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Empresas 
Revestimento 
protetor 
Produto desenvolvido pela Kimberlit contém aditivos que protegem a ureia das principais 
perdas que ocorrem no processo de adubação, o que permite a oferta progressiva de nutrientes, 
ajustada à demanda das plantas durante o seu ciclo, com ganhos econômicos e ambientais 
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o potássio), a preocupação se estende ainda 
mais com o uso racional destes produtos. 
Especialmente em relação ao N, existem 
diferentes fontes disponíveis ao agricultor, 
sendo a ureia a mais utilizada no Brasil, 
com a desvantagem de apresentar elevadas 
perdas de N por volatilização e lixiviação, 
podendo causar prejuízos ambientais através 
da lixiviação de nitrato e emissão de N2O 
(óxido nitroso), um dos maiores causadores do 
efeito estufa. Com a crescente demanda por 
fertilizantes nitrogenados, principalmente nos 
países em desenvolvimento, se faz necessário o 
trabalho constante para que haja suprimento 
adequado e que o passivo ambiental do uso 
destes fertilizantes seja racional. Se o desafio 
das próximas décadas é produzir alimentos de 
origem animal e vegetal sem impactos negati-vos 
sobre os ecossistemas e manter a qualidade 
de vida, alguns especialistas já apontam para 
algumas estratégias, como, por exemplo, o 
aumento da eficiência de uso dos fertilizantes, 
através de novas tecnologias. Com base nestes 
problemas, cresceu durante a década passada 
o estudo de polímeros que têm como finali-dade 
a proteção dos fertilizantes buscando 
a minimização das perdas que ocorrem em 
cada elemento. Neste sentido, a Kimberlit 
Agrociências foi uma das empresas pioneiras, 
que depositou suas fichas no estudo e na ela-boração 
de polímeros voltados para este fim, 
obtendo resultados animadores nas principais 
culturas de interesse agronômico. 
Destes estudos surgiu o Kimcoat N, tec-nologia 
desenvolvida pela Kimberlit composta 
de camadas de aditivos minerais e polímeros. 
Os aditivos presentes no produto protegem a 
ureia das principais perdas que ocorrem no 
processo de adubação, permitindo uma oferta 
de nutrientes progressiva, ajustada à demanda 
das plantas durante o seu ciclo. 
O processo de perda por volatilização 
de amônia consiste na passagem da amônia 
presente no solo à atmosfera (Diest, 1988), 
conforme a seguinte relação: NH+ + OH- 
4 
(aquoso) → H2O + NH3 
- (gás). O NH3 
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perdido por volatilização será proveniente 
da mineralização da matéria orgânica ou do 
fertilizante aplicado, sendo esse o fenômeno 
mais intenso mediante aumento no pH do 
solo (Melo, 1978). A volatilização de amônia 
é um processo rápido que ocorre na semana 
seguinte da aplicação de N (Diest, 1988). 
A ureia aplicada é rapidamente hidrolisada 
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quando a ureia é aplicada ao solo, o processo 
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3 
inicialmente a hidrólise por meio da urease, 
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mais extremas, como no caso da adubação de 
cobertura para culturas como arroz, cana-de-açúcar, 
citros e milho. A tecnologia Kimcoat 
N atua na diminuição da atividade da urease, 
enzima responsável pela quebra da ureia à 
amônia NH3 
- como pode ser observado na 
Figura 1, reduzindo as perdas de N. 
Já a perda por nitrificação, caracteriza pelo 
processo realizado por bactérias no solo res-ponsáveis 
+) 
pela passagem do amônio (NH4 
a nitrito (NO2 
-) e a nitrato (NO3 
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a perdas por lixiviação, visto que nos solos 
tropicais brasileiros há o predomínio de cargas 
negativas nos coloides do solo. Neste processo, 
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26 Abril 2014 • www.revistacultivar.com.br 
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Polímeros são utilizados para a proteção de fertilizantes com o 
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atividade das bactérias nitrificadoras, manten-do 
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metabólica para a planta, que gastará menos 
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na transformação biológica do nitrato (NO3 
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do arroz irrigado por inundação ou solos 
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N (ureia revestida com polímeros). Quando 
se comparam os resultados, observa-se que 
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técnica. Estes resultados vêm ao encontro da 
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Portanto, a utilização de fertilizantes ni-trogenados 
revestidos caracteriza-se em uma 
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Juscelio Ramos de Souza, 
Kimberlit Agrociências 
Gustavo Spadotti Amaral Castro, 
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O uso de fertilizantes nitrogenados revestidos tem por objetivo 
melhorar a eficiência e o aproveitamento do nutriente aplicado 
C 
Figura 1 - Efeito do revestimento da ureia sobre a volatilização de N. Uberlândia 
(MG) safra 2010 
Figura 2 - Concentração de amônio (NH4 
+) em função do revestimento da ureia. 
Cabral & Polito, (2010) 
Figura 3 - Efeito do revestimento da ureia sobre a produtividade de grãos de milho 
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Interação positiva
 

Revestimento protege fertilizantes e aumenta produtividade

  • 1. Empresas Revestimento protetor Produto desenvolvido pela Kimberlit contém aditivos que protegem a ureia das principais perdas que ocorrem no processo de adubação, o que permite a oferta progressiva de nutrientes, ajustada à demanda das plantas durante o seu ciclo, com ganhos econômicos e ambientais É crescente a preocupação de produ-tores e agências de fomento sobre o futuro e uso dos recursos naturais não renováveis, em especial dos fertilizantes agrícolas, sendo este tema recorrente em seminários, palestras e cursos voltados a estes públicos. Analisando a participação de cada insumo e operação agrícola sobre o custo de produ-ção das grandes culturas, observa-se que a adubação corresponde a valores próximos a 30% para o milho, soja e citros e 25% para o algodão e a cana-de-açúcar. E se considerada a elevada dependência do Brasil ao mercado externo de fertilizantes (que chega a 54% para o nitrogênio, 76% para o fósforo e 94% para o potássio), a preocupação se estende ainda mais com o uso racional destes produtos. Especialmente em relação ao N, existem diferentes fontes disponíveis ao agricultor, sendo a ureia a mais utilizada no Brasil, com a desvantagem de apresentar elevadas perdas de N por volatilização e lixiviação, podendo causar prejuízos ambientais através da lixiviação de nitrato e emissão de N2O (óxido nitroso), um dos maiores causadores do efeito estufa. Com a crescente demanda por fertilizantes nitrogenados, principalmente nos países em desenvolvimento, se faz necessário o trabalho constante para que haja suprimento adequado e que o passivo ambiental do uso destes fertilizantes seja racional. Se o desafio das próximas décadas é produzir alimentos de origem animal e vegetal sem impactos negati-vos sobre os ecossistemas e manter a qualidade de vida, alguns especialistas já apontam para algumas estratégias, como, por exemplo, o aumento da eficiência de uso dos fertilizantes, através de novas tecnologias. Com base nestes problemas, cresceu durante a década passada o estudo de polímeros que têm como finali-dade a proteção dos fertilizantes buscando a minimização das perdas que ocorrem em cada elemento. Neste sentido, a Kimberlit Agrociências foi uma das empresas pioneiras, que depositou suas fichas no estudo e na ela-boração de polímeros voltados para este fim, obtendo resultados animadores nas principais culturas de interesse agronômico. Destes estudos surgiu o Kimcoat N, tec-nologia desenvolvida pela Kimberlit composta de camadas de aditivos minerais e polímeros. Os aditivos presentes no produto protegem a ureia das principais perdas que ocorrem no processo de adubação, permitindo uma oferta de nutrientes progressiva, ajustada à demanda das plantas durante o seu ciclo. O processo de perda por volatilização de amônia consiste na passagem da amônia presente no solo à atmosfera (Diest, 1988), conforme a seguinte relação: NH+ + OH- 4 (aquoso) → H2O + NH3 - (gás). O NH3 - perdido por volatilização será proveniente da mineralização da matéria orgânica ou do fertilizante aplicado, sendo esse o fenômeno mais intenso mediante aumento no pH do solo (Melo, 1978). A volatilização de amônia é um processo rápido que ocorre na semana seguinte da aplicação de N (Diest, 1988). A ureia aplicada é rapidamente hidrolisada em dois ou três dias (Byrnes, 2000). Assim, quando a ureia é aplicada ao solo, o processo de perda N-NH- por volatilização envolve 3 inicialmente a hidrólise por meio da urease, que é uma enzima extracelular produzida por bactérias, actinomicetos e fungos do solo ou, ainda, originada de restos vegetais (palhada). As perdas podem chegar a 80% em situações mais extremas, como no caso da adubação de cobertura para culturas como arroz, cana-de-açúcar, citros e milho. A tecnologia Kimcoat N atua na diminuição da atividade da urease, enzima responsável pela quebra da ureia à amônia NH3 - como pode ser observado na Figura 1, reduzindo as perdas de N. Já a perda por nitrificação, caracteriza pelo processo realizado por bactérias no solo res-ponsáveis +) pela passagem do amônio (NH4 a nitrito (NO2 -) e a nitrato (NO3 -), que é pas-sível a perdas por lixiviação, visto que nos solos tropicais brasileiros há o predomínio de cargas negativas nos coloides do solo. Neste processo, a tecnologia do produto age sobre a redução da 26 Abril 2014 • www.revistacultivar.com.br Fotos Kimberlit Agrociências
  • 2. Polímeros são utilizados para a proteção de fertilizantes com o objetivo de minimizar a ocorrência de perdas durante o processo de adubação www.revistacultivar.com.br • Abril 2014 27 atividade das bactérias nitrificadoras, manten-do o nitrogênio na forma amoniacal (Figura 2), reduzindo a lixiviação e gerando economia metabólica para a planta, que gastará menos energia para a transformação do nitrogênio em grupamentos amina ou amino, que serão incorporados aos esqueletos de carbono, sin-tetizando aminoácidos, proteínas, enzimas e hormônios vegetais. E, por último, a desnitrificação consiste na transformação biológica do nitrato (NO3 -) a óxidos nitrosos (N2O, NO), em ambientes anaeróbios, problema especial para a cultura do arroz irrigado por inundação ou solos compactados submetidos à ocorrência de fortes chuvas. A soma destes benefícios dá ao produto a segurança necessária para que o produtor consiga trabalhar com um fertilizante de maior eficiência, resultando em ganhos de produtividade, além de outros benefícios relacionados à logística e à mão de obra. Exemplificando os inúmeros e constantes resultados positivos do uso da tecnologia Ki-mcoat, cita-se a seguir (Figura 3) a resposta da cultura do milho submetida a três doses de nitrogênio (0, 45 e 67,5kg/ha) e duas fontes deste elemento, a ureia e o Kimcoat N (ureia revestida com polímeros). Quando se comparam os resultados, observa-se que o milho apresentou produtividade superior com a tecnologia de revestimento, fazendo jus aos benefícios proporcionados por esta técnica. Estes resultados vêm ao encontro da necessidade socioambiental global, caracteri-zada pelo aumento da eficiência do uso dos fertilizantes. Portanto, a utilização de fertilizantes ni-trogenados revestidos caracteriza-se em uma tecnologia que objetiva melhorar a eficiência e o aproveitamento do nutriente aplicado, gerando benefícios de maior segurança no uso do fertilizante nitrogenado. Juscelio Ramos de Souza, Kimberlit Agrociências Gustavo Spadotti Amaral Castro, Embrapa Amapá O uso de fertilizantes nitrogenados revestidos tem por objetivo melhorar a eficiência e o aproveitamento do nutriente aplicado C Figura 1 - Efeito do revestimento da ureia sobre a volatilização de N. Uberlândia (MG) safra 2010 Figura 2 - Concentração de amônio (NH4 +) em função do revestimento da ureia. Cabral & Polito, (2010) Figura 3 - Efeito do revestimento da ureia sobre a produtividade de grãos de milho P30F53 HX, Uberlândia (MG), safra 2010