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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE
             MOÇAMBIQUE (ISCTEM)


Disciplina: Plantas Medicinais e Fitoterapia




                      Relatório
 Testes químicos para identificação de
  Terminalia sericea - casca do caule




                                    Outubro-Novembro 2010
Terminalia Cortex



Índice                                                                                                                                                                            Páginas
Introdução ........................................................................................................................................................ 3

Objectivo Geral ................................................................................................................................................ 4

Material ............................................................................................................................................................. 4

Reagentes.......................................................................................................................................................... 5

Técnica Experimental.................................................................................................................................... 5
   1.     Preparação de extractos ..................................................................................................................................................5
        a.  Extracto clorofórmico .................................................................................................................................................5
          i. Discussão ......................................................................................................................................................................6
        b. Extracto metanólico .....................................................................................................................................................6
          i. Discussão ......................................................................................................................................................................7
   2.        Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto clorofórmico ......................8
        a.     Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de Liebermann-Buchard: ............................8
        b.     Identificação de alcalóides livres ..........................................................................................................................9
        c.     Identificação de quinonas .........................................................................................................................................9
   3.     Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto metanólico ...................... 10
        a. Pesquisa de taninos:..................................................................................................................................................10
   4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na casca do caule de Terminalia
   sericea .............................................................................................................................................................................................. 10
     a. Detecção e classificação de compostos ...........................................................................................................12

Conclusão ........................................................................................................................................................ 17

Referencia Bibliográfica ............................................................................................................................. 17




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                                     Introdução

A espécie:

A Terminalia sericea é uma espécie da família de Combretaceae. É um arbusto ou árvore
decídua, de 3 a 12m de altura, tronco geralmente tortuoso. Provavelmente a árvore é
resistente à seca. A casca do caule é acinzentada-acastanhada até preta, descascando
cilindriformemente e depois mostram uma superfície castanha clara. (4)
Microscopicamente tem vasos abundante, principalmente em pares ou em pequenos
múltiplos radiais. Fibras de paredes espessas, não gelatinosa, lignificação mais acentuada
no lenho tardio. Parênquima axial bastante de paredes finas, aliforme e confluente. Raios
unisseriados e bisseriados. Tubos tanífera presente.
Quanto á identificação química, sabe-se que a cor do extracto etanólico e clorofórmico é
amarelo ou tonalidades de amarelo. Espuma teste negativo.(6) E a madeira contem taninos.
Na medicina, usa-se a casca do caule para tratar problemas de hemorróides e dores de
estômago. Na África Austral e Oriental usa-se casca moída para tratar diabetes. Em Angola
usa-se a casca do tronco para tratar diarréias em crianças.


Método croamtográfico (2)

Cromatografia é uma técnica utilizada para analisar, identificar ou separar os componentes
de uma mistura. A cromatografia é definida como a separação de dois ou mais compostos
diferentes por distribuição entre fases, uma das quais é estacionária a e outra móvel.

Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do
adsorvente estendida sobre um suporte.Sobre a placa espalha-se uma camada fina de
adsorvente suspenso em água (ou outro solvente) e deixa-se secar. A amostra é colocada na
parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas de uma solução da amostra com
um pequeno capilar. Deve-se formar uma pequena mancha circular. A placa de camada fina
é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma
pequena quantidade de solvente, e este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar.

Durante este processo, as substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as
substâncias mais polares. Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos
componentes da amostra. Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se
comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos
grupos funcionais presentes na sua estrutura.




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Terminalia Cortex
Depois que o solvente ascende pela placa, esta é retirada da cuba e seca até que esteja livre
do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na mistura original. Se
os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas serão claramente visíveis.
Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis porque correspondem a
compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a placa". Um método bastante
comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos compostos orgânicos formando
complexos de cor café ou amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata
(para derivados halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de
bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc.

Na cromatografia de camada fina, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e
do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do
componente e a distância percorrida pelo eluente.
Portanto:
                                       Rf = dc / ds


                                   Objectivo Geral
- Aprender as técnicas experimentais para identificação de uma parte duma determinada
planta medicinal, desde a preparação de extractos até a identificação dos seus compostos
activos.
- Identificar os compostos químicos presentes na casca do caule de conola colhida em
Maluane, à beira da estrada (Terminalia sericea).

                                        Material
1 Balança analítica
1 Balão de fundo redondo de 250 ml e de 50mL
1 Banho de água
1 Erlenmeyer rolhado de 500ml e de 250mL
1 Evaporador rotativo (1l) com respectivo banho e sistema de vácuo
1 Lâmpada de ultravioleta ( = 365 nm)
1 Moinho laboratorial
1 Proveta de 250 ml e de 50mL
1 Sistema de refluxo (suporte, refrigerante, pinças, banho de água)
2 Espátulas e varetas de vidro
2 Funis de vidro
2 Papéis de filtro
3 Núcleos de ebulição
5 Pipetas de 2 ml e de 5ml e Pipetador
5 Pipetas Pasteur com Borracha


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                                      Reagentes
Casca de caule da Conola, colhida em Maluane, à beira da estrada.
Água destilada
Amoníaco a 25% ou Hidróxido de sódio a 10%
Clorofórmio
Metanol
                              Técnica Experimental

     1. Preparação de extractos
        a. Extracto clorofórmico
Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o
clorofórmio:




                                                2. No moinho triturou-se devidamente
                                               em pó. (limpou-se o moinho com etanol
       1. Triturou-se a casca do caule num
                                               para evitar contaminações pois foi usado
              almofariz de porcelana.
                                                o mesmo moinho para triturar outras
                                                               espécies)




             3. Pesou-se 20g do pó.               4. Deitou-se o pó num Erlenmeyer.




     5. Adicionou-se 100ml de clorofórmio no
                                                6. Filtrou-se o extracto obtido com filtro
      Erlenmeyer com o vegetal. E Levou-se
                                                         de funil de placa porosa.
      para o agitador mecânico (v=133RPM)

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                                                        8. Resultado: Extracto lipofílico
                                                                  amarelado.
                                                        E com auxilio de 15 a 20mL de
     7. Repetiram-se os passos 5 e 6 usando o      Clorofórmio, dissolveu-se todo extracto
     material vegetal retido no funil. Juntaram-    retido no copo e verteu-se num frasco
      se os filtrados e deixou-se na hote, para    pequeno, que se guardou no frigorífico
                       secagem.                      ate aula seguinte, para experiencias
                                                                   posterior.

         i. Discussão
       o Usamos uma parte heterogénea da casca, isto é, as partes mais externas(escuras) e
         também internas(amareladas), pois ambas podem ter compostos activos
         diferentes. Ou uma pode ter maior concentração que a outra.
       o No agitador mecânico, houve difusão por 30 minutos com clorofórmio por
         agitação para que as moléculas que estão presentes no vegetal saiam e fiquem na
         superfície do solvente. Esta extracção é à temperatura ambiente; E não foi feita á
         quente(como para extracto metanólico) porque as partes do vegetal que ainda não
         tinham sido suficientemente secas, podia também vir a sair humidade com alguns
         compostos hidrofílicos, o que não era desejado para a experiencia.
       o Para dissolver todo extracto retido no copo, levou-se auxilio de aparelho com
         ultrações que ajudam a destacar as partes que se coloram na parede do balão.
       o Supostamente o extracto obtido no frasco é o extracto lipofílico, isto é, contém
         compostos activos lipofílicos, pois foi usado o clorofórmio como solvente.


        b. Extracto metanólico
Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o metanol:

                                                                         2. Adicionou-se
                                                                        100ml de metanol
                                                                       no Erlenmeyer com
                                                                            o vegetal. E
                                                                         aqueceu-se sob
                                                                       refluxo durante 30
                                                                             minutos.
       1. Usou-se material vegetal depois de
       extraído na experiencia anterior, para
            obter o extracto metanólico.

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Terminalia Cortex




      3. Resultado após extracção a quente.    4. Após arrefecido, filtrou-se com filtro de
                                                         funil de placa porosa.




        5. Resultado: extracto metanólico         6. Secagem do extracto no aparelho
                  acastanhado.                               RotaVapor.




                                                8. Verteu-se num frasco pequeno, para
                                                        experiencias posterior.



     7. Resultado após secagem.(mais denso e
                   acastanhado)

        i. Discussão
      o Aquecimento sob fluxo: o Erlenmeyer aquece-se por banho em água, ligado com o
        condensador onde a água fria entra de baixo, arrefecendo o vapor de metanol que
        chega lá devido ao aquecimento. E devido à temperatura baixa da agua no
        condensador, transformando em metanol liquido que volta a cair para o
        Erlenmeyer gota a gota;


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      o Faz-se o processo de aquecimento sob fluxo para que o metanol não evapore e se
        perca rapidamente, permitindo maior tempo de extracção com o mesmo metanol.
        Por isso quando liga-se ao tubo com agua corrente, todo metanol que se evapora,
        volta a ser aproveitado, extraindo os compostos solúveis em metanol, com maior
        eficácia.
      o Neste método vão se extrair os compostos mais hidrofílicos e também uma
        pequena quantidade de substancias lipofílicas que não foram extraídas na
        extracção com clorofórmio.
      o Precisou-se secar no aparelho rotavapor, para que toda a humidade que
        supostamente a planta continha para que as moléculas de H2O não interfiram na
        experiência posterior.



     2. Testes químicos para identificação de compostos químicos do
        extracto clorofórmico

       a. Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de
          Liebermann-Buchard:
Seguindo o procedimento do protocolo, juntou-se á 10mL de extracto clorofórmico, 0,5mL
de anidrido acético e 0,5mL de clorofórmio num tubo de ensaio e depois adicionou-se com
ajuda de uma pipeta no fundo to tubo 1mL de ácido sulfúrico concentrado.




- Observou-se que ao nível da separação de duas soluções aparece um anel vermelho
acastanhado e a camada sobrenadante desenvolve uma coloração verde azulada, após 1-
2minutos; logo a reacção deu positiva o que permite concluir que o extracto clorofórmico
da amostra de conola usada na experiencia, contém esteróides e triterpenos.



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Terminalia Cortex
      b. Identificação de alcalóides livres
Seguindo o procedimento do protocolo dividiu-se o extracto clorofórmico com HCl em 4
tubos. E juntou-se 2 a 3gotas de Reagente de Mayer, de Reagente de Bertrand e de Reagente
de Draggendorf respectivamente em tubos 1, 2 e 3. Deixou-se tubo 4 como testemunha.




       1              2            3              4




- Observou-se que em nenhum dos tubos, 1, 2 e 3, houve aparecimento de precipitados
evidentes, o que permite concluir que o extracto clorofórmico da amostra de conola usada
não contém alcalóides. A cor alaranjada do 3 é devido ao iodo que estava no reagente de
Draggendorf.

      c. Identificação de quinonas
Seguindo o procedimento do protocolo, num tubo de ensaio, juntou-se 3mL de extracto
clorofórmico, 1mL de solução de amoníaco e 1mL de NaOH a 10%.

                 - Observou-se a formação de 2 camadas. A camada clorofórmica
                 (superior) apresentou uma mudança de coloração para amarelo
                 alaranjado acentuado, o que permite concluir que o extracto
                 clorofórmico da amostra de conola usada na experiencia, contém
                 quinonas.
                 Este resultado foi insatisfatório e duvidoso, pois quanto á referências
                 bibliográficas(incluindo o comentário da Dra Elsa Gomes) a T.s não
                 contém quinonas; Daí, acredita-se que este resultado é consequência da
                 contaminação das cascas do caule, durante o seu corte em pequenos
                 pedaços com a mesma tesoura (Fig.a) que foi usada para cortar a outra
espécie, supostamente Diospyrus.




                                                      Fig.a

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   3. Testes químicos para identificação de compostos químicos do
      extracto metanólico

       a. Pesquisa de taninos:
Seguindo o procedimento do protocolo, em um tubo de ensaio, juntou-se 1 mL deextracto
metanólico, 2 mL de água destilada e 2 a 3 gotas de solução de cloreto férrico a 1%.

               - Observou-se uma mudança de coloração, de acastanhado para azul
               escuro, o que permite concluir que o extracto metanólico da amostra de
               conola contém taninos hidrolisáveis.




                    Tabela 1. Quadro resumo dos Testes Químicos
         Extracto                      Teste                          Resultado
       Clorofórmico          Identificação de esteróides                     +
                                    e triterpenos
                             Identificação de alcalóides                     -
                             Identificação de quinonas                       +
       Metanólico             Identificação de taninos                       +




   4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na
      casca do caule de Terminalia sericea

       Sistemas cromatográficos utilizados:
              Sistema A: Acetato de etilo/ metanol/ água (100/ 13,5/10)
                              Fase estacionária: placas de Silica gel F254
              Sistema B: Tolueno/ Acetato de etilo (93/7)
                              Fase estacionária: placas de Silica gel F254
              Sistema C: Ácido acético a 15%
                              Fase estacionária: Placas de celulose



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Terminalia Cortex

  Tabela 2. As cinco diferentes placas cromatográficas preparadas. (Fotos no
                                    Visível)
Extracto
 (Placa)
                             Sis A                 Sis B                       Sis C
   Clorofórmico (sílica)




                                                                                  -


                           Placa I *    Placa II
                                                          Placa III
 Metanólico
  (sílica)




                                                      -                           -


                           Placa IV *
 Metanólico
 (celulose)




                               -                      -


                                                                              Placa V

* As placas I e IV não deram certo, porque houve erro na selecção do tipo da placa, isto é,
usou-se placa de celulose, por engano, no lugar de placa de sílica.
Este erro foi possível detectar após feita a eluição, pois observou-se que a distribuição era
mais regular e menos difusa, o que nunca acontece em placas de sílica más sim em placas
de celulose.
As setas pretas indicam a linha das manchas da conola, supostamente Terminalia serícea,
casca do caule.




11 |
Terminalia Cortex
        a. Detecção e classificação de compostos

       Placa I: Extracto clorofórmico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A


Tabela 1.1 Sequencia da detecção


                          Observação Visível sem pulverização




Características das manchas observadas:

Observou-se que uma mancha acastanhada migrou totalmente para linha de frente, o que
não se esperava para esta placa. Supostamente esperava-se que se a planta tivesse
alcalóides fortemente básicos não migravam no sistema A, e fazia-se posterior reacção de
pulverização com reagente de Dragendorff (o que não foi feito). Assim, devido ao erro na
selecção da placa, não foi possível concluir algo na experiencia com a placa I.




12 |
Terminalia Cortex
       Placa II: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B

           Tabela 2.1. Sequencia da detecção

                                               Pulverização com
Observação       Observação      Observação                                       Observação
                                               solução etanólica   Observação
  Visível         UV 254nm         UV 365                                          UV 365nm
                                                de KOH a 10%-      Visível após
 antes de          antes de       antes de                                           após
                                                  Reacção de       pulverizado
pulverizado      pulverizado     pulverizado                                      pulverizado
                                                 Borntraeger




                                                                                     Uma
                  1                                                 1               mancha
 1                               2
                  2                                                 2             vermelhada
 2




       Tabela 2.2. Características das manchas observadas

     No.          Visível      UV 254nm    UV 365nm       Visivel        UV 365nm        Rf
                 antes de       antes de    antes de     após Pulv.      após pulv.
                   Pulv.          pulv.       Pulv
       1         Amarela        Mancha      Mancha      Acastanhada           -         0.46
                                 escura       Azul
       2        Fracamente      Mancha         -         Fracamente     Mancha azul     0.35
                  visivel        escura                    visivel        escura

- Houve aparecimento de 2 manchas no visível e que também apareceram no UV 254 o que
permite confirmar, quanto ao protocolo, que são compostos com duplas ligações
conjugadas. Conjuntamente aos testes anteriores, pode-se concluir que são quinonas e os
esteróides e triterpenos, pois trata-se do extracto clorofórmico.
- A mancha 2 também apareceu no UV 365 o que permite concluir segundo o protocolo que
não são os terpenos, logo serão as quinonas.
- Após pulverização com reagente de Borntraeger, observou-se que ambas manchas 1 e 2
tornaram-se mais escuras (no visível) porém ainda castanhas e bandas acastanhadas (no
UV), enquanto que esperava-se obter manchas avermelhadas; Isto ocorreu devido
intervenção do reagente de Néu, pois a mesma placa tinha sido pulverizada antes, por
engano, com este. Considerando a intervenção do reagente de Néu, conclui-se que há
presença de quinonas (e.g. emodina, reina, alóe-emodina).

13 |
Terminalia Cortex
       Placa III: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B

Tabela 3.1 Sequencia da detecção

                     Observação        UV Observação Visível
Observação Visível                                            Contagem             das
                     254nm antes       de após    pulverizado
antes de pulverizado                                          manchas
                     pulverizado          com vanilina



                                                1



                                                2
                                                3
                         3
                                                4
       5                 5                      5

                                                6
                                                7
                                                   8
                                                   9
                                              10




     Tabela 3.2. Características das manchas observadas
           Visível antes de     UV 254nm
   No.                                         Visivel após Pulv.            Rf
                 Pulv.        antes de pulv.
    1              -                 -                Rosa                  0.99
    2              -                 -               Violeta                0.75
    3              -          Mancha escura    Violeta muito claro          0.67
    4              -                 -         Violeta muito claro          0.62
    5          Amarela        Mancha escura      Castanho claro             0.47
    6              -                 -                Rosa                  0.37
    7              -                 -                Rosa                  0.31
    8              -                 -                Rosa                  0.23
    9              -                 -             Rosa claro               0.14
   10              -                 -             Rosa claro               0.06




14 |
Terminalia Cortex
- Após a pulverização houve aparecimento de grande número de manchas, pois maioria dos
constituintes dos vegetais, reagem com os reagentes VS e AS originando compostos corados
no visível. Isto é, servem de revelador para compostos não corados. O AS é um desidratante
que provoca aparecimento de duplas ligações o que contribui para aparecimento de cor do
composto.
- As diferentes 10 manchas, determinam a presença de 10 diferentes tipos de princípios
amargos, saponinas e/ou óleos essenciais, que quimicamente são os terpenos.


       Placa IV: Extracto metanólico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A

Tabela 4.1 Sequencia da detecção

                       Observação Visível, pulverização com vanilina




Características das manchas observadas

Observou-se que a eluição é mais regular e menos difusa, o que não era esperado, devido a
um engano na escolha da placa. Não foi possível ter a conclusão desejada com o extracto
metanólico de obter separação dos tipos de taninos, más sim aproveita-se para apenas
confirmar o teste de identificação 3.a. Isto é, há presença de taninos na casca de caule da
Terminalia sericea.




15 |
Terminalia Cortex



       Placa IV: Extracto metanólico, celulose e sistema C

Tabela 5.1 Sequencia da detecção

                                                      Observação UV 365nm sem
       Observação Visível sem pulverização
                                                            pulverização




                  1

                  2

                  3




Tabela 5.2. Características das manchas observadas

           No.                  Visível            UV 254nm                     Rf
            1                 Acastanhada      Aparência de chama              0.43
            2                Castanho claro        amarelada                   0.31
                                                (bandas amarelo-
            3                   Amarela                                        0.14
                                                     baço)

As manchas no UV 365nm apresentam bandas amarelo-baço, o que permite concluir que
são os taninos hidrolisáveis. E as 3 diferentes Rf pertencem a 3 diferentes tipos de taninos
hidrolisáveis.




16 |
Terminalia Cortex
                                       Conclusão

        Com este trabalho conseguiu-se estabelecer alguns parâmetros químicos, com utilidade
na identificação da casca de caule da Terminalia sericea. E os resultados obtidos contribuem
para um melhor conhecimento sobre esta espécie em Moçambique com uso na medicina
tradicional local.

Assim, através das análises químicas pôde confirmar-se a presença de classes químicas
anteriormente descritas, como a presença de taninos, triterpenos e esteróides.

Para além disso, obteve-se uma importante aprendizagem de cuidados que se devem ter durante a
preparação de extractos, devido ao grande erro observado no corte das cascas do caule com uma
tesoura não esterilizada após uso com outro vegetal. Isto é, um pequeno erro pode levar a
grandes alterações na conclusão, sendo a presença de quinonas um teste falso positivo com base
nas literaturas bibliográficas tidas.

       Os caracteres do perfil em cromatografia de camada fina descritos podem ser
considerados como identidade deste fármaco vegetal, podendo ser tidos em conta na realização
de uma possível monografia de Farmacopeia para a casca de caule da Terminalia sericea..



                             Referencia Bibliográfica
   1. Silva O. adaptado por Gomes E., Protocolo das aulas laboratoriais, Plantas
      Medicinais e Fitoterapia, ISCTEM, OutubroNovembro de 2010
   2. Site da internet:
   3. http://www.google.com/ domfeliciano-sec.dyndns.org/gilber/.../Cromatografia.doc
   4. Créditos Fotográficos: Dra. Elsa Gomes.




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Relatório da Terminalia sericea

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE (ISCTEM) Disciplina: Plantas Medicinais e Fitoterapia Relatório Testes químicos para identificação de Terminalia sericea - casca do caule Outubro-Novembro 2010
  • 2. Terminalia Cortex Índice Páginas Introdução ........................................................................................................................................................ 3 Objectivo Geral ................................................................................................................................................ 4 Material ............................................................................................................................................................. 4 Reagentes.......................................................................................................................................................... 5 Técnica Experimental.................................................................................................................................... 5 1. Preparação de extractos ..................................................................................................................................................5 a. Extracto clorofórmico .................................................................................................................................................5 i. Discussão ......................................................................................................................................................................6 b. Extracto metanólico .....................................................................................................................................................6 i. Discussão ......................................................................................................................................................................7 2. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto clorofórmico ......................8 a. Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de Liebermann-Buchard: ............................8 b. Identificação de alcalóides livres ..........................................................................................................................9 c. Identificação de quinonas .........................................................................................................................................9 3. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto metanólico ...................... 10 a. Pesquisa de taninos:..................................................................................................................................................10 4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na casca do caule de Terminalia sericea .............................................................................................................................................................................................. 10 a. Detecção e classificação de compostos ...........................................................................................................12 Conclusão ........................................................................................................................................................ 17 Referencia Bibliográfica ............................................................................................................................. 17 2|
  • 3. Terminalia Cortex Introdução A espécie: A Terminalia sericea é uma espécie da família de Combretaceae. É um arbusto ou árvore decídua, de 3 a 12m de altura, tronco geralmente tortuoso. Provavelmente a árvore é resistente à seca. A casca do caule é acinzentada-acastanhada até preta, descascando cilindriformemente e depois mostram uma superfície castanha clara. (4) Microscopicamente tem vasos abundante, principalmente em pares ou em pequenos múltiplos radiais. Fibras de paredes espessas, não gelatinosa, lignificação mais acentuada no lenho tardio. Parênquima axial bastante de paredes finas, aliforme e confluente. Raios unisseriados e bisseriados. Tubos tanífera presente. Quanto á identificação química, sabe-se que a cor do extracto etanólico e clorofórmico é amarelo ou tonalidades de amarelo. Espuma teste negativo.(6) E a madeira contem taninos. Na medicina, usa-se a casca do caule para tratar problemas de hemorróides e dores de estômago. Na África Austral e Oriental usa-se casca moída para tratar diabetes. Em Angola usa-se a casca do tronco para tratar diarréias em crianças. Método croamtográfico (2) Cromatografia é uma técnica utilizada para analisar, identificar ou separar os componentes de uma mistura. A cromatografia é definida como a separação de dois ou mais compostos diferentes por distribuição entre fases, uma das quais é estacionária a e outra móvel. Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte.Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em água (ou outro solvente) e deixa-se secar. A amostra é colocada na parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas de uma solução da amostra com um pequeno capilar. Deve-se formar uma pequena mancha circular. A placa de camada fina é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente, e este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar. Durante este processo, as substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares. Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos componentes da amostra. Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos grupos funcionais presentes na sua estrutura. 3|
  • 4. Terminalia Cortex Depois que o solvente ascende pela placa, esta é retirada da cuba e seca até que esteja livre do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na mistura original. Se os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas serão claramente visíveis. Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis porque correspondem a compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a placa". Um método bastante comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos compostos orgânicos formando complexos de cor café ou amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata (para derivados halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc. Na cromatografia de camada fina, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto: Rf = dc / ds Objectivo Geral - Aprender as técnicas experimentais para identificação de uma parte duma determinada planta medicinal, desde a preparação de extractos até a identificação dos seus compostos activos. - Identificar os compostos químicos presentes na casca do caule de conola colhida em Maluane, à beira da estrada (Terminalia sericea). Material 1 Balança analítica 1 Balão de fundo redondo de 250 ml e de 50mL 1 Banho de água 1 Erlenmeyer rolhado de 500ml e de 250mL 1 Evaporador rotativo (1l) com respectivo banho e sistema de vácuo 1 Lâmpada de ultravioleta ( = 365 nm) 1 Moinho laboratorial 1 Proveta de 250 ml e de 50mL 1 Sistema de refluxo (suporte, refrigerante, pinças, banho de água) 2 Espátulas e varetas de vidro 2 Funis de vidro 2 Papéis de filtro 3 Núcleos de ebulição 5 Pipetas de 2 ml e de 5ml e Pipetador 5 Pipetas Pasteur com Borracha 4|
  • 5. Terminalia Cortex Reagentes Casca de caule da Conola, colhida em Maluane, à beira da estrada. Água destilada Amoníaco a 25% ou Hidróxido de sódio a 10% Clorofórmio Metanol Técnica Experimental 1. Preparação de extractos a. Extracto clorofórmico Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o clorofórmio: 2. No moinho triturou-se devidamente em pó. (limpou-se o moinho com etanol 1. Triturou-se a casca do caule num para evitar contaminações pois foi usado almofariz de porcelana. o mesmo moinho para triturar outras espécies) 3. Pesou-se 20g do pó. 4. Deitou-se o pó num Erlenmeyer. 5. Adicionou-se 100ml de clorofórmio no 6. Filtrou-se o extracto obtido com filtro Erlenmeyer com o vegetal. E Levou-se de funil de placa porosa. para o agitador mecânico (v=133RPM) 5|
  • 6. Terminalia Cortex 8. Resultado: Extracto lipofílico amarelado. E com auxilio de 15 a 20mL de 7. Repetiram-se os passos 5 e 6 usando o Clorofórmio, dissolveu-se todo extracto material vegetal retido no funil. Juntaram- retido no copo e verteu-se num frasco se os filtrados e deixou-se na hote, para pequeno, que se guardou no frigorífico secagem. ate aula seguinte, para experiencias posterior. i. Discussão o Usamos uma parte heterogénea da casca, isto é, as partes mais externas(escuras) e também internas(amareladas), pois ambas podem ter compostos activos diferentes. Ou uma pode ter maior concentração que a outra. o No agitador mecânico, houve difusão por 30 minutos com clorofórmio por agitação para que as moléculas que estão presentes no vegetal saiam e fiquem na superfície do solvente. Esta extracção é à temperatura ambiente; E não foi feita á quente(como para extracto metanólico) porque as partes do vegetal que ainda não tinham sido suficientemente secas, podia também vir a sair humidade com alguns compostos hidrofílicos, o que não era desejado para a experiencia. o Para dissolver todo extracto retido no copo, levou-se auxilio de aparelho com ultrações que ajudam a destacar as partes que se coloram na parede do balão. o Supostamente o extracto obtido no frasco é o extracto lipofílico, isto é, contém compostos activos lipofílicos, pois foi usado o clorofórmio como solvente. b. Extracto metanólico Seguindo o protocolo das aulas preparou-se o extracto, usando como solvente o metanol: 2. Adicionou-se 100ml de metanol no Erlenmeyer com o vegetal. E aqueceu-se sob refluxo durante 30 minutos. 1. Usou-se material vegetal depois de extraído na experiencia anterior, para obter o extracto metanólico. 6|
  • 7. Terminalia Cortex 3. Resultado após extracção a quente. 4. Após arrefecido, filtrou-se com filtro de funil de placa porosa. 5. Resultado: extracto metanólico 6. Secagem do extracto no aparelho acastanhado. RotaVapor. 8. Verteu-se num frasco pequeno, para experiencias posterior. 7. Resultado após secagem.(mais denso e acastanhado) i. Discussão o Aquecimento sob fluxo: o Erlenmeyer aquece-se por banho em água, ligado com o condensador onde a água fria entra de baixo, arrefecendo o vapor de metanol que chega lá devido ao aquecimento. E devido à temperatura baixa da agua no condensador, transformando em metanol liquido que volta a cair para o Erlenmeyer gota a gota; 7|
  • 8. Terminalia Cortex o Faz-se o processo de aquecimento sob fluxo para que o metanol não evapore e se perca rapidamente, permitindo maior tempo de extracção com o mesmo metanol. Por isso quando liga-se ao tubo com agua corrente, todo metanol que se evapora, volta a ser aproveitado, extraindo os compostos solúveis em metanol, com maior eficácia. o Neste método vão se extrair os compostos mais hidrofílicos e também uma pequena quantidade de substancias lipofílicas que não foram extraídas na extracção com clorofórmio. o Precisou-se secar no aparelho rotavapor, para que toda a humidade que supostamente a planta continha para que as moléculas de H2O não interfiram na experiência posterior. 2. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto clorofórmico a. Identificação de esteróides e triterpenos – reacção de Liebermann-Buchard: Seguindo o procedimento do protocolo, juntou-se á 10mL de extracto clorofórmico, 0,5mL de anidrido acético e 0,5mL de clorofórmio num tubo de ensaio e depois adicionou-se com ajuda de uma pipeta no fundo to tubo 1mL de ácido sulfúrico concentrado. - Observou-se que ao nível da separação de duas soluções aparece um anel vermelho acastanhado e a camada sobrenadante desenvolve uma coloração verde azulada, após 1- 2minutos; logo a reacção deu positiva o que permite concluir que o extracto clorofórmico da amostra de conola usada na experiencia, contém esteróides e triterpenos. 8|
  • 9. Terminalia Cortex b. Identificação de alcalóides livres Seguindo o procedimento do protocolo dividiu-se o extracto clorofórmico com HCl em 4 tubos. E juntou-se 2 a 3gotas de Reagente de Mayer, de Reagente de Bertrand e de Reagente de Draggendorf respectivamente em tubos 1, 2 e 3. Deixou-se tubo 4 como testemunha. 1 2 3 4 - Observou-se que em nenhum dos tubos, 1, 2 e 3, houve aparecimento de precipitados evidentes, o que permite concluir que o extracto clorofórmico da amostra de conola usada não contém alcalóides. A cor alaranjada do 3 é devido ao iodo que estava no reagente de Draggendorf. c. Identificação de quinonas Seguindo o procedimento do protocolo, num tubo de ensaio, juntou-se 3mL de extracto clorofórmico, 1mL de solução de amoníaco e 1mL de NaOH a 10%. - Observou-se a formação de 2 camadas. A camada clorofórmica (superior) apresentou uma mudança de coloração para amarelo alaranjado acentuado, o que permite concluir que o extracto clorofórmico da amostra de conola usada na experiencia, contém quinonas. Este resultado foi insatisfatório e duvidoso, pois quanto á referências bibliográficas(incluindo o comentário da Dra Elsa Gomes) a T.s não contém quinonas; Daí, acredita-se que este resultado é consequência da contaminação das cascas do caule, durante o seu corte em pequenos pedaços com a mesma tesoura (Fig.a) que foi usada para cortar a outra espécie, supostamente Diospyrus. Fig.a 9|
  • 10. Terminalia Cortex 3. Testes químicos para identificação de compostos químicos do extracto metanólico a. Pesquisa de taninos: Seguindo o procedimento do protocolo, em um tubo de ensaio, juntou-se 1 mL deextracto metanólico, 2 mL de água destilada e 2 a 3 gotas de solução de cloreto férrico a 1%. - Observou-se uma mudança de coloração, de acastanhado para azul escuro, o que permite concluir que o extracto metanólico da amostra de conola contém taninos hidrolisáveis. Tabela 1. Quadro resumo dos Testes Químicos Extracto Teste Resultado Clorofórmico Identificação de esteróides + e triterpenos Identificação de alcalóides - Identificação de quinonas + Metanólico Identificação de taninos + 4. Rastreio por CCF dos principais grupos químicos presentes na casca do caule de Terminalia sericea Sistemas cromatográficos utilizados:  Sistema A: Acetato de etilo/ metanol/ água (100/ 13,5/10) Fase estacionária: placas de Silica gel F254  Sistema B: Tolueno/ Acetato de etilo (93/7) Fase estacionária: placas de Silica gel F254  Sistema C: Ácido acético a 15% Fase estacionária: Placas de celulose 10 |
  • 11. Terminalia Cortex Tabela 2. As cinco diferentes placas cromatográficas preparadas. (Fotos no Visível) Extracto (Placa) Sis A Sis B Sis C Clorofórmico (sílica) - Placa I * Placa II Placa III Metanólico (sílica) - - Placa IV * Metanólico (celulose) - - Placa V * As placas I e IV não deram certo, porque houve erro na selecção do tipo da placa, isto é, usou-se placa de celulose, por engano, no lugar de placa de sílica. Este erro foi possível detectar após feita a eluição, pois observou-se que a distribuição era mais regular e menos difusa, o que nunca acontece em placas de sílica más sim em placas de celulose. As setas pretas indicam a linha das manchas da conola, supostamente Terminalia serícea, casca do caule. 11 |
  • 12. Terminalia Cortex a. Detecção e classificação de compostos Placa I: Extracto clorofórmico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A Tabela 1.1 Sequencia da detecção Observação Visível sem pulverização Características das manchas observadas: Observou-se que uma mancha acastanhada migrou totalmente para linha de frente, o que não se esperava para esta placa. Supostamente esperava-se que se a planta tivesse alcalóides fortemente básicos não migravam no sistema A, e fazia-se posterior reacção de pulverização com reagente de Dragendorff (o que não foi feito). Assim, devido ao erro na selecção da placa, não foi possível concluir algo na experiencia com a placa I. 12 |
  • 13. Terminalia Cortex Placa II: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B Tabela 2.1. Sequencia da detecção Pulverização com Observação Observação Observação Observação solução etanólica Observação Visível UV 254nm UV 365 UV 365nm de KOH a 10%- Visível após antes de antes de antes de após Reacção de pulverizado pulverizado pulverizado pulverizado pulverizado Borntraeger Uma 1 1 mancha 1 2 2 2 vermelhada 2 Tabela 2.2. Características das manchas observadas No. Visível UV 254nm UV 365nm Visivel UV 365nm Rf antes de antes de antes de após Pulv. após pulv. Pulv. pulv. Pulv 1 Amarela Mancha Mancha Acastanhada - 0.46 escura Azul 2 Fracamente Mancha - Fracamente Mancha azul 0.35 visivel escura visivel escura - Houve aparecimento de 2 manchas no visível e que também apareceram no UV 254 o que permite confirmar, quanto ao protocolo, que são compostos com duplas ligações conjugadas. Conjuntamente aos testes anteriores, pode-se concluir que são quinonas e os esteróides e triterpenos, pois trata-se do extracto clorofórmico. - A mancha 2 também apareceu no UV 365 o que permite concluir segundo o protocolo que não são os terpenos, logo serão as quinonas. - Após pulverização com reagente de Borntraeger, observou-se que ambas manchas 1 e 2 tornaram-se mais escuras (no visível) porém ainda castanhas e bandas acastanhadas (no UV), enquanto que esperava-se obter manchas avermelhadas; Isto ocorreu devido intervenção do reagente de Néu, pois a mesma placa tinha sido pulverizada antes, por engano, com este. Considerando a intervenção do reagente de Néu, conclui-se que há presença de quinonas (e.g. emodina, reina, alóe-emodina). 13 |
  • 14. Terminalia Cortex Placa III: Extracto clorofórmico, sílica e sistema B Tabela 3.1 Sequencia da detecção Observação UV Observação Visível Observação Visível Contagem das 254nm antes de após pulverizado antes de pulverizado manchas pulverizado com vanilina 1 2 3 3 4 5 5 5 6 7 8 9 10 Tabela 3.2. Características das manchas observadas Visível antes de UV 254nm No. Visivel após Pulv. Rf Pulv. antes de pulv. 1 - - Rosa 0.99 2 - - Violeta 0.75 3 - Mancha escura Violeta muito claro 0.67 4 - - Violeta muito claro 0.62 5 Amarela Mancha escura Castanho claro 0.47 6 - - Rosa 0.37 7 - - Rosa 0.31 8 - - Rosa 0.23 9 - - Rosa claro 0.14 10 - - Rosa claro 0.06 14 |
  • 15. Terminalia Cortex - Após a pulverização houve aparecimento de grande número de manchas, pois maioria dos constituintes dos vegetais, reagem com os reagentes VS e AS originando compostos corados no visível. Isto é, servem de revelador para compostos não corados. O AS é um desidratante que provoca aparecimento de duplas ligações o que contribui para aparecimento de cor do composto. - As diferentes 10 manchas, determinam a presença de 10 diferentes tipos de princípios amargos, saponinas e/ou óleos essenciais, que quimicamente são os terpenos. Placa IV: Extracto metanólico, sílica (erro: foi de celulose) e sistema A Tabela 4.1 Sequencia da detecção Observação Visível, pulverização com vanilina Características das manchas observadas Observou-se que a eluição é mais regular e menos difusa, o que não era esperado, devido a um engano na escolha da placa. Não foi possível ter a conclusão desejada com o extracto metanólico de obter separação dos tipos de taninos, más sim aproveita-se para apenas confirmar o teste de identificação 3.a. Isto é, há presença de taninos na casca de caule da Terminalia sericea. 15 |
  • 16. Terminalia Cortex Placa IV: Extracto metanólico, celulose e sistema C Tabela 5.1 Sequencia da detecção Observação UV 365nm sem Observação Visível sem pulverização pulverização 1 2 3 Tabela 5.2. Características das manchas observadas No. Visível UV 254nm Rf 1 Acastanhada Aparência de chama 0.43 2 Castanho claro amarelada 0.31 (bandas amarelo- 3 Amarela 0.14 baço) As manchas no UV 365nm apresentam bandas amarelo-baço, o que permite concluir que são os taninos hidrolisáveis. E as 3 diferentes Rf pertencem a 3 diferentes tipos de taninos hidrolisáveis. 16 |
  • 17. Terminalia Cortex Conclusão Com este trabalho conseguiu-se estabelecer alguns parâmetros químicos, com utilidade na identificação da casca de caule da Terminalia sericea. E os resultados obtidos contribuem para um melhor conhecimento sobre esta espécie em Moçambique com uso na medicina tradicional local. Assim, através das análises químicas pôde confirmar-se a presença de classes químicas anteriormente descritas, como a presença de taninos, triterpenos e esteróides. Para além disso, obteve-se uma importante aprendizagem de cuidados que se devem ter durante a preparação de extractos, devido ao grande erro observado no corte das cascas do caule com uma tesoura não esterilizada após uso com outro vegetal. Isto é, um pequeno erro pode levar a grandes alterações na conclusão, sendo a presença de quinonas um teste falso positivo com base nas literaturas bibliográficas tidas. Os caracteres do perfil em cromatografia de camada fina descritos podem ser considerados como identidade deste fármaco vegetal, podendo ser tidos em conta na realização de uma possível monografia de Farmacopeia para a casca de caule da Terminalia sericea.. Referencia Bibliográfica 1. Silva O. adaptado por Gomes E., Protocolo das aulas laboratoriais, Plantas Medicinais e Fitoterapia, ISCTEM, OutubroNovembro de 2010 2. Site da internet: 3. http://www.google.com/ domfeliciano-sec.dyndns.org/gilber/.../Cromatografia.doc 4. Créditos Fotográficos: Dra. Elsa Gomes. 17 |