltar cinco aos
cinqüenta justos (...) Abraão replicou: Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez: Que será se lá
forem achados dez? E Deus respondeu: Não a destruirei por causa desses dez. E o Senhor retirou-se, depois
de ter falado com Abraão, e este voltou para a sua casa. ”
Tomado a posição de intercessor do povo na qual Abraão se colocou, ressaltamos, com este texto, uma
característica no relacionamento entre Abraão e Deus: Eles eram íntimos. Deus havia tomado a decisão de
destruir Sodoma, por causa do seu pecado e Ele sentiu a necessidade de que Abraão soubesse disso. Ao
saber disso Abraão conversa com Deus através da intercessão, coloca aquilo que ele sente, argumenta e
deixa a decisão final para Deus.
É assim, como Abraão, que os intercessores de hoje devem agir. Primeiramente devem estar na escuta de
Deus que a qualquer momento vai lhes falar, para lhes comunicar suas decisões.
Isso acontece num ato de profundo amor de Deus para o homem. Ele suscita ao homem a interpelar diante
dele como imagem de seu Filho Jesus na cruz que se coloca entre o céu e a terra, entre Deus e a humanidade.
E o intercessor carismático, ao argumentar, diante do Pai amoroso, por seu povo amado, deixa-se levar pela
oração intercessora que toca o mais profundo do seu amor e assim Ele cede deixando-se levar por sua
misericórdia, impulsionado pelo seu grande amor.
Outra características dos intercessores é buscar os interesses do Pai, a exemplo de Abraão que diz: “Não fará
justiça o juiz de toda a terra?”. E se caminharmos através da Bíblia veremos em Gn 20,3-7 e Gn 20,17 como
Abraão se colocou como intercessor e poderemos, espelhados nele, fazer crescer o nosso ministério. É no
livro do êxodo onde vamos encontrar o verdadeiro ministério de intercessão na pessoa carismática de
Moisés. Moisés é o amigo íntimo de Deus. Trazia em si a fundamental característica do intercessor, que é
esta intimidade. Ele encarna em si todas as característica que são natas, essenciais e vitais ao intercessor.
Moisés é conhecido por argumentar diante de Deus em favor de seu povo, porque amava a Deus e conhecia
o seu amor. Moisés acalmava o coração ferido de Deus e por isso confortava-lhe. Em Ex 32,33 e 34 é que
vamos encontrar o ponto alto onde todas as características que mencionamos acima vão se evidenciar.
Como fez com Abraão, o Senhor confidencia a Moisés, pois esta é a sua maneira de conversar com os
intercessores.
Quando Deus compartilha as dores de seu coração com seu escolhido (o intercessor), o que este pode fazer é
transbordar o seu amor pelo Pai e, através da adoração, consolá-lo. Esta é a plenitude do relacionamento
carismático do intercessor com Deus. E é neste relacionamento que o intercessor vai aplacar o coração ferido
de Deus.
Em Ex 32,1-14 vamos presenciar o episódio onde Moisés, no Monte Sinai, se encontra com Deus. Devido a
insegurança do deserto e a sua própria fraqueza carnal, o povo já não vê Moisés, nem a imagem de Deus que
ele transmitia para aquele povo tão frágil. Por causa disso, o povo constrói um bezerro de ouro, o proclama
Deus e o adora. O coração de Deus ficou em profunda ferida. O seu povo amado estava em adultério e o
havia abandonado. E é neste momento que o Senhor fala com Moisés, que nada sabia do que estava
acontecendo, e diz: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste sair da terra do Egito, perverteu-se. Depressa
se desviou do caminho que eu lhes havia ordenado... Tenho visto a este povo: é um povo de dura cerviz.
Agora, pois, deixa-me para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma e farei de ti uma grande
nação. Moisés, porém, suplicou a Iahweh seu Deus e disse: Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra teu
povo, que fizeste sair do Egito?... Por que os egípcios haveriam de dizer: Ele os fez sair com engano?...
Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo com o qual havia ameaçado o povo”.
É incrível vermos num texto, de maneira tão certa, a concretização de tudo quanto nos inspira o Espírito
Santo a falar acerca do intercessor. É maravilhoso vermos o poder de Deus agindo tão fortemente através da
oração de intercessão. Ainda podemos aprofundar a nossa compreensão sobre ministério de intercessão em
textos como Ex 32,30-35; Ex 33,13-17 e Ex 34,8-10, e meditando com eles o Senhor nos levará ao
entendimento profundo da intimidade dele com o intercessor.
No livro do profeta Isaías, nós encontramos textos que nos farão compreender profundamente o ministério
de intercessão. Em Is 62,6 vemos: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, postei guardas; eles não se calarão
nem de dia, nem de noite”. Vemos neste texto que é um desejo do coração de Deus, e mais que um desejo é
uma promessa, que não faltará aos seus escolhidos (pessoas e obras), intercessores, sentinelas que jamais se
calarão. São esses os intercessores que o Senhor deseja, homens que não descansem e nem dêem a Ele
descanso “até que se estabeleça Jerusalém”.
É uma outra característica forte do intercessor. Ele não desiste facilmente e se apóia firmemente nas
promessas do próprio Deus, naquilo que Ele próprio prometera.
No livro do profeta Ezequiel, o Senhor se queixa e o seu coração se encontra muito triste por não ter
encontrado um só intercessor, como vemos: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se
colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém, achei”.
Por isso se faz urgente em nossos grupos, comunidades, etc, que surjam intercessores para tapar as brechas
do que são os pecados e as fraquezas de seu povo. Não são os grupos, as comunidades que clamam por
intercessores, mas é Deus quem os procura, ansiosamente. É ele quem os quer, quem os deseja.
Para você que lê este artigo, no seu grupo, na sua comunidade, você não pode mais deixar o Senhor esperar.
Forme, anime o ministério de intercessão e a voz do Senhor se fará ouvir com muito maior constância e as
coisas caminharão com maior liberdade.
No novo testamento vemos como São Paulo, quando escreve aos efésios, exorta-os a intensificar o ministério
de intercessão, isto é, fazê-lo crescer, quando diz: “Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda
circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. (Ef 6,18).
Também repete a mesma coisa aos Filipenses quando diz: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as
circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graça”
(Fl 4,6). Paulo, ainda, confiando no ministério de intercessão dos colossenses, anima-os e pede a intercessão
por ele: “Sede perseverantes, sede vigilantes na oração, acompanhada de ações de graça. Orai também por
nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa Palavra para que possamos anunciar o ministério de Cristo” (Col
4,2-3).
Certamente Paulo era bem conhecedor daquele trecho da profecia de Ezequiel que anteriormente meditamos
com ele. E vendo a necessidade, e sabendo como Deus procura as sentinelas, os intercessores, era que ele
exortava as comunidades às comunidades a terem firme e perseverante este ministério, que seria para ele
sustentáculo, alicerce em relação a vontade de Deus.
Ainda falando dos intercessores vemos através do livro do Apocalipse que eles terão a função
importantíssima na vida dos salvos: “Adiantou-se um outro e pôs-se junto do altar, com um turíbulo de ouro
na mão. Foram-lhes dados muitos perfumes para que os oferecesse com as orações de todos os santos no
altar de ouro que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo junto com a oração dos
santos, diante de Deus.”
A oração dos intercessores subirá ao trono de Deus, juntamente com a fumaça que sairá dos turíbulos que os
anjos trarão na mão como sacrifício de agradável odor ao Senhor.
Nota-se que no livro do Apocalipse os intercessores são chamados de “santos” dando-nos a entender que os
íntimos de Senhor são os santos, aqueles que se deixam encher pelo Espírito Santo e se santificar.

O MINISTÉRIO INTERCESSOR DE JESUS

Jesus é o intercessor por excelência, aliás, Ele é “o intercessor”. É Ele que se coloca entre o céu e a terra na
sua cruz como expiação pelos nossos pecados. É dele que São Paulo fala em Rm 8,34: “Quem condenará os
escolhidos de Deus? Cristo Jesus, que morreu, melhor, que ressuscitou, que está a mão direita de Deus, é
quem intercede por nós”.
É dele também que nos fala São João em I Jo 2,1 quando diz: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não
pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a expiação
pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.
E o próprio Jesus se apresenta aos discípulos como intercessor quando diz em Jo 14,12-14: “Em verdade, em
verdade vos: aquele que crê em mim fará também as obras que faço, e fará ainda maiores que estas: porque
eu vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo darei, para que o Pai seja
glorificado no Filho. Qualquer coisa que pedirdes em meu nome, vo-lo darei”.
Então, de posse destas três passagens nós vamos entender que Jesus é o intercessor, nosso advogado de
defesa diante do Pai. Jesus se oferece como vítima imolada diante do Pai para pagar nossos pecados.
Nós dirigimos nossos pedidos ao Pai, que olha para Jesus e por causa de Jesus, Ele nos concede o que
estamos desejando.
É por Jesus, só por Jesus, que o Pai atende aos intercessores. É Jesus quem fica diante do Pai a interceder por
nossos pecados. A Ele, nada o Pai pode negar, pois, Ele todo já se deu ao Pai, para o resgate da humanidade.
É por isso que o pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus como nos manda a Sagrada
Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28.


NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ.

1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do
pecado ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria ouvido o Senhor.”

2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o
Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como
convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”

3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu
coração deposite toda confiança no Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus
pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os meus, diz o Senhor”.
4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé
é impossível agradá-lo” (Heb 11,6).

5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele lhe concede.

6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do Espírito”,
que é a Palavra de Deus. Tg 4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de
vós.”

7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas
ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.

8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que
ilumina meus passos. É uma luz em meu caminho”.

9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele fez lembrando-se de que
“tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36).

Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, ó Bem de todos os bens! Ó meu Jesus! Em seguida ordenai os
meios de fazer eu alguma coisa por vós. Já não há quem suporte receber tanto sem nada pagar. Custe o que
custar, Senhor, não permitais que me apresente diante de vós com as mãos tão vazias, pois o prêmio será de
acordo com as obras. Eis aqui minha vida, eis aqui minha honra e minha vontade. Tudo já vos dei. Sou
vosso. Disponde de mim como quiserdes.

O DOM DE LÍNGUAS E O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO.

“Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar
como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e Aquele que perscruta os
corações sabe o que deseja o Espírito, que intercede pelos cristãos segundo a vontade de Deus”. (Rm 8,26-
27)
O Espírito Santo que mora em nosso coração é fruto da plenitude do Amor que há entre o Pai e o Filho. E
este Espírito que nos foi dado para nossa santificação vem auxiliar a nossa fraqueza. Quando a vontade de
Deus parece obscura para nós, quando não entendemos os desígnios de Deus para a nossa vida, ou para a
vida do irmão por quem intercedemos, podemos, com toda certeza, orar na língua do Espírito Santo e deixar
que os “gemidos inefáveis” cheguem ao Trono de Deus, na certeza de que o Espírito só intercede dentro da
vontade de Deus e jamais sairá dela.
Com isto, vimos que o dom das línguas, sinal que acompanha os discípulos de Jesus é o próprio Espírito
orando em nós. O ministro de intercessão jamais poderá deixar de orar nesta língua, porque ele tem a certeza
de que o Espírito Santo caminha muito além do que se pode perceber ou experimentar, pois Ele penetra até
mesmo as profundezas de Deus. (I Cor 2,10).




ntercessão
Antes que você possa ser um intercessor bem sucedido, precisa aprender a andar em vitória e a encontrar
resposta para as suas próprias orações.
Não se preocupe tanto com seu nível hoje. Comece onde está, e o Espírito irá conduzí-lo passo a passo. A
medida que você se expõe a Ele e a Palavra, separando-se para orar por outros, Ele irá tomar a sua mão, onde
você se encontra agora, e levá-lo a uma nova dimensão, até chegar a plenitude.

O que é intercessão?
Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora a sua própria. É estar entre
Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira, que luta em
oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa
posição de sacerdote ( 1 Pedro 2:9) entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.

A mais simples definição está na Bíblia: “Orai uns pelos ouros” (Tg. 5:16)

Exemplos de intercessores na Bíblia:

       Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra
       Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido
       Samuel orou constantemente pela nação
       Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro
       Davi suplicou pelo povo
       Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro
       Paulo é exemplo de constatnte intercessão

Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.

Samuel disse: “Longe de mim que eu peque contra o Senhor deixando de orar pos vós” (1 Samuel 12:23)


Batalha Espiritual
É um encontro com Deus e um confronto com Satanás, a favor dos homens.

Interceder é combater. Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Deus é
a fonte das nossas bençãos. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminha.

Tudo é meu em Cristo Jesus, ele ja pagou o prêço para que eu tenha a vitória. Porque vivo na miséria,
amarrado, prêso, derrotado, oprimido? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora vamos brigar. É
a vez de voltar-se para o inimigo e declarar: “ Se Cristo pagou o preço, tira a mão de cima Satanás, porque
eu vou entrar agora na batalha, na autoridade de Cristo Jesus”. Se o inimigo chegar perto, ele vai ver que o
justo é ousado como um leão. É essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos
o intercessor de Guerreiro de oração.

O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás. Quanto mais você intercede , mais
verá a cara do inimigo. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se
transforma em um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra você está de
prontidão, e vai a luta. Porque você já sabe que Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi
ganha na cruz do calvário há dois mil anos atrás. “Tudo que eu tenho que fazer é vencer um inimigo que já
foi derrotado.”
Satanás nao tem nenhuma autoridade sobre você, só aquela que você lhe der.Você tem armas poderosas de
Deus para enfrentá-lo e vencê-lo. Não se impressione com o rugir do inimigo. Ele faz muito barulho, ruge
como um leão, mas não á leão. Jesus é quem é o leão da tribo de Judá, e ele procura imita-lo, mas só faz
barulho, só ruge.

“O intercessor harmoniza dentro de si o coração de uma criança diante do Pai e de um leão diante do
adversário”.


Beneficios da Intercessão
Alarga a nossa visão.

Quem se devota ao ministério de interceder, passa a ter uma visão cada vez mais ampla do reino de Deus.
Sai do seu mundo limitado e vai se elastecendo em seu amor e visão até ver como Cristo vê. Quando nos
devotamos a intercessão, de repente o mundo se torna nossa paróquia; vamos subindo com Jesus, e quanto
mais se sobe, mais se vê. Quando você fica bitolado no seu reinozinho, orando apenas para si: abençõa-me
Senhor, para mim, Senhor , eu tenho um problema. Jesus declarou:

“Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida como resgate de muitos” (Mt. 20:28)

Quando você começa a interceder, seu coração vai se elastecendo para acomodar todo mundo. Porém se
você é aquele tipo que só ora pela sua igreja local: Senhor, abençõa os pecadores para que eles se convertam
e nossa Igreja se encha, sua visão tem o limite da sua igreja. Se evangeliza alguém que se converte, mas não
fica na sua igreja, até acha que perdeu o tempo. Exitem até pastores que almadiçoam membros da igreja que
se transferem para outra igreja, como se a ovelha fosse sua propriedade e não do supremo Pastor da igreja,
Senhor da ovelhas e de todos os apriscos que se espalham pelo mundo.

Edifica a Fé.

A medida que vemos Deus agindo e mudando circunstâncias, a fé é edificada. Quanto mais oramos, tanto
mais Deus se move na vida dos homens. Sendo canais através dos quais Deus manifesta seu poder, vamos
sendo fortalecidos de fé em fé. Quando vemos Deus respondendo nossas orações a favor de outros, nossa fé
é fortalecida.

A intercessão está sob a lei de semeadura e ceifa.

Aquilo que semeamos colhemos multiplicadamente. É interessante ver o que aconteceu com Jó na area da
intercessão.

“ O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do
que antes possuia” (Jó 42:10).

Você não está tão preocupado consigo, está intercedendo pelo Corpo de Cristo, você é um canal do Espírito
de Deus. Quando chega a sua necessidade, Deus levanta intercessores por você.


Necessidade de um Intercessor
Há certos textos na Bíblia que nos deixam admirados , por deixarem um viva impressão de que a intercessão
é indispensável para a operação de Deus na terra.

“ Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta
terra, para que Eu não a destruísse, mas a ninguém achei” (Ez. 22:30)

“Sobre os teus muros, o Jerusalém, pus guardas que todo dia e toda a noite jamais se calarão, vos os que
fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha
por objeto de louvor na terra” (Is. 62:6).


Jesus, o Espirito Santo e o Cristão como
Intercessores
Jesus
Um dos grandes versículos sobre intercessão, destacando a qualidade do intercessor perfeito, está em Jó
9:32,33:

“Porque Ele (Deus) não é homem como eu, para eu lhe responder, para nos encontrarmos em juízo. Não há
sobre nos árbitro para colocar a mão sobre nós ambos”

O que Jó está dizendo? “Deus não é homem como eu. Gostaria de chegar diante dEle e apresentar a minha
causa, mas Ele não é meu igual, e não tenho alguém que se coloque entre nós dois. Não posso ir a Deus,
não há alguém que coloque a mão no meu ombro e no ombro dEle”.

O que Jó deseja? Alguém que seja ao mesmo tempo Deus, para colocar a mão no Seu (Deus) ombro, e
homem, para que este se identifique. Jó estava certo, e vemos como isto aconteceu, com a reação do próprio
Deus. Isaías 59:16 diz:

“E viu que ninguém havia, e maravilhou-Se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio
braço Lhe trouxe a salvação, e a Sua justiça O susteve”

Então Deus providenciou um Intercessor que não pode falhar, Jesus. Esse intercessor é Filho do homem,
nasceu na terra, recebeu um corpo humano, logo legalmente Ele pode se colocar diante de Deus a favor do
homem. Tambem é Filho de Deus e pode Se colocar diante do homem a favor de Deus. Ele é a salvação que
o braço de Deus trouxe a terra, a justiça no meio dos homens.

Jesus se tornou Filho do Homem e viveu na terra como homem. Aqui nasceu, viveu, morreu e ressuscitou.
Quando voltou à glória, após a ressurreição, não tinha corpo humano, Ele levou consigo o corpo, mas
glorificado. Quando desceu da glória, era só Espírito. Hoje Ele está na gloria revestido de um corpo de
homem. Como tal, Jesus é intercessor no Céu, representando os intersses do homem diante do Pai.

O Espírito Santo
Antes, porém que Jesus moresse no nosso lugar e ressurgisse, disse a Seus discípulos:
“Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós
outros; se porém eu for, eu vo-lo enviarei.”

Uma vez na glória, Jesus enviou o Espírito Santo a Sua igreja na terra, de acôrdo com Sua promessa. O
Espírito não tem um corpo humano, por isso Ele veio para viver naqueles que foram regenerados por Cristo,
pelo poder da Sua morte e ressurreição. Conforme declara o Apóstolo Paulo em 1 Co 3:16:

“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”

Assim Ele intercede na terra usando o coração do cristão e a sua boca. Como está o homem em Cristo, no
Céu, Deus está na terra, na pessoa do Espírito Santo, no crente. O crente lhe oferece o corpo, através do qual
Ele opera aqui. Assim, pois como há um intercessor no Céu, junto ao Trono, que é Jesus, há um intercessor
na terra , junto ao homem, que é o Espírito Santo. Jesus fala pelo homem ao Pai e o Espírito fala por Deus a
nós. Jesus representa os interesses do homem no Céu, e o Espírito Santo representa os interesses de Deus na
terra.

O Espírito Santo tanto intercede por nós, como nos ajuda em nossa intercessão. A palavra de Deus diz em
Romanos 8:26,27

“ Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza: porque não sabemos orar como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que
sonda corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede
pelos seus Santos”.

O Cristão
Agora você poderá dizer: Mas Deus já não provéu Jesus, como nosso intercessor? Isso não basta?

“Os Céus são os Céus do Senhor, mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens.” (Sl. 115:16)

Deus limitou Sua ação na vida dos homens quando lhe deu o livre arbítrio e entregou-lhe a terra, para que
tivesse domínio sobre ela. Deus fez o homen livre, com capacidade de escolha, decisão e realização. Deus
não viola a sua palavra e interfere na vida do homen a seu próprio pedido. Ele deu a terra aos filhos dos
homens, para que governassem em perfeita harmonia com seus propósitos e Palavra, e espera o amém destes
a Palavra revelada, e o pedido de intervenção.

“A Palavra profética revela sua vontade, mas é nossa intercessão que gera a manifestação da promessa.”

Como ja foi dito, o intercessor é aquele que se coloca entre Deus e os homens, a favor destes, para pleitear
sua causa, como se fosse própria. A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias a vontade perfeita de
Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é o canal de Deus na terra, não só da
proclamação da sua palavra, da Sua vontade e obra de redenção, mas também de intercessão. Sintetizando:

   1. Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse propósito tem sido revelado na Bíblia e
      em Cristo.
   2. Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como representante do homem no céu,
      Jesus fala por ele (homem).
   3. O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao espírito do crente. É ali que Ele
      habita e faz o elo de ligação enter Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o
      coração do crente.
4. O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo. Quando ele abre a
      boca para orar movido pelo Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre Céu e a terra.
   5. É desencadeada a manifestação de poder de Deus nas circunstâncias a serem alteradas e que foram
      objeto de orações, provocando uma mudança.

As intercessões geradas pelo Espírito Santo são sempre em linha com a Palavra de Deus. Jesus é a Palavra,
portanto tudo que Ele ora é de acordo com a Palavra, sendo que, quando oramos o que Ele revela, estaremos
orando a Palavra com Ele. Haverá aí uma perfeita sintonia: Nós, o Espírito Santo e Jesus, na intercessão,
estaremos diante de Deus Pai, orando a mesma coisa, orando a Palavra. Essa é a intercessão que funciona:
eu, na terra falo movido pelo Espírito Santo, respaldado pela palavra escrita. Portanto, aquele que se levanta
como verdadeiro intercessor na terra, é, de um certo modo, a boca do Espírito Santo, falando aqui o que
Jesus está falando no Céu diante do Trono de Deus.

“Toda intercessão movida pelo Espírito Santo e respaldada pela Palavra, tem o poder de Trono para trazer
sua plena manifestação”.


Caracteristicas do Intercessor
Como a intercessão é um ministério no qual Jesus está hoje enolvido no Céu e o Espírito Santo na terra, e o
crente é o canal dessa intercessão, ousaríamos dizer que o ideal de intercessão é a incarnação das virtudes do
Senhor Jesus. Que qualidades portanto deve ter o intercessor? As de Jesus. Ora, já que nenhum de nós
chegou a plena maturidade e todos estamos no caminho, somos falhos na nossa intercessão; todavia, com o
auxílio do Espírito Santo e a nossa diligência, cresceremos, tornando-nos um canal de intercessão cada vez
mais transparente, para que Deus cumpra através de nós os Seus propósitos nesta área.

Vamos abordar algumas das principais características do verdadeiro intercessor. Todo intercessor as possui,
em maior ou menor grau. A medida que ele vai se desenvolvendo na arte da intercessão, elas vão
amadurecendo.

   1. AMOR- Quem não ama não pode interceder
   2. IDENTIFICACÃO- Muitas vezes o intercessor sentirá exatamente o que sente a pessoa por quem
      ora. Essa identificação é o combustível para o seu amor. Ela o ajuda a entender e a consagrar-se a
      intercessão. O intercessor começa a orar pelos pecadores e as vêzes sente como se ele mesmo
      estivesse indo para o inferno.
   3. COMPAIXÃO – Um mover de compaixão no espírito sempre desencadeia uma grande manifestação
      do Espírito Santo.
   4. PERSEVERANÇA – A oração intercessória requer constância, persistência, intensidade,
      perseverança.
   5. OUSADIA – A intercessão exige coragem, disposição, fervor, galhardia, confiança, intrepidez,
      ousadia. Ousadia diante de Deus, dos homens, e de Satanás, opositor das nossas orações. Nenhum
      tímido ou covarde se colocará diante de Deus a favor dos homens, nem diante dos homens a favor de
      Deus e jamais lutará até a vitória contra Satanás.
   6. DISCERNIMENTO – é a habilidade especial de se conhecer com segurança se certo comportamento
      é Divino, humano ou satânico; é agudeza de julgamento, o poder de perceber diferenças entre coisas
      ou ideais, bem como sua conexão. O Espírito Santo em nós é aquele que dá esse discernimento


A Proteção Divina
Em meio a esta batalha de oração, confrontando os poderes das trevas, firmamo-nos na certeza de que há
proteção para os que lutam de acordo com as normas estabelecidas na palavra de Deus. A armadura de
Efésios 6:10-18 é destinada ao guerreiro de oração. Serve de proteção contra os ataques inimigos. O uso da
armadura não é algo automático ou mecânico, nem mesmo pelas repetições de chavões. Implica em uma
atitude correta para com as verdades contidas na armadura. Como então estar protegido dos ataques na vida
de oração? Sugerimos sete coisas:

   1. Seja um adorador em Espírito e em verdade. O lugar mais protegido do mundo é a sala do Trono, o
      lugar da verdadeira adoração.
   2. Fortaleça-se no Senhor como ordena o Apostolo Paulo: “fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu
      poder”.
   3. Informe-se nas maquinações inimigas (Ef. 6:12)
   4. Esteja apropriadamente vestido (Ef. 6:11) Revestir-se com a armadura de Deus está relacionado com
      o “orando em todo o tempo”.
   5. Cuide de sua saúde mental. Satanás faz a guerra na mente. É ali que todas as batalhas são travadas.
      Nossa atitude nental, estrutura de raciocínio e pensamento, determinarão nossa vitória ou derrota.
      Pensamentos cativos a Cristo e mente renovada com a palavra, é uma forma de proteção que não
      pode ser negligenciada.
   6. Seja um intercessor que lança mão da intercessão no Espírito (Ef. 6:18)
   7. Ande na obediência a palavra de Deus, que é a mais poderosa forma de proteção.


Armas Espirituais
Deus colocou em nossas mãos armas poderosas.

2 Coríntios declara: “Porque embora andando na carne não militamos segundo a carne.”

Isto é, embora vivamos num corpo, não usamos na guerra armas humanas como crítica, luta, inveja,
contenda. Porque nossa luta não é contra homem, é contra seres espirituais. Somos espirituais e lutamos
contra seres espirituais, logo as armas de combate também são espirituais.

Quais as armas de que dispomos para demolir as fortalezas inimigas, especialmente na batalha da
intercessão?

   1. O nome de Jesus
   2. A Palavra de Deus, que é a espada do Espírito
   3. A fé em Jesus
   4. O sangue do Cordeiro
   5. A Palavra do nosso testemunho. Testemunho é a confissão dos nossos lábios. Quando abrimos a
      nossa boca e confessamos que Deus é fiel, e que Suas promessas se cumprem, nós estamos vencendo
      o inimigo.
   6. O Espírito Santo. Sem Ele nada nos resta. Temos uma armadura de proteção e armas, mas é o
      Espírito Santo que nos capacita e dá poder para usá-las. Ele é o poder de Deus em nós. Quanto mais
      confiamos e nos submetemos a Ele, tanto mais efetiva nossa oração, por causa do seu poder operando
      em nós.


Advertências
Os grupos de intercessão deveriam se reunir sempre sob a supervisão do pastor da igreja ou alguém
amadurecido. Muitos grupos tem incorrido em engano por falta de alguém que julgue, dentro das escrituras,
o que está ocorrendo. Intercessores insubmissos e soltos, que saem debaixo de uma proteção ou cobertura
espiritual, tendem a ser dominados por um espírito de rebeldia e superioridade, julgando-se melhores do que
os líderes da Igreja e mais sábios do que eles. Isso é um engano que deve ser evitado a qualquer custo. Cada
um de nós necessita um espírito submissivo e a proteção de outros que falem nas nossas vidas. Líderes
espirituais são dados ao Corpo de Cristo para nos guardar (vigiar) e ajudar-nos a crescer.

Hebreus 13:17 diz:

“Obedecei aos vossos líderes e sede submissos para com êles; pois velam por vossa alma, como quem deve
prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo pois isto não aproveita a vós outros.”

Ninguém, incluindo líderes, está acima de responsabilidade. Lembre-se do centurião que veio a Jesus e
pediu-O que curasse seu servo. Um grande milagre aconteceu porque ele entendeu autoridade. Barbara
Wentroble diz que tem se involvido em diversas situações com o propósito de reconciliar intercessores e
pastores. Vários pastores têm reportado confusão, desunião e dor devido a intercessores que achavam que
tinham “a Palavra de Deus” para a igreja, mas eram incapazes de se submeterem a liderança.


Prepare-se para Interceder
O intercessor deve se preparar para entrar na batalha da intercessão. Consideremos alguns aspectos dessa
preparação.

1. Um auto exame

       Examine seus lábios. Seus lábios devem ter a pureza dos lábios de Jesus.
       Examine sua mãos. O guerreiro de mãos limpas pode segurar a Espada do Espírito com mais firmeza.
       Examine sua obediência. A oração vitoriosa é sempre feita por alguém que tem prazer de obedecer a
       Deus.
       Examine sua consciência. Todo intercessor deve testemunhar que tem uma consciência pura diante
       de Deus e dos homens.

2. Auto-Expressão

       Pela confissão. Cofessamos nossas imperfeições a luz da perfeição divina, e o sangue de Jesus nos
       purifica de todo o pecado.
       Pela obediência. Tudo quanto é revelado e confessado, deve resultar em mudança de atitude. As boas
       intenções por si só não bastam; Deus requer mudança. É pela obediência que se revela a sinceridade
       de uma confissão.

3. Uma exposição de si mesmo

       Expopnha a personalidade inteira ao controle e direção do Espírito de Deus. “Enchei-vos do Espírito”
       (Efesios 5:18).
       Exponha sua inabilidade do poder do Espírito. De nós mesmos somos impotentes.
       Exponha-se ao auxílio do Espírito Santo. “Ele sonda os nossos coraçoes”.

4. Um encontro de amor com o Pai.
Não há forma mais vital de prepara-nos para a intercessão, do que entrar em profunda adoração a
       Deus, na sala do Trono. No momento de começar a intercessão, nosso ser inteiro está inebriado com
       a doce presença do Pai e sua compaixão em nós pelas vidas é algo mais profundo.
       O Poder da Intercessão
       Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. Lucas da Silva
                                                     42

Título: O Poder da Intercessão

Texto: Jó 42:10: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos, e o Senhor
acrescentou a Jó outro tanto em dobro e a tudo quanto dantes possuía”.

Tema: A Intercessão favorece o intercessor

Alvo: Levar os crentes a reconhecerem o valor da intercessão e a tirarem o proveito pessoal do seu resultado.

Introdução: Deus quer intercessores que estejam na Sua presença clamando e orando em favor dos outros.
Deus executa os Seus planos usando homens e mulheres disponíveis.
O Senhor chamou Moisés e este respondeu: “Eis-me aqui!” (Êx. 3:4). Deus chamou Samuel e ele respondeu:
“Fala Senhor que o teu servo ouve!” (I Sam. 3:10).
Deus quer estabelecer diálogo com os intercessores, mas estes têm que estar disponíveis e sensíveis para
poderem ouvir a voz do Senhor.

Explicação: A intercessão é a irmã gémea da oração. É como uma moeda; só está completa com as duas
faces. Todo o cristão tem de ser um TODO. Ele deve orar e interceder. Ele deve pedir por si e também pelos
outros.

1. A IMPORTÂNCIA DE UM INTERCESSOR

a) Deus procura pessoas de ambos os sexos, de todas as idades e de todas as camadas sociais que estejam
disponíveis para interceder – Is. 59:16.

b) Ao contrário do que a maioria dos cristãos pensam, Deus tem os intercessores em grande consideração –
Jó 2:3, e conta com eles – Ez. 22:30.

c) Jesus deu o exemplo maior da importância do intercessor – Jo. 17:20; Heb. 9:24.

2. O INTERCESSOR PRIVA-SE EM FAVOR DOS OUTROS

a) Moisés privou-se da comunhão da sua família para estar 40 dias na presença de Deus, em jejum, no monte
Sinai – Êx. 24:16-18.

b) Jesus privou-se do seu emprego para estar 40 dias no deserto intercedendo pelos da sua nação, sabendo
que para isso foi enviado (Jo. 3:17)

c) Jesus privou-se da companhia dos seus discípulos para orar à parte, porque o peso da sua intercessão o
angustiava e o entristecia até à morte (Mar. 14:32-35).

3. O INTERCESSOR É RECOMPENSADO POR DEUS
a) Quando nos preocupamos e oramos pelos nossos amigos o Senhor recompensa-nos

abundantemente, concedendo-nos até aquilo que não pedimos (Jó 42:10);

b) Mesmo em situações de profunda crise a intercessão em favor dos outros traz grandíssima recompensa
(Ester 4:14-17; 8:15-17).

c) Daniel, orava três vezes ao dia. Era em deportado; estava longe dos seus em terra estranha; mas intercedia
pela sua família e pelos seus concidadãos todos os dias. A recompensa veio de várias maneiras: Foi salvo da
boca dos leões; tornou-se num príncipe e o chefe dos sábios; foi exaltado perante o rei e, por fim, foi
agraciado com a presença de um anjo, fazendo dele um profeta escatológico (Dan. 10:2,3 e 11,12).

Conclusão: Além das grandes vantagens que a intercessão traz à igreja, à família, ao país, e aos crentes em
particular, o intercessor é contemplado com a graça e a misericórdia de Deus de forma abundante, traduzida
em bênçãos materiais, tal como aconteceu com os servos de Deus no passado.
                                        O QUE É INTERCESSÃO?

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a
favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração ate a vitória na vida daquele
por quem intercede.

Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: “Orai uns pelos outros”.
(Tg 5;16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição
de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela Nação; Daniel
orou pela libertação do seu povo do cativeiro;Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez
especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério
daintercessão.

Intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros.Ele se coloca numa posição
de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.

Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus
seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.

Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer à terra o maiorderramamento do Espírito já
testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é
a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.

Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a
ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e
propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.

                                              ETIMOLOGIA DA PALAVRA

Etimologicamente,podemos considerar a palavra do hebraico, grego e português. É interessante estudarmos o significado
das palavras nas línguas originais, porque em assim fazendo temos um entendimento melhor do que elas significam.

Paga (hebraico) – Vem da raiz de uma palavra que significa ”colidir pela violência” . Paga, segundo a Concordância
de Strong, quer dizer: “colidir, encontrar, por acidente ou violência, ou (figuradamente) pela importunação.
Vir (entre), suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, interceder, pleitear, prostrar, encontrar com (juntos), suplicar, orar,
alcançar, correr”. É esta palavra usada em Isaías 55:12;Jr7:16; 27:18; 36:25.

O léxico Hebraico-Caldeu do Velho Testamento, de H.W.F. Gesenius, ressalta vários significados existentes na raiz da
palavra. Destaca os: “Vir sobre ou contra, quer de propósito ou acidentalmente, quer violenta ou levemente; num bom
sentido, assaltar alguém com petições, orações; instá-lo; encontrar-se com; alcançar alguém;fazer uma aliança com
alguém...”.

Interessantes são também as expressões: “ colocar-se na brecha”, para defender alguém ( Ez. 13:5; 22:30; Sl 106:23) e “
erguer um muro em torno de alguém” (Ez. 13:6;22:30).

                                            ENCONTRO E CONFRONTO

A palavra hebraica, paga, para intercessão,tem dois aspectos: O primeiro é de luta, violência, choque e
denota confronto.O outro, de encontro, colocar-se entre, orar, suplicar. Concluímos, pois, que a intercessão tem duas facetas:
Uma de confronto e outra de encontro com o Rei.

O homem não tem autoridade para confrontar o seu Criador.Vamos a Deus com uma atitude
dequebrantamento e submissão.Contra quem, pois, se colide na intercessão? Contra o que se apõe aos planos de Deus na
vida dos filhos dos homens.

No sentido lato da palavra, interceder é enfrentar as forças opostas de satanás, colidindo contra elas, pela batalha espiritual,
e colocar-se diante de Deus, firmado em Suas promessas, a fim de pleitear a causa dos outros; é um encontro com Deus e
um confronto com satanás, a favor dos homens.

                                            INTERCEDER É COMBATER

O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar: Por que combate naintercessão? Saiba que não é Deus
Quem retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso problema. Absolutamente não! Ele não é o meu
problema, é a fonte da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminho. Suponhamos que eu tenha
dado uma Bíblia para o Antônio e o José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino.

Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônio.Se ela ainda na está em suas mãos, aonde irá procura-la? Contra quem irá
lutar? Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra José.

Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o
preço para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade.Tudo o que é de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo
Jesus. Por que, então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado? Alguém segurou a minha benção no caminho
e agora nós vamos brigar. É a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: “Se Cristo pagou o preço, seuatrevido,tira a mão
de cima, porque eu vou entrar agora na batalha,na
autoridade de Cristo Jesus” Este é um aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o inimigo chegar perto, ele vai ver que o
justo é ousado como um leão. É a essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos
o intercessor de guerreiro de oração.

O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do
inimigo, como é feia.Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em
um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão, arregaça as mangas e vai à
luta. Por que? Porque você já sabe que satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do Calvário
há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta de dizer, “ tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um inimigo
que já está derrotado”.

Satanás nenhuma autoridade tem sobre você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se você nada lhe der,
ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para lutar contra você; porém você as tem.Você tem armas poderosas em Deus
para enfrentá-lo e vence-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito alto e faz a guerra com um pacote de mentiras,
procurando trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de combate. Todavia, se você conhece as suas
maquinações, e não lhe dá ouvidos, não se rebaixa para ouvi-lo, porque o lugar dele é debaixo dos seus pés, ele será para
você um inimigo derrotado.

Não se impressione com o rugir do inimigo. Faz muito barulho, ruge como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o
Leão da tribo de Judá, e ele procura imita-lo, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do peregrino: quando
ele chega para entrar no castelo, feliz depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo,
porém, descobre que este está amarrado, não faz nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não tenha
medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em nome de Jesus.

                               INTERCEDER É CONFERENCIAR COM O REI

O segundo aspecto a salientar na intercessão, é o encontro com o Rei, o colocarse diante do Pai Celeste, trazendo consigo os
homens e a favor deles, chorando pelas suas necessidades e sendo canal para ao mesmo tempo levá-los a Deus e trazer Deus
a eles. É aqui que recebemos a compaixão Divina em nosso espírito, e nos identificamos com Cristo em Seu amor e trabalho
de alma pelos perdidos e Sua Igreja.

Interceder é encontrar-se com Deus, descobrir o que está em Seu Coração, com respeito a determinada causa de alguém ou
algo que é motivo da nossa intercessão, aliando-nos com Ele a fim de que Sua vontade se manifeste naquela situação.

Do ponto de vista espiritual, interceder é simplesmente fluir com o Espírito Santo e ver com os olhos de Deus a situação na
vida da igreja, dos homens e do mundo. A intercessão nos torna aliados de Deus para o cumprimento dos Seus
propósitos aqui na Terra.

Um dos sentidos mais belos das palavras estudadas, é: “Ser ouvido pelo rei, no lugar de outros”. Os ouvidos do rei
estão inclinados para nós, e podemos chegar diante do Pai, como um servo chega diante do rei. Ele coloca ali a sua petição e
fica esperando, até que o rei levante o seu cetro. E nós vamos entrar numa área de intercessão em que nos colocamos na
presença do Rei Supremo até que Ele levante o Seu cetro. E na hora em que Ele o faz, está estabelecido.

Como sei que Ele levantou o cetro? Dentro do meu espírito tenho o testemunho do Espírito de que está feito. Assim como as
dores de parto vêm sobre a mãe e como a alegria do filho que nasceu invade seu coração, do mesmo modo há um
gozo que brota no coração do intercessor, quando sua súplica é atendida. Como vem o peso, vem o gozo; como vêm as
lágrimas, vem o riso, ambos colocados pelo Espírito Santo dentro do nosso espírito.

                                               Apóstola Valnice Milhomens
                                              Trecho do livro de sua autoria:
                                                “O poder da Intercessão”


Verdadeira Intercessão
de Dennis Downing




Por isso disse que os destruiria, não houvesse Moisés, seu escolhido, ficado perante ele na brecha, para desviar a sua
indignação, a fim de não os destruir. Salmo 106.23 ACF

O que é a intercessão? É pedir algo a favor de alguém. É solicitar ajuda para um outro. É a obra de alguém
que se coloca entre um que tem uma necessidade e aquele que pode supri-la. Algo que ignoramos às vezes é
que não é necessário que aquele que tem a necessidade esteja ciente que o outro está intercedendo. Talvez
seja uma obra maior, justamente a intercessão feita em prol daqueles que ignoram o perigo que correm e não
sentem nenhuma necessidade de ajuda.

Será que, no fundo, queremos algum reconhecimento por parte dos perdidos que, sim, precisam
desesperadamente de ajuda? Será que sentimos a indiferença daqueles que não têm Cristo como uma
rejeição da nossa ajuda em oração, em levar a Palavra, em convidá-los a uma atividade da igreja? E, será que
isso dói em nós porque estão rejeitando a Cristo, ou porque estão nos ignorando?
Verdadeira intercessão não requer reconhecimento. Um homem ou uma mulher, um povo ou uma nação
inteira podem demonstrar total indiferença à ajuda que tanto precisam. Mas, se Deus nos chamou à missão
de orarmos por eles, isso pode até ser a forma mais pura e santa de intercessão.

Como teria sido se Moisés não tivesse ficado na brecha? Deus estava prestes a destruir uma nação inteira. O
povo escolhido de Deus seria aniquilado. Talvez teria havido uma Raabe, mas, não haveria nenhum Boaz.
Poderia ainda haver uma Rute, mas não haveria um Obede, nem Jessé, nem Davi. A questão não é somente
quem escreveria os Salmos, mas, quem receberia a promessa do trono e a linhagem do Messias?

Deus mandou Moisés não interferir. Ele até prometeu a Moisés um povo melhor, mais forte e numeroso no
lugar de Israel. Mas, Moisés pediu que Deus cedesse e não destruísse aquele povo. Por que ele intercedeu
por um povo rebelde, pecaminoso e de dura cerviz? Por que ele pediu a Deus que ele os poupasse? O povo
não demonstrou a menor preocupação para com sua própria salvação. Por que Moisés se importou?

É difícil compreender porque Moisés intercederia por um povo que nem compartilhava sua preocupação
nem desejava sua ajuda. Mas, não fosse a intercessão de um homem, uma nação inteira teria sido destruída.
Um povo inteiro foi poupado pela oração de um único homem.

Talvez é por isso que chamamos de “ficar na brecha”. A brecha está lá porque não há quem a preencha. E,
muitas vezes, basta apenas um para fazê-lo. Diferente do soldado, aquele que fica na brecha em oração não
arrisca sua vida, contudo, arrisca-se a perder aquilo para o qual ele deu sua vida. Moisés aceitou aquele
risco. Jesus também o aceitou. Será que nós faremos o mesmo?

E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram
sortes. - Lucas 23.34

Pai, eu lhe agradeço que, enquanto eu ainda era um despreocupado, ignorante pecador,
alguém estava orando por mim. Eu lhe agradeço pela intercessão dos meus pais. Hoje,
agradeço-lhe especialmente pelas orações daqueles que se preocuparam comigo, nunca
sabendo se eu ia responder, ou não. E, sobretudo, agradeço-lhe por Jesus, que ficou na
brecha por mim, não somente na oração, mas com a sua vida. Eu também quero interceder
por outros, seja qual for o resultado. Amém.



intercessão é uma responsabilidade do cristão.
Devemos compreendê-la profundamente e o livro de Daniel é uma ferramenta fundamental que nos ensina com
detalhes esta tarefa que nos cabe.

Interceder
1. Pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo) .
1. Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio, vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria; ingerir-se.
2. Interpor a sua autoridade, ou os seus bons ofícios, ou a sua diligência.

3. Ser ou estar presente; assistir.
4. Ocorrer incidentemente; sobrevir: 2
5. Tomar parte voluntariamente, meter-se de permeio, em discussão, conflito, etc.: &

Contexto
O estudo está no livro de Daniel!
Tudo o que precisamos está ali.
Daniel era príncipe do seu povo, somos príncipes e sacerdotes do reino de Jesus Cristo.
Daniel estava no exílio da Babilonia, mas era judeu, assim como estamos no mundo, mas não pertencemos a este
mundo.
Bases da intercessão
Condição
Santificação
Estratégia

capacitação

revelação

oração


Estas bases são essenciais para a intercessão e devemos buscá-las para que obtenhamos o resultado esperado, não
necessariamente o nosso, contudo principalmente o de Deus. Nenhuma delas pode faltar. Devemos buscá-las em
Deus para cada objetivo de intercessão.
Tenhamos em mente que não poderemos ir para o campo de batalha sem preparação. Podemos ver isso até em
filmes como o Robin Hood, ele treinou bastardos para vencer o rei. Sem preparação não chegamos a lugar nenhum.
Por isso preparemo-nos para a batalha através das 4 primeiras bases, que são: Condição, Santificação, Estratégia e
Capacitação.

Fase de preparação

Condição
Nem todos podem ser intercessores, pois Deus mesmo incomoda aqueles que Ele escolheu. Em Daniel o rei Aspenaz
escolhe sábios entre o povo cativo, para ajudar na sua administração, e acaba nos dando uma lista da condição de
um bom intercessor:
DN 1:3 - E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real
e dos príncipes,
DN 1:4 - Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos
em ciências, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes
ensinassem as letras e a língua dos caldeus.

Santificação
Mesmo Daniel sendo escolhido de acordo com a condição, ele sabia que sua força não estava no seu conhecimento
ou braão, mas no Senhor dos Exercítos, por isso decidiu não se contaminar com a comida do rei. Isso significa que
devemos nos separar da contaminação do mundo, da sua facilidade, pois se tivermos "rabo preso" como poderemos
interceder?
DN 1:8 - E Daniel propõem no seu coração não se contaminar com a porção o das iguarias do rei, nem com o vinho
que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
A santificação para a intercessão pode ser comparada ao ato do sacerdote de se lavar com água, antes de iniciar
seus trabalhos. A água representa a palavra de Deus. Devemos nos encher da Palavra para que possamos tirar de
não impurezas que nos prejudiquem não só para intercessão mas para a nossa vida.

Estratégia
Isso é muito importante. Sejamos simples como a pomba e prudentes como a serpente.

MT 10:16 - Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e
inofensivos como as pombas.

Não podemos lutar sem armas, sem estratégia. Quando escolhemos nos santificar, é certo que muitas coisas
aparecerão para nos atrapalhar, e não poderemos perder tempo com isso. Solicitemos a Deus uma estratégia
para nos mantermos santificados a quaisquer custos, nos livrando do esquema mundano.

DN 1:9 - Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
DN 1:10 - E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a
vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim
porias em perigo a minha cabeça para com o rei.
DN 1:11 - Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituÃdo sobre Daniel, Hananias,
Misael e Azarias:
DN 1:12 - Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
DN 1:13 - Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das
iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.
DN 1:14 - E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.
DN 1:15 - E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do
que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.

A estratégia também fará parte da oração de intercessão, mas esta deve ser buscada através da
revelação dada por Deus, pois aà já estaremos em batalha.

Capacitação
Após obtermos a estratégia de santificação temos que nos capacitar para a intercessão. Não sabemos, por
exemplo, o quanto de santificação será necessário para aquela situação. A nossa vontade inicial é de sair
orando, expulsando tudo que vier pela frente. Não é assim que funciona. Daniel ficou ainda 3 anos até ser
apresentado ao rei. Jesus mesmo disse que certas castas de demônios só poderão ser expulsas com oração e
jejum.
MT 17:21 - Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum
De acordo com a estratégias, poderia¡ ou deveria ser feito um jejum.
DN 9:3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e suplicas, com jejum, e saco e cinza.

Revelação
Devemos repetir os passos anteriores até que cheguemos naturalmente na revelação. Para isso irmão,
entendamos que revelação é ao mesmo tempo um processo e um resultado. Se uma revelação é parcial,
ela não deve ser usada. Uma revelação tem de ser provada, principalmente pela Palavra de Deus. Peçamos
confirmação a Deus, para que não sejamos confundidos pelo diabo, pois ele pode se disfarçar. Afinal, se nossa
causa é justa, o diabo será incomodado, qual seria a estratégias do inimigo?
1JO 4:1 - AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque jaz muitos falsos
profetas se levantado no mundo.
Se a revelação não está completa ela ainda é um processo e não um resultado, devemos continuar, perseverar até
termos algo revelado e confirmado.
Tudo isso deve ser regado com muita oração, santificação através da palavra de Deus e diligência.
Estude o capítulo 2 de Daniel.

Oração
Agora chega a hora da batalha. Munidos de nossa arma, a Palavra de Deus revelada pelo Espírito Santo, santificados
por ela, estrategicamente posicionados diante de Deus, É chegada a hora de nos apresentarmos para a batalha.
Irmão isto mesmo uma batalha será travada, um bom combate, um combate que a vitória é certa, pois o inimigo já
estará vencido, pois se Deus revelou o que se encontra por trás da situação, já revelou a confirmação através da
Bíblia, só nos resta pedir que venha o Reino de Deus sobre aquela situação. Normalmente existe pecado que deve
ser retirado, pela misericórdia de Deus. Veja em Daniel um completo exemplo de oração intercessora no
capítulo 9.
Ele se coloca em oração em primeira pessoa do plural. Ele pede perdão pelo povo, mas se coloca como
pecador, cometedor do mesmo pecado do povo. Mesmo que ele não tenha feito, ele se coloca na brecha,
ele se arrepende de algo que pode não ter feito, ele se coloca no mesmo lugar.
Você já¡ ouviu isso antes?
Jesus se colocou no nosso lugar, e intercede por não. Interceder por outros é a mesma coisa.
Por isso irmãos, não podemos fazê-lo que qualquer jeito, se não sofreremos as mesmas conseqüências..
E uma vez que definimos de que lados não estamos, não poderemos mais "marcar bobeira".
Não poderemos mais ir ao estádio, num jogo do Corinthians, com a camisa do Palmeiras, senão
apanharemos de verde e amarelo.
Olha, sou testemunha do que aconteceu com a empresa onde trabalho, muita coisa mudou.
As movimentações que Deus fez foram incríveis, sem falar nas conversas..
Por isso interceder é preciso.
Vamos lutar por uma família melhor, uma igreja melhor, um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado melhor,
um país melhor e um mundo melhor.




                       Ministério da Intercessão



"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra,
para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30

"Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor
de todos os homens..." - I Tm 2:1

Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de
nós tem praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão.

Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de
destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece
do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo
derramou o seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance... Interceder é gastar horas
a sós na presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de
alma espiritual que traz à luz filhos espirituais.

Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava
para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus
desígnios para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte,
novamente Moisés intercedeu com profundidade de alma: "Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não,
risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado
destas intercessões de Moisés dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não
se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse."

O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 -
Lc 22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus
gastou apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil
anos "está à direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25).
Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo. A oração no Monte precedeu aos Dez
Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de Tarso, que veio a ser o grande
Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60).

A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus
agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos. Em Isaías 59:16 já estava previsto
que o Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar
filhos espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz
seus filhos".
Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o
filho lhe foi dado por Deus (I Sm 1:9-18).

David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários
índios peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna
onde procurava se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu
um fenômeno: - milhares de índios se converteram por toda parte!

Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos
juntos ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e
Compositor, autor de mais de 1500 hinos!

João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da
Igreja Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários
pregadores já haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais
uma chance para aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir,
Joãozinho se apresentou e foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata
e, em agonia de alma, orava, mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes
lá em Bridlington que tu vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca
mais terei coragem de lhes mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou:
"Filey está conquistada! Filey está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas: "Voltai-vos para o
Senhor e buscai a salvação". Milhares se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J.
Smith.

John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas
intercessões pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração.
Passou, então, a solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se
converteram na Índia. Na sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com
tamanha intensidade de alma, que uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao
seu lado, porque um calor muito forte encheu todo o aposento...

No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e
clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões,
almas se convertem.

Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite
inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus
Irado". O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em
santidade e majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das
colunas do templo clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro:
Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.

A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se
queremos contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas
perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja
lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos.

Não há fórmulas, métodos, ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores, do que a fervorosa
intercessão.
A igreja precisa entrar em parto de alma para gerar os seus filhos espirituais.




              Combate espiritual pela intercessão



Combate é a atitude de fazer guerra contra. Quando estamos envolvidos na oração há um aumento de
combate. Quando oramos qualquer tipo de oração, num certo sentido estamos fazendo guerra contra satanás.

A Intercessão pode ser definida como um combate espiritual – disso fala Efésios 6:10-18 – “fortalecei no
Senhor” quer dizer: adquira força espiritual. Temos a obrigação de nos preparar para o combate. Precisamos
entender tudo quanto pudermos sobre o inimigo. Nenhum general vai a batalha sem conhecer as estratégias do
seu inimigo.

1 – Conhecendo o nosso inimigo
1.1 – Satanás é uma pessoa real e não apenas um conceito do mal (Jó 1:6).
- Ele é referido com pronomes pessoais, como um ser vivo (Lucas 11:18);
- Ele tem um reino
- Ele conversa (Mateus 4:7-9);
- Move-se por todo lugar (Marcos 4:14-15)
- Ele tem corpo (Zacarias 3:1-2)

1.2 – Satanás tem objetivo real (Efésios 6:11).
A palavra ciladas vem de uma palavra grega que dá origem à nossa palavra métodos. Ele tem métodos de
destruição da igreja. II Coríntios 2:11 diz que “não lhe ignoramos os seus desígnios”.

A palavra do grego noeme, quer dizer pensamentos, propósitos, desejos.

Quais os objetivos de Satanás?
- Procura causar dúvida e incredulidade – Gênesis 3:4-5
- Confusão – Lucas 22:31; II Coríntios 12:7
- Divisão e contenda – I Coríntios 3:1-4
- Tentação – I Coríntios 7:5; I Tessalonicenses 3:4-5
- Erro doutrinário – II Coríntios 11:14-15; I Timóteo 4:1
- Dificuldades – Lucas 13:16; I Tessalonicenses 2:18
- Mente dúbia – II Coríntios 11:2-3 (vida mental).

2 – Conhecendo o exército organizado de Satanás
- Satanás tem um exército bem organizado – Efésios 6:12; Daniel 10:12-13
- Tem soldados reais
- Tem líderes bem treinados
- Tem jurisdições bem estabelecidas
- Tem poder real – II Tessalonicenses 2:9

Satanás é real, mas temos poder sobre ele. Podemos falar diretamente, em voz alta e com autoridade. Ele se
aproxima com muita sutileza. Ele vem secretamente, envia o seu poder demoníaco para nos influenciar a sair
do caminho, mas, não ignorando os seus objetivos, na autoridade de Jesus, desmascaremos os seus objetivos.

3 – Conhecendo o nosso armamento
Armamento: são todas as armas tomadas coletivamente, qualquer instrumento de combate, qualquer meio
usado para conseguir vantagem sobre outro. Nosso armamento.
- Nosso armamento – II Coríntios 10:3-5
- Nosso propósito: Libertar pessoas – Mateus 2:9.
- Nossas armas:
    A Palavra de Deus – A revelação total de Deus
    O Sangue do Cordeiro - Apocalipse 12:10-11
    O testemunho dos santos – Apocalipse 12:10-11 – Uma confissão vitoriosa proclama derrota a Satanás –
   Filipenses 4:13 “...estou pronto para qualquer coisa e equipado para tudo, através de Cristo que me infunde
   força interior, isto é, eu sou todo suficiente na suficiência de Cristo.” (v. ampliada).
- As orações dos santos
- O Nome de Jesus – Mateus 28:18; João 14:12-14
- A habitação do Espírito Santo – Lucas 24:49
- O Evangelho de Jesus Cristo – Romanos 1:16
- O Evangelho trará derrota total a Satanás – Apocalipse 11:15

4 – Conhecendo o nosso destino
Temos um destino eterno. A igreja é a eterna companheira de Jesus destinada a partilhar do Seu trono.
Estamos sendo treinados a reinar, uma coroa nos está reservada – II Timóteo 4:8 e coroa é símbolo de
autoridade.
Deus prepara os intercessores para grandes coisas.

Alguns fatos sobre a nossa herança:
- Deus criou todas as coisas, portando, Seu reino inclui toda a criação – Salmo 103:19
- Jesus é o primogênito, portando, herdeiro legal do trono e da criação de Deus.
- Cada crente é filho de Deus por adoção com os mesmos direitos legais que Jesus tem. Quando recebemos a
Cristo nos tornamos herdeiros – Romanos 8:15-17; Apocalipse 21:7.
- A Bíblia provê muitos textos que provam este conceito: Mateus 25:35; Daniel 7:8; Gálatas 6:4-7; Tito 3:5;
Tiago 2:5.

Nosso destino futuro depende da nossa lealdade presente

“Nós, redimidos dentre a humanidade nos constituímos a eterna companheira de Jesus. Sua noiva. Essa
companheira deverá compartilhar do trono do universo com seu amado e Senhor”.
Ela precisa ser treinada para sua função de rainha afim de que aprenda as técnicas de vitória através da
oração”.


ntercessão
                                                   A Oração Eficaz




De início quero citar o seguinte acontecimento, que ilustra muito bem a oração eficaz:

Em um país do ex-bloco comunista o prefeito de uma pequena cidade lançava olhares invejosos em direção a
um centro cristão de reabilitação. Ele espalhou calúnias para prejudicar os cristãos e para atrair medidas
restritivas do Estado contra os cristãos. Ele teve sucesso? Sim, o trabalho e o raio de ação do centro de
reabilitação foram reduzidos. Ele publicou resoluções que prejudicaram o centro. Ele tinha a esperança do
centro ser fechado algum dia e esperava que nessa ocasião fosse receber toda a propriedade para fazer dela um
asilo estatal. Será que com isso ele não iria conseguir muitos elogios da direção do Partido Comunista? Sem
dúvida, mas tratava-se de um caso de evidente injustiça! O que um cristão deve fazer em uma situação dessas?
Ele deve organizar uma manifestação? Deve enviar uma carta de protesto ao redator-chefe do jornal local
criticando a injustiça cometida? Ou será que ele deve resistir ao cumprimento das restrições? Ou será que ele
deve ocupar a prefeitura acompanhado de seus colaboradores e não sair dali até que tudo tenha sido resolvido a
seu contento? Não se precisa de muita fantasia para imaginar onde esse comportamento teria conduzido os
cristãos em um país comunista. Mas como foi que aqueles cristãos dominaram a situação? Eles aceitaram as
restrições sem reclamar. E eles começaram a orar. O diretor do centro passou uma noite inteira em oração... e
não tomou outra iniciativa qualquer, mas simplesmente confiou na proteção do Senhor. Mas eis que uma série
de fatos incomuns começou a acontecer. Um farmacêutico comunista da cidade ficou irritado com o prefeito e
fez queixa em instâncias superiores argumentando que as restrições impostas ao centro de reabilitarão eram
infundadas. Operários da fábrica local se desentenderam com o prefeito e declararam inválida sua assinatura
na resolução. Alguns dias depois, o prefeito apareceu no centro de reabilitação, pediu desculpas pelos
transtornos e ao mesmo tempo suspendeu todas as restrições que havia imposto. Nesse acontecimento, a luta
espiritual, a estratégia espiritual, as armas espirituais e a vitória espiritual tomaram forma concreta. ("In Bildern
reden", Heinz Schäfer)


Todo verdadeiro filho de Deus anseia orar de maneira eficaz. Quais são as condições para isso? Em Tiago
5.16-17 somos conclamados: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para
serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos
mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses
não choveu."

Justiça isolada não basta.

"Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo..." O pré-requisito para que Deus nos ouça é sermos justos, e
temos essa justiça única e exclusivamente em Jesus Cristo.

Justiça significa viver e agir exatamente da maneira que Deus aprova. Jesus Cristo foi a única pessoa sobre a
terra que andou de modo tão perfeito nos caminhos do Senhor que Deus pôde lhe dar Sua plena aprovação. A
justiça, assim como a Bíblia a entende, é concedida a todos os que crêem no Senhor Jesus: "Porque o fim da lei
é Cristo para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4).

A Bíblia fala de Abraão e diz que ele creu em Deus e que isso lhe foi imputado como justiça (Tg 2.23). Essa
justiça de Abraão mostrou seus frutos na maneira de viver de Abraão. Ela trouxe resultados; não era estática,
mas muito dinâmica. E nós sabemos que as orações de Abraão foram atendidas pelo Senhor.

Igualmente a justiça que nós temos através de Jesus precisa ter conseqüências em nossa vida para que o Senhor
possa ouvir as nossas orações. É uma justiça que se torna ativa. Se a justiça que Jesus nos proporciona não se
refletir em nossa vida prática, nossas orações ficarão sem poder.

"A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos..." (A Bíblia Viva). Isso
não significa nada mais do que a justiça que Jesus nos dá produzindo seus frutos e resultados maravilhosos na
prática. A oração do justo tem conexão com fervor e seriedade; ela não é um ato isolado. E orar com fervor é
uma das coisas que têm sua origem na justiça que recebemos através de Jesus!

Justiça dinâmica – oração que pode ser atendida

"A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos". Isso significa que, por
um lado, a oração do justo tem que ser eficaz, mas também que existem orações que não têm efeito – e isso
pode acontecer mesmo depois de já termos sido justificados por Jesus.

O que realmente faz parte da oração eficaz de um justo?

1. Disposição fraternal de perdoar
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados" (Tg 5.16a).
Essa afirmação está intimamente ligada com a frase: "A oração fervorosa de um homem justo tem grande
poder e resultados maravilhosos." Uma oração só pode ser fervorosa quando também existe fervor e
sinceridade nos relacionamentos entre os irmãos em Cristo. Talvez muitas orações não sejam atendidas pelo
Senhor porque existe discórdia entre os irmãos, porque se guarda rancor no coração e porque não existe
disposição de perdoar o próximo e de confessar os pecados uns aos outros.

Quando a Bíblia nos exorta e diz: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos
outros...", geralmente existe culpa em ambos os lados, por ambos terem se tornado culpados dentro de um
relacionamento. E isso deve ser consertado por ambas as partes envolvidas, com as duas pessoas buscando o
diálogo, confessando os pecados e voltando a orar uma pela outra.

A Bíblia ensina: "E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso
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Jornal Missionário n° 104
 

Interceder

  • 1. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede. Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste. Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos. Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações. Interceder é combater O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar: Por que combate na intercessão? Saiba que não é Deus Quem retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso problema. Absolutamente não! Ele não é o meu problema, é a fonte da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminho. Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antônio e o José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino. Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônío. Se ela ainda não está em suas mãos, onde irá procura-la? Contra quem irá lutar? Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra o José. Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o preço para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade. Tudo o que é de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo Jesus. Por que, então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora nós vamos brigar. É a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: "Se Cristo pagou o preço, seu atrevido, tira a mão de cima, porque eu vou entrar agora na batalha, na autoridade de Cristo Jesus". Este é um aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o ininimigo chegar perto, ele vai ver que o justo é ousado como um leão. É a essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o intercessor de guerreiro de oração. O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do inimigo, como é feia. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão, arregaça as mangas e vai à luta. Por quê? Porque você já sabe que Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do Calvário há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta de dizer, "tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um ininimigo que já está derrotado." Satanás nenhuma autoridade tem sobre você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se você nada lhe der, ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para lutar contra você; porém você as tem. Você tem armas poderosas em Deus para enfrenta-lo e vencê-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito
  • 2. alto e faz a guerra com um pacote de mentiras, procurando trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de combate. Todavia, se você conhece as suas maquinações, e não lhe dá ouvidos, não se rebaixa para ouví-lo, porque o lugar dele é debaixo dos seus pés, ele será para você um inimigo derrotado. Não se impressione com o rugir inimigo. Faz muito barulho, ruge como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o Leão da tribo de Judá, e ele procura imitá-LO, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do peregrino: quando ele chega para entrar no castelo, feliz depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo, porém, descobre que este está amarrado, não faz nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em nome de Jesus. O cristão como intercessor "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de, súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (1 Tm. 2:1). "...e orai [também] uns pelos outros, para serdes curados e restaurados [a um vigor espiritual de mente e coração]. A fervorosa (sincera, continua) oração do justo torna um tremendo poder disponível (dinâmico em sua operação)" (Tg. 5:16 - Amp). O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e (os homens, a favor destes, para pleitear sua causa, como se fosse própria. É aquele que se coloca entre vivos e mortos para que cesse a praga (Nm, 16:48). É aquele que tem o seu espírito afinado ao Espírito de Deus e consegue captar os pesos do Seu coração e se devota a orar por outros, sob Sua liderança, até que o cetro de Deus se levante, isto é, até que a causa seja ganha. A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias à vontade perfeita de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é o canal de Deus na terra, não só da proclamação da Sua Palavra, da Sua vontade e obra da Redenção, mas também de intercessão. Como isso funciona? Sintetizando o que estamos procurando transmitir, diríamos: 1 - Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse propósito tem sido revelado na Bíblia e em Cristo. 2 - Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como representante do homem no Céu, Jesus fala por ele. 3 - O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao espírito do crente. É ali que Ele habita e faz o elo de ligação entre Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o coração do crente. 4 - O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo. Quando ele abre a boca para orar movido pelo Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre o Céu e a terra. 5 - É desencadeada a manifestação do poder de Deus nas circunstâncias a serem alteradas e que foram objeto de oração, provocando uma mudança. O Chamado à Intercessão Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Sacerdote é o que se coloca diante de Deus no lugar do homem, levando suas necessidades à presença dAquele que somente pode intervir miraculosamente na vida da raça humana, l Pedro 2:9 declara: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz." Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus, através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a necessidade de intercessores. Você poderá dizer: Mas Deus já não proveu Jesus, como nosso intercessor? Isso não basta? Não, isso não basta. A terra é ainda dos filhos dos homens e é nela que as batalhas se travam. Em Cristo temos uma aliança com Deus, mas ainda é através dos homens que tudo se realiza na terra. O que acontece com Cristo, como o Intercessor provido pelo Pai, é que Ele tem autoridade de nos representar diante de Deus e, pelo Seu Espírito, tanto mudou nossa natureza, nos regenerou, elevando-nos à posição de filhos de Deus, como vive em nós. Isso nos garante uma presença sobrenatural para nos guiar num viver de acordo com Seus propósitos. Por causa do Espírito Santo em nós, que nos revela todas as coisas, podemos agora falar e orar em perfeita linha com a vontade do Pai. Mas coloque isso em seu coração: Você e eu somos a boca através da qual o Espírito Santo vai orar na terra o que Jesus ora no Céu. Através de nós, Ele intercederá com "gemidos inexprimiveis." Convém a esta altura salientar que assim como Satanás só opera na terra, porque encontra o consentimento dos homens, Deus também opera na terra através do mesmo consentimento e instrumentalidade. Temos que abrir a boca aqui e dizer o que Deus diz no Céu, e é quando essa harmonia acontece, que as circunstâncias mudam, vidas são arrancadas do inferno, avivamentos rompem, cadeias são quebradas, Deus é temido, obedecido e glorificado. A Intercessão é Prioridade A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer: "Antes de tudo, pois, morto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens " (1 Tm. 2:1). Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em nossa vida. Insistimos no princípio: Deus nada faz na terra, a não ser por meio da intercessão. Amado, nós temos que nos arrepender da nossa falta de intercessão. Cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do espírito. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que perdemos a oportunidade de criar alguma coisa no mundo espiritual, com conseqüências no mundo natural, sendo que esta oportunidade não mais voltará.
  • 3. Muitas crises surgem em nossas vidas por falta de oração. Muitas vezes o Espírito nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas não queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos, desastres acontecem na vida de outros, almas vão para o inferno e angústias que poderiam ter sido evitadas pela oração, dilaceram muitas almas. Somos chamados a interceder! Não responder a esse chamado do Trono é estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do povo para que clamasse a seu favor, para que não morressem por causa dos seus próprios pecados, fez uma tremenda declaração que deveria ser um desafio para nós também: "E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós; eu vos ensinarei o caminho bom e direito" (1 Sm. 12:23). Deus tem um propósito para o homem em Seu coração, e precisa dos Seus filhos para que esse propósito se estabeleça. E o que é intercessão senão trazer a vontade de Deus à vida dos homem, da Igreja e das nações? Se entendermos isso, não esperaremos sobrar um tempinho para orar, mas faremos da intercessão uma das prioridades em nossa vida. SÉRIE ESCOLA DE ORAÇÃO Valnice Milhomens O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO 2004-01-04 11:52:00 - “O intercessor não é aquele que somente faz à Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.” Escrever sobre o ministério de intercessão é, para mim, uma grande alegria, dado que nutro um grande amor a este ministério, que acredito ser o sustentáculo das grandes obras que Deus realiza no meio do seu povo. Este ministério é como o alicerce de um grande edifício, que não é viso nem admirado, mas sem o qual o edifício não poderia erguer-se. Eu creio que este artigo será de grande esclarecimento e importância para todos os que lideram comunidades e desempenham este ministério dentro do trabalho que o Senhor os chama a realizar. Leia este artigo com o desejo de que o Espírito Santo venha revelar no seu coração as verdades mais profundas, porque muito mais do que aqui está escrito o Senhor tem a falar no seu coração. O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO Quando, há algum tempo atrás, eu comecei a questionar o que era o ministério, eu pedi ao Senhor que me esclarecesse verdadeiramente o que é da sua vontade no que se refere a ministério na espiritualidade da Renovação Carismática. O Senhor me fez entender primeiramente que há uma diferença muito grande entre dom e ministério, coisa que muitas pessoas confundem bastante. Possuir um ministério do Senhor não é a mesma coisa que receber um dom do Espírito Santo. Para que recebamos os dons do Espírito Santo, nós precisamos ser abertos às moções e inspirações que este Espírito suscita em nós. Para possuirmos um ministério do Senhor, é preciso que este nos seja dado por Jesus que deseja que nós desempenhamos uma missão especial em seu Nome. Em I Cor 12,4-5 encontramos o seguinte texto: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo”. Refletindo sobre este texto vamos entender que os dons são manifestações do Espírito para proveito da comunidade, naquele momento de necessidade, enquanto que o ministério é algo dado pelo Senhor Jesus, que envia os seus discípulos a desempenhar missões; missões estas que são bem específicas dentro do seu corpo, que é sua Igreja. Quando estamos reunidos em nossas comunidades, grupos de oração, grupos de partilha, etc. no momento que oramos, precisamos e devemos estar abertos às moções do Espírito Santo que pode naquele momento estar desejando que profetizemos, ou que digamos uma palavra de ciência para a cura interior de alguém do grupo. Mas, tão somente porque alguém esteve aberto a estes dons, não implica dizer que ele tenha o ministério de profetizar, ou o ministério de cura interior. Em Jer 1,5 vamos encontrar um trecho que nos esclarece muito mais a cerca da diferença entre o Dom e o ministério: “O Senhor disse a Jeremias: „Antes mesmo de te formar no ventre de tua mãe, eu te conheci, antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações‟”. E é isso o ministério carismático. O Senhor desde toda eternidade já conhecia Jeremias, desde toda eternidade também já o havia
  • 4. consagrado ao ministério da profecia. Observemos que Jeremias era ungido e enviado pelo Senhor a ser profeta, não como um dom que iria se manifestar através dele numa hora de necessidade, mas como ministeriado. Era pelo serviço dele no ministério profético que iria ser reconhecido no meio do povo como homem de Deus. Porém, se formos ler a profecia de Jeremias na Bíblia, vamos encontrar este profeta, por várias vezes, usando os dons do Espírito Santo para bem desempenhar o seu ministério. Um pequeno trecho que melhor ilustra este fato encontramos em I Reis 19,19-21 e II Reis 2,15 quando o profeta Elias unge Eliseu para que ele exerça o ministério da profecia no seu lugar. No exercício do ministério profético, Eliseu utiliza os dons de milagres (II Reis 2,19) e cura (II Reis 5,1-15), mas o seu ministério é o de Profecia, que para melhor ser desempenhado precisa da graça do Espírito Santo através dos seus dons. Assim sendo, o ministério de intercessão é um ministério que o Senhor dá a algumas pessoas a fim de que estas possam ser intercessoras pelas causas do Reino de Deus. As pessoas que exercem este ministério são escolhidas, eleitas, como foi o profeta Jeremias (Jr 1,5), antes que no seio materno fosse formado. Este ministério de intercessão, como os outros ministérios do Senhor, está dentro do seu coração e o Senhor abençoa aqueles que ele são chamados com todas as bençãos necessárias para o seu bom desempenho. QUEM É O INTERCESSOR A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor e aquele que se coloca entre aquele que pode dar e aquele que deseja receber. No caso do ministério de intercessão, o intercessor é aquele que se encontra entre Deus Pai e a sua criação. Ele é como um advogado no Reino de Deus, um advogado de defesa, que defende as causas do Reino. Na Bíblia, vamos encontrar muitos personagens com características de intercessores e exercendo fielmente este papel. Em Ex 34, 8-9 vamos encontrar Moisés intercedendo pelo povo de Israel: “Moisés inclinou-se incontinente até à terra e prostrou-se dizendo> „Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai-nos as nossas iniquidades e nossos pecados e aceitai- nos como propriedade vossa‟”. O povo de Israel havia cometido o grande pecado de adorar o bezerro de ouro, proclamando-o seu Deus. Sabendo disso, Moisés, como escolhido, chamado, eleito por Deus para dirigir seu povo, diz para o Senhor assim: “Senhor, se tenho vosso favor...”. Esta oração de Moisés não tem mais sentido para nós próprios, mas pedimos em nome de Jesus e a oração dos intercessores é assim: “Senhor, em nome de Jesus, que tem o teu favor, concede-me...” Como Moisés, hoje em nosso grupos precisamos ser esses intercessores que se colocam aos pés de Deus a fim de interceder pelo povo pecador. Nossos grupos, nossas comunidades necessitam urgentemente dessas sentinelas que estejam a colocar-se entre Deus e a sua Igreja pecadora. O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor. O intercessor apropria-se das palavras da Escritura que trazem as promessas de salvação e restauração. Ele conhece o Senhor pela oração e pela Escritura e é aí que está o segredo dessa intimidade entre Deus e o intercessor; intimidade esta que faz com que todos os pedidos dos intercessores atinjam o coração de Deus, pois são feitos por meio de Cristo Jesus para glória de Deus Pai. INTERCESSÃO, UM MINISTÉRIO DE CONSOLAÇÃO No Evangelho de São João 12,1-12 vamos nos deparar com um jantar, na cidade de Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria. Este trecho vem nos mostrar o episódio em que Maria tem um perfume de nardo puro e derrama aos pés de Jesus. Ora, Maria tinha o coração inflamado de amor por Jesus, e no seu amor insensato, eufórico, ela desejava consolar o coração de Jesus que já se encontrava triste por sua paixão que se aproximava. Os convidados não foram capazes de entender a atitude de Maria e se limitaram a simplesmente criticar sua
  • 5. atitude, por causa do estrago que ela fazia em derramar aquele perfume, pois o mesmo poderia ser vendido e o dinheiro poderia ser aplicado em algo mais valioso do que os pobres pés cansados e calejados de Jesus. Mas para Maria não era assim. Ela amava Jesus e o amor fazia com que ela ficasse na expectativa das necessidades de Jesus e por isso, derramar o nardo puríssimo e preciosíssimo aos seus pés era o que de mais coerente ela poderia fazer, pois ela sabia que, com aquele gesto de amor, consolaria o coração do Senhor. E isso é intercessão. Nesta fase da vida de Jesus, nada agradou tanto o coração do Pai como a atitude de Maria, pois ela se colocava entre o coração dolorido do Pai, por ter que cumprir seu plano de Salvação em Jesus, e o povo pecador que não merecia esta salvação. Maria através de sua intercessão, mostrou aos céus que a entrega de Jesus valeria a pena para a humanidade, pois tudo o que ela fazia era mostrar o seu amor a Jesus. E Deus retribui todo esse amor a Maria, pois a intercessores como ela o Pai nada lhes nega. São esses intercessores, que estão muito mais preocupados com Jesus do que com os problemas, que verdadeiramente conhecem seu coração aflito e consola-o, e só lhe dirigem preces que entram em profundo acordo com a sua vontade. Os verdadeiros intercessores precisam deixar os seus corações inflamarem-se por este amor que deixa-os totalmente dependentes de Jesus e na expectativa de seus desejos. O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA BÍBLIA. O livro do Gênesis nos mostra Abraão, que se coloca como intercessor entre Deus e os habitantes de uma cidade que deveria ser destruída por causa de seus pecados. Em Gn 18,16-33 lemos: “Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma, e Abraão os ia acompanhando. O Senhor disse então: Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? (...) os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto Abraão ficou em presença do Senhor. Abraão aproximou-se e disse: Fareis o justo perecer com o ímpio? Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los hei perecer? Não perdoareis a cidade, em atenção aos cinqüenta justos que nela podereis encontrar? Não, vós não podereis agir assim, matando o justo com o ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o Juiz de toda a terra a Justiça? O Senhor disse: Se eu encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles. Abraão continuou: Não leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza. Se porventura faltar cinco aos cinqüenta justos (...) Abraão replicou: Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez: Que será se lá forem achados dez? E Deus respondeu: Não a destruirei por causa desses dez. E o Senhor retirou-se, depois de ter falado com Abraão, e este voltou para a sua casa. ” Tomado a posição de intercessor do povo na qual Abraão se colocou, ressaltamos, com este texto, uma característica no relacionamento entre Abraão e Deus: Eles eram íntimos. Deus havia tomado a decisão de destruir Sodoma, por causa do seu pecado e Ele sentiu a necessidade de que Abraão soubesse disso. Ao saber disso Abraão conversa com Deus através da intercessão, coloca aquilo que ele sente, argumenta e deixa a decisão final para Deus. É assim, como Abraão, que os intercessores de hoje devem agir. Primeiramente devem estar na escuta de Deus que a qualquer momento vai lhes falar, para lhes comunicar suas decisões. Isso acontece num ato de profundo amor de Deus para o homem. Ele suscita ao homem a interpelar diante dele como imagem de seu Filho Jesus na cruz que se coloca entre o céu e a terra, entre Deus e a humanidade. E o intercessor carismático, ao argumentar, diante do Pai amoroso, por seu povo amado, deixa-se levar pela oração intercessora que toca o mais profundo do seu amor e assim Ele cede deixando-se levar por sua misericórdia, impulsionado pelo seu grande amor. Outra características dos intercessores é buscar os interesses do Pai, a exemplo de Abraão que diz: “Não fará justiça o juiz de toda a terra?”. E se caminharmos através da Bíblia veremos em Gn 20,3-7 e Gn 20,17 como Abraão se colocou como intercessor e poderemos, espelhados nele, fazer crescer o nosso ministério. É no livro do êxodo onde vamos encontrar o verdadeiro ministério de intercessão na pessoa carismática de Moisés. Moisés é o amigo íntimo de Deus. Trazia em si a fundamental característica do intercessor, que é esta intimidade. Ele encarna em si todas as característica que são natas, essenciais e vitais ao intercessor.
  • 6. Moisés é conhecido por argumentar diante de Deus em favor de seu povo, porque amava a Deus e conhecia o seu amor. Moisés acalmava o coração ferido de Deus e por isso confortava-lhe. Em Ex 32,33 e 34 é que vamos encontrar o ponto alto onde todas as características que mencionamos acima vão se evidenciar. Como fez com Abraão, o Senhor confidencia a Moisés, pois esta é a sua maneira de conversar com os intercessores. Quando Deus compartilha as dores de seu coração com seu escolhido (o intercessor), o que este pode fazer é transbordar o seu amor pelo Pai e, através da adoração, consolá-lo. Esta é a plenitude do relacionamento carismático do intercessor com Deus. E é neste relacionamento que o intercessor vai aplacar o coração ferido de Deus. Em Ex 32,1-14 vamos presenciar o episódio onde Moisés, no Monte Sinai, se encontra com Deus. Devido a insegurança do deserto e a sua própria fraqueza carnal, o povo já não vê Moisés, nem a imagem de Deus que ele transmitia para aquele povo tão frágil. Por causa disso, o povo constrói um bezerro de ouro, o proclama Deus e o adora. O coração de Deus ficou em profunda ferida. O seu povo amado estava em adultério e o havia abandonado. E é neste momento que o Senhor fala com Moisés, que nada sabia do que estava acontecendo, e diz: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste sair da terra do Egito, perverteu-se. Depressa se desviou do caminho que eu lhes havia ordenado... Tenho visto a este povo: é um povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma e farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou a Iahweh seu Deus e disse: Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra teu povo, que fizeste sair do Egito?... Por que os egípcios haveriam de dizer: Ele os fez sair com engano?... Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo com o qual havia ameaçado o povo”. É incrível vermos num texto, de maneira tão certa, a concretização de tudo quanto nos inspira o Espírito Santo a falar acerca do intercessor. É maravilhoso vermos o poder de Deus agindo tão fortemente através da oração de intercessão. Ainda podemos aprofundar a nossa compreensão sobre ministério de intercessão em textos como Ex 32,30-35; Ex 33,13-17 e Ex 34,8-10, e meditando com eles o Senhor nos levará ao entendimento profundo da intimidade dele com o intercessor. No livro do profeta Isaías, nós encontramos textos que nos farão compreender profundamente o ministério de intercessão. Em Is 62,6 vemos: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, postei guardas; eles não se calarão nem de dia, nem de noite”. Vemos neste texto que é um desejo do coração de Deus, e mais que um desejo é uma promessa, que não faltará aos seus escolhidos (pessoas e obras), intercessores, sentinelas que jamais se calarão. São esses os intercessores que o Senhor deseja, homens que não descansem e nem dêem a Ele descanso “até que se estabeleça Jerusalém”. É uma outra característica forte do intercessor. Ele não desiste facilmente e se apóia firmemente nas promessas do próprio Deus, naquilo que Ele próprio prometera. No livro do profeta Ezequiel, o Senhor se queixa e o seu coração se encontra muito triste por não ter encontrado um só intercessor, como vemos: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém, achei”. Por isso se faz urgente em nossos grupos, comunidades, etc, que surjam intercessores para tapar as brechas do que são os pecados e as fraquezas de seu povo. Não são os grupos, as comunidades que clamam por intercessores, mas é Deus quem os procura, ansiosamente. É ele quem os quer, quem os deseja. Para você que lê este artigo, no seu grupo, na sua comunidade, você não pode mais deixar o Senhor esperar. Forme, anime o ministério de intercessão e a voz do Senhor se fará ouvir com muito maior constância e as coisas caminharão com maior liberdade. No novo testamento vemos como São Paulo, quando escreve aos efésios, exorta-os a intensificar o ministério de intercessão, isto é, fazê-lo crescer, quando diz: “Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. (Ef 6,18). Também repete a mesma coisa aos Filipenses quando diz: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graça” (Fl 4,6). Paulo, ainda, confiando no ministério de intercessão dos colossenses, anima-os e pede a intercessão por ele: “Sede perseverantes, sede vigilantes na oração, acompanhada de ações de graça. Orai também por nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa Palavra para que possamos anunciar o ministério de Cristo” (Col
  • 7. 4,2-3). Certamente Paulo era bem conhecedor daquele trecho da profecia de Ezequiel que anteriormente meditamos com ele. E vendo a necessidade, e sabendo como Deus procura as sentinelas, os intercessores, era que ele exortava as comunidades às comunidades a terem firme e perseverante este ministério, que seria para ele sustentáculo, alicerce em relação a vontade de Deus. Ainda falando dos intercessores vemos através do livro do Apocalipse que eles terão a função importantíssima na vida dos salvos: “Adiantou-se um outro e pôs-se junto do altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhes dados muitos perfumes para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo junto com a oração dos santos, diante de Deus.” A oração dos intercessores subirá ao trono de Deus, juntamente com a fumaça que sairá dos turíbulos que os anjos trarão na mão como sacrifício de agradável odor ao Senhor. Nota-se que no livro do Apocalipse os intercessores são chamados de “santos” dando-nos a entender que os íntimos de Senhor são os santos, aqueles que se deixam encher pelo Espírito Santo e se santificar. O MINISTÉRIO INTERCESSOR DE JESUS Jesus é o intercessor por excelência, aliás, Ele é “o intercessor”. É Ele que se coloca entre o céu e a terra na sua cruz como expiação pelos nossos pecados. É dele que São Paulo fala em Rm 8,34: “Quem condenará os escolhidos de Deus? Cristo Jesus, que morreu, melhor, que ressuscitou, que está a mão direita de Deus, é quem intercede por nós”. É dele também que nos fala São João em I Jo 2,1 quando diz: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. E o próprio Jesus se apresenta aos discípulos como intercessor quando diz em Jo 14,12-14: “Em verdade, em verdade vos: aquele que crê em mim fará também as obras que faço, e fará ainda maiores que estas: porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo darei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que pedirdes em meu nome, vo-lo darei”. Então, de posse destas três passagens nós vamos entender que Jesus é o intercessor, nosso advogado de defesa diante do Pai. Jesus se oferece como vítima imolada diante do Pai para pagar nossos pecados. Nós dirigimos nossos pedidos ao Pai, que olha para Jesus e por causa de Jesus, Ele nos concede o que estamos desejando. É por Jesus, só por Jesus, que o Pai atende aos intercessores. É Jesus quem fica diante do Pai a interceder por nossos pecados. A Ele, nada o Pai pode negar, pois, Ele todo já se deu ao Pai, para o resgate da humanidade. É por isso que o pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus como nos manda a Sagrada Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28. NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ. 1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria ouvido o Senhor.” 2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.” 3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu coração deposite toda confiança no Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os meus, diz o Senhor”.
  • 8. 4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é impossível agradá-lo” (Heb 11,6). 5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele lhe concede. 6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Tg 4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de vós.” 7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”. 8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma luz em meu caminho”. 9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36). Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, ó Bem de todos os bens! Ó meu Jesus! Em seguida ordenai os meios de fazer eu alguma coisa por vós. Já não há quem suporte receber tanto sem nada pagar. Custe o que custar, Senhor, não permitais que me apresente diante de vós com as mãos tão vazias, pois o prêmio será de acordo com as obras. Eis aqui minha vida, eis aqui minha honra e minha vontade. Tudo já vos dei. Sou vosso. Disponde de mim como quiserdes. O DOM DE LÍNGUAS E O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO. “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, que intercede pelos cristãos segundo a vontade de Deus”. (Rm 8,26- 27) O Espírito Santo que mora em nosso coração é fruto da plenitude do Amor que há entre o Pai e o Filho. E este Espírito que nos foi dado para nossa santificação vem auxiliar a nossa fraqueza. Quando a vontade de Deus parece obscura para nós, quando não entendemos os desígnios de Deus para a nossa vida, ou para a vida do irmão por quem intercedemos, podemos, com toda certeza, orar na língua do Espírito Santo e deixar que os “gemidos inefáveis” cheguem ao Trono de Deus, na certeza de que o Espírito só intercede dentro da vontade de Deus e jamais sairá dela. Com isto, vimos que o dom das línguas, sinal que acompanha os discípulos de Jesus é o próprio Espírito orando em nós. O ministro de intercessão jamais poderá deixar de orar nesta língua, porque ele tem a certeza de que o Espírito Santo caminha muito além do que se pode perceber ou experimentar, pois Ele penetra até mesmo as profundezas de Deus. (I Cor 2,10). ntercessão Antes que você possa ser um intercessor bem sucedido, precisa aprender a andar em vitória e a encontrar resposta para as suas próprias orações.
  • 9. Não se preocupe tanto com seu nível hoje. Comece onde está, e o Espírito irá conduzí-lo passo a passo. A medida que você se expõe a Ele e a Palavra, separando-se para orar por outros, Ele irá tomar a sua mão, onde você se encontra agora, e levá-lo a uma nova dimensão, até chegar a plenitude. O que é intercessão? Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora a sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira, que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede. O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote ( 1 Pedro 2:9) entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. A mais simples definição está na Bíblia: “Orai uns pelos ouros” (Tg. 5:16) Exemplos de intercessores na Bíblia: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido Samuel orou constantemente pela nação Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro Davi suplicou pelo povo Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro Paulo é exemplo de constatnte intercessão Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. Samuel disse: “Longe de mim que eu peque contra o Senhor deixando de orar pos vós” (1 Samuel 12:23) Batalha Espiritual É um encontro com Deus e um confronto com Satanás, a favor dos homens. Interceder é combater. Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Deus é a fonte das nossas bençãos. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminha. Tudo é meu em Cristo Jesus, ele ja pagou o prêço para que eu tenha a vitória. Porque vivo na miséria, amarrado, prêso, derrotado, oprimido? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora vamos brigar. É a vez de voltar-se para o inimigo e declarar: “ Se Cristo pagou o preço, tira a mão de cima Satanás, porque eu vou entrar agora na batalha, na autoridade de Cristo Jesus”. Se o inimigo chegar perto, ele vai ver que o justo é ousado como um leão. É essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o intercessor de Guerreiro de oração. O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás. Quanto mais você intercede , mais verá a cara do inimigo. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra você está de prontidão, e vai a luta. Porque você já sabe que Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do calvário há dois mil anos atrás. “Tudo que eu tenho que fazer é vencer um inimigo que já foi derrotado.”
  • 10. Satanás nao tem nenhuma autoridade sobre você, só aquela que você lhe der.Você tem armas poderosas de Deus para enfrentá-lo e vencê-lo. Não se impressione com o rugir do inimigo. Ele faz muito barulho, ruge como um leão, mas não á leão. Jesus é quem é o leão da tribo de Judá, e ele procura imita-lo, mas só faz barulho, só ruge. “O intercessor harmoniza dentro de si o coração de uma criança diante do Pai e de um leão diante do adversário”. Beneficios da Intercessão Alarga a nossa visão. Quem se devota ao ministério de interceder, passa a ter uma visão cada vez mais ampla do reino de Deus. Sai do seu mundo limitado e vai se elastecendo em seu amor e visão até ver como Cristo vê. Quando nos devotamos a intercessão, de repente o mundo se torna nossa paróquia; vamos subindo com Jesus, e quanto mais se sobe, mais se vê. Quando você fica bitolado no seu reinozinho, orando apenas para si: abençõa-me Senhor, para mim, Senhor , eu tenho um problema. Jesus declarou: “Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida como resgate de muitos” (Mt. 20:28) Quando você começa a interceder, seu coração vai se elastecendo para acomodar todo mundo. Porém se você é aquele tipo que só ora pela sua igreja local: Senhor, abençõa os pecadores para que eles se convertam e nossa Igreja se encha, sua visão tem o limite da sua igreja. Se evangeliza alguém que se converte, mas não fica na sua igreja, até acha que perdeu o tempo. Exitem até pastores que almadiçoam membros da igreja que se transferem para outra igreja, como se a ovelha fosse sua propriedade e não do supremo Pastor da igreja, Senhor da ovelhas e de todos os apriscos que se espalham pelo mundo. Edifica a Fé. A medida que vemos Deus agindo e mudando circunstâncias, a fé é edificada. Quanto mais oramos, tanto mais Deus se move na vida dos homens. Sendo canais através dos quais Deus manifesta seu poder, vamos sendo fortalecidos de fé em fé. Quando vemos Deus respondendo nossas orações a favor de outros, nossa fé é fortalecida. A intercessão está sob a lei de semeadura e ceifa. Aquilo que semeamos colhemos multiplicadamente. É interessante ver o que aconteceu com Jó na area da intercessão. “ O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuia” (Jó 42:10). Você não está tão preocupado consigo, está intercedendo pelo Corpo de Cristo, você é um canal do Espírito de Deus. Quando chega a sua necessidade, Deus levanta intercessores por você. Necessidade de um Intercessor
  • 11. Há certos textos na Bíblia que nos deixam admirados , por deixarem um viva impressão de que a intercessão é indispensável para a operação de Deus na terra. “ Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que Eu não a destruísse, mas a ninguém achei” (Ez. 22:30) “Sobre os teus muros, o Jerusalém, pus guardas que todo dia e toda a noite jamais se calarão, vos os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra” (Is. 62:6). Jesus, o Espirito Santo e o Cristão como Intercessores Jesus Um dos grandes versículos sobre intercessão, destacando a qualidade do intercessor perfeito, está em Jó 9:32,33: “Porque Ele (Deus) não é homem como eu, para eu lhe responder, para nos encontrarmos em juízo. Não há sobre nos árbitro para colocar a mão sobre nós ambos” O que Jó está dizendo? “Deus não é homem como eu. Gostaria de chegar diante dEle e apresentar a minha causa, mas Ele não é meu igual, e não tenho alguém que se coloque entre nós dois. Não posso ir a Deus, não há alguém que coloque a mão no meu ombro e no ombro dEle”. O que Jó deseja? Alguém que seja ao mesmo tempo Deus, para colocar a mão no Seu (Deus) ombro, e homem, para que este se identifique. Jó estava certo, e vemos como isto aconteceu, com a reação do próprio Deus. Isaías 59:16 diz: “E viu que ninguém havia, e maravilhou-Se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço Lhe trouxe a salvação, e a Sua justiça O susteve” Então Deus providenciou um Intercessor que não pode falhar, Jesus. Esse intercessor é Filho do homem, nasceu na terra, recebeu um corpo humano, logo legalmente Ele pode se colocar diante de Deus a favor do homem. Tambem é Filho de Deus e pode Se colocar diante do homem a favor de Deus. Ele é a salvação que o braço de Deus trouxe a terra, a justiça no meio dos homens. Jesus se tornou Filho do Homem e viveu na terra como homem. Aqui nasceu, viveu, morreu e ressuscitou. Quando voltou à glória, após a ressurreição, não tinha corpo humano, Ele levou consigo o corpo, mas glorificado. Quando desceu da glória, era só Espírito. Hoje Ele está na gloria revestido de um corpo de homem. Como tal, Jesus é intercessor no Céu, representando os intersses do homem diante do Pai. O Espírito Santo Antes, porém que Jesus moresse no nosso lugar e ressurgisse, disse a Seus discípulos:
  • 12. “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se porém eu for, eu vo-lo enviarei.” Uma vez na glória, Jesus enviou o Espírito Santo a Sua igreja na terra, de acôrdo com Sua promessa. O Espírito não tem um corpo humano, por isso Ele veio para viver naqueles que foram regenerados por Cristo, pelo poder da Sua morte e ressurreição. Conforme declara o Apóstolo Paulo em 1 Co 3:16: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” Assim Ele intercede na terra usando o coração do cristão e a sua boca. Como está o homem em Cristo, no Céu, Deus está na terra, na pessoa do Espírito Santo, no crente. O crente lhe oferece o corpo, através do qual Ele opera aqui. Assim, pois como há um intercessor no Céu, junto ao Trono, que é Jesus, há um intercessor na terra , junto ao homem, que é o Espírito Santo. Jesus fala pelo homem ao Pai e o Espírito fala por Deus a nós. Jesus representa os interesses do homem no Céu, e o Espírito Santo representa os interesses de Deus na terra. O Espírito Santo tanto intercede por nós, como nos ajuda em nossa intercessão. A palavra de Deus diz em Romanos 8:26,27 “ Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza: porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos seus Santos”. O Cristão Agora você poderá dizer: Mas Deus já não provéu Jesus, como nosso intercessor? Isso não basta? “Os Céus são os Céus do Senhor, mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens.” (Sl. 115:16) Deus limitou Sua ação na vida dos homens quando lhe deu o livre arbítrio e entregou-lhe a terra, para que tivesse domínio sobre ela. Deus fez o homen livre, com capacidade de escolha, decisão e realização. Deus não viola a sua palavra e interfere na vida do homen a seu próprio pedido. Ele deu a terra aos filhos dos homens, para que governassem em perfeita harmonia com seus propósitos e Palavra, e espera o amém destes a Palavra revelada, e o pedido de intervenção. “A Palavra profética revela sua vontade, mas é nossa intercessão que gera a manifestação da promessa.” Como ja foi dito, o intercessor é aquele que se coloca entre Deus e os homens, a favor destes, para pleitear sua causa, como se fosse própria. A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias a vontade perfeita de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é o canal de Deus na terra, não só da proclamação da sua palavra, da Sua vontade e obra de redenção, mas também de intercessão. Sintetizando: 1. Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse propósito tem sido revelado na Bíblia e em Cristo. 2. Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como representante do homem no céu, Jesus fala por ele (homem). 3. O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao espírito do crente. É ali que Ele habita e faz o elo de ligação enter Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o coração do crente.
  • 13. 4. O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo. Quando ele abre a boca para orar movido pelo Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre Céu e a terra. 5. É desencadeada a manifestação de poder de Deus nas circunstâncias a serem alteradas e que foram objeto de orações, provocando uma mudança. As intercessões geradas pelo Espírito Santo são sempre em linha com a Palavra de Deus. Jesus é a Palavra, portanto tudo que Ele ora é de acordo com a Palavra, sendo que, quando oramos o que Ele revela, estaremos orando a Palavra com Ele. Haverá aí uma perfeita sintonia: Nós, o Espírito Santo e Jesus, na intercessão, estaremos diante de Deus Pai, orando a mesma coisa, orando a Palavra. Essa é a intercessão que funciona: eu, na terra falo movido pelo Espírito Santo, respaldado pela palavra escrita. Portanto, aquele que se levanta como verdadeiro intercessor na terra, é, de um certo modo, a boca do Espírito Santo, falando aqui o que Jesus está falando no Céu diante do Trono de Deus. “Toda intercessão movida pelo Espírito Santo e respaldada pela Palavra, tem o poder de Trono para trazer sua plena manifestação”. Caracteristicas do Intercessor Como a intercessão é um ministério no qual Jesus está hoje enolvido no Céu e o Espírito Santo na terra, e o crente é o canal dessa intercessão, ousaríamos dizer que o ideal de intercessão é a incarnação das virtudes do Senhor Jesus. Que qualidades portanto deve ter o intercessor? As de Jesus. Ora, já que nenhum de nós chegou a plena maturidade e todos estamos no caminho, somos falhos na nossa intercessão; todavia, com o auxílio do Espírito Santo e a nossa diligência, cresceremos, tornando-nos um canal de intercessão cada vez mais transparente, para que Deus cumpra através de nós os Seus propósitos nesta área. Vamos abordar algumas das principais características do verdadeiro intercessor. Todo intercessor as possui, em maior ou menor grau. A medida que ele vai se desenvolvendo na arte da intercessão, elas vão amadurecendo. 1. AMOR- Quem não ama não pode interceder 2. IDENTIFICACÃO- Muitas vezes o intercessor sentirá exatamente o que sente a pessoa por quem ora. Essa identificação é o combustível para o seu amor. Ela o ajuda a entender e a consagrar-se a intercessão. O intercessor começa a orar pelos pecadores e as vêzes sente como se ele mesmo estivesse indo para o inferno. 3. COMPAIXÃO – Um mover de compaixão no espírito sempre desencadeia uma grande manifestação do Espírito Santo. 4. PERSEVERANÇA – A oração intercessória requer constância, persistência, intensidade, perseverança. 5. OUSADIA – A intercessão exige coragem, disposição, fervor, galhardia, confiança, intrepidez, ousadia. Ousadia diante de Deus, dos homens, e de Satanás, opositor das nossas orações. Nenhum tímido ou covarde se colocará diante de Deus a favor dos homens, nem diante dos homens a favor de Deus e jamais lutará até a vitória contra Satanás. 6. DISCERNIMENTO – é a habilidade especial de se conhecer com segurança se certo comportamento é Divino, humano ou satânico; é agudeza de julgamento, o poder de perceber diferenças entre coisas ou ideais, bem como sua conexão. O Espírito Santo em nós é aquele que dá esse discernimento A Proteção Divina
  • 14. Em meio a esta batalha de oração, confrontando os poderes das trevas, firmamo-nos na certeza de que há proteção para os que lutam de acordo com as normas estabelecidas na palavra de Deus. A armadura de Efésios 6:10-18 é destinada ao guerreiro de oração. Serve de proteção contra os ataques inimigos. O uso da armadura não é algo automático ou mecânico, nem mesmo pelas repetições de chavões. Implica em uma atitude correta para com as verdades contidas na armadura. Como então estar protegido dos ataques na vida de oração? Sugerimos sete coisas: 1. Seja um adorador em Espírito e em verdade. O lugar mais protegido do mundo é a sala do Trono, o lugar da verdadeira adoração. 2. Fortaleça-se no Senhor como ordena o Apostolo Paulo: “fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder”. 3. Informe-se nas maquinações inimigas (Ef. 6:12) 4. Esteja apropriadamente vestido (Ef. 6:11) Revestir-se com a armadura de Deus está relacionado com o “orando em todo o tempo”. 5. Cuide de sua saúde mental. Satanás faz a guerra na mente. É ali que todas as batalhas são travadas. Nossa atitude nental, estrutura de raciocínio e pensamento, determinarão nossa vitória ou derrota. Pensamentos cativos a Cristo e mente renovada com a palavra, é uma forma de proteção que não pode ser negligenciada. 6. Seja um intercessor que lança mão da intercessão no Espírito (Ef. 6:18) 7. Ande na obediência a palavra de Deus, que é a mais poderosa forma de proteção. Armas Espirituais Deus colocou em nossas mãos armas poderosas. 2 Coríntios declara: “Porque embora andando na carne não militamos segundo a carne.” Isto é, embora vivamos num corpo, não usamos na guerra armas humanas como crítica, luta, inveja, contenda. Porque nossa luta não é contra homem, é contra seres espirituais. Somos espirituais e lutamos contra seres espirituais, logo as armas de combate também são espirituais. Quais as armas de que dispomos para demolir as fortalezas inimigas, especialmente na batalha da intercessão? 1. O nome de Jesus 2. A Palavra de Deus, que é a espada do Espírito 3. A fé em Jesus 4. O sangue do Cordeiro 5. A Palavra do nosso testemunho. Testemunho é a confissão dos nossos lábios. Quando abrimos a nossa boca e confessamos que Deus é fiel, e que Suas promessas se cumprem, nós estamos vencendo o inimigo. 6. O Espírito Santo. Sem Ele nada nos resta. Temos uma armadura de proteção e armas, mas é o Espírito Santo que nos capacita e dá poder para usá-las. Ele é o poder de Deus em nós. Quanto mais confiamos e nos submetemos a Ele, tanto mais efetiva nossa oração, por causa do seu poder operando em nós. Advertências
  • 15. Os grupos de intercessão deveriam se reunir sempre sob a supervisão do pastor da igreja ou alguém amadurecido. Muitos grupos tem incorrido em engano por falta de alguém que julgue, dentro das escrituras, o que está ocorrendo. Intercessores insubmissos e soltos, que saem debaixo de uma proteção ou cobertura espiritual, tendem a ser dominados por um espírito de rebeldia e superioridade, julgando-se melhores do que os líderes da Igreja e mais sábios do que eles. Isso é um engano que deve ser evitado a qualquer custo. Cada um de nós necessita um espírito submissivo e a proteção de outros que falem nas nossas vidas. Líderes espirituais são dados ao Corpo de Cristo para nos guardar (vigiar) e ajudar-nos a crescer. Hebreus 13:17 diz: “Obedecei aos vossos líderes e sede submissos para com êles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo pois isto não aproveita a vós outros.” Ninguém, incluindo líderes, está acima de responsabilidade. Lembre-se do centurião que veio a Jesus e pediu-O que curasse seu servo. Um grande milagre aconteceu porque ele entendeu autoridade. Barbara Wentroble diz que tem se involvido em diversas situações com o propósito de reconciliar intercessores e pastores. Vários pastores têm reportado confusão, desunião e dor devido a intercessores que achavam que tinham “a Palavra de Deus” para a igreja, mas eram incapazes de se submeterem a liderança. Prepare-se para Interceder O intercessor deve se preparar para entrar na batalha da intercessão. Consideremos alguns aspectos dessa preparação. 1. Um auto exame Examine seus lábios. Seus lábios devem ter a pureza dos lábios de Jesus. Examine sua mãos. O guerreiro de mãos limpas pode segurar a Espada do Espírito com mais firmeza. Examine sua obediência. A oração vitoriosa é sempre feita por alguém que tem prazer de obedecer a Deus. Examine sua consciência. Todo intercessor deve testemunhar que tem uma consciência pura diante de Deus e dos homens. 2. Auto-Expressão Pela confissão. Cofessamos nossas imperfeições a luz da perfeição divina, e o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado. Pela obediência. Tudo quanto é revelado e confessado, deve resultar em mudança de atitude. As boas intenções por si só não bastam; Deus requer mudança. É pela obediência que se revela a sinceridade de uma confissão. 3. Uma exposição de si mesmo Expopnha a personalidade inteira ao controle e direção do Espírito de Deus. “Enchei-vos do Espírito” (Efesios 5:18). Exponha sua inabilidade do poder do Espírito. De nós mesmos somos impotentes. Exponha-se ao auxílio do Espírito Santo. “Ele sonda os nossos coraçoes”. 4. Um encontro de amor com o Pai.
  • 16. Não há forma mais vital de prepara-nos para a intercessão, do que entrar em profunda adoração a Deus, na sala do Trono. No momento de começar a intercessão, nosso ser inteiro está inebriado com a doce presença do Pai e sua compaixão em nós pelas vidas é algo mais profundo. O Poder da Intercessão Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. Lucas da Silva 42 Título: O Poder da Intercessão Texto: Jó 42:10: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos, e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro e a tudo quanto dantes possuía”. Tema: A Intercessão favorece o intercessor Alvo: Levar os crentes a reconhecerem o valor da intercessão e a tirarem o proveito pessoal do seu resultado. Introdução: Deus quer intercessores que estejam na Sua presença clamando e orando em favor dos outros. Deus executa os Seus planos usando homens e mulheres disponíveis. O Senhor chamou Moisés e este respondeu: “Eis-me aqui!” (Êx. 3:4). Deus chamou Samuel e ele respondeu: “Fala Senhor que o teu servo ouve!” (I Sam. 3:10). Deus quer estabelecer diálogo com os intercessores, mas estes têm que estar disponíveis e sensíveis para poderem ouvir a voz do Senhor. Explicação: A intercessão é a irmã gémea da oração. É como uma moeda; só está completa com as duas faces. Todo o cristão tem de ser um TODO. Ele deve orar e interceder. Ele deve pedir por si e também pelos outros. 1. A IMPORTÂNCIA DE UM INTERCESSOR a) Deus procura pessoas de ambos os sexos, de todas as idades e de todas as camadas sociais que estejam disponíveis para interceder – Is. 59:16. b) Ao contrário do que a maioria dos cristãos pensam, Deus tem os intercessores em grande consideração – Jó 2:3, e conta com eles – Ez. 22:30. c) Jesus deu o exemplo maior da importância do intercessor – Jo. 17:20; Heb. 9:24. 2. O INTERCESSOR PRIVA-SE EM FAVOR DOS OUTROS a) Moisés privou-se da comunhão da sua família para estar 40 dias na presença de Deus, em jejum, no monte Sinai – Êx. 24:16-18. b) Jesus privou-se do seu emprego para estar 40 dias no deserto intercedendo pelos da sua nação, sabendo que para isso foi enviado (Jo. 3:17) c) Jesus privou-se da companhia dos seus discípulos para orar à parte, porque o peso da sua intercessão o angustiava e o entristecia até à morte (Mar. 14:32-35). 3. O INTERCESSOR É RECOMPENSADO POR DEUS
  • 17. a) Quando nos preocupamos e oramos pelos nossos amigos o Senhor recompensa-nos abundantemente, concedendo-nos até aquilo que não pedimos (Jó 42:10); b) Mesmo em situações de profunda crise a intercessão em favor dos outros traz grandíssima recompensa (Ester 4:14-17; 8:15-17). c) Daniel, orava três vezes ao dia. Era em deportado; estava longe dos seus em terra estranha; mas intercedia pela sua família e pelos seus concidadãos todos os dias. A recompensa veio de várias maneiras: Foi salvo da boca dos leões; tornou-se num príncipe e o chefe dos sábios; foi exaltado perante o rei e, por fim, foi agraciado com a presença de um anjo, fazendo dele um profeta escatológico (Dan. 10:2,3 e 11,12). Conclusão: Além das grandes vantagens que a intercessão traz à igreja, à família, ao país, e aos crentes em particular, o intercessor é contemplado com a graça e a misericórdia de Deus de forma abundante, traduzida em bênçãos materiais, tal como aconteceu com os servos de Deus no passado. O QUE É INTERCESSÃO? Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração ate a vitória na vida daquele por quem intercede. Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: “Orai uns pelos outros”. (Tg 5;16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela Nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro;Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério daintercessão. Intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros.Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste. Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer à terra o maiorderramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos. Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações. ETIMOLOGIA DA PALAVRA Etimologicamente,podemos considerar a palavra do hebraico, grego e português. É interessante estudarmos o significado das palavras nas línguas originais, porque em assim fazendo temos um entendimento melhor do que elas significam. Paga (hebraico) – Vem da raiz de uma palavra que significa ”colidir pela violência” . Paga, segundo a Concordância de Strong, quer dizer: “colidir, encontrar, por acidente ou violência, ou (figuradamente) pela importunação. Vir (entre), suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, interceder, pleitear, prostrar, encontrar com (juntos), suplicar, orar, alcançar, correr”. É esta palavra usada em Isaías 55:12;Jr7:16; 27:18; 36:25. O léxico Hebraico-Caldeu do Velho Testamento, de H.W.F. Gesenius, ressalta vários significados existentes na raiz da palavra. Destaca os: “Vir sobre ou contra, quer de propósito ou acidentalmente, quer violenta ou levemente; num bom
  • 18. sentido, assaltar alguém com petições, orações; instá-lo; encontrar-se com; alcançar alguém;fazer uma aliança com alguém...”. Interessantes são também as expressões: “ colocar-se na brecha”, para defender alguém ( Ez. 13:5; 22:30; Sl 106:23) e “ erguer um muro em torno de alguém” (Ez. 13:6;22:30). ENCONTRO E CONFRONTO A palavra hebraica, paga, para intercessão,tem dois aspectos: O primeiro é de luta, violência, choque e denota confronto.O outro, de encontro, colocar-se entre, orar, suplicar. Concluímos, pois, que a intercessão tem duas facetas: Uma de confronto e outra de encontro com o Rei. O homem não tem autoridade para confrontar o seu Criador.Vamos a Deus com uma atitude dequebrantamento e submissão.Contra quem, pois, se colide na intercessão? Contra o que se apõe aos planos de Deus na vida dos filhos dos homens. No sentido lato da palavra, interceder é enfrentar as forças opostas de satanás, colidindo contra elas, pela batalha espiritual, e colocar-se diante de Deus, firmado em Suas promessas, a fim de pleitear a causa dos outros; é um encontro com Deus e um confronto com satanás, a favor dos homens. INTERCEDER É COMBATER O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar: Por que combate naintercessão? Saiba que não é Deus Quem retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso problema. Absolutamente não! Ele não é o meu problema, é a fonte da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminho. Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antônio e o José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino. Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônio.Se ela ainda na está em suas mãos, aonde irá procura-la? Contra quem irá lutar? Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra José. Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o preço para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade.Tudo o que é de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo Jesus. Por que, então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora nós vamos brigar. É a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: “Se Cristo pagou o preço, seuatrevido,tira a mão de cima, porque eu vou entrar agora na batalha,na autoridade de Cristo Jesus” Este é um aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o inimigo chegar perto, ele vai ver que o justo é ousado como um leão. É a essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o intercessor de guerreiro de oração. O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do inimigo, como é feia.Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão, arregaça as mangas e vai à luta. Por que? Porque você já sabe que satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do Calvário há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta de dizer, “ tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um inimigo que já está derrotado”. Satanás nenhuma autoridade tem sobre você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se você nada lhe der, ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para lutar contra você; porém você as tem.Você tem armas poderosas em Deus para enfrentá-lo e vence-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito alto e faz a guerra com um pacote de mentiras, procurando trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de combate. Todavia, se você conhece as suas maquinações, e não lhe dá ouvidos, não se rebaixa para ouvi-lo, porque o lugar dele é debaixo dos seus pés, ele será para você um inimigo derrotado. Não se impressione com o rugir do inimigo. Faz muito barulho, ruge como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o Leão da tribo de Judá, e ele procura imita-lo, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do peregrino: quando
  • 19. ele chega para entrar no castelo, feliz depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo, porém, descobre que este está amarrado, não faz nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em nome de Jesus. INTERCEDER É CONFERENCIAR COM O REI O segundo aspecto a salientar na intercessão, é o encontro com o Rei, o colocarse diante do Pai Celeste, trazendo consigo os homens e a favor deles, chorando pelas suas necessidades e sendo canal para ao mesmo tempo levá-los a Deus e trazer Deus a eles. É aqui que recebemos a compaixão Divina em nosso espírito, e nos identificamos com Cristo em Seu amor e trabalho de alma pelos perdidos e Sua Igreja. Interceder é encontrar-se com Deus, descobrir o que está em Seu Coração, com respeito a determinada causa de alguém ou algo que é motivo da nossa intercessão, aliando-nos com Ele a fim de que Sua vontade se manifeste naquela situação. Do ponto de vista espiritual, interceder é simplesmente fluir com o Espírito Santo e ver com os olhos de Deus a situação na vida da igreja, dos homens e do mundo. A intercessão nos torna aliados de Deus para o cumprimento dos Seus propósitos aqui na Terra. Um dos sentidos mais belos das palavras estudadas, é: “Ser ouvido pelo rei, no lugar de outros”. Os ouvidos do rei estão inclinados para nós, e podemos chegar diante do Pai, como um servo chega diante do rei. Ele coloca ali a sua petição e fica esperando, até que o rei levante o seu cetro. E nós vamos entrar numa área de intercessão em que nos colocamos na presença do Rei Supremo até que Ele levante o Seu cetro. E na hora em que Ele o faz, está estabelecido. Como sei que Ele levantou o cetro? Dentro do meu espírito tenho o testemunho do Espírito de que está feito. Assim como as dores de parto vêm sobre a mãe e como a alegria do filho que nasceu invade seu coração, do mesmo modo há um gozo que brota no coração do intercessor, quando sua súplica é atendida. Como vem o peso, vem o gozo; como vêm as lágrimas, vem o riso, ambos colocados pelo Espírito Santo dentro do nosso espírito. Apóstola Valnice Milhomens Trecho do livro de sua autoria: “O poder da Intercessão” Verdadeira Intercessão de Dennis Downing Por isso disse que os destruiria, não houvesse Moisés, seu escolhido, ficado perante ele na brecha, para desviar a sua indignação, a fim de não os destruir. Salmo 106.23 ACF O que é a intercessão? É pedir algo a favor de alguém. É solicitar ajuda para um outro. É a obra de alguém que se coloca entre um que tem uma necessidade e aquele que pode supri-la. Algo que ignoramos às vezes é que não é necessário que aquele que tem a necessidade esteja ciente que o outro está intercedendo. Talvez seja uma obra maior, justamente a intercessão feita em prol daqueles que ignoram o perigo que correm e não sentem nenhuma necessidade de ajuda. Será que, no fundo, queremos algum reconhecimento por parte dos perdidos que, sim, precisam desesperadamente de ajuda? Será que sentimos a indiferença daqueles que não têm Cristo como uma rejeição da nossa ajuda em oração, em levar a Palavra, em convidá-los a uma atividade da igreja? E, será que isso dói em nós porque estão rejeitando a Cristo, ou porque estão nos ignorando?
  • 20. Verdadeira intercessão não requer reconhecimento. Um homem ou uma mulher, um povo ou uma nação inteira podem demonstrar total indiferença à ajuda que tanto precisam. Mas, se Deus nos chamou à missão de orarmos por eles, isso pode até ser a forma mais pura e santa de intercessão. Como teria sido se Moisés não tivesse ficado na brecha? Deus estava prestes a destruir uma nação inteira. O povo escolhido de Deus seria aniquilado. Talvez teria havido uma Raabe, mas, não haveria nenhum Boaz. Poderia ainda haver uma Rute, mas não haveria um Obede, nem Jessé, nem Davi. A questão não é somente quem escreveria os Salmos, mas, quem receberia a promessa do trono e a linhagem do Messias? Deus mandou Moisés não interferir. Ele até prometeu a Moisés um povo melhor, mais forte e numeroso no lugar de Israel. Mas, Moisés pediu que Deus cedesse e não destruísse aquele povo. Por que ele intercedeu por um povo rebelde, pecaminoso e de dura cerviz? Por que ele pediu a Deus que ele os poupasse? O povo não demonstrou a menor preocupação para com sua própria salvação. Por que Moisés se importou? É difícil compreender porque Moisés intercederia por um povo que nem compartilhava sua preocupação nem desejava sua ajuda. Mas, não fosse a intercessão de um homem, uma nação inteira teria sido destruída. Um povo inteiro foi poupado pela oração de um único homem. Talvez é por isso que chamamos de “ficar na brecha”. A brecha está lá porque não há quem a preencha. E, muitas vezes, basta apenas um para fazê-lo. Diferente do soldado, aquele que fica na brecha em oração não arrisca sua vida, contudo, arrisca-se a perder aquilo para o qual ele deu sua vida. Moisés aceitou aquele risco. Jesus também o aceitou. Será que nós faremos o mesmo? E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. - Lucas 23.34 Pai, eu lhe agradeço que, enquanto eu ainda era um despreocupado, ignorante pecador, alguém estava orando por mim. Eu lhe agradeço pela intercessão dos meus pais. Hoje, agradeço-lhe especialmente pelas orações daqueles que se preocuparam comigo, nunca sabendo se eu ia responder, ou não. E, sobretudo, agradeço-lhe por Jesus, que ficou na brecha por mim, não somente na oração, mas com a sua vida. Eu também quero interceder por outros, seja qual for o resultado. Amém. intercessão é uma responsabilidade do cristão. Devemos compreendê-la profundamente e o livro de Daniel é uma ferramenta fundamental que nos ensina com detalhes esta tarefa que nos cabe. Interceder 1. Pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo) . 1. Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio, vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria; ingerir-se. 2. Interpor a sua autoridade, ou os seus bons ofícios, ou a sua diligência. 3. Ser ou estar presente; assistir. 4. Ocorrer incidentemente; sobrevir: 2 5. Tomar parte voluntariamente, meter-se de permeio, em discussão, conflito, etc.: & Contexto
  • 21. O estudo está no livro de Daniel! Tudo o que precisamos está ali. Daniel era príncipe do seu povo, somos príncipes e sacerdotes do reino de Jesus Cristo. Daniel estava no exílio da Babilonia, mas era judeu, assim como estamos no mundo, mas não pertencemos a este mundo. Bases da intercessão Condição Santificação Estratégia capacitação revelação oração Estas bases são essenciais para a intercessão e devemos buscá-las para que obtenhamos o resultado esperado, não necessariamente o nosso, contudo principalmente o de Deus. Nenhuma delas pode faltar. Devemos buscá-las em Deus para cada objetivo de intercessão. Tenhamos em mente que não poderemos ir para o campo de batalha sem preparação. Podemos ver isso até em filmes como o Robin Hood, ele treinou bastardos para vencer o rei. Sem preparação não chegamos a lugar nenhum. Por isso preparemo-nos para a batalha através das 4 primeiras bases, que são: Condição, Santificação, Estratégia e Capacitação. Fase de preparação Condição Nem todos podem ser intercessores, pois Deus mesmo incomoda aqueles que Ele escolheu. Em Daniel o rei Aspenaz escolhe sábios entre o povo cativo, para ajudar na sua administração, e acaba nos dando uma lista da condição de um bom intercessor: DN 1:3 - E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, DN 1:4 - Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciências, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. Santificação Mesmo Daniel sendo escolhido de acordo com a condição, ele sabia que sua força não estava no seu conhecimento ou braão, mas no Senhor dos Exercítos, por isso decidiu não se contaminar com a comida do rei. Isso significa que devemos nos separar da contaminação do mundo, da sua facilidade, pois se tivermos "rabo preso" como poderemos interceder? DN 1:8 - E Daniel propõem no seu coração não se contaminar com a porção o das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. A santificação para a intercessão pode ser comparada ao ato do sacerdote de se lavar com água, antes de iniciar seus trabalhos. A água representa a palavra de Deus. Devemos nos encher da Palavra para que possamos tirar de
  • 22. não impurezas que nos prejudiquem não só para intercessão mas para a nossa vida. Estratégia Isso é muito importante. Sejamos simples como a pomba e prudentes como a serpente. MT 10:16 - Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Não podemos lutar sem armas, sem estratégia. Quando escolhemos nos santificar, é certo que muitas coisas aparecerão para nos atrapalhar, e não poderemos perder tempo com isso. Solicitemos a Deus uma estratégia para nos mantermos santificados a quaisquer custos, nos livrando do esquema mundano. DN 1:9 - Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. DN 1:10 - E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei. DN 1:11 - Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituÃdo sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: DN 1:12 - Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber. DN 1:13 - Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos. DN 1:14 - E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias. DN 1:15 - E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei. A estratégia também fará parte da oração de intercessão, mas esta deve ser buscada através da revelação dada por Deus, pois aà já estaremos em batalha. Capacitação Após obtermos a estratégia de santificação temos que nos capacitar para a intercessão. Não sabemos, por exemplo, o quanto de santificação será necessário para aquela situação. A nossa vontade inicial é de sair orando, expulsando tudo que vier pela frente. Não é assim que funciona. Daniel ficou ainda 3 anos até ser apresentado ao rei. Jesus mesmo disse que certas castas de demônios só poderão ser expulsas com oração e jejum. MT 17:21 - Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum De acordo com a estratégias, poderia¡ ou deveria ser feito um jejum. DN 9:3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e suplicas, com jejum, e saco e cinza. Revelação Devemos repetir os passos anteriores até que cheguemos naturalmente na revelação. Para isso irmão, entendamos que revelação é ao mesmo tempo um processo e um resultado. Se uma revelação é parcial, ela não deve ser usada. Uma revelação tem de ser provada, principalmente pela Palavra de Deus. Peçamos confirmação a Deus, para que não sejamos confundidos pelo diabo, pois ele pode se disfarçar. Afinal, se nossa causa é justa, o diabo será incomodado, qual seria a estratégias do inimigo? 1JO 4:1 - AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque jaz muitos falsos
  • 23. profetas se levantado no mundo. Se a revelação não está completa ela ainda é um processo e não um resultado, devemos continuar, perseverar até termos algo revelado e confirmado. Tudo isso deve ser regado com muita oração, santificação através da palavra de Deus e diligência. Estude o capítulo 2 de Daniel. Oração Agora chega a hora da batalha. Munidos de nossa arma, a Palavra de Deus revelada pelo Espírito Santo, santificados por ela, estrategicamente posicionados diante de Deus, É chegada a hora de nos apresentarmos para a batalha. Irmão isto mesmo uma batalha será travada, um bom combate, um combate que a vitória é certa, pois o inimigo já estará vencido, pois se Deus revelou o que se encontra por trás da situação, já revelou a confirmação através da Bíblia, só nos resta pedir que venha o Reino de Deus sobre aquela situação. Normalmente existe pecado que deve ser retirado, pela misericórdia de Deus. Veja em Daniel um completo exemplo de oração intercessora no capítulo 9. Ele se coloca em oração em primeira pessoa do plural. Ele pede perdão pelo povo, mas se coloca como pecador, cometedor do mesmo pecado do povo. Mesmo que ele não tenha feito, ele se coloca na brecha, ele se arrepende de algo que pode não ter feito, ele se coloca no mesmo lugar. Você já¡ ouviu isso antes? Jesus se colocou no nosso lugar, e intercede por não. Interceder por outros é a mesma coisa. Por isso irmãos, não podemos fazê-lo que qualquer jeito, se não sofreremos as mesmas conseqüências.. E uma vez que definimos de que lados não estamos, não poderemos mais "marcar bobeira". Não poderemos mais ir ao estádio, num jogo do Corinthians, com a camisa do Palmeiras, senão apanharemos de verde e amarelo. Olha, sou testemunha do que aconteceu com a empresa onde trabalho, muita coisa mudou. As movimentações que Deus fez foram incríveis, sem falar nas conversas.. Por isso interceder é preciso. Vamos lutar por uma família melhor, uma igreja melhor, um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado melhor, um país melhor e um mundo melhor. Ministério da Intercessão "Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30 "Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens..." - I Tm 2:1 Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de nós tem praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão. Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de
  • 24. destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance... Interceder é gastar horas a sós na presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de alma espiritual que traz à luz filhos espirituais. Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus desígnios para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte, novamente Moisés intercedeu com profundidade de alma: "Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado destas intercessões de Moisés dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse." O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 - Lc 22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus gastou apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil anos "está à direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25). Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo. A oração no Monte precedeu aos Dez Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de Tarso, que veio a ser o grande Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60). A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos. Em Isaías 59:16 já estava previsto que o Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar filhos espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos". Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o filho lhe foi dado por Deus (I Sm 1:9-18). David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários índios peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna onde procurava se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu um fenômeno: - milhares de índios se converteram por toda parte! Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos juntos ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e Compositor, autor de mais de 1500 hinos! João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da Igreja Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários pregadores já haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais uma chance para aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir, Joãozinho se apresentou e foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata e, em agonia de alma, orava, mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes lá em Bridlington que tu vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca mais terei coragem de lhes mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou: "Filey está conquistada! Filey está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas: "Voltai-vos para o Senhor e buscai a salvação". Milhares se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J.
  • 25. Smith. John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas intercessões pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração. Passou, então, a solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se converteram na Índia. Na sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com tamanha intensidade de alma, que uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao seu lado, porque um calor muito forte encheu todo o aposento... No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões, almas se convertem. Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus Irado". O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em santidade e majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das colunas do templo clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith. A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos. Não há fórmulas, métodos, ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores, do que a fervorosa intercessão. A igreja precisa entrar em parto de alma para gerar os seus filhos espirituais. Combate espiritual pela intercessão Combate é a atitude de fazer guerra contra. Quando estamos envolvidos na oração há um aumento de combate. Quando oramos qualquer tipo de oração, num certo sentido estamos fazendo guerra contra satanás. A Intercessão pode ser definida como um combate espiritual – disso fala Efésios 6:10-18 – “fortalecei no Senhor” quer dizer: adquira força espiritual. Temos a obrigação de nos preparar para o combate. Precisamos entender tudo quanto pudermos sobre o inimigo. Nenhum general vai a batalha sem conhecer as estratégias do seu inimigo. 1 – Conhecendo o nosso inimigo 1.1 – Satanás é uma pessoa real e não apenas um conceito do mal (Jó 1:6). - Ele é referido com pronomes pessoais, como um ser vivo (Lucas 11:18); - Ele tem um reino
  • 26. - Ele conversa (Mateus 4:7-9); - Move-se por todo lugar (Marcos 4:14-15) - Ele tem corpo (Zacarias 3:1-2) 1.2 – Satanás tem objetivo real (Efésios 6:11). A palavra ciladas vem de uma palavra grega que dá origem à nossa palavra métodos. Ele tem métodos de destruição da igreja. II Coríntios 2:11 diz que “não lhe ignoramos os seus desígnios”. A palavra do grego noeme, quer dizer pensamentos, propósitos, desejos. Quais os objetivos de Satanás? - Procura causar dúvida e incredulidade – Gênesis 3:4-5 - Confusão – Lucas 22:31; II Coríntios 12:7 - Divisão e contenda – I Coríntios 3:1-4 - Tentação – I Coríntios 7:5; I Tessalonicenses 3:4-5 - Erro doutrinário – II Coríntios 11:14-15; I Timóteo 4:1 - Dificuldades – Lucas 13:16; I Tessalonicenses 2:18 - Mente dúbia – II Coríntios 11:2-3 (vida mental). 2 – Conhecendo o exército organizado de Satanás - Satanás tem um exército bem organizado – Efésios 6:12; Daniel 10:12-13 - Tem soldados reais - Tem líderes bem treinados - Tem jurisdições bem estabelecidas - Tem poder real – II Tessalonicenses 2:9 Satanás é real, mas temos poder sobre ele. Podemos falar diretamente, em voz alta e com autoridade. Ele se aproxima com muita sutileza. Ele vem secretamente, envia o seu poder demoníaco para nos influenciar a sair do caminho, mas, não ignorando os seus objetivos, na autoridade de Jesus, desmascaremos os seus objetivos. 3 – Conhecendo o nosso armamento Armamento: são todas as armas tomadas coletivamente, qualquer instrumento de combate, qualquer meio usado para conseguir vantagem sobre outro. Nosso armamento. - Nosso armamento – II Coríntios 10:3-5 - Nosso propósito: Libertar pessoas – Mateus 2:9. - Nossas armas: A Palavra de Deus – A revelação total de Deus O Sangue do Cordeiro - Apocalipse 12:10-11 O testemunho dos santos – Apocalipse 12:10-11 – Uma confissão vitoriosa proclama derrota a Satanás – Filipenses 4:13 “...estou pronto para qualquer coisa e equipado para tudo, através de Cristo que me infunde força interior, isto é, eu sou todo suficiente na suficiência de Cristo.” (v. ampliada). - As orações dos santos - O Nome de Jesus – Mateus 28:18; João 14:12-14 - A habitação do Espírito Santo – Lucas 24:49 - O Evangelho de Jesus Cristo – Romanos 1:16 - O Evangelho trará derrota total a Satanás – Apocalipse 11:15 4 – Conhecendo o nosso destino Temos um destino eterno. A igreja é a eterna companheira de Jesus destinada a partilhar do Seu trono. Estamos sendo treinados a reinar, uma coroa nos está reservada – II Timóteo 4:8 e coroa é símbolo de
  • 27. autoridade. Deus prepara os intercessores para grandes coisas. Alguns fatos sobre a nossa herança: - Deus criou todas as coisas, portando, Seu reino inclui toda a criação – Salmo 103:19 - Jesus é o primogênito, portando, herdeiro legal do trono e da criação de Deus. - Cada crente é filho de Deus por adoção com os mesmos direitos legais que Jesus tem. Quando recebemos a Cristo nos tornamos herdeiros – Romanos 8:15-17; Apocalipse 21:7. - A Bíblia provê muitos textos que provam este conceito: Mateus 25:35; Daniel 7:8; Gálatas 6:4-7; Tito 3:5; Tiago 2:5. Nosso destino futuro depende da nossa lealdade presente “Nós, redimidos dentre a humanidade nos constituímos a eterna companheira de Jesus. Sua noiva. Essa companheira deverá compartilhar do trono do universo com seu amado e Senhor”. Ela precisa ser treinada para sua função de rainha afim de que aprenda as técnicas de vitória através da oração”. ntercessão A Oração Eficaz De início quero citar o seguinte acontecimento, que ilustra muito bem a oração eficaz: Em um país do ex-bloco comunista o prefeito de uma pequena cidade lançava olhares invejosos em direção a um centro cristão de reabilitação. Ele espalhou calúnias para prejudicar os cristãos e para atrair medidas restritivas do Estado contra os cristãos. Ele teve sucesso? Sim, o trabalho e o raio de ação do centro de reabilitação foram reduzidos. Ele publicou resoluções que prejudicaram o centro. Ele tinha a esperança do centro ser fechado algum dia e esperava que nessa ocasião fosse receber toda a propriedade para fazer dela um asilo estatal. Será que com isso ele não iria conseguir muitos elogios da direção do Partido Comunista? Sem dúvida, mas tratava-se de um caso de evidente injustiça! O que um cristão deve fazer em uma situação dessas? Ele deve organizar uma manifestação? Deve enviar uma carta de protesto ao redator-chefe do jornal local criticando a injustiça cometida? Ou será que ele deve resistir ao cumprimento das restrições? Ou será que ele deve ocupar a prefeitura acompanhado de seus colaboradores e não sair dali até que tudo tenha sido resolvido a seu contento? Não se precisa de muita fantasia para imaginar onde esse comportamento teria conduzido os cristãos em um país comunista. Mas como foi que aqueles cristãos dominaram a situação? Eles aceitaram as restrições sem reclamar. E eles começaram a orar. O diretor do centro passou uma noite inteira em oração... e não tomou outra iniciativa qualquer, mas simplesmente confiou na proteção do Senhor. Mas eis que uma série de fatos incomuns começou a acontecer. Um farmacêutico comunista da cidade ficou irritado com o prefeito e fez queixa em instâncias superiores argumentando que as restrições impostas ao centro de reabilitarão eram infundadas. Operários da fábrica local se desentenderam com o prefeito e declararam inválida sua assinatura na resolução. Alguns dias depois, o prefeito apareceu no centro de reabilitação, pediu desculpas pelos transtornos e ao mesmo tempo suspendeu todas as restrições que havia imposto. Nesse acontecimento, a luta espiritual, a estratégia espiritual, as armas espirituais e a vitória espiritual tomaram forma concreta. ("In Bildern reden", Heinz Schäfer) Todo verdadeiro filho de Deus anseia orar de maneira eficaz. Quais são as condições para isso? Em Tiago
  • 28. 5.16-17 somos conclamados: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu." Justiça isolada não basta. "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo..." O pré-requisito para que Deus nos ouça é sermos justos, e temos essa justiça única e exclusivamente em Jesus Cristo. Justiça significa viver e agir exatamente da maneira que Deus aprova. Jesus Cristo foi a única pessoa sobre a terra que andou de modo tão perfeito nos caminhos do Senhor que Deus pôde lhe dar Sua plena aprovação. A justiça, assim como a Bíblia a entende, é concedida a todos os que crêem no Senhor Jesus: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). A Bíblia fala de Abraão e diz que ele creu em Deus e que isso lhe foi imputado como justiça (Tg 2.23). Essa justiça de Abraão mostrou seus frutos na maneira de viver de Abraão. Ela trouxe resultados; não era estática, mas muito dinâmica. E nós sabemos que as orações de Abraão foram atendidas pelo Senhor. Igualmente a justiça que nós temos através de Jesus precisa ter conseqüências em nossa vida para que o Senhor possa ouvir as nossas orações. É uma justiça que se torna ativa. Se a justiça que Jesus nos proporciona não se refletir em nossa vida prática, nossas orações ficarão sem poder. "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos..." (A Bíblia Viva). Isso não significa nada mais do que a justiça que Jesus nos dá produzindo seus frutos e resultados maravilhosos na prática. A oração do justo tem conexão com fervor e seriedade; ela não é um ato isolado. E orar com fervor é uma das coisas que têm sua origem na justiça que recebemos através de Jesus! Justiça dinâmica – oração que pode ser atendida "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos". Isso significa que, por um lado, a oração do justo tem que ser eficaz, mas também que existem orações que não têm efeito – e isso pode acontecer mesmo depois de já termos sido justificados por Jesus. O que realmente faz parte da oração eficaz de um justo? 1. Disposição fraternal de perdoar "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados" (Tg 5.16a). Essa afirmação está intimamente ligada com a frase: "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos." Uma oração só pode ser fervorosa quando também existe fervor e sinceridade nos relacionamentos entre os irmãos em Cristo. Talvez muitas orações não sejam atendidas pelo Senhor porque existe discórdia entre os irmãos, porque se guarda rancor no coração e porque não existe disposição de perdoar o próximo e de confessar os pecados uns aos outros. Quando a Bíblia nos exorta e diz: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros...", geralmente existe culpa em ambos os lados, por ambos terem se tornado culpados dentro de um relacionamento. E isso deve ser consertado por ambas as partes envolvidas, com as duas pessoas buscando o diálogo, confessando os pecados e voltando a orar uma pela outra. A Bíblia ensina: "E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso