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Os três cabritinhos



       Era uma vez três cabritinhos travessos que costumavam pastar numa colina onde havia um
capim bem verdinho. Para se chegar lá, porém, tinham que atravessar uma ponte embaixo da qual
morava uma bruxa terrível e horrorosa, que tinha um nariz curvo e comprido e uns olhos enormes,
bem arregalados.
       Um dia, quando o sol já se ia escondendo, lá foram os cabritinhos travessos pastar. Na frente,
vinha o cabritinho mais novo atravessando a ponte: Trip, trap, trip, trap...
       - Quem está caminhando sobre a minha ponte? Rosnou a megera.
   - Sou eu, o cabritinho caçula. Vou pastar lá na colina para ficar bem gordinho, disse o menor de
todos, com um fiozinho de voz.
   - Espera aí que já vou te devorar, respondeu a bruxa.
   - Oh, não, por favor! Eu sou tão magrinho, disse o caçula. Espere um pouco, que já vem aí o meu
irmão mais velho, ele é muito maior do que eu.
    Ouvindo isto, a Bruxa resolveu esperar o outro cabritinho.
   "Trip, trap, trip, trap..."
   - Quem está passando na minha ponte?
   - Sou eu, o segundo cabritinho. Vou pastar lá na colina, para engordar um pouco.
   - Espera aí, já vou te comer.
   - Por favor, dona Bruxa, deixe-me passar. Lá vem vindo o          meu irmão mais velho. Ele é muito
maior do que eu.
   A Bruxa ficou esperando.
   "Trip, trap, trip, trap..."
   - Quem está passando aí na minha ponte?
   - Sou eu, o maior dos cabritos.
   - Espera aí, vou te comer todo de uma vez.
   Mas, dessa vez a resposta foi bem diferente: - Venha, que sou bem valente! De bruxas não temo
o berro. Pra isso, tenho bons dentes, E chifres que são de ferro!
   A Bruxa tentou agarrar o cabrito, mas ele não perdeu tempo: avançou sobre ela, empurrou-a com
os chifres e atirou-a dentro do rio que passava em baixo da ponte. Depois, calmamente, foi reunir-se
aos irmãos, no pasto da colina. Os três cabritinhos engordaram tanto, que mal puderam voltar para
casa. Quanto à bruxa, nunca mais se ouviu falar nela.
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