O documento discute medidas de segurança para instituições de saúde, destacando: 1) A importância de vigilantes treinados para monitorar acessos e áreas restritas; 2) O uso de tecnologias como câmeras e controle de acesso para restringir entrada; 3) A necessidade de normas de segurança específicas para cada área, como pronto-socorro e farmácia.
2. 01
ApresentaçãoApresentação
s instituições de saúde, principalmente
os hospitais, são freqüentemente vítimas
de ataques externos e internos, com ações
praticadas tanto por marginais ou quadrilhas
quanto pelos próprios funcionários e
visitantes. Os delitos vão desde o furto de
medicamentos, em especial psicotrópicos,
passando pelo roubo e troca de recém-
nascidos, até resgate ou mesmo assassinato
de presos ou bandidos internados.
A necessidade de manter as portas abertas
24 horas por dia é um dos maiores problemas
para garantir a segurança de pacientes,
funcionários, visitantes, além do próprio
patrimônio da instituição. Para facilitar a
entrada de pacientes e familiares, a
utilização de barreiras físicas, como catracas
para controlar o fluxo de pessoas, não é uma
prática recomendada para as instituições de
saúde, o que, de certa forma, dificulta o
combate a delitos. Entretanto, enquanto em
alguns pontos a entrada e a saída devem ser
liberadas para qualquer pessoa a qualquer
horário, em outros é possível limitar o acesso
a grupos específicos de pessoas e em
horários controlados, como é o caso de
berçários, UTI’s e farmácias.
Independente do porte do estabelecimento,
a prevenção é sempre a melhor medida.
Nesse caso, os hospitais, clínicas e
laboratórios devem investir continuamente
em segurança, seja em tecnologia e
equipamentos ou mão-de-obra especializada,
como vigilantes, porteiros e recepcionistas.
O que vamos ver nesse fascículo está
relacionado ao que existe de melhor no
mercado para garantir a segurança e a
integridade física e moral de pacientes,
visitantes e funcionários, bem como do
patrimônio da própria instituição.
Acompanhe!
A
3. 02
A Estrutura IdealA Estrutura Ideal
Pelas próprias características de um hospital, cujas
portas devem permanecer abertas 24 horas por dia,
o vigilante pode ser considerado o elemento principal
do sistema de segurança. O profissional da área de
vigilância deve monitorar atentamente os principais
acessos, elevadores, berçários, UTI’s e farmácias ou
depósito de medicamentos. Como terá contato direto
com o público, lidando com situações de estresse
comuns em hospitais, o vigilante deve estar
emocionalmente capacitado a atender da melhor
forma possível as pessoas, evitando
constrangimentos e situações que podem colocar em
risco a segurança do local.
03
Apesar de o vigilante ser peça-chave no sistema de
segurança de um hospital, algumas medidas podem
contribuir para evitar maiores problemas. O
cadastramento de visitantes é sempre uma boa
estratégia para garantir a segurança, inibindo a ação de
assaltantes ou seqüestradores. Em áreas específicas,
como berçários, UTI’s e farmácias, além da presença do
vigilante, é recomendado o monitoramento de imagens,
além da restrição do acesso somente a pessoas
autorizadas. Nesse último caso, é aconselhável o uso de
sistemas de controle de acesso de pessoas com o uso de
cartão, ou de tecnologias mais sofisticadas que utilizam
a biometria, com avaliação das impressões digitais ou
da estrutura das mãos e da face.
4. O vigilante das unidades
com acesso restrito (ex: UTI e
maternidade)
Deve ter uma posição firme e
de respeito;
Deve cumprir (e fazer com que
cumpram) com rigor as normas
estabelecidas de acesso e
horário;
É importante que esteja
instruído para não abrir
exceções e preparado para não
se envolver com apelos
sentimentais ou subornos.
O vigilante da entrada principal
Nessa posição, o vigilante deve estar com uniforme para inibir a entrada de
pessoas que não estão enfermas ou visitando um paciente;
Deve estar preparado para fornecer informações educadamente. É
imprescindível que saiba, por exemplo, a localização de cada unidade.
O VigilanteO VigilanteTecnologiaTecnologia
0504
O investimento em um projeto de segurança para hospitais deve ser
otimizado, com os custos direcionados para unidades cruciais dentro da
instituição. Na área de sistemas eletrônicos, por exemplo, há uma
grande variedade de tecnologias e equipamentos disponíveis no
mercado que podem auxiliar na segurança. Os circuitos fechados de TV
(CFTV), por exemplo, com câmeras colocadas em locais estratégicos,
permitem, por meio do monitoramento de imagens, registrar o fluxo de
pessoas dentro de um hospital, além de serem sempre um fator inibidor
de ações criminosas.
Há ainda opções mais básicas, que permitem controlar o acesso de
pessoas e o fluxo nos elevadores, botões de pânico, entre outros, e
sistemas eletrônicos mais modernos, que possibilitam a identificação de
pacientes e recém-nascidos. Veja alguns exemplos de tecnologias que
podem ser utilizadas em hospitais para garantir a segurança interna:
Pulseira com código de barras
O dispositivo é colocado no braço de cada paciente e a leitura do código de
barras é feita com um palm-top;
A pulseira permite maior controle sobre o enfermo, com a possibilidade,
inclusive, de rastrear o usuário mesmo em deslocamento;
Os médicos também podem usá-lo para verificar as informações
contidas em um prontuário. Dessa forma, tem-se maior precisão no momento de
consultar um remédio e conferir os medicamentos já tomados;
O aparelho impede que haja, por exemplo, troca de bebês na maternidade, além
de reduzir os riscos de erros médicos.
Câmera instalada nos berçários
A idéia é que as mães possam acompanhar de
seus quartos como seus filhos estão sendo
tratados a qualquer hora do dia ou da noite;
O aparelho instalado em cada berço também pode
ser útil para que o hospital acompanhe o trabalho
executado no local e possa melhorar o serviço
prestado;
O monitoramento daria a sensação de segurança
às mães que costumam temer o roubo ou troca de
bebês.
Em alguns estabelecimentos, já é possível encontrar serviços como o de
controle compartilhado do estado de saúde do paciente, em que, por meio de
uma senha de acesso à internet, os familiares podem obter informações sobre o
estado do paciente. Isto evita o número excessivo de visitações e,
conseqüentemente, o risco de transmissão de agentes patológicos.
A preparação do vigilante deve ser a maior preocupação na hora de
montar o esquema de segurança de um hospital. Por não poder contar
com alguns equipamentos e armas, seu papel deve ser focado na
observação e no bom trato com as pessoas. Ele deve estar atento para
zelar, principalmente, pela proteção dos médicos, funcionários e
usuários. Veja as principais características e diferenças desse
profissional de acordo com a posição que ocupa.
O vigilante de Pronto-Socorro
Sua atuação deve ser discreta e voltada para atender bem ao público;
Deve estar bem instruído, fornecendo às pessoas informações corretas sobre o
funcionamento do hospital;
Não deve portar arma de fogo. Sua principal arma é a observação. Seu papel é
manter o ambiente tranqüilo e detectar pessoas que estejam no local sem o
devido registro ou permissão;
Durante o processo de seleção, o candidato ao posto deve passar por teste
emocional ou de personalidade. O vigilante precisa estar preparado para
receber ofensas sem reagir. Freqüentemente, ele irá passar por situações com
certo grau de tensão, o que lhe exigirá equilíbrio emocional.
5. Pronto-Socorro
O acesso é
totalmente livre
para a sala de
espera;
Os vigilantes
devem estar
posicionados para
detectar
anormalidades
e preservar a
ordem;
Normas de SegurançaNormas de segurança
06
As regras de segurança dentro de um hospital devem ser distintas para
cada unidade de tratamento, sendo algumas específicas para o Pronto-
Socorro e outras para os demais setores.
Entrada principal
Deve haver uma
recepção para
orientação e controle
de fluxo de pessoas;
O acesso de visitantes
deve ser restrito a um
período do dia;
Todos os pacientes e
seus acompanhantes
autorizados devem ter
um cadastro na
portaria contendo
informações sobre
documento de
identidade, horário e
data de entrada e
previsão de saída;
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Farmácia
Atualmente, a farmácia é uma das áreas
mais visadas dentro de um hospital, seja
por assaltantes ou pelos próprios
funcionários das instituições. Há pesquisas
que revelam um grande número de
dependentes químicos dentro do próprio
corpo de funcionários de um hospital. Pelo
alto custo dos medicamentos, as farmácias
também acabam sendo um dos principais
alvos dos assaltantes.
O ideal é que o acesso à farmácia seja
restrito a um grupo de funcionários, com
fluxo de entrada e saída de pessoas
controlado por sistema de leitura de cartão
ou biometria, além de monitoramento de
imagens.
Dica
Além da infra-estrutura tecnológica, é recomendável fazer o levantamento
histórico-criminal dos funcionários e controlar atentamente o acesso de pessoas
às instalações, como fornecedores e prestadores de serviços .
Entrada para as
unidades
Cada unidade deve ter
normas específicas de
acesso, como horário e
pessoas autorizadas;
Alguns locais, como sala de
operações e farmácias,
devem ser restritos a
determinados funcionários;
Os acessos às unidades de
tratamento, como UTI e
maternidade, devem ter
restrições de horários e
número de pessoas.
6. O Manual de Segurança desenvolvido pela
Fort Knox está dividido em 10 fascículos, de
acordo com os segmentos de mercado
atendidos pela empresa.
Condomínios Residenciais – Vol. I
Condomínios Residenciais – Vol. II
Condomínios Comerciais
Instituições Financeiras
Indústrias
Instituições de Ensino
Instituições de Saúde
Instituições de Lazer
Transporte de Cargas
Segurança no dia-a-dia
Manual de Segurança é uma publicação da Fort Knox
Produção e Diagramação: WN&P Comunicação
Fotografia: Grupo Keystone
Ilustrações: José Eduardo Silva Ramos (Zé Edu)
Rua Teresa Toedtli, 215 - Vila Guarani – CEP: 04311-030 - São Paulo - SP
Tel: (11) 5592-5592 - www.fortknox.com.br
Expediente
No momento de contratar uma empresa de segurança, é imprescindível averiguar se
esta cumpre com todas as exigências legais do órgão regulador, no caso a Polícia
Federal, e está em dia com as obrigações fiscais e trabalhistas. O CRS (Certificado de
Regularidade em Segurança), certificação criada pelo sindicato do setor (SESVESP), é
uma boa forma de comprovar a idoneidade da empresa contratada.
Situações mais comunsSituações mais comuns
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Principais agressores
Doentes;
Acompanhantes de pacientes;
Profissionais de saúde.
Na Suécia, um país onde se imagina que estes episódios ocorrem com
menor freqüência, cerca de 24% dos casos relatados de violência no
local de trabalho ocorrem no setor da saúde, mais do que nos serviços
prisionais, polícia e comércio. Um estudo realizado apontou também
que a elevação dos custos com saúde está diretamente ligada a
escalada da violência nesses ambientes.
Contratação de uma empresa idônea, uso de novas
tecnologias e monitoramento de alarmes e imagens são
essenciais para garantir a segurança dos pacientes,
funcionários e do patrimônio de uma instituição de saúde.
A maior vítima de violência em um hospital é o funcionário,
principalmente o médico. A necessidade de garantir a segurança
desses profissionais é um tema debatido em todo o mundo, mas no
Brasil o debate ainda é prematuro. Pesquisas apontam que a violência
nesses ambientes pode comprometer o serviço de saúde prestado a
toda sociedade. Em Portugal, um estudo realizado em 2004 apontou que
os profissionais que sofreram agressões:
Tinham menor satisfação profissional e sentiam maior pressão no trabalho;
Faltaram mais ao trabalho;
Sofreram mais acidentes de trabalho.
Tipo de violência mais comum
Agressão verbal;
Violência física;
Pressão moral;
Violência contra a propriedade privada;
Discriminação;
Assédio sexual.
Grupo mais atingido
Médicos;
Enfermeiros;
Pessoal administrativo;
Auxiliares médicos;
Profissionais da segurança.