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A busca pelo Arché
   Encontrar explicações naturais para os
    processos da natureza.
   Os pré-socráticos são os filósofos da
    natureza.
   A pergunta que os orienta é:

     tância   básica, um princípio (arché) a partir da q


   Sempre existiu “alguma coisa”.


                   Claudinei dos Santos Dias
   Há constantes transformações na natureza.
   Acreditavam que determinada substância
    básica estava por detrás de todas essas
    transformações.
   Queriam entender por si mesmos (e não
    pelos mitos) o que acontecia na natureza.
   A maior parte do que eles escreveram se
    perdeu.
   O que sabemos está muito em função do que
    Aristóteles escreveu, ele que viveu cerca de
    200 anos após.
               Claudinei dos Santos Dias
   Nasceu em Mileto, na Ásia menor.
   Viajou muito e dizem que calculou a altura
    de uma pirâmide egípcia no exato momento
    que sua sombra tinha a mesma medida de
    sua altura e que em 585 a.C. previu um
    eclipse solar.
   Trouxe para a Grécia conhecimentos
    matemáticos e astronômicos.




               Claudinei dos Santos Dias
   Não se conhecem textos de Tales. Aristóteles
    via em Tales o primeiro “físico” (equivalente
    a filósofo), pois foi o primeiro a perguntar
    sobre um princípio elementar de todas as
    coisas.
   É o mais antigo dos Sete Sábios.
   Considera a água a origem de todas as
    coisas.




               Claudinei dos Santos Dias
   Nasceu em Mileto, na Ásia Menor.
   Considera que nosso mundo é apenas um dos
    muitos mundos que surgiram de alguma coisa
    e se dissolvem nesta alguma coisa que ele
    chama de infinito.
   Dele tem-se o primeiro texto, “Sobre a
    natureza” (escrito em prosa).




               Claudinei dos Santos Dias
   Chegou-nos um único fragmento: “Onde as
    coisas têm sua origem, aí ocorre sua
    dissolução, segundo a necessidade. Pois
    pagam reciprocamente a penitencia por sua
    injustiça, conforme a ordem do tempo”.
   Chamou a expressão arché (onde) de apeíron
    (o ilimitado e indeterminado), que é não-
    experienciável, do qual todo devir surge, em
    um movimento infinito.



               Claudinei dos Santos Dias
   Representa o Cosmo como dependente do
    efeito de forças polares primordiais ou
    idênticos a elas (calor e frio; água e terra;
    masculino e feminino).




                Claudinei dos Santos Dias
   Nasceu em Mileto, na Ásia Menor.
   O ar ou o sopro de ar é a substância básica
    do universo (arché).
   “Assim como rege nossa alma, composta de
    ar, assim também o sopro de ar abrange todo
    o universo”.




               Claudinei dos Santos Dias
   Representa o Cosmo como dependente do
    efeito de forças polares primordiais ou
    idênticos a elas (calor e frio; água e terra;
    masculino e feminino).
   Há um deslocamento da pergunta “De onde o
    mundo surgiu?” para “De que é feito o
    mundo?”.




               Claudinei dos Santos Dias
   Samos, Ásia Menor.
   Emigrou para Crotona (Baixa Itália).
   Sua doutrina durante muito tempo foi
    transmitida apenas oralmente e as lendas se
    encarregaram do restante.
   Desenvolveu uma nova interpretação do
    mundo em termos simbólico-matemáticos.
   No centro de sua doutrina está a
    sobrevivência da alma, para cuja salvação
    parecia necessário um modo de vida
    consciencioso e pautado pela moderação.
               Claudinei dos Santos Dias
   Tudo o que existe sempre existiu, nada pode
    surgir do nada. Não considera possível
    qualquer transformação das coisas.
   Para ele os sentidos nos oferecem uma visão
    enganosa do mundo, uma visão que não está
    em conformidade com o que diz a razão.
   A sua tarefa, como filósofo, é desvendar
    todas as formas de “ilusão dos sentidos”
    (racionalismo).



               Claudinei dos Santos Dias
   Éfeso – Ásia Menor.
   Constantes transformações são as
    características fundamentais da natureza.
   “O ser é e não é ao mesmo tempo”.
   “Tudo flui” – tudo está em movimento e nada
    dura para sempre.
   “Não podemos entrar no mesmo rio duas
    vezes” – na segunda vez tanto eu quanto o
    rio já estaremos mudados.


               Claudinei dos Santos Dias
   O mundo está impregnado de constantes
    opostos (doença/saúde; fome/refeição;
    guerra/paz).
   O bem e o mal são necessários ao todo.
   Sem a constante interação dos opostos o
    mundo deixaria de existir.
   Há uma espécie de “razão universal” que
    dirige todos os fenômenos da natureza.
   É a partir dela que todos se orientam,
    embora cada pessoa se guie pela sua.


               Claudinei dos Santos Dias
   Quatro elementos (raízes): terra, ar, fogo,
    água.
   Basicamente nada se altera; o que há são
    combinações diferentes (pintor-cor; bolo-
    farinha).
   Como as coisas se combinam?
   Na natureza atuam duas forças: amor e
    disputa.




                Claudinei dos Santos Dias
   O que une as coisas é o amor e o que separa
    é a disputa.
   Diferencia elemento e força.
   Podemos enxergar as coisas porque nossos
    olhos são formados pelos quatro elementos;
    se faltar aos olhos um dos quatro elementos,
    não se pode enxergar a totalidade da
    natureza.




               Claudinei dos Santos Dias
   Aos 40 anos, mudou-se para Atenas, onde foi
    acusado de ateísmo e teve que deixar a
    cidade ao dizer que o Sol não é um deus, mas
    uma massa incandescente, maior que a
    península do Peloponeso.
   A natureza é composta por uma infinidade de
    partículas minúsculas, invisíveis a olho nu.
    Tudo pode ser dividido em partes ainda
    menores, mas mesmo na menor parte existe
    um pouco de tudo (células).
   O amor une as partes para formar o todo.

               Claudinei dos Santos Dias
   A inteligência é a força responsável pela
    ordem e criação de tudo o que existe.
   Acreditava que os corpos celestes eram
    feitos da mesma matéria que compunha a
    Terra. Chega a esta conclusão após analisar
    um meteorito. Por isso deveria se pensar que
    em outros planetas houvesse vida.
   Explicou que a Lua não possuía luz própria,
    mas tirava seu brilho da Terra. Explicou
    como surgiam os eclipses.


               Claudinei dos Santos Dias
   Abdera (cidade portuária na costa norte do
    mar Egeu).
   As coisas são formadas por “pedrinhas”
    minúsculas, invisíveis: os átomos (atomon – o
    que é indivisível).
   Os átomos também são eternos. Eram
    unidades firmes e sólidas.




               Claudinei dos Santos Dias
   Não eram iguais: alguns arredondados e lisos,
    outros irregulares e retorcidos.
   Diferentes, mas todos eternos, imutáveis e
    indivisíveis.
   Se movimentam no espaço, possuem
    diferentes “ganchos” e “engates”.
   As únicas coisas que existem são os átomos e
    o vácuo (materialista).
   Tudo o que acontece tem uma causa natural.



               Claudinei dos Santos Dias
   Nossas percepções sensoriais ocorrem pelo
    movimento dos átomos no espaço.
   A alma é composta por alguns átomos
    arredondados e lisos: os átomos da alma.
   Quando uma pessoa morre, os átomos de sua
    alma espalham-se em todas as direções,
    podendo agregar-se a outra alma, no
    momento em que é formada.




              Claudinei dos Santos Dias
   A alma não é imortal, ela está ligada ao
    cérebro, não podendo subsistir qualquer
    forma de consciência quando o cérebro deixa
    de viver.
   Concorda com Heráclito que tudo flui, pois
    as formas vem e vão, mas por detrás de tudo
    que flui; há algo de eterno e imutável, o
    átomo.
   Atenas transforma-se no centro cultural do
    mundo grego (450 a.C.).


               Claudinei dos Santos Dias
   Mestres da arte retórica, dedicam-se à
    questão do homem e seu lugar na sociedade.
   Rejeitavam as especulações filosóficas
    desnecessárias.
   Ninguém seria capaz de encontrar respostas
    seguras e definitivas para os mistérios da
    natureza: ceticismo.
   Criaram em Atenas a discussão do que seria
    natural e o que seria criado pela sociedade.



               Claudinei dos Santos Dias
   “O homem é a medida de todas as coisas”.
   Agnóstico: incapaz de dizer se deus existe ou
    não – “Dos deuses nada posso dizer de
    concreto...”.




               Claudinei dos Santos Dias

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Os filósofos pré socráticos - 1º em

  • 1. A busca pelo Arché
  • 2. Encontrar explicações naturais para os processos da natureza.  Os pré-socráticos são os filósofos da natureza.  A pergunta que os orienta é:  tância básica, um princípio (arché) a partir da q  Sempre existiu “alguma coisa”. Claudinei dos Santos Dias
  • 3. Há constantes transformações na natureza.  Acreditavam que determinada substância básica estava por detrás de todas essas transformações.  Queriam entender por si mesmos (e não pelos mitos) o que acontecia na natureza.  A maior parte do que eles escreveram se perdeu.  O que sabemos está muito em função do que Aristóteles escreveu, ele que viveu cerca de 200 anos após. Claudinei dos Santos Dias
  • 4. Nasceu em Mileto, na Ásia menor.  Viajou muito e dizem que calculou a altura de uma pirâmide egípcia no exato momento que sua sombra tinha a mesma medida de sua altura e que em 585 a.C. previu um eclipse solar.  Trouxe para a Grécia conhecimentos matemáticos e astronômicos. Claudinei dos Santos Dias
  • 5. Não se conhecem textos de Tales. Aristóteles via em Tales o primeiro “físico” (equivalente a filósofo), pois foi o primeiro a perguntar sobre um princípio elementar de todas as coisas.  É o mais antigo dos Sete Sábios.  Considera a água a origem de todas as coisas. Claudinei dos Santos Dias
  • 6. Nasceu em Mileto, na Ásia Menor.  Considera que nosso mundo é apenas um dos muitos mundos que surgiram de alguma coisa e se dissolvem nesta alguma coisa que ele chama de infinito.  Dele tem-se o primeiro texto, “Sobre a natureza” (escrito em prosa). Claudinei dos Santos Dias
  • 7. Chegou-nos um único fragmento: “Onde as coisas têm sua origem, aí ocorre sua dissolução, segundo a necessidade. Pois pagam reciprocamente a penitencia por sua injustiça, conforme a ordem do tempo”.  Chamou a expressão arché (onde) de apeíron (o ilimitado e indeterminado), que é não- experienciável, do qual todo devir surge, em um movimento infinito. Claudinei dos Santos Dias
  • 8. Representa o Cosmo como dependente do efeito de forças polares primordiais ou idênticos a elas (calor e frio; água e terra; masculino e feminino). Claudinei dos Santos Dias
  • 9. Nasceu em Mileto, na Ásia Menor.  O ar ou o sopro de ar é a substância básica do universo (arché).  “Assim como rege nossa alma, composta de ar, assim também o sopro de ar abrange todo o universo”. Claudinei dos Santos Dias
  • 10. Representa o Cosmo como dependente do efeito de forças polares primordiais ou idênticos a elas (calor e frio; água e terra; masculino e feminino).  Há um deslocamento da pergunta “De onde o mundo surgiu?” para “De que é feito o mundo?”. Claudinei dos Santos Dias
  • 11. Samos, Ásia Menor.  Emigrou para Crotona (Baixa Itália).  Sua doutrina durante muito tempo foi transmitida apenas oralmente e as lendas se encarregaram do restante.  Desenvolveu uma nova interpretação do mundo em termos simbólico-matemáticos.  No centro de sua doutrina está a sobrevivência da alma, para cuja salvação parecia necessário um modo de vida consciencioso e pautado pela moderação. Claudinei dos Santos Dias
  • 12. Tudo o que existe sempre existiu, nada pode surgir do nada. Não considera possível qualquer transformação das coisas.  Para ele os sentidos nos oferecem uma visão enganosa do mundo, uma visão que não está em conformidade com o que diz a razão.  A sua tarefa, como filósofo, é desvendar todas as formas de “ilusão dos sentidos” (racionalismo). Claudinei dos Santos Dias
  • 13. Éfeso – Ásia Menor.  Constantes transformações são as características fundamentais da natureza.  “O ser é e não é ao mesmo tempo”.  “Tudo flui” – tudo está em movimento e nada dura para sempre.  “Não podemos entrar no mesmo rio duas vezes” – na segunda vez tanto eu quanto o rio já estaremos mudados. Claudinei dos Santos Dias
  • 14. O mundo está impregnado de constantes opostos (doença/saúde; fome/refeição; guerra/paz).  O bem e o mal são necessários ao todo.  Sem a constante interação dos opostos o mundo deixaria de existir.  Há uma espécie de “razão universal” que dirige todos os fenômenos da natureza.  É a partir dela que todos se orientam, embora cada pessoa se guie pela sua. Claudinei dos Santos Dias
  • 15. Quatro elementos (raízes): terra, ar, fogo, água.  Basicamente nada se altera; o que há são combinações diferentes (pintor-cor; bolo- farinha).  Como as coisas se combinam?  Na natureza atuam duas forças: amor e disputa. Claudinei dos Santos Dias
  • 16. O que une as coisas é o amor e o que separa é a disputa.  Diferencia elemento e força.  Podemos enxergar as coisas porque nossos olhos são formados pelos quatro elementos; se faltar aos olhos um dos quatro elementos, não se pode enxergar a totalidade da natureza. Claudinei dos Santos Dias
  • 17. Aos 40 anos, mudou-se para Atenas, onde foi acusado de ateísmo e teve que deixar a cidade ao dizer que o Sol não é um deus, mas uma massa incandescente, maior que a península do Peloponeso.  A natureza é composta por uma infinidade de partículas minúsculas, invisíveis a olho nu. Tudo pode ser dividido em partes ainda menores, mas mesmo na menor parte existe um pouco de tudo (células).  O amor une as partes para formar o todo. Claudinei dos Santos Dias
  • 18. A inteligência é a força responsável pela ordem e criação de tudo o que existe.  Acreditava que os corpos celestes eram feitos da mesma matéria que compunha a Terra. Chega a esta conclusão após analisar um meteorito. Por isso deveria se pensar que em outros planetas houvesse vida.  Explicou que a Lua não possuía luz própria, mas tirava seu brilho da Terra. Explicou como surgiam os eclipses. Claudinei dos Santos Dias
  • 19. Abdera (cidade portuária na costa norte do mar Egeu).  As coisas são formadas por “pedrinhas” minúsculas, invisíveis: os átomos (atomon – o que é indivisível).  Os átomos também são eternos. Eram unidades firmes e sólidas. Claudinei dos Santos Dias
  • 20. Não eram iguais: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos.  Diferentes, mas todos eternos, imutáveis e indivisíveis.  Se movimentam no espaço, possuem diferentes “ganchos” e “engates”.  As únicas coisas que existem são os átomos e o vácuo (materialista).  Tudo o que acontece tem uma causa natural. Claudinei dos Santos Dias
  • 21. Nossas percepções sensoriais ocorrem pelo movimento dos átomos no espaço.  A alma é composta por alguns átomos arredondados e lisos: os átomos da alma.  Quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se em todas as direções, podendo agregar-se a outra alma, no momento em que é formada. Claudinei dos Santos Dias
  • 22. A alma não é imortal, ela está ligada ao cérebro, não podendo subsistir qualquer forma de consciência quando o cérebro deixa de viver.  Concorda com Heráclito que tudo flui, pois as formas vem e vão, mas por detrás de tudo que flui; há algo de eterno e imutável, o átomo.  Atenas transforma-se no centro cultural do mundo grego (450 a.C.). Claudinei dos Santos Dias
  • 23. Mestres da arte retórica, dedicam-se à questão do homem e seu lugar na sociedade.  Rejeitavam as especulações filosóficas desnecessárias.  Ninguém seria capaz de encontrar respostas seguras e definitivas para os mistérios da natureza: ceticismo.  Criaram em Atenas a discussão do que seria natural e o que seria criado pela sociedade. Claudinei dos Santos Dias
  • 24. “O homem é a medida de todas as coisas”.  Agnóstico: incapaz de dizer se deus existe ou não – “Dos deuses nada posso dizer de concreto...”. Claudinei dos Santos Dias