O documento fornece uma descrição detalhada da anatomia das extremidades inferiores, incluindo:
1) A estrutura e movimentos dos ossos da pélvis, quadril, joelho e pé;
2) A descrição dos principais músculos e articulações envolvidas na mobilidade dessas regiões;
3) Considerações sobre lesões comuns nessas áreas em bailarinos.
1. 21/1/2011
Anatomia
As Extremidades Inferiores
Cia. Etc.
Projeto: Pele e ossos
Aula N. 08
Conteúdo
• Ossos da cintura pélvica, articulação coxofemoral, joelho e do pé;
• Estrutura das articulações e movimentos da pélvis;
• Estrutura das articulações e movimentos do quadril;
• Estrutura das articulações e movimentos do joelho;
• Estrutura das articulações e movimentos do pé;
• Descrição e função dos músculos do quadril, joelho e pé;
• Alinhamento e desvios das articulações do quadril, joelho e pé;
• Mecânica da pélvis, do quadril, do joelho e do pé;
• Análise muscular dos movimentos do quadril, do joelho e do pé;
• Considerações chaves para o quadril, joelho e pé, em relação ao
movimento do corpo como um todo;
• Considerações especiais do quadril, joelho e pé relacionados à dança;
• Lesões do quadril, joelho e pé em bailarinos;
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Ossos da cintura pélvica coxa
• Os lados da pélvis são chamados de osso do
quadril.
• Formado por três ossos que se fundem: o
ísquio, o púbis e o ílio.
• A cintura pélvica como uma unidade apóia e
liga de forma dinâmica a coluna vertebral e
os membros inferiores.
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Espinha Fossa ilíaca
ilíaca
Antero-superior
Espinha
ilíaca
Antero-inferior
O Fêmur
• O fêmur é o osso mais longo e mais volumoso do corpo
humano, e localiza-se na coxa.
• Se articula com a cintura pélvica.
• Constitui, isoladamente, o esqueleto da coxa humana.
• O fêmur – na sua extremidade superior – articula-se com o
osso ilíaco; e, na sua extremidade inferior, com a tíbia.
• Além disso, dá inserção a vários músculos, principalmente no
bordo posterior (ou linha rugosa).
• Sua extremidade superior compreende a cabeça do fêmur,
que é a saliência esférica, de caráter articular, que se une ao
corpo do osso pelo colo do fêmur e pelos pequenos e grandes
trocanteres.
• A extremidade inferior do fêmur se subdivide em duas
eminências articulares laterais – os côndilos.
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Cabeça do fêmur
Fêmur Colo do fêmur
Trocanter maior Linha intertrocantérica
Trocanter menor
Linha áspera
Côndilo medial
Côndilo lateral
Ossos da perna
• A estrutura da perna é formada por dois
ossos, a tíbia e a fíbula.
• A tíbia é o osso mais forte, garantindo sozinha
a união entre o fêmur e o esqueleto do pé.
• A fíbula não está em contato com o fêmur,
apenas com a tíbia.
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Ossos da perna
A. Maléolo lateral
B. Articulação tibio-fibular distal
C. Fíbula
D. Membrana interóssea
E. Articulação tibio-fibular proximal
F. Cabeça da fíbula
G. Côndilo lateral
H. Eminência intercondilar
I. Côndilo medial
J. Tuberosidade tibial
K. Margem anterior
L. Tibia
M. Maléolo medial
Vista anterior
Superficie articular Superficie articular
Eminência intercondilar do côndilo medial do côndilo lateral
Côndilo
Ossos da perna lateral
Cabeça da Côndilo
medial
Côndilo
lateral
fíbula
Tuberosidade
tibial
Linha
poplítea
fíbula
Margem medial
da fíbula
Côndilo
medial
Côndilo Côndilo
lateral lateral
Superficie articular
do maléolo medial
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Ossos do pé
• O esqueleto do pé dividi-se em: tarso,
metatarso e dedos;
• São ao todo 26 ossos compostos de : 7 tarsos,
5 metatarsos e 14 falanges (artelhos);
• Estes ossos juntamente com os músculos
formam 2 arcos: 1 transverso e 1 longitudinal.
Ossos do pé
• Calcâneo
• Tálus
• Navicular
• Cubóide
• Cuneiforme medial
• Cuneiforme intermédio
• Cuneiforme lateral
• Metatarsos
• Falanges proximais
• Falanges mediais
• Falanges distais
Visão dorsal
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Ossos do pé
• Calcâneo
• Tálus
• Navicular
• Cubóide
• Cuneiforme medial
• Cuneiforme intermédio
• Cuneiforme lateral
• Metatarsos
• Falanges proximais
• Falanges mediais
• Falanges distais
Visão plantar
Vista medial
Vista lateral
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Estrutura das articulações e
movimentos da cintura pélvica
• O osso do quadril esta firmemente conectado ao osso sacro
posteriormente (articulação sacrilíaca) e anteriormente através da
sínfise púbica para formar uma sólida estrutura: a cintura pélvica.
• Sínfise púbica: articulação cartilaginosa, reinforçada através de
fortes ligamentos de todos os lados; movimentos mínimos; função
de absorção de impacto.
• Articulação sacrilíaca: formada pelas duas faces côncavas em forma
de C do sacro e as suavemente convexas superfícies articulares do
ílium.
• A espinha ilíaca póstero-superior estão no mesmo nível da segunda
vértebra sacral.
• Estabilidade através de fortes ligamentos
• A articulação sacrilíaca é um lugar onde comumente acontecem
lesões e dor crônica em bailarinos, particularmente em bailarinos
mais velhos.
Movimentos da cintura pélvica
• Movimentos limitados = estabilidade
• Proteção e suporte
• Antero-versão, retroversão, látero-versão e
rotação
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Estrutura das articulações e movimentos da
articulação coxofemoral
• Na postura ereta e em movimentos como andar e
correr, o peso da parte superior do corpo é
transmitido para baixo através da coluna e pélvis
para os membros inferiores através da articulação do
quadril e vice versa.
• Transmissão de forças priorisa estabilidade e
força.
• Mobilidade necessária arquitetura e disposição
dos músculos e ligamentos.
Classificação e movimentos associados
• A articulação coxofemoral é sinovial esferóide.
• O acetábulo se direciona Antero-lateralmente e suavemente
inferiormente.
• Cabeça do fêmur = 2/3 de uma bola
• Coberta por cartilagem articular, exceto no topo da cabeça
fóvea
• Aproximadamente 70% da cabeça do fêmur articula-se com o
acetábulo. (cabeça do úmero = 25%)
• Três graus de liberdade de movimento: flexão/extensão,
abdução/adução, rotação interna e externa.
• O colo do fêmur tem a importante função de aumentar o
braço da alavanca para os músculos que se inserem na
trocanter maior (glúteos máximo, médio e mínimo e os
rotadores externos profundos
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Tendão do reto do fêmur
fóvea
Articulação do quadril e ligamentos
chave
• Capsula densa: da margem do acetábulo, dirigi-se distalmente
encapsulando o colo do fêmur como um tubo.
• A cápsula com 3 ligamentos grossos que formam uma espiral
em torno do colo do fêmur (ligamento iliofemoral,
pubofemoral e isquiofemoral).
• Tanto a capsula quantos os ligamentos supracitados são
tensionados com extensão do quadril e retroversão da pélvis.
(estabilidade em pé).
• Todos os três ligamentos afrouxam com a flexão do quadril.
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Lig. pubofemoral
posterior
Lig. isquiofemoral
Lig. iliofemoral
anterior
m. reto do fêmur
Lig. iliofemoral
Ligamento iliofemoral
• Localizado a frente da articulação coxofemoral
espinha ilíaca antero-inferior linha inter-
trocantérica (forma de Y invertido).
• Um dos ligamentos mais fortes do corpo.
• Previne extensão quando em pé geralmente o
centro de gravidade passa atrás do eixo de rotação
do quadril e tende a extendê-lo
• Tandu, arabesque.
• Fibras laterais também limitam rotação externa e
abdução (bailarinos tendem a anteroverter a pélvis
para conseguir mais “en dehor”.
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Ligamento pubofemoral
• Localizado na porção anterior e inferior da
cápsula, vai do ramo púbico superior até a
porção inferior do colo do fêmur (trocanter
menor)
• Limita abdução e ajuda o lig. iliofemoral a
limitar extensão e rotação externa.
ligamento isquiofemoral
• É o menor dos três, estendendo-se da borda
posterior do ísquio até o colo do fêmur, sendo
um estabilizador do quadril em extensão.
• Protege o fêmur de deslocar-se
posteriormente.
• Limita rotação interna e adução horizontal.
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Estruturas especializadas do quadril
• Lábio acetabular anel de fibrocartilagem que aumenta a
profundidade do acetábulo e protege contra forças
compressivas.
• Sucção pressão negativa da articulação um fator
importante na estabilidade puxa a cabeça do fêmur para
dentro do acetábulo
• Bolsas sinoviais (bursas) duas delas inflamam com maior
frequência em bailarinos: a bursa trocanteriana maior e a que
fica entre o m. iliopsoas e a cápsula articular (Bursa
Ilíopectínea ).
• Músculos efeito estabilizador; mais massivos e fortes que
os das EESS.
Músculos que atuam no quadril
• 22 músculos atuam na articulação coxofemoral.
• Grupo anterior flexores
• Grupo posterior extensores (exceção dos
rotadores externos profundos
• Grupo lateral abdutores
• Grupo medial adutores
• A ação dos músculos podem diferir com mudanças
no ângulo da articulação devido ao desvio da linha
de força relativa ao eixo de rotação.
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Músculos anteriores
• M. Iliopsoas
• Inervação: Nervo Femural (L1, L2 e L3)
• Psoas maior
• Inserção prox. - processo transverso, corpos e discos
intervertebrais de T12-L5
• Inserção distal – trocanter menor do fêmur
• Ação: flexão, abdução (amplitudes altas), postural
• Ilíaco
• Inserção prox. – fossa ilíaca, crista ilíaca, parte interna e
lateral do os. sacro
• Inserção distal – trocanter menor do fêmur
• Ação: flexão e abdução (amplitudes altas)
• Rotação externa?
M. Iliopsoas
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Músculos anteriores
• M. reto femoral
• inserção proximal: Espinha ilíaca anterior inferior
• Inserção distal: Patela e, através do ligamento
patelar, na tuberosidade anterior da tíbia
• Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4)
• Ação: Extensão do joelho e o reto femural realiza
flexão do quadril. O vasto medial realiza rotação
medial e o vasto lateral, rotação lateral
M. Reto femoral
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Músculos anteriores
• M. Sartório
• Coxa - Região antero-lateral
• Inserção Proximal: Espinha ilíaca anterior-
superior
• Inserção Distal: Superfície medial da
tuberosidade da tíbia (pata de ganso)
• Inervação: Nervo Femoral (L2 - L3)
• Ação: Flexão, abdução e rotação lateral da coxa
e flexão e rotação medial do joelho
M. sartórios
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Músculos posteriores
• Incluem: glúteo máximo, isquiotibiais
(semibremanáceo, semitendíneo e bíceps femoral),
rotatores externos profundos do quadril;
• Todos os três grupos cruzam o o quadril posterior ao
eixo de rotação para flexão/extensão. Os rotatores
têm sua linha de ação mais horizontal, sendo mais
funcionais em rotação externa e abdução horizontal.
• Os extensores do quadril atuam em atividades
propulsivas, tais como o salto e a corrida.
• Posturalmente, produzem a retroversão da pélvis.
Músculos posteriores
• M. Glúteo máximo
• Inserção Medial: Linha glútea posterior do íleo, sacro, cóccix e
ligamento sacrotuberoso
• Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade
glútea do fêmur
• Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 - S2)
• Ação: Extensão e rotação lateral do quadril
• Extensor mais potente; importante para movimentos que
requeram muita força (subir escada, ladeira, correr e pular)
• Devido a sua inserção distal no trato iliotibial ele é sinergista
em abdução
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M. Glúteo máximo
Músculos posteriores
• Isquiotibiais - M. Bíceps femoral
• Inserção Proximal:
– Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-
tuberoso
– Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera
• Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da
tíbia
• Inervação: Nervo Isquiático (L5 - S2), exceto L5 para
a cabeça longa
• Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação
lateral da coxa
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Bíceps femoral
cabeça curta
cabeça longa
Músculos posteriores
• Isquiotibiais - M. Semibremanáceo
• Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática
• Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia
• Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)
• Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação
medial do joelho
• Mais profundo que o semitendíneo.
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M. Semibremanáceo
Músculos posteriores
• Isquiotibiais - M. Semitendíneo
• Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática
• Inserção Distal: Superfície medial da
tuberosidade da tíbia (pata de ganso)
• Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)
• Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação
medial do joelho
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M. Semitendíneo
Músculos posteriores
• Rotatores laterais (ou externos) profundos são compostos pelos
mm. piriforme, obturatório interno e externo, gêmeo inferior e
superior e quadrado femoral.
• Abaixo dos glúteos, suas fibras correm primariamente na
horizontal.
• O mais superior é o piriforme e o mais inferior é o quadrado
femoral.
• Funcionam como o grupo para manter a cabeça do fêmur dentro
do acetábulo.
• A habilidade destes músculos de produzir rotação lateral sem
outros movimentos acessórios faz deles de grande importância
para a dança clássica na produção e manutenção do “en dehor”.
• Quando o quadril passa dos 90° alguns destes músculos ajudam
com a abdução horizontal (passé, rond de jambe en láir em 90°)
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Músculos posteriores
• M. Piriforme
• Inserção Medial: Superfície pélvica do sacro e
margem da incisura isquiática maior
• Inserção Lateral: Trocânter maior
• Inervação: Nervo para o músculo piriforme
(S2)
• Ação: Abdução e rotação lateral da coxa
M. Piriforme
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Músculos posteriores
• M. Obturatório interno - Quadril
(Região Glútea)
• Inserção Medial: Face interna da
membrana obturatória e ísquio
• Inserção Lateral: Trocânter maior e
fossa trocantérica do fêmur
• Inervação: Nervo para o músculo
obturatório interno (L5 - S2)
• Ação: Rotação lateral da coxa
Músculos posteriores
• M. Gêmeo inferior - Quadril
(Região Glútea)
• Inserção Medial: Tuberosidade
isquiática
• Inserção Lateral: Trocânter maior
• Inervação: Nervo para o músculo
gêmeo inferior e quadrado
femural (L4 - S1)
• Ação: Rotação lateral da coxa
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Músculos posteriores
• M. Gêmeo superior - Quadril
(Região Glútea)
• Inserção Medial: Espinha
isquiática
• Inserção Lateral: Trocânter maior
• Inervação: Nervo para o músculo
gêmeo superior (L5 - S2)
• Ação: Rotação lateral da coxa
Músculos posteriores
• M. Obturatório externo - Quadril
(Região Glútea)
• Inserção Medial: Ramos do púbis e
ísquio e face externa da
membrana obturatória
• Inserção Lateral: Fossa
trocantérica do fêmur
• Inervação: Nervo para o músculo
obturatório externo (L3 - L4)
• Ação: Rotação lateral da coxa
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Músculos posteriores
• M. Quadrado femoral - Quadril
(Região Glútea)
• Inserção Medial: Tuberosidade
isquiática
• Inserção Lateral: Crista
intertrocantérica
• Inervação: Nervo para o músculo
quadrado femural e gêmeo inferior (L4
- S1)
• Ação: Rotação lateral e adução da
coxa
Músculos laterais
• Os mm. laterais do quadril incluem os glúteo médio,
glúteo mínimo e o tensor da fáscia lata.
• Em dança são usados no tendu paralelo lateral ou
degagé. (abdução do quadril)
• Estes mm. também tem um papel importante de
estabilização quando em pé e locomoção.
• Quando o peso está sobre uma perna estes mm.
atuam prevenindo a pélvis de cair para o lado
oposto.
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Músculos laterais
• M. Glúteo médio - Quadril (Região
Glútea)
• Inserção Superior: Face externa do íleo
entre a crista ilíaca, linha glútea
posterior e anterior
• Inserção Inferior: Trocânter maior
• Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 -
S1)
• Ação: Abdução e rotação medial da
coxa
• Mais importante abdutor do quadril e
rotator interno.
Músculos laterais
• M. Glúteo mínimo - Quadril (Região
Glútea)
• Inserção Superior: Asa ilíaca (entre
linha glútea anterior e inferior)
• Inserção Inferior: Trocânter maior
• Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 -
S1)
• Ação: Abdução e rotação medial da
coxa. As fibras anteriores realizam
flexão do quadril
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Músculos laterais
• M. Tensor da fáscia lata - Coxa - Região Ântero-
Lateral
• Inserção Proximal: Crista ilíaca e EIAS
• Inserção Distal: Trato íleo-tibial
• Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4 - S1)
• Ação: Flexão, abdução e rotação medial do
quadril e rotação lateral do joelho
• Sua ação tensiona a fascia provendo importante
suporte lateral para o joelho.
Trato íleo-tibial
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Músculos mediais
• Os mm. mediais do quadril ou internos da coxa
incluem o adutor breve, adutor longo, adutor
magno, pectíneo e gracil.
• Compartilham a função de trazer a perna para
próximo do centro de gravidade durante o caminhar
e quando fechamos a quinta posição do ballet.
• Quando estamos sob uma perna, estes mm. co-
contream com os abdutores para ajudar a estabilizar
a pélvis.
Músculos mediais
• M. Adutor longo - Coxa - Região
Póstero-Medial
• Inserção Proximal: Superfície anterior
do púbis e sínfise púbica
• Inserção Distal: Linha áspera
• Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4)
• Ação: Adução da coxa
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Músculos mediais
• M. Adutor curto - Coxa - Região
Póstero-Medial
• Inserção Proximal: Ramo inferior do
púbis
• Inserção Distal: Linha áspera
• Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4)
• Ação: Adução da coxa
Músculos mediais
• M. Adutor magno - Coxa - Região Póstero-
Medial
• Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática,
ramo do púbis e do ísquio
• Inserção Distal: Linha áspera e tubérculo
adutório
• Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4) e
Nervo Isquiático (L4 à S1)
• Ação: Adução da coxa
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Músculos mediais
• M. Pectíneo - Coxa - Região Póstero-Medial
• Inserção Proximal: Eminência ílo-pectínea,
tubérculo púbico e ramo superior do púbis
• Inserção Distal: Linha pectínea do fêmur
• Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4)
• Ação: Flexão do quadril e adução da coxa
Músculos mediais
• M. Grácil - Coxa - Região Póstero-Medial
• Inserção Proximal: Sínfise púbica e ramo inferior do
púbis
• Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade
da tíbia (pata de ganso)
• Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L3)
• Ação: Adução da coxa, flexão e rotação medial do
joelho
• Coberto parcialmente pelo reto da coxa e sartório
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32. 21/1/2011
A pelve
• Posição neutra inclinação da pelve (60 graus)
• Inclinação posterior > 60 graus
• Inclinação anterior < 60 graus
• Inclinação lateral
• Rotação pélvica
Ângulo de inclinação femoral
•O ângulo de inclinação femoral é o ângulo entre o pescoço e o
corpo do fêmur quando visto de frente (ângulo colo-corpo).
•O ângulo de inclinação tem uma importante influência na mobilidade
e estabilidade do fêmur, assim como do joelho e alinhamento da perna.
•Influi na posição do corpo do Fêmur com relação a linha de sustentação do
membro inferior.
Ângulo colo-corpo
Coxa vara Coxa valga
normal
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33. 21/1/2011
Ângulo de rotação femoral
• É o ângulo da cabeça e pescoço do fêmur relativa ao corpo do fêmur e dos
côndilos fmorais quando vistos de cima (cranial).
• Este ângulo pode influenciar a amplitude de rotação externa permitida no
quadril e por isto, é importante para o bailarino, entendê-la.
Mecânica da pelve e quadril
• Movimentos conjuntos da pelve, fêmur e coluna
lombar.
• Movimentos podem ser iniciados pela coluna, pelve
ou fêmur e tenderá a produzir movimentos
previsíveis nos outros dois segmentos.
• Os movimentos conjuntos que tendem a ocorrer
serão influenciados pelas extremidades da corrente
cinética (fechada ou aberta), se a cabeça está livre
ou se a perna/pé estão livres para se mover.
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34. 21/1/2011
Mecânica da pelve e quadril
• Movimentos pélvicos em cadeia cinética
fechada.
Movimento da cintura Movimentos associados Movimentos associaods
pélvica da coluna do quadril
Anteroversão pélvica Hiperextensão lombar Flexão
Retroversão pélvica Flexão lombar Extensão
Torção lateral p/ direita Flexão lateral para Abdução do quadril direito
esquerda Adução do quadril esquerdo
Rotação p/ direita Rotação p/ esquerda Rotação interna do quadril
direito
Rotação externa do quaril
esquerdo
Mecânica da pelve e quadril
• Ritmo pélvico-lombar
• Enrolar para baixo (Roll-down) após do limite de
flexão da coluna (50 – 70 graus) anteroversão
pélvica flexão do quadril.
• Ao fim do movimento o suporte para o peso do
corpo conta com o suporte passivo.
• Ao voltar (enrolar para cima) a mesma sequência
deve ser seguida para evitar lesões na coluna
lombar.
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35. 21/1/2011
Mecânica da pelve e quadril
• Ritmo pévico-femoral
• Quando amplitudes extremas precisam ser atingidas
com o quadril, movimentos com a cintura pélvica
acontecem em direção oposta colocar o
acetábulo numa posição favorável para aumentar a
ampitude do movimento com a perna.
• Em vocabulário de dança o sincronismo e a extensão
destes movimentos associados são ditados
frequentemente pelo estilo de dança. A tendência é
tentat minimizar estes movimentos.
Mecânica da pelve e quadril
Movimento do quadril Movimentos associados da
cintura pélvica
Flexão Retroversão
Hiperextensão Anteroversão
Abdução quadril esquerdo Queda lateral para direita
Abdução quadril direito Queda lateral para direita
Rotação externa quadril Rotação pélvica p/ esquerda
esquerdo
Rotação interna quadril Rotação pélvica p/ esquerda
direito
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36. 21/1/2011
Mecânica da pelve e quadril
• Estabilização pélvica
• É o processo de manter a pelve parada durante
movimentos e pode ser considarado como
componente da “estabilidade central”.
• Estabilidade central pode ser conseguida através da
co-contração dos mm. abdominais e extensores da
coluna;
• Outra estrategia quando em pé é a co-contração dos
abdominais e isquiotibiais.
Análise muscular dos movimentos
fundamentais do quadril
Movimento do Músculos Músculos secundários
quadril primários
Flexão •Ilipsoas •Tensor da fáscia lata
•Reto femoral •Adutor longo e curto
•sartório (início da flexão)
•Gracil
•pectíneo
Extensão •Glúteo máximo •Adutor magno (fibras
•isquitibiais inferiores)
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37. 21/1/2011
Análise muscular dos movimentos
fundamentais do quadril
Movimento do Músculos Músculos secundários
quadril primários
Abdução •Glúteo médio •Tensor da fáscia lata
•Glúteo mínimo •Sartório
•Iliopsoas (amplitudes
altas)
Adução •Adutor longo •Pectíneo
•Adutor curto
•Adutor magno
•Gracil
Análise muscular dos movimentos
fundamentais do quadril
Movimento do quadril Músculos primários Músculos secundários
Rotação externa •Rotatores externos •Sartório
profundos •Bíceps femoral
•Glúteo máximo
Rotação interna •Gluteo médio (fibras •Tensor da fáscia lata
anteriores) •Semitendíneo
•Glúteo mínimo (fibras •semimembranáceo
anteriores)
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38. 21/1/2011
Considerações chaves para o quadril em
movimentos com todo o corpo
• Ação de músculos multiarticulares.
• Muitos músculos do quadril são multiarticulares: psoas maior,
reto femoral, gracil, sartório, tensor da fáscia lata, bíceps
femoral, semitendíneo e semimembranáceo.
• Mm. multiarticulares têm a tendência de causar movimento
em todas as srticulações que cruzam, a menos que uma das
articulações esteja fixada por outros músculos ou forças
externas;
• Movimento em uma das articulações altera o comprimento
do m. e em consequência afeta a sua capacidade de gerar
força ou de ser alongadoatravés da outra articulação (reto
femoral: flexão do quadril X extensão do joelho
insuficiência passiva e ativa)
• Mm. multiarticulares não exercem força igualmente em todas
as articulações que cruzam.
Considerações chaves para o quadril em
movimentos com todo o corpo
• Carga compressiva no quadril.
• Em pé 50% do peso em cada perna;
• Passé 85 % do peso do corpo;
• Durante movimento a carga aumenta (força
muscular);
• Caminhada e corrida 3 – 5 x o peso do corpo;
• Subindo escada até 7 x o peso do corpo;
• Dança a dois aumenta ainda mais a carga;
• Cuidado deve ser tomado.
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39. 21/1/2011
Considerações especiais para o quadril
en dança
• Enrolar para baixo usar o ritmo pélvico-lombar;
• Flexão do quadril com costas retas cuidado com
os isquiotibiais fortifique-os;
• Rotação externa (en dehor) determinado por
estruturas ósseas, ligamentares e musculares (forma
do acetábulo, ângulo do corpo do fêmor em relação
ao colo, a capsula articular, o lig. Iliofemoral);
• Influência da rotação externa na ativação muscular
plié na segunda posição ativação dos adutores
e DRE. (exercício na parede)
Lesões do quadril em bailarinos
• Incidência baixa devido a estabilidade desta articulação;
• Denomina-se "fratura por estresse" todas as fraturas ósseas ocorridas em
conseqüência de uma sobrecarga de exercícios repetitivos, com a mesma
intensidade, no mesmo local, promovendo um desgaste ósseo.
• Fraturas por estresse: ramo púbico, colo do fêmur, corpo do fêmur
treinamento de alta intensidade, mudança para um chão duro, nutrição
deficiente, osteoporose, rotação externa acima de 65 graus, coxa vara,
fadiga muscular gerando perda de absorção de impacto.
• Sintomas: dor na virilha, coxa ou joelho que piora com carga de peso; a
dor pode aumentar no inicio da aula, melhorar um pouco no meio da aula
e intensificar no final da uala. A dor aumenta com o passé e com pulos
sobre a perna afetada;
• De dois a 6 meses para recuperação.
• Se não for tratada pode levar a uma fratura completa
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40. 21/1/2011
Lesões do quadril em bailarinos
• Fratura do quadril colo do fêmur em bailarinas mais
velhas (>45 anos);
• Osteoartrite: sobrecarga pode danificar a cartilagem articular.
Osteoartrite consiste em afinamento progressivo e desgaste
da cartilagem articular do quadril associado com quadro
inflamatório.
• Sintromas: dor na virilha, parte lateral da coxa ou nádegas
que é pior pela manhã e melhora com movimentos suaves. A
dor aumenta significativamente com atividade vigorosa e
melhora com descanço. Perca de amplitude de movimento,
principalmente rotação interna. Encurtamento dos flexores
do quadril (contraturas) pode acontecer.
Lesões do quadril em bailarinos
• Distenção muscular
• É uma das lesões esportivas mais comuns;
• Os mm. mais comunmente envolvidos são: isquiotibiais,
adutor longo, gracil, sartório, reto do fêmur e iliopsoas;
• Mm. multiarticulares parecem ter uma predisposição à
distensão (alongamento passivo, contração excentrica);
• A area envolvida tende a estar dolorida, e em alguns casos,
edematosa; dor é geralmente provocada por alongamento ou
contração forçada do m. envolvido.
• Descanço, anti-inflamatório,fisioterapia, modificação das
atividades, extra aquecimento, usar amplitude não dolorosa;
• Em casos graves interromper atividades
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41. 21/1/2011
Lesões do quadril em bailarinos
• Tendinite iliopsoas
• Síndrome do estalido do quadril estalido
interno do quadril (tendão do iliopsoas sobre
a cabeça do fêmur) ou estalido externo do
quadril trato iliotibial sobre a trocanter maior
do fêmur);
• Bursite trocantérica;
• Síndrome do piriforme;
• Disfunção e inflamação sacriliaca.
•estalido interno do quadril
•(tendão do iliopsoas sobre a cabeça do fêmur) ou
•estalido externo do quadril
•(trato iliotibial sobre a trocanter maior do fêmur)
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42. 21/1/2011
Prevenção de lesões do quadril em
bailarinos
• Fortalecimento e alongamento regular dos
mm. do quadril assim como treinamento
específico para dança com exercícios em
grandes amplitudes;
• Aquecimento adequado antes do
alongamento, ensaio, e performance;
• Aumento da temperatura interna do corpo
permite ao m. alongar mais e absorver cargas
maiores antes de ser lesionado.
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• O joelho é uma articulação muito complexa,
tanto a sua estrutura quanto a sua
funcionalidade.
• Alguns autores considera-na um complexo de
três articulações:
1. Côndilo femoral medial platô medial da tibia
2. Côndilo femoral lateral platô lateral da tibia
3. Superfície articular da patela
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43. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Rodeado por uma membrana espessa e irregualar;
• Possui a membrana sinovial mais extensa do corpo;
• Estabilidade é adicionada através de vários ligamentos
bastante fortes;
• Alguns ligametos estão tensos quando joelho está
extendido, para proteção, enquanto outros estão
frouxos para favorecer mobilidade quando o joelho está
flexionado
• Ligamentos mais importantes são: ligs. Colaterais (medial
e lateral) e os ligs. Cruzados (anterior e posterior).
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Ligamento colateral medial ou lig. Colateral tibial triangular;
chato; embutido na membrana fibrosa da cápsula articular e fixado
no menisco medial; recoberto parcialmente pele a pata anserina;
fica tenso quando joelho está extendido e a tibia rodada
externamente; resiste ao estresse valgo (ex. joelho vira para dentro
em plié mal feito);
• Ligamento colateral lateral ou lig. Colateral fibular arredondado,
não se insere nem na cápsula nem no menisco lateral (epicôndilo
lateral cabeça da fíbula); é tensionado com a extensão do joelho;
responsável por estabilidade lateral; resiste estresse varo;
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44. 21/1/2011
Vista medial
Joelho
Vista anterior
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Ligamento cruzado anterior – previne
deslocamento anterior da tíbia em relação ao
fêmur; função secundária previnir rotação
do joelho, estresse valgo e varo e
hiperextensão; papel importante na
estabilização em movimentos desaceleração
(pular, baixar o corpo ao chão e mudanças
rápidas de direção encontradas na dança
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45. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Ligamento cruzado posterior – previne
deslocamento posterior da tíbia em relação
ao fêmur, tensiona com flexão do joelho;
alguns autores advocam ser ele um dos
estabilizadores chave quando o joelho está
flexionado; grande carga é aplicada durante
agachamento paralelo; lesionado com menor
frequência que LCA.
Joelho - anterior
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47. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Os meniscos medial e lateral
• Discos de fibrocartilagem sentados no platô tibial; mais
grossos na porção exterior e superior, aumentando a
profundidade dos côndilos tibiais; ajuda na absorção
de impacto, diminuir atrito e facilitar movimentação
do joelho;
• Menisco medial forma de C, ligado ao LCM, menos
mobilidade devido a fixação
• Menisco lateral forma de O, mais móvel
• Ligados antriormente pelo ligamento transverso do
joelho
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49. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do joelho
• Bolsas (bursas) são comumente mais de 20 na
articulação do joelho.
– Bursa da pata anserina
– Bursa pré-patelar
– Bursa infra-patelar profunda e superficial
• Trato iliotibial faixa de fáscia que insere-se
proximalmente ao ilio e distalmente ao côndilo lateraldo
fêmur, ao fêmur posterior, à patela e ao côndilo lateral da
tíbia.
• Funciona como ligamento dinâmico do joelho;
• Extende o joelho (0 – 30°) e flexiona (>40°)ç
• Única em humanos.
Músculos que atuam no joelho
• 12 mm. cruzam o joelho;
• Suporte muscular mais importante
quadríceps femoral (anteriormente) e
isquiotibiais (posteriormete);
• Suporte lateral bíceps femoral;
• Suporte medial semitendíneo (pata
anserina);
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50. 21/1/2011
Músculos que atuam no joelho
• Grupo anterior quadríceps: reto femoral,
vasto medial, vasto lateral e vaasto
intermédio;
• Grupo posterior isquitibiais: semitendíneo,
semimebranáceo, bíceps femoral, poplíteo,
gastrocnêmio e plantar;
• Grupo secundário sartório, gracil,
semitendíneo (pata anserina)
mm. quadríceps
Inserção Proximal:
• Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior
• Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha
intertrocantérica e tuberosidade glútea
• Vasto Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica
• Vasto Intermédio: 2/3 proximais da face anterior e lateral
do fêmur e ½ distal da linha áspera
Inserção Distal: Patela e, através do ligamento patelar, na
tuberosidade anterior da tíbia
Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4)
Ação: Extensão do joelho e o reto femural realiza flexão do
quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto
lateral, rotação lateral
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51. 21/1/2011
mm. isquiotibiais
BÍCEPS FEMORAL
Inserção Proximal:
Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso
Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera
Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia
Inervação: Nervo Isquiático (L5 - S2), exceto L5 para a cabeça longa
Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação lateral da coxa
SEMITENDÍNEO
nserção Proximal: Tuberosidade isquiática
Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso)
Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)
Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho
SEMIMEMBRANÁCEO
Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática
Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia
Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)
Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho
m. poplíteo
• Inserção Proximal: Côndilo
lateral do fêmur
• Inserção Distal: Linha solear da
face posterior da tíbia
• Inervação: Nervo Tibial (L4 -
S1)
• Ação: Flexão e rotação medial
do joelho
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52. 21/1/2011
mm. gastrocnêmio
• medial - Inserção Proximal: Côndilo medial do fêmur
• lateral - Inserção Proximal: Côndilo lateral do fêmur
• Inserção Distal: Calcâneo
• Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2)
• Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo
m. plantar delgado
• Inserção Proximal: Côndilo lateral do
fêmur
• Inserção Distal: Calcâneo
• Inervação: Nervo Tibial (L4 - S1)
• Ação: Auxilia o tríceps sural
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53. 21/1/2011
Alinhamento do joelho
• Joelho reto
• Joelho valgo
• Joelho varo
• Joelho recurvado/flexo
• Torsão tibial interna/externa
Mecânica do joelho
• A mecânica do joelho é mais complexa que as
outras articulações tipo gínglimo principalmente
por dois fatores:
• Flexão e extensão na articulação tibiofemoral não
envolve movimentos simples a volta de um eixo,
mas incorpora rolamento e deslizamento com
um eixo que se desloca no diferentes degraus de
flexão.
• Pequenas porções de rotação transversa também
acompanham flexão e extensão.
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54. 21/1/2011
Mecânica do
joelho
• 1. Rolamento ou
Balanço;
• 2. Deslizamento ou
Escorregamento;
• 3. Rotação ou Giro.
Mecânica do joelho
• Flexão e extensão plano sagital
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55. 21/1/2011
delizamento
rolamento
giro
Mecânica do joelho
• Rotação: côndilos com diferentes forma e
tamanho , gera suave rotação no plano
transverso.
• Extensão: ligamentos estão relativamente tensos
e a congruência da articulação está ao máximo
rotação da tíbia em relação ao fêmur não ocorre.
• Flexão: ligamentos frouxos 20 a 30 degraus de
rotação interna e 30 a 45 graus de rotação
externa.
• Mecanismo de trava do joelho.
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56. 21/1/2011
Posição de Ajuste Máximo e
Ajuste Frouxo
• Ajuste Máximo: as superfícies articulares
ajustam-se perfeitamente em apenas uma
posição da articulação.
• Máximo contato entre as superfícies; os ligg
estão sob > tensão; as estruturas articulares
estão esticadas e a articulação está
mecanicamente comprimida e é difícil tracionar.
• Ajuste Frouxo: todas as outras posições
Articulação patelofemoral
• Movimentos da patela para cima/extensão; para
baixo/flexão.
• Aumentar o braço da alavanca aumentar força do
quadríceps (T = f x d)
• Ângulo Q (8-15º em homens e 10-19º para mulheres)
• Lei do valgo predisposição para movimento lateral da
patela.
• Cargas compressivas força do quadríceps + ângulo de
flexão
• Movimentos de dança que aumentam a carga compressiva:
grand plié, fondu, levantar-se do chão, grandes saltos (20 x
peso do corpo)
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57. 21/1/2011
Movimentos do joelho e músculos
Movimentos do joelho Músculos primários Músculos secundários
Flexão Isquiotibiais Popliteo
Grácil
Sartório
Gastrocnemio
Extensão Quadríceps femoral Tensor da fáscia lata
Rotação externa Bíceps femoral Tensor da fáscia lata
Rotação interna Semitendíneo Grácil
Semimembranáceo Sartório
Popliteo (quando pé esta
livre)
Considerações chave para o joelho em
relação a movimentos com todo o
corpo
• Músculos biarticulares
• Paradoxo de Lombardi
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58. 21/1/2011
Considerações especiais para o
joelho em dança
• O grand Plié
• Movimento de dobradiça
• Forçar o en dehor (rotação externa)
• Estresse valgo 4ª posição no chão
• Hiperextensão do joelho
• Força excessiva do quadríceps
Lesões do joelho em bailarinos
• Articulação entre dois ossos longos, larga, e
rasa vulnerabilidade ao estresse valgo e
varo possibilidade de lesão dos ligamentos
e meniscos.
• Alta incidência de lesões em bailarinos
– 16.1% - 17.3% = bailarinos de ballet clássico
– 14.5% - 18% = universitários de dança
– 21.1% - bailarinos de moderno
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59. 21/1/2011
Prevenção de lesões do joelho em
bailarinos
• Dado que força do quadríceps em muitos
bailarinos está abaixo do necessário e que este
fator está fortemente ligado a incidência de
lesões nas EEII, muitos bailarinos se
beneficiariam com a inclusão de exercícios de
força para o quadríceps e isquiotibiais nos seus
programas de exercício.
• Exercícios deveriam ser o mais funcional possível.
• Equilíbrio adequado entre força e alongamento
aliados a uma boa técnica.
Prevenção de lesões do joelho em
bailarinos
• No âmbito da técnica: devido ao aumento do risco de
lesões, as situações abaixo devem ser evitadas
– Rotação excessiva da tibia em relação ao fêmur (en dehor
do pé);
– Estabilização inadequada do “en dehor” (rotação externa
do quadril);
– Deixar o joelho cair para dentro em relação aos pés;
– Uso excessivo do quadríceps (hiperextensão do joelho);
– Excessiva pronação dos pés
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60. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesões ligamentares ligs. São importantes para a estabilidade do
joelho. Os lig. Mais lesionados em bailarinos são LCM e o LCA.
Hiperflexibilidade generalizada predispõe lesões ligamentares.
– Lesão do ligamento colateral medial
– Lesão do ligamento cruzado anterior
– Lesão do menisco
– A tríade infeliz
• Lesões do mecanismo extensor
– Síndrome da dor patelo-femoral (Condromalácia patelar)
– Joelho saltador
– Doença de Osgood Schlatter
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesão do ligamento colateral medial : resultam de uma
força medial direta contra a parte lateral do joelho
(força de deformação valga) que tende a abrir a parte
interior do joelho em dança: o bailarino cai sobre o
outro; contato improvisação; desaceleração de pirueta;
en dehor forçado do joelho em relação ao pé, rotação
externa da tíbia
• Sintomas: dor no aspecto medial do joelho; palpação
local dolorosa, e edema.
• Evitar 5ª posição, fortalecer quadríceps, evitar estresse
valgo.
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61. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesão do ligamento cruzado anterior: lesão grave; acontece
com mais frequência em esportes que envolvam
desaceleração, torção, giro, e saltos. Mais frequente em
mulheres.
• Pancada direta no aspecto lateral do joelho adicionado de
rotação externa da perna, cair de um salto com joelho
hiperextendido
• Sintomas: joelho instável; sente-se um pop no momento da
lesão; formação rápida de edema;
• Lesões não graves: imobilização inicial, compressão, gelo,
elevação do joelho e fortalecimento dos extensores e
flexores do joelho (isométrico); reabilitação demorada.
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesão do menisco: os meniscos foram desenhados para se mover
com a tíbia em relação ao fêmur de forma coordenada. Se este
mecanismo é comprometido o menisco pode ficar preso entre as
superfícies articulares opostas provocando lesão por torque,
compressão ou tração. O menisco pode ser separado, partido em
pedaços ou afrouxado através ruptura de seu ponto de incersão.
• Lesão do menisco medial ocorre 10 a 20 mais frequentemente que
no menisco lateral.
• Um dos mecanismos de lesão meniscal mais frequente é quando
há extensão do joelho de uma posição flexionada, abduzida
(estresse valgo) enquanto a perna está rodada externamente com o
pé fixo no chão.
• Em dança, acredita-se que o mecanismo opera cronicamente
através de repetidos “en dhors “ forçados, desgastando ou
separando o menisco.
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62. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesão do menisco:
• Em casos de lesão meniscal aguda, uma sensação de
“poping”ou ruptura é experienciada, seguida de dor
intensa.
• É comum sentir dor no aspecto medial do joelho, edema
acontece geralmente devagar.
• Grand pliés podem ser dolorosos; amplitude de movimento
fica restrita. Apreensão diante do agachamento está
geralmente presente.
• Em dias ou semanas após a lesão inicial , travamento
doloroso e instabilidade são sentidos em movimentos de
giro, flexão, torção. Atrofia do quadríceps geralmente
procede rapidamente.
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesão do menisco:
• Tratamento inicial recomendado: limitar
atividade, gelo, compressão, elevação e anti-
inflamatório seguidos de fortalecimento do
quadríceps.
• Em casos graves procedimento cirurgico é
necessário (artroscopia).
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63. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• A tríade infeliz : (lig. Cruzado anterior + lig. Colateral
medial + menisco medial) O mecanismo para esta
lesão ocorre quando uma força lateral (fora) é
aplicada ao joelho quando o pé for fixo na terra e em
rotação externa.
• Lesão grave que exige atendimento especializado
imediato
Lesões do joelho em bailarinos
• Lesões do mecanismo extensor incluem o
quadríceps, o tendão do quad. ou a patela.
– Síndrome da dor patelo-femoral (Condromalácia
patelar)
– Joelho saltador
– Doença de Osgood Schlatter
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64. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Síndrome da dor patelo-femoral : se refere a dor no aspecto
anterior do joelho relacionada com a patela ou os retináculos
associados a ele. Mais frequente em homens que em mulheres.
• Em casos onde o desgaste da grossa cartilagem da parte posterior
da patela é a causa da dor, o problema é classificado de
condromalácia patelar.
• Dor patelo-femoral é mais frequente em atividades que envolve
alto impacto e flexão repetitiva.
• Survey com 362 bailarinos pré-profissionais e profissionais mostrou
38% dos participantes com pelo menos 3 ou mais dos sintomas
clássicos de dor patelo-femoral associado à bailarinos em algum
período do seu teiamento.
Lesões do joelho em bailarinos
• Síndrome da dor patelo-femoral :
• Fatores que tendem a aumentar a instabilidade da patela:
genu recurvado, vasto medial fraco.
• Fatores que tendem a interferir no alinhamento da patela:
genu valgo, aumento do ângulo Q, trato iliotibial curto.
• Sintomas: dor generalizada atrás e ao redor da patela e
principalmente, medial à patela; dor ao flexionar o joelho
(grand plié); dor após longos períodos sentado; dor ao descer
escadas; fraquesa; edema e dor durante ou depois de
atividades.
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65. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Síndrome da dor patelo-femoral :
• Tratamento inicial recomendado fisioterapia,
gelo após atividades, modificação das atividades,
anti-inflamatório, fortalecimento do quadriceps,
principalmente do vasto medial.
• Movimentos de dança com alta carga
compressiva tais como pliés, saltos, descidas,
devem ser evitados ou modificados para a
amplitude não dolorosa.
Lesões do joelho em bailarinos
• Joelho saltador: é a ruptura ou inflamação dolorosa do
tendão patelar (tendinite). É muito comum afetar
pessoas que praticam esportes em geral, principalmente
os atletas que saltam muito: saltadores (distância, altura,
triplo), jogadores de basquetebol e voleibol, praticantes
de aeróbica de alto impacto. É muito comum também
nos períodos de crescimento (puberdade e pós-
puberdade).
• A tendinite vem acompanhada simultaneamente de
inflamação da bainha (capa) que protege o tendão
(tenossinovite) e comprometimento articular.
Geralmente a inflamação da bainha é mais intensa que a
dos tendões propriamente.
65
66. 21/1/2011
Lesões do joelho em bailarinos
• Joelho saltador:
• Sinais e sintomas: Dores durante os exercícios, pouco abaixo da patela;
Dor e rigidez depois de práticas esportivas; Sensibilidade a toque e edema
pouco abaixo da patela; Postura antálgica para se locomover; dor aparece
ao começo da atividade , desaparece ou diminui sensilvemte com o
aquecimento e reaparece depois das atividades. Dor aumenta com saltos
e pode ser reproduzida com extensão do joelho contra resistência.
Sensação de fraquesa pode estar presente.
• Possíveis causas: Aumento excessivo da carga de exercícios; Mudanças
bruscas de estilo; Trabalhar em pisos duros; Fraquesa do quadriceps
• Tratamento: calor ou extra aquecimento antes das atividades, gelo depois
das atividades, anti-inflamatório e fisioterapia.
Lesões do joelho em bailarinos
• Doença de Osgood Schlatter : Osgood-Schlatter (OS)
constitui uma doença osteo-muscular (e extra – articular),
comum em adolescentes. Caracterizada por uma patologia
inflamatória que ocorre na cartilagem e no osso da tíbia,
devido ao esforço excessivo sobre o tendão patelar.
• Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10
aos 15 anos, praticantes de esportes especialmente os que
incluem: grand-pliés, chutes, saltos e corridas.
• Caracterizado por edema e dor sobre a tuberosidade tibial.
• Recomenda-se gelo após as atividades e anti-inflamatórios.
Os movimentos de dança devem ser modificados para
sobrecarga no tendão (grand-pliés, fondu, e saltos).
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67. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
• O calcanhar serve de conexão entre a perna e o pé, vital o
translado de forças e movimento do pé relativo a perna e da
perna relativa ao pé.
• Estrutura complexa que evoluiu de um órgão flexível para
agarrar para uma relativa rígida estrutura, que permite tanto
as demandas de carga de peso como locomoção.
• A presença de vários arcos e a relativa posição das
articulações desempenha dois papeis , o de alavanca rígida
para propulsão e o de uma estrutura flexível para absorção
de impacto.
• Com todas esta grandes cargas de força sendo gerada e
absorvida pelo “complexo pé-calcanhar”, não uma surpresa
que este seja o local mais comum de lesões em bailarinos.
Os ossos do calcanhar e do pé
• 26 ossos + tíbia e fíbula
• Tarso, metatarso e dedos
• Retro-pé, médio-pé e ante-pé
• Parte posterior, mediana e anterior
67
69. 21/1/2011
Os ossos do calcanhar e do pé
Vista plantar ou palmar
Vista dorsal
Os ossos do calcanhar e do pé
Vista lateral
Vista medial
69
70. 21/1/2011
Os ossos do calcanhar e do pé
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
• 34 articulações
– Articulação talocrural
– Articulação talocalcânea
– Articulação
talocalcaneonavicular
– Articulação cuneonavicular
– Articulação calcaneocubóidea
– Articulação cuneocubóidea
– Articulações intercuneiformes
– Articulações tarsometatarsais
– Articulações intermetatarsais
– Articulações
metatarsofalângicas
– Articulações interfalângicas
70
71. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
•Movimentos do pé:
•Flexão plantar extensão articulação talocrural
•Flexão dorsal flexão articulação talocrural
•Abdução
•Adução
•Pronação
•Supinação
•Eversão abdução + pronação + flexão dorsal
articulação subtalar
•Inversão adução + supinação + flexão plantar
articulação subtalar
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
• Lig colateral medial Lig deltóide (tibiocalcâneo,
tibiotalar ant. e post., tibionavicular )
• Lig. Colateral lateral lig. Talofibular ant. e
post., lig. Calcâneofibular
• O lig. Talofibular anterior é particularmente
predisposto a lesões em bailarinos geralmente
torna-se crônico.
• Aponeurose plantar Membrana de tecido
conjuntivo fibroso que reveste os músculos da
sola do pé.
71
72. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
72
73. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e
pé
• Aponeurose plantar ou fáscia
plantar proteção dos
músculos e suporte do arco
medial longitudinal
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
73
74. 21/1/2011
Estrutura das articulações e
movimentos do calcanhar e pé
• Estruturas especiais do calcanhar e do pé:
• Fascia plantar manter arco longitudinal
• Fascia profunda e septo intermuscular compartimento posterior
(profundo - tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux;
e superficial - soleo e gastrocnemio), compartimento anterior – tibial
anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux;
compartimento lateral – fibular longo e curto
• Retináculo – faixas de tecido conjuntivo manter tendões no lugar
• Bainha tendínea – cobre os tendões
• Bolsa de gordura do calcanhar proteção e absorção de choque
• Ossos sesamóides alavanca e proteção
• Bursas proteção
• Músculos
Músculos do calcanhar e pé
• 24 músculos 12
intrínsecos e 12 extrínsecos
• Extrínsecos músculos
que se originam na perna e
se inserem no pé (grupo
anterior, grupo lateral,
grupo posterior profundo e
grupo posterior superficial)
• Intrínsecos inserção
proximal e distal no pé.
(Dorsais, plantares)
74
75. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé
• Grupo anterior (crural)
– Tibial anterior
– Extensor longo dos
dedos
– Extensor longo do hálux
– Fibular terceiro
75
76. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo anterior (crural)
• Tibial anterior
• Inserção Proximal: Côndilo lateral da tíbia
e ½ proximal da face lateral da tíbia e
membrana interóssea
• Inserção Distal: Cuneiforme medial e base
do 1º metatarsal
• Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 -
S1)
• Ação: Flexão dorsal e inversão do pé
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo anterior (crural)
• Extensor longo dos dedos
• Inserção Proximal: Côndilo lateral da tíbia,
¾ proximais da fíbula e membrana
interóssea
• Inserção Distal: Falange média e distal do
2º ao 5º dedos
• Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1)
• Ação: Extensão da MF, IFP e IFD do 2º ao
5º dedos
76
77. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo anterior (crural)
• Extensor longo do hálux
• Inserção Proximal: 2/4 intermediários
da fíbula e membrana interóssea
• Inserção Distal: Falange distal do
hálux
• Inervação: Nervo Fibular Profundo
(L4 - S1)
• Ação: Extensão do hálux, flexão
dorsal e inversão do pé
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo anterior (crural)
• Peroneo (Fibular) terceiro
• Inserção Proximal: 1/3 distal da face
anterior da fíbula
• Inserção Distal: Base do 5º metatarsal
• Inervação: Nervo Fibular Profundo (L5 -
S1)
• Ação: Eversão do pé
• Considaerado como parte do extensor
longo dos dedos.
77
78. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé
• Grupo Lateral
– Fibular longo
– Fibular curto
Músculos do calcanhar
e pé - Grupo lateral
• Fibular longo
• Inserção Proximal: Cabeça, 2/3
proximais da superfície lateral da
fíbula e côndilo lateral da tíbia
• Inserção Distal: 1º metatarsal e
cuneiforme medial
• Inervação: Nervo Fibular
Superficial (L4 - S1)
• Ação: Flexão plantar e eversão do
pé
78
79. 21/1/2011
Músculos do calcanhar
e pé - Grupo lateral
• Fibular curto
• Inserção Proximal: 2/3 distais
da face lateral da fíbula
• Inserção Distal: Base do 5º
metatarsal
• Inervação: Nervo Fibular
Superficial (L4 - S1)
• Ação: Flexão plantar e eversão
do pé
Músculos do calcanhar e pé
• Grupo posterior superficial
– Gastrocnêmio
– Soleo
– Plantar delgado
• Grupo posterior profundo
– Flexor Longo dos Dedos
– Flexor Longo do Hálux
– Tibial Posterior o posterior superficial
79
80. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo posterior superficial
• Gastrocnêmio
• Inserção Proximal: Côndilo medial do
fêmur
• Inserção Proximal: Côndilo lateral do
fêmur
• Inserção Distal: Calcâneo
• Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2)
• Ação: Flexão do joelho e flexão plantar
do tornozelo
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo posterior superficial
• Sóleo
• Inserção Proximal: 1/3 intermédio da
face medial da tíbia e cabeça da fíbula
Inserção Distal: Calcâneo (tendão dos
gastrocnêmios)
Inervação: Nervo Tibial ( L5 - S1)
Ação: Flexão plantar do tornozelo
80
81. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo posterior superficial
• Plantar
• Inserção Proximal: Côndilo lateral do
fêmur
Inserção Distal: Calcâneo
Inervação: Nervo Tibial (L4 - S1)
Ação: Auxilia o tríceps sural
Músculos do calcanhar e pé -
Grupo posterior profundo
• Flexor longo dos dedos
• Inserção Proximal: Face posterior da
tíbia
• Inserção Distal: Falanges distais do 2º
ao 5º dedo
• Inervação: Nervo Tibial (L5 - S1)
• Ação: Flexão plantar e inversão do
tornozelo, flexão da MF, IFP e IFD do
2º ao 5º dedos
81
82. 21/1/2011
Músculos do calcanhar e pé –
Grupo posterior profundo
• Flexor longo do hálux
• Inserção Proximal: 2/3 distais da
face posterior da fíbula e
membrana interóssea
• Inserção Distal: Falange distal do
hálux
• Inervação: Nervo Tibial (L5 - S2)
• Ação: Flexão do hálux, flexão
plantar e inversão do tornozelo
Músculos do calcanhar e pé –
Grupo posterior profundo
• Tibial posterior
• Inserção Proximal: Face posterior da
tíbia e 2/3 proximais da fíbula e
membrana interóssea
• Inserção Distal: 3 cuneiformes (medial
, médio e lateral), cubóide, navicular e
base do 2º ao 4º metatarsais
• Inervação: Nervo Tibial (L5 e S1)
• Ação: Flexão plantar e inversão do pé
82
86. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
• Região Plantar Medial • Região Dorsal
– Abdutor do Hálux – Extensor Curto dos Dedos
– Flexor Curto do Hálux – Extensor Curto do Hálux
– Adutor do Hálux
• Região Plantar Média
• Região Plantar Lateral – Flexor Curto (Plantar) dos
Dedos
– Abdutor do Mínimo – Quadrado Plantar
– Flexor Curto do Mínimo – Lumbricais
– Interósseos Plantares
– Interósseos Dorsais
Músculos intrínsecos
Região Plantar Medial
• Abdutor do Hálux
• Inserção Proximal: Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do hálux
• Inervação: Nervo Plantar
Medial (L5 – S1)
• Ação: Flexão e abdução do
hálux
86
87. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região Plantar Medial
• Flexor curto do hálux
• Inserção Proximal: Cubóide e
cuneiforme lateral
• Inserção Distal: Falange
proximal do hálux
• Inervação: Nervo Plantar
Medial e Lateral (L5 – S1)
• Ação: Flexão da MF do hálux
Músculos intrínsecos
Região Plantar Medial
• Dutor do hálux
• Inserção Proximal: 2º, 3º e
4º metatarsal
• Inserção Distal: Falange
proximal do hálux
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Adução do hálux
87
88. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região Plantar lateral
• Abdutor do mínimo
• Inserção Proximal:
Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
Músculos intrínsecos
Região Plantar lateral
• Flexor curto do mínimo
• Inserção Proximal: Cubóide
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
88
89. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região plantar media
• Flexor Curto (Plantar) dos
Dedos
• Inserção Proximal:
Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
Músculos intrínsecos
Região plantar media
• Quadrado Plantar
• Inserção Proximal:
Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
89
90. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região plantar media
• Lumbricais
• Inserção Proximal:
Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
Músculos intrínsecos
Região plantar media
• Interósseos Plantares
• Inserção Proximal: Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar Lateral
(S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
90
91. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região plantar media
• Interósseos Dorsais
• Inserção Proximal: Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
Músculos intrínsecos
Região dorsal
• Extensor curto dos dedos
• Inserção Proximal: Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
91
92. 21/1/2011
Músculos intrínsecos
Região dorsal
• Extensor curto do Hálux
• Inserção Proximal: Calcâneo
• Inserção Distal: Falange
proximal do 5º dedo
• Inervação: Nervo Plantar
Lateral (S2 – S3)
• Ação: Abdução do 5º dedo
Alinhamento e desvios das
articulações do calcanhar e pé
• Torsão tibial (interna ou externa)
• Arcos do pé longitudinal medial (tib. Post., Flex.
Hal. Long., tib. Ant., lig. Calcaneonavicular plantar,
aponeurose plantar, ligs. Platar longo e curto) ,
longitudinal lateral e arco transversal
• Pé plano e pé cavo arcos do pé
• Pé vago pronação excessiva) e pé varo (supinação
excessiva) relação calcanhar tibia.
• Dedos em garra e dedos em martelo
• Hallux valgo (joanete)
92
94. 21/1/2011
Mecânica do calcanhar e do pé
• Distribuição do peso sobre o pé durante a posição
vertical durante a postura ereta sobre os pés - 50%
no calcanhar e 50% distribuídos entre os 5 metatarsos
• Influencia da flexão plantar e dorsal sobre a estabilidade
forquilha maleolar e forma do talus (face anterior +
larga que posterior) estabilidade durante flexão dorsal e
mobilidade durante flexão plantar.
• Influência da pronação e supinação sobre a mecânica do
pé supinação = estabilidade = arco longitudinal
lateral = alavanca rígida para propulsão / pronação =
mobilidade = arco longitudinal medial = absorção de
choque e acomodação a terrenos irregulares.
94
95. 21/1/2011
Análise muscular dos movimentos do
calcanhar e do pé
Movimento Músculos primários Músculos secundários
Tornozelo – pé
Flexão plantar Tríceps sural: Tibial posterior
gastrocnemio, sóleo Flexor longo do hálux
Flexor longo dos dedos
Peroneo longo
Peroneo curto
Flexão dorsal Tibial anterior Extensor longo do hálux
Extensor longo dos Peroneo terceiro
dedos
Análise muscular dos movimentos
do calcanhar e do pé
Movimento Músculos primários Músculos secundários
Pé
Inversão Tibial posterior Flexor longo do hálux
Tibial anterior Flexor longo dos dedos
Extensor longo do hálux
Eversão Peroneo logo Extensor longo dos
Peroneo curto dedos
Peroneo terceiro
95
96. 21/1/2011
Análise muscular dos movimentos
do calcanhar e do pé
Movimento Músculos primários Músculos secundários
Dedos (músculos extrínsecos)
Flexão
Hálux - dedão Flexor longo do hálux
Dedos 2-5 Flexor longo dos dedos
Extensão
Hálux - dedão Extensor longo do hálux
Dedos 2-5 Extensor longo dos
dedos
Considerações chaves para o calcanhar e do pé, em
relação ao movimento do corpo como um todo
• Pronação e supinação durante a marcha
• Fases da marcha
Fase de apoio Fase de balanço
1o duplo apoio Apoio simples 2o duplo apoio Balanço inicial balanço medio Balanço terminal
Contato Resposta à apoio Apoio Pré-balanço
inicial carga medio terminal
pronação supinação
96
97. 21/1/2011
Considerações chaves para o calcanhar e do pé, em
relação ao movimento do corpo como um todo
• Relação entre perna e pé eixo oblíquo da
articulação subtalar + pé sob carga do corpo =
acoplamento de movimentos (supinação
rotação externa da perna; pronação
rotação interna da perna)
Considerações especiais do calcanhar e do
pé relacionados à dança
• Meia-ponta, ponta e os músculos de estribo.
• Flexor longo dos dedos e do hálux tem o efeito
de produzir e acentuar o arco do pé na ponta
(empurram o pé para frente)
97
98. 21/1/2011
Considerações especiais do calcanhar
e do pé relacionados à dança
• Músculos do estribo – tibial posterior, tibial anterior e
peroneo longo funcionam em conjunto para elevar o
arco do pé e manter o equilibrio durante a meia-ponta e a
ponta.
• Extentendo o pé em cadeia cinemática aberta tendu:
lumbricais e interósseos mantém os dedos estendidos
Considerações especiais do calcanhar
e do pé relacionados à dança
• Alinhamento joelho-pé linha passando pelo centro da
patela e pelo segundo dedo quando em pé ou dobrando os
joelhos (plié) atenção deve ser dada para não pronar o
pé, rodar a tíbia internamente como compensação a pouca
rotação externa do quadril.
• Começo do trabalho com pontas 10/11 anos de idade e
em caso de pelo menos bom treinamento por 3 ou 4 anos
antes, e exibirem força suficiente e técnica adequada. Pelo
menos para começar o trabalho na barra. 3 a 4 meses de
preparação muscular são fortemente aconselhados
• Muitos bailarinos exibem fraqueza nos evertores relativo
aos inversores.
98
99. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• O complexo calcanhar-pé é lugar de lesões mais frequente
em bailarinos.
• Ballet clássico - 38%, 42.4% e 48.5%; dança moderna 26.6%,
36%, e 38% de todas as lesões acontecem neste complexo.
• Prevenção: Executar exercícios suplementares para
fortalecer os músculos do calcanhar-pé, alongar
frequentemente os flexores dorsais para melhorar absorção
de choque e evitar pronação excessiva; posicionar o peso do
corpo sobre o eixo do pé e evitar excessiva
inversão/eversão, manter rotação externa no quadril para
prevenir pronação do pé, usar profundidade adequada no
plié para diminuir impacto proveniente de saltos.
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Reabilitação de lesões do calcanhar-pé:
– Recomendação inicial gelo e anti-inflamatório;
– Uso repetitivo de esteróides tem sido relacionado com enfraquecimento e
ruptura dos tecidos moles;
– Banhos de contraste, massagem, ultra-som, fonoforese, são geralmente
usados para reduzir a dor e aumentar amplitude de movimento;
– Tão logo os sintomas permitam, alongamento e exercícios para amplitude de
movimento em amplitude não dolorosa devem ser iniciados.
– Da mesma forma, tão logo sintomas permitam os exercícios para
fortalecimento muscular serão adicionados, desenvolvendo de esercícios
isolados para exercícios funcionais e exercícios proprioceptivos.
– Hidroginástica e exercícios no reformer (pilates) podem ser usados enquanto
o pé não poder receber carga de força compressiva total.
– Exercícios proprioceptivos são de vital importaância na reabilitação.
– Por último, assim que sintomas permitam, movimentos de dança devem ser
reintroduzidos no plano de exercícios.
99
100. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Entorce do tornozelo lesão mais comum em bailarinos envolve
ligamentos no calcanhar e articulação subtalar cerca de 85% dos
entorces envolvem inversão do pé.
• Tendem a correr em posição instável de relativa flaxão plantar, durante
carga ou descarga do pé tais como retornando de um salto, caindo de um
giro ou um passo mal calculado.
• Grau I torção leve envolvendo ruptura parcial do lig. Talofibular
anterior e ocasionalmente o lig. Tibiofibular anterior com pouca ou
nenhuma instabilidade resultante.
• Grau II geralmente ruptura completa do lig. Talofibular anterior com
dano minimal do lig. Calcaneofibular. (mais comum em bailarinos)
• Grau III raros, ruptura completa dos ligamentos laterais resultando em
compleat instabilidade do calcanhar.
• Edema ocorre imediatamente (maléolo lateral)
• Descanso, gelo, compressão, elevação
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Fascite plantar: processo inflamatório que envolve a
fascia plantar. É ela que impede que o pé desabe durante
o marcha e, por suportar forças muito grandes,
freqüentemente é acometida por pequenas rupturas
junto à sua inserção no osso do calcanhar.
• O sintoma principal é a dor, que caracteristicamente é
pior nos primeiros passos, pela manhã ou após um curto
período de repouso.
• Causas: atividade por tempo prolongado envolvendo
salto.
• Gelo, alongamento do flexores plantar do pé, repouso,
sola alcochoada, fortalecimento dos músculos intrínsecos
e extrínsecos.
• Um programa dos exercícios em casa para alongar o
tendão de Aquiles e a fascia plantar são essenciais para a
recuperação da lesão e diminuir a possibilidade do
retorno.
100
101. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Tendinite A tendinite é uma síndrome de excesso de uso em
resposta a inflamação local devido a microtraumas repetidos que
podem ocorrer devido a desequilíbrios musculares ou fadiga,
alterações nos exercícios ou nas rotinas funcionais, erros de
treinamento ou uma combinação de vários desses fatores.
• O tendão de aquiles é coberto por um paratendão ao invés de
bainha tendínea.
• Estudo: (em corredores) pé cavo, pronação exacerbada, flexores
plantar fracos e curtos (McCrory et al, 1999)
• Solos duros aumentam a incidencia.
• Sintomas: dor e inchaço na area logo acima do calcanhar, rigidez
pela manhã, amplitude de movimento diminuida. Dor aumenta
com relevés e saltos
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Tratamento: reduzir a dor e inflamação com descanso, compressão,
elevação e antiinflamatórios. Gelo também pode ser usado em lesões
agudas. ultra-som para aquecer tecidos mais profundos e melhorar o fluxo
sanguíneo. Iontoforese também pode ser usada. Alongamento suave e
exercícios de fortalecimento são adicionados gradualmente. Massagem
do tecido mole também pode ajudar.
• Para prevenir a inflamação e reduzir sua gravidade e recorrência
recomenda-se:
– Realizar aquecimento e alongamento antes de atividades físicas.
– Fortalecer a musculatura ao redor da articulação.
– Fazer paradas freqüentes ao realizar atividades repetitivas.
– Praticar boa postura corporal ao realizar atividades diárias.
– Começar novos exercícios físicos lentamente.
– Aumentar gradualmente a demanda física depois de várias sessões de
exercícios bem tolerados.
101
102. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Tendinite do flexor longo do hálux
(alta prevalência em bailarinos
clássicos) papel estabilizador
contra eversão excessiva em ponta e
meia-ponta.
• Tendão passa trás do maleolo
medial, região que pode inchar e
ficar dolorida. Agrava-se com meia
ponta (extensão/flexão do dedão)
• Anti-inflamatório, massagem
transversa profunda, massagem
com gelo, alongamento e
fortalecimento do FLH.
• Evitar temporariamente o relevé ou
trabalho de ponta.
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Síndrome do Estresse Tibial Medial (Canelite) é um distúrbio
complexo e controverso que pode afetar qualquer atleta corredor.
Ela é definida como uma dor e desconforto na perna causada por
corrida repetitiva numa superfície dura ou por uso excessivo dos
flexores do pé.
• Causas - A STTM é periostite causada por tensão excessiva na borda
medial da tíbia por fatores múltiplos:
– Alterações biomecânicas
– Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração
– Alterações no calçado e superfície de treinamento
– Lesões de partes moles
– Falta de alongamento (inelasticidade muscular)
– Anormalidades na inserção muscular
– Pronação anormal
102
103. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Apresentação clínica:
Dor contínua, progressiva e prolongada na metade distal na região póstero medial da tíbia.
A dor é aliviada com o repouso e piora com a atividade física.
Queda do desempenho como conseqüência ou limitação.
Dor na tíbia distal com ou sem leve edema (a área é mais difusa que a fratura por stress)
Pode haver dor com elevação dos dedos do pé ou pela flexão plantar resistida
Tratamento - A maioria STTM é de tratamento conservador. Faz-se necessário repouso
relativo (dois a quatro meses), mantendo o condicionamento físico com atividades sem
impacto e indolores como bicicleta e natação.
Medidas gerais devem ser tomadas como a diminuição da intensidade e duração do treino,
além de mudar a superfície do terreno da corrida. Pode ser usado: antiinflamatórios, gelo,
fisioterapia analgésica e alongamento do Aquiles. Alguns casos são necessários à utilização
de órteses ou palmilha para correção da pronação.
O retorno as atividades deve ser gradual não se esquecendo do alongamento e
condicionamento progressivo.
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Síndrome compartimental crônica (perna) A síndrome
compartimental é caracterizada por dor na região anterior
da perna durante e após a prática esportiva. Geralmente, a
dor é bilateral, pode aumentar de acordo com a
intensidade do exercício e cessar no repouso. Pode haver
parestesia.
Durante o exercício o volume muscular pode aumentar até
20% e isso pode contribuir com a elevação da pressão
intra-compartimental. Com isso, o fluxo sangüíneo para a
musculatura é reduzido e o atleta tem dor. O diagnóstico
pode ser feito através da medida da pressão intra-
compartimental com um cateter.
103
104. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Fraturas por estresse Denomina-se "fratura por estresse" todas
as fraturas ósseas ocorridas em conseqüência de uma sobrecarga
de exercícios repetitivos, com a mesma intensidade, no mesmo
local, promovendo um desgaste ósseo.
As fraturas por estresse começam como pequeníssimas fraturas -
chamadas micrifraturas ou microtraumas. São de difícil visualização
pois não aparecem no raio X convencional. Só são visíveis quando
evoluem para fraturas maiores.
O primeiro sinal indicativo é a dor moderada a intensa,
dependendo da articulação atingida, mas estas lesões demoram a
serem diagnosticadas.
Em bailarinos o local mais comum são os metatarsos e dos
metatarsos o mais comumente afetado é o 2º , em sua base.
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Em geral, nas fraturas por estresse, na fase inicial do tratamento,
preconiza-se o uso de medidas fisioterapêuticas específicas para
reduzir o quadro álgico : gelo, TENS, Ultra-som para acelerar a
produção do tecido ósseo e o laser como cicatrizante, utilizando-se,
também, os medicamentos anti-inflamatórios para reduzir a síntese
das prostaglandinas, responsáveis por ativar as terminações
nervosas livres, que levam a informação sensorial ao cérebro,
aumentando a percepção da dor. Os exercícios de fortalecimento e
alongamentos funcionais devem ser incluídos tão logo se tenha
reduzido o quadro álgico e, assim, utiliza-se, os exercícios de
membros inferiores, inicialmente em cadeia cinética fechada ( pés
em contato com o solo ou o aparelho) e depois exercícios em
cadeia cinética aberta ( pés fora do solo) .
104
105. 21/1/2011
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Síndromes de impingimento anterior e
posterior do calcanhar
Lesões do calcanhar e do pé em
bailarinos
• Um neuroma é um tumor benigno de um nervo. O neuroma de Morton
não é realmente um tumor, mas o engrossar do tecido que envolve o
nervo digital que percorre aos dedos do pé. Ocorre enquanto o nervo
passa sob o ligamento que conecta os ossos do dedo do pé (metatarsos)
no ante pé. O neuroma de Morton forma-se mais frequentemente entre
o terceiro e quarto dedos do pé, geralmente em resposta à irritação, ao
trauma ou à pressão excessiva. A incidência do neuroma de Morton é 8 a
10 vezes maior nas mulheres do que nos homens.
• Sintomas do neuroma de Morton:
• Normalmente, não há nenhum sinal externo, tal como uma
protuberância, porque este não é realmente um tumor.
• Dor ardente na polpa do pé que pode espalhar-se aos dedos do pé. A dor
intensifica-se geralmente com actividade ou com o uso de sapatos. A dor
de noite é rara.
• Pode também haver um "formigueiro" ou perda de sensibilidade nos
dedos do pé..
105