O documento discute as relações entre mídia e educação física escolar. Apresenta como a mídia influencia a cultura corporal e como a educação física pode utilizar recursos midiáticos de forma crítica, como vídeos e games, para complementar o ensino. Também aborda como a mídia espetaculariza o esporte e como isso impacta os alunos.
Mídia e Educação Física:Desmistificação Associativa
1. Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Departamento de Educação Física e Desportos
Prof. Ms. Adda Daniela Lima Figueiredo
Educação, Comunicação e mídia
Acadêmicos: Alef Sartorato, Adriano Rodrigues,
André Lopes, Giselle Martins e Vinicius Ramos.
Mídia e Educação Física:
Desmistificação Associativa
Goiânia,
2013
3. “Sou licenciado e mestre em Educação Física, doutor
em Filosofia da Educação e livre-docente em
Metodologia da Pesquisa em Educação Física.
Trabalho na Universidade Estadual Paulista (Unesp)
desde 1986, primeiro no campus de Rio Claro, e
atualmente no Departamento de Educação Física da
Faculdade de Ciências-Bauru. Também sou docente e
orientador no Programa de Pós-Graduação em
Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Unesp de Presidente Prudente.”
Artigos adjacentes:
“O impacto da mídia e das novas tecnologias de
comunicação na educação física.” (Vani M. Kenski –
Professora da Unicamp)
“Natureza, tecnologia e esporte: novos rumos.”
(Alcyane Marinho – Professora da Unesp)
4. Cultura corporal de movimento e mídia.
A escola e as mídias.
O esporte espetáculo.
O papel da educação física.
O uso da televisão e dos recursos de vídeo na aula
de educação física.
Os games e sua aplicabilidade nas aulas.
5. A mídia é um fenômeno importante na cultura
corporal de movimento.
O aparecimento de práticas física e conscientização
da importância dos hábitos saudáveis ganha
ressignificação quando começa a aparecer em
lugares incomuns.
Por haver esse divulgação massificada dos
elementos dos esportes, muitas vezes os alunos
acabam conhecendo um número maior de
elementos dessa cultura corporal que os próprios
professores.
CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO E MÍDIA
8. A ESCOLA E AS MÍDIAS
“Vivemos num mundo crescentemente informado:
somos bombardeados diariamente por milhares de
imagens, palavras e sons produzidos pelas mídias.
Fala-se mesmo no nascimento de uma nova
cultura: a cultura das mídias.” (Santaella, 1996)
Constroem uma interpretação do mundo.
Na era da informatização,
“cada indivíduo se torna uma esfera receptora auto-
suficiente (...) o mundo torna-se um vasto self-
servisse.” (Babin e Kouloumdjian, 1989)
9. Segundo Ferris (1996), a escola deve realizar uma
educação que instigue a reflexão crítica do conteúdo
vinculado pela televisão. Propõe que a escola:
Eduque no meio (funcionamento técnico do meio).
Ofereça orientação (para gerar autonomia).
Ofereça recursos para a analise crítica.
Eduque com o meio (deve incorporar o audiovisual
dentro da sala de aula para otimizar o processo).
Para Babin e Kouloumdjian (1989), a escola deve
primordialmente construir o saber e não adquirir caráter
de meramente apresentar recursos tecnológicos e
técnicos, deve-se pensar nela enquanto efetividade. A
escola é um lugar de reflexão coletiva, então é
importante exercitar essa reflexão e enfatizar as
conexões e comunicações coletivas.
10. Segundo ele o professor deve exercer papel de
mediador entra as mídias e os alunos não se
posicionando negativamente ou
preconceituosamente perante as mídias e sim se
vangloriando delas para otimizar as aulas sem abrir
mão da qualidade. Deve ele também refletir
criticamente sobre o que é superficial, irreal e
manipulador.
De priori a televisão causa um impacto emocional
que envolve os sentidos pois esse mesmo é seu
papel inicial. Porém, o professor deve ensinar o
aluno a como chegar a uma segunda fase de
interpretação onde se deixa os sentimentos de lado
e se olha com criticidade.
11. O ESPORTE ESPETÁCULO
Betti cita Ferrés (1996), “Como in-formar é dar
forma, formalizar, construir uma realidade a partir de
alguns códigos; é uma forma de ordenar o caos,
organizar ou estruturar elementos dispersos
procedentes do meio ambiente, segundo criterios”
(pg. 126)
A forma predominante que apresenta a cultura
corporal na mídia é a espetacularização.
O esporte telespetáculo. (Betti, 1998)
Como se apresenta o esporte é mais importante do
que o que se apresenta.
12. A falação esportiva (Eco, 1984), vulgariza o papel do
esporte dizendo que ele é em sua concepção
esforço máximo, busca da vitória, dinheiro,
campeões, sucesso na vida ...
Descontextualiza o fenômeno esportivo em sua
plenitude.
Artista esportivo. (Se promove pela mídia)
“Vídeo 2”
13. O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA.
A mídia influencia a forma e o significado da prática
esportiva das crianças e jovens fazendo com que
surjam novas práticas corporais.
Cultura corporal de movimento contemporânea.
Após a promulgação da nova LDB, a educação física escolar
se restringe primordialmente a duas óticas:
Compensatória/terapêuticas.
Esportivização.
Os objetivos podem ser atingidos de modo auto
gerenciado ou em contextos informais.
14. Superou-se esse modelo piramidal (Betti, 1991),
quando começou a se discutir uma concepção
crítica para a educação física onde o
desenvolvimento do aluno seria integral
(biopsicossocial e afetivo).
Há receio quanto a aplicabilidade das teorias
críticas na educação física, pois como os mais
tradicionais dizem que isto irá descaracteriza-la
enquanto disciplina “prática”.
Betti (1994) advertiu que a educação física não
deve se tornar um discurso sobre a cultura corporal
e sim uma aplicação da mesma no ambiente
escolar.
15. A TV E OS RECURSOS ASSOCIATIVOS NA AULA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Com base em Morán (1995) Betti sugere o uso da
TV/Vídeo no ensino da educação física podendo
atender um ou mais dos seguintes objetivos:
Vídeo como sensibilização: desperta curiosidade e
motivação para novas praticas.
Vídeo como ilustração: serve como forma de mostrar o
que se fala na aula. Demonstra algo desconhecido e
talvez até surreal para o aluno.
Vídeo como conteúdo: mostra um assunto de forma
direta ou indireta.
16. Kinect (Xbox 360 e One – Microsoft) – Move (
Playstation 3 e 4), DDR (Playstation 2) e Nintendo Wii
além dos games interativos para PC.
Os games ganham a mesma significação de qualquer
modalidade nele vivenciada.
Pode servir como forma de demonstração,
conhecimento da parte técnica aplicada a
modalidade.
Utilização do game simplesmente como forma lúdica
de abordagem.
Proponho a aplicabilidade dos games enquanto
prescrição de treinamentos específicos tratando
destes enquanto uma modalidade.
OS GAMES E SUA APLICABILIDADE NAS AULAS
17. Betti, Mauro. Mídias: Aliadas ou Inimigas da Educação Física Escolar ?.
Revista Motriz
(http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/07n2/Betti.pdf), Julho 2001.
KENSKI, Vani M. O impacto da mídia e das novas tecnologias de
comunicação na educação física, Revista
Motriz(http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/01n2/1_2_Vani.pdf), Dezembro
1995.
Imagem 1: Fonte:
http://www.toledo.br/export/sites/unitoledo/img/noticia/2012/semana_educacao_p
alestra_mauro_capa.jpg, pesquisa realizada no dia 11 de dezembro de 2013 às
22 hrs e 50 min.
Imagem 2: Fonte:
http://2.bp.blogspot.com/-zL-QhM0VULY/ULUsY-
yn9xI/AAAAAAABCP0/fFGBS6JzjQ8/s400/wheaties%2B2.jpg, pesquisa
realizada no dia 11 de dezembro de 2013 às 22 hrs e 50 min.
Imagem 3:Fonte:
http://blogs.cicbh.com.br/saude/files/2011/11/sEMANA-CONTRA-A-FOME-E-O-
DESPERD%C3%8DCIO-086.jpg, pesquisa realizada no dia 11 de dezembro de
2013 às 22 hrs e 52 min.
REFERÊNCIAS
18. Imagem 5: Fonte (http://www.arpoadorcosmeticos.com.br/blog_arp/wp-
content/uploads/2013/03/video-game.jpg) ), pesquisa realizada no dia 11
de dezembro de 2013 às 22 hrs e 43 min.
Vídeo 2: Fonte (https://www.youtube.com/watch?v=GvvCBAPanOA&hd=1),
pesquisa realizada no dia 11 de dezembro de 2013 às 22 hrs e 54 min.
Vídeo 3: Fonte (https://www.youtube.com/watch?v=XzEAj5nBhec&hd=1),
pesquisa realizada no dia 11 de dezembro de 2013 às 22 hrs e 56 min.