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Com o passar dos anos, as pessoas
apresentam limitações devidas a algumas
modificações físicas. A visão, a audição, o
olfato, o paladar, o equilíbrio e o tato já
não são mais os mesmos e o esquecimento
se torna cada vez mais corriqueiro. Tais
mudanças também refletem na família, no
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serem aceitas
Embora cada pessoa reaja de maneira
peculiar a esta fase, de modo geral,
quando estas perdas não são
compreendidas resultam em um estado de
fragilidade, insegurança, medo,
depressão, diminuição da auto estima,
sentimento de rejeição e abandono
O que favorece uma resistência quanto a
aceitar que os anos se passaram ou
mesmo a rejeitam usando de alguns
artifícios para esconder a idade, como
por exemplo, copiar comportamentos de
adolescentes (Debert, 1999). Não há
razão para não viver bem a velhice, pois
embora haja limitações o importante é
buscar o saber, manter-se atualizado
para não se render ao sentimento de
incapacidade e solidão. É necessário que
o idoso tenha uma postura positiva e
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idade”.
O processo de
envelhecimento
populacional vem sendo
vivenciado de maneira
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desafio à sociedade, já que
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impõem. No Brasil, este
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A participação dos idosos na
Universidade Aberta à Terceira Idade
pode significar uma forma de
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solidão e elaborarem lutos dos filhos
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A imagem dos idosos jogando
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fazendo bolinhos ou tricotando
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passado. No Brasil atualmente
temos cerca de 21 milhões de
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milhões de brasileiros com mais
de 60 anos.
Com a melhora na qualidade de vida,
devido a melhores condições de acesso à
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idade, com preferem ser chamados,
também tem se preocupado com os
estudos, e a procura tem sido tão grande
que universidades de renome, como
USP, Puc e Unesp, abriram cursos
especialmente para atendê-los e prova
disso é que no último ENEM, dos 3,3
milhões de estudantes que fizeram o
Enem (Exame Nacional do Ensino
Médio) em 2010, 4.268 candidatos eram
pessoas com mais de 60 anos e entre os
100 participantes mais velhos, as idades
variaram entre 64 e 76 anos.
Em face do crescimento do número de
idosos, alguns programas e/ou projetos
estão sendo implantados no sentido de
incorporação desses idosos na sociedade.
Um destes projetos é representado pelos
diversos programas de aprendizagem e
ressocialização denominado “universidade
da terceira idade” aberta em diversas
regiões do país. É o caso da Universidade de
São Paulo, que em 1993 criou o Programa
Universidade Aberta à Terceira Idade.
Promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e
Extensão Universitária, sob coordenação
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Oferece vagas gratuitas e sem a necessidade
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O programa disponibiliza ainda outras atividades
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física, cursos de pintura, coral e música. O programa
semestral destina-se à população maior de 60 anos, de
acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de
outubro de 2003, independente do nível de
escolaridade. O objetivo desse programa é integrar a
pessoa idosa na comunidade acadêmica; conscientizar
a pessoa da terceira idade da importância de seu papel
na sociedade como elemento gerador de “equilíbrio
social”; possibilitar ao idoso aprofundar o
conhecimento em alguma área de seu interesse e ao
mesmo tempo trocar informações e experiências com os
alunos que estão iniciando o curso superior, como
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varia para cada unidade da USP.
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currículo ou entrevista com o
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apresente condições suficientes
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tendo direito a receber um
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pela Pró-Reitoria de Cultura e
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estudar na “melhor idade” passam a ter
uma melhor qualidade de vida física,
mental e espiritual. Além do ganho com a
saúde, também pode ser notado uma
melhora na integração cultural e social, de
acordo com relato dos próprios alunos,
voltar a estudar traz uma maior
sociabilidade, aumenta a auto estima,
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desperta para novos projetos, traz novas
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O aposentado Jayme Kuperman, de 95 anos: "Não
gosto de ficar sozinho e aqui a convivência é muito
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não lembro mais e aprendo de novo. Eu gosto de
todas as aulas.”.
Segundo Fauze Saadi, coordenador
do curso da PUC, “os alunos deveriam
tirar uma fotografia quando ingressam na
universidade e meses depois, é quase uma
cirurgia plástica sem bisturi”, de tão
grande os benefícios que a universidade
proporciona aos alunos da “melhor idade”.
Essa melhora se deve ao fato do idoso
adotar uma postura firme de aluno
propriamente dito, já que estudar passa a
ser uma opção dele e não uma obrigação, e
desta forma o prazer é bem diferente. E
muitos conseguem fazer na “melhor idade’
o que não conseguiram fazer na juventude
e em alguns casos é a realização de sonho
A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho, 78
anos, professora de Biologia aposentada,
que em depoimento pessoal relata:
Há quatro anos frequentando a Universidade Aberta à
Terceira Idade da USP, 23 cursos feitos, diversificados em
área de Musica, Literatura, Arte, Ciências e Psicologia,
propiciaram um aumento de cultura difícil de avaliar, mas
seguramente muito grande. Consequentemente aumento na
auto-estima e segurança Coragem para emitir opiniões
porque apoiadas em conhecimentos; discussões com
argumentos firmes. Timidez vencida. A convivência social
mais fácil porque navego por muitos assuntos e meu
vocabulário aumentou por conta de muita leitura.
Confiança nas atitudes profissionais e sociais Sou
participante, atuante e inserida no contexto social e não
fico à margem da vida. Sou atriz, no palco da vida, mesmo
que coadjuvante, e não simples expectadora na plateia
A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho é um dos exemplos da
importância dos espaços abertos dentro das universidades, para
atendimento à terceira idade, ela é participante atuante e como
consequência relata que houve melhora na sua qualidade de vida e
ela procura incentivar aos idosos a fazerem parte desses programas.
Conclusão
O desejo pela
escolarização esteve
presente durante a
vida desses sujeitos
desde a infância,
quando não tiveram
a oportunidade de
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regular”, até
chegarem à Terceira
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a serem excluídos em diversas outras
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federais. A Terceira Idade vem lhes
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Trabalho patricia

  • 1.
  • 2.
  • 3. Com o passar dos anos, as pessoas apresentam limitações devidas a algumas modificações físicas. A visão, a audição, o olfato, o paladar, o equilíbrio e o tato já não são mais os mesmos e o esquecimento se torna cada vez mais corriqueiro. Tais mudanças também refletem na família, no status, na riqueza, e são muito difíceis de serem aceitas Embora cada pessoa reaja de maneira peculiar a esta fase, de modo geral, quando estas perdas não são compreendidas resultam em um estado de fragilidade, insegurança, medo, depressão, diminuição da auto estima, sentimento de rejeição e abandono
  • 4. O que favorece uma resistência quanto a aceitar que os anos se passaram ou mesmo a rejeitam usando de alguns artifícios para esconder a idade, como por exemplo, copiar comportamentos de adolescentes (Debert, 1999). Não há razão para não viver bem a velhice, pois embora haja limitações o importante é buscar o saber, manter-se atualizado para não se render ao sentimento de incapacidade e solidão. É necessário que o idoso tenha uma postura positiva e realista, para usufruir as maneiras saudáveis e viver a chamada “melhor idade”.
  • 5. O processo de envelhecimento populacional vem sendo vivenciado de maneira mais intensa no mundo atual. Compõe um grande desafio à sociedade, já que este processo exige muitas mudanças para atender às novas necessidades que se impõem. No Brasil, este quadro já é encontrado desde o início do século.
  • 6. A participação dos idosos na Universidade Aberta à Terceira Idade pode significar uma forma de preencherem seu tempo com atividades e convívio social; ou uma busca de realização pessoal, ou pode significar ainda uma forma de escaparem da solidão e elaborarem lutos dos filhos (que não são tão presentes como gostariam devido à independência ou à construção de sua nova família), do falecimento de parceiros e amigos, ou simplesmente para sentirem-se inseridos e pertinentes a esta nova sociedade.
  • 7. A imagem dos idosos jogando xadrez na praça, passando o dia fazendo bolinhos ou tricotando na cadeira de balanço é coisa do passado. No Brasil atualmente temos cerca de 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, um crescimento de 23% nos últimos 10 anos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a expectativa é de que, em 2025, existam 64 milhões de brasileiros com mais de 60 anos.
  • 8. Com a melhora na qualidade de vida, devido a melhores condições de acesso à saúde e tecnologia, a turma da melhor idade, com preferem ser chamados, também tem se preocupado com os estudos, e a procura tem sido tão grande que universidades de renome, como USP, Puc e Unesp, abriram cursos especialmente para atendê-los e prova disso é que no último ENEM, dos 3,3 milhões de estudantes que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2010, 4.268 candidatos eram pessoas com mais de 60 anos e entre os 100 participantes mais velhos, as idades variaram entre 64 e 76 anos.
  • 9.
  • 10. Em face do crescimento do número de idosos, alguns programas e/ou projetos estão sendo implantados no sentido de incorporação desses idosos na sociedade. Um destes projetos é representado pelos diversos programas de aprendizagem e ressocialização denominado “universidade da terceira idade” aberta em diversas regiões do país. É o caso da Universidade de São Paulo, que em 1993 criou o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade. Promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, sob coordenação acadêmica da Profª. Drª. Ecléa Bosi. Oferece vagas gratuitas e sem a necessidade de prestar vestibulares, destinado às pessoas da terceira idade, em disciplinas regulares dos cursos de graduação
  • 11. O programa disponibiliza ainda outras atividades voltadas para esse grupo como: palestras, atividade física, cursos de pintura, coral e música. O programa semestral destina-se à população maior de 60 anos, de acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, independente do nível de escolaridade. O objetivo desse programa é integrar a pessoa idosa na comunidade acadêmica; conscientizar a pessoa da terceira idade da importância de seu papel na sociedade como elemento gerador de “equilíbrio social”; possibilitar ao idoso aprofundar o conhecimento em alguma área de seu interesse e ao mesmo tempo trocar informações e experiências com os alunos que estão iniciando o curso superior, como forma de enriquecimento e valorização da vida.
  • 12. O critério de seleção dos idosos varia para cada unidade da USP. Disciplinas muito específicas exigem exame prévio de currículo ou entrevista com o professor responsável; para a maioria das disciplinas nada é exigido, desde que o candidato apresente condições suficientes de aproveitamento. Os alunos são vinculados ao programa, tendo direito a receber um atestado de participação emitido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária.
  • 13.
  • 14. Sem dúvida que estudar é bom a qualquer momento, porém voltar ao banco da escola na terceira idade traz benefícios tanto para a mente quanto para o corpo. Segundo especialistas as pessoas que voltam a estudar na “melhor idade” passam a ter uma melhor qualidade de vida física, mental e espiritual. Além do ganho com a saúde, também pode ser notado uma melhora na integração cultural e social, de acordo com relato dos próprios alunos, voltar a estudar traz uma maior sociabilidade, aumenta a auto estima, recicla e atualiza os conhecimentos, desperta para novos projetos, traz novas amizades, além de preparar para o envelhecimento saudável.
  • 15. O aposentado Jayme Kuperman, de 95 anos: "Não gosto de ficar sozinho e aqui a convivência é muito boa. É uma terapia para a idade. Tem coisas que eu não lembro mais e aprendo de novo. Eu gosto de todas as aulas.”.
  • 16. Segundo Fauze Saadi, coordenador do curso da PUC, “os alunos deveriam tirar uma fotografia quando ingressam na universidade e meses depois, é quase uma cirurgia plástica sem bisturi”, de tão grande os benefícios que a universidade proporciona aos alunos da “melhor idade”. Essa melhora se deve ao fato do idoso adotar uma postura firme de aluno propriamente dito, já que estudar passa a ser uma opção dele e não uma obrigação, e desta forma o prazer é bem diferente. E muitos conseguem fazer na “melhor idade’ o que não conseguiram fazer na juventude e em alguns casos é a realização de sonho
  • 17. A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho, 78 anos, professora de Biologia aposentada, que em depoimento pessoal relata:
  • 18. Há quatro anos frequentando a Universidade Aberta à Terceira Idade da USP, 23 cursos feitos, diversificados em área de Musica, Literatura, Arte, Ciências e Psicologia, propiciaram um aumento de cultura difícil de avaliar, mas seguramente muito grande. Consequentemente aumento na auto-estima e segurança Coragem para emitir opiniões porque apoiadas em conhecimentos; discussões com argumentos firmes. Timidez vencida. A convivência social mais fácil porque navego por muitos assuntos e meu vocabulário aumentou por conta de muita leitura. Confiança nas atitudes profissionais e sociais Sou participante, atuante e inserida no contexto social e não fico à margem da vida. Sou atriz, no palco da vida, mesmo que coadjuvante, e não simples expectadora na plateia
  • 19. A aluna Neuza Guerreiro de Carvalho é um dos exemplos da importância dos espaços abertos dentro das universidades, para atendimento à terceira idade, ela é participante atuante e como consequência relata que houve melhora na sua qualidade de vida e ela procura incentivar aos idosos a fazerem parte desses programas.
  • 20. Conclusão O desejo pela escolarização esteve presente durante a vida desses sujeitos desde a infância, quando não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos em “idade regular”, até chegarem à Terceira Idade.
  • 21. A privação que sofreram, seja por terem que sair para trabalhar ainda muito jovens, ou por falta de escolas públicas, levou estes sujeitos a uma condição de excluídos. A exclusão, primeiramente de um direito, levou-os a serem excluídos em diversas outras situações vivenciadas como por exemplo de uma melhor oportunidade de emprego, de uma maior e mais efetiva participação social, de conhecer de forma mais ampla seus direitos como cidadãos e lutar por estes. Foram privados até mesmo, de muitas vezes, poder sonhar com dias melhores e de usufruir de uma melhor qualidade de vida
  • 22. O desejo de completar sua escolarização só pôde ser realizado na Terceira Idade. Vários fatores contribuíram para que isto fosse possível nesta fase da vida. Quanto à questão econômica essas pessoas já não pagam passagens para frequentar uma escola. No que se refere à questão política e à oferta de vagas, têm seu direito á educação garantido por leis federais. A Terceira Idade vem lhes permitindo buscar a escolarização, uma vez que a maioria desses sujeitos já se encontra aposentada e suas famílias já “estão criadas.