SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
IDADE
MEDIEVAL
Durante as invasões bárbaras do
século V, os de francos ocuparam a
região da Gália (França). Seu reino
expandiu-se durante a Alta Idade Média
(séculos V – XI) alcançando grande
parte dos territórios europeus.
A dinastia Merovíngia (481 – 751), seu
soberano mais importante foi Clóvis (481
– 511), que se converteu ao cristianismo
aliando-se à Igreja Romana. Os herdeiros
de Clóvis deixavam as tarefas políticas e
administrativas aos "Prefeitos do
Palácio”. Entre esses prefeitos
destacaram-se Carlos Martel e Pepino, o
Breve.
Carlos Martel notabilizou-se na
Batalha de Poitiers (732), contra os
árabes, detendo o seu avanço na
Espanha.
Pepino, o Breve, depôs o último
merovíngio, fez-se coroar rei dando
início à Dinastia Carolíngia que atingiria
o apogeu com seu filho, o maior rei dos
francos, Carlos Magno.
Atendendo a uma solicitação
papal, Pepino combateu os
lombardos (Itália Central) e
transferiu o domínio das terras
conquistadas. Esses territórios
passaram à História como
"Patrimônio de São Pedro" ou
Estados Pontifícios (Papa).
No ano de 768, Carlos
Magno subiu ao poder e a 25 de
dezembro de 800 foi coroado
imperador do Ocidente pelo então
Papa Leão III. Tal fato fez crescer
grandemente seu poder e prestígio
político.
A divisão do Império em condados
facilitou a administração e a criação
das marcas, em locais sujeitos a
invasões, a entrega de seu governo a
chefes militares locais, capacitados a
defender essas regiões com recursos
próprios.
Os Missi Dominici , que eram
enviados para fiscalizar a
administração dos territórios
(condados/marcas); a regulamentação
da administração, através das
“capitulares” (leis escritas) e a
intervenção na área religiosa,
inclusive com a indicação e nomeação
do alto clero (bispos).
O “Renascimento Carolíngio” atraiu para sua
corte grandes sábios, como o gramático Alcuino
de York; o historiador Paulo Diácono; o
gramático Pedro de Pisa e outros. Nos
monastérios, os copitas dedicavam-se aos
manuscritos antigos, livros religiosos e crônicas.
Carlos Magno fundou escolas, como a célebre
“Escola Palatina” (Aquisgrão). Difundiu o canto
gregoriano, a música (órgão), etc.
CRESCIMENTO POPULACIONAL:
• Fim das invasões.
• Maior consumo.
• Excedentes populacionais expulsos dos feudos.
–Retomada das cidades.
–Aumento do comércio.
–Aumento da criminalidade.
• Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas.
–Moinho hidráulico, arado de ferro...
• Busca de mais terras para cultivo.
O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII):
• Movimento religioso e militar dos cristãos para
retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos
muçulmanos.
• Acomodação de excedentes populacionais.
• Busca de terras (nobreza).
• Busca de aventura ou enriquecimento
(pilhagens).
• Absolvição dos pecados ou cura de
enfermidades.
• Interesse comercial (mercadores italianos).
Igreja Medieval
•Impôs aos ideais do homem medieval os
valores teológicos, ou melhor, a cultura
religiosa (teocentrismo cristão).
•Justificou a sociedade em camadas
(estamentos), necessariamente desiguais.
•Se consolidou como uma potência política,
gerando uma interdependência entre o
poder temporal (político) e o poder
espiritual (religioso).
"Questão das Investiduras"
A concessão do direito aos soberanos de
nomearem os bispos e padres levou ao alto
clero homens despreparados.
Tentando diminuir esta interferência, vários
papas entraram em confronto com os
soberanos. Dentre os casos mais célebres
temos, no século XI, a "Questão das
Investiduras", entre o papa Gregório VII e o
imperador do Sacro Império Romano-
Germânico, Henrique IV. Foi, também, o caso
dos conflitos ocorridos no século XIV, entre o
papa Bonifácio VIII e o rei francês Filipe, o Belo.
Os beneditinos, foram a mais antiga Ordem
Monástica, criada a partir de uma abadia 529,
por São Bento.
A ordem foi criada no Monte Cassino, após a
morte de São Bento (480-543), em Núrsia, na
Itália
Os monges deveriam fazer votos de castidade ,
pobreza e de obediência aos superiores.
Ordens religiosas
Outras ordens foram criadas na Baixa
Idade Média, como a dos dominicanos, por
Domingos de Guzmán, em 1260.
Na Itália, com Francisco de Assis (1182-
1226) os franciscanos, fizeram parte das
chamadas ordens mendicantes,
renunciavam a bens materiais.
Arianismo (séc. IV)
Arius de Alexandria negava a
consubstancialidade entre Jesus e
Deus. Jesus então, seria subordinado
a Deus, e não o próprio Deus.
Segundo Ário só existe um Deus e
Jesus é seu filho e não o próprio.
As Heresias
Valdenses (séc. XII)
Pedro Valdo encomendou uma
tradução da Bíblia e passou a pregá-la
ao povo sem ser sacerdote. Repartiu
seus bens entre os pobres.
Os valdenses afirmavam o direito
de cada fiel de ter a Bíblia em sua
própria língua, sendo esta a fonte de
toda autoridade.
Rejeitavam o culto às imagens. Em
virtude de sua recusa em interromper
suas pregações, foram excomungados
em 1184.
Albigenses/Cátaros (século XIII)
Pregavam a fraternidade, vida
simples e divisão dos bens
eclesiásticos.
João Wyclif (1320 – 1384) e de
João Hus (1369 – 1415), que
combatiam a cobrança de tributos
pela Igreja e pregavam o direito de
livre interpretação da Bíblia pelos
fiéis.
A Cultura Medieval
Período Carolíngio
Correntes filosóficas pagãs,
dogmáticas e racionalistas coexistiam.
Igreja exaltava o dogmatismo no qual os
dogmas estavam acima da razão e qualquer
especulação, em torno da Bíblia, era vista
como pecado mortal.
A Cultura Medieval
O mais importante entre todos os
filósofos deste período foi Santo
Agostinho. Ele foi intermediário entre os
racionalistas e os dogmáticos. Ainda que
aceitasse passivamente a verdade
revelada, buscava uma explicação
intelectual (razão) para sua fé (crença).
Na obra Cidade de Deus, ele
subordina a História à vontade divina;
sendo assim, tudo que aconteceu ou
acontecerá é resultado da divina
providência. Acreditava na predestinação
do ser humano, pois Deus, quando criou o
homem, já sabia quem se salvaria.
A Cultura Medieval
A Cultura Medieval
O termo universidade significava,
originariamente,associação ou corporação.
Na verdade, em algumas delas, como na
Itália, Espanha e sul da França, os
estudantes reuniam-se em associações que
contratavam e demitiam os mestres. Em
outras universidades, como na Europa do
Norte, o que existia era uma corporação de
professores.
A Cultura Medieval
Trivium e Quadrivium
Trivium: Gramática, Retórica e Lógica
sendo estudados por 4 ou 5 anos,
recebendo-se apenas o título de bacharel.
Quadrivium: Aritmética, Geometria,
Astronomia e Música. O curso tinha a
duração de 3 a 4 anos, e conferia o título de
mestre.
A Cultura Medieval
Escolástica
Essa corrente filosófica teve um
notável desenvolvimento na segunda
metade da Idade Média. Seu princípio
básico era harmonizar a Filosofia e a
Religião (razão e fé), procurando encontrar
um ponto em comum entre os
ensinamentos clássicos de Aristóteles e os
postulados da Igreja.
A Cultura Medieval
Pedro Abelardo (1079-1142) – Tenta evidenciar a
importância da dúvida, gênese de toda
investigação.
Alberto Magno (1193-1280) – Tenta abranger
todo o campo do conhecimento humano.
São Tomás de Aquino (1225-1274) – Entendia
que, mesmo na religião, a razão deveria estar
acima da fé. Admitia que alguns dogmas, como o
da Trindade e o da Criação, não podiam ser
provados, mas não admitia que fossem contrários
à razão.
Idade Média: O surgimento e expansão dos reinos francos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A sociedade medieval parte 2 a
A sociedade medieval  parte 2 aA sociedade medieval  parte 2 a
A sociedade medieval parte 2 aCarla Teixeira
 
Quotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaQuotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaAnabela Sobral
 
Feudalismo e crise
Feudalismo e criseFeudalismo e crise
Feudalismo e crisecattonia
 
O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015João Medeiros
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europacattonia
 
A europa sec vi a sec ix
A europa sec vi a sec ixA europa sec vi a sec ix
A europa sec vi a sec ixAnnarrocha
 
A alta idade média e o início do feudalismo 7 ano
A alta idade média e o início do feudalismo   7 anoA alta idade média e o início do feudalismo   7 ano
A alta idade média e o início do feudalismo 7 anoJonatha Victor
 
A Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IXA Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IXhistoriajovem2011
 
Idade média
Idade médiaIdade média
Idade médiaDirair
 
[Resumo] Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...
[Resumo]  Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...[Resumo]  Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...
[Resumo] Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...Bruno Camargo
 
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...7F
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade médiamarcos ursi
 

Mais procurados (20)

A sociedade medieval parte 2 a
A sociedade medieval  parte 2 aA sociedade medieval  parte 2 a
A sociedade medieval parte 2 a
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 
História medieval slide - enem
História medieval   slide - enemHistória medieval   slide - enem
História medieval slide - enem
 
Quotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaQuotidiano na idade média
Quotidiano na idade média
 
Feudalismo e crise
Feudalismo e criseFeudalismo e crise
Feudalismo e crise
 
Aula 5 Feudalismo
Aula 5 FeudalismoAula 5 Feudalismo
Aula 5 Feudalismo
 
O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa
 
A europa sec vi a sec ix
A europa sec vi a sec ixA europa sec vi a sec ix
A europa sec vi a sec ix
 
A alta idade média e o início do feudalismo 7 ano
A alta idade média e o início do feudalismo   7 anoA alta idade média e o início do feudalismo   7 ano
A alta idade média e o início do feudalismo 7 ano
 
A Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IXA Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IX
 
Idade média
Idade médiaIdade média
Idade média
 
O feudalismo
O feudalismoO feudalismo
O feudalismo
 
[Resumo] Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...
[Resumo]  Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...[Resumo]  Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...
[Resumo] Sociedade Feudal: Características Sociais, Econômicas, Políticas e ...
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...
HIST: Ficha Formativa - A Europa Cristã e o Islão Nos Séculos VI a IX # A Soc...
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade média
 
Cultura na Idade Média
Cultura na Idade MédiaCultura na Idade Média
Cultura na Idade Média
 
A IDADE MÉDIA
A IDADE MÉDIAA IDADE MÉDIA
A IDADE MÉDIA
 
IDADE MÉDIA
IDADE MÉDIAIDADE MÉDIA
IDADE MÉDIA
 

Destaque (8)

Colonizacao de porto velho
Colonizacao de porto velhoColonizacao de porto velho
Colonizacao de porto velho
 
Conhecimentos Regionais - RO
Conhecimentos Regionais - ROConhecimentos Regionais - RO
Conhecimentos Regionais - RO
 
A Criação do Território Federal do Guaporé - RO.
 A Criação do Território Federal do Guaporé - RO. A Criação do Território Federal do Guaporé - RO.
A Criação do Território Federal do Guaporé - RO.
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
Reforma protestante slide
Reforma protestante slideReforma protestante slide
Reforma protestante slide
 
Rondonia
RondoniaRondonia
Rondonia
 
História de Rondônia
História de RondôniaHistória de Rondônia
História de Rondônia
 
A Criação do Estado de Rondônia
A Criação do Estado de Rondônia A Criação do Estado de Rondônia
A Criação do Estado de Rondônia
 

Semelhante a Idade Média: O surgimento e expansão dos reinos francos

A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)Laguat
 
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Daniel Alves Bronstrup
 
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)Marcos Mamute
 
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
8   o cristianismo na idade média -8ª aula8   o cristianismo na idade média -8ª aula
8 o cristianismo na idade média -8ª aulaPIB Penha
 
2º bimestre correção de exercícios
2º bimestre correção de exercícios2º bimestre correção de exercícios
2º bimestre correção de exercíciosAna Paula Pêgo
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroAna Barreiros
 
História da igreja II
História da igreja IIHistória da igreja II
História da igreja IISérgio Miguel
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)Andre Nascimento
 
Historia da igreja antiga
Historia da igreja antigaHistoria da igreja antiga
Historia da igreja antigaJosJunqueira1
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOHist8
 
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e CruzadasDaniel Alves Bronstrup
 
A reforma protestante do século xvi
A reforma protestante do século xviA reforma protestante do século xvi
A reforma protestante do século xviLuna Vit
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesAndre Nascimento
 
Módulo 3 bizantinos e carolíngios
Módulo 3   bizantinos e carolíngiosMódulo 3   bizantinos e carolíngios
Módulo 3 bizantinos e carolíngiosLú Carvalho
 
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aulaPIB Penha
 

Semelhante a Idade Média: O surgimento e expansão dos reinos francos (20)

A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
A guerra dos Cem Anos (1337-1453)
 
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
Pré vestibular Murialdo - aula Europa medieval.
 
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)
Idade Média parte 1 (Cruzadas, Cultura, Política)
 
Igreja e cultura medieval
Igreja e cultura medievalIgreja e cultura medieval
Igreja e cultura medieval
 
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
8   o cristianismo na idade média -8ª aula8   o cristianismo na idade média -8ª aula
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
 
2º bimestre correção de exercícios
2º bimestre correção de exercícios2º bimestre correção de exercícios
2º bimestre correção de exercícios
 
Apresengt..
Apresengt..Apresengt..
Apresengt..
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
 
História da igreja II
História da igreja IIHistória da igreja II
História da igreja II
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
 
Historia da igreja antiga
Historia da igreja antigaHistoria da igreja antiga
Historia da igreja antiga
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãO
 
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
 
Hist doc 7.3
Hist doc 7.3Hist doc 7.3
Hist doc 7.3
 
As cruzadas set final
As cruzadas set finalAs cruzadas set final
As cruzadas set final
 
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
3º ano - Civilização Árabe e Cruzadas
 
A reforma protestante do século xvi
A reforma protestante do século xviA reforma protestante do século xvi
A reforma protestante do século xvi
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
 
Módulo 3 bizantinos e carolíngios
Módulo 3   bizantinos e carolíngiosMódulo 3   bizantinos e carolíngios
Módulo 3 bizantinos e carolíngios
 
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
 

Idade Média: O surgimento e expansão dos reinos francos

  • 2. Durante as invasões bárbaras do século V, os de francos ocuparam a região da Gália (França). Seu reino expandiu-se durante a Alta Idade Média (séculos V – XI) alcançando grande parte dos territórios europeus.
  • 3.
  • 4. A dinastia Merovíngia (481 – 751), seu soberano mais importante foi Clóvis (481 – 511), que se converteu ao cristianismo aliando-se à Igreja Romana. Os herdeiros de Clóvis deixavam as tarefas políticas e administrativas aos "Prefeitos do Palácio”. Entre esses prefeitos destacaram-se Carlos Martel e Pepino, o Breve.
  • 5. Carlos Martel notabilizou-se na Batalha de Poitiers (732), contra os árabes, detendo o seu avanço na Espanha. Pepino, o Breve, depôs o último merovíngio, fez-se coroar rei dando início à Dinastia Carolíngia que atingiria o apogeu com seu filho, o maior rei dos francos, Carlos Magno.
  • 6. Atendendo a uma solicitação papal, Pepino combateu os lombardos (Itália Central) e transferiu o domínio das terras conquistadas. Esses territórios passaram à História como "Patrimônio de São Pedro" ou Estados Pontifícios (Papa).
  • 7. No ano de 768, Carlos Magno subiu ao poder e a 25 de dezembro de 800 foi coroado imperador do Ocidente pelo então Papa Leão III. Tal fato fez crescer grandemente seu poder e prestígio político.
  • 8. A divisão do Império em condados facilitou a administração e a criação das marcas, em locais sujeitos a invasões, a entrega de seu governo a chefes militares locais, capacitados a defender essas regiões com recursos próprios.
  • 9. Os Missi Dominici , que eram enviados para fiscalizar a administração dos territórios (condados/marcas); a regulamentação da administração, através das “capitulares” (leis escritas) e a intervenção na área religiosa, inclusive com a indicação e nomeação do alto clero (bispos).
  • 10. O “Renascimento Carolíngio” atraiu para sua corte grandes sábios, como o gramático Alcuino de York; o historiador Paulo Diácono; o gramático Pedro de Pisa e outros. Nos monastérios, os copitas dedicavam-se aos manuscritos antigos, livros religiosos e crônicas. Carlos Magno fundou escolas, como a célebre “Escola Palatina” (Aquisgrão). Difundiu o canto gregoriano, a música (órgão), etc.
  • 11.
  • 12.
  • 13. CRESCIMENTO POPULACIONAL: • Fim das invasões. • Maior consumo. • Excedentes populacionais expulsos dos feudos. –Retomada das cidades. –Aumento do comércio. –Aumento da criminalidade. • Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas. –Moinho hidráulico, arado de ferro... • Busca de mais terras para cultivo.
  • 14.
  • 15. O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII): • Movimento religioso e militar dos cristãos para retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos muçulmanos. • Acomodação de excedentes populacionais. • Busca de terras (nobreza). • Busca de aventura ou enriquecimento (pilhagens). • Absolvição dos pecados ou cura de enfermidades. • Interesse comercial (mercadores italianos).
  • 16.
  • 17. Igreja Medieval •Impôs aos ideais do homem medieval os valores teológicos, ou melhor, a cultura religiosa (teocentrismo cristão). •Justificou a sociedade em camadas (estamentos), necessariamente desiguais. •Se consolidou como uma potência política, gerando uma interdependência entre o poder temporal (político) e o poder espiritual (religioso).
  • 18. "Questão das Investiduras" A concessão do direito aos soberanos de nomearem os bispos e padres levou ao alto clero homens despreparados. Tentando diminuir esta interferência, vários papas entraram em confronto com os soberanos. Dentre os casos mais célebres temos, no século XI, a "Questão das Investiduras", entre o papa Gregório VII e o imperador do Sacro Império Romano- Germânico, Henrique IV. Foi, também, o caso dos conflitos ocorridos no século XIV, entre o papa Bonifácio VIII e o rei francês Filipe, o Belo.
  • 19. Os beneditinos, foram a mais antiga Ordem Monástica, criada a partir de uma abadia 529, por São Bento. A ordem foi criada no Monte Cassino, após a morte de São Bento (480-543), em Núrsia, na Itália Os monges deveriam fazer votos de castidade , pobreza e de obediência aos superiores. Ordens religiosas
  • 20. Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260. Na Itália, com Francisco de Assis (1182- 1226) os franciscanos, fizeram parte das chamadas ordens mendicantes, renunciavam a bens materiais.
  • 21. Arianismo (séc. IV) Arius de Alexandria negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus. Jesus então, seria subordinado a Deus, e não o próprio Deus. Segundo Ário só existe um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio. As Heresias
  • 22. Valdenses (séc. XII) Pedro Valdo encomendou uma tradução da Bíblia e passou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Repartiu seus bens entre os pobres. Os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta a fonte de toda autoridade. Rejeitavam o culto às imagens. Em virtude de sua recusa em interromper suas pregações, foram excomungados em 1184.
  • 23. Albigenses/Cátaros (século XIII) Pregavam a fraternidade, vida simples e divisão dos bens eclesiásticos. João Wyclif (1320 – 1384) e de João Hus (1369 – 1415), que combatiam a cobrança de tributos pela Igreja e pregavam o direito de livre interpretação da Bíblia pelos fiéis.
  • 24. A Cultura Medieval Período Carolíngio Correntes filosóficas pagãs, dogmáticas e racionalistas coexistiam. Igreja exaltava o dogmatismo no qual os dogmas estavam acima da razão e qualquer especulação, em torno da Bíblia, era vista como pecado mortal.
  • 25. A Cultura Medieval O mais importante entre todos os filósofos deste período foi Santo Agostinho. Ele foi intermediário entre os racionalistas e os dogmáticos. Ainda que aceitasse passivamente a verdade revelada, buscava uma explicação intelectual (razão) para sua fé (crença).
  • 26. Na obra Cidade de Deus, ele subordina a História à vontade divina; sendo assim, tudo que aconteceu ou acontecerá é resultado da divina providência. Acreditava na predestinação do ser humano, pois Deus, quando criou o homem, já sabia quem se salvaria. A Cultura Medieval
  • 27. A Cultura Medieval O termo universidade significava, originariamente,associação ou corporação. Na verdade, em algumas delas, como na Itália, Espanha e sul da França, os estudantes reuniam-se em associações que contratavam e demitiam os mestres. Em outras universidades, como na Europa do Norte, o que existia era uma corporação de professores.
  • 28. A Cultura Medieval Trivium e Quadrivium Trivium: Gramática, Retórica e Lógica sendo estudados por 4 ou 5 anos, recebendo-se apenas o título de bacharel. Quadrivium: Aritmética, Geometria, Astronomia e Música. O curso tinha a duração de 3 a 4 anos, e conferia o título de mestre.
  • 29. A Cultura Medieval Escolástica Essa corrente filosófica teve um notável desenvolvimento na segunda metade da Idade Média. Seu princípio básico era harmonizar a Filosofia e a Religião (razão e fé), procurando encontrar um ponto em comum entre os ensinamentos clássicos de Aristóteles e os postulados da Igreja.
  • 30. A Cultura Medieval Pedro Abelardo (1079-1142) – Tenta evidenciar a importância da dúvida, gênese de toda investigação. Alberto Magno (1193-1280) – Tenta abranger todo o campo do conhecimento humano. São Tomás de Aquino (1225-1274) – Entendia que, mesmo na religião, a razão deveria estar acima da fé. Admitia que alguns dogmas, como o da Trindade e o da Criação, não podiam ser provados, mas não admitia que fossem contrários à razão.