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Escola de Profetas

Comunidade Evangélica Unção Profética de Davi
Ministério Pastor Fabiano Bezerra
www.uncaoprofeticadedavi.com
Introdução
Os escritores dos Evangelhos relatam dois
nomes para se referir ao mesmo discípulo:
MATEUS E LEVI.
Ao nome MATEUS encontramos cinco
referências (Mt 9.9, 10; 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15;
At 1.13) e a LEVI, duas (Mc 2.14, 15; Lc 5.27,
28). Porém, se compararmos as narrativas
bíblicas, perceberemos que são, de fato, a
mesma pessoa. Era comum no século I os
judeus terem dois nomes.
Origens de Mateus
O Evangelho de Marcos declara que Levi era
filho de Alfeu (Mc 2.14), mesmo nome dado ao
pai de Tiago em Mateus 10.3. Porém não há
evidências que confirmem se Mateus (ou Levi)
e Tiago fossem irmãos.
Mateus era natural da cidade de Cafarnaum,
centro militar romano, trabalhando como
coletor de impostos (Mt 9.9). Os publicanos
eram duramente rejeitados (Mc 2.16; Lc 19.7),
pois eles cobravam impostos e corrompiam o
sistema econômico, fraudando a coleta para
obterem vantagens pessoais.
Origens de Mateus
Justamente na prática de seu ofício ele teve o
encontro que mudaria sua vida por completo: O
Mestre o chamou para uma grande obra! (Mt 9.9; Mc
2.14; Lc 5.27, 28). Mateus ficou tão maravilhado
com o chamado que, além de ele tê-Lo seguido
imediatamente (Lc 5.28), deu uma grande festa em
sua casa para celebrar o encontro (Mt 9.10-13; Mc
2.15-17; Lc 5.29-32). Um detalhe muito importante
nessa história: Mateus convida seus colegas de
trabalho e outros de má fama perante à sociedade
para conhecer Jesus (Mt 9.10; Mc 2.15; Lc 5.29).
Devemos sempre expressar publicamente nossa
gratidão a Deus por sermos salvos.
Traços da Personalidade de Mateus
Embora Mateus fosse publicano, os Evangelhos
relatam
um
traço
implícito
de
sua
personalidade: sua humildade. No relato bíblico
da enumeração dos apóstolos, Mateus se declara
“o publicano”, não omitindo sua profissão (Mt
10.3). Compare com os outros Evangelhos (Mc
3.18; Lc 6.15). Outro relato marcante se dá no
seu próprio chamado: no livro que leva o seu
nome, Mateus descreve somente que ele se
levantou e seguiu a Jesus. Já Lucas descreve
que ele “deixando tudo, levantou-se e o seguiu.”
O Chamado de Mateus
Mateus foi um dos doze convocados por Cristo
para o apostolado (Mt 10.3). Mas porque
chamar um homem pecador para o Seu
ministério?
• Porque Jesus viu nele algo que pessoas
comuns ignoravam (1 Sm 16.7b);
• Jesus sabia que poderia usar seus talentos
naturais para compor o texto canônico;
• Jesus queria mostrar que a vocação para
servir em Seu Reino independe de fatores
sócio-econômicos ou culturais (Mt 16.24);
• Jesus queria demonstrar na prática que a
salvação é para todos (Mt 9.13b).
O evangelho de Mateus
Cada Evangelho tinha seu público-alvo: Marcos escreveu
aos romanos; Lucas, aos gregos; já João escreveu à Igreja e
aos gentios. Porém Mateus escreveu aos seus compatriotas
judeus, cuja mensagem principal era Jesus como o
legítimo herdeiro ao trono de Davi, sendo, portanto, o rei
de Israel. É composto da seguinte forma:
• Nascimento e Preparação de Jesus, o Rei – Mt 1.1 – 4.11;
• Mensagem e Ministério de Jesus, o Rei – Mt 4.12 – 25.46
(o início do Ministério, o Sermão da Montanha, os
milagres realizados, o ensino sobre o Reino dos Céus, as
diferentes reações à seu ministério, o conflito com os
líderes religiosos e o ensino no Monte das Oliveiras).
• Morte e Ressureição de Jesus, o Rei – Mt 26.1 – 28.20;
O evangelho de Mateus
Porque este Evangelho foi escrito aos judeus?
A opressão política e econômica e a decadência
espiritual da nação deturparam a imagem do Messias
prometido. Eles esperavam um libertador político e
militar, não o líder religioso. Não conseguiam enxergar
o homem de dores, como profetizou Isaías (Is 53.2, 3),
uma vez que o Cristo não veio como eles esperavam.
Portanto, o propósito de Mateus tornou-se evidente
quando ele enfatizou o relacionamento entre Jesus e a
fé judaica. Este desafiou os judeus a perceberem que
Cristo era o Messias esperado (Mt 1.1-16) e que Ele era o
filho de Davi (Mt 22.41-44).
O evangelho de Mateus
Outros trechos do seu livro confirmam que Mateus
escreveu o Evangelho aos seus conterrâneos:
• Mais do que qualquer outro Evangelho, Mateus cita os
profetas do AT e faz referência ao cumprimento de suas
profecias (Mt 1.22; 2.5, 17; 12.17; 13.35; 21.4; 24.15;
27.9);
• Mateus utilizou termos como Cidade Santa (Mt 4.5),
Lugar Santo (Mt 24.15), cidade do grande Rei (Mt 5.35)
e Filho de Davi (Mt 22.42), termos conhecidos pelos
judeus;
• Este Evangelho condena, por repetidas vezes, as
práticas iníquas dos líderes religiosos judaicos (Mt 3.7;
5.20; 16.6, 11; 23.13, 14, 29);
• As práticas religiosas dos judeus não são comentadas
por Mateus, subentendendo que os leitores já as
conheciam (Mt 1.18, 19; 26.1-5; 27.1, 2).
CONCLUSÃO
Alguns historiadores questionam a identidade de
Mateus, sugerindo que ele não seja quem acreditamos e
muito menos o autor do Evangelho de Mateus.
No entanto, o conjunto de evidências históricas nos
fornece subsídios não somente para acreditarmos que
conhecemos o Mateus correto, mas, também, para
entendermos que ele foi usado pelo Espírito Santo para
desenvolver um ministério pastoral e missionário
muito eficiente entre os judeus.
Pela graça e misericórdia de Deus, Mateus, possível
corrupto, passou a apóstolo do cordeiro, além de ter
sido privilegiado por Deus para compor um dos
documentos imortais da humanidade, pois sua obra
literária é parte substancial das Escrituras Sagradas.
Escola de profetas - Mateus, o Apóstolo Improvável

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Escola de profetas - Mateus, o Apóstolo Improvável

  • 1. Escola de Profetas Comunidade Evangélica Unção Profética de Davi Ministério Pastor Fabiano Bezerra www.uncaoprofeticadedavi.com
  • 2. Introdução Os escritores dos Evangelhos relatam dois nomes para se referir ao mesmo discípulo: MATEUS E LEVI. Ao nome MATEUS encontramos cinco referências (Mt 9.9, 10; 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) e a LEVI, duas (Mc 2.14, 15; Lc 5.27, 28). Porém, se compararmos as narrativas bíblicas, perceberemos que são, de fato, a mesma pessoa. Era comum no século I os judeus terem dois nomes.
  • 3. Origens de Mateus O Evangelho de Marcos declara que Levi era filho de Alfeu (Mc 2.14), mesmo nome dado ao pai de Tiago em Mateus 10.3. Porém não há evidências que confirmem se Mateus (ou Levi) e Tiago fossem irmãos. Mateus era natural da cidade de Cafarnaum, centro militar romano, trabalhando como coletor de impostos (Mt 9.9). Os publicanos eram duramente rejeitados (Mc 2.16; Lc 19.7), pois eles cobravam impostos e corrompiam o sistema econômico, fraudando a coleta para obterem vantagens pessoais.
  • 4. Origens de Mateus Justamente na prática de seu ofício ele teve o encontro que mudaria sua vida por completo: O Mestre o chamou para uma grande obra! (Mt 9.9; Mc 2.14; Lc 5.27, 28). Mateus ficou tão maravilhado com o chamado que, além de ele tê-Lo seguido imediatamente (Lc 5.28), deu uma grande festa em sua casa para celebrar o encontro (Mt 9.10-13; Mc 2.15-17; Lc 5.29-32). Um detalhe muito importante nessa história: Mateus convida seus colegas de trabalho e outros de má fama perante à sociedade para conhecer Jesus (Mt 9.10; Mc 2.15; Lc 5.29). Devemos sempre expressar publicamente nossa gratidão a Deus por sermos salvos.
  • 5. Traços da Personalidade de Mateus Embora Mateus fosse publicano, os Evangelhos relatam um traço implícito de sua personalidade: sua humildade. No relato bíblico da enumeração dos apóstolos, Mateus se declara “o publicano”, não omitindo sua profissão (Mt 10.3). Compare com os outros Evangelhos (Mc 3.18; Lc 6.15). Outro relato marcante se dá no seu próprio chamado: no livro que leva o seu nome, Mateus descreve somente que ele se levantou e seguiu a Jesus. Já Lucas descreve que ele “deixando tudo, levantou-se e o seguiu.”
  • 6. O Chamado de Mateus Mateus foi um dos doze convocados por Cristo para o apostolado (Mt 10.3). Mas porque chamar um homem pecador para o Seu ministério? • Porque Jesus viu nele algo que pessoas comuns ignoravam (1 Sm 16.7b); • Jesus sabia que poderia usar seus talentos naturais para compor o texto canônico; • Jesus queria mostrar que a vocação para servir em Seu Reino independe de fatores sócio-econômicos ou culturais (Mt 16.24); • Jesus queria demonstrar na prática que a salvação é para todos (Mt 9.13b).
  • 7. O evangelho de Mateus Cada Evangelho tinha seu público-alvo: Marcos escreveu aos romanos; Lucas, aos gregos; já João escreveu à Igreja e aos gentios. Porém Mateus escreveu aos seus compatriotas judeus, cuja mensagem principal era Jesus como o legítimo herdeiro ao trono de Davi, sendo, portanto, o rei de Israel. É composto da seguinte forma: • Nascimento e Preparação de Jesus, o Rei – Mt 1.1 – 4.11; • Mensagem e Ministério de Jesus, o Rei – Mt 4.12 – 25.46 (o início do Ministério, o Sermão da Montanha, os milagres realizados, o ensino sobre o Reino dos Céus, as diferentes reações à seu ministério, o conflito com os líderes religiosos e o ensino no Monte das Oliveiras). • Morte e Ressureição de Jesus, o Rei – Mt 26.1 – 28.20;
  • 8. O evangelho de Mateus Porque este Evangelho foi escrito aos judeus? A opressão política e econômica e a decadência espiritual da nação deturparam a imagem do Messias prometido. Eles esperavam um libertador político e militar, não o líder religioso. Não conseguiam enxergar o homem de dores, como profetizou Isaías (Is 53.2, 3), uma vez que o Cristo não veio como eles esperavam. Portanto, o propósito de Mateus tornou-se evidente quando ele enfatizou o relacionamento entre Jesus e a fé judaica. Este desafiou os judeus a perceberem que Cristo era o Messias esperado (Mt 1.1-16) e que Ele era o filho de Davi (Mt 22.41-44).
  • 9. O evangelho de Mateus Outros trechos do seu livro confirmam que Mateus escreveu o Evangelho aos seus conterrâneos: • Mais do que qualquer outro Evangelho, Mateus cita os profetas do AT e faz referência ao cumprimento de suas profecias (Mt 1.22; 2.5, 17; 12.17; 13.35; 21.4; 24.15; 27.9); • Mateus utilizou termos como Cidade Santa (Mt 4.5), Lugar Santo (Mt 24.15), cidade do grande Rei (Mt 5.35) e Filho de Davi (Mt 22.42), termos conhecidos pelos judeus; • Este Evangelho condena, por repetidas vezes, as práticas iníquas dos líderes religiosos judaicos (Mt 3.7; 5.20; 16.6, 11; 23.13, 14, 29); • As práticas religiosas dos judeus não são comentadas por Mateus, subentendendo que os leitores já as conheciam (Mt 1.18, 19; 26.1-5; 27.1, 2).
  • 10. CONCLUSÃO Alguns historiadores questionam a identidade de Mateus, sugerindo que ele não seja quem acreditamos e muito menos o autor do Evangelho de Mateus. No entanto, o conjunto de evidências históricas nos fornece subsídios não somente para acreditarmos que conhecemos o Mateus correto, mas, também, para entendermos que ele foi usado pelo Espírito Santo para desenvolver um ministério pastoral e missionário muito eficiente entre os judeus. Pela graça e misericórdia de Deus, Mateus, possível corrupto, passou a apóstolo do cordeiro, além de ter sido privilegiado por Deus para compor um dos documentos imortais da humanidade, pois sua obra literária é parte substancial das Escrituras Sagradas.