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EFEITOS DAS DROGAS
NO ORGANISMO
Prof. Olegário Versiani
DROGAS
(OMS)
• São todas as substâncias naturais ou
artificiais que tem a capacidade de
modificar o comportamento físico,
emocional e social das pessoas que
as consomem.
DANOS FÍSICOS
Doenças do aparelho cardiocirculatório
Doenças do aparelho respiratório
Doenças do aparelho digestivo
Doenças sexualmente transmissíveis
DANOS PSÍQUICOS
Transtornos do humor: depressão
Transtornos ansiosos: ansiedade; fobias;
pânico.
Comportamento anti-social
Transtornos psicóticos
DANOS SOCIAIS
Desagregação Familiar; abandono do lar
Diminuição da produtividade no trabalho;
aumento das licenças e faltas
Baixo desempenho escolar; repetência;
abandono dos estudos
Violência Doméstica e Social
P e s q u i s a de Uso D r o g a s
CEBRID - 2004
PREVALÊNCIA DE USO DE DROGAS NO BRASIL EM 2004
TIPO DE DROGA PREVALÊNCIA (%)
ÁLCOOL 67,9
TABACO 42
MACONHA 6,3
INALANTES 5,4
BENZODIAZ/ANSIOL
.
COCAÍNA
3,5
COCAÍNA 2,1
ESTIMULANTES 1,6
ANALG/OPIÁCEOS 1,4
ANTICOLINÉRGICOS 1,0
ALUCINÓGENOS 0,6
ANABOLIZANTES 0,3
107 CIDADES com mais de 200.000 hab. (41,3%)
Fonte: Prof. Carlini / CEBRID – SP
Álcool – 68 %
Maconha – 6,3%
INALANTES - 5,4 %
Anorexígenos – 3,5%
Cocaína – 2,1 %
Estimulantes – 1,6%
Opióides – 1,4%
Anabolizantes – 0,3 %
Experimentação
1ª
fase
2ª
fase
3ª
fase
4ª
fase
Uso ocasional
Uso regular
Dependência
ATUAÇÃO DA DROGA NO
SNC
D E P R E S S O R E S E S T I M U L A N T E S A L U C I N Ó G E N O S
C L A S S I F I C A Ç Ã O
ÓPIO
MORFINA
HEROÍNA
ÁLCOOL
BARBITÚRICOS
BENZODIAZE-
PÍNICOS
SOLVENTES
COCAÍNA
ANFETAMINA
ECSTASY
MERLA
CRACK
TABACO
LSD
MACONHA
CHÁS DE
COGUMELO
MESCALINA
AYAHUASCA
Vias Neuronais e Regiões
Cerebrais
NIDA, 2004
MOVIMENTOS
JULGAMENTOS
MEMÓRIA
DOR
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SENSAÇÕES
COORDENAÇÃO
RECOMPENSA
Drogas e SNC
Mecanismos de Liberação de Dopamina
Estimulados por Drogas Psicoativas -
Cocaína
NIDA, 2004
EFEITO DAS DROGAS
NO ORGANISMO
Opiáceos
Opiáceos ou drogas opiáceas são substâncias derivadas do
ópio. Todas produzem uma analgesia e uma hipnose . Em
função disso, recebem o nome de narcóticos.
Opiáceos naturais:
derivados do ópio que não sofreram nenhuma modificação
(ópio, pó de ópio, morfina, codeína)
Opiáceos semi-sintéticos:
resultantes de modificações parciais das substâncias
naturais (heroína)
Opiáceos sintéticos ou opióides:
totalmente sintéticos, são fabricados em laboratório e tem
ação semelhante à dos opiáceos (zipeprol, metadona)
NARCÓTICOS
EFEITOS - apresentam euforia inicial, seguida
de sonolência, depressão respiratória,
contração das pupilas e náuseas
OVERDOSE – respiração lenta e pouco profunda, pele
fria e úmida, convulsões, coma e possível óbito
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – dor nos olhos,
nariz gotejante, perda de apetite, irritabilidade,
tremores, pânico, alafrios, sudorese, câimbras e
náuseas.
Ansiolíticos
Aspectos históricos e culturais
Os ansiolíticos surgiram em 1950, com o meprobamato, que
praticamente desapareceu após a descoberta do
clorodiazepóxido, em 1959.
A partir daí, seguiu-se uma série de derivados que se mostraram
muito eficientes no controle da ansiedade, insônia e certos
distúrbios epilépticos.
O Diazepam foi o segundo a surgir, sendo o mais destacado
membro desse grupo de substâncias conhecido como
benzodiazepinas.
Valium, Diempax, Kiatrium, Noan, Diazepam, Calmociteno
(substância ativa - diazepam).
Psicosedim, Tensil, Relaxil (substância ativa -
clorodiazepóxido).
Lorax, Mesmerin, Relax (substância ativa - lorazepam).
Deptran, Lexotan, Lexpiride (substância ativa - bromazapam).
Rohipnol, Fluzerin (substância ativa - flunitrazepam).
NOMES COMERCIAIS
Barbitúricos
Aspectos históricos e culturais
Os barbitúricos foram descobertos no começo do século XX.
Origem do nome – Bárbara.
Em 1903, foi lançado no mercado farmacêutico o Veronal.
O próprio nome comercial era uma alusão à cidade de Verona,
sede da tragédia "Romeu e Julieta", onde a jovem toma uma
droga que induz um sono profundo, confundido com a morte
para, em seguida, despertar suavemente.
Os barbitúricos foram amplamente empregados como
hipnóticos até o aparecimento das benzodiazepinas, na década
de 60.
Nomes comerciais
Hipnóticos: Nembutal (substância ativa - pentobarbital);
tiopental - substância ativa (utilizado por via endovenosa,
exclusivamente por anestesistas para provocar anestesia em
cirurgia).
Antiepilépticos: Gardenal, Comital, Bromosedan (substância
ativa - fenobarbital).
D E P R E S S O R E S
EFEITOS – desorientação, estado de embriaguez,
descoordenação
OVERDOSE –respiração fraca, pele fria e úmida,
dilatação das pupilas, pulso fraco, coma e possível
óbito
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – ansiedade,
insônia , tremores, delírios, convulsões e possível
óbito.
Anfetaminas
Aspectos históricos e culturais
Sintetizada pela primeira vez em 1887, as anfetaminas são
drogas estimulantes, ou seja, alteram nosso psiquismo,
aumentando, estimulando ou acelerando o funcionamento do
cérebro e do sistema nervoso central.
São drogas sintéticas, fabricadas em laboratório, não sendo,
portanto, produtos naturais. Foi lançada no mercado
farmacêutico na forma de um inalador indicado como
descongestionante nasal, em 1932.
Em 1937, iniciou-se o comércio de benzedrina, um comprimido
para revigorar energias e elevar estados de humor. Foi usado,
durante a Segunda Guerra Mundial, pelas tropas alemãs para
combater a fadiga provocada pelo combate. Os Estados Unidos
também permitiram seu uso na Guerra da Coréia.
Nomes comerciais
Dualid, Inibex, Hipofagin, Moderine (substância ativa -
dietilpropiona).
Lipomax, Desobesi (substância ativa - fenproporex).
Dasten, Absten, Moderamin, Fagolipo, Inobesin, Lipese,
Diazinil (substância ativa - mazindol).
Uso terapêutico: anorexígeno (medicamento utilizado para
provocar a anorexia, que é aversão ao alimento).
Pervitin (substância ativa: metanfetamina) - "ice".
Não tem uso terapêutico.
Ritaline (substância ativa: metilfenidato).
Uso terapêutico: sistema hipercinético.
E S T I M U L A N T E S
EFEITOS – estado de alerta, excitação, euforia, pulso
rápido, pressão alta, insônia, inapetência.
OVERDOSE – agitação, aumento da temperatura
corporal, alucinações, convulsões e possível óbito.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – apatia, irritabilidade,
depressão e desorientação.
Alucinógenos
Os alucinógenos constituem um grupo de drogas, na sua maioria de
origem vegetal, que modificam por completo a capacidade de
ideação. Há modificações do curso do pensamento.
São as drogas mais potentes pois são usadas na quantidade de
microgramas (milésimo do miligrama). LSD-25 que é a droga padrão
do grupo, é utilizada na quantidade de 50 a 200 microgramas.
Todas as substâncias oriundas de cogumelo (exemplo: psilocibina),
de cacto (mescalina), de animais (exemplo: bufotenima), de arbusto
(exemplo: jurema) ou sintéticos (exemplo: LSD-25) têm aminas em
sua composição.
ALUCINÓGENOS
EFEITOS – ilusões e alucinações, dificuldade de percepção
das cores, do tempo, das distâncias (espaço)
OVERDOSE – viagem mais prolongada e intensa,
psicose e possível óbito.
CANNABIS
Maconha - Haxixe - Marinol
Delta – 9 - THC
C A N N A B I S
EFEITOS – euforia, supressão das inibições,
aumento do apetite e desorientação
OVERDOSE – fadiga, paranóia e possível psicose
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – insônia, hiperatividade
e ocasionalmente, disfunção do apetite.
S O L V E N T E S
COLA – THINNER - ACETONA
EFEITOS – euforia inicial, náuseas, desmaios,
taquicardia, descoordenação, inapetência e
depressão do SNC
OVERDOSE – sufocação, anemia, apoplexia,
danos nos rins, fígado e medula óssea.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – irritabilidade,
fome, depressão, insônia e enxaqueca.
R E F L E X Ã O
AÇÃO DOS TÓXICOS NO ORGANISMO
1.PENETRAÇÃO
2.ABSORÇÃO
3.DISTRIBUIÇÃO
4.FIXAÇÃO
5.TRANSFORMAÇÃO
6.ELIMINAÇÃO
LOCAL
ÁLCALIS
ÁCIDA
G E R A L
VIAS DE ABSORÇÃO
1. CUTÂNEA
2. DIGESTIVA
3. RESPIRATÓRIA
4. SUBCUTÂNEA
5. CONJUNTIVAL
6. RINOFARÍNGEA
7. UROGENITAL
8. SEROSA
9. DENTAL
10. PARENTERAL
VIAS DE ELIMINAÇÃO
• 1. TUBO DIGESTIVO ( P )
• 2. PELE (S)
• 3. GLÂNDULAS SALIVARES ( S )
• 4. GLÂNDULAS MAMÁRIAS ( S )
• 5. PULMÕES ( P )
• 6. RINS ( P )
• 7. FÂNEROS ( S )
Olega@pop.com.br
(61)9976-2600
Muito Obrigado
OLEGÁRIO VERSIANI
QUÍMICO -
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Farmacologia das drogas - Efeitos no organismo - Olegario Versiani

  • 1. EFEITOS DAS DROGAS NO ORGANISMO Prof. Olegário Versiani
  • 2. DROGAS (OMS) • São todas as substâncias naturais ou artificiais que tem a capacidade de modificar o comportamento físico, emocional e social das pessoas que as consomem.
  • 3. DANOS FÍSICOS Doenças do aparelho cardiocirculatório Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho digestivo Doenças sexualmente transmissíveis
  • 4. DANOS PSÍQUICOS Transtornos do humor: depressão Transtornos ansiosos: ansiedade; fobias; pânico. Comportamento anti-social Transtornos psicóticos
  • 5. DANOS SOCIAIS Desagregação Familiar; abandono do lar Diminuição da produtividade no trabalho; aumento das licenças e faltas Baixo desempenho escolar; repetência; abandono dos estudos Violência Doméstica e Social
  • 6. P e s q u i s a de Uso D r o g a s CEBRID - 2004
  • 7. PREVALÊNCIA DE USO DE DROGAS NO BRASIL EM 2004 TIPO DE DROGA PREVALÊNCIA (%) ÁLCOOL 67,9 TABACO 42 MACONHA 6,3 INALANTES 5,4 BENZODIAZ/ANSIOL . COCAÍNA 3,5 COCAÍNA 2,1 ESTIMULANTES 1,6 ANALG/OPIÁCEOS 1,4 ANTICOLINÉRGICOS 1,0 ALUCINÓGENOS 0,6 ANABOLIZANTES 0,3 107 CIDADES com mais de 200.000 hab. (41,3%) Fonte: Prof. Carlini / CEBRID – SP
  • 17. ATUAÇÃO DA DROGA NO SNC D E P R E S S O R E S E S T I M U L A N T E S A L U C I N Ó G E N O S C L A S S I F I C A Ç Ã O ÓPIO MORFINA HEROÍNA ÁLCOOL BARBITÚRICOS BENZODIAZE- PÍNICOS SOLVENTES COCAÍNA ANFETAMINA ECSTASY MERLA CRACK TABACO LSD MACONHA CHÁS DE COGUMELO MESCALINA AYAHUASCA
  • 18. Vias Neuronais e Regiões Cerebrais NIDA, 2004 MOVIMENTOS JULGAMENTOS MEMÓRIA DOR VISÃO SENSAÇÕES COORDENAÇÃO RECOMPENSA
  • 20. Mecanismos de Liberação de Dopamina Estimulados por Drogas Psicoativas - Cocaína NIDA, 2004
  • 21. EFEITO DAS DROGAS NO ORGANISMO
  • 22. Opiáceos Opiáceos ou drogas opiáceas são substâncias derivadas do ópio. Todas produzem uma analgesia e uma hipnose . Em função disso, recebem o nome de narcóticos. Opiáceos naturais: derivados do ópio que não sofreram nenhuma modificação (ópio, pó de ópio, morfina, codeína) Opiáceos semi-sintéticos: resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (heroína) Opiáceos sintéticos ou opióides: totalmente sintéticos, são fabricados em laboratório e tem ação semelhante à dos opiáceos (zipeprol, metadona)
  • 23. NARCÓTICOS EFEITOS - apresentam euforia inicial, seguida de sonolência, depressão respiratória, contração das pupilas e náuseas OVERDOSE – respiração lenta e pouco profunda, pele fria e úmida, convulsões, coma e possível óbito SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – dor nos olhos, nariz gotejante, perda de apetite, irritabilidade, tremores, pânico, alafrios, sudorese, câimbras e náuseas.
  • 24. Ansiolíticos Aspectos históricos e culturais Os ansiolíticos surgiram em 1950, com o meprobamato, que praticamente desapareceu após a descoberta do clorodiazepóxido, em 1959. A partir daí, seguiu-se uma série de derivados que se mostraram muito eficientes no controle da ansiedade, insônia e certos distúrbios epilépticos. O Diazepam foi o segundo a surgir, sendo o mais destacado membro desse grupo de substâncias conhecido como benzodiazepinas.
  • 25. Valium, Diempax, Kiatrium, Noan, Diazepam, Calmociteno (substância ativa - diazepam). Psicosedim, Tensil, Relaxil (substância ativa - clorodiazepóxido). Lorax, Mesmerin, Relax (substância ativa - lorazepam). Deptran, Lexotan, Lexpiride (substância ativa - bromazapam). Rohipnol, Fluzerin (substância ativa - flunitrazepam). NOMES COMERCIAIS
  • 26. Barbitúricos Aspectos históricos e culturais Os barbitúricos foram descobertos no começo do século XX. Origem do nome – Bárbara. Em 1903, foi lançado no mercado farmacêutico o Veronal. O próprio nome comercial era uma alusão à cidade de Verona, sede da tragédia "Romeu e Julieta", onde a jovem toma uma droga que induz um sono profundo, confundido com a morte para, em seguida, despertar suavemente. Os barbitúricos foram amplamente empregados como hipnóticos até o aparecimento das benzodiazepinas, na década de 60.
  • 27. Nomes comerciais Hipnóticos: Nembutal (substância ativa - pentobarbital); tiopental - substância ativa (utilizado por via endovenosa, exclusivamente por anestesistas para provocar anestesia em cirurgia). Antiepilépticos: Gardenal, Comital, Bromosedan (substância ativa - fenobarbital).
  • 28. D E P R E S S O R E S EFEITOS – desorientação, estado de embriaguez, descoordenação OVERDOSE –respiração fraca, pele fria e úmida, dilatação das pupilas, pulso fraco, coma e possível óbito SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – ansiedade, insônia , tremores, delírios, convulsões e possível óbito.
  • 29. Anfetaminas Aspectos históricos e culturais Sintetizada pela primeira vez em 1887, as anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, alteram nosso psiquismo, aumentando, estimulando ou acelerando o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso central. São drogas sintéticas, fabricadas em laboratório, não sendo, portanto, produtos naturais. Foi lançada no mercado farmacêutico na forma de um inalador indicado como descongestionante nasal, em 1932. Em 1937, iniciou-se o comércio de benzedrina, um comprimido para revigorar energias e elevar estados de humor. Foi usado, durante a Segunda Guerra Mundial, pelas tropas alemãs para combater a fadiga provocada pelo combate. Os Estados Unidos também permitiram seu uso na Guerra da Coréia.
  • 30. Nomes comerciais Dualid, Inibex, Hipofagin, Moderine (substância ativa - dietilpropiona). Lipomax, Desobesi (substância ativa - fenproporex). Dasten, Absten, Moderamin, Fagolipo, Inobesin, Lipese, Diazinil (substância ativa - mazindol). Uso terapêutico: anorexígeno (medicamento utilizado para provocar a anorexia, que é aversão ao alimento). Pervitin (substância ativa: metanfetamina) - "ice". Não tem uso terapêutico. Ritaline (substância ativa: metilfenidato). Uso terapêutico: sistema hipercinético.
  • 31. E S T I M U L A N T E S EFEITOS – estado de alerta, excitação, euforia, pulso rápido, pressão alta, insônia, inapetência. OVERDOSE – agitação, aumento da temperatura corporal, alucinações, convulsões e possível óbito. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – apatia, irritabilidade, depressão e desorientação.
  • 32. Alucinógenos Os alucinógenos constituem um grupo de drogas, na sua maioria de origem vegetal, que modificam por completo a capacidade de ideação. Há modificações do curso do pensamento. São as drogas mais potentes pois são usadas na quantidade de microgramas (milésimo do miligrama). LSD-25 que é a droga padrão do grupo, é utilizada na quantidade de 50 a 200 microgramas. Todas as substâncias oriundas de cogumelo (exemplo: psilocibina), de cacto (mescalina), de animais (exemplo: bufotenima), de arbusto (exemplo: jurema) ou sintéticos (exemplo: LSD-25) têm aminas em sua composição.
  • 33. ALUCINÓGENOS EFEITOS – ilusões e alucinações, dificuldade de percepção das cores, do tempo, das distâncias (espaço) OVERDOSE – viagem mais prolongada e intensa, psicose e possível óbito.
  • 34. CANNABIS Maconha - Haxixe - Marinol Delta – 9 - THC
  • 35. C A N N A B I S EFEITOS – euforia, supressão das inibições, aumento do apetite e desorientação OVERDOSE – fadiga, paranóia e possível psicose SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – insônia, hiperatividade e ocasionalmente, disfunção do apetite.
  • 36. S O L V E N T E S COLA – THINNER - ACETONA EFEITOS – euforia inicial, náuseas, desmaios, taquicardia, descoordenação, inapetência e depressão do SNC OVERDOSE – sufocação, anemia, apoplexia, danos nos rins, fígado e medula óssea. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA – irritabilidade, fome, depressão, insônia e enxaqueca.
  • 37. R E F L E X Ã O
  • 38. AÇÃO DOS TÓXICOS NO ORGANISMO 1.PENETRAÇÃO 2.ABSORÇÃO 3.DISTRIBUIÇÃO 4.FIXAÇÃO 5.TRANSFORMAÇÃO 6.ELIMINAÇÃO LOCAL ÁLCALIS ÁCIDA G E R A L
  • 39. VIAS DE ABSORÇÃO 1. CUTÂNEA 2. DIGESTIVA 3. RESPIRATÓRIA 4. SUBCUTÂNEA 5. CONJUNTIVAL 6. RINOFARÍNGEA 7. UROGENITAL 8. SEROSA 9. DENTAL 10. PARENTERAL
  • 40. VIAS DE ELIMINAÇÃO • 1. TUBO DIGESTIVO ( P ) • 2. PELE (S) • 3. GLÂNDULAS SALIVARES ( S ) • 4. GLÂNDULAS MAMÁRIAS ( S ) • 5. PULMÕES ( P ) • 6. RINS ( P ) • 7. FÂNEROS ( S )