Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
TCC - Marta Fidelis Ribeiro
1. 6
Instituto Nacional de colonização e Reforma Agrária.
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.
Universidade Federal de Santa Catarina.
Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de Videira.
Curso Agropecuário Agroecológica.
Escola de Educação Básica 25 de Maio.
Marta Fidelis Ribeiro.
ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO E
COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO ( Phaseolus vulgaris).
FRAIBURGO-SC
2011.
2. Marta Fidelis Ribeiro
ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO E
COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris).
Trabalho apresentado à Escola
de Educação Básica 25 de Maio
e ao Instituto Federal de Santa
Catarina - Campus de Videira,
como pré requisito para obtenção
de título de Técnico Agropecuária
Agroecológica.
Orientador: Ariel Stefaniak.
FRAIBURGO-SC
2011.
3. Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por sempre estar comigo nos momentos difíceis
e nos bons. Também ao Engenheiro Agrônomo Ariel Stefaniak que me orientou na
realização do meu trabalho, a Coopercontestado e aos técnicos que contribuíram na
minha aprendizagem me ajudando e fornecendo materiais. Os meus pais que
sempre me ajudaram e contribuindo para que eu sempre seguisse em frente e nunca
desiste-se por encontrar pequenas barreiras no decorrer do curso.
A Escola agrícola 25 de maio como um todo, desde educadores que fizeram o
melhor para nosso desempenho, até meus colegas que devido a um grande diálogo
trocamos grandes experiências.
Agradeço também os coordenadores do curso, que sempre estiveram dispostos a
contribuir com o desenvolvimento de cada educando.
4. Resumo
O presente trabalho teve como objetivo analisar como é feito o beneficiamento
do feijão, sua certificação e a comercialização, analisando todos os processos que o
feijão passa após entrar na sala de beneficiamento até seu destino. Sua certificação
através da Rede Ecovida de Agroecologia. Sendo usado como metodologia o pré-
projeto, que me auxiliou na hora do acompanhamento na sala de beneficiamento.
Como conclusão este trabalho tem uma visão ampla de como o feijão deve ficar
depois de secado, limpo, classificado e empacotado de como funciona cada
processo para depois seguir até as mãos do consumidor. A Coopercontestado é uma
cooperativa que tem por objetivo ajudar os produtores da região comprando seus
produtos. Através de convênios com o governo e CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento) ajudando comunidades carentes da região. E através do PNAE
(Programa Nacional de Alimentação Escolar) fornecer alimentos para escolas.
6. Lista de abreviaturas
CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento.
PAA: Programa de Aquisição de Alimentos.
PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar.
PDSI: Programa de Desenvolvimento Sustentável Integrado.
INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
MAPA: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
7. Lista de figuras
Figura 01: Secador de feijão..............................................................................................21
Figura 02: Máquina pré-limpeza. .......................................................................................22
Figura 03: Balança e empacotamento de feijão................................................................23
Figura 04: Armazenamento de feijão. ................................................................................24
8. 13
1 INTRODUÇÃO
A cadeia produtiva de grãos é uma das linhas organizadas pela
Coopercontestado, além das cadeias de produção de leite e hortaliças, e é parte dos
objetivos do PDSI, projeto coordenado pela superintendência regional do INCRA de
Santa Catarina em parceria com diversas organizações públicas e não governamentais,
que visa garantir o desenvolvimento econômico e social das famílias assentadas.
O Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão. A maior parte é produzida
em dez estados, PR, MG, BA, SP, GO, SC, RS, CE, PE e PA, responsável por 85%
atingindo anualmente cerca de 3,0 milhões de toneladas, em três safras, águas, secas e
inverno. Uma atividade que esta associada ao pequeno produtor e ao emprego de baixo
nível tecnológico (SEAGRI, 2009).
Segundo Jacqueline (2009), o feijão orgânico é voltado mais para pequenos
produtores pelo fato de que em pequena quantidade pode ser melhor cuidado com uma
adubação adequado, pois é um produto pouco produzido e muito procurado no mercado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram em fevereiro
de 2011 que Santa Catarina esta em destaque na produção de feijão, que pode crescer
10,7% nessa safra atual. A expectativa é de colher 1,2 mil toneladas na região. A área
plantada foi de 2,5 milhões de hectare neste ano não chegou perto do Nordeste que tem
aumento previsto para 162,5%, já que a safra de 2009/2010 não obteve bons resultados
devido à seca.
Na região do contestado essa safra 2010/2011 teve um bom resultado pra quem
plantou e colheu mais tarde, pois quem planto cedo teve um prejuízo devido as chuvas
em excesso levando a perda de quase toda a produção.
A cooperativa não só tem uma procura para compra do feijão, mas também só
para a secagem, limpeza e classificação.
9. 14
1.1 CARACTERIZAÇÃO
1.1.1 Coopercontestado
A Cooperativa dos Assentados da Região do contestado surgiu em 30 de
outubro de 1997. Após a conquista da terra, os assentados identificaram a necessidade
de fornecer os produtos e dominar os processos de beneficiamento e comercialização.
Possuindo três objetivos:
Construção de galpão e aquisição de maquinas para o empacotamento de
feijão em Fraiburgo;
Construção de laticínio e aquisição de maquinas para a fabricação de
queijos, pasteurização e empacotamento de leite em Campus Novo;
Construção de câmera fria para o armazenamento de frutas de caroço em
Fraiburgo;
Foram financiados em 1998, R$50.000,00 para a realização desses projetos.
A cooperativa, esta desde 2008 trabalhando com a produção de feijão orgânico,
certificada pela rede Ecovida. Uma produção não muito grande cerca de 30 toneladas
em média por ano. Produção agroecológica que traz diversos benefícios para a
sociedade em geral.
A Coopercontestado possui mais de 400 famílias sócias. Tendo em vista que
abrange toda a região do contestado. Fornece alimentos para a CONAB e PNAE.
1.1.2 CONAB
Uma empresa pública vinculada com Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) criado por decreto nacional e autorizado pela lei 8.029, de 23 de
abril de 1990, iniciando em primeiro de janeiro de 1991. É uma agência oficial do
Governo Federal encarregada de gerir políticas agrícolas e de abastecimento,
atendendo as necessidades básicas da sociedade. O PAA tem por objetivo incentivar a
agricultura familiar na distribuição agropecuária para pessoas com insegurança
10. 15
alimentar. Ou com pouca verba para compra de alimentos.
Cabe a ela formar e administrar os estoques públicos de alimentos. Também,
como ela compra os produtos dos pequenos agricultores, ela tem um papel fundamental
nos momentos em que os preços caem e colocam em risco a renda do produtor rural.
Ela atua como órgão executor do PAA, que tem como principais características
a desburocratização das transações e as negociações diretas com o pequeno produtor
rural e sua cooperativa.
Segundo dados levantados pelo INCRA em dezembro de 2010 a
Coopercontestado entregou a CONAB cerca de 60 mil quilos de feijão, repassando para
três entidades do município de Fraiburgo, dois bairros carentes e as escolas da rede
municipal.
1.1.3 PNAE
De acordo com o ministério da educação em agosto de 2006 PNAE, garantiu a
transferência de recursos financeiros para a alimentação de estudantes de toda a
educação básica, garantindo a alimentação enquanto o aluno estiva em sala de aula. O
objetivo do PNAE é que os alunos tenham uma alimentação saudável, por meio de uma
ação nutricional satisfazendo a necessidade alimentar do aluno durante o ano letivo.
Segundo FNDE em 2010 o orçamento previsto para 2011 é de R$3,1 bilhões,
beneficiando 4,5 milhões estudantes na educação básica de jovens e adultos, com a lei
11.947, de 16/06/2009, 30% do orçamento da alimentação é previsto para a compra de
alimentos da agricultura familiar priorizando assentamentos da Reforma Agraria,
comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas.
1.1.4 Feijão
A safra nacional de grãos 2010/2011 deve chegar a 153 milhões de toneladas. A
estimativa representa aumento de 2,6% sobre a safra passada, que foi de 149,2 milhões
de toneladas. Com relação ao último levantamento, realizado em janeiro, a produção
cresceu 2,4%, o equivalente a 3,6 milhões de toneladas. (CONAB, 2011).
O cultivo de feijão é de suma importância por ser um alimento de baixo custo e
11. 16
essencial para a alimentação de milhões de pessoas, contendo proteínas, vitaminas e
minerais, com elevado conteúdo energéticos.
Com a preocupação elevada dos recursos naturais, as práticas agrícolas
modernas são vistas como fatores que contribuem para a degradação do solo, poluição
das águas e alimentos. Para o sistema orgânico como um todo o principal necessidade
é a escolha correta da variedade e uma adubação equilibrada. No caso do feijão, as
variedades escolhidas apresentam ótimo desempenho e se mostram aptas ao manejo
orgânico.
O Brasil é um grande produtor de feijão. Essa leguminosa, quando de cultivo
orgânico ao contrario do convencional tem uma grande procura no mercado e um valor
de mercado mais alto que o convencional. A produção nacional de feijão, considerando
as três safras do produto, está avaliada em 3.693.909 toneladas, 0,3% superior que a
observada no mês anterior. Frente aos dados de março as variações da produção
dessas safras foram, respectivamente, -0,2%, 0,4% e 2,6%. A redução na produção do
feijão 1ª safra, neste levantamento de abril, teve origem, notadamente, no Nordeste do
País, onde as condições climáticas desfavoráveis provocaram reduções nas estimativas
de produção do Piauí (9,7%) e Pernambuco (5,0%). A segunda safra do produto
apresenta pequeno acréscimo na produção devida, principalmente, às reavaliações nos
dados de alguns estados produtores da região Nordeste, destacando-se, entretanto, que
na maioria deles se trate de dados de intenção de plantio (IBGE Maio 2011).
12. 17
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivos gerais
Acompanhar o processo de beneficiamento, armazenamento e comercialização
do feijão pela Coopercontestado, visando melhorias no processo produtivo.
1.2.2 Objetivos específico
• Analisar como é realizada a certificação das lavouras de feijão;
• Acompanhar e descrever como é feito a secagem, pré-limpeza,
empacotamento e o armazenamento do feijão;
• Acompanhar as negociações da compra do feijão com o produtor;
• Propor três métodos para otimizar e melhorar o beneficiamento do feijão.
1.3 METODOLOGIA
O meu trabalho foi realizado através de um estudo de caso, na
COOPERCONESTADO localizado no munícipio de Fraiburgo-SC. Para realização do
meu trabalho primeiramente fiz um pré-projeto seguido do estágio de 30 dias, que se
deu através do acompanhamento na sala de beneficiamento, desde quando o feijão
chega a sala e passa pela secagem, pré-limpeza, empacotamento e o armazenamento.
Utilizando também, leituras, pesquisas e conversas informais com quem trabalha na
sala de beneficiamento e os técnicos da Cooperativa.
Devido alguns problemas que é o incomodo por alguns roedores devem-se encontrar
alguns métodos de controle.
Na sala de empacotamento há algumas dificuldades devido o tamanho da esteira
que a na maquina de fechamento dos pacotes, pois é preciso sair da balança até a
outra maquina, fazendo com que o empacotador canse e venha a diminuir a quantia de
feijão empacotado, também depois de fechado os pacotes caem ao chão dificultando na
hora de junta-los, se prejudicando e diminuindo a quantidade de feijão a ser enfardado.
14. 19
2 ANÁLISES E RESULTADOS
2.1 COLHEITA
Na região do Contestado o feijão é colhido manualmente e depois amontoado
na lavoura batido com batedor e trator depois o feijão cai direto nas bolsas, é
armazenado até a compra, porém há outros tipos de colheita, tais como:
2.1.1 Manualmente
As plantas são arrancadas com 2% das vargens maduras. Para evitar perdas
recomenda-se arrancá-lo pela manhã e após dois dias deve ser levada parra um terreiro
onde será submetido à bateção com varas flexíveis e passado por peneiras manuais
retirando restos vegetais, pedras e terra (EMBRAPA 2005).
2.1.2 Semi mecanizado
A colheita é feito manualmente, porém a bateção mecanizada. È juntado em
bandeiras, montes ou em leiras logo após de seco batido com o batedor de grãos, que
funciona junto a um trator, recolhido em bolsas (EMBRAPA 2005).
2.1.3 Mecanizada
Pode ser feito com dois tipos de maquinas diferente, ceifadora enleiradora ou com
uma única maquina automotriz. Para não haver perdas deve ser feito regulação
adequada na maquina, e levar em consideração o alto custo dessas maquinas
(EMBRAPA 2005).
15. 20
2.2 COMERCIALIZAÇÃO
A compra de feijão orgânico é feita através de contratos com os produtores, sendo
que a COOPERCONTESTADO fornece adubo, semente e um preço que valorize o
produto. Depois de colhido o feijão, o produtor deve entrega-lo para a
COOPERCONTESTADO, sendo descontado o que foi fornecido, e levado a sala de
beneficiamento.
Os produtores de feijão orgânico da Coopercontestado nessa safra de 2010/2011
estão recebendo R$100,00 a saca de 60 kg enquanto que os produtores convencionais
recebem em média R$60,00 a saca de 60 kg.
O feijão orgânico tem um custo de produção mais alto, devido ao custo para
manter a certificação do produto, mas vendo por outro lado sua procura é crescente
devido a ser um produto diferenciado e a demanda ser maior que a oferta, é
comercializada a preços acima dos produtos convencionais que gira em torna de 30% o
que gera um incentivo para os produtores.
2.3 TRANSPORTE
Segundo a Embrapa 2005, depois de colhido o feijão deve ficar o menor tempo
possível no campo, evitando qualquer tipo de deterioração ou perdas por
desenvolvimento de insetos como o caruncho, ou ainda pelo excesso de umidade vir a
mofar. Na Coopercontestado o transporte do feijão é feito com caminhão em bolsas, é
pesado depois de chegar no barracão junto com produtor ou até mesmo na propriedade
antes de carregar o feijão.
2.4 SECAGEM
A secagem é um dos papéis fundamentais na conservação do produto
reduzindo o seu teor de umidade. O teor elevado aumenta a temperatura da massa do
grão, favorecendo maior atividade do micro organismos (fungos e insetos) e
fermentação do produto. Quanto maior for à umidade do feijão maior deverá ser o tempo
de secagem, a média é de 50° até que os grãos fiquem com 13% de umidade. Na
C,
16. 21
Coopercontestado é deixado com um pouco mais de umidade, 15% para facilitar o seu
cozimento. O secador da Coopercontestado funciona a gás, um bom método de
trabalho, por não ser tão caro e não prejudicar o feijão e nem o meio ambiente
(EMBRAPA 2005).
Figura 01: Secador de feijão.
2.5 PRÉ-LIMPEZA
O feijão passa pelo seu primeiro passo de beneficiamento, a pré-limpeza
removendo os torrões, pedras, terra, talos e folhas. Esta operação não só elimina
impurezas como facilita a redução de umidade. É necessário que todos os
equipamentos estejam limpos evitando que o feijão convencional venha se misturar com
orgânico. Por isso cada vez que passa o convencional ou o feijão carioca é feito a
limpeza da maquina e dos elevadores. (EMBRAPA 2005)
17. 22
Figura 02: Máquina pré-limpeza.
2.6 EMBALAGEM
O produto limpo e com umidade permitida, é embalado em pacote de 1 Kg e
armazenado em fardos com 30 pacotes, e comercializado pela Coopercontestado no
município e Fraiburgo.
Segundo a legislação (lei n°161 de 24 de julho de 1987) do feijão a embalagem
deve ter:
• Número do lote;
• Grupo;
• Classe;
• Tipo;
• Safra de produção;
• Peso líquido;
• Razão social e endereço do empacotador;
18. 23
Para a sala de empacotamento uma solução seria arrumar algo como uma mesa
para que os pacotes ficassem encima fazendo com que aumente o desempenho do
empacotador e da própria máquina.
Figura 03: Balança e empacotamento de feijão.
2.7 ARMAZENAMENTO
O feijão com prazo mais alto de validade tem seu teor de umidade menor,
demorado mais para cozinhar. Assim devemos ter vários cuidados para manter o grão
em bom estado, evitando que o produto fique em local de altas temperaturas e alta
umidade, armazenando em local bem fechado, livre de umidade, bem ventilado e que
não contenha lugar para os insetos se alojarem. Na Coopercontestado o feijão tem seu
prazo de validade de apenas 6 meses, e é armazenado em fardos com trinta pacotes de
1 kg.
Para controle dos roedores no armazenamento devemos afastar as bolsas da
parede em 30 cm deixando corredores para circulação e ventilação evitando a umidade
da parede no feijão. Ergue-las em 20 cm do chão. Colocar armadilhas como ratoeiras,
com alimentos atrativos como: frutas, salame, queijo, etc., em locais como cantos em
baixo das bolsas na sala de armazenamento. Se tiver algum buraco tampar para não ter
lugar por onde os ratos entrem.
19. 24
Figura 04: Armazenamento de feijão.
2.8 CERTIFICAÇÃO PELA REDE ECOVIDA
A Rede se concretiza a partir de uma identidade e reconhecimento histórico entre
as iniciativas de Ong´s e organizações de agricultores. A certificação das lavouras é feito
através de análises e registros de como a propriedade do produtor está, e se ela pode
produzir colheitas agroecológicas para serem comercializadas. Recebendo visitas
durante produção e analisando como está sendo feito (ECOVIDA 2007).
Pessoas organizadas em grupo, entidades de assessorias, consumidores
envolvidos com a produção, processamento, comercialização e consumo de alimentos
ecológicos. Contando com a participação de agricultores familiares ecológicos,
consumidores, processadores e comerciantes (ECOVIDA 2007).
A certificação auditada é uma imposição do mercado, como uma garantia de
que o produto é ecológico. Deve ser feita por alguém que não conhece a propriedade e
o produtor e o mesmo acaba se tornando dependente da certificadora.
A certificação participativa tem uma ótima relação de ética e confiança com o
20. 25
consumidor. São os próprios agricultores e consumidores que fazem as certificações,
porém o mais importante é ter uma marca que os identifica, e que serve para mostrar
qual é a proposta. Tem previsto pelo menos duas visitas por ano com participação
mínima de dois representantes da rede em cada núcleo, sugerindo que as reuniões nos
sejam própria grupos, cooperativas, associações. Elaboração de normas do núcleo,
desde que se respeitem as normas da Rede Ecovida de Agroecologia. O selo Ecovida é
obtido através de uma série de discussões desenvolvidas em cadastro de núcleo
regional. Onde ocorre a verificação do Conselho de Ética e a troca de experiências.
A certificação das lavouras é eito através de análises e registros de como a
propriedade está, e se ela pode produzir agroecológico pra serem comercializados.
Recebendo visitas durante a produção e analisando como está sendo conduzidas as
atividades.
A certificação serve para garanti-la a compra de um produto de qualidade
agroecológica e para a valorização das culturas locais.
21. 26
3 CONCLUSÃO
O realizar esse trabalho posso concluir que o feijão percorre um longo trajeto de
mão-de-obra braçal e mecanizada até chegar ao mercado e nas mãos do consumidor.
Para obtermos um feijão de qualidade deve-se ter um grande cuidado a cada processo
para que ao empacotar ele esteja com o teor de umidade adequado no seu prazo de
validade que é a empresa que define o teor de umidade e garante o tempo adequado
que o feijão pode permanecer no mercado.
É feito a limpeza das máquinas cada vez que passa o feijão convencional, para
não haver nem um tipo de contaminação no feijão orgânico.
A COOPERCONTESTADO tem 60 famílias cadastradas para a entrega de feijão
orgânico, porém não são todos que plantam e vende para a cooperativa. No contrato é
oferecido um preço mais alto, como uma forma de incentivo e para poder manter a
certificação do produto.
Esse período de estágio adquiri grandes conhecimentos que poderão estar
presentes no meu futuro profissional e que posso utilizar na propriedade de meus pais,
vendo como é a rotina de um técnico no seu dia-a-dia.
22. 27
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Agricultura e Abastecimento
alimentar: políticas públicas e mercado agrícola - Brasília, 2009.
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pdf-a. 17869. html>.Acesso em 28 de abril de 2011.
ECOVIDA, REDE DE AGROECOLOGIA. Uma Identidade que se constrói em rede.
Caderno de Formação. Lapa/PR, Julho de 2007.
FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento. Programa Nacional de Alimentação
Escolar. Disponível em: <http://WWW.fnde.gov.br/.../programas-alimentacao-escoolar>.
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JAQUELINE, Feijão Orgânico: excelente desempenho em sistema sustentável.
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LAVOURA, A. Feijão orgânico: excelente desempenho em sistema sustentável. São
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MERENDA ESCOLAR, Lei n°11.9472009 e resolução número 38.
MINISTÉRIO, da AGRICULTURA
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abril de 2011.
SEAGRI. Disponível em: http://www.seagri.ba.gov.br/feijão.htm. Acesso em 29 de abril
de 2011.
25. Alguns dados da rede
Atualmente, a Rede Ecovida conta com 23 núcleos regionais, abrangendo em
torno de 170 municípios. Seu trabalho congrega, aproximadamente, 200 grupos de
agricultores, 20 Ongs10 cooperativas de consumidores. Em toda a área de atuação da
Ecovida, são mais de 100 feiras livres ecológicas e outras formas de comercialização.