Tecnologias Agrícolas: Fundamentos da Mecanização Rural
1. Va l dir e ne M ir a nd a | A g ro n o m ia
Tecnologia Agrícola
2. Os fundamentos da mecanização na propriedade rural, as noções
gerais sobre a oficina rural, as principais fontes de energia e as
tecnologias aplicadas aos sistemas de semeadura, bem como as
tecnologias aplicadas aos sistemas de cultivo vegetal e os
equipamentos utilizados pela agricultura de precisão; Aviação
agrícola e a tecnologia de pós-colheita.
4. FUNDAMENTOS DA MECANIZAÇÃO NA PROPRIEDADE
RURAL- UNIDADE 1
TÓPICO 1 – Mecânica aplicada à mecanização agrícola.
TÓPICO 2 – Produção e consumo de energia na agricultura.
TÓPICO 3 – Sistema de semeadura.
5. O que é tecnologia para vocês?
Ela é acessível para todos?
6. Tecnologia Agrícola:
Setor que possui importância econômica considerável no agronegócio brasileiro,
visto que proporciona a modernização das atividades agrícolas, uma vez que a
mecanização na agricultura é tão antiga quanto a própria intenção do homem em
cultivar alimentos.
A Busca por quantidade e qualidade de alimentos é paralela à busca
por aprimorar equipamentos e máquinas que visam facilitar os
processos de produção, que precisam ser eficientes, de baixo custo e
adaptáveis às diferentes regiões e condições econômicas, ambientais e
sociais do agricultor.
7. MECÂNICA APLICADA A MECANIZAÇÃO AGRICOLA
A mecanização na agricultura é tão antiga quanto a própria intenção do
homem em cultivar alimentos.
Aprimorar Equipamentos: amenizar a intensidade e o esgotamento físico do
agricultor.
No entanto, foi após a Revolução Industrial, no século XVIII, que essa busca se
intensificou, modificando o cenário agrícola de forma irreversível.
Revolução agrícola: Países se modernizaram quanto as formas de cultivo,
elevaram a produção e a produtividade. Produzir mais com pouca terra e mão
de obra. Introduziram novas técnicas com instrumentos agrícolas.
Fornecimento de matéria prima para indústria.
8. REVOLUÇÃO VERDE
Segundo Albergoni e Pelaez (2007, p. 34), a Revolução Verde pode “ser caracterizada
fundamentalmente pela combinação de insumos químicos (fertilizantes, agrotóxicos), mecânicos
(tratores e implementos) e biológicos (sementes geneticamente melhoradas)”.
Fatores que caracterizaram a Revolução verde:
• Uso de fertilizantes químicos;
• Introdução dos defensivos agrícolas;
• Uso intensivo de máquinas agrícolas.
https://bit.ly/2YuP0NA
https://bit.ly/2Hn6Ifg
https://bit.ly/2LIyN6c
9. FÍSICA APLICADA À MECANIZAÇÃO
Compreender a mecânica das máquinas
agrícolas é o primeiro passo para
entender a mecanização nesse
importante e amplo contexto da
produção rural. A mecanização agrícola
é um ramo da engenharia mecânica e
como tal tem sua base de idealização e
uso relacionada à física e susceptível as
relações de uso e manutenção
gerenciadas pelo condutor.
10. Geração da força de trabalho, que neste caso é exemplificada pela tração animal
desenvolve o cálculo da tração produzida pelo animal pela distância
e finaliza com a energia gerada.
Potência dos motores utilizada nas máquinas; Sejam elétricos ou de combustão,
eles são os responsáveis por originar toda forma de movimento delas.
O motor é responsável pela transformação da energia potencial do combustível (ou
elétrica) em energia mecânica, na forma de potência disponível no eixo de
manivelas. Nos tratores, por exemplo, a potência disponibilizada pode ser utilizada
de maneiras variáveis, conforme a necessidade da operação.
11. PRODUÇÃO E CONSUMO
DE ENERGIA NA AGRICULTURA
A agricultura é uma das atividades econômicas mais importantes de qualquer país e
também uma das que demandam maior quantidade de recursos. Insumos como água e
energia na agricultura são indispensáveis para a obtenção de uma boa safra.
As fontes renováveis têm se mostrado boas alternativas para o produtor rural que deseja
manter a produção e, ao mesmo tempo economizar com a energia. Além de serem mais
baratas, elas também são mais sustentáveis, pois consomem recursos que se renovam na
natureza.
Na agricultura: consumo de energia fóssil está presente desde a produção (insumos,
maquinários e embalagens) até a disponibilização dos produtos na mesa do consumidor
(secagem, beneficiamento, embalagens e transporte).
A energia transformou-se em um fator de produção na agricultura, sendo considerada um
insumo essencial nos processos produtivos, o que amplia a preocupação frente aos alertas
oficializados por inúmeras instituições de pesquisas, além da própria observação dos sistemas
naturais.
12. Fóssil: O Brasil possui um sistema energético fortemente como carvão, gás natural e
petróleo que, além de fontes não renováveis, são responsáveis por uma grande
quantidade de emissão de gases nocivos para a atmosfera. Nesse sentido, inúmeros
esforços estão sendo direcionados para a mudança dessa matriz energética,
buscando uma bioenergia sustentável e a captura de carbono da atmosfera
alcançada por ela.
Segundo dados do balanço energético de 2019 (ano base 2018), o Brasil utiliza,
atualmente, 45,3% de energia de fontes renováveis e 54,7% de fontes não
renováveis, das quais 34,4% são do petróleo. (MINISTÉRIO DAS MINAS E
ENERGIA, 2019).
13. Desenvolvimento Sustentável – ODS para 2030, difundidos intensamente pela
Organização das Nações Unidas – ONU, estão promovendo e intensificando esse
debate por meio de diversas campanhas em nível mundial
9 bilhões de habitantes do planeta em 2050, são necessários esforços
concentrados e investimentos que promovam essa transição global para sistemas
de agricultura e gestão de terra sustentáveis.
Em junho de 2010, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do programa
ABC – Agricultura de Baixo Carbono, que tem como objetivo a adoção de processos tecnológicos,
que possam vir a neutralizar ou mesmo minimizar os efeitos dos gases de efeito estufa no campo,
pelos agricultores, o programa ABC.: Plantio direto na palha; recuperação de pastos degradados;
integração lavoura-pecuária-floresta; plantio de eucalipto e de pinus; substituição de fertilizantes
nitrogenados pela fixação simbiótica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.
Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio é uma política de Estado que objetiva traçar uma
estratégia conjunta para reconhecer o papel de todos os tipos de biocombustíveis na matriz
energética brasileira, tanto para a segurança energética quanto para mitigação e redução de
emissões de gases causadores de efeito estufa (BELOTTE et al. 2018, p. 25).
14. FONTES DE PRODUÇÃO E USO DE ENERGIA NO MEIO RURAL.
O ecossistema, em sua própria natureza, possui diversas fontes de energia
disponíveis e utilizadas pelo ser humano desde a Antiguidade.
A água e o vento já eram utilizados como fonte de energia de embarcações desde as
civilizações antigas e proporcionaram grandes revoluções nas sociedades.
Carvão mineral durante a Primeira Revolução Industrial (século XVIII) e na descoberta
da energia elétrica e do petróleo, na Segunda Revolução Industrial (século XIX) .
O uso do petróleo como base do desenvolvimento começou a ser questionado a partir
de 1973, quando os principais países produtores (Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e
Venezuela) uniram-se e, entre outras medidas, aumentaram os preços e reduziram a
perspectiva de produção, o que ocasionou a chamada primeira crise do petróleo.
15. Brasil lançou o Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL) em 1975, uma forma de
produção tida como limpa, renovável e em larga escala, que logo chama a atenção do
mercado global.
A produção de álcool se modernizou ao longo do tempo e hoje é produzido de diversas
fontes tais como: cana-de-açúcar, milho, beterraba porém a falta de políticas públicas para a
produção e utilização desse combustível nos leva a um impasse, quanto à política de preços
(CORREIA, 2016, p. 1).
16. ENERGIA DERIVADA DO PETRÓLEO: Matéria orgânica, encontrada em
Biomassa: O método mais comum para transformar esses resíduos em energia é a
queima. Da mesma forma que em uma usina que usa carvão mineral, a energia térmica
gerada na queima da matéria-prima é transformada em eletricidade em um gerador. A
partir daí, pode ser usada para ligar todo tipo de aparelhos e equipamentos.
As usinas desse tipo usam resíduos orgânicos na produção de força. Praticamente
qualquer rejeito orgânico pode ser usado para servir de combustível nas usinas térmicas
de biomassa.
Lixo orgânico, resíduos agroindustriais e dejetos de animais; cana-de-açúcar como
bagaço, palhas e torta de filtro, cavacos e pellets da indústria madeireira, resíduos de
culturas de soja, milho, café e arroz, bem como de coco, feijão, amendoim, mandioca e
cacau.
17. Energia hidrelétrica
As usinas hidrelétricas são movidas pela força das águas e são o tipo mais comum no
Brasil. Usinas como as de Itaipu, Belo Monte e Tucuruí geram aproximadamente 80% de
toda a energia consumida no país.
No Brasil, ela é a principal fonte energética porque temos vários rios muito caudalosos.
Eles são capazes de produzir energia para abastecer a maior parte das casas e fábricas
do país. Além disso, a força hidrelétrica não emite poluição e nem gera resíduos para a
sua produção.
Uma das principais desvantagens da energia hidrelétrica é que ela depende muito das
condições do tempo. Chuvas irregulares ou estiagens duradouras podem comprometer
a geração de energia no país. Nesses casos, o governo faz uso de fontes
complementares, como a energia térmica e a eólica.
https://turismo.to.gov.br/regioes-turisticas/serras-e-lago-/principais-atrativos/lajeado/usina-hidreletrica-luis-
eduardo-magalhaes/
18. Energia solar
A energia solar vem sendo explorada no Brasil já há vários anos.
Nas residências e nos prédios residenciais, os sistemas de
aquecimento solar da água economizam centenas de reais todos
os meses. Porém, há uma outra forma de aproveitar essa energia
do sol, que é nas usinas fotovoltaicas.
Nesses complexos, as placas fotovoltaicas captam a energia
solar, que é transformada em energia elétrica em um gerador.
Uma das principais vantagens dessa matriz energética é que ela
pode ser instalada em propriedades particulares. Quem opta por
fazer esse investimento pode ter uma fazenda praticamente
autossuficiente em termos de energia elétrica.
O Brasil é um país onde o uso da energia solar é altamente
recomendado, pois o nosso território tem uma excelente
exposição solar durante o ano todo.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-solar.htm
19. /
Energia eólica
“cata-ventos” espalhados por áreas enormes. Esses equipamentos,
na verdade, são chamados de aerogeradores ou turbinas eólicas.
Eles também transformam a energia mecânica gerada pelo
movimento das pás das turbinas em eletricidade, que pode ser
armazenada para fazer funcionar todo tipo de equipamento. Cada
turbina tem um mecanismo que controla a velocidade do
movimento das hélices. Assim, mesmo que haja ventos muito
fortes, não há risco de o equipamento quebrar e causar um acidente
no entorno.
Desvantagens: em áreas com incidência constante de ventos. fonte
complementar de energia, com as outras matrizes que abastecem o
país.
https://sitesustentavel.com.br/energia-eolica/
20. Energia de biodiesel
O biodiesel é um tipo de combustível que pode ser usado para alimentar diferentes
tipos de motores. Depois de passar por um processo que reduz o número de átomos,
os óleos vegetais ficam com uma estrutura parecida com o diesel feito de petróleo.
Assim, pode ser usado como combustível para tratores, caminhões, máquinas de
beneficiamento e outros equipamentos de grande porte necessários na agricultura.
21. Energia de ondas
Todo tipo de movimento gera energia mecânica. Com o tipo certo de tecnologia,
ela pode ser transformada em energia elétrica. É isso que acontece com as ondas
do mar e o movimento das marés.
Em parques instalados em alto-mar, grandes equipamentos captam a energia
mecânica do deslocamento das águas pelo vento. Depois, um gerador transforma
essa energia em eletricidade, que pode ser armazenada e incorporada à rede
elétrica normal.
Esse tipo de matriz energética ainda está em fase de início de exploração no Brasil
e também no mundo. Tem muito potencial para crescer nos próximos anos, com o
avançar tecnológico na área.
https://autossustentavel.com/2020/04/ondomotriz-energia-ondas.html
22. SISTEMA DE SEMEADURA
Semeadura Direta" o ato de depositar no solo sementes ou partes de plantas na ausência de
mobilizações intensas de solo, tradicionalmente promovidas por arações, escarificações e
gradagens.
A operação de semeadura é precedida pelo planejamento, conhecimento do ciclo e especificidades
da cultura em questão, análise e preparo do solo e escolha das técnicas a serem utilizadas.
Sistema de Plantio Direto na Palha (SPD)
Sistema de Plantio Convencional
23. SISTEMA DE SEMEADURA CONVENCIONAL
O sistema de semeadura convencional está relacionado à forma de preparo do solo e tem por objetivo
fundamental fornecer condições ótimas para a germinação, a emergência e o estabelecimento das
plântulas.
revolvimento de camadas superficiais para reduzir a compactação,
incorporação de corretivos e fertilizantes,
aumento dos espaços porosos e, com isso, elevação da permeabilidade e o armazenamento de ar e
água.
Além disso, o revolvimento do solo promove o corte e o enterro das plantas daninhas e auxilia no
controle de pragas e patógenos do solo. Por certo, é importante usar corretamente as técnicas de
preparo do terreno para evitar sua progressiva degradação física, química e biológica.
uma aração ou gradagem pesada;
uma subsolagem ou mais uma gradagem;
uma gradagem de destorroamento;
uma gradagem de nivelamento.
24. O revolvimento intensivo diminui a fertilidade do solo.
Outra desvantagem do processo é o de favorecer a erosão em solos declivosos;
O tempo de preparo do solo é maior que para outros sistemas;
Necessidade de uso de implementos, aumentando os gastos com combustível além de outros;
Compactação do solo.
Desvantagens do plantio convencional
Sistema de Plantio Direto
é uma técnica de cultivo conservacionista. Ou seja, nesse sistema, o plantio é efetuado sem
as etapas do preparo convencional da aração e da gradagem
manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. A
finalidade dessa cobertura é proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do
escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica.
Ademais, o plantio direto pode ser considerado uma modalidade do cultivo mínimo. Essa
consideração é válida, visto que o preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura,
procedendo-se à semeadura, à adubação e, eventualmente, à aplicação de herbicidas em uma
única operação
25. Vantagens do plantio direto
Evita o impacto direto da gota da chuva;
Regula a temperatura do solo;
Conserva a umidade do solo;
Melhoramento da estrutura do solo;
Reduz a compactação do solo;
Fonte de energia para os microorganismos do solo;
Aumenta a atividade microbiológica do solo;
Diminui a lixiviação aumentando a CTC (Capacidade de Troca de Cátions)
Aumenta o teor de N no solo;
Diminui a infestação de ervas daninhas;
Aumenta a disponibilidade de P no solo;
Diminui as taxas de perdas por erosão e da água disponível às plantas.
Efeitos benéficos sobre os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, pode-se
afirmar que o Sistema Plantio Direto é uma ferramenta essencial para se alcançar
a sustentabilidade dos sistemas agropecuários.
26. Semeadoras-adubadoras
As semeadoras foram as máquinas que mais necessitaram de adequações com a mudança do PC
para o SPD. O corte da cobertura vegetal para a abertura do sulco, o mínimo revolvimento de solo no
sulco, o corte em profundidade e a abertura suficiente para acomodar adequadamente a semente
foram os principais desafios
As semeadoras-adubadoras de plantio direto são máquinas que realizam a implantação de culturas
anuais através da semeadura em terrenos onde não foi realizado o preparo periódico do solo e com
a presença de cobertura vegetal. Mobilizam o mínimo necessário o solo, apenas nas linhas de
semeadura. Assim, é possível realizar a semeadura logo após a colheita da cultura anterior.
Normalmente as unidades das semeadoras são conjugadas as unidades adubadoras, daí o nome
semeadora-adubadora (SIQUEIRA, 2008, p.3)
27. Relação entre o solo e a máquina.
O solo está sujeito à ação de elementos naturais como o vento, a água e outras fontes.
Assim é necessário considerar as reações que ocorrem durante a tração ou movimentação
mecânica e afetam não somente o solo, mas o uso das máquinas que o manuseiam.
A força exercida sobre o solo é proveniente de um mecanismo de tração, como uma roda ou
esteira, por exemplo. Essas variáveis compõem a resistência dinâmica do solo para prover
tração.
Um solo compactado e erroneamente manejado pode causar problemas diretos na
produtividade das lavouras. No entanto, ele também pode causar problemas indiretos no
assoreamento dos rios, na qualidade da água e na continuidade da agricultura como a
conhecemos.
Para prevenir esses problemas, é essencial conhecer a dinâmica dos solos.
Desta forma, conhecer e considerar as propriedades dos solos em seus
planejamentos e operações é mais do que buscar resultados ambientais, é
potencializar os aspectos produtivos e de rentabilidade financeira da propriedade
rural.
28. Compactação do solo
Desenvolvimento do sistema radicular das plantas, o que gera redução
na sua capacidade produtiva e capacidade de armazenamento e
disponibilização de água e nutrientes, resistência aos processos
mecânicos, necessidade de maior energia para a sua realização,
aumento das temperaturas do solo, além do escorrimento superficial
do solo.
29. Seminários
Na introdução deve apresentar: -
O tema: deve contextualizar; Na
introdução é relatado o que foi escrito
no papper.
- o objetivo do trabalho, a forma como
está organizado e o método utilizado.
- O desenvolvimento, ou corpo do
trabalho, é a sua parte central.
- Conclusão: