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Prevenção de Comportamentos Aditivos
Substâncias Psicoativas e Padrões de Consumo
Andreia Ribeiro
Agosto 2016
Dependência – o que é?
A Organização Mundial de Saúde define o conceito de dependência como
sendo um estado psíquico e por vezes físico, caracterizado por
comportamentos e respostas que incluem sempre a compulsão e
necessidade de tomar a droga, de forma contínua ou periódica, de modo a
experimentar efeitos físicos ou para evitar o desconforto da sua ausência,
podendo a tolerância estar ou não presente.
Dependências
As dependências são um fenómeno multifactoral e multidimensional, isto é, são vários os fatores
envolvidos que podem levar ao consumo de substâncias que conduzem à dependência.
Existem três elementos fundamentais no uso de qualquer droga, legal ou ilegal, medicinal ou não
medicinal:
“ Ainda mais do que drogas perigosas, há formas perigosas de as consumir.” (Luís Fernandes)
A Substância
O Indivíduo
O Contexto
Consumo de substâncias com determinadas propriedades farmacológicas
Características pessoais dos indivíduos que consomem essas substâncias
A natureza do contexto sociocultural em que tais consumos se produzem
Dependências
Substâncias Psicoativas – definindo drogas
“Toda a substância introduzida voluntariamente no organismo que provoca alterações
nas suas funções/alterações psicológicas, podendo gerar dependência ou não” (OMS)
“Qualquer substância que, independentemente da via de administração, altere o
humor, o nível de perceção ou o funcionamento do sistema nervoso” (Marques-Teixeira)
Estas definições englobam substâncias ditas lícitas - bebidas alcoólicas, tabaco e
certos medicamentos – e, igualmente, as substâncias ilícitas como a cocaína, LDS,
ecstasy, opiáceos, entre outras.
Duplo sentido: remédio e veneno
“A dose faz o veneno” (Paracelso, séc. XV)
A fronteira para que um fármaco passe de remédio a veneno depende de:
Dose
Ocasião em que se consome
Pureza/concentração da substância
Condições de acessibilidade e padrões culturais de uso (Escohotado)
“Qualquer substância que uma dada formação social afirma que é droga” (Howard Becker)
Definindo drogas
Definindo drogas - classificação
Depressoras
Drogas de Paz
Opiáceos (heroína,
morfina, ópio)
Barbitúricos
Benzodiazepinas
Metadona
Buprenorfina
Álcool
GHB (Gama –
hidroxibutírico)
Estimulantes
Drogas de Energia
Cocaína (base de coca,
crack)
Anfetaminas
Cafeína
Ecstasy (MDMA)
Nicotina
Perturbadoras
Drogas de Viagem
Haxixe
LSD (ácido lisérgico)
Mescalina
Cogumelos mágicos
Ecstasy
Cannabis
Poppers
Ketamina
Depressoras
Drogas de Paz
Diminuição das barreiras dos
sistemas normativos do
comportamento
Diminuição do nível de vigília
Supressão da dor
Sensação de bem estar
aumentado e indiferença a
situações ansiogénicas
Estimulantes
Drogas de Energia
Aumento da vigília/
diminuição da necessidade
de sono
Aumento da atividade/
energia e da produção da
fala
Euforia e bem-estar geral
Diminuição do apetite
Ansiedade/agitação
Aumento/exagero da reação
face ao perigo
A longo prazo: distúrbios
psicológicos (depressão,
psicose)
Perturbadoras
Drogas de Viagem
Intensificação das cores e
sons, distorção das formas
Lentificação da perceção de
tempo
Sinestesias frequentes
Ilusões, pseudo-perceções e
alucinações
Distorção paranoide do
pensamento
Good-trip/ bad-trip
Psicoses induzidas
Flash-backs
Definindo drogas - efeitos
Fortemente enraizado na nossa cultura, o álcool é a substância mais consumida em Portugal.
Atualmente ainda é considerado presença indispensável em festas e comemorações e
frequentemente se constata o seu USO EXCESSIVO
Álcool - Etanol
Por se tratar de uma substância legal, uma grande parte das pessoas não valoriza os riscos
que representa para a saúde
É uma droga depressora do SNC – a aparente estimulação conseguida com o álcool é, na
realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controlo inibitório do SNC
Afeta, progressivamente, as capacidades sensoriais, percetivas, cognitivas e motoras,
incluindo o controlo muscular e o equilíbrio do corpo. Um estado inicial de desinibição,
euforia e sensação de segurança em si próprio dará lugar a efeitos como sonolência, visão
turva, descoordenação muscular, diminuição das capacidades de reação e atenção,
fenómenos de amnésia, etc.
Álcool - efeitos
Pode ainda despoletar respostas emocionais mais intensas
como por exemplo, agressividade ou depressividade
Em quantidades elevadas
vómito I cefaleias I falta de coordenação I lentificação dos
reflexos I vertigens I visão dupla I perda do equilíbrio
Intoxicação aguda
amnésia dos acontecimentos I perda de consciência I coma
etílico I risco de morte por depressão cardiorrespiratória
A longo prazo
deterioração e atrofia do cérebro I diminuição da capacidade
imunitária I alterações cardíacas e hepáticas
A nível psicológico e neurológico
irritabilidade I delírio de ciúme I ideação paranoide I
demência alcoólica
Álcool - efeitos
12 a 16 gramas de álcool por unidade
Álcool – unidade padrão
Álcool – alcoolemia
A absorção do álcool dá-se no estômago e intestino delgado. Os alimentos podem atrasar
essa absorção, por isso, beber de estômago vazio acelera os efeitos do álcool.
Do álcool consumido, 90% é metabolizado pelo fígado e apenas 10% é eliminado pela
respiração, suor e urina
O organismo elimina, em média, 0,1 g/l de álcool por hora, e não há forma de acelerar este
processo.
Assim, se uma pessoa tiver uma taxa de alcoolemia de 0.5g/l, são necessárias 5 horas para
atingir uma alcoolemia de 0,0g/l
Consumo de baixo risco 3 unid/dia
15/semana
(2 dias/ semana sem consumir)
2 unid/dia
10/semana
(2 dias / semana sem consumir)
Homem
Mulher
Consumo de risco 3-7 unid/dia
22 –49/semana
2-5 unid/dia
15 – 35/semana
Homem
Mulher
Consumo nocivo + 7 unid/dia
+ de 50/ semana
+5 unid/dia
+ 35/ semana
Homem
Mulher
(OMS: Guide to mental health in primary care)
Álcool - Níveis de risco
Álcool – consequências
Irritabilidade, insónia, delírio de ciúme, paranoia, psicose
…nos casos mais graves, encefalopatias com deterioração
Lesões hepáticas, gástricas, pancreáticas, ósseas, hematológicas, cerebrais,
síndrome de privação com grande risco de vida
Desintegração familiar, crises, maus tratos, absentismo laboral…
Aumento de acidentes rodoviários, comportamentos violentos e/ou criminosos
(ex. violações), alterações da ordem, etc.
Comportamentos sexuais de risco (IST’s, gravidez indesejada, etc.)
Cannabis
haxixe, chamon, liamba, marijuana, erva, ganza, charro
Cannabis Sativa - princípio ativo THC (Delta-9-tetrahidrocannabinol)
APRESENTAÇÃO: marijuana – erva; haxixe – chamon; pólen; bolota ; óleo de haxixe
ADMINISTRAÇÃO – fumada, podendo ser também ingerida em infusão, bolos…
PEQUENAS DOSES
relaxamento I euforia I desinibição I maior sensibilidade aos estímulos externos
I alteração da memória imediata I alterações físicas (aumento da frequência
cardíaca) I aumento do apetite
DOSES ELEVADAS
alucinações I ansiedade I paranóia I náuseas I descoordenação motora
Cannabis - efeitos
Cannabis – consumo continuado
perturbações da memória I alteração do humor I perturbação de ansiedade I
deterioração das competências sociais I diminuição da concentração I
síndroma amotivacional I redução da mobilidade dos espermatozoides I
alterações neuronais I psicoses
Heroína - Castanha, Cavalo
ORIGEM – derivado do ópio (papaver somniferum, papoila dormidera)
APRESENTAÇÃO – pó branco ou castanho
ADMINISTRAÇÃO - fumada ou injetada
TOLERÂNCIA – desenvolve-se rapidamente e causa forte dependência física e psicológica, com
intenso síndrome de privação
Heroína - Efeitos
Analgesia
Euforia
Sonolência e sensação de tranquilidade
Embotamento mental
Diminuição do sentimento de desconfiança
Náuseas e vómitos
Depressão respiratória (causa de morte por
overdose)
Heroína – Efeitos
Uso continuado
Síndrome de privação
Letargia
Degradação física, psicológica e social
Disfunções sexuais
Amenorreia
Benzodiazepinas - Drunfos
Medicamentos com efeito depressor do Sistema Nervoso Central - tranquilizantes e ansiolíticos
Grupo de fármacos mais prescritos e abusados em todo o mundo
EFEITOS – Em doses elevadas: lentificação psicomotora, visão turva, depressão respiratória
Uso continuado: forte dependência física e psíquica, apatia e confusão
São muitas vezes associadas ao consumo de álcool
GHB Ácido Gama- Hidroxibutírico
APRESENTAÇÃO – fármaco anestésico, vendido em pequenas garrafas, contendo um líquido
incolor e sem cheiro e com um sabor ligeiramente salgado
DURAÇÃO DOS EFEITOS – 10 m., podendo durar mais de um dia
EFEITOS – em pequenas doses pode ter um efeito semelhante ao do XTC, podendo provocar
alterações de estado da consciência e de autodeterminação
Cocaína - Coca, Branca, Gulosa, Base
ORIGEM – folha do arbusto da coca (Erythroxylon Coca)
APRESENTAÇÃO – pó branco cristalino
ADMINISTRAÇÃO – inalada em pó, injetada quando diluída, fumada em base ou crack
TOLERÂNCIA – desenvolve-se rapidamente e causa forte dependência psicológica
ABSTINÊNCIA – não apresenta sinais físicos, mas há alterações psicológicas: irritabilidade,
ansiedade, agitação, surtos psicóticos e intensos desejos de consumo, hipersonolência, apatia,
depressão
Cocaína - Efeitos
Euforia
Agitação
Desinibição
Autoconfiança
Excitação sexual
Alterações do humor
Ansiedade e/ou pânico
Alterações físicas: palpitações, taquicardia, arritmias,
hipertensão, tremores, sudação e insónia
Cocaína – Consumo continuado
Euforia
Depressão / Ansiedade / Psicose
Perturbações cardiovasculares
Complicações associadas ao modo de uso
Consequências sociais, laborais, jurídicas
Ecstasy - MDMA, XTC, PASTILHAS
A MDMA (metilenodioximetanfetamina) é uma substância sintética, também conhecida por Ecstasy.
Deriva das anfetaminas - não tendo apenas efeitos estimulantes mas também psicadélicos
Substância empatogénea – favorece a comunicação, o contacto social e a empatia
Apresentação: cristal, cápsulas ou pastilhas
Administração: usualmente via oral, mas também pode ser snifada, fumada ou injetada
Ecstasy - Efeitos
Bom humor, euforia
Empatia, abertura emocional
Desejo de proximidade e contacto com os outros,
Sentimento de transcendência e ligação com o mundo
Aumento da sensibilidade aos estímulos
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Ecstasy - Efeitos
Lapsos de memória
Aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial
Desidratação, temperatura corporal desregulada
Perda de apetite, náuseas e vómitos
Dilatação das pupilas
Dificuldade de focagem ocular
Rigidez muscular e mandibular
LSD - Dietilamida de Ácido Lisérgico, ácidos, trips
Droga psicadélica que altera a perceção da realidade
ORIGEM – sintetizado a partir de um fungo do centeio
APRESENTAÇÃO – embebido em pequenos quadrados de papel, cápsulas, gotas e gel
ADMINISTRAÇÃO – oral
TOLERÂNCIA – parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. Pode criar dependência psicológica
mas não cria dependência física
LSD - Efeitos
IDT
Ilusões e alucinações
Aumento da sensibilidade sensorial
Alteração da noção do espaço e do tempo
Dificuldades de concentração e do controlo do
pensamento
Taquicardia
DURAÇÃO DOS EFEITOS – Aproximadamente 30 m. após o consumo,
prolongando-se por 8/12 h, com possibilidade de flashbacks
LSD – Efeitos
Consumo continuado
IDT
Alucinações
Pânico
Psicose
Flashbacks
Cogumelos Mágicos
Droga Psicadélica que provoca alterações da perceção (cores e formas)
ORIGEM – dezenas de espécies, subdivididas em 2 grupos: os que contêm muscarina (Amanita
Muscaria) e os que contêm psilocibina
MODO DE ADMINISTRAÇÃO – oral (podem ser ingeridos crus, secos, cozinhados ou em infusão)
Cogumelos Mágicos -Efeitos
PEQUENAS DOSES
Alterações da perceção
mistura de sensações
relaxamento, bem-estar e auto-confiança
DOSES ELEVADAS
alterações da perceção visual e auditiva, ilusões
ansiedade e pânico
náuseas e vómitos
sintomas paranóides e estados psicóticos ou
depressivos (uso continuado)
Ketamina - special K
APRESENTAÇÃO – fármaco anestésico usado em veterinária, com a forma de um pó branco
ou de um líquido. Algumas vezes vendido como XTC
ADMINISTRAÇÃO – inalação, injeção ou por via oral
EFEITOS – efeitos dissociativos e hipnóticos, distorção da imagem corporal, alucinações,
descoordenação motora e perturbações psicóticas
Substâncias baseadas em plantas – Salvia Divinorum, Khat,
Kratom
Canabinoides sintéticos
Catinonas sintéticas - Mefedrona
Fenetilaminas
Piperazinas
Outras Substâncias - Ketamina, GHB
Substâncias mistas – Aminoidanas, fenciclidinas e
triptaminas
Novas Substâncias Psicoativas
2011
PLV P12M P30D
Tâmega Média Norte Tâmega Média Norte Tâmega
Média
Norte
Álcool 67,4 64,1 57,5 53,4 39,1 34,6
Tabaco 40,5 38,9 30,2 28,9 19,8 18,5
Cannabis 5,9 7,4 5,3 6,5 4,5 4,7
Consumo de substâncias : alguns dados
Prevalências dos consumo de substâncias em alunos do 3.º ciclo do ensino básico
Fonte: Inquérito Nacional em Meio escolar. 2012
Obrigada pela vossa atenção
andreia.ribeiro@arsnorte.min-saude.pt
Divisão para a Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências
ARS Norte, IP

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Prevenção de Comportamentos Aditivos e Padrões de Consumo

  • 1. Prevenção de Comportamentos Aditivos Substâncias Psicoativas e Padrões de Consumo Andreia Ribeiro Agosto 2016
  • 3. A Organização Mundial de Saúde define o conceito de dependência como sendo um estado psíquico e por vezes físico, caracterizado por comportamentos e respostas que incluem sempre a compulsão e necessidade de tomar a droga, de forma contínua ou periódica, de modo a experimentar efeitos físicos ou para evitar o desconforto da sua ausência, podendo a tolerância estar ou não presente. Dependências
  • 4.
  • 5. As dependências são um fenómeno multifactoral e multidimensional, isto é, são vários os fatores envolvidos que podem levar ao consumo de substâncias que conduzem à dependência. Existem três elementos fundamentais no uso de qualquer droga, legal ou ilegal, medicinal ou não medicinal: “ Ainda mais do que drogas perigosas, há formas perigosas de as consumir.” (Luís Fernandes) A Substância O Indivíduo O Contexto Consumo de substâncias com determinadas propriedades farmacológicas Características pessoais dos indivíduos que consomem essas substâncias A natureza do contexto sociocultural em que tais consumos se produzem Dependências
  • 6. Substâncias Psicoativas – definindo drogas “Toda a substância introduzida voluntariamente no organismo que provoca alterações nas suas funções/alterações psicológicas, podendo gerar dependência ou não” (OMS) “Qualquer substância que, independentemente da via de administração, altere o humor, o nível de perceção ou o funcionamento do sistema nervoso” (Marques-Teixeira) Estas definições englobam substâncias ditas lícitas - bebidas alcoólicas, tabaco e certos medicamentos – e, igualmente, as substâncias ilícitas como a cocaína, LDS, ecstasy, opiáceos, entre outras.
  • 7. Duplo sentido: remédio e veneno “A dose faz o veneno” (Paracelso, séc. XV) A fronteira para que um fármaco passe de remédio a veneno depende de: Dose Ocasião em que se consome Pureza/concentração da substância Condições de acessibilidade e padrões culturais de uso (Escohotado) “Qualquer substância que uma dada formação social afirma que é droga” (Howard Becker) Definindo drogas
  • 8. Definindo drogas - classificação Depressoras Drogas de Paz Opiáceos (heroína, morfina, ópio) Barbitúricos Benzodiazepinas Metadona Buprenorfina Álcool GHB (Gama – hidroxibutírico) Estimulantes Drogas de Energia Cocaína (base de coca, crack) Anfetaminas Cafeína Ecstasy (MDMA) Nicotina Perturbadoras Drogas de Viagem Haxixe LSD (ácido lisérgico) Mescalina Cogumelos mágicos Ecstasy Cannabis Poppers Ketamina
  • 9. Depressoras Drogas de Paz Diminuição das barreiras dos sistemas normativos do comportamento Diminuição do nível de vigília Supressão da dor Sensação de bem estar aumentado e indiferença a situações ansiogénicas Estimulantes Drogas de Energia Aumento da vigília/ diminuição da necessidade de sono Aumento da atividade/ energia e da produção da fala Euforia e bem-estar geral Diminuição do apetite Ansiedade/agitação Aumento/exagero da reação face ao perigo A longo prazo: distúrbios psicológicos (depressão, psicose) Perturbadoras Drogas de Viagem Intensificação das cores e sons, distorção das formas Lentificação da perceção de tempo Sinestesias frequentes Ilusões, pseudo-perceções e alucinações Distorção paranoide do pensamento Good-trip/ bad-trip Psicoses induzidas Flash-backs Definindo drogas - efeitos
  • 10. Fortemente enraizado na nossa cultura, o álcool é a substância mais consumida em Portugal. Atualmente ainda é considerado presença indispensável em festas e comemorações e frequentemente se constata o seu USO EXCESSIVO Álcool - Etanol Por se tratar de uma substância legal, uma grande parte das pessoas não valoriza os riscos que representa para a saúde
  • 11. É uma droga depressora do SNC – a aparente estimulação conseguida com o álcool é, na realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controlo inibitório do SNC Afeta, progressivamente, as capacidades sensoriais, percetivas, cognitivas e motoras, incluindo o controlo muscular e o equilíbrio do corpo. Um estado inicial de desinibição, euforia e sensação de segurança em si próprio dará lugar a efeitos como sonolência, visão turva, descoordenação muscular, diminuição das capacidades de reação e atenção, fenómenos de amnésia, etc. Álcool - efeitos Pode ainda despoletar respostas emocionais mais intensas como por exemplo, agressividade ou depressividade
  • 12. Em quantidades elevadas vómito I cefaleias I falta de coordenação I lentificação dos reflexos I vertigens I visão dupla I perda do equilíbrio Intoxicação aguda amnésia dos acontecimentos I perda de consciência I coma etílico I risco de morte por depressão cardiorrespiratória A longo prazo deterioração e atrofia do cérebro I diminuição da capacidade imunitária I alterações cardíacas e hepáticas A nível psicológico e neurológico irritabilidade I delírio de ciúme I ideação paranoide I demência alcoólica Álcool - efeitos
  • 13. 12 a 16 gramas de álcool por unidade Álcool – unidade padrão
  • 14. Álcool – alcoolemia A absorção do álcool dá-se no estômago e intestino delgado. Os alimentos podem atrasar essa absorção, por isso, beber de estômago vazio acelera os efeitos do álcool. Do álcool consumido, 90% é metabolizado pelo fígado e apenas 10% é eliminado pela respiração, suor e urina O organismo elimina, em média, 0,1 g/l de álcool por hora, e não há forma de acelerar este processo. Assim, se uma pessoa tiver uma taxa de alcoolemia de 0.5g/l, são necessárias 5 horas para atingir uma alcoolemia de 0,0g/l
  • 15. Consumo de baixo risco 3 unid/dia 15/semana (2 dias/ semana sem consumir) 2 unid/dia 10/semana (2 dias / semana sem consumir) Homem Mulher Consumo de risco 3-7 unid/dia 22 –49/semana 2-5 unid/dia 15 – 35/semana Homem Mulher Consumo nocivo + 7 unid/dia + de 50/ semana +5 unid/dia + 35/ semana Homem Mulher (OMS: Guide to mental health in primary care) Álcool - Níveis de risco
  • 16. Álcool – consequências Irritabilidade, insónia, delírio de ciúme, paranoia, psicose …nos casos mais graves, encefalopatias com deterioração Lesões hepáticas, gástricas, pancreáticas, ósseas, hematológicas, cerebrais, síndrome de privação com grande risco de vida Desintegração familiar, crises, maus tratos, absentismo laboral… Aumento de acidentes rodoviários, comportamentos violentos e/ou criminosos (ex. violações), alterações da ordem, etc. Comportamentos sexuais de risco (IST’s, gravidez indesejada, etc.)
  • 17. Cannabis haxixe, chamon, liamba, marijuana, erva, ganza, charro Cannabis Sativa - princípio ativo THC (Delta-9-tetrahidrocannabinol) APRESENTAÇÃO: marijuana – erva; haxixe – chamon; pólen; bolota ; óleo de haxixe ADMINISTRAÇÃO – fumada, podendo ser também ingerida em infusão, bolos…
  • 18. PEQUENAS DOSES relaxamento I euforia I desinibição I maior sensibilidade aos estímulos externos I alteração da memória imediata I alterações físicas (aumento da frequência cardíaca) I aumento do apetite DOSES ELEVADAS alucinações I ansiedade I paranóia I náuseas I descoordenação motora Cannabis - efeitos
  • 19. Cannabis – consumo continuado perturbações da memória I alteração do humor I perturbação de ansiedade I deterioração das competências sociais I diminuição da concentração I síndroma amotivacional I redução da mobilidade dos espermatozoides I alterações neuronais I psicoses
  • 20. Heroína - Castanha, Cavalo ORIGEM – derivado do ópio (papaver somniferum, papoila dormidera) APRESENTAÇÃO – pó branco ou castanho ADMINISTRAÇÃO - fumada ou injetada TOLERÂNCIA – desenvolve-se rapidamente e causa forte dependência física e psicológica, com intenso síndrome de privação
  • 21. Heroína - Efeitos Analgesia Euforia Sonolência e sensação de tranquilidade Embotamento mental Diminuição do sentimento de desconfiança Náuseas e vómitos Depressão respiratória (causa de morte por overdose)
  • 22. Heroína – Efeitos Uso continuado Síndrome de privação Letargia Degradação física, psicológica e social Disfunções sexuais Amenorreia
  • 23. Benzodiazepinas - Drunfos Medicamentos com efeito depressor do Sistema Nervoso Central - tranquilizantes e ansiolíticos Grupo de fármacos mais prescritos e abusados em todo o mundo EFEITOS – Em doses elevadas: lentificação psicomotora, visão turva, depressão respiratória Uso continuado: forte dependência física e psíquica, apatia e confusão São muitas vezes associadas ao consumo de álcool
  • 24. GHB Ácido Gama- Hidroxibutírico APRESENTAÇÃO – fármaco anestésico, vendido em pequenas garrafas, contendo um líquido incolor e sem cheiro e com um sabor ligeiramente salgado DURAÇÃO DOS EFEITOS – 10 m., podendo durar mais de um dia EFEITOS – em pequenas doses pode ter um efeito semelhante ao do XTC, podendo provocar alterações de estado da consciência e de autodeterminação
  • 25. Cocaína - Coca, Branca, Gulosa, Base ORIGEM – folha do arbusto da coca (Erythroxylon Coca) APRESENTAÇÃO – pó branco cristalino ADMINISTRAÇÃO – inalada em pó, injetada quando diluída, fumada em base ou crack TOLERÂNCIA – desenvolve-se rapidamente e causa forte dependência psicológica ABSTINÊNCIA – não apresenta sinais físicos, mas há alterações psicológicas: irritabilidade, ansiedade, agitação, surtos psicóticos e intensos desejos de consumo, hipersonolência, apatia, depressão
  • 26. Cocaína - Efeitos Euforia Agitação Desinibição Autoconfiança Excitação sexual Alterações do humor Ansiedade e/ou pânico Alterações físicas: palpitações, taquicardia, arritmias, hipertensão, tremores, sudação e insónia
  • 27. Cocaína – Consumo continuado Euforia Depressão / Ansiedade / Psicose Perturbações cardiovasculares Complicações associadas ao modo de uso Consequências sociais, laborais, jurídicas
  • 28. Ecstasy - MDMA, XTC, PASTILHAS A MDMA (metilenodioximetanfetamina) é uma substância sintética, também conhecida por Ecstasy. Deriva das anfetaminas - não tendo apenas efeitos estimulantes mas também psicadélicos Substância empatogénea – favorece a comunicação, o contacto social e a empatia Apresentação: cristal, cápsulas ou pastilhas Administração: usualmente via oral, mas também pode ser snifada, fumada ou injetada
  • 29. Ecstasy - Efeitos Bom humor, euforia Empatia, abertura emocional Desejo de proximidade e contacto com os outros, Sentimento de transcendência e ligação com o mundo Aumento da sensibilidade aos estímulos Insights (momentos de entendimento intuitivo)
  • 30. Ecstasy - Efeitos Lapsos de memória Aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial Desidratação, temperatura corporal desregulada Perda de apetite, náuseas e vómitos Dilatação das pupilas Dificuldade de focagem ocular Rigidez muscular e mandibular
  • 31. LSD - Dietilamida de Ácido Lisérgico, ácidos, trips Droga psicadélica que altera a perceção da realidade ORIGEM – sintetizado a partir de um fungo do centeio APRESENTAÇÃO – embebido em pequenos quadrados de papel, cápsulas, gotas e gel ADMINISTRAÇÃO – oral TOLERÂNCIA – parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física
  • 32. LSD - Efeitos IDT Ilusões e alucinações Aumento da sensibilidade sensorial Alteração da noção do espaço e do tempo Dificuldades de concentração e do controlo do pensamento Taquicardia DURAÇÃO DOS EFEITOS – Aproximadamente 30 m. após o consumo, prolongando-se por 8/12 h, com possibilidade de flashbacks
  • 33. LSD – Efeitos Consumo continuado IDT Alucinações Pânico Psicose Flashbacks
  • 34. Cogumelos Mágicos Droga Psicadélica que provoca alterações da perceção (cores e formas) ORIGEM – dezenas de espécies, subdivididas em 2 grupos: os que contêm muscarina (Amanita Muscaria) e os que contêm psilocibina MODO DE ADMINISTRAÇÃO – oral (podem ser ingeridos crus, secos, cozinhados ou em infusão)
  • 35. Cogumelos Mágicos -Efeitos PEQUENAS DOSES Alterações da perceção mistura de sensações relaxamento, bem-estar e auto-confiança DOSES ELEVADAS alterações da perceção visual e auditiva, ilusões ansiedade e pânico náuseas e vómitos sintomas paranóides e estados psicóticos ou depressivos (uso continuado)
  • 36. Ketamina - special K APRESENTAÇÃO – fármaco anestésico usado em veterinária, com a forma de um pó branco ou de um líquido. Algumas vezes vendido como XTC ADMINISTRAÇÃO – inalação, injeção ou por via oral EFEITOS – efeitos dissociativos e hipnóticos, distorção da imagem corporal, alucinações, descoordenação motora e perturbações psicóticas
  • 37. Substâncias baseadas em plantas – Salvia Divinorum, Khat, Kratom Canabinoides sintéticos Catinonas sintéticas - Mefedrona Fenetilaminas Piperazinas Outras Substâncias - Ketamina, GHB Substâncias mistas – Aminoidanas, fenciclidinas e triptaminas Novas Substâncias Psicoativas
  • 38. 2011 PLV P12M P30D Tâmega Média Norte Tâmega Média Norte Tâmega Média Norte Álcool 67,4 64,1 57,5 53,4 39,1 34,6 Tabaco 40,5 38,9 30,2 28,9 19,8 18,5 Cannabis 5,9 7,4 5,3 6,5 4,5 4,7 Consumo de substâncias : alguns dados Prevalências dos consumo de substâncias em alunos do 3.º ciclo do ensino básico Fonte: Inquérito Nacional em Meio escolar. 2012
  • 39. Obrigada pela vossa atenção andreia.ribeiro@arsnorte.min-saude.pt Divisão para a Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências ARS Norte, IP

Notas do Editor

  1. A dependência é uma atividade compulsiva e a implicação excessiva numa atividade específica sem a qual o indivíduo não funciona adequadamente. A atividade pode ser o jogo ou outro comportamento ou pode referir-se ao uso de qualquer substância psicoativa, como uma droga. As drogas podem causar dependência psicológica ou então dependência psicológica e física. Para os dependentes, essa atividade chega a ser uma parte tão grande da sua vida diária que a dependência interfere, geralmente, com a capacidade de trabalhar, de estudar ou de se relacionar normalmente com a família e os amigos. Na dependência grave, os pensamentos e as atividades do dependente são dirigidos predominantemente para a obtenção e consumo da droga ou realização da atividade. Um dependente pode manipular, mentir, roubar, colocar-se a si ou aos outros em perigo, para satisfazer a sua dependência.
  2. A dependência é uma atividade compulsiva e a implicação excessiva numa atividade específica sem a qual o indivíduo não funciona adequadamente. A atividade pode ser o jogo ou outro comportamento ou pode referir-se ao uso de qualquer substância psicoativa, como uma droga. As drogas podem causar dependência psicológica ou então dependência psicológica e física. Para os dependentes, essa atividade chega a ser uma parte tão grande da sua vida diária que a dependência interfere, geralmente, com a capacidade de trabalhar, de estudar ou de se relacionar normalmente com a família e os amigos. Na dependência grave, os pensamentos e as atividades do dependente são dirigidos predominantemente para a obtenção e consumo da droga ou realização da atividade. Um dependente pode manipular, mentir, roubar, colocar-se a si ou aos outros em perigo, para satisfazer a sua dependência.
  3. Embora se possam classificar as drogas farmacologicamente pelo seu potencial aditivo (duras vs leves) seria redutor não ter em conta os padrões de consumo (duros vs leves) para entendermos a perigosidade do consumo para o seu utilizador Os EFEITOS dependem… - não só da substância (dose, pureza, misturas, via de administração…) - mas também de QUEM CONSOME (estado de espírito, expectativas, habituação…) - e do ambiente (onde e com quem…)
  4. Em Phaedra, Platão refere-se ao medicamento, como uma droga, que por vezes é remédio e outras veneno e cuja interferência não é exclusiva da esfera corporal, afecta também as questões da alma. Têm sido múltiplas as caracterizações do uso das drogas e dos seus consumidores. Desde a antiguidade até aos dias de hoje a relação estabelecida entre a humanidade e as substâncias alteradoras do estado de consciência tem sido de grande proximidade. Porém, cada momento histórico-cultural e geográfico tem as suas drogas, os seus usos e as respectivas representações sociais. O conceito de droga varia conforme a grelha de leitura e de compreensão do fenómeno adoptada.
  5. Diminuição da fadiga Aumento da excitabilidade muscular Desidratação Variações de humor (irritabilidade) Estimulantes Redução de Riscos Não misturar as anfetaminas com álcool Beber líquidos Ter cuidados redobrados com os dentes (por exemplo tomar cálcio) Sair periodicamente do local de uso Não consumir sozinho
  6. Misturar álcool com outras substâncias (cocaína speed, ecstasy) aumenta o risco de desidratação e a temperatura corporal sobe tendencialmente, os efeitos de uma substância neutralizam os efeitos da outra, o que pode levar a um consumo mais elevado para o mesmo efeito potênciando outros riscos O álcool é um depressor pelo que deve evitar-se consumi-lo com outras substâncias depressoras (Ketamina, Tranquilizantes, GBH, e opiáceos) porque aumenta a possibilidade de perda de consciência e paragem cardio-respiratória O uso do álcool é ancestral e transversal a diferentes civilizações, marcando presença em variados rituais religiosos e festas populares. Muitas vezes o lazer, componente fundamental do bem-estar, está associado ao uso de substâncias psicoativas como seja o álcool, mas também outras drogas. ESTUDO Mais alta a música mais álcool se bebe Uma pesquisa da Universidade de Portsmouth em Inglaterra concluiu que quanto mais ruidosa for a música maior é o consumo de álcool. Os cientistas analisaram 80 indivíduos entre os 18 e os 28 anos que deveriam classificar um grupo de bebidas enquanto ouviam diferentes tipos de música. Determinou se que quanto mais ruidosa a música mais os participantes classificam as bebidas como doces. É uma explicação plausível para as pessoas consumirem mais álcool em ambientes barulhentos. Focus
  7. Progressivamente, as características depressoras do álcool começam a tornar-se mais notórias, podendo surgir efeitos como relaxamento, sonolência, turvação da visão, diminuição da capacidade de reacção, atenção e compreensão, irritabilidade, fenómenos de amnésia, etc.
  8. Consumo agudo Ingestão única de uma grande quantidade de álcool, num dia ou num espaço curto de tempo, podendo este estado ir desde a excitação psíquica até ao coma alcoólico ou morte por depressão cardiorrespiratória Consumo dependente Ingestão excessiva habitual de bebidas alcoólicas, repartida ao longo do dia em várias doses e que vão mantendo um estado de intoxicação permanente do organismo, levando a deterioração do SNC, a doenças do sistema digestivo e alterações psicológicas graves (e.g., delírios de ciúme)
  9. Sabias que… Binge drinking (consumo esporádico ou excessivo) consiste num consumo de 4 bebidas padrão para as mulheres e 5 para os homens num curto espaço de tempo. Os shots são usados como estratégia para atingir mais rapidamente um estado de desinibição alcoólica. Dado que as várias bebidas alcoólicas têm diferentes graduações, obviamente que elas podem fornecer ao organismo idênticas quantidades de álcool se ingeridas em volumes diferentes; os copos habitualmente usados para as diferentes bebidas têm idêntica quantidade de álcool. Graduação alcoólica – corresponde à percentagem volumétrica de álcool puro contido numa bebida. Significado prático – dizer que um determinado vinho tem 10º significa que 10º dessa quantidade é álcool puro. Por isso, um litro de vinho contém 100 ml de álcool puro. Como a densidade do álcool é de 0,8, quer isso dizer que 100ml correspondem a 80 gr de álcool. VODKA LIMÃO/LARANJA (50 ML VODKA 37º + 30 ML DE SUMO = 14,8 g ÁLCCOL/ DOSE) Alcoolémia no homem = 0,28 g/l; na mulher = 0,38 g/l) WHISKY (50 ML WHISKY 40º = 16 g ÁLCOOL/ DOSE) Alcoolémia no homem = 0,30 g/l; na mulher = 0,41 g/l GIN TÓNICO (50 ML GIN 38º + 30 ML DE ÁGUA TÓNICA = 15,2 G ÁLCOOL/DOSE) Alcoolémia no homem = 0,29 g/l; na mulher = 0,39 g/l CERVEJAS 7º (250 ML/ GARRFAA = 14,4 G ÁLCOOL/DOSE) Alcoolémia no homem = 0,27 g/l; na mulher = 0,37 g/l SANGRIA (VINHO TINTO A 11º + FRUTOS + AÇUCAR = 17,6G ÁLCOOL/ 200ML) Alcoolémia no homem = 0,33 g/l; na mulher = 0,52 g/l
  10. Sabias que… Binge drinking (consumo esporádico ou excessivo) consiste num consumo de 4 bebidas padrão para as mulheres e 5 para os homens num curto espaço de tempo. Os shots são usados como estratégia para atingir mais rapidamente um estado de desinibição alcoólica. Dado que as várias bebidas alcoólicas têm diferentes graduações, obviamente que elas podem fornecer ao organismo idênticas quantidades de álcool se ingeridas em volumes diferentes; os copos habitualmente usados para as diferentes bebidas têm idêntica quantidade de álcool. Graduação alcoólica – corresponde à percentagem volumétrica de álcool puro contido numa bebida. Significado prático – dizer que um determinado vinho tem 10º significa que 10º dessa quantidade é álcool puro. Por isso, um litro de vinho contém 100 ml de álcool puro. Como a densidade do álcool é de 0,8, quer isso dizer que 100ml correspondem a 80 gr de álcool. VODKA LIMÃO/LARANJA (50 ML VODKA 37º + 30 ML DE SUMO = 14,8 g ÁLCCOL/ DOSE) Alcoolémia no homem = 0,28 g/l; na mulher = 0,38 g/l) WHISKY (50 ML WHISKY 40º = 16 g ÁLCOOL/ DOSE) Alcoolémia no homem = 0,30 g/l; na mulher = 0,41 g/l GIN TÓNICO (50 ML GIN 38º + 30 ML DE ÁGUA TÓNICA = 15,2 G ÁLCOOL/DOSE) Alcoolémia no homem = 0,29 g/l; na mulher = 0,39 g/l CERVEJAS 7º (250 ML/ GARRFAA = 14,4 G ÁLCOOL/DOSE) Alcoolémia no homem = 0,27 g/l; na mulher = 0,37 g/l SANGRIA (VINHO TINTO A 11º + FRUTOS + AÇUCAR = 17,6G ÁLCOOL/ 200ML) Alcoolémia no homem = 0,33 g/l; na mulher = 0,52 g/l A capacidade do organismo processar o álcool é sempre muito lenta.
  11. Consumo de baixo risco Até 2 a 3 bebidas no homem (24g de álcool) – 25 cl de vinho a 12º ou três imperiais Até 1 a 2 bebidas na mulher~(16g de álcool) – 15 cl de vinho ou duas imperiais. Consumo de risco Tipo ou padrão de consumo que provoca dano se o consumo persistir Aumenta o risco de sofrer doenças, acidentes, lesões, transtornos mentais ou comportamentais Consumo esporádico excessivo ou binge drinking 5 a 6 bebidas no homem ♂ 4 a 5 bebidas ♀ numa só ocasião e num espaço de tempo limitado Consumo nocivo “padrão de consumo que provoca danos à saúde tanto física como mental” mas que não satisfaz os critérios de dependência Dependência alcoólica Conjunto de fenómenos fisiológicos, cognitivos e comportamentais que podem desenvolver-se após repetido uso de álcool • desejo intenso de consumir bebidas • descontrolo sobre o seu uso • continuação dos consumos independentemente das consequências • alta prioridade dada aos consumos em detrimento de outras atividades e obrigações •aumento da tolerância ao álcool e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado (OMS, 1992).
  12. Cannabis Redução de Riscos - Colocar um filtro de tabaco de enrolar no charro Não travar a passa muito tempo Não misturar com outras substâncias Não consumir sozinho
  13. Heroína, 1879/1898 – medicamento para tratar morfinismo e tuberculose
  14. Não deve ser misturado com álcool nem com outras substâncias
  15. O gama-hidroxibutirato (GHB) é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central (SNC), surgiu no início da década de 1990 do séc. XX como uma droga de abuso. Foi sintetizada como análogo do ácido gama-aminobutírico GABA, como o objetivo de se conseguir uma substância similar, capaz de atravessar a barreira hemato-encefálica. Foi investigado como agente anestésico, porém devido aos seus efeitos colaterais (contrações musculares involuntárias e delírio) foi abandonado. Posteriormente foi usado como estimulador do crescimento muscular, efeito que não foi comprovado cientificamente. Por causar diminuição do nível de consciência, depressão respiratória e convulsões, foi banido pelo FDA americano (United States Food and Drug Administration). Como medicamento, que em raros casos ainda são utilizados para o tratamento de distúrbio do sono e epilepsia. Como droga é produzido ilícitamente e permanece sendo frequentemente usado, quer individualmente "Droga" ou por terceiros como "Droga do Estupro" e "Boa Noite Cinderela". Casos de morte tem sido descritos tanto no uso individual como droga e também no uso para a prática de crimes de estupro e furtos. O uso do GHB para a prática de crimes é utilizado porque podem existir os seguintes sintomas em doses elevadas: 1) perda de controle 2) desorientação 3) relaxamento muscular Assim, a pessoa torna-se mais vulnerável a agressões e abusos, o que não significa que estes comportamentos apareçam sempre que alguém consome GHB. Não deve ser misturado com álcool nem com outras substâncias
  16. Estimulante de acção rápida e intensa, obtida da planta de coca. Tem também acção como anestésico local. Pó branco cristalino, de sabor amargo, insolúvel na água e que não resiste a altas temperaturas
  17. Patenteada em 1914 pela Merck como medicamento supressor do apetite, mas que nunca chegou a ser comercializado. Derivado sintético da anfetamina. Foi sintetizado e patenteado pela Merck na Alemanha em 1912 para ser utilizado como moderador de apetite. No início dos anos 80 tornou-se popular como substância tomada em ambientes de diversão. Até 1985 era uma substância legalmente disponível, altura em que foi classificada como substância proibida. Entactogène Se dit d'une substance qui favorise la communication, l'introspection, les contacts sociaux, l'empathie, la sensation de pouvoir s'exprimer librement.
  18. Pela via oral, a MDMA demora entre 30 minutos e 1 hora a atingir o pico dos efeitos, que se mantêm por 2 a 3 horas. Seguindo-se uma lenta descida de várias horas. Com doses altas os efeitos acentuam-se e pode surgir: - raciocínio turvo - desidratação e hipertermia (temperatura corporal demasiadamente alta - delírios, alucinações - hipertensão arterial, enfartes e tromboses Os dias seguintes podem ser marcados por mau-humor, irritabilidade, cansaço, depressão... Os consumos HABITUAIS, em pessoas predispostas, aumentam a probabilidade de crises de ansiedade, pânico, fobias, problemas psicológicos, sono desregulado, danos hepáticos e renais… A MDMA não produz dependência física e tem um efeito de “perda de magia” quando se repete o consumo: diminuição dos efeitos positivos e desejados das primeiras experiências
  19. Pela via oral, a MDMA demora entre 30 minutos e 1 hora a atingir o pico dos efeitos, que se mantêm por 2 a 3 horas. Seguindo-se uma lenta descida de várias horas. Com doses altas os efeitos acentuam-se e pode surgir: - raciocínio turvo - desidratação e hipertermia (temperatura corporal demasiadamente alta - delírios, alucinações - hipertensão arterial, enfartes e tromboses Os dias seguintes podem ser marcados por mau-humor, irritabilidade, cansaço, depressão... Os consumos HABITUAIS, em pessoas predispostas, aumentam a probabilidade de crises de ansiedade, pânico, fobias, problemas psicológicos, sono desregulado, danos hepáticos e renais… A MDMA não produz dependência física e tem um efeito de “perda de magia” quando se repete o consumo: diminuição dos efeitos positivos e desejados das primeiras experiências
  20. LSD Redução de Riscos Procurar um local tranquilo e seguro Não consumir sozinho Não misturar com outras substâncias, nomeadamente álcool
  21. Duração dos efeitos – 30 a 60 m após a ingestão. Podem durar 6 horas
  22. A ketamina é uma droga dissociativa usada para fins de anestesia, com efeito hipnótico e características analgésicas. É uma droga psicadélica derivada da fenciclidina (PCP). É um poderoso anestésico dissociativo que se encontra sob a forma de pó branco, líquido ou tablete e que é consumido por via oral, inalada ou injectada. A sua posse não é ilegal, dado que é prescrita por médicos. Duração dos efeitos – cerca de uma hora Não deve ser misturado com álcool e nem com outras substâncias POPPERS Apresentação – vendido em pequenas garrafas coloridas para ser inalado Duração dos efeitos – apenas 2 ou 3 minutos Efeitos Imediatos – agitação, náuseas, aumento do prazer sexual, relaxamento muscular, rubor facial, dor de cabeça, sensação de desmaio, mal-estar ou alterações da pele à volta da boca e nariz O líquido é altamente inflamável