1. RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICA
CALENDULA - CALENDULA OFFICINALLIS
L.
Alunos:
Délson Diogo Borim
Miriana De Barros
Tânajara Aparecida Bombassaro
2. Introdução
Farmacognosia é um dos mais antigos
ramos da farmacologia.
Tem como alvo os princípios ativos
naturais, sejam animais ou vegetais.
O termo deriva de duas palavras gregas,
pharmakon, ou droga, e gnosis ou
conhecimento.
3. Calêndula
Nomes: Calêndula arvensis/officinalis/ marítima
Cultivo: campos e areais ( solos porosos e úmidos)
Propriedades e utilidades:
anti-inflamatórias, cicatrizante e antissépticas, ou somente como ornamento
Constituintes químicos: Cumarinos taninos
( Pouca quantidade) e demais.
Toxicologia e Contra-indicações:
Não recomendado para mulheres grávidas( potencial abortivo)
4. CURIOSIDADES
A calêndula tem inúmeras propriedades medicinais e foi muito
usada na I Grande Guerra, na Europa por sua ação bactericida,
anti-inflamatória, cicatrizante e antisséptica.
Outras espécies, a Calendula arvensis, ocorrente nos campos
mediterrânicos, assim como a Calendula maritima, natural das
ilhas mediterrânicas como a Sicilia, também são usadas nas
medicinas populares com os mesmos proveitos curativos.
É comum seu uso em problemas de pele, feridas internas (das
mucosas da boca e garganta) e externas tanto o óleo de calêndula
como sua tintura. As aplicações podem ser feitas em casos de
picadas de insetos, fissuras, cicatrizes, calos, frieiras, queimaduras
solares, acne, pequenas feridas, inflamações em geral, problemas
nos olhos, dores de cabeça, dor de dentes, micoses.
6. 1. Reações para Óleos Essenciais
1.1 FeCl3 - Reação para Fenilpropanoides
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta amassar no
fundo do tubo e acrescentar o dobro de álcool. Agitar por 1 minuto.
Separar o sobrenadante e após isso adicionar 4 gotas de FeCl3. No caso
de não ocorrer a reação adicionar mais 4 gotas e por fim mais 10 gotas.
1.2 Liebermann - Reação para Terpenos
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta amassar no
fundo do tubo e acrescentar o dobro de 50% álcool + 50% água destilada.
Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante e após isso acrescentar 4
gotas do Liebarmann. No caso de não ocorrer a reação adicionar mais 8
gotas, 12 gotas e por fim mais 10 gotas.
Análises
7. 2. Reação para Flavonóides
2.1 Mg + HCl - Reação para Flavonóides - Reação de Shinoda
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta amassar no
fundo do tubo e acrescentar o dobro de álcool. Agitar por 1 minuto.
Separar o sobrenadante e após isso adicionar Mg + 1ml de HCl.
8. 3. Reação para Taninos
3.1 FeCl3 - Reação para Taninos
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de água destilada
ou álcool. Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante e após isso
adicionar de 2 a 4 gotas de FeCl3 1% em etanol.
3.2 Gelatina 2,5% - Reação para Taninos
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de água destilada
ou álcool. Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante e após isso
adicionar gota de gelatina 2,5%..
9. 4. Reação para Heterosídeos Cardiotônicos
4.1 Kedde A e B - Reação para Heterosídeos Cardiotônicos
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de álcool. Agitar
por 1 minuto. Separar o sobrenadante e após isso adicionar 2 gotas
de Kedde A e 2 gotas de Kedde B.
10. 5. Reação para Cumarinas
5.1 Observação do extrato no UV (360 nm) - Reação para
Cumarinas
Em Becker colocar planta e amassar até que o fundo do Becker
esteja totalmente coberto após isso pôr o Becker sobre a tela de
amianto e colocar no bico de Busen, ligar o fogo e sobre a boca do
Becker colocar um vidro relógio com a parte côncava para baixo.
Deixar no fogo até que o vidro relógio fique suado. Retirar do fogo e
remover o vidro relógio de cima do Becker e adicionar algumas
gotas de metanol as gotículas do vidro relógio. Após isso transferir
o conteúdo do vidro relógio para um tubo de ensaio. Levar a
câmera de UV à 360 nm para a visualização.
11. 5.1 KOM 10% - Reação para Cumarinas
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 1cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de água destilada
ou álcool. Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante e após isso
adicionar gotas de KOM 10% (NaOH 10% alcoólica). Agitar
bastante.
5. Reação para Cumarinas
12. 6.1 HCl + Dragendorff, Mayer, Bertrand e Bouchart - Reação
para Alcalóides
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 2cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de HCl 0,1N.
Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante em 4 tubos de ensaio.
Após isso adicionar em cada tubo de ensaio um reagente diferente,
sendo eles: Dragendorff, Mayer, Bertrand e Bouchart.
6. Reação para Alcaloídes
13. 7.1 NH4OH 10% - Bornträger - Reação para Antraquinonas
Em tubo de ensaio colocar aproximadamente 2cm de planta
amassar no fundo do tubo e acrescentar o dobro de água destilada
+ o dobro de álcool. Agitar por 1 minuto. Separar o sobrenadante
em um tubo de ensaio. Adicionar NH4OH 10% - Bornträger.
7.2 Anel de Alumínio - Reação para Antraquinonas
Colocar um pouco de planta sobre a tela de amianto dentro de um
anel feito de alumínio. Em cima do anel colocar uma lâmina.
Acender o fogo até se criem bolhas de água na lâmina. Retirar do
fogo e levar a lâmina para o microscópio para visualização.
7. Reação para Antraquinonas
14. 1. Reações para Óleos Essenciais
1.1 FeCl3 - Reação para Fenilpropanóides
Calêndula: Negativo
Como foram utilizadas as flores, pode haver fenilpropanóides em outras
partes da planta, pois a literatura indica presença de flavonóides
biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides, na calendula.
Fenilpropanóides na planta servem como precursores de uma série de
polímeros naturais, os quais fornecem proteção contra a luz ultravioleta,
defesa contra herbívoros e patógenos, além de mediarem interações
planta-polinizador por pigmentação e compostos de aroma floral
Resultados e Discussões
15. 1.2 Liebermann - Reação para Terpenos
Calêndula: Negativo
Como foram utilizadas as flores, pode haver
terpenóides em outras partes da planta, pois a
literatura indica presença de triterpenos. Na planta os
terpenóides são geralmente aromáticos, atuando
especialmente como inibidores da germinação, na
proteção contra predadores, na atração de
polinizadores, na proteção contra a perda de água e
aumento da temperatura, entre outras.
16. 2. Reação para Flavonóides
2.1 Mg + HCl - Reação para Flavonóides - Reação de Shinoda
Calêndula: Negativo
Como foram utilizadas as flores, pode haver flavonóides em outras partes
da planta, pois a literatura indica presença de flavonóides. Outro fator que
pode ter influenciado os resultados é o método, tempo de extração e
maceração. Participam principalmente da coloração das pétalas das flores
e dos frutos, mas são encontrados em todas as partes das plantas,
protegem os vegetais contra a incidência de raios ultravioleta e luz visível,
e também de predadores, com ação tóxica ou repelente.
17. 3. Reação para Taninos
3.1 FeCl3 - Reação para Taninos
Calêndula: fraco positivo
Neste teste, a Calêndula virou para verde, mas isso não significa
que sejam taninos, foi um fraco positive, pois o cloreto férrico reage
com a hidroxila, ele não é específico. Dessa forma seguiu-se com o
teste de confirmação.
3.2 Gelatina 2,5% - Reação para Taninos
Calêndula: Negativo
Não confirmou presença de taninos, no entanto as partes utilizadas
foram flores, pode haver positividade para taninos em outras partes
da planta, pois a literatura confirma presença de taninos na
calêndula. Na planta os taninos nibem o ataque às por herbívoros
vertebrados ou invertebrados (diminuição da palatabilidade,
dificuldades na digestão, produção de compostos tóxicos a partir da
hidrólise dos taninos) e também por microorganismos patogênicos.
18. 4. Reação para Heterosídeos Cardiotônicos
4.1 Kedde A e B - Reação para Heterosídeos Cardiotônicos
Calêndula: Negativo
Utilizou-se como padrão a Digoxina, dessa forma observou-se a
coloração roxa característica para reação positiva.
Não há registro em literatura, de presença de heterosídeos
cardiotônicos na calêndula. São esteróides caracterizados pela sua
alta especificidade e poderosa ação sobre o músculo cardíaco,
atuam aumentando a potência ou a frequência da contração
muscular cardíaca.
19. 5. Reação para Cumarinas
5.1 Observação do extrato no UV (360 nm) - Reação para
Cumarinas
Calêndula: Positivo
A calêndula apresentou fluorescência azulada, de intensidade
maior que o padrão utilizado, o guaco. A literatura confirma
presença de cumarinas na calêndula. As cumarinas, são
heterosídeos, possuem atividade anticoagulante, vasodilatadora,
espasmolítica e antitrombótica.
20. 5.1 KOM 10% - Reação para Cumarinas
Calêndula: Positivo
Após agitação o extrato ficou amarelo escuro, confirmando a
presença de cumarinas.
5. Reação para Cumarinas
21. 6.1 HCl + Dragendorff, Mayer, Bertrand e Bouchart - Reação
para Alcalóides
Calêndula: Negativo
Utilizou-se como padrão, o Tabaco – nicotina.
A calêndula não apresentou positividade em nenhuma das 4
reações. Não há relatos de presença de alcalóides na calêndula.
Nas plantas, os alcaloides têm função de defesa contra insetos e
animais predadores.
6. Reação para Alcaloídes
22. 7.1 NH4OH 10% - Bornträger - Reação para Antraquinonas
Calêndula: Negativo
Utilizou-se como padrão o sene e cáscara sagrada. A calêndula não
apresentou positividade nesta reação. Não há referências a
presença de antraquinonas na calendula em literature.
7.2 Anel de Alumínio - Reação para Antraquinonas
A calêndula não apresentou positividade nesta reação. Não há
referências a presença de antraquinonas na calêndula em literatura.
São empregados terapeuticamente como laxativos e catárticos, por
agirem irritando o intestino grosso, aumentando a motilidade
intestinal e, consequentemente, diminuindo a reabsorção de água.
7. Reação para Antraquinonas
23. Referências
CITADINI-ZANETTE, V; NEGRELLE, R. R. B.; BORBA, E.
T. Calendula officinalis L. (asteraceae): aspectos
botânicos, ecológicos e usos. Visão Acadêmica, Curitiba,
v.13, n.1, Jan. - Mar./2012 - ISSN 1518-5192.
FARMACOGNOSIA: Coletânea Científica (GUSTAVO H.
B. DE SOUZA; JOÃO CARLOS P. DE MELLO;
NORBERTO PEPORINE LOPES, Orgs.). Ouro Preto: Ed.
UFOP. 2012. 372p.
OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de
farmacobotânica. São Paulo: Atheneu, 2005.
OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de
farmacobotânica. São Paulo: Atheneu, 2005.