O documento descreve a Revolução Industrial, processo de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que ocorreu inicialmente na Inglaterra no século XVIII e se espalhou para outros países. Detalha as inovações tecnológicas que possibilitaram a industrialização, como máquinas a vapor e linhas de montagem, e seus impactos, como o crescimento das cidades e do capitalismo. Também aborda o imperialismo e neocolonialismo, onde as potências capitalistas dividiram o mundo para garantir matérias-primas
2. Processo relativo ao conjunto de transformações
econômicas, sociais e tecnológicas que ocorreu
inicialmente na Inglaterra durante a segunda metade
do século XVIII, se alastrando para outros países
europeus, EUA e de maneira desigual e irregular em
outras regiões.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
3. Condições:
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Burguesia estabelecida;
Pensamento (e prática) liberal;
Disponibilidade de mão-de-obra;
Disponibilidade de matérias-primas;
Disponibilidade de mercado consumidor;
Disponibilidade de capitais;
Investimentos em inovações, tecnologias e
estruturas produtivas;
5. Características:
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Produção fabril e maquinofatura;
Maior controle e produção em série;
Aumento da
escala de
produção e das
margens de
lucros
Linha de montagem da
década de 1920
9. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Com o auxílio da ciência, inventores criavam novas
máquinas e novos métodos de produção industrial.
Em 1779, Samuel
Crompton inventou uma
máquina fiadora movida
a vapor e melhorias
técnicas posteriores
levaram o inventor
Edmund Cartwright, em
1785, a aperfeiçoar este
tipo de máquina.
10. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Como consequência das inovações, a produção da
metalurgia do ferro também passou por melhorias
técnicas, exemplo de que houve uma reação em
cadeia que influiu no aumento da produção de
energia, de transportes, na mineração, etc.
13. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Século XIX: Expansão industrial e Segunda Revolução
Industrial (por volta de 1860):
Transformação do ferro em aço;
Ampliação dos trans-
portes;
Indústria química
geral e petro-
química;
Eletricidade;
Comunicação.
Construção da
Torre Eiffel
(1887)
22. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Petróleo: Em 1850, na Escócia, James Young descobriu
que o petróleo poderia ser extraído do carvão e do
xisto betuminoso, desenvolvendo o processo de
refinação. Em 1859 Edwin Laurentine Drake, nos EUA,
realizou a primeira perfuração de poço, dando início à
moderna indústria petrolífera.
Drake e um poço de petróleo
do século XIX
26. Racionalização, produtividade e sistematização:
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Frederick Taylor: Controle de movimentos e ritmos;
Henry Ford: Linha de montagem
Henry Ford e o modelo Ford T (o primeiro carro produzido em série, em 1913)
27. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Limites da livre concorrência do liberalismo
Disputa por espaços no mercado desequilibrada pelas
empresas mais ricas e com maior poder Processo
de concentração.
• Cartel Grupo de empresas que acordam em controlar
preços, produção e mercado de determinados setores e
produtos.
• Holding Empresa que controla várias outras diferentes
empresas, que funcionam independentes entre si e possuem
até alguma autonomia.
• Truste Fusão de diversas empresas de um mesmo ramo de
atividade produtiva.
28. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Outros aspectos dos limites do liberalismo:
• Monopólio Ausência de concorrência e existência de um único
fornecedor.
• Oligopólio Poucos fornecedores e cada um detém uma parcela
grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua
política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os
induz a reagir.
• Monopsônio Forma de mercado com apenas um comprador,
chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de
competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe
apenas um vendedor e vários compradores. Um monopsonista tem
poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços
de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada.
29. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Capitalismo monopolista:
• Aproximação entre bancos e
indústrias Financiamento da
produção e participação nos lucros
industriais
• Aumento da produção industrial
Necessidade de ampliação do
mercado consumidor
• Acúmulo de capitais Geração de
resultados que também eram
reinvestidos para produzir mais
lucros
30. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
“Como vender a produção cada vez maior e realizar novos
investimentos assim gerados, se a concorrência entre as
grandes potências capitalistas fazia com que seus
governos adotassem barreiras protecionistas para seus
mercados internos, a fim de dificultar a invasão de
produtos vindos de países concorrentes?”
Gilberto Cotrim - “História Global: Brasil e Geral” (volume 2)
“Resposta”
encontrada para o
dilema
Repartição da Ásia, África e da Oceania
para o atendimento dos interesses
econômicos e políticos das potências
mundiais.
31. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Imperialismo é a política de expansão e o domínio
territorial, cultural e econômico de uma nação
sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões
geográficas.
Neocolonialismo é o processo de exploração
experimentado pelas potências industriais sobre
territórios estrangeiros.
32. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Formas de domínio:
• Territorial Por intervenção militar, caracterizada
pela ocupação direta sobre o território do país
“colonizado”
• Econômico Pela interferência nos assuntos
políticos e econômicos do país dominado (inclui os
meios intervencionistas, cooptação de lideranças e
elites locais e os protetorados).
33. Colonialismo europeu (sec. XVI) Neocolonialismo (sec. XIX)
Principal área de
dominação
América África, Ásia e Oceania
Fase do
capitalismo
Capitalismo mercantilista Capitalismo financeiro e
monopolista
Objetivos
econômicos
• Garantia de mercado
consumidor para a produção
econômica europeia
• Garantia de exploração de
produtos coloniais e metais
preciosos
• Reserva de mercado para a
produção industrial
• Garantia de fornecimento de
matérias-primas
• Controle dos mercados
externos para investimento de
capitais excedentes
Patrocinadores Burguesia comercial e Estados
metropolitanos modernos
Burguesia financeiro-industrial e
Estados com industrialização
desenvolvida
Justificativa
ideológica
Expansão da fé cristã Missão “civilizadora” e
disseminação do progresso técnico
pelo mundo
34. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio sobre a África:
• 1876 – Iniciativa da Bélgica
no governo de Leopoldo II
Associação Internacional
Africana e Grupo de Estudos
do Alto Congo
• Mais de 90% do território
africano foi dominado entre a
segunda metade do século
XIX e as primeiras décadas do
século XX
35. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Conferência de Berlim (1884/1885) Reuniões que
definiram a divisão do continente, tendo a
participação de 14 países europeus, EUA e Rússia.
• Fronteiras estabelecidas de maneira artificial e
arbitrária conforme os interesses imperialistas
• Resistência: Reações contra os dominadores
sofreu diante de oponentes militarmente mais
equipados
36. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio Francês:
• Argélia (1830): De
protetorado a intervenção
direta com subtração de
terras, domínio sobre
produção, autoridade e
abusos sobre a população
e exploração de recursos
econômicos. Genocídio argelino sob
domínio da França
37. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio Inglês:
• Egito (sobretudo por
conta da construção do
Canal de Suez) e Sudão,
tendo o sistema de
protetorado como
opção de domínio.
Resistência submetida
diante da vantagem
tecnológica inglesa. Canal de Suez
38.
39. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio sobre a Ásia:
• Ampliação do controle
britânico sobre a Índia:
Influência sobre
costumes, produção e
política 1876:
Incorporação oficial ao
Império Britânico após
a derrota da Revolta
dos Sipaios Vítimas de fome (crises mataram
mais de 15 milhões de indianos)
40. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio sobre a Ásia:
• China: Resistência à influência externa abalada
durante a Guerra do Ópio (1839/1842), que
resultou em vitória britânica e abertura do
território chinês para a ação imperialista. Após
derrotas em mais conflitos, como a Guerra dos
Boxers (1899-1901), o território foi loteado por
Inglaterra, Alemanha, França, Rússia e Japão
41. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Domínio sobre a Ásia:
• Japão: Abertura forçada pelos
EUA (1854) e posteriores
acordos comerciais com outros
países. A partir de 1868,
durante a Era Meiji, o Japão
passou por um processo de
modernização e iniciou sua
própria experiência imperialista
no continente.