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Língua Portuguesa e Literatura
Texto argumentativo: dissertação
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Objetivo da dissertação escolar
Sabendo-se que nesse gênero a maior finalidade é
persuadir, convencer seu interlocutor de sua opinião, ou
mesmo fazer com que a sua hipótese seja aceita como
válida, é necessário entender como isso pode ser feito com
mais eficácia.
Para isso partiremos de dois pontos (elementos) básicos:
1- TESE: sua hipótese, sua opinião acerca do tema.
2- ARGUMENTOS: aquilo que você vai utilizar para
convencer alguém a aceitar sua tese.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Imagine a seguinte situação:
Sua escola irá organizar uma excursão pedagógica ao Sítio
Histórico de Olinda, mas seus responsáveis não permitem
que você vá.
O que você poderia dizer para convencê-los do contrário?
Imagem:
Prefeitura
de
Olinda
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Creative
Commons
Attribution
2.0
Generic.
Prefeitura
de
Olinda
/
Creative
Commons
Attribution
2.0
Generic.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
a- Todos os meus amigos vão;
b- haverá um trabalho para a nota;
c- vai ser divertido;
d- vai ser a maior festa no ônibus;
e- vamos conhecer um pouco da história do nosso Estado;
f- vamos estar acompanhados por 10 professores;
g- no Alto da Sé vende-se um acarajé delicioso;
h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a
arte e a arquitetura barroca.
Imagem: Chen / public domain
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Pois é, considerando que seus responsáveis se preocupam
com sua educação, o natural seria que os seguintes
argumentos funcionassem melhor:
b- haverá um trabalho para a nota;
e- vamos conhecer um pouco da história do nosso estado;
f- vamos estar acompanhados por 10 professores;
h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a arte e a
arquitetura barroca.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Porém, se você tivesse tentando convencer um amigo a ir
com você, talvez, estes funcionassem melhor:
a- todos os meus amigos vão;
c- vai ser divertido;
d- vai ser a maior festa no ônibus;
g- no Alto da Sé, vende-se um acarajé delicioso;
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Tese:
- quero ir a Olinda
Interlocutor:
-responsáveis
Argumentos:
b- haverá um trabalho para a nota;
e- vamos conhecer um pouco da história
do nosso estado;
f- vamos estar acompanhados por 10
professores;
h- vamos ver ao vivo coisas que só
vemos nos livros, como a
arte e a arquitetura
barroca.
Tese:
-vamos a Olinda comigo!
Interlocutor:
-amigos
Argumentos:
a- todos os meus amigos vão;
c- vai ser divertido;
d- vai ser a maior festa no ônibus;
g- no Alto da Sé, vende-se um acarajé
delicioso;
Imagem: Drodriguez505
/ GNU Free
Documentation License.
Imagem:
Pictofigo
/
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3.0
Unported.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Dependendo do seu interlocutor (responsáveis ou amigos),
ficaria simples escolher quais argumentos funcionariam
melhor. Na Dissertação Escolar, porém, seu interlocutor pode
ser qualquer um – o que chamamos de leitor universal.
Sendo assim, seus argumentos devem ser também universais,
ou seja, ser reconhecidos como verdadeiros ou possíveis por
qualquer um.
Aqui vão algumas estratégias que podem ajudá-lo nessa
importante escolha:
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Tipos de argumentos
I – Argumentação por citação (ou de autoridade): neste tipo de argumento,
utiliza-se a voz de outras pessoas que corroboram (confirmam) a opinião do
autor. Normalmente essa pessoa (ou instituição) citada é um especialista na
área ou alguém reconhecido pela sociedade como confiável.
TESE: A leitura é extremamente importante.
EX: A leitura permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo
desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem recente, uma
grande revista de circulação nacional atribuiu à leitura, a importância de
agente fundamental para a transformação social do nosso país. Através do
conhecimento da língua, todos tem acesso à informação e são capazes de
emitir uma opinião sobre os acontecimentos. Ter opinião é cidadania e essa
parte pode ser a grande transformação social do Brasil.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Tipos de argumentos
II – Argumentação por dados concretos: estes argumentos se
baseiam em demonstrar a opinião através de estatísticas,
dados que revelem o que o autor quer provar.
TESE: O brasileiro não tem o hábito de ler.
Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros
ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por
semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Tipos de argumentos
III – Argumentação por exemplificação: aqui se faz a defesa da tese, através
da apresentação de um exemplo, um fato, um acontecimento que demonstrem o que
o autor quer provar.
Obs.: é preferível que o fato escolhido seja amplamente conhecido, porém não
precisa ser verídico, mas reconhecidamente verossímil, ou seja, mesmo que não
tenha acontecido, deve estar o mais perto possível da realidade.
TESE: O Brasil começa a dar mais importância à leitura.
Um jovem senta no metrô, abre sua mochila, retira um livro e
começa a ler. Essa é uma imagem cada vez mais frequente e
que reflete uma lenta mudança de hábitos no Brasil.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
IV – Argumentação por causa e consequência: a argumentação aqui passa por uma
questão de lógica. O autor, ao usar este tipo de argumentação, estabelece uma
relação entre o motivo (causa) e a consequência (efeito) de determinado fato. Assim
o autor pretende, de maneira lógica, provar sua tese.
TESE: O hábito da leitura traz benefícios incríveis.
Ex.: Os benefícios da leitura são cientificamente comprovados.
Pesquisas indicam que crianças que têm o hábito da leitura incentivado
durante toda a vida escolar desenvolvem seu senso crítico e mantêm
seu rendimento escolar em um nível alto. O analfabetismo, um dos
grandes obstáculos da educação no Brasil, está sendo combatido com
a educação de jovens e adultos, mas a tecnologia está afastando nossas
crianças dos livros.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Introdução
Introduzir uma dissertação escolar é mais do que meramente iniciá-la,
é, na verdade, dar início à persuasão.
Assim, o modo como se introduz o texto pode ou não contar pontos
para atingir o objetivo: provar a tese. Vejamos algumas formas
eficazes de se fazer isso.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
I- ROTEIRO: como em toda
introdução, o tema deve estar
presente. Além disso, neste tipo é
apresentado ao leitor o roteiro de
discussão que será seguido
durante o desenvolvimento.
II- HIPÓTESE: este tipo de
introdução traz o ponto de vista a
ser defendido, ou seja, a tese que
se pretende discutir.
III- PERGUNTAS: esta introdução
constitui-se de uma série de
perguntas sobre o tema. Tais
perguntas devem ser comprovadas
durante o desenvolvimento.
IV- HISTÓRICA: esta introdução
traça um rápido panorama
histórico da questão, servindo
muitas vezes de contraponto ao
presente.
( ) Na década de 90, tivemos um exemplo da
violência e do descaso com as crianças do país. A
tragédia conhecida como Chacina da Candelária
expôs o flagelo da realidade de grande parte de
nossas crianças.
( ) A situação das crianças brasileiras não é das
melhores. Não há creches suficientes para atender
as menores, as escolas que atendem as maiores não
oferecem um bom serviço e, como se não bastasse,
são frequentes os casos de abusos e violências.
( ) É preciso mudar drasticamente o tratamento
dado à criança brasileira. Não se pode mais negar a
elas direitos essenciais do ser humano como
educação, saúde, moradia etc. como vem
acontecendo ao longo do tempo
( ) Quais as reais oportunidades dadas à criança
brasileira hoje? Quantas terminarão a faculdade?
Quantas concluirão um curso técnico ou mesmo o
Ensino Fundamental?
PROF.: ALEXANDRE LIZ
V- COMPARAÇÃO: por semelhança
ou oposição, procura-se, neste tipo
de introdução, mostrar como o
tema, ou aspectos dele, se
assemelham - ou se opõem - a
outros.
VI- DEFINIÇÃO: parte da definição
do significado do tema, ou de uma
parte dele.
VII- CONTESTAÇÃO: contesta uma
ideia ou uma citação conhecida.
VIII-NARRAÇÃO: narra-se um
pequeno fato de relevância como
ponto de partida para a análise do
tema.
IX- ESTATÍSTICA: consiste em se
apresentar dados estatísticos
relativos à questão a ser tratada.
X- MISTA: procura fundir várias
formas de introdução.
( ) A criança brasileira não é tratada com dignidade. Qual a
qualidade da escola oferecida à maioria de nossas crianças e
adolescentes? Quais oportunidades reais, além do futebol,
são oferecidas a ela?
( ) Embora a mortalidade infantil tenha diminuído mais de
50% nos últimos 20 anos, o descaso com as crianças continua
evidente quando encaramos o fato de que essas mortes
poderiam ser reduzidas em pelo menos 70% se às mães fosse
dado o tratamento adequado.
( ) Ainda ecoa na lembrança do país o caso da adolescente
resgatada pela polícia em Goiânia. A adolescente estava
amarrada e apresentava marcas de espancamento, como se
não bastasse, era responsável por todo o serviço da casa.
( ) O Brasil é o país do futuro diz o ditado, porém quando
vemos a situação das crianças que são o futuro do país – má
educação, falta de saúde, de segurança e de oportunidades –
somos levados a crer que o futuro será triste, a menos que
algo seja feito para mudar esse quadro.
( ) Direito seria o inegável, o justo, o legítimo. Baseado nisso,
parece lógico dizer que as crianças deste país não têm de fato
direitos, já que necessidades básicas lhes são negadas e não
são tratadas com legitimidade ou justiça.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Conclusão
O verbo concluir tem dois significados básicos:
1- finalizar, terminar, pôr fim;
2- inferir, tirar conclusões a partir de fatos.
Na dissertação escolar, temos de assumir os dois significados:
I- o gênero tem a função de convencer o leitor da validade de sua tese;
II- os argumentos usados no desenvolvimento tentam provar a tese;
III- finaliza-se o texto inferindo algo a partir dos argumentos apresentados.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Levando em consideração os pontos I, II e III, é necessário
admitir a conclusão como um retorno à tese, observe:
A- apresenta-se a tese;
B- apresentam-se argumentos para defender a tese;
C- chega-se a uma conclusão a partir dos argumentos
apresentados, que provam a tese.
LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano
Texto argumentativo: dissertação escolar
PROF.: ALEXANDRE LIZ
A conclusão, além da finalização do texto, é obviamente um
retorno à tese, pois seus argumentos orientarão o
pensamento do leitor até ela.
Porém, ela não é um simples retorno à introdução, mas um
reforço à tese desde que seja garantida a progressão textual,
ou seja, a continuidade das ideias do texto.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Vejamos na prática o que tudo isso
significa:
LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano
Texto argumentativo: dissertação escolar
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não
conseguiu resolver os graves problemas que
preocupam a todos, pois existem populações
imersas em completa miséria, a paz é interrompida
frequentemente por conflitos internacionais e, além
do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado
por sério desequilíbrio ecológico.
Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis
– estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer
entre indivíduos – encontramos legiões de famintos
em pontos específicos da Terra. Nos países do
Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da
África, vemos com tristeza, a falência da
solidariedade humana e da colaboração entre as
nações.
Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido,
com certa preocupação, aos conflitos internacionais
que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste
lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as
quais provocaram grande extermínio. Em nossos
dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia,
em alguns membros da Comunidade dos Estados
Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que
tanta apreensão nos causou.
Outra preocupação constante é o desequilíbrio
ecológico, provocado pela ambição desmedida de
alguns, que promovem desmatamentos
desordenados e poluem as águas dos rios. Tais
atitudes contribuem para que o meio ambiente,
em virtude de tantas agressões, acabe por se
transformar em local inabitável.
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados
a acreditar que o homem está muito longe de
solucionar os graves problemas que afligem
diretamente uma grande parcela da humanidade e
indiretamente a qualquer pessoa consciente e
solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito
no sentido de conter essas forças ameaçadoras,
para podermos suportar as adversidades e
construir um mundo que, por ser justo e pacífico,
será mais facilmente habitado pelas gerações
vindouras.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
Introdução
(tipo roteiro)
Aqui o autor nos apresenta claramente sua
tese – “o homem ainda não conseguiu
resolver os graves problemas que
preocupam a todos”– e nos apresenta logo
de início quais argumentos utilizará no
desenvolvimento:
Argumento 1 = “existem populações imersas
em completa miséria”;
Argumento 2 = “a paz é interrompida
frequentemente por conflitos internacionais”;
Argumento 3 = o meio ambiente encontra-se
ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
Introdução
(tipo roteiro)
A partir da introdução, (tipo roteiro) já
conseguimos identificar a linha de
argumentação do autor. O autor pretende
provar que os maiores problemas da
humanidade ainda não foram resolvidos,
para persuadir seu interlocutor dessa
posição, ele citará exemplos de imensos
problemas de diversas naturezas.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
Desenvolvimento:
Nesse texto o autor desenvolve seus
argumentos seguindo a mesma ordem
já apresentada na introdução – primeiro
parágrafo:
Argumento 1 = “existem populações imersas em
completa miséria”;
Argumento 2 = “a paz é interrompida
frequentemente por conflitos internacionais”;
Argumento 3 = “o meio ambiente encontra-se
ameaçado por sério desequilíbrio ecológico”.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
1º argumento:
Ao iniciar a argumentação propriamente
dita, o autor prova a ideia já apresentada da
existência da fome e da miséria quando nos
exemplifica tais fatos citando países do
Terceiro Mundo, sobretudo certas regiões
da África, onde reconhecidamente as
pessoas enfrentam
dificuldades
alimentares extremas.
Imagem: Pablo Romero Ibáñez
/ public domain.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
2º argumento:
No 2º argumento – 3º parágrafo – o
autor demonstra, através dos exemplos
de algumas guerras, o que havia
afirmado na introdução:
“a paz é interrompida
frequentemente por
conflitos
internacionais”
Imagem: Eduarda7 / Creative
Commons Attribution-Share Alike
2.5 Portugal.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
3º argumento:
O quarto parágrafo muda um
pouco a estratégia argumentativa.
Para provar o desequilíbrio
ecológico, o autor estabelece uma
relação de causa e consequência,
entre a “ambição desmedida” e o
“desequilíbrio
ecológico”.
Imagem:
http://areaprojecto8a.wiki
spaces.com/ Creative
Commons Attribution-
Share Alike 3.0 Unported
PROF.: ALEXANDRE LIZ
AMBIÇÃO DESEQUILÍBRIO
(causa) (consequência)
3º ARGUMENTO
Imagem: Marya / Creative
Commons Attribution 2.0 Generic.
Imagem: alexandro auler from Recife,
Brazil / Creative Commons Attribution
2.0 Generic.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico)
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos
TERCEIRO ARGUMENTO
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Análise da Estrutura Argumentativa
Conclusão
Na conclusão, como de praxe,
o autor retoma sua tese
inicial:
“o homem ainda não
conseguiu resolver os graves
problemas que preocupam a
todos” (trecho da
introdução).
PROF.: ALEXANDRE LIZ
COMPONENTE CURRICULAR, Série
Tópico
Conclusão
Note, porém, que, apesar de ser um retorno à tese, o autor garante a progressão
textual, ao afirmar quem são “TODOS” citados na exposição inicial da tese:
“o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que
afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e
indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária.”
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Muitos exames, como o ENEM, pedem que o candidato
apresente propostas para solucionar ou amenizar o problema
exposto.
Vemos aqui que o autor caminha neste sentido, porém não
traz uma proposta concreta. Releia a conclusão:
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o
homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem
diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a
qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo
seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para
podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser
justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações
vindouras.
PROF.: ALEXANDRE LIZ
É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças
ameaçadoras.
A frase acima nos leva a duas questões básicas para se chegar a uma solução.
1- O que, de fato, poderia ser feito para contê-las?
2- Quem são as forças ameaçadoras
citadas na conclusão?
PROF.: ALEXANDRE LIZ
O que seriam as “forças
ameaçadoras” de que o autor
fala?
a- Quais as causas da miséria?
b- Qual a causa da degradação
ambiental?
2º PARÁGRAFO
Embora o planeta disponha de riquezas
incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer
entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos
legiões de famintos em pontos específicos da Terra.
Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas
regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da
solidariedade humana e da colaboração entre as
nações.
4º PARÁGRAFO
Outra preocupação constante é o
desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição
desmedida de alguns, que promovem
desmatamentos desordenados e poluem as águas
dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio
ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe
por se transformar em local inabitável.
LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano
Texto argumentativo: dissertação escolar
PROF.: ALEXANDRE LIZ
Avaliando as causas apresentadas (falta de solidariedade, ambição) e estendendo-as,
através da experiência de vida, às guerras, chegamos a uma proposta mais concreta:
Ex: Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o
homem está muito longe de solucionar os graves problemas que
afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e
indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É preciso
apostar pesadamente numa educação transformadora e cidadã, que
tenha suas bases no respeito e solidariedade, só assim poderemos
construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente
habitado pelas gerações vindouras.
LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano
Texto argumentativo: dissertação escolar
PROF.: ALEXANDRE LIZ
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3a Prefeitura de Olinda / Creative
Commons Attribution 2.0 Generic.
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Hist%C3%B3rico_de_Olinda_-_Pernambuco.jpg
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Commons Attribution 2.0 Generic.
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29/03/2012
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Alike 3.0 Unported.
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party.png
29/03/2012
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Alike 2.5 Generic.
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1899) / public domain.
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24 Pablo Romero Ibáñez / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:No_m%
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03/04/2012
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Alike 2.5 Portugal.
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03/04/2012
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03/04/2012
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  • 1. Língua Portuguesa e Literatura Texto argumentativo: dissertação PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 2. Objetivo da dissertação escolar Sabendo-se que nesse gênero a maior finalidade é persuadir, convencer seu interlocutor de sua opinião, ou mesmo fazer com que a sua hipótese seja aceita como válida, é necessário entender como isso pode ser feito com mais eficácia. Para isso partiremos de dois pontos (elementos) básicos: 1- TESE: sua hipótese, sua opinião acerca do tema. 2- ARGUMENTOS: aquilo que você vai utilizar para convencer alguém a aceitar sua tese. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 3. Imagine a seguinte situação: Sua escola irá organizar uma excursão pedagógica ao Sítio Histórico de Olinda, mas seus responsáveis não permitem que você vá. O que você poderia dizer para convencê-los do contrário? Imagem: Prefeitura de Olinda / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. Prefeitura de Olinda / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 4. a- Todos os meus amigos vão; b- haverá um trabalho para a nota; c- vai ser divertido; d- vai ser a maior festa no ônibus; e- vamos conhecer um pouco da história do nosso Estado; f- vamos estar acompanhados por 10 professores; g- no Alto da Sé vende-se um acarajé delicioso; h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a arte e a arquitetura barroca. Imagem: Chen / public domain PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 5. Pois é, considerando que seus responsáveis se preocupam com sua educação, o natural seria que os seguintes argumentos funcionassem melhor: b- haverá um trabalho para a nota; e- vamos conhecer um pouco da história do nosso estado; f- vamos estar acompanhados por 10 professores; h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a arte e a arquitetura barroca. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 6. Porém, se você tivesse tentando convencer um amigo a ir com você, talvez, estes funcionassem melhor: a- todos os meus amigos vão; c- vai ser divertido; d- vai ser a maior festa no ônibus; g- no Alto da Sé, vende-se um acarajé delicioso; PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 7. Tese: - quero ir a Olinda Interlocutor: -responsáveis Argumentos: b- haverá um trabalho para a nota; e- vamos conhecer um pouco da história do nosso estado; f- vamos estar acompanhados por 10 professores; h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a arte e a arquitetura barroca. Tese: -vamos a Olinda comigo! Interlocutor: -amigos Argumentos: a- todos os meus amigos vão; c- vai ser divertido; d- vai ser a maior festa no ônibus; g- no Alto da Sé, vende-se um acarajé delicioso; Imagem: Drodriguez505 / GNU Free Documentation License. Imagem: Pictofigo / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 8. Dependendo do seu interlocutor (responsáveis ou amigos), ficaria simples escolher quais argumentos funcionariam melhor. Na Dissertação Escolar, porém, seu interlocutor pode ser qualquer um – o que chamamos de leitor universal. Sendo assim, seus argumentos devem ser também universais, ou seja, ser reconhecidos como verdadeiros ou possíveis por qualquer um. Aqui vão algumas estratégias que podem ajudá-lo nessa importante escolha: PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 9. Tipos de argumentos I – Argumentação por citação (ou de autoridade): neste tipo de argumento, utiliza-se a voz de outras pessoas que corroboram (confirmam) a opinião do autor. Normalmente essa pessoa (ou instituição) citada é um especialista na área ou alguém reconhecido pela sociedade como confiável. TESE: A leitura é extremamente importante. EX: A leitura permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem recente, uma grande revista de circulação nacional atribuiu à leitura, a importância de agente fundamental para a transformação social do nosso país. Através do conhecimento da língua, todos tem acesso à informação e são capazes de emitir uma opinião sobre os acontecimentos. Ter opinião é cidadania e essa parte pode ser a grande transformação social do Brasil. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 10. Tipos de argumentos II – Argumentação por dados concretos: estes argumentos se baseiam em demonstrar a opinião através de estatísticas, dados que revelem o que o autor quer provar. TESE: O brasileiro não tem o hábito de ler. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 11. Tipos de argumentos III – Argumentação por exemplificação: aqui se faz a defesa da tese, através da apresentação de um exemplo, um fato, um acontecimento que demonstrem o que o autor quer provar. Obs.: é preferível que o fato escolhido seja amplamente conhecido, porém não precisa ser verídico, mas reconhecidamente verossímil, ou seja, mesmo que não tenha acontecido, deve estar o mais perto possível da realidade. TESE: O Brasil começa a dar mais importância à leitura. Um jovem senta no metrô, abre sua mochila, retira um livro e começa a ler. Essa é uma imagem cada vez mais frequente e que reflete uma lenta mudança de hábitos no Brasil. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 12. IV – Argumentação por causa e consequência: a argumentação aqui passa por uma questão de lógica. O autor, ao usar este tipo de argumentação, estabelece uma relação entre o motivo (causa) e a consequência (efeito) de determinado fato. Assim o autor pretende, de maneira lógica, provar sua tese. TESE: O hábito da leitura traz benefícios incríveis. Ex.: Os benefícios da leitura são cientificamente comprovados. Pesquisas indicam que crianças que têm o hábito da leitura incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem seu senso crítico e mantêm seu rendimento escolar em um nível alto. O analfabetismo, um dos grandes obstáculos da educação no Brasil, está sendo combatido com a educação de jovens e adultos, mas a tecnologia está afastando nossas crianças dos livros. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 13. Introdução Introduzir uma dissertação escolar é mais do que meramente iniciá-la, é, na verdade, dar início à persuasão. Assim, o modo como se introduz o texto pode ou não contar pontos para atingir o objetivo: provar a tese. Vejamos algumas formas eficazes de se fazer isso. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 14. I- ROTEIRO: como em toda introdução, o tema deve estar presente. Além disso, neste tipo é apresentado ao leitor o roteiro de discussão que será seguido durante o desenvolvimento. II- HIPÓTESE: este tipo de introdução traz o ponto de vista a ser defendido, ou seja, a tese que se pretende discutir. III- PERGUNTAS: esta introdução constitui-se de uma série de perguntas sobre o tema. Tais perguntas devem ser comprovadas durante o desenvolvimento. IV- HISTÓRICA: esta introdução traça um rápido panorama histórico da questão, servindo muitas vezes de contraponto ao presente. ( ) Na década de 90, tivemos um exemplo da violência e do descaso com as crianças do país. A tragédia conhecida como Chacina da Candelária expôs o flagelo da realidade de grande parte de nossas crianças. ( ) A situação das crianças brasileiras não é das melhores. Não há creches suficientes para atender as menores, as escolas que atendem as maiores não oferecem um bom serviço e, como se não bastasse, são frequentes os casos de abusos e violências. ( ) É preciso mudar drasticamente o tratamento dado à criança brasileira. Não se pode mais negar a elas direitos essenciais do ser humano como educação, saúde, moradia etc. como vem acontecendo ao longo do tempo ( ) Quais as reais oportunidades dadas à criança brasileira hoje? Quantas terminarão a faculdade? Quantas concluirão um curso técnico ou mesmo o Ensino Fundamental? PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 15. V- COMPARAÇÃO: por semelhança ou oposição, procura-se, neste tipo de introdução, mostrar como o tema, ou aspectos dele, se assemelham - ou se opõem - a outros. VI- DEFINIÇÃO: parte da definição do significado do tema, ou de uma parte dele. VII- CONTESTAÇÃO: contesta uma ideia ou uma citação conhecida. VIII-NARRAÇÃO: narra-se um pequeno fato de relevância como ponto de partida para a análise do tema. IX- ESTATÍSTICA: consiste em se apresentar dados estatísticos relativos à questão a ser tratada. X- MISTA: procura fundir várias formas de introdução. ( ) A criança brasileira não é tratada com dignidade. Qual a qualidade da escola oferecida à maioria de nossas crianças e adolescentes? Quais oportunidades reais, além do futebol, são oferecidas a ela? ( ) Embora a mortalidade infantil tenha diminuído mais de 50% nos últimos 20 anos, o descaso com as crianças continua evidente quando encaramos o fato de que essas mortes poderiam ser reduzidas em pelo menos 70% se às mães fosse dado o tratamento adequado. ( ) Ainda ecoa na lembrança do país o caso da adolescente resgatada pela polícia em Goiânia. A adolescente estava amarrada e apresentava marcas de espancamento, como se não bastasse, era responsável por todo o serviço da casa. ( ) O Brasil é o país do futuro diz o ditado, porém quando vemos a situação das crianças que são o futuro do país – má educação, falta de saúde, de segurança e de oportunidades – somos levados a crer que o futuro será triste, a menos que algo seja feito para mudar esse quadro. ( ) Direito seria o inegável, o justo, o legítimo. Baseado nisso, parece lógico dizer que as crianças deste país não têm de fato direitos, já que necessidades básicas lhes são negadas e não são tratadas com legitimidade ou justiça. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 16. Conclusão O verbo concluir tem dois significados básicos: 1- finalizar, terminar, pôr fim; 2- inferir, tirar conclusões a partir de fatos. Na dissertação escolar, temos de assumir os dois significados: I- o gênero tem a função de convencer o leitor da validade de sua tese; II- os argumentos usados no desenvolvimento tentam provar a tese; III- finaliza-se o texto inferindo algo a partir dos argumentos apresentados. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 17. Levando em consideração os pontos I, II e III, é necessário admitir a conclusão como um retorno à tese, observe: A- apresenta-se a tese; B- apresentam-se argumentos para defender a tese; C- chega-se a uma conclusão a partir dos argumentos apresentados, que provam a tese. LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano Texto argumentativo: dissertação escolar PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 18. A conclusão, além da finalização do texto, é obviamente um retorno à tese, pois seus argumentos orientarão o pensamento do leitor até ela. Porém, ela não é um simples retorno à introdução, mas um reforço à tese desde que seja garantida a progressão textual, ou seja, a continuidade das ideias do texto. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 19. Vejamos na prática o que tudo isso significa: LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano Texto argumentativo: dissertação escolar PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 20. Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou. Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 21. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa Introdução (tipo roteiro) Aqui o autor nos apresenta claramente sua tese – “o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos”– e nos apresenta logo de início quais argumentos utilizará no desenvolvimento: Argumento 1 = “existem populações imersas em completa miséria”; Argumento 2 = “a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais”; Argumento 3 = o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 22. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa Introdução (tipo roteiro) A partir da introdução, (tipo roteiro) já conseguimos identificar a linha de argumentação do autor. O autor pretende provar que os maiores problemas da humanidade ainda não foram resolvidos, para persuadir seu interlocutor dessa posição, ele citará exemplos de imensos problemas de diversas naturezas. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 23. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa Desenvolvimento: Nesse texto o autor desenvolve seus argumentos seguindo a mesma ordem já apresentada na introdução – primeiro parágrafo: Argumento 1 = “existem populações imersas em completa miséria”; Argumento 2 = “a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais”; Argumento 3 = “o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico”. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 24. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa 1º argumento: Ao iniciar a argumentação propriamente dita, o autor prova a ideia já apresentada da existência da fome e da miséria quando nos exemplifica tais fatos citando países do Terceiro Mundo, sobretudo certas regiões da África, onde reconhecidamente as pessoas enfrentam dificuldades alimentares extremas. Imagem: Pablo Romero Ibáñez / public domain. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 25. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa 2º argumento: No 2º argumento – 3º parágrafo – o autor demonstra, através dos exemplos de algumas guerras, o que havia afirmado na introdução: “a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais” Imagem: Eduarda7 / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Portugal. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 26. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa 3º argumento: O quarto parágrafo muda um pouco a estratégia argumentativa. Para provar o desequilíbrio ecológico, o autor estabelece uma relação de causa e consequência, entre a “ambição desmedida” e o “desequilíbrio ecológico”. Imagem: http://areaprojecto8a.wiki spaces.com/ Creative Commons Attribution- Share Alike 3.0 Unported PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 27. AMBIÇÃO DESEQUILÍBRIO (causa) (consequência) 3º ARGUMENTO Imagem: Marya / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. Imagem: alexandro auler from Recife, Brazil / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 28. INTRODUÇÃO Apresenta a tese e antecipa os argumentos (1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) PRIMEIRO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Fome e miséria SEGUNDO ARGUMENTO Argumentação por exemplificação Conflitos violentos TERCEIRO ARGUMENTO Argumentação por causa e consequência Desequilíbrio ecológico CONCLUSÃO Reforço da tese Proposta de solução Análise da Estrutura Argumentativa Conclusão Na conclusão, como de praxe, o autor retoma sua tese inicial: “o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos” (trecho da introdução). PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 29. COMPONENTE CURRICULAR, Série Tópico Conclusão Note, porém, que, apesar de ser um retorno à tese, o autor garante a progressão textual, ao afirmar quem são “TODOS” citados na exposição inicial da tese: “o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária.” PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 30. Muitos exames, como o ENEM, pedem que o candidato apresente propostas para solucionar ou amenizar o problema exposto. Vemos aqui que o autor caminha neste sentido, porém não traz uma proposta concreta. Releia a conclusão: Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 31. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras. A frase acima nos leva a duas questões básicas para se chegar a uma solução. 1- O que, de fato, poderia ser feito para contê-las? 2- Quem são as forças ameaçadoras citadas na conclusão? PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 32. O que seriam as “forças ameaçadoras” de que o autor fala? a- Quais as causas da miséria? b- Qual a causa da degradação ambiental? 2º PARÁGRAFO Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. 4º PARÁGRAFO Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano Texto argumentativo: dissertação escolar PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 33. Avaliando as causas apresentadas (falta de solidariedade, ambição) e estendendo-as, através da experiência de vida, às guerras, chegamos a uma proposta mais concreta: Ex: Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É preciso apostar pesadamente numa educação transformadora e cidadã, que tenha suas bases no respeito e solidariedade, só assim poderemos construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. LÍNGUA PORTUGUEAS, 3º Ano Texto argumentativo: dissertação escolar PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 34. Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 3a Prefeitura de Olinda / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Centro_ Hist%C3%B3rico_de_Olinda_-_Pernambuco.jpg 28/03/2012 3b Prefeitura de Olinda / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mosteir o_de_S%C3%A3o_Bento-(Olinda-PE).jpg 28/03/2012 4 Chen / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Group_ pic.jpg 29/03/2012 7a Drodriguez505 / GNU Free Documentation License. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Group_ work2.JPG 29/03/2012 7b Pictofigo / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Family- party.png 29/03/2012 8 Steelman / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Estudo.j pg 30/03/2012 11 José Ferraz de Almeida Júnior (1850– 1899) / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Almeid a_J%C3%BAnior_-_Mo%C3%A7a_com_Livro.jpg 03/04/2012 24 Pablo Romero Ibáñez / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:No_m% C3%A1s_pobreza.jpg 03/04/2012 25 Eduarda7 / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Portugal. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carro_d e_Combate_Portugu%C3%AAs_(Penha_Garcia).j pg 03/04/2012 26 http://areaprojecto8a.wikispaces.com/ Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Emiss% C3%A3o%2Bde%2Bgases%2Bpoluentes.jpg 03/04/2012 PROF.: ALEXANDRE LIZ
  • 35. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 27a Marya / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Money _lunch.jpg 03/04/2012 27b alexandro auler from Recife, Brazil / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Incendi o_no_bairro_Sao_Jose.jpg 03/04/2012 Tabela de Imagens PROF.: ALEXANDRE LIZ