2. “O currículo é lugar, espaço, território.
O currículo é relação de poder.
O currículo é trajetória, viagem, percurso.
O currículo é autobiografia, nossa vida, currículum vitae:
no currículo se forja a nossa identidade.
O currículo é texto, discurso, documento.
O currículo é documento de identidade”
(Tomaz Tadeu da Silva, 2004)
3. CURRICULUM =
ORIGEM E ABRANGÊNCIA
CURSO, PERCURSO,
ATO DE CORRER
(modo e forma de fazer)
(vem do latim)
4. Por que as escolas foram criadas?
Em que época da história da humanidade?
Quando se inicia (idade)a ida à escola?
Quem deve ir a escola?
O que se faz na escola?
Quanto tempo ficamos (dias, anos) na escola?
O que fazemos na escola?
O que acontece se uma criança não vai à escola?
O que aconteceria com a sociedade se não houvesse
escola?
O que significa respeito à diferença na escola?
O que acontece se um aluno não alcança as expectativas
colocadas pela escola?
Escola tem relação com indústria/mercado? Por quê?
7. CARACTERÍSTICAS
Ensino humanístico de cultura geral
Centra-se na essência do intelecto, no
conhecimento; homem constituído por
uma essência imutável
Ensino de caráter verbalista, autoritário e
inibidor da participação do aluno
Conteúdos enciclopédicos,
descontextualizados
Valorização do conteúdo, do aspecto
intelectual, da disciplina
TRADICIONAIS
8. 6. Educação centrada no professor, que
deve dominar os conteúdos
Ensinar é repassar conhecimentos
Aprendizagem é modificação de
desempenho
Ensino é processo de condicionamento /
reforço da resposta, através da mecanização
do processo
Behaviorismo, comportamentalismo,
ambientalismo
TRADICIONAIS
9. Não há preocupação com os processos de
aprendizagem, mas com o resultado e
produto desejado
Criança / aluno: capacidade de assimilação
igual a de adulto, porém menos
desenvolvida
A aprendizagem é receptiva, mecânica, sem
considerar as
O aluno/a é educado/a atingir pelo próprio
esforço sua plena realização pessoal
(competitividade)
Busca-se a eficiência, eficácia, qualidade,
racionalidade, produtividade na escola, que
deve funcionar como uma empresa
TRADICIONAIS
10. ESCOLA: realizar a preparação moral e
intelectual dos indivíduos para assumirem
seu lugar na sociedade de trabalho (e de
consumo). Preocupação com
aprendizagem, notas, mensuração.
CONTEÚDO: conhecimentos verdadeiros
acumulados pela sociedade.
AVALIAÇÃO: aspectos quantitativos,
memorização, produtividade.
PROFESSOR: centro do saber, relação
autoritária, técnica e disciplina.
ALUNO: tábula rasa, passivo
TRADICIONAIS
13. Concepção de sociedade
• a sociedade é dividida em classes antagônicas
que sob a forma de luta de classes opõe
burguesia ao proletariado
• é uma luta que se trava nas relações de
produção, que são relações de exploração
• discute que a educação é um instrumento de
discriminação social, na medida que reforça e
legitima a marginalização cultural escolar
• escola cumpre seu papel no processo de
reprodução do capitalismo
CRÍTICAS
14. 1) Violência simbólica: os grupos e classes
dominantes controlam os significados
culturalmente legítimos e socialmente
mais valorizados. capital cultural
(Bourdieu)
2) Aparelhos Repressivos do Estado:
polícia, tribunais, prisões...
3) Aparelhos Ideológicos do estado
igreja, escola, mídia...
Conceitos
CRÍTICAS
15. A escola é dividida em duas grandes
redes
Rede PP= primário =profissional, destinada aos
trabalhadores;
Rede SS = secundário superior, destinada à burguesia
Corresponde à divisão na sociedade capitalista; explicita os
mecanismos de funcionamento da escola capitalista e
como esta se constitui; põe em evidência o
comprometimento da educação com os interesses da
classe dominante
16. CARACTERÍSTICAS
1. Crítica aos processos de convencimento,
adaptação e repressão da hegemonia
dominante
2. Contraposição ao empiricismo e ao
pragmatismo das teorias tradicionais
3. Crítica à razão iluminista e racionalidade
técnica
4. Crítica à escola como reprodutora da
hegemonia dominante e das
desigualdades sociais. (Michael Apple)
17. Escola Francesa: teoria da reprodução
cultural - “capital cultural”. o currículo da
escola está baseado na cultura e na
linguagem dominante, transmitido através
do código cultural (Bourdieu e Passeron)
Escola de Frankfurt : crítica à racionalidade
técnica da escola “pedagogia da
possibilidade”- da resistência: currículo
como emancipação e libertação (Giroux e
Freire)
18. Currículo oculto = crítica à reprodução não
expressa no currículo oficial, mas
manifestada pelas relações sociais na e da
escola
Currículo como conjunto das atividades
nucleares da escola – recuperação da
especificidade da função social da escola e
do papel do conteúdo historicamente
sistematizado e construído pelo conjunto
da humanidade.
19. Escola: Espaço socializador dos conhecimentos e
saberes universais; local de articulação entre o
ato político e o ato pedagógico
Conteúdo: conteúdos culturais universais que são
incorporados pela humanidade frente à
realidade social
Avaliação: meio de obter informações sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica, para a
reformulação /intervenção dessa prática e dos
processos de aprendizagem
Professor-aluno: relação interativa, ambos são
sujeitos ativos na caminhada da aprendizagem.
Aluno é participante ativo.
22. Contexto das
Teorias pós- críticas
Movimento intelectual que proclama que estamos
vivendo uma nova época histórica=a pós-
modernidade
Não representa uma teoria coerente, unificada,
mas um conjunto variado de perspectivas,
abrangendo uma diversidade de campos
políticos, estéticos, epistemológicos
23. EM TERMOS SOCIAIS
Tem como referência uma oposição ou transição
entre a modernidade
( iniciada com a renascença e consolidada com o
iluminismo)
e a pós-modernidade
( iniciada em algum ponto da metade do século
xx)
24. IDÉIAS DE RAZÃO, CIÊNCIA,
RACIONALIDADE, PROGRESSO
CONSTANTE,
Estão intimamente ligadas ao tipo de sociedade
que se desenvolveu nos séculos seguintes
Não estabelecerem um sociedade perfeita do
sonho iluminista
Pesadelo de uma sociedade totalitária,
burocraticamente organizada
25. Com Lacan e Freud ,
o sujeito é fundamentalmente fragmentado
e não é o centro das ações sociais.
Ele não pensa, não produz,
ele é pensado, e produzido
ele é dirigido a partir do exterior, pelas
estruturas,
pelas instituições, pelo discurso
Privilegia a mestiçagem, o hibridismo, de
culturas e estilos de vida
26. Ideia de “mudança de paradigmas”
Crítica aos padrões considerados “rígidos” da
modernidade
Rompimento à lógica, positivista,
tecnocrática e racionalista.
Tentativa de dar voz aos subalternos
excluídos de uma sistema totalizante e
padronizado
Superação das verdades absolutas
27. O currículo existente é
linear, sequencial, estático;
sua epistemologia é realista e objetivista;
é disciplinar e fragmentado, rigidamente separado
entre o conhecimento científico
e o conhecimento do cotidiano,
segue fielmente as grandes narrativas das ciências,
tomadas como verdades.
28. As teorias pós-críticas
desconfiam profundamente dos impulsos
emancipadores e libertadores da teoria crítica,
que se fundamenta na vontade de domínio e
controle da epistemologia moderna.
Se constituem um ataque à própria ideia de
educação.
Enfatizam a indeterminação, a incerteza no
conhecimento
Os significados são culturais e socialmente
produzidos, envoltos em relações de poder
Questionamento de significados “transcedentais”
ligados à religião, política, ciência...
buscando onde, quando, por quem foram
inventados
29. DESCONTRUÇÃO DOS BINARISMOS QUE
CONSTITUEM O CONHECIMENTO
MACHO / FÊMEA;
BRANCO / NEGRO;
CIENTÍFICO / NÃO CIENTÍFICO
Discussão das atuais e rígidas separações
curriculares
entre as diversas
áreas do conhecimento.
30. CURRÍCULO COMO DISCURSO
Não toma a realidade tal como ela é e sim
como o que os discursos sobre elas dizem
como ela deveria ser: representações
A realidade não pode ser concebida fora dos
processos linguisticos de significação e
relações de poder
31. O que as
Teorias Pós- Criticas não respondem?
FRAGMENTAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
RELATIVIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS
PRIMAZIA DA AMBIGUIDADE E DA INDETERMINAÇÃO –
INSUFICIENTE PARA SE CAPTAR O REAL
HIBRIDISMO DE CONCEPÇÕES RELATIVIZAM AS
POSSIBILIDADES DE COMPREENDER O REAL EM SUA
TOTALIDADE
NÃO HÁ O REAL PARA SE FAZER A CRITICA
NÃO HÁ CONHECIMENTO PARA SER SISTEMATIZADO
INSUFICIENTE PARA SER “TRANSFORMADOR”
PODE CONTRADITORIAMENTE SER EMANCIPADOR E
REACIONÁRIO.