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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
PIBID LETRAS
PROJETO:
CLIC
CULTURA, LITERATURA E CRIATIVIDADE: DO ERUDITO AO
POPULAR
PROFESSORES:
FLÁVIA KELLYANNE MEDEIROS DA SILVA
LÍGIA ALBUQUERQUE QUEIROZ
PRISCILA DA SILVA SANTANA RODRIGUES
VANESSA KISHIMA DO BÚ
MÓDULO 08: GREGÓRIO DE MATOS: POLÍTICA E SOCIEDADE
ALUNO(A):__________________________________________________
www.projetoclicraul.blogspot.com
PARA LER E REFLETIR
1- Quem são os alvos da crítica presente na charge?
2- Que comportamentos dessas pessoas são criticados?
3- Qual é a semelhança com o período barraco?
Aluno(a):_______________________________________________________
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EPÍLOGOS
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste socrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.
Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.
Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.
E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.
Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha
Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.
E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.
Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.
O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.
À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.
A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.
Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.
Fonte: labirintodeletras.blogspot.com
BARROCO
Barroco originalmente significa "pérola” irregular ou imperfeita, um estilo que
floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII inicialmente na Itália,
difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de
atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente.
O Barroco ou Seiscentismo teve início em Portugal com a unificação da Península
Ibérica, fato que acarreta ao período intensa influência espanhola, e também faz surgir
outra denominação para o período, Escola
Espanhola. No Brasil, o Barroco teve início em
1601, com a publicação do poema épico
Prosopopeia, de Bento Teixeira, o qual
introduz em definitivo o modelo da poesia
camoniana na literatura brasileira. Na verdade,
em meio à crise de valores renascentistas, o
barroco surgiu.
Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra- Reforma
distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação
natural do Renascimento porque ambos os movimentos compartilharam de um
profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, que teria resultado em diferenças
na expressão artística de cada período, e continua presente em quase todas as
manifestações da cultura brasileira, da arquitetura à pintura, da comida à moda, passando
pelo futebol e pelo corpo feminino.
ESTILOS LITERÁRIOS DO BARROCO:
• Cultismo– caracterizado pela linguagem culta, rebuscada, ligado à forma, jogo de
palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gôngora, e por isso, chamado
também de Gongorismo.
• Conceptismo– caracterizado pelo jogo de ideias, ligado ao conteúdo, raciocínio lógico,
com influência do espanhol Quevedo, e por isso, chamado também deQuevedismo.
• Requinte Formal: O Barroco é uma arte da elite, que exigia uma linguagem
formal, um vocabulário de nível elevado, apresentando construções sintáticas
elaboradas.
• Figuração: Em vez de dizer coisas de forma direta e objetiva o texto barroco
prefere a figuração, metáforas, comparações, símbolos e alegorias. Por exemplo,
quando se refere aos sofrimentos de Cristo.
• Conflito Espiritual: O homem barroco sofre sentimento de culpa, divide-se entre
o mundo espiritual e material.
• Temas Contraditórios: A marca do barroco é a contradição e a oposição.
• Efemeridade do Tempo e o Carpe Diem: O homem barroco tem consciência de
que a vida terrena é efêmera, passageira e por isso, é preciso pensar na salvação
espiritual.Mas já que a vida é passageira,sente ao mesmo tempo desejo de “curti-
la”.
• Jogo de claro  escuro: Esse aspecto é visível muito nas artes plásticas, mas com
desejo de expressar o conflito entre fé e razão.
PRINCIPAIS AUTORESE OBRAS:
 Na Prosa: Padre Antônio Vieira com suas
obras de profecias, cartas e sermões; Sebastião da
Rocha Pita e Marques Pereira.
Fonte:www.brasilescola.com
 Na Poesia: Gregório de Matos Guerra,
essencialmente poético; Bento Teixeira; Botelho de
Oliveira e Frei Itaparica.
Fonte: soliteratura.com.br
QUEM É GREGÓRIO DEMATOS?
Gregório de Matos (1633- 1696) é o maior poeta barroco brasileiro e um dos
fundadores da poesia lírica e satírica em nosso país. Nasceu em Salvador, estudou no
colégio de Jesuítas e depois se dirigiu a Coimbra, onde estudou Direito, tornou-se Juiz e
ensaiou seus primeiros poemas satíricos, e devido as suas sátiras, com um vocabulário de
baixo calão denunciava as falsidades, e as contradições daquela sociedade, e por isso foi
perseguido pelas autoridades religiosas e políticas.
A POESIA DE
GREGÓRIO DE MATOS
Fonte: celeirodetalentos.blogspot.com
• A Lírica Amorosa: É fortemente marcada pelo dualismo amoroso, carne x
espírito. A mulher, muitas vezes,é a personificação do próprio pecado, da
perdição espiritual.
• A Lírica Filosófica: Destacam os poemas em que predominam a consciência da
transitoriedade da vida e do tempo, marcados pelo Carpe Diem.
• A Lírica Religiosa: Obedece aos princípios fundamentais do Barroco europeu,
fazendo uso de temas como o amor a Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado
e o perdão.
• A Sátira: A sátira constitui a parte mais original da sua poesia, pois foge dos
padrões e se volta para a realidade da Bahia do século XVII. Talvez seja a
primeira manifestação nativista da nossa literatura. Que o consagra como “O
BOCA DO INFERNO”
A POLÍTICA
O termo "Política" tem vários significados, embora não tenha sido assim em sua
origem. Surgida na Grécia antiga, tal vocábulo deriva da palavra polis (cidade) e se
referia, por isso, à “vida na polis, ou seja, à vida em comum, às regras de organização
dessa vida, aos objetivos da comunidade e às decisões sobre todos esses pontos”.
Outros a veem como "estudo do poder", já que as decisões acerca dos assuntos,
problemas, necessidades ou demandas de uma determinada sociedade são tomadas por
aqueles que detêm o poder.
A política do século XVII na Bahia era o alvo intenso para Gregório de Matos.
Para o poeta baiano a corrupção e a injustiça que assolava a Bahia, deviam ser
combatidas. Politicamente, o homem da época sentia-se oprimido em ver uma Bahia que
era extorquida as suas riquezas sem busca de direitos iguais.
O sistema político consolidou-se no absolutismo,baseado na centralização
absoluta do poder nas mãos do rei , o qual se considerava representante de Deus na
terra.
POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS
Soneto
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por Tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazio a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa Fonte: historianet.com.br
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Gregório de Matos
Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Gregório de Matos Fonte:cdeassis.wordpress.com
VOCABULÁRIO:
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MÚSICA: ♪♪NUNCA SERÃO♪♪
(GABRIELOPENSADOR)
Eu caminhava no meu Rio de Janeiro quando alguém me parou e falou:
"Aê parceiro, me dá tua mão que eu quero ver se tá com cheiro
Porque eu sou um cara honesto e detesto maconheiro"
Eu tinha acabado de sair do banheiro e dei a mão pra ele cheirar
Mas foi uma cena bisonha
Ele cheirou a minha mão por um tempo e eu disse:
Espera, tu não é o Capitão Nascimento?
Que vergonha, meu capitão
Procurando maconha no calçadão
Qual é a tua missão?
Eu vi teu filme mas não me leva a mal
Não me tortura assim não que eu sou um cara legal
Em certas coisas eu concordo contigo
Mas não é assim que você vai achar os grandes bandidos
Esse país tá fodido
Ele falou: 'Eu sei disso
Quando eu entrei na PM, eu assumi um compromisso, eu luto pela justiça'
Eu também
Sem justiça não tem paz e sem paz eu sou refém
A injustiça é cega e a justiça enxerga bem
Mas só quando convém
A lei é do mais forte, no Bope ou na Febem
Na boca ou no Supremo
Que justiça a gente tem, que justiça nós queremos?
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Os impostos bem usados?
Nunca serão!
Os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Capitão, não sei se você soube dessa história
Que rolou num povoado peruano se não me falha a memória
Um político foi morto pelo povo
Um corrupto linchado por um povo que cansou de desrespeito
E resolveu fazer justiça desse jeito
Foi um linchamento, foi um mau exemplo
Foi um mau exemplo mas não deixa de ser um exemplo
Eu sou contra a violência mas aqui a gente peca por excesso de paciência
Com o "rouba mas faz" dos verdadeiros marginais
Chamados de "doutor" e "vossa excelência"
Cujos nomes não preciso dizer
A imprensa publica, mas tudo indica que a justiça não lê
Diz que é cega, mais o lado dos colegas ela sempre vê
Capitão, isso é um serviço pra você!
Deputado! Pede pra sair!
Pede pra sair, deputado!
Sabe o que você é? Um muleque, é isso que você é
Senador, pede pra sair!
(Desisto!)
Mais alto senador!
(Desisto!)
Vagabundo, cadê o dinheiro que você desviou dessa obra aqui?
(Eu não sei não!)
Fala, Vossa Excelência, é melhor falar!
(Eu não sei!)
Cadê a verba da merenda que sumiu?
02, o corrupto não quer falar não! Pode pegar o cabo de vassoura!
(Tá bom, eu vou falar, eu vou falar!)
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Os impostos bem usados?
Nunca serão!
Os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Conversei com o Nascimento que não pensa como eu penso, mas pensando nós
chegamos num consenso
Nós somos vítimas da violência estúpida que afeta todo mundo, menos esses vagabundos
lá da cúpula corrupta hipócrita e nojenta
Que alimenta a desigualdade e da desigualdade se alimenta
Mantendo essa política perversa
Que joga preto contra branco, pobre contra rico e vice-versa
Pra eles isso é jogo, esse é o jogo
Se morre mais um assaltante ou mais um assaltado, tanto faz
Pra eles não importa, gente viva ou gente morta
É tudo a mesma merda
Os velhos nas portas dos hospitais, as crianças mendigando nos sinais
Pra eles nós somos todos iguais
Operários, empresários e presidiários e policiais
Nós somos os otários ideiais
Enquanto a gente sua e morre
Só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz
Enquanto esses covardes continuam livres, nós só temos grades
Liberdade já não temos mais!
Nunca serão!
Nunca serão!
Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!!
Nunca serão!
Nunca serão!
Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!!
Boa 06, também atirando com o meu fuzil fica fácil, né?
Caveira!
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO
É comum encontrarmos circulando na televisão...
Nos rádios, revistas e no que há informação;
Por isso o autor geralmente apresenta a questão...
Seu ponto de vista sobre o tema, ao artigo de opinião;
É importante estar preparado para produzir...
Este tipo de texto, pois em algum momento poderá surgir;
Expor ideias pessoais em oportunidades...
Expor ideias pela escrita por necessidades;
Nos gêneros argumentativos em geral...
O autor tem a intenção de convencer de um jeito formal;
Seus interlocutores apresentando bons argumentos...
Que consistem em verdades e opiniões (em sentimentos);
O artigo de opinião é fundamental em impressões pessoais do autor...
Do texto, e por isso, são fáceis de contestar;
A partir da leitura de diferentes textos, o escritor...
Poderá conhecer vários pontos de vista sobre o assunto a falar;
Para produzir um bom artigo de opinião...
É necessário seguir alguma orientação;
1- Anote num papel os argumentos que irá desenvolver...
2- Considere o interlocutor: quem sua produção irá ler;
3- Enunciado capaz de expressar a ideia principal...
4- Melhor forma possível de concluir seu texto: em geral;
5- Crie um título que desperte o interesse do leitor...
6- Terminando, observe se nele posicionou;
Claramente sobre o tema, se as ideias que estão...
Bem desenvolvidas dobre o artigo de opinião.
ATIVIDADE 1
rascunho
Leia a charge abaixo:
Proposta: Baseado na leitura do texto acima produza um Artigo de Opinião expondo sua
visão sobre a Política no Brasil.
Tema: A política no Brasil.
Aluno(a):______________________________________________________
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PROPOSTA FINAL
Aluno(a):______________________________________________________
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Módulo 8 (gregório de matos política e sociedade)

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID LETRAS PROJETO: CLIC CULTURA, LITERATURA E CRIATIVIDADE: DO ERUDITO AO POPULAR PROFESSORES: FLÁVIA KELLYANNE MEDEIROS DA SILVA LÍGIA ALBUQUERQUE QUEIROZ PRISCILA DA SILVA SANTANA RODRIGUES VANESSA KISHIMA DO BÚ MÓDULO 08: GREGÓRIO DE MATOS: POLÍTICA E SOCIEDADE ALUNO(A):__________________________________________________ www.projetoclicraul.blogspot.com
  • 2. PARA LER E REFLETIR 1- Quem são os alvos da crítica presente na charge? 2- Que comportamentos dessas pessoas são criticados? 3- Qual é a semelhança com o período barraco? Aluno(a):_______________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________
  • 3. EPÍLOGOS Que falta nesta cidade?... Verdade. Que mais por sua desonra?... Honra. Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha. O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha. Quem a pôs neste socrócio?... Negócio. Quem causa tal perdição?... Ambição. E no meio desta loucura?... Usura. Notável desaventura De um povo néscio e sandeu, Que não sabe que perdeu Negócio, ambição, usura. Quais são seus doces objetos?... Pretos. Tem outros bens mais maciços?... Mestiços. Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos. Dou ao Demo os insensatos, Dou ao Demo o povo asnal, Que estima por cabedal, Pretos, mestiços, mulatos. Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos. Quem faz as farinhas tardas?... Guardas. Quem as tem nos aposentos?... Sargentos. Os círios lá vem aos centos, E a terra fica esfaimando, Porque os vão atravessando Meirinhos, guardas, sargentos. E que justiça a resguarda?... Bastarda. É grátis distribuída?... Vendida. Que tem, que a todos assusta?... Injusta. Valha-nos Deus, o que custa O que El-Rei nos dá de graça. Que anda a Justiça na praça Bastarda, vendida, injusta. Que vai pela clerezia?... Simonia. E pelos membros da Igreja?... Inveja. Cuidei que mais se lhe punha?... Unha
  • 4. Sazonada caramunha, Enfim, que na Santa Sé O que mais se pratica é Simonia, inveja e unha. E nos frades há manqueiras?... Freiras. Em que ocupam os serões?... Sermões. Não se ocupam em disputas?... Putas. Com palavras dissolutas Me concluo na verdade, Que as lidas todas de um frade São freiras, sermões e putas. O açúcar já acabou?... Baixou. E o dinheiro se extinguiu?... Subiu. Logo já convalesceu?... Morreu. À Bahia aconteceu O que a um doente acontece: Cai na cama, e o mal cresce, Baixou, subiu, morreu. A Câmara não acode?... Não pode. Pois não tem todo o poder?... Não quer. É que o Governo a convence?... Não vence. Quem haverá que tal pense, Que uma câmara tão nobre, Por ver-se mísera e pobre, Não pode, não quer, não vence. Fonte: labirintodeletras.blogspot.com BARROCO Barroco originalmente significa "pérola” irregular ou imperfeita, um estilo que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente. O Barroco ou Seiscentismo teve início em Portugal com a unificação da Península Ibérica, fato que acarreta ao período intensa influência espanhola, e também faz surgir
  • 5. outra denominação para o período, Escola Espanhola. No Brasil, o Barroco teve início em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, o qual introduz em definitivo o modelo da poesia camoniana na literatura brasileira. Na verdade, em meio à crise de valores renascentistas, o barroco surgiu. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra- Reforma distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período, e continua presente em quase todas as manifestações da cultura brasileira, da arquitetura à pintura, da comida à moda, passando pelo futebol e pelo corpo feminino. ESTILOS LITERÁRIOS DO BARROCO: • Cultismo– caracterizado pela linguagem culta, rebuscada, ligado à forma, jogo de palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gôngora, e por isso, chamado também de Gongorismo. • Conceptismo– caracterizado pelo jogo de ideias, ligado ao conteúdo, raciocínio lógico, com influência do espanhol Quevedo, e por isso, chamado também deQuevedismo. • Requinte Formal: O Barroco é uma arte da elite, que exigia uma linguagem formal, um vocabulário de nível elevado, apresentando construções sintáticas elaboradas. • Figuração: Em vez de dizer coisas de forma direta e objetiva o texto barroco prefere a figuração, metáforas, comparações, símbolos e alegorias. Por exemplo, quando se refere aos sofrimentos de Cristo. • Conflito Espiritual: O homem barroco sofre sentimento de culpa, divide-se entre o mundo espiritual e material.
  • 6. • Temas Contraditórios: A marca do barroco é a contradição e a oposição. • Efemeridade do Tempo e o Carpe Diem: O homem barroco tem consciência de que a vida terrena é efêmera, passageira e por isso, é preciso pensar na salvação espiritual.Mas já que a vida é passageira,sente ao mesmo tempo desejo de “curti- la”. • Jogo de claro escuro: Esse aspecto é visível muito nas artes plásticas, mas com desejo de expressar o conflito entre fé e razão. PRINCIPAIS AUTORESE OBRAS:  Na Prosa: Padre Antônio Vieira com suas obras de profecias, cartas e sermões; Sebastião da Rocha Pita e Marques Pereira. Fonte:www.brasilescola.com  Na Poesia: Gregório de Matos Guerra, essencialmente poético; Bento Teixeira; Botelho de Oliveira e Frei Itaparica. Fonte: soliteratura.com.br
  • 7. QUEM É GREGÓRIO DEMATOS? Gregório de Matos (1633- 1696) é o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia lírica e satírica em nosso país. Nasceu em Salvador, estudou no colégio de Jesuítas e depois se dirigiu a Coimbra, onde estudou Direito, tornou-se Juiz e ensaiou seus primeiros poemas satíricos, e devido as suas sátiras, com um vocabulário de baixo calão denunciava as falsidades, e as contradições daquela sociedade, e por isso foi perseguido pelas autoridades religiosas e políticas. A POESIA DE GREGÓRIO DE MATOS Fonte: celeirodetalentos.blogspot.com • A Lírica Amorosa: É fortemente marcada pelo dualismo amoroso, carne x espírito. A mulher, muitas vezes,é a personificação do próprio pecado, da perdição espiritual. • A Lírica Filosófica: Destacam os poemas em que predominam a consciência da transitoriedade da vida e do tempo, marcados pelo Carpe Diem. • A Lírica Religiosa: Obedece aos princípios fundamentais do Barroco europeu, fazendo uso de temas como o amor a Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão.
  • 8. • A Sátira: A sátira constitui a parte mais original da sua poesia, pois foge dos padrões e se volta para a realidade da Bahia do século XVII. Talvez seja a primeira manifestação nativista da nossa literatura. Que o consagra como “O BOCA DO INFERNO” A POLÍTICA O termo "Política" tem vários significados, embora não tenha sido assim em sua origem. Surgida na Grécia antiga, tal vocábulo deriva da palavra polis (cidade) e se referia, por isso, à “vida na polis, ou seja, à vida em comum, às regras de organização dessa vida, aos objetivos da comunidade e às decisões sobre todos esses pontos”. Outros a veem como "estudo do poder", já que as decisões acerca dos assuntos, problemas, necessidades ou demandas de uma determinada sociedade são tomadas por aqueles que detêm o poder. A política do século XVII na Bahia era o alvo intenso para Gregório de Matos. Para o poeta baiano a corrupção e a injustiça que assolava a Bahia, deviam ser combatidas. Politicamente, o homem da época sentia-se oprimido em ver uma Bahia que era extorquida as suas riquezas sem busca de direitos iguais. O sistema político consolidou-se no absolutismo,baseado na centralização absoluta do poder nas mãos do rei , o qual se considerava representante de Deus na terra. POESIA SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS Soneto Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
  • 9. Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa: Mais isento se mostra, o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazio a tripa, E mais não digo, porque a Musa topa Fonte: historianet.com.br Em apa, epa, ipa, opa, upa. Gregório de Matos Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia A cada canto um grande conselheiro, que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres,
  • 10. posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia. Gregório de Matos Fonte:cdeassis.wordpress.com VOCABULÁRIO: _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ MÚSICA: ♪♪NUNCA SERÃO♪♪ (GABRIELOPENSADOR) Eu caminhava no meu Rio de Janeiro quando alguém me parou e falou: "Aê parceiro, me dá tua mão que eu quero ver se tá com cheiro Porque eu sou um cara honesto e detesto maconheiro" Eu tinha acabado de sair do banheiro e dei a mão pra ele cheirar Mas foi uma cena bisonha Ele cheirou a minha mão por um tempo e eu disse: Espera, tu não é o Capitão Nascimento? Que vergonha, meu capitão Procurando maconha no calçadão Qual é a tua missão? Eu vi teu filme mas não me leva a mal Não me tortura assim não que eu sou um cara legal Em certas coisas eu concordo contigo Mas não é assim que você vai achar os grandes bandidos Esse país tá fodido Ele falou: 'Eu sei disso Quando eu entrei na PM, eu assumi um compromisso, eu luto pela justiça' Eu também Sem justiça não tem paz e sem paz eu sou refém A injustiça é cega e a justiça enxerga bem
  • 11. Mas só quando convém A lei é do mais forte, no Bope ou na Febem Na boca ou no Supremo Que justiça a gente tem, que justiça nós queremos? Os corruptos cassados? Nunca serão! Cidadãos bem informados? Nunca serão! Hospitais bem equipados? Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!! Os impostos bem usados? Nunca serão! Os menores educados? Nunca serão! Todos alfabetizados? Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!! Capitão, não sei se você soube dessa história Que rolou num povoado peruano se não me falha a memória Um político foi morto pelo povo Um corrupto linchado por um povo que cansou de desrespeito E resolveu fazer justiça desse jeito Foi um linchamento, foi um mau exemplo Foi um mau exemplo mas não deixa de ser um exemplo Eu sou contra a violência mas aqui a gente peca por excesso de paciência Com o "rouba mas faz" dos verdadeiros marginais Chamados de "doutor" e "vossa excelência" Cujos nomes não preciso dizer A imprensa publica, mas tudo indica que a justiça não lê Diz que é cega, mais o lado dos colegas ela sempre vê Capitão, isso é um serviço pra você! Deputado! Pede pra sair! Pede pra sair, deputado! Sabe o que você é? Um muleque, é isso que você é Senador, pede pra sair! (Desisto!) Mais alto senador! (Desisto!) Vagabundo, cadê o dinheiro que você desviou dessa obra aqui? (Eu não sei não!) Fala, Vossa Excelência, é melhor falar! (Eu não sei!) Cadê a verba da merenda que sumiu? 02, o corrupto não quer falar não! Pode pegar o cabo de vassoura! (Tá bom, eu vou falar, eu vou falar!) Os corruptos cassados? Nunca serão!
  • 12. Cidadãos bem informados? Nunca serão! Hospitais bem equipados? Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!! Os impostos bem usados? Nunca serão! Os menores educados? Nunca serão! Todos alfabetizados? Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!! Conversei com o Nascimento que não pensa como eu penso, mas pensando nós chegamos num consenso Nós somos vítimas da violência estúpida que afeta todo mundo, menos esses vagabundos lá da cúpula corrupta hipócrita e nojenta Que alimenta a desigualdade e da desigualdade se alimenta Mantendo essa política perversa Que joga preto contra branco, pobre contra rico e vice-versa Pra eles isso é jogo, esse é o jogo Se morre mais um assaltante ou mais um assaltado, tanto faz Pra eles não importa, gente viva ou gente morta É tudo a mesma merda Os velhos nas portas dos hospitais, as crianças mendigando nos sinais Pra eles nós somos todos iguais Operários, empresários e presidiários e policiais Nós somos os otários ideiais Enquanto a gente sua e morre Só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz Enquanto esses covardes continuam livres, nós só temos grades Liberdade já não temos mais! Nunca serão! Nunca serão! Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!! Nunca serão! Nunca serão! Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!! Boa 06, também atirando com o meu fuzil fica fácil, né? Caveira! EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO É comum encontrarmos circulando na televisão... Nos rádios, revistas e no que há informação;
  • 13. Por isso o autor geralmente apresenta a questão... Seu ponto de vista sobre o tema, ao artigo de opinião; É importante estar preparado para produzir... Este tipo de texto, pois em algum momento poderá surgir; Expor ideias pessoais em oportunidades... Expor ideias pela escrita por necessidades; Nos gêneros argumentativos em geral... O autor tem a intenção de convencer de um jeito formal; Seus interlocutores apresentando bons argumentos... Que consistem em verdades e opiniões (em sentimentos); O artigo de opinião é fundamental em impressões pessoais do autor... Do texto, e por isso, são fáceis de contestar; A partir da leitura de diferentes textos, o escritor... Poderá conhecer vários pontos de vista sobre o assunto a falar; Para produzir um bom artigo de opinião... É necessário seguir alguma orientação; 1- Anote num papel os argumentos que irá desenvolver... 2- Considere o interlocutor: quem sua produção irá ler; 3- Enunciado capaz de expressar a ideia principal... 4- Melhor forma possível de concluir seu texto: em geral; 5- Crie um título que desperte o interesse do leitor... 6- Terminando, observe se nele posicionou; Claramente sobre o tema, se as ideias que estão... Bem desenvolvidas dobre o artigo de opinião.
  • 14. ATIVIDADE 1 rascunho Leia a charge abaixo: Proposta: Baseado na leitura do texto acima produza um Artigo de Opinião expondo sua visão sobre a Política no Brasil. Tema: A política no Brasil. Aluno(a):______________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________
  • 15. PROPOSTA FINAL Aluno(a):______________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________