COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
PROJETO POESIA
1.
2. Sabemos que a poesia tem o dom de tornar as pessoas mais sensíveis. Através da poesia nossas crianças descobrem que podem e devem brincar com as palavras, expressando seus desejos e sentimentos. Assim, nossos projetos não objetivam transformar nossos alunos em escritores, mas despertar o gosto pela leitura, desenvolver leitores críticos e pessoas mais sensíveis, cidadãos que a sociedade anseia.
3. Ingrid João Lara Larissa Luís Manoel Mariana Natália Pedro Tiago André Beatriz Camille Caroline Catharina Daniel Negreiros Douglas Emanuela Felipo Gustavo
4. Convite José Paulo Paes Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
5. Folhinha verde Marieta Leite Folhinha verde Está quietinha Parada no ramo Vem balançar. Vem um vento ligeirinho Sopra de lá Sopra de cá Folhinha verde Balança no ramo Pra lá... pra cá.
6. O cavalinho Branco Á tarde, o cavalinho branco Está muito cansado; Mas há um pedacinho do campo Onde é sempre feriado. Cecília Meireles O cavalo sacode a crina Loura e comprida e nas verdes ervas atira sua branca vida Seu relincho estremece as raízes e ele ensina aos ventos a alegria de sentir livre seus movimentos. Trabalhou todo o dia, tanto! Desde a madrugada! Descansa entre as flores , cavalinho branco, de crina dourada!
7. A bailarina Cecília Meireles Esta menina Tão pequenina Quer ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si Mas fecha os olhos e sorri Roda, roda, roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do lugar Põe no cabelo uma estrela e um véu E diz que quer ser bailarina Esta menina tão pequenina quer ser bailarina Mas depois esquece todas as danças E também quer dormir como as outras crianças. CAMILE
8.
9. As Mariposa Adoniran Barbosa As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando vorta em vorta de mim Todas noite só pra me beijá As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Tá muitu bom... Mas num vai si acostumá, viu Dona mariposinha?
10. ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU Carlos Drummond de Andrade Além da Terra, além do Céu, no trampolim do sem-fim das estrelas, no rastro dos astros, na magnólia das nebulosas. Além, muito além do sistema solar, até onde alcançam o pensamento e o coração, vamos! vamos conjugar o verbo fundamental essencial, o verbo transcendente, acima das gramáticas e do medo e da moeda e da política, o verbo sempreamar, o verbo pluriamar, razão de ser e de viver.
11. O Relógio Vinícius de Moraes Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Tic-tac …
12. O zumbido Da abelha Faz coceguinha Na orelha "Zum-Zum" Lalau e Laurabeatriz
13. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
14. Convite José Paulo Paes Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
15. Viajar pela leitura Clarice Pacheco Viajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente! Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!
16.
17. ARGH! Elias José Barata não é bem-vinda Na cozinha de ninguém; Mas quando aparece uma Vamos ver, tem mais de cem.
18. Faz de conta Eu vi um coelhinho nadando Dois patinhos dançando Três boizinhos cantando Eu vi um gatinho pintando Dois peixinhos voando Três burrinhos falando! E você o que viu?
19. Um anjo em minha casa Sandra Carrascoza Ontem recebi a visita de um anjo Sem auréola Sem asinhas, Mas de olhar puro e sorriso iluminado Que fez brilhar minha casa e meu coração... Ontem recebi a visita de um anjo que trazia no olhar saudade esperança simplicidade E deixou em meu olhar o brilho da alegria e iluminou meu sorriso com a luz da felicidade... Obrigada, Meu Deus... por ter mandado um anjo me visitar!
20.
21. Por enquanto eu sou pequeno Pedro Bandeira Por enquanto eu sou pequeno Muita coisa eu não sei. Eu só sei que estou gostando Deste mundo onde eu cheguei. Não me apressem por favor, Sei que ainda não cresci. Mas vejam que eu estou tentando Me esperem que eu chego aí.
22. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
23.
24.
25. Juan Júlia Jurandy Leonardo Lucas Maria Eduarda Milena Pablo Pedro Thales victor Ana Clara Diogo Ellen Fernanda Gabriel Gabriella George Giovanna Gustavo Iagho João
26. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
27. A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
28. Bom dia, pingüim Onde vai assim Com ar apressado? Eu não sou malvado Não fique assustado Com medo de mim Eu só gostaria De dar um tapinha No seu chapéu jaca Ou bem de levinho Puxar o rabinho Da sua casaca O Pingüim Vinicius de Moraes Quando você caminha Parece o Chacrinha Lelé da caixola E um velho senhor Que foi meu professor No meu tempo de escola Pingüim, meu amigo Não zangue comigo Nem perca a estribeira Não pergunte por quê Mas todos põem você Em cima da geladeira
29. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
30. A vizinhança Tanta gente diferente Um triste Outro contente Dona Sonia Seu Silvério Ele é serio Ela é risonha O Manuel Da padaria que sotaque Diferente Seu Heitor Tão bem vestido Lá no banco Ele é gerente
31. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
32. A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
33. A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos numero zero
34. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
35. Corujice Elias José A cara coruja não encara a cara do Sol, mas à noite fica bem na sua cara a cara com a lua.
36. Leilão de jardim Cecília Meireles Quem me compra um jardim com flores? borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, Uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (Este é o meu leilão!)
37.
38. A AVÓ DO MENINO Cecília Meireles A avó vive só. Na casa da avó o galo liró faz “cocorocó!” A avó bate pão-de-ló E anda um vento-t-o-tó Na cortina de filó. A avó vive só. Mas se o neto meninó Mas se o neto Ricardó Mas se o neto travessó Vai à casa da avó, Os dois jogam dominó. . .
39.
40. Por do sol A tarde Foi embora Mas fozeen do Muita manha Pintou Com batom vermelho As bochachas Da montanha Autora Neusa sorrenti
41. O que é que eu vou ser? Pedro Bandeira Bete quer ser bailarina, Zé quer ser aviador. Carlos vai plantar batata, Juca quer ser um ator. Camila gosta de música. Patrícia quer desenhar. Uma vai pegando o lápis, a outra põe-se a cantar. Mas eu não sei se vou ser poeta, doutora ou atriz. Hoje eu só sei uma coisa: quero ser muito feliz!
42. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
43. A bailarina Cecília Meireles Esta menina Tão pequenina Que ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si Mas fecha os olhas e sorri Roda, roda, roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do lugar Põe no cabelo uma estrela e um véu E diz que quer ser bailarina Esta menina tão pequenina quer ser bailarina Mas depois esquece todas as danças E também quer dormir como as outras crianças.
44. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
45.
46. A caixa da vovó Caixa de madeira Em cima do armário Vestido, rosário ? Caixa da vovó Cheia de segredos O que há na caixa? Carrinhos/brinquedos
47. O MENINO AZUL Cecília Meireles O menino quer um burrinho para passear. Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar. O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das flores, - de tudo o que aparecer. O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar. E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim. (Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a Ruas das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler.)
48. Leonardo Leticia Magno Melina Rafael Samara Samir Sofia yasmin Amanda Ana Antonio pedro Catarina Cauê Christine Clariana Felipe Fernando João pedro João victor Kauê
49. Amizade Leminski Meus amigos quando me dão a mão Sempre deixam outra coisa: Presença Olhar Lembrança Calor Meus amigos quando me dão a mão, Deixam na minha a sua mão.
50. A LUA É DO RAUL Cecília Meireles Raio de lua. Luar. Lua do ar azul. Roda da lua. Aro da roda na tua rua, Raul! Roda o luar na rua toda azul. Roda o aro da lua. Raul, a lua é tua, a lua da tua rua! A lua do aro azul.
51.
52. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
53. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
54. Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
55. Riminhas Um fantasma Com asma Um anjo Tocando banjo Um macaco Vestindo um Casaca Uma lombriga Com dor de Barriga Uma chuva De suco de uva E um tchau tchau!
56. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
57. A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero
58. Batatinha quando nasce, Espalha ramas pelo chão Menininha quando dorme Põe a mão no coração.
59.
60.
61. Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
62. Caderno de poesias Clarice Pacheco Caderno de poesias é um belo lugar. Tantas coisas lindas que eu gostaria de falar. Eu falo em forma de versos para todos poderem escutar. Agora você já sabe por que os poetas passam os dias escrevendo em seus cadernos de poesias.
63. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
64. Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
65. Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
66.
67. Riminhas Um fantasma Com asma Um anjo Tocando banjo Um macaco Vestindo um Casaca Uma lombriga Com dor de Barriga Uma chuva De suco de uva E um tchau tchau!
68. Sempre que o sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Roda, roda, roda Rodador Vai rodando, dando mel Vai rodando, dando flor O Girassol Vinicius de Moraes Sempre que o sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Gira, gira, gira Girassol Redondinho como o céu Marelinho como o sol