SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
Professores da região iniciam Campanha
contra superlotação de classes e pela
valorização do Magistério
Edição nº 03 • Outubro/2013
Árvore é destruída
para dar visibilidade à
placa de escritório de
advocacia
A APEOESP – Vale do Ribeira, em
parceria com a Academia de Capoei-
ra Angola Ilê Axé (ACAIA) de Mestre
Bigo, promove treinos de Capoeira
Angola semanalmente. O objetivo é o
reconhecimento e a valorização das
nossas raízes culturais. Pág.4
Concurso Público
Foi divulgado o concurso público
para docência na rede de ensino do Esta-
do de São Paulo. A APEOESP está elabo-
rando apostilas preparatórias e promo-
vendo cursos, segundo a demanda, a fim
de colaborar com a preparação dos pro-
fessores candidatos ao ingresso. Pág.4
Veja nesta edição:
• Análise da política educacional vigente Pág.2
• Parecer Jurídico sobre as férias dos professores categoria “O” Pág.3
• A luta dos caiçaras por seu território Pág.4
Capoeira Angola
na subsede do Vale
do Ribeira
A frondosa árvore de Bauhinia sp.,
a popular Pata-de-Vaca, que há muito
tempo existia em frente à casa ao lado
da subsede da APEOESP, no centro
de Registro - SP, oferecendo sombra
e melhorando a qualidade do ar, prin-
cipalmente nos dias de sol intenso, foi
brutalmente cortada, ficando apenas
o tronco, livre de quaisquer galhos. O
motivo do corte: dar visibilidade a um
novo escritório de advogados. Tal abu-
so ambiental contraria a autorização
da Prefeitura que consistia apenas em
poda. Descumprimento de ato muni-
cipal e falta de consciência ambiental
não é o que a população espera de ho-
mens e mulheres da lei.
Protesto: “Morri, mas pelo menos vocês sabem agora
como se trata o meio-ambiente”
Campanha iniciada pela
APEOESP - Vale do Ribeira visa re-
duzir o número de alunos por clas-
se, o que pode melhorar as condi-
ções de trabalho e a qualidade do
processo ensino-aprendizagem. A
APEOESP – Vale do Ribeira
participa das mobilizações populares
O Sindicato dos Professores do
Ensino Oficial do Estado de São Pau-
lo (APEOESP), representado pela sua
subsede do Vale do Ribeira, participou
ativamente das manifestações popula-
res realizadas na cidade de Registro.
Juntamente com outros movimen-
tos sociais e com os estudantes da
UNESP compôs a Unidade Popular
e participou da elaboração da pauta
de reivindicações que abordou, entre
outros temas, o descaso das políticas
públicas da saúde, da educação e do
transporte. Os professores também
estiveram presentes em manifestações
em outros municípios da região.
superlotação é uma das principais
causas dos conflitos de socializa-
ção e, consequentemente, queda
da qualidade do aprendizado dos
alunos, além do adoecimento dos
professores. Pág.4
Ousar lutar, ousar vencer!
É com este lema da VPR –
Vanguarda Popular Revolucioná-
ria – atribuído à Carlos Lamarca,
revolucionário que lutou contra a
opressão e pela liberdade na sua
jornada pelo Vale do Ribeira, que
iniciamos o nosso terceiro bole-
tim: mais um instrumento para
expor nossas idéias e reivindicar
nossos direitos.
São tantas as frustrações,
que os desafios se apresentam
diariamente. Muitas vezes,
presenciamos professores aco-
modados e desanimados em
transformar a própria realida-
de injusta que o sufoca. Esta-
EXPEDIENTE:
O Boletim Regional da APEOESP - Vale
do Ribeira é uma publicação mensal
produzida pela empresa Palavra & Ação
Comunicação Integrada.
Jornalista responsável:
Adilson Cabral – DRT/MT: 618/9503
Revisão: Prof. André Murtinho Ribeiro
Chaves; Prof.ª Conceição Aparecida
da Silva; Prof. Helder dos Santos
de Oliveira; Prof. Washington Luís
Quintilhano Barbosa de Souza.
Diagramação: Márcio Lima
Impressão: Gráfica Exceuni
A subsede da APEOESP - Vale do Ribeira,
situada no município de Registro,
representa os professores de 13 municípios:
Barra do Turvo, Cajati, Cananeia,
Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga,
Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-
Açu, Registro e Sete Barras.
O Conselho Regional de Representantes
da subsede é formado por 13 professores
conselheiros eleitos junto à base. Destes,
compõem a diretoria executiva da subsede
os seguintes conselheiros:
Coordenador:
Prof: André Murtinho Ribeiro Chaves
Secretário:
Prof: Hélder dos Santos de Oliveira
Tesoureira:
Prof.ª: Conceição Aparecida da Silva
Fazem parte do quadro de funcionários:
Auxiliar administrativa:
Farah Ibis Franco
Advogado
Dr. Hugo Leonardo Mendes Batalha.
Atendimento jurídico às sextas-feiras
com prévio agendamento.
A subsede está localizada na Rua Capitão
João Pocci, 233, Centro, Registro-SP
e funciona de segunda à sexta, das
8h30min às 17h30min. Os telefones para
contato são: (13) 3821-4571 e3821-3867
ou (13) 9702-3332.
Endereço eletrônico:
valeribeira@apeoespsub.org.br
Endereço eletrônico da coordenação:
apeoespvaleribeira@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/
apeoesp.valedoribeira
Twitter: https://twitter.com/
APEOESPVRibeira
Saiba sempre que o sindicato
é seu e é nele que unidos
nos fortalecemos. É com o
sindicato que podemos fazer
a luta diária para garantir não
somente os nossos direitos
como trabalhadores, mas como
educadores e cidadãos.
Sozinho, o problema é seu!
Juntos, somos fortes!
2 outubro / 2013
editorial
Análise PolíticaA municipalização do Ci-
clo I do Ensino Fundamental
concluindo-se nas escolas da
região, fato que desencadeou o
fechamento de grande número
de salas de aulas e até mesmo
de escolas. Diante disto, profes-
sores contactaram o sindicato,
preocupados com a possibilida-
de da centralização de vagas do
ensino noturno em poucas esco-
las, o que minimizaria a oferta
de aulas.
Lembramos que em algu-
mas unidades escolares, o fe-
chamento do período noturno já
ocorreu e existem rumores que
esta degradação se ampliará
em 2014. Como consequência,
docentes perderam a sua sede
de trabalho e muitos de nossos
alunos são obrigados a viajar
longas distâncias em condições
de segurança não apropriadas
e sem a alimentação necessária
para o período que envolve o
trajeto entre sua casa e o tem-
po de estudo, além disso há um
grande número de alunos que
desistem de concluir seus estu-
dos devido às situações tão ad-
versas. Não obstante a tais con-
dições, no Estado de São Paulo,
a municipalização do Ciclo II do
Ensino Fundamental avança.
Em uma análise sobre a
ideologia política do governo
do estado, verificamos que, na
lógica do neoliberalismo, o en-
xugamento da máquina estatal
passa pelo “Estado de Bem-
Estar Social”, ou seja, saúde,
educação e previdência. Partin-
do deste pressuposto, apesar da
conquista do movimento de gre-
ve para a realização do concurso
público, o que está evidenciada
é a relatada centralização e con-
sequente diminuição do número
de salas de aulas, principalmen-
te as do período noturno. Mais
mos passando por uma triste fase
da nossa trajetória na educação
paulista. Cada vez mais, profes-
sores descrentes abandonam a
profissão, não por incompetência,
mas por impotência.
Tivemos oportunidade de lu-
tar e impedir, mais uma vez, a re-
tirada de direitos durante a Greve
de Abril/Maio de 2013, entretan-
to, contraditoriamente, o panora-
ma político-educacional ceifou a
coragem e a vontade de lutar da
maioria dos professores da rede
estadual e novamente a vitória foi
protelada. Mesmo as aclamadas
conquistas, porém pequenas, dos
um agravante, é a possibilidade
de aumentar a carga horária
dos professores efetivos e está-
veis em regime de contratação
temporária. Isto é, aumentar o
número de professores em jor-
nadas extenuantes, deixar mais
desempregados entre os profes-
sores temporários a fim de dimi-
nuir os custos previdenciários e
o valor da folha de pagamento
dos funcionários da educação.
A contradição desta forma
de se pensar a política do fun-
cionalismo público está no fato
de que prejudica diretamente
o trabalhador docente, pois as
atuais condições de trabalho
denotam salas superlotadas,
falta de infraestrutura, recursos
didáticos escassos e ultrapas-
sados, com contratação precá-
ria e ilusória que atinge até 65
horas-aulas semanais, ou seja,
professores temporários ainda
não se concretizaram.
Felizmente, o histórico “Ju-
nho de 2013” reativou a ousa-
dia da mudança e a esperança
de reais conquistas para a nossa
classe. Mesmo porque muitos dos
integrantes do MPL (Movimento
Passe Livre), que alavancaram a
revolta nacional, eram professo-
res grevistas, tachados de Cate-
goria “O” pelo governo, e estavam
presentes nas nossas paralisa-
ções e assembléias nas ruas da
Capital, mesmo sob intenso assé-
dio moral da Secretaria de Edu-
cação do governo Alckmin.
A resistência destemida
dos manifestantes forçou os go-
vernantes a recuarem em seus
desmandos e abusos, ainda que
após muita agressão policial,
prisões covardes e perseguições
arbitrárias. Portanto, somente
com a luta persistente é que te-
remos verdadeiras vitórias para
os trabalhadores e para toda a
população.
Como diria outro célebre
Carlos, o Marighella, “a única
luta que se perde é aquela que
se abandona”.
APEOESP – Vale do
Ribeira
situações escravizantes que, in-
clusive, comprometem a saúde
do professor.
O resultado evidencia-se no
comprometimento da qualidade
do ensino. Ironicamente, o go-
verno que apresenta na mídia a
fantasiosa melhora na qualidade
do ensino, é o mesmo que na prá-
tica promove a desvalorização da
educação, como, por exemplo,
o valor ultrajante do salário do
professor. Pela formação acadê-
mica e pela responsabilidade do
trabalho dos professores e pro-
fessoras é justo e fundamental
uma boa condição de trabalho e
remuneração digna.
Prof. André Murtinho Ribei-
ro Chaves, Prof.ª Conceição
Aparecida da Silva,
Prof. Helder dos Santos de
Oliveira, Prof. Washington
Luís Quintilhano Barbosa de
Souza.
(...)
o neoliberal
sonha um admirável
mundo fixo
de argentários e multinacionais
terratenentes terrapotentes coronéis
políticos
milenaristas (cooptados) do perpétuo
status quo:
um mundo privé
palácio de cristal
à prova de balas:
bunker blau
durando para sempre - festa estática
(ainda que sustente sobre fictas
palafitas
e estas sobre uma lata de lixo)
(Haroldo de Campos, em Circum-Ióqui)
Poema:Ohinventalíngua
Após enquetes realiza-
das na internet e nas reu-
niões de representantes do
nosso sindicato, a APEO-
ESP - Vale do Ribeira reali-
zará uma Confraternização
da Semana do Professor
para lembrarmos o nosso
dia, o nosso mês.
No dia 12 de outubro
(sábado), a partir das 13h,
nos encontraremos no JAR-
DIM LAGEADO (CHÁCARA
DE MARIQUITA), localizado
no Bairro Lageado, no Km
09 da Rodovia Eldorado-
Jacupiranga.
Custo: a) Sócios, Côn-
juges e Filhos acima de 18
anos: R$ 20,00;
b) Não-sócios: R$
40,00; c) Crianças não pa-
gam. Confirme sua partici-
pação até 09/10
Churrasco do
Professor
3outubro / 2013
JURÍDICO
Professores categoria “O”:
Férias + 1/3
APEOESP inicia Campanha
pela redução do número de
alunos por sala
Infelizmente,  a  violência 
é  uma  triste realidade  nas 
escolas de todo o país. Amea-
ças e agressões  físicas e ver-
bais  a  professores,  diretores, 
funcionários  de  escolas  e  en-
tre  os  próprios  alunos,  acon-
tecem  diariamente nas  es-
colas  públicas,  onde
deveriam prevalecer a cultu-
ra de paz e a formação de ci-
dadãos  para  uma  socieda-
de mais justa e inclusiva.
A  divulgação  pela  mí-
dia dos seguidos e graves  ca-
sos  de  violência,  ocorridos
nas escolas públicas, tem leva-
do a sociedade a dar maior aten-
ção  a  este  problema,  cuja  in-
cidência é  um  dos  fatores 
As  férias  dos  professo-
res,  ao  contrário  das  demais  ca-
tegorias  profissionais,  são  sempre
coletivas,  fracionadas  em  dois 
períodos  e  que  devem  coincidir 
com  o  recesso  escolar. No tocan-
te ao professor categoria “O”, o direi-
to  às  férias  está  previsto  no  artigo
12,  II da Lei Complementar estadu-
al  1.093/09  que  assegura  o  paga-
mento  das  férias  depois  de  decorri-
dos 12 (doze) meses de efetivo exercí-
cio da função.
Em  que  pese  essa  lei  não  pre-
ver  o  recebimento  do  adicio-
nal de 1/3 de férias, o professor ca-
tegoria  “O”  faz  o  jus  ao  recebimen-
to do acréscimo de 1/3 tendo em vis-
ta  se  tratar  de  direto  previs-
to na Constituição Federal.
Ocorre  que  o  artigo  17  do 
Decreto  nº  54.682/09  assegura  o 
pagamento  das  férias somente  aos 
docentes  que  tiverem  o  contrato 
rescindido  após  doze  meses  de con-
tratação:  “o  pagamento  de  férias, 
acrescido de 1/3 (um terço), somen-
te  quando decorridos 12 (doze) me-
ses de exercício da função, em cará-
ter indenizatório.”
Com  o  término  do  contrato 
de  trabalho,  a  Diretoria  de  Ensino 
deve  enviar  o  formulário  de extin-
ção  contratual  à  Secretaria  Estadu-
al  da  Fazenda.  O  pagamento  deve 
ocorrer  no  mês subseqüente do re-
cebimento do formulário pela Fazen-
da.
Embora o decreto estabele-
ça que as férias somente serão in-
denizadas quando  o  professor 
completar  12  meses  de  trabalho, 
sob  a  perspectiva  jurídica  é  cer-
to  que  o  professor  que  não  comple-
tou  os  12  meses  de  trabalho 
também  tem  direito  ao  recebimen-
to  das  férias,  mas calculada de for-
ma proporcional aos meses trabalha-
dos.
Sobre  esse  assunto  tramita 
na  Justiça  uma  ação  coletiva  da 
APEOESP  em  que  se  postula justa-
mente  o  pagamento  de  férias  pro-
porcionais  aos  professores  categoria 
“O”,  entretanto, ainda não foi profe-
rida sentença.
Portanto,  com  fundamento no
art. 12, II, da Lei 1.093/09, os pro-
fessores  Categoria  “O”  devem  rece-
ber as férias após 12 meses de efe-
tivo exercício. Aqueles que não com-
pletaram 12 meses, após  a  extinção 
do  contrato,  devem  requerer  o  pa-
gamento  das  férias  proporcionais  + 
1/3 junto a diretória regional de en-
sino e munidos com a resposta (in-
deferimento)  devem  procurar  aten-
dimento jurídico na subsede.
Hugo Batalha
Advogado da APEOESP-Subsede do
Vale do Ribeira
APEOESP publica análise da pesquisa
sobre violência nas escolas
que, ao  lado das  precárias 
condições  de  trabalho,  cau-
sam  o  adoecimento, e  conse-
quente  afastamento  para  tra-
tamento de saúde, e o abando-
no das atividades docentes.
A violência escolar é tam-
bém  um  dos  fatores  agravan-
tes  que  interferem  negativa-
mente na aprendizagem dos
nossos estudantes. A partir 
de  uma  concepção  pe-
dagógica, que  pressu-
põe o papel  central que
os professores  ocu-
pam  no  processo  en-
sino-aprendizagem  e 
a  necessidade de que 
lhes  sejam  assegu-
radas  condições  de 
trabalho,  a APEOESP  lançou 
o caderno “Análise da  Pesqui-
sa  Violência  nas  Escolas: O 
Olhar  dos  Professores”.  Em 
primeiro  momento,  o  cader-
no é resultado de uma pesqui-
sa feita entre os professores e re-
trata  o  ponto  de  vista  destes 
sobre a incidência da violência 
dentro  das  escolas  es-
taduais.  Poste-
riormente,  a
pesquisa abran-
gerá  também  o
“olhar”  de  estu-
dantes e  pais  ob-
jetivando encontrar
propostas que me-
lhorar atendam as
expectativas  da  co-
munidade escolar.
Definir o número de alunos pela
“ocupação calculada na razão do espa-
ço em m²”, o que pode chegar ao núme-
ro de 50 alunos, é desconsiderar que o
atendimento pedagógico se faz ao aluno
e não ao espaço. A UNESCO recomen-
da: “O número de alunos em sala de
aula dever ser reduzido em quantidade
tal que permita ao professor ocupar-se
pessoalmente de cada um.” Eventual-
mente, os alunos serão atendidos em
pequenos grupos ou individualmente
visando, por exemplo, o desenvolvimen-
to de atividades de recuperação.(...)”, tal
recomendação não é observada pela Se-
cretaria Estadual de Educação de São
Paulo, tornando nossa educação incom-
patível com um bom aprendizado.
Diante  disso,  A  APEOESP-Vale 
do Ribeira está iniciando  uma campa-
nha  para  reduzir  o  número  de  estu-
dantes por classe melhorando a quali-
dade do processo ensino-aprendizagem.
Salas cheias de alunos impossibili-
tam o atendimento diferenciado às ne-
cessidades  individuais,  dificultam  a 
compreensão e a assimilação dos con-
teúdos,  causam  a  evasão  dos alu-
nos e,  além  disto, o  professor  gas-
ta  muito  mais  energia para  ministrar 
a aula, prejudicando consideravelmen-
te a sua saúde, visto que salas superlo-
tadas aumentam o nível de ruído e geram
situações  de  conflitos,  extremamen-
te incompatíveis com o exercício do ma-
gistério.
O  governo  propõe  o  professor 
auxiliar  (do  aluno),  com  presen-
ça em  apenas uma  aula  por  sema-
na  nas  disciplinas  de  Português  e 
Matemática,  como  forma  de  ame-
nizar  os  sintomas  de  superlotação.
Porém,  não  são  oferecidos  momen-
tos  coletivos  de  planejamento  de  au-
las  e  o  professor  auxiliar  acaba  sen-
do  um  número  a  mais  presente  na
sala de aula ou, quando opta por  re-
tirar  alguns  dos  alunos,  que  apresen-
tam  defasagem  de  conhecimentos,
para  trabalhar  fora  da  sala,  também
espera o professor para orientá-lo.  Re-
centemente, mais  uma  das experiên-
cias do governo paulista está sendo im-
plantada: “o professor estagiário”, que
segundo o próprio governo, seria como
a residência médica.
Esquece, porém que diferente do
médico residente, que já concluiu o
bacharelado, o estagiário residente da
educação, acabou de sair do ensino
médio. Nesta experiência, aplica-se er-
roneamente o conceito de que, indepen-
dente da formação, qualquer um pode
ser classificado como professor.
A Campanha iniciada pelos pro-
fessores é pelas condições dignas de
trabalho, material didático atualizado
e disponível, ambientes educacionais
limpos, bem ventilados, valorização sa-
larial, e, principalmente, pelo aluno que
tem o direito de ser atendido em suas
necessidades individuais por profis-
sional devidamente licenciado e apto a
exercer o nobre trabalho da docência.
A luta dos Caiçaras pelo território
Dauro Marcos do Prado
Caiçara da Jureia
Presidente da União dos
Moradores da Jureia
Contra a ameaça de ex-
pulsão de seu território, os
moradores da Jureia tive-
ram que enfrentar, nos últi-
mos quarenta anos, investi-
das desde empreendimentos
imobiliários até usina nu-
clear.
A mais recente batalha,
que já dura pelo menos vinte
seis anos, é pela reclassifica-
ção de parte a Estação Ecoló-
gica Jureia-Itatins (E.E.J.I.)
que é, atualmente, uma
Unidade de Conservação de
Proteção Integral, para Uni-
dade de Conservação de Uso
Sustentável (UCUS) ou RDS.
O governo do Estado de São
Paulo passou a discutir o
projeto de alteração da lei
estadual somente no ano de
2004, quando foi pressiona-
do pelas comunidades e pelo
poder legislativo estadual.
No entanto, o Projeto de
lei aprovado pela Assembleia
Legislativa Estadual e sancio-
nado pelo governador Geraldo
Alckmin, em abril de 2013, a
fim de implantar um Mosaico
de Unidades de Conservação,
não respeitou as reivindicações
das comunidades, sobre uso e
permanência em seu territó-
rio, apresentadas nas audiên-
cias públicas e nem pelo grupo
de trabalho das Comunidades
Tradicionais, criado pela Co-
missão de Meio Ambiente da
ALESP.
Os caiçaras vivem na re-
gião da Jureia há pelo menos
oito gerações e possuem do-
cumentação de titularidade da
terra desde 1850. A criação
da Estação Ecológica Jureia-
Itatins, em 1986, efetivou um
processo violento e contínuo
de expulsão dos moradores
de seu território. No cadastro
do Governo do Estado de São
Paulo, feito alguns anos após a
criação da E.E.J.I., havia cerca
de 300 famílias entre caiçaras
e agricultores tradicionais, dis-
tribuídos em 22 comunidades.
A Jureia é um dos mais
importantes remanescentes
de Mata Atlântica do Estado
de São Paulo, o que evidencia
como o modo de vida e a forma
de uso dos recursos naturais
não só preservaram a região
como adensaram sua riqueza
biológica.
Devido à biodiversidade
local e a beleza das paisagens,
em uma área bastante próxi-
ma à capital, a região tornou-
se alvo de inúmeros interesses
externos. No final da década de
70 havia um projeto de cons-
trução de um condomínio re-
sidencial de luxo, encabeçado
pela incorporadora imobiliária
Gomes de Almeida, no qual se
previa a construção de residên-
cias para mais de 70 mil pes-
soas.
Em 1980, o governo fede-
ral cancelou o projeto imobiliá-
rio e passou a projetar a cons-
trução de uma usina nuclear.
Tanto o primeiro projeto quan-
to o segundo foram elaborados
à revelia da população local.
Ainda na década de 80, o mo-
vimento ambientalista paulista
passou a considerar a conser-
vação ecológica da Jureia como
uma de suas principais bandei-
ras. A pressão dos ambientalis-
tas sobre os governos federal e
estadual foi fundamental para
a criação da Estação Ecológica
em 1986. Com a eminência da
construção da usina nuclear
argumentavam junto aos mo-
radores que a Estação Ecológi-
ca era a única alternativa que
garantiria a permanência des-
sas comunidades no local.
Tal como nos dois pro-
jetos anteriores, a criação da
Estação Ecológica, além de ser
efetuada sem a participação da
população local, foi contra a
permanência das comunidades
caiçaras no território de origem
configurando uma mentira da-
quilo que foi prometido na cam-
panha ambientalista contra a
implantação da usina nuclear
na Jureia, resultando no iní-
cio de um processo crescente e
contínuo de injustiça social.
Este processo se intensi-
ficou nos anos seguintes, mo-
mento em que a participação
e direitos das comunidades fo-
ram desconsiderados pelo Go-
verno do Estado de São Paulo
e pelo movimento ambien-
talista. As atividades tradi-
cionais, como os roçados, a
caça e a pesca, tornaram-se
ilegais com a criação da Es-
tação Ecológica e, com isso,
foram proibidas.
A fiscalização dos ges-
tores e da polícia ambiental
constrangia os moradores,
pois os obrigavam a assinar
os termos de multa. Além
disso, os moradores tinham
suas casas invadidas pela
polícia ambiental e seus ins-
trumentos de plantio, caça e
pesca, bem como suas cano-
as, eram apreendidos.
Os caiçaras reagiram a
esse processo de violência,
desde o início, quando en-
tão formaram associações
comunitárias para lutar
pela permanência em seu
território, bem como, pela
preservação de sua cultura,
identidade, modo de vida e,
também, pelo retorno das
famílias que foram expulsas
pelo processo de expropria-
ção instaurado com a cria-
ção da Estação Ecológica.
4 outubro / 2013
Reconhecendo a impor-
tância da valorização das
nossas raízes culturais, a
subsede da APEOESP - Vale
Ribeira firmou parceria com
a Academia de Capoeira An-
gola Ilê Axé (ACAIA) de Mestre
Bigo. As aulas acontecem na
subsede: Rua Cel. Jeremias
Muniz Junior, 248, Centro,
Registro-SP nos seguintes
No dia 2 de maio, os pro-
fessores do Vale do Ribeira,
em greve, realizaram um Ato
Público, com posterior Cami-
nhada pela Defesa da Edu-
cação Pública de Qualidade,
denunciando as graves condi-
ções de trabalho enfrentadas
Após pressão do sindicato
e da sociedade, o governo pau-
lista anunciou concurso públi-
co para selecionar 59 mil novos
professores. Destes, estão pre-
vistas 20 mil admissões para
janeiro de 2014: a prova é espe-
rada para novembro deste ano.
Para contribuir com a pre-
paração dos professores can-
didatos, a APEOESP está ela-
borando apostilas específicas e
pedagógica, a preço de custo.
Professores interessados em ob-
ter as apostilas prepraratórias
poderão realizar a encomenda
na subsede da APEOESP – Vale
do Ribeira (13 38214571). Tam-
bém há previsão da realização
de cursos preparatórios e/ou
formação de grupos de estudos
caso haja demanda de professo-
res interessados. Faça anteci-
padamente a sua inscrição!
Capoeira Angola na
subsede do Vale do
Ribeira
Caminhada em defesa
da Educação Pública de
Qualidade
APEOESP
elabora apostilas
para concurso
público
dias e horários:
- Quintas-feiras e sába-
dos: das 9h às 10h30min
- Terças e quintas-feiras:
das 20h às 21h30min.
Os interessados em co-
nhecer a prática da Capoei-
ra Angola poderão entrar em
contato: (13) 98160-2591;
99154-8319, ou com a subse-
de (13) 3821-4571.
nas escolas públicas estadu-
ais e reivindicando a valori-
zação do trabalho docente. O
ato, contou com a presença
de professores das escolas
públicas estaduais da região
e com o apoio da população
registrense.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Acontece agora ed333
Acontece agora ed333Acontece agora ed333
Acontece agora ed333grupoacontece
 
Acontece354 (2) cópia
Acontece354 (2)   cópiaAcontece354 (2)   cópia
Acontece354 (2) cópiacocopequeno007
 
Magister julho de 2016
Magister julho de   2016Magister julho de   2016
Magister julho de 2016Jorge Junior
 
Magister agosto 2013
Magister agosto 2013Magister agosto 2013
Magister agosto 2013apruema
 
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da Serra
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da SerraCursinho Pré-Vestibular - Bom J. da Serra
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da SerraBOM JESUS NOTÍCIAS
 
Intple (32)
Intple (32)Intple (32)
Intple (32)eadl
 
Magister novembro desembro 2015
Magister novembro desembro  2015Magister novembro desembro  2015
Magister novembro desembro 2015Jorge Baldez
 
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012feaacri
 
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015alasbem
 

Mais procurados (17)

Folha 202
Folha 202Folha 202
Folha 202
 
Acontece agora ed333
Acontece agora ed333Acontece agora ed333
Acontece agora ed333
 
Acontece354 (2) cópia
Acontece354 (2)   cópiaAcontece354 (2)   cópia
Acontece354 (2) cópia
 
Requerimento16462
Requerimento16462Requerimento16462
Requerimento16462
 
Magister julho de 2016
Magister julho de   2016Magister julho de   2016
Magister julho de 2016
 
Guaianas 092 b
Guaianas 092 bGuaianas 092 b
Guaianas 092 b
 
Magister agosto 2013
Magister agosto 2013Magister agosto 2013
Magister agosto 2013
 
Guaianas 108
Guaianas 108Guaianas 108
Guaianas 108
 
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da Serra
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da SerraCursinho Pré-Vestibular - Bom J. da Serra
Cursinho Pré-Vestibular - Bom J. da Serra
 
Intple (32)
Intple (32)Intple (32)
Intple (32)
 
Magister novembro desembro 2015
Magister novembro desembro  2015Magister novembro desembro  2015
Magister novembro desembro 2015
 
Novembro 2017
Novembro  2017Novembro  2017
Novembro 2017
 
MurtiJornal 2016 - 1ª Edição
MurtiJornal 2016 - 1ª EdiçãoMurtiJornal 2016 - 1ª Edição
MurtiJornal 2016 - 1ª Edição
 
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012
Jornal SEAAC em Notícias - Marília - Dez/2012
 
Guaianas 103
Guaianas 103Guaianas 103
Guaianas 103
 
Metas Curriculares Ingles
Metas Curriculares InglesMetas Curriculares Ingles
Metas Curriculares Ingles
 
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015
MúsiCA UFPR - Guia de Sobrevivência para Calouros 2015
 

Destaque

FCSarch 06 Islam 2
FCSarch  06 Islam 2FCSarch  06 Islam 2
FCSarch 06 Islam 2jdankoff
 
Japanese Ninja Skirt That Turns Into
Japanese Ninja Skirt That Turns IntoJapanese Ninja Skirt That Turns Into
Japanese Ninja Skirt That Turns Intolaare
 
Ppt. puerta de la luna
Ppt. puerta de la lunaPpt. puerta de la luna
Ppt. puerta de la lunamachimaxima
 
24h.com.vn - Tai Lieu KH
24h.com.vn - Tai Lieu KH24h.com.vn - Tai Lieu KH
24h.com.vn - Tai Lieu KHPhi Jack
 
Apoio inovacao jp paulo
Apoio  inovacao jp pauloApoio  inovacao jp paulo
Apoio inovacao jp pauloConfap
 
海底世界教案
海底世界教案海底世界教案
海底世界教案daizogu
 
Sociale media grotius maart 2013
Sociale media grotius maart 2013Sociale media grotius maart 2013
Sociale media grotius maart 2013John van Dongen
 
Fortaleza 2010 - 22/12/2010
Fortaleza 2010 - 22/12/2010Fortaleza 2010 - 22/12/2010
Fortaleza 2010 - 22/12/2010Confap
 
Automated Trading Software
Automated Trading SoftwareAutomated Trading Software
Automated Trading Softwarebatevhqr
 
Artigo microbiologia
Artigo microbiologiaArtigo microbiologia
Artigo microbiologiadenilson7979
 
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_Lethalsteven
 
Artigo microbiologia
Artigo microbiologiaArtigo microbiologia
Artigo microbiologiadenilson7979
 
Lengua 3º A Prof. Araceli Fernández.
Lengua 3º A    Prof. Araceli Fernández.Lengua 3º A    Prof. Araceli Fernández.
Lengua 3º A Prof. Araceli Fernández.AraceliFdez
 

Destaque (20)

S9
S9S9
S9
 
Chicas De La Nba
Chicas De  La NbaChicas De  La Nba
Chicas De La Nba
 
FCSarch 06 Islam 2
FCSarch  06 Islam 2FCSarch  06 Islam 2
FCSarch 06 Islam 2
 
Euni08
Euni08Euni08
Euni08
 
Presenta 7thfloor
Presenta 7thfloorPresenta 7thfloor
Presenta 7thfloor
 
Japanese Ninja Skirt That Turns Into
Japanese Ninja Skirt That Turns IntoJapanese Ninja Skirt That Turns Into
Japanese Ninja Skirt That Turns Into
 
Ppt. puerta de la luna
Ppt. puerta de la lunaPpt. puerta de la luna
Ppt. puerta de la luna
 
24h.com.vn - Tai Lieu KH
24h.com.vn - Tai Lieu KH24h.com.vn - Tai Lieu KH
24h.com.vn - Tai Lieu KH
 
Los numeros
Los numeros Los numeros
Los numeros
 
Apoio inovacao jp paulo
Apoio  inovacao jp pauloApoio  inovacao jp paulo
Apoio inovacao jp paulo
 
海底世界教案
海底世界教案海底世界教案
海底世界教案
 
Sociale media grotius maart 2013
Sociale media grotius maart 2013Sociale media grotius maart 2013
Sociale media grotius maart 2013
 
Fortaleza 2010 - 22/12/2010
Fortaleza 2010 - 22/12/2010Fortaleza 2010 - 22/12/2010
Fortaleza 2010 - 22/12/2010
 
Automated Trading Software
Automated Trading SoftwareAutomated Trading Software
Automated Trading Software
 
Artigo microbiologia
Artigo microbiologiaArtigo microbiologia
Artigo microbiologia
 
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_
Hur en skola_kan_nyttja_en_facebook_grupp_
 
It Anders
It AndersIt Anders
It Anders
 
Artigo microbiologia
Artigo microbiologiaArtigo microbiologia
Artigo microbiologia
 
Weboggi Parte 1 Tendenze
Weboggi Parte 1 TendenzeWeboggi Parte 1 Tendenze
Weboggi Parte 1 Tendenze
 
Lengua 3º A Prof. Araceli Fernández.
Lengua 3º A    Prof. Araceli Fernández.Lengua 3º A    Prof. Araceli Fernández.
Lengua 3º A Prof. Araceli Fernández.
 

Semelhante a Boletim Regional - APEOESP - Vale do Ribeira - 03 - Outubro/2013

Semelhante a Boletim Regional - APEOESP - Vale do Ribeira - 03 - Outubro/2013 (20)

Coelho News - 7ª Edição!
Coelho News - 7ª Edição!Coelho News - 7ª Edição!
Coelho News - 7ª Edição!
 
Boletim outubro
Boletim   outubroBoletim   outubro
Boletim outubro
 
Boletim 1
Boletim 1Boletim 1
Boletim 1
 
Boletim 1
Boletim 1Boletim 1
Boletim 1
 
Planejamento Oui
Planejamento OuiPlanejamento Oui
Planejamento Oui
 
Jornal chapa2
Jornal chapa2Jornal chapa2
Jornal chapa2
 
Projeto Educativo - PÓLO NºXX III DE SÃO PEDRO
Projeto Educativo - PÓLO NºXX III DE SÃO PEDROProjeto Educativo - PÓLO NºXX III DE SÃO PEDRO
Projeto Educativo - PÓLO NºXX III DE SÃO PEDRO
 
Estado 2012 11 26 (1)
Estado 2012 11 26 (1)Estado 2012 11 26 (1)
Estado 2012 11 26 (1)
 
ConSiso
ConSisoConSiso
ConSiso
 
A experiência do Programa de Bolsas de Estudo para o Ensino Básico do Centro ...
A experiência do Programa de Bolsas de Estudo para o Ensino Básico do Centro ...A experiência do Programa de Bolsas de Estudo para o Ensino Básico do Centro ...
A experiência do Programa de Bolsas de Estudo para o Ensino Básico do Centro ...
 
Seminário nacional ufabc
Seminário nacional ufabcSeminário nacional ufabc
Seminário nacional ufabc
 
ConSiso - o jornal da AAMDL
ConSiso - o jornal da AAMDLConSiso - o jornal da AAMDL
ConSiso - o jornal da AAMDL
 
Enquete dos professores do Vale do Ribeira sobre a possibilidade de Greve 2013
Enquete dos professores do Vale do Ribeira sobre a possibilidade de Greve 2013Enquete dos professores do Vale do Ribeira sobre a possibilidade de Greve 2013
Enquete dos professores do Vale do Ribeira sobre a possibilidade de Greve 2013
 
Pensando as Licenciaturas
Pensando as Licenciaturas Pensando as Licenciaturas
Pensando as Licenciaturas
 
a iportancia da pedagogia Elenilda
a iportancia da pedagogia Elenildaa iportancia da pedagogia Elenilda
a iportancia da pedagogia Elenilda
 
Boletim educa n4
Boletim educa n4Boletim educa n4
Boletim educa n4
 
1ª edição
1ª edição1ª edição
1ª edição
 
1ª edição
1ª edição1ª edição
1ª edição
 
Projeto Político Pedagógico (PPP 2014)/EMEF Olavo Bilac
Projeto Político Pedagógico (PPP 2014)/EMEF Olavo BilacProjeto Político Pedagógico (PPP 2014)/EMEF Olavo Bilac
Projeto Político Pedagógico (PPP 2014)/EMEF Olavo Bilac
 
Carta à APUR
Carta à APURCarta à APUR
Carta à APUR
 

Mais de Apeoesp Vale Do Ribeira

Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do Ribeira
Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do RibeiraQuando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do Ribeira
Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do RibeiraApeoesp Vale Do Ribeira
 
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associados
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associadosDocumento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associados
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associadosApeoesp Vale Do Ribeira
 
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORES
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORESVIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORES
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORESApeoesp Vale Do Ribeira
 
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013Apeoesp Vale Do Ribeira
 
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012 Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012 Apeoesp Vale Do Ribeira
 

Mais de Apeoesp Vale Do Ribeira (10)

Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do Ribeira
Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do RibeiraQuando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do Ribeira
Quando 11 é igual a 13: Golpe no Vale do Ribeira
 
Aos Mestres do Vale do Ribeira
Aos Mestres do Vale do RibeiraAos Mestres do Vale do Ribeira
Aos Mestres do Vale do Ribeira
 
Boletim n°1 - Eleições APEOESP 2014
Boletim n°1 - Eleições APEOESP 2014Boletim n°1 - Eleições APEOESP 2014
Boletim n°1 - Eleições APEOESP 2014
 
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associados
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associadosDocumento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associados
Documento elaborado pela secretaria de legislação e defesa dos associados
 
Código florestal é ameaça ao mangue
Código florestal é ameaça ao mangueCódigo florestal é ameaça ao mangue
Código florestal é ameaça ao mangue
 
Artigo perícia médica
Artigo perícia médicaArtigo perícia médica
Artigo perícia médica
 
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORES
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORESVIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORES
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFESSORES
 
Manual Mais Cultura 2013
Manual Mais Cultura 2013Manual Mais Cultura 2013
Manual Mais Cultura 2013
 
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013
APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE ATRIBUIÇÃO DE AULAS 2013
 
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012 Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012
Boletim APEOESP Vale do Ribeira - Novembro 2012
 

Último

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 

Último (20)

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 

Boletim Regional - APEOESP - Vale do Ribeira - 03 - Outubro/2013

  • 1. Professores da região iniciam Campanha contra superlotação de classes e pela valorização do Magistério Edição nº 03 • Outubro/2013 Árvore é destruída para dar visibilidade à placa de escritório de advocacia A APEOESP – Vale do Ribeira, em parceria com a Academia de Capoei- ra Angola Ilê Axé (ACAIA) de Mestre Bigo, promove treinos de Capoeira Angola semanalmente. O objetivo é o reconhecimento e a valorização das nossas raízes culturais. Pág.4 Concurso Público Foi divulgado o concurso público para docência na rede de ensino do Esta- do de São Paulo. A APEOESP está elabo- rando apostilas preparatórias e promo- vendo cursos, segundo a demanda, a fim de colaborar com a preparação dos pro- fessores candidatos ao ingresso. Pág.4 Veja nesta edição: • Análise da política educacional vigente Pág.2 • Parecer Jurídico sobre as férias dos professores categoria “O” Pág.3 • A luta dos caiçaras por seu território Pág.4 Capoeira Angola na subsede do Vale do Ribeira A frondosa árvore de Bauhinia sp., a popular Pata-de-Vaca, que há muito tempo existia em frente à casa ao lado da subsede da APEOESP, no centro de Registro - SP, oferecendo sombra e melhorando a qualidade do ar, prin- cipalmente nos dias de sol intenso, foi brutalmente cortada, ficando apenas o tronco, livre de quaisquer galhos. O motivo do corte: dar visibilidade a um novo escritório de advogados. Tal abu- so ambiental contraria a autorização da Prefeitura que consistia apenas em poda. Descumprimento de ato muni- cipal e falta de consciência ambiental não é o que a população espera de ho- mens e mulheres da lei. Protesto: “Morri, mas pelo menos vocês sabem agora como se trata o meio-ambiente” Campanha iniciada pela APEOESP - Vale do Ribeira visa re- duzir o número de alunos por clas- se, o que pode melhorar as condi- ções de trabalho e a qualidade do processo ensino-aprendizagem. A APEOESP – Vale do Ribeira participa das mobilizações populares O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Pau- lo (APEOESP), representado pela sua subsede do Vale do Ribeira, participou ativamente das manifestações popula- res realizadas na cidade de Registro. Juntamente com outros movimen- tos sociais e com os estudantes da UNESP compôs a Unidade Popular e participou da elaboração da pauta de reivindicações que abordou, entre outros temas, o descaso das políticas públicas da saúde, da educação e do transporte. Os professores também estiveram presentes em manifestações em outros municípios da região. superlotação é uma das principais causas dos conflitos de socializa- ção e, consequentemente, queda da qualidade do aprendizado dos alunos, além do adoecimento dos professores. Pág.4
  • 2. Ousar lutar, ousar vencer! É com este lema da VPR – Vanguarda Popular Revolucioná- ria – atribuído à Carlos Lamarca, revolucionário que lutou contra a opressão e pela liberdade na sua jornada pelo Vale do Ribeira, que iniciamos o nosso terceiro bole- tim: mais um instrumento para expor nossas idéias e reivindicar nossos direitos. São tantas as frustrações, que os desafios se apresentam diariamente. Muitas vezes, presenciamos professores aco- modados e desanimados em transformar a própria realida- de injusta que o sufoca. Esta- EXPEDIENTE: O Boletim Regional da APEOESP - Vale do Ribeira é uma publicação mensal produzida pela empresa Palavra & Ação Comunicação Integrada. Jornalista responsável: Adilson Cabral – DRT/MT: 618/9503 Revisão: Prof. André Murtinho Ribeiro Chaves; Prof.ª Conceição Aparecida da Silva; Prof. Helder dos Santos de Oliveira; Prof. Washington Luís Quintilhano Barbosa de Souza. Diagramação: Márcio Lima Impressão: Gráfica Exceuni A subsede da APEOESP - Vale do Ribeira, situada no município de Registro, representa os professores de 13 municípios: Barra do Turvo, Cajati, Cananeia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera- Açu, Registro e Sete Barras. O Conselho Regional de Representantes da subsede é formado por 13 professores conselheiros eleitos junto à base. Destes, compõem a diretoria executiva da subsede os seguintes conselheiros: Coordenador: Prof: André Murtinho Ribeiro Chaves Secretário: Prof: Hélder dos Santos de Oliveira Tesoureira: Prof.ª: Conceição Aparecida da Silva Fazem parte do quadro de funcionários: Auxiliar administrativa: Farah Ibis Franco Advogado Dr. Hugo Leonardo Mendes Batalha. Atendimento jurídico às sextas-feiras com prévio agendamento. A subsede está localizada na Rua Capitão João Pocci, 233, Centro, Registro-SP e funciona de segunda à sexta, das 8h30min às 17h30min. Os telefones para contato são: (13) 3821-4571 e3821-3867 ou (13) 9702-3332. Endereço eletrônico: valeribeira@apeoespsub.org.br Endereço eletrônico da coordenação: apeoespvaleribeira@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/ apeoesp.valedoribeira Twitter: https://twitter.com/ APEOESPVRibeira Saiba sempre que o sindicato é seu e é nele que unidos nos fortalecemos. É com o sindicato que podemos fazer a luta diária para garantir não somente os nossos direitos como trabalhadores, mas como educadores e cidadãos. Sozinho, o problema é seu! Juntos, somos fortes! 2 outubro / 2013 editorial Análise PolíticaA municipalização do Ci- clo I do Ensino Fundamental concluindo-se nas escolas da região, fato que desencadeou o fechamento de grande número de salas de aulas e até mesmo de escolas. Diante disto, profes- sores contactaram o sindicato, preocupados com a possibilida- de da centralização de vagas do ensino noturno em poucas esco- las, o que minimizaria a oferta de aulas. Lembramos que em algu- mas unidades escolares, o fe- chamento do período noturno já ocorreu e existem rumores que esta degradação se ampliará em 2014. Como consequência, docentes perderam a sua sede de trabalho e muitos de nossos alunos são obrigados a viajar longas distâncias em condições de segurança não apropriadas e sem a alimentação necessária para o período que envolve o trajeto entre sua casa e o tem- po de estudo, além disso há um grande número de alunos que desistem de concluir seus estu- dos devido às situações tão ad- versas. Não obstante a tais con- dições, no Estado de São Paulo, a municipalização do Ciclo II do Ensino Fundamental avança. Em uma análise sobre a ideologia política do governo do estado, verificamos que, na lógica do neoliberalismo, o en- xugamento da máquina estatal passa pelo “Estado de Bem- Estar Social”, ou seja, saúde, educação e previdência. Partin- do deste pressuposto, apesar da conquista do movimento de gre- ve para a realização do concurso público, o que está evidenciada é a relatada centralização e con- sequente diminuição do número de salas de aulas, principalmen- te as do período noturno. Mais mos passando por uma triste fase da nossa trajetória na educação paulista. Cada vez mais, profes- sores descrentes abandonam a profissão, não por incompetência, mas por impotência. Tivemos oportunidade de lu- tar e impedir, mais uma vez, a re- tirada de direitos durante a Greve de Abril/Maio de 2013, entretan- to, contraditoriamente, o panora- ma político-educacional ceifou a coragem e a vontade de lutar da maioria dos professores da rede estadual e novamente a vitória foi protelada. Mesmo as aclamadas conquistas, porém pequenas, dos um agravante, é a possibilidade de aumentar a carga horária dos professores efetivos e está- veis em regime de contratação temporária. Isto é, aumentar o número de professores em jor- nadas extenuantes, deixar mais desempregados entre os profes- sores temporários a fim de dimi- nuir os custos previdenciários e o valor da folha de pagamento dos funcionários da educação. A contradição desta forma de se pensar a política do fun- cionalismo público está no fato de que prejudica diretamente o trabalhador docente, pois as atuais condições de trabalho denotam salas superlotadas, falta de infraestrutura, recursos didáticos escassos e ultrapas- sados, com contratação precá- ria e ilusória que atinge até 65 horas-aulas semanais, ou seja, professores temporários ainda não se concretizaram. Felizmente, o histórico “Ju- nho de 2013” reativou a ousa- dia da mudança e a esperança de reais conquistas para a nossa classe. Mesmo porque muitos dos integrantes do MPL (Movimento Passe Livre), que alavancaram a revolta nacional, eram professo- res grevistas, tachados de Cate- goria “O” pelo governo, e estavam presentes nas nossas paralisa- ções e assembléias nas ruas da Capital, mesmo sob intenso assé- dio moral da Secretaria de Edu- cação do governo Alckmin. A resistência destemida dos manifestantes forçou os go- vernantes a recuarem em seus desmandos e abusos, ainda que após muita agressão policial, prisões covardes e perseguições arbitrárias. Portanto, somente com a luta persistente é que te- remos verdadeiras vitórias para os trabalhadores e para toda a população. Como diria outro célebre Carlos, o Marighella, “a única luta que se perde é aquela que se abandona”. APEOESP – Vale do Ribeira situações escravizantes que, in- clusive, comprometem a saúde do professor. O resultado evidencia-se no comprometimento da qualidade do ensino. Ironicamente, o go- verno que apresenta na mídia a fantasiosa melhora na qualidade do ensino, é o mesmo que na prá- tica promove a desvalorização da educação, como, por exemplo, o valor ultrajante do salário do professor. Pela formação acadê- mica e pela responsabilidade do trabalho dos professores e pro- fessoras é justo e fundamental uma boa condição de trabalho e remuneração digna. Prof. André Murtinho Ribei- ro Chaves, Prof.ª Conceição Aparecida da Silva, Prof. Helder dos Santos de Oliveira, Prof. Washington Luís Quintilhano Barbosa de Souza. (...) o neoliberal sonha um admirável mundo fixo de argentários e multinacionais terratenentes terrapotentes coronéis políticos milenaristas (cooptados) do perpétuo status quo: um mundo privé palácio de cristal à prova de balas: bunker blau durando para sempre - festa estática (ainda que sustente sobre fictas palafitas e estas sobre uma lata de lixo) (Haroldo de Campos, em Circum-Ióqui) Poema:Ohinventalíngua Após enquetes realiza- das na internet e nas reu- niões de representantes do nosso sindicato, a APEO- ESP - Vale do Ribeira reali- zará uma Confraternização da Semana do Professor para lembrarmos o nosso dia, o nosso mês. No dia 12 de outubro (sábado), a partir das 13h, nos encontraremos no JAR- DIM LAGEADO (CHÁCARA DE MARIQUITA), localizado no Bairro Lageado, no Km 09 da Rodovia Eldorado- Jacupiranga. Custo: a) Sócios, Côn- juges e Filhos acima de 18 anos: R$ 20,00; b) Não-sócios: R$ 40,00; c) Crianças não pa- gam. Confirme sua partici- pação até 09/10 Churrasco do Professor
  • 3. 3outubro / 2013 JURÍDICO Professores categoria “O”: Férias + 1/3 APEOESP inicia Campanha pela redução do número de alunos por sala Infelizmente,  a  violência  é  uma  triste realidade  nas  escolas de todo o país. Amea- ças e agressões  físicas e ver- bais  a  professores,  diretores,  funcionários  de  escolas  e  en- tre  os  próprios  alunos,  acon- tecem  diariamente nas  es- colas  públicas,  onde deveriam prevalecer a cultu- ra de paz e a formação de ci- dadãos  para  uma  socieda- de mais justa e inclusiva. A  divulgação  pela  mí- dia dos seguidos e graves  ca- sos  de  violência,  ocorridos nas escolas públicas, tem leva- do a sociedade a dar maior aten- ção  a  este  problema,  cuja  in- cidência é  um  dos  fatores  As  férias  dos  professo- res,  ao  contrário  das  demais  ca- tegorias  profissionais,  são  sempre coletivas,  fracionadas  em  dois  períodos  e  que  devem  coincidir  com  o  recesso  escolar. No tocan- te ao professor categoria “O”, o direi- to  às  férias  está  previsto  no  artigo 12,  II da Lei Complementar estadu- al  1.093/09  que  assegura  o  paga- mento  das  férias  depois  de  decorri- dos 12 (doze) meses de efetivo exercí- cio da função. Em  que  pese  essa  lei  não  pre- ver  o  recebimento  do  adicio- nal de 1/3 de férias, o professor ca- tegoria  “O”  faz  o  jus  ao  recebimen- to do acréscimo de 1/3 tendo em vis- ta  se  tratar  de  direto  previs- to na Constituição Federal. Ocorre  que  o  artigo  17  do  Decreto  nº  54.682/09  assegura  o  pagamento  das  férias somente  aos  docentes  que  tiverem  o  contrato  rescindido  após  doze  meses  de con- tratação:  “o  pagamento  de  férias,  acrescido de 1/3 (um terço), somen- te  quando decorridos 12 (doze) me- ses de exercício da função, em cará- ter indenizatório.” Com  o  término  do  contrato  de  trabalho,  a  Diretoria  de  Ensino  deve  enviar  o  formulário  de extin- ção  contratual  à  Secretaria  Estadu- al  da  Fazenda.  O  pagamento  deve  ocorrer  no  mês subseqüente do re- cebimento do formulário pela Fazen- da. Embora o decreto estabele- ça que as férias somente serão in- denizadas quando  o  professor  completar  12  meses  de  trabalho,  sob  a  perspectiva  jurídica  é  cer- to  que  o  professor  que  não  comple- tou  os  12  meses  de  trabalho  também  tem  direito  ao  recebimen- to  das  férias,  mas calculada de for- ma proporcional aos meses trabalha- dos. Sobre  esse  assunto  tramita  na  Justiça  uma  ação  coletiva  da  APEOESP  em  que  se  postula justa- mente  o  pagamento  de  férias  pro- porcionais  aos  professores  categoria  “O”,  entretanto, ainda não foi profe- rida sentença. Portanto,  com  fundamento no art. 12, II, da Lei 1.093/09, os pro- fessores  Categoria  “O”  devem  rece- ber as férias após 12 meses de efe- tivo exercício. Aqueles que não com- pletaram 12 meses, após  a  extinção  do  contrato,  devem  requerer  o  pa- gamento  das  férias  proporcionais  +  1/3 junto a diretória regional de en- sino e munidos com a resposta (in- deferimento)  devem  procurar  aten- dimento jurídico na subsede. Hugo Batalha Advogado da APEOESP-Subsede do Vale do Ribeira APEOESP publica análise da pesquisa sobre violência nas escolas que, ao  lado das  precárias  condições  de  trabalho,  cau- sam  o  adoecimento, e  conse- quente  afastamento  para  tra- tamento de saúde, e o abando- no das atividades docentes. A violência escolar é tam- bém  um  dos  fatores  agravan- tes  que  interferem  negativa- mente na aprendizagem dos nossos estudantes. A partir  de  uma  concepção  pe- dagógica, que  pressu- põe o papel  central que os professores  ocu- pam  no  processo  en- sino-aprendizagem  e  a  necessidade de que  lhes  sejam  assegu- radas  condições  de  trabalho,  a APEOESP  lançou  o caderno “Análise da  Pesqui- sa  Violência  nas  Escolas: O  Olhar  dos  Professores”.  Em  primeiro  momento,  o  cader- no é resultado de uma pesqui- sa feita entre os professores e re- trata  o  ponto  de  vista  destes  sobre a incidência da violência  dentro  das  escolas  es- taduais.  Poste- riormente,  a pesquisa abran- gerá  também  o “olhar”  de  estu- dantes e  pais  ob- jetivando encontrar propostas que me- lhorar atendam as expectativas  da  co- munidade escolar. Definir o número de alunos pela “ocupação calculada na razão do espa- ço em m²”, o que pode chegar ao núme- ro de 50 alunos, é desconsiderar que o atendimento pedagógico se faz ao aluno e não ao espaço. A UNESCO recomen- da: “O número de alunos em sala de aula dever ser reduzido em quantidade tal que permita ao professor ocupar-se pessoalmente de cada um.” Eventual- mente, os alunos serão atendidos em pequenos grupos ou individualmente visando, por exemplo, o desenvolvimen- to de atividades de recuperação.(...)”, tal recomendação não é observada pela Se- cretaria Estadual de Educação de São Paulo, tornando nossa educação incom- patível com um bom aprendizado. Diante  disso,  A  APEOESP-Vale  do Ribeira está iniciando  uma campa- nha  para  reduzir  o  número  de  estu- dantes por classe melhorando a quali- dade do processo ensino-aprendizagem. Salas cheias de alunos impossibili- tam o atendimento diferenciado às ne- cessidades  individuais,  dificultam  a  compreensão e a assimilação dos con- teúdos,  causam  a  evasão  dos alu- nos e,  além  disto, o  professor  gas- ta  muito  mais  energia para  ministrar  a aula, prejudicando consideravelmen- te a sua saúde, visto que salas superlo- tadas aumentam o nível de ruído e geram situações  de  conflitos,  extremamen- te incompatíveis com o exercício do ma- gistério. O  governo  propõe  o  professor  auxiliar  (do  aluno),  com  presen- ça em  apenas uma  aula  por  sema- na  nas  disciplinas  de  Português  e  Matemática,  como  forma  de  ame- nizar  os  sintomas  de  superlotação. Porém,  não  são  oferecidos  momen- tos  coletivos  de  planejamento  de  au- las  e  o  professor  auxiliar  acaba  sen- do  um  número  a  mais  presente  na sala de aula ou, quando opta por  re- tirar  alguns  dos  alunos,  que  apresen- tam  defasagem  de  conhecimentos, para  trabalhar  fora  da  sala,  também espera o professor para orientá-lo.  Re- centemente, mais  uma  das experiên- cias do governo paulista está sendo im- plantada: “o professor estagiário”, que segundo o próprio governo, seria como a residência médica. Esquece, porém que diferente do médico residente, que já concluiu o bacharelado, o estagiário residente da educação, acabou de sair do ensino médio. Nesta experiência, aplica-se er- roneamente o conceito de que, indepen- dente da formação, qualquer um pode ser classificado como professor. A Campanha iniciada pelos pro- fessores é pelas condições dignas de trabalho, material didático atualizado e disponível, ambientes educacionais limpos, bem ventilados, valorização sa- larial, e, principalmente, pelo aluno que tem o direito de ser atendido em suas necessidades individuais por profis- sional devidamente licenciado e apto a exercer o nobre trabalho da docência.
  • 4. A luta dos Caiçaras pelo território Dauro Marcos do Prado Caiçara da Jureia Presidente da União dos Moradores da Jureia Contra a ameaça de ex- pulsão de seu território, os moradores da Jureia tive- ram que enfrentar, nos últi- mos quarenta anos, investi- das desde empreendimentos imobiliários até usina nu- clear. A mais recente batalha, que já dura pelo menos vinte seis anos, é pela reclassifica- ção de parte a Estação Ecoló- gica Jureia-Itatins (E.E.J.I.) que é, atualmente, uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, para Uni- dade de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) ou RDS. O governo do Estado de São Paulo passou a discutir o projeto de alteração da lei estadual somente no ano de 2004, quando foi pressiona- do pelas comunidades e pelo poder legislativo estadual. No entanto, o Projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa Estadual e sancio- nado pelo governador Geraldo Alckmin, em abril de 2013, a fim de implantar um Mosaico de Unidades de Conservação, não respeitou as reivindicações das comunidades, sobre uso e permanência em seu territó- rio, apresentadas nas audiên- cias públicas e nem pelo grupo de trabalho das Comunidades Tradicionais, criado pela Co- missão de Meio Ambiente da ALESP. Os caiçaras vivem na re- gião da Jureia há pelo menos oito gerações e possuem do- cumentação de titularidade da terra desde 1850. A criação da Estação Ecológica Jureia- Itatins, em 1986, efetivou um processo violento e contínuo de expulsão dos moradores de seu território. No cadastro do Governo do Estado de São Paulo, feito alguns anos após a criação da E.E.J.I., havia cerca de 300 famílias entre caiçaras e agricultores tradicionais, dis- tribuídos em 22 comunidades. A Jureia é um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, o que evidencia como o modo de vida e a forma de uso dos recursos naturais não só preservaram a região como adensaram sua riqueza biológica. Devido à biodiversidade local e a beleza das paisagens, em uma área bastante próxi- ma à capital, a região tornou- se alvo de inúmeros interesses externos. No final da década de 70 havia um projeto de cons- trução de um condomínio re- sidencial de luxo, encabeçado pela incorporadora imobiliária Gomes de Almeida, no qual se previa a construção de residên- cias para mais de 70 mil pes- soas. Em 1980, o governo fede- ral cancelou o projeto imobiliá- rio e passou a projetar a cons- trução de uma usina nuclear. Tanto o primeiro projeto quan- to o segundo foram elaborados à revelia da população local. Ainda na década de 80, o mo- vimento ambientalista paulista passou a considerar a conser- vação ecológica da Jureia como uma de suas principais bandei- ras. A pressão dos ambientalis- tas sobre os governos federal e estadual foi fundamental para a criação da Estação Ecológica em 1986. Com a eminência da construção da usina nuclear argumentavam junto aos mo- radores que a Estação Ecológi- ca era a única alternativa que garantiria a permanência des- sas comunidades no local. Tal como nos dois pro- jetos anteriores, a criação da Estação Ecológica, além de ser efetuada sem a participação da população local, foi contra a permanência das comunidades caiçaras no território de origem configurando uma mentira da- quilo que foi prometido na cam- panha ambientalista contra a implantação da usina nuclear na Jureia, resultando no iní- cio de um processo crescente e contínuo de injustiça social. Este processo se intensi- ficou nos anos seguintes, mo- mento em que a participação e direitos das comunidades fo- ram desconsiderados pelo Go- verno do Estado de São Paulo e pelo movimento ambien- talista. As atividades tradi- cionais, como os roçados, a caça e a pesca, tornaram-se ilegais com a criação da Es- tação Ecológica e, com isso, foram proibidas. A fiscalização dos ges- tores e da polícia ambiental constrangia os moradores, pois os obrigavam a assinar os termos de multa. Além disso, os moradores tinham suas casas invadidas pela polícia ambiental e seus ins- trumentos de plantio, caça e pesca, bem como suas cano- as, eram apreendidos. Os caiçaras reagiram a esse processo de violência, desde o início, quando en- tão formaram associações comunitárias para lutar pela permanência em seu território, bem como, pela preservação de sua cultura, identidade, modo de vida e, também, pelo retorno das famílias que foram expulsas pelo processo de expropria- ção instaurado com a cria- ção da Estação Ecológica. 4 outubro / 2013 Reconhecendo a impor- tância da valorização das nossas raízes culturais, a subsede da APEOESP - Vale Ribeira firmou parceria com a Academia de Capoeira An- gola Ilê Axé (ACAIA) de Mestre Bigo. As aulas acontecem na subsede: Rua Cel. Jeremias Muniz Junior, 248, Centro, Registro-SP nos seguintes No dia 2 de maio, os pro- fessores do Vale do Ribeira, em greve, realizaram um Ato Público, com posterior Cami- nhada pela Defesa da Edu- cação Pública de Qualidade, denunciando as graves condi- ções de trabalho enfrentadas Após pressão do sindicato e da sociedade, o governo pau- lista anunciou concurso públi- co para selecionar 59 mil novos professores. Destes, estão pre- vistas 20 mil admissões para janeiro de 2014: a prova é espe- rada para novembro deste ano. Para contribuir com a pre- paração dos professores can- didatos, a APEOESP está ela- borando apostilas específicas e pedagógica, a preço de custo. Professores interessados em ob- ter as apostilas prepraratórias poderão realizar a encomenda na subsede da APEOESP – Vale do Ribeira (13 38214571). Tam- bém há previsão da realização de cursos preparatórios e/ou formação de grupos de estudos caso haja demanda de professo- res interessados. Faça anteci- padamente a sua inscrição! Capoeira Angola na subsede do Vale do Ribeira Caminhada em defesa da Educação Pública de Qualidade APEOESP elabora apostilas para concurso público dias e horários: - Quintas-feiras e sába- dos: das 9h às 10h30min - Terças e quintas-feiras: das 20h às 21h30min. Os interessados em co- nhecer a prática da Capoei- ra Angola poderão entrar em contato: (13) 98160-2591; 99154-8319, ou com a subse- de (13) 3821-4571. nas escolas públicas estadu- ais e reivindicando a valori- zação do trabalho docente. O ato, contou com a presença de professores das escolas públicas estaduais da região e com o apoio da população registrense.