1. Escola de Profetas
Comunidade Evangélica Unção Profética de Davi
Ministério Pastor Fabiano Bezerra
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2. Introdução
João é um personagem muito especial no NT.
Sua proximidade com Cristo e a diferença tão
marcante entre seu Evangelho e os três
sinóticos merecem especial atenção, pois o
apóstolo não incluiu a genealogia de Jesus, Seu
nascimento, Seu batismo, Sua tentação, Suas
parábolas, Sua transfiguração, a Ceia, o
Getsêmani ou a sua ascensão. No entanto, João
deixou claro seu propósito: indicar que Jesus é
o Filho de Deus e, apenas por Seu intermédio, é
possível obter a vida eterna (Jo 20.30,31).
3. Aspectos na vida de João
Analisaremos a vida e a obra de João sob três
aspectos:
1. João, o Homem
2. João, o Apóstolo do Amor
3. Lucas, o Escritor
4. João, o Homem
João era filho de Zebedeu e irmão de
Tiago. É identificado como aquele a quem
Jesus amava (Jo 13.23). Tal expressão
aparece outras três vezes em seu livro (Jo
19.26; 20.2; 21.7). Porém, ele mantinha
discrição ao referir-se a ele mesmo em seu
Evangelho (Jo 18.15; 20.3,4,8; 21.2,23).
No entanto, João aparece em outras
referências, acompanhado de seu irmão e
de Pedro (Mt 17.1; Mc 5.37; Lc 6.14; 8.51;
At 1.13; Gl 2.9).
5. João, o Homem
Origens
O nome João era de origem semita
(descendentes de Sem, filho de Noé) e significa
Deus é gracioso ou Deus mostra graça. Tal nome
parece propício ao relacionamento que ele
mantinha com o Senhor Jesus.
Por conta de seu temperamento ardente, zeloso,
quase arrogante, Jesus o chama, juntamente
com seu timão Tiago, de Boanerges, ou filhos do
trovão. Ver Mc 9.38; 10.35-37; Lc 9.54; 1 Jo 2.22;
3.8.
6. João, o Homem
Família
Os Evangelhos nos revelam muito pouco sobre a
família de João. Sabemos que ela residia às
margens do Mar da Galiléia (Mt 4.20-22).
Além disso, sabemos que o nome de seu pai era
Zebedeu (Mt 4.21), e que ele estava no barco
quando Jesus chamou seus filhos (Mc 1.19,20).
Estudiosos costumam apontar Salomé como a
possível mãe do apóstolo (aquela que
juntamente com outras mulheres, visitou o
sepulcro de Jesus para ungir Seu corpo
(compare Mc 16.1 com Mt 27.56).
7. João, o Homem
Ofício
Nos tempos de Jesus, habitualmente, centenas
de barcos de pesca jogavam suas redes ao mar.
Neste cenário, o Mestre encontrou João, um
pescador no exercício de sua profissão (Mc
1.19,20). A referência que Marcos faz aos
empregados de Zebedeu permite-nos dizer que
esta família, possivelmente, era próspera em
seus negócios.
Jesus
provavelmente
tinha
propósitos
específicos quando decidiu incorporar a seu
grupo de seguidores alguns pescadores (Mc
1.16-20).
8. João, o Homem
Últimos dias
O discípulo amado foi, talvez, o único apóstolo
que não padeceu à morte nas mãos de um
carrasco. No entanto, ele foi preso em Éfeso e
conduzido a Roma por ordem de Domiciano,
sendo lançado em uma caldeira de azeite
fervente. Tendo sobrevivido, foi desterrado
para Patmos, como ele mesmo conta no Livro do
Apocalipse (Ap 1.9).
A história da igreja primitiva registra que,
depois de passar muitos anos exilado em
Patmos, João retornou a Éfeso, onde morreu
bastante idoso.
9. João, o Apóstolo do Amor
A expressão “aquele a quem Jesus
amava” só é encontrada em seu
Evangelho (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7).
Talvez seja possível constatar que João
usou tal expressão por compreender a
plena dimensão do amor que Jesus
oferece (1 Jo 4.19; Jo 3.16). Portanto,
considerando tal linha de pensamento,
esse seria um autorrelato de alguém que,
pessoalmente, experimentara tal dádiva.
10. João, o Apóstolo do Amor
Seu Encontro com Cristo
A primeira lição que retiramos do episódio em que o
Messias chamou João é a obediência imediata e
irrestrita do apóstolo (Mc 1.17,18). Ele se destacou não
apenas como um dos Doze, mas como membro de um
círculo ainda mais próximo de Jesus, do qual também
faziam parte Pedro e Tiago (Gl 2.9).
Eles participaram:
•Da ressureição da filha de Jairo (Mc 5.37);
•Estiveram no monte da transfiguração (Mt 17.1);
•Foram com o Senhor ao Getsêmani (Mc 14.32,33).
11. João, o Apóstolo do Amor
Seu Relacionamento com os Discípulos
Depois do Pentecostes, João e Pedro se tornaram muito
próximos. Os dois foram usados por Deus para operar o
milagre da cura de um coxo que ficava na Porta
Formosa (At 3.1-7). Também foram presos juntos (At
4.1-12) e proclamaram juntos o Evangelho de Cristo (At
8.14,25).
Logo após o derramamento do Espírito, Jerusalém foi o
palco das primeiras ações apostólicas de João (Gl 2.1).
O apóstolo Paulo declarou que ele era uma das colunas
da igreja daquele lugar (Gl 2.9).
Posteriormente, o apóstolo do amor foi designado para
Samaria, onde permaneceu um tempo na companhia de
Pedro (At 8.14).
12. João, o Apóstolo do Amor
Após a Ressureição
No domingo da ressureição, após o encontro de Maria
Madalena e Jesus, Pedro correu ao sepulcro com Pedro
(Jo 2.2-4). Ao chegar, viram que Ele não estava mais lá
(Jo 20.5-10).
Dias depois, João reconheceu o Mestre quando Ele
apareceu a um grupo de discípulos que saíram para
pescar (Jo 21.7).
João acrescenta ao seu Evangelho que Jesus interroga
Pedro a cerca do amor que este lhe devotava (Jo 21.1517). Depois disso, o Mestre diz a Pedro que morte ele
haveria de glorificar a Deus (Jo 21. 18,19). Pedro,
curioso, pergunta a Jesus como João morreria (Jo
21.20,21), sendo repreendido por Jesus (Jo 21.22).
13. João, o Escritor
Para compreendermos melhor a vida de João,
precisamos considerar seus escritos, pois ele fala do
que viveu e dá testemunho daquele que o amou
primeiro (1 Jo 4.19).
Confiáveis fontes históricas, datando do segundo
século, situam o apóstolo em Éfeso ministrando por
toda a província da Ásia por volta de 70 – 100 d.C.
Aparentemente, as epístolas de João foram escritas
pelo apóstolo aos cristãos daquela região.
Além disso, a maioria dos estudiosos inclui o Livro
do Apocalipse como parte de sua literatura.
14. João, o Escritor
O Evangelho
Os servos de Deus têm nutrido um apego
especial ao Evangelho de João, pois este
se apresenta como um argumento
convincente da divindade do Messias,
apresentando-O como o Verbo de Deus
(Jo 1.1) e como o Verbo que se fez carne
(Jo 1.14).
15. João, o Escritor
Características do Evangelho de João que o difere dos
demais:
1.Milagres – os três primeiros narram os milagres; João
explica os seus significados. Ele descreve sete milagres,
que só poderia ser atribuído ao próprio Deus, o que
exerce domínio sobre a natureza (Jo 2.1-11; 4.46-54; 5.19; 6.1-14, 15-21; 9.1-7; 11.38-44).
2.As citações – João cita as declarações que Cristo fez,
deixando claro a Sua divindade e revelando-nos que Ele
não era apenas um homem comum. Jesus é: a luz do
mundo (Jo 8.12; 9.5), o bom pastor (Jo 10.11,14), a
ressureição e a vida (Jo 11.25), a videira verdadeira (Jo
15.1), a porta das ovelhas (Jo 10.7b), o pão da vida (Jo
6.35,41,48,51), o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).
16. João, o Escritor
3. Os testemunhos – Outras evidências da
divindade de Jesus incluem os testemunhos de:
João Batista (Jo 1.32-34), Natanael (Jo 1.49), o
cego de nascença que foi curado (Jo 9.35-38),
Marta, irmã de Lázaro (Jo 11.27), Tomé (Jo
20.28).
Além de divino, Jesus também revelou ser
totalmente humano, pois ele ficava cansado (Jo
4.6), Sua alma se angustiava (Jo 12.27; 13.21) e
Seu espírito se perturbava (Jo 11.33). O Deus –
homem revelou ser o prometido Rei-Messias de
Israel.
17. João, o Escritor
As Epístolas
As três cartas de João apresentam uma linguagem simples,
de fácil compreensão, e estão entre os livros mais belos do
NT.
1.Primeira Carta – a mais longa, contém alguns dos
princípios teológicos mais profundos e importantes da
Bíblia, como o pecado (1 Jo 1.8-2.17),a família de Deus (1 Jo
3) o amor (1 Jo 4.7-21).
2.Segunda Carta – João se identifica como ancião e
encaminha a carta a uma senhora eleita e seus filhos (v.1),
que pode significar a Igreja e seus membros. É também um
alerta contra os falsos mestres.
3.Terceira Carta – também pessoal, foi dirigida a Gaio.
Menciona a importância da verdade (v.8) e menciona duas
pessoas: Diótrofes, que fazia oposição à João (v.9,10) e
Demétrio, que dava bom testemunho, conhecido por todos
(v.12).
18. João, o Escritor
O Apocalipse (do grego, apokalipsis, que
significa revelação).
Tem sido objeto de estudo, pesquisa e distintas
interpretações durante séculos. Apesar de ser
um dos livros mais comentados do NT, talvez
seja o menos compreendido. Porém, é possível
entender a mensagem de esperança contida
nele: Jesus voltará para buscar a Sua Igreja (Ap
19.7; 21.9). Com iddo, devemos manter viva a fé
no Cordeiro, que um dia foi morto (Ap 5.12),
mas vive (Ap 7.17) e para sempre reinará (Ap
11.15).
19. CONCLUSÃO
Como João, somos desafiados por Cristo a
deixar nossas redes e andar no Caminho
do discipulado efetivo e frutífero.
Além disso, precisamos aprender com o
Mestre os Seus ensinamentos. No entanto,
mais que aprendê-los, precisamos praticálos e reparti-los, para a glória de Deus e
edificação de Seu povo.
Não importando quantos sejam os nosso
dias, que sejam todos eles vividos para
Jesus!