Este documento descreve o restauro da Casa das Rosas em São Paulo entre 1987-1991, incluindo os procedimentos iniciais de avaliação do estado da construção, testes realizados, decisões sobre materiais e técnicas, e as etapas de restauração das alvenarias, pisos, fachadas, instalações e acabamentos para preservar a integridade arquitetônica do imóvel tombado.
2. Agradecimentos
Não podemos deixar de apresentar
nossos agradecimentos ao notável
Arq. Prof. Carlos Lemos, que foi o
verdadeiro mentor de todo esse
trabalho, senão o único responsável
por seu êxito.
Muito Obrigado!
4. INTRODUÇÃO
Avenida Paulista, n.º 37 – Cerqueira César – São Paulo - SP
Terreno:
Avenida Paulista
Alameda Santos
Na Alameda Santos está implantado o Edifício Parque
Cultural Paulista
10. INTRODUÇÃO
Edifício Parque Cultural Paulista
Projeto arquitetônico do Escritório Técnico de
Arquitetura Júlio Neves S.C.Ltda.
Aprovação legal do projeto pelos poderes públicos, com
o compromisso do incorporador de restauração do
imóvel conhecido por Casa das Rosas
11. INTRODUÇÃO
Casa das Rosas – Projeto Original
Projeto Arquitetônico:
Arq.º Francisco de Paula Ramos de Azevedo.
Execução e detalhes finais do projeto:
Severo Villares
12. INTRODUÇÃO
Casa das Rosas – Projeto Original
Datas Marcantes
Início do Projeto: 1922
Final das Obras: 1.927
18. Metodologia
Procura no mercado de elementos acessórios
compatíveis com a concepção arquitetônica do
imóvel tombado (interruptores, dobradiças, vidros)
Aprovação dos elementos amostrais
(revestimentos, ladrilhos, cores). – Sincronia com
o cronograma de decisões e físico-financeiro. –
Diligências e ofícios Condephaat
19. Metodologia
Compatibilizar as especificações de projeto de
restauro com a legislação específica e normas técnicas
de execução (ABNT), além dos procedimentos usuais
de restauração (Carta de Veneza), adequando-as à
área comum do Edifício Parque Cultural Paulista
20. Metodologia
Encomenda de materiais em quantidade
determinada – homogeneidade de resultados –
Obediência a critérios de gerenciamento e
contingenciamento orçamentário
Seleção, organização e conscientização da equipe
de trabalho. – Projetistas, técnicos, empreiteiros e
artesãos
21. Metodologia
Agendamento de reuniões junto ao contratante. –
Apresentação do quadro evolutivo das obras. –
Definições. - Decisões a serem tomadas. –
Atualizações de estimativas. - Prestação de contas
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23. Procedimentos Iniciais
Providências para a restauração:
Elaboração de Parecer Técnico sobre o estado construtivo do
imóvel.
Vistorias
Levantamento Fotográfico
Obtenção de Elementos Documentais (doados à FAU)
Testes e ensaios, inclusive destrutivos
Conclusões Finais – Partido Executivo
Obtenção de aprovação do início das obras junto ao
Condephaat
Elaboração de Previsão Orçamentária
24.
25.
26. Procedimento de Restauro
Responsabilidade executiva – Casa das Rosas:
Construtora Marino Barros Ltda.
Responsável Técnico:
Eng.º Alberto Barth
Início: 1.987
Término: 1.991
27. Partido Executivo
Determinação do partido executivo de restauro:
Parecer Técnico
Elementos Documentais
Resultados de ensaios
Testes – lavagem de fachadas
Testes - revestimentos – Aprovação Condephaat
Materiais – homogeneidade de resultados
28. Testes e Ensaios
Testes: reconstituição estrutural do imóvel:
Peitoris dos terraços
Forma de estabilização deles
Execução de ornatos pré-moldados
Lajes de piso dos terraços – trincas e fissuras
Impermeabilização - lajes de piso dos terraços
Testes – técnica de aproveitamento de peças de
revestimentos (pisos)
29.
30. Testes e Ensaios
Reconstituição estrutural do imóvel:
Impermeabilização dos subsolos
Impermeabilização do reservatório de água
Recuperação de revestimentos de fachadas
DECISÃO – Substituir ? Até que ponto.
Recuperação dos serviços de funilaria
DECISÃO – Substituir ? Até que ponto
33. Alvenarias
Verificação de níveis e prumos sobre fachadas
Prospecções em alvenarias – Tipo de estrutura
Verificação quanto ao ataque de agentes químicos
35. Peitoris de terraços
Levantamento cadastral – Medidas de reprodução
Forma de estabilização deles
Como executar os ornatos pré-moldados
36. A cruz de Santo André, também chamada de
Cruz de Borgonha ou sautor, simboliza
humildade, dor e sofrimento.
A cruz de Santo André tem formato de X e é
frequentemente usada na heráldica
38. Pisos dos terraços
Reconstituição de lajes – trincas e fissuras
Impermeabilização das lajes de piso dos terraços
Testes de estanqueidade
Prospecções – Espessura do revestimento
39.
40.
41. Pisos de terraços
Determinação da técnica executiva:
Impermeabilização
Captação de águas pluviais
Recomposição da estrutura de pisos
Reestruturação dos peitoris
44. Pisos
Terraço superior e varanda – ladrilhos hidráulicos belgas
Reaproveitado
Alamedas externas – Casa das Rosas e Condomínio
Cor original dos ladrilhos (creme claro)
Remoção e colocação de novas peças
Projeto de tampas de caixas de inspeção
Camufladas
45. Impermeabilização geral
Impermeabilização dos subsolos
Cristalização - argamassa
Impermeabilização dos reservatórios de água
Subsolo e Cobertura
Subsolo: mantida a existente
Cobertura (metal): pintura
46. Reabilitação fachadas
Recuperação de ornatos de fachadas:
Mantidos todos que não apresentassem
danos estruturais
Fixação dos destacados pela consolidação da
argamassa de entorno
52. Reabilitação funilarias
Calhas e condutores:
Foi possível a recuperação plena de todas as
calhas e condutores
Recolocação de material onde eles já não
existiam
Fidelidade ao projeto executivo
55. Reabilitação esquadrias madeira
Qualificação das madeiras e tratamentos aplicados
sobre elas - carpintaria e marcenaria:
Portas, batentes, guarnições, lambris, rodapés e
assoalhos
Tipo de imunização a ser aplicada. – Insetos
xilófagos
56. Reabilitação pétreos
Mármores:
Classificação dos materiais pétreos quanto à
denominação, cor, textura e aplicação:
Pisos, soleiras e rodapés – Áreas internas e
externas
Estucamento, calafetação e polimento
57. Reabilitação - Esquadrias metálicas
Portas, batentes, janelas e acessórios
Gradil, portões, grelhas e estufa de flores
Modo de recuperação e procedimento de
manutenção do vitral existente
Desoxidação, recomposição de superfícies, troca
de acessórios
61. Instalações elétricas
Re-projeto das instalações elétricas das áreas
internas e externas
Adequações:
Norma técnica NBR-5410
Acabamentos externos às novas instalações
elétricas e telefonia
63. Instalações hidráulicas
Re-projeto das redes de captação de águas pluviais
e esgotos
Determinar o tipo de funcionamento da fonte do
jardim.
Implantação de um filtro biológico
64. Instalações hidráulicas
Projeto original:
Redes de esgoto e águas pluviais
Escoamento dirigido à Alameda Santos
Cota topográfica inferior à da Av. Paulista
Inversão o sentido de escoamento destas redes
65. Finalização
Ocorreu na forma de praticamente uma obra
emergencial a adequação do imóvel em sua
totalidade para a Galeria de Arte do Estado de São
Paulo, inaugurada após ato expropriatório do
estado em 12/03/1.991