3. O Golpe da Maioridade
O menino Pedro de Alcântara, só poderia assumir o
governo ao atingir 18 anos. Os representantes do
Partido Liberal resolveram antecipá-la e deram o
Golpe da Maioridade, isto é, articularam-se para
declarar Pedro de Alcântara maior de idade.
Assim, com 15 anos, foi coroado imperador
recebendo o título de D. Pedro II. Assim, com a
coroação de D. Pedro II tinha início no Brasil o
Segundo Reinado.
4.
5. Principais Características do Segundo Reinado
1. A Estabilidade Política;
2. Governo Descentralizado;
3. Crises Externas ao Brasil;
4. O Movimento Abolicionista.
6. 1. A Estabilidade Política
D. Pedro II em seu governo procurou
atender aos interesses dos ricos
proprietários rurais que eram membros do
Partido Liberal e do Partido Conservador.
7. 2. Governo Descentralizado
Ao contrário do pai D. Pedro I que governou
de forma autoritária, com todos os
poderes concentrados em suas mãos, D.
Pedro II dividiu os poderes com o
Parlamento, isto é, com a Assembléia
Geral.
9. 3. Crises externas ao Brasil
A Guerra do Paraguai (1865-1870)
O Paraguai tornou-se uma república independente em
1811, separando-se do Vice-Reino do Prata. Seu
território não tem saída para o mar. O isolamento
do Paraguai fez com que seus governantes
passassem a se preocupar com o desenvolvimento do
país, conduzindo a economia para torná-lo auto-
suficiente, ou seja, estavam preocupados somente
com seu umbigo.
10.
11. 3. Crises externas ao Brasil
A Guerra do Paraguai (1865-1870)
Assim, no governo de Francisco Solano López, que teve
início em 1862, o Paraguai não dependia de quase
ninguém já que, (1) produzia todos os alimentos de que
precisava, (2) tinha uma fábrica de armas e de pólvora
e (3) terras produtivas em fazendas estatais. Por
outro lado, o Paraguai não podia viver isolado, pois
precisava vender seus produtos. Por isso, era
importante que tivesse uma saída para o mar e o
caminho possível era navegar através dos rios
Paraguai, Paraná e da Prata, até chegar ao Oceano
Atlântico.
12. 3. Crises externas ao Brasil
3. Crises externas
A Guerra do Paraguai (1865-1870)
O estopim da guerra foi quando em 1864, forças paraguaias
detiveram o navio brasileiro Marques de Olinda no rio Paraguai e
em seguida um destacamento militar paraguaio invadiu Mato
Grosso. O governo de Solano López tomou essas medidas em
represália á ocupação do Uruguai pelo Brasil, com o apoio da
Argentina. Essa invasão visou forçar a troca de governo no país, já
que o governo uruguaio era aliado de Solano López. Para impedir a
reação brasileira pelo sul, Solano López resolveu ocupar a região,
atravessando o território argentino. O governo argentino, porém,
negou-se a autorizar a passagem por seu território. O Paraguai
atacou então a província argentina de Corrientes. Assim ,Brasil,
Argentina e Uruguai estabelecem a Tríplice Aliança contra o
Paraguai.
13. 3. Crises externas ao Brasil
A Guerra do Paraguai (1865-1870)
As principais conseqüências da Guerra do Paraguai foram:
dinheiro que haviada Inglaterra,ao Brasil e á Argentina para
Enriquecimento
emprestado
pois recebeu com juros o
financiar a guerra. Também havia vendido armas e
equipamentos;
Aumento do território brasileiro e argentino;
Destruição do Paraguai que ao final da guerra, dos seus 800 mil
habitantes, restavam apenas 184 mil: três em cada quatro
paraguaios haviam morrido nos combates.
17. 4. O Movimento Abolicionista
Foram dois os fatores que contribuíram para o fim da
escravidão no Brasil:
A resistência por parte dos escravos principalmente
nos engenhos de açúcar do Nordeste e na região das
Minas;
Pressões internacionais, principalmente da Inglaterra;
18. Evolução das leis
4. O Movimento Abolicionista
Lei Eusébio de Queirós (1850) – Proibia o tráfico de escravos
no Brasil;
Lei do Ventre Livre (1871) – Determinava que os filhos de
mulher escrava nascidos a partir daquela data seriam livres,
mas continuariam na condição de propriedade do senhor até
os 21 anos de idade;
Lei do Sexagenário (1885) – Declarava livres os escravos com
mais de 65 anos de idade;
Lei Áurea (1888) – Declarava extinta a escravidão no Brasil.
21. 1. Contexto Histórico
Ao longo de mais de trezentos anos (1559-
1888), os escravos negros foram
responsáveis pela produção de boa parte das
riquezas no Brasil, no qual milhões de
africanos foram tirados de suas terras para
uma viagem na qual aproximadamente a
metade morria de fome, doenças e maus-
tratos, ou, já em terras americanas de banzo.
22.
23. 2. Tipos de Escravidão
Existem diversos tipos de escravidão mais os
três principais são:
1. Escravidão por raça;
2. Escravidão por dívida;
3. Escravidão por guerra.
24. 3. A Escravidão Indígena
O trabalho escravo indígena foi usado
sobretudo na exploração do pau-brasil,já que
(1) o trabalho nos engenhos de açúcar era
muito diferente daquele que os indígenas
estavam acostumados e (2) ao governo
português interessava mais que os indígenas
continuassem a se dedicar à coleta das
riquezas naturais da terra, como o pau-brasil.
25. 4. A Escravidão Negra Africana
O tráfico de escravos foi, durante séculos, uma
das atividades mais lucrativas do comércio
internacional, com a África sendo duramente
disputadas pelas principais potências da
Europa.
26. 5. O Comércio de Escravos Negros
Na África, os escravos eram adquiridos por
traficantes a preços baixos e revendido a
preços altos na América. Muitas vezes, o
açúcar, o tabaco, a aguardente e outros
produtos serviam de moeda de troca. Quando
chegavam à América portuguesa, os escravos
eram colocados à venda em mercados.
Ficavam a mostra em exposição sendo
tratados como mercadorias.
27.
28. 6. Origem dos Escravos Negros
A maioria dos africanos trazidos à colônia
portuguesa como escravos pertencia a dois
grandes grupos étnicos: os bantos, originários
de Angola, Moçambique e Congo, e que se
tornaram mais numerosos no centro-sul e no
Nordeste; e os sudaneses, provenientes da
Guiné, da Nigéria e da Costa do Ouro, e que
foram levados principalmente para a região
da Bahia.
29.
30. 7. O Cotidiano do Trabalho Escravo
Os escravos começavam o trabalho ao raiar o
dia e só paravam ao escurecer. Seu principal
alimento era a mandioca. Os escravos viviam e
trabalhavam vigiados por capatazes e
feitores. Quando fugiam, eram perseguidos
pelos capitães-do-mato, que recebiam certa
quantia por escravo capturado e devolvido ao
senhor.
31. 8. Os Castigos Físicos
Os principais castigos físicos sofridos pelos escravos eram:
Tronco – Os escravos ficavam presos imobilizados por
horas e as vezes dias, o que provocava inchaço das pernas,
formigamento e forte dores;
Bacalhau – Espécie de chicote de couro cru, que rasgava a
pele; muitas vezes os feitores passavam sal nos
ferimentos, tornando a dor ainda maior;
Vira-mundo – Instrumento de ferro que prendia mãos e
pés;
Gargalheira – Colar de ferro com várias hastes em forma
de gancho.
32.
33.
34. 9. Os Conflitos Culturais
As principais mudanças culturais impostas aos escravos
negros africanos eram:
Alimentação – Eles comiam o que o senhor lhes dava;
Roupas – Eram obrigados a vestir grossos panos de
algodão;
Língua – Eram obrigados a aprender a língua local dos
portugueses;
Religião – Eram obrigados a adotarem o catolicismo
como religião.
35. 10. Os reuniram-se
Grande parte do escravos negros fugitivos
Quilombos
em comunidades chamadas de quilombos. A maior
parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste
(Sergipe, Alagoas e Bahia). Os habitantes do
quilombos eram chamados de quilombolas.
Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da
Serra da Barriga, região situada entre os atuais
estados de Alagoas e Pernambuco. Eram cerca de dez
quilombos, unidos sob o nome de Palmares, que
resistiram durante quase todo o século XVII aos
ataques do governo e dos senhores de escravos.
Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil
habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi.
38. 11. O Movimento Abolicionista
Evolução das leis
Lei Eusébio de Queirós (1850) – Proibia o tráfico de escravos
no Brasil;
Lei do Ventre Livre (1871) – Determinava que os filhos de
mulher escrava nascidos a partir daquela data seriam livres,
mas continuariam na condição de propriedade do senhor até
os 21 anos de idade;
Lei do Sexagenário (1885) – Declarava livres os escravos com
mais de 65 anos de idade;
Lei Áurea (1888) – Declarava extinta a escravidão no Brasil.
42. BU
RG A
UE FO
S
C E O IA RM
O A
N Q P AG Ç Ã
S E U RO RÁ O
TO IST JE T RIA D E
R OU O N U
SO O R E O M
PO C A
AP PU SUD R
LÍ IAL O B L E IC
TI
CA DE IO I CA STE A
NA PE DE NO ,
C SO UM
IO N
NA A
L
43. OS CAFEICULTORES DO OESTE PAULISTA PASSARAM
A DEFENDER UMA NOVA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
PARA O BRASIL QUE ASSEGURASSE MAIS PODER AS
PROVÍNCIAS.
44. A DEFESA DE UM PODER MAIOR PARA AS PROVINCIAS ERA O
PONTO CENTRAL DO PROGRAMA DO PARTIDO REPUBLICANO
PAULISTA (PRP), FUNDADO EM 1873 E FORMADO BASICAMENTE
POR REPRESENTANTES DOS CAFEICULTORES DA PROVINCIA DE
SÃO PAULO.
45. NAS ÁREAS URBANAS A REPÚBLICA TINHA APOIO DE
PROFISSIONAIS LIBERAIS E DAS ALAS MAIS JOVENS DO
EXÉRCITO, QUE COMBATIAM A EXTREMA CENTRALIZAÇÃO
DO REGIME MONÁRQUICO.
46. HAVIA GRANDE DIVERGÊNCIAS ENTRE OS
REPUBLICANOS.O GRUPO DOMINANTE LIDERADO PELO
JORNALISTA QUINTINO BOCAIUVA, PREGAVA QUE A
PASSAGEM MONARQUIA PARA REPÚBLICA DEVERIA
ACONTECER SEM AGITAÇÕES SOCIAIS, QUE PODERIAM
AMEAÇAR A ORDEM ESTABELECIDA.
47. OUTROS, COMO O ADVOGADO SILVA JARDIM CRITICAVAM AS
PROPOSTAS CONSERVADORAS DA MAIORIA DOS
REPUBLICANOS E DEFENDIAM UMA AMPLA MOBILIZAÇÃO
POPULAR PARA DERRUBAR A MONARQUIA E INSTAURAR A
REPÚBLICA.
49. OM
S C ISE
TO CR O
EN A TÃ
N DIM ES E UES OS
N TE ITAR A Q NIC A
SE MIL PEL OS Ú TAR .
S DE OS DA AM GAS QUIA
O R A ER
E A ES AR
G T D
S ES A MON
VI R
RA TO S DA
C FA
ES EM
AG
IM
50. A SAÚDE DO IMPERADOR,
DEBILITADO POR UMA DIABETE
AVANÇADA, O OBRIGAVA A
AFASTAR-SE DOS ASSUNTOS
POLÍTICOS.
51. CASO D.PEDRO II MORRESSE, HERDARIA O TRONO A
PRINCESA ISABEL, CASADA COM O CONDE D”EU,
UM FRANCÊS MUITO CRITICADO PELOS
REPUBLICANOS.
53. OCUPOU UMA POSIÇÃO MARGINAL NA POLÍTICA
BRASILEIRA.OS BAIXOS SOLDOS, A RIGÍDA DISCIPLINA DA
CORPORAÇÃO E A LENTIDÃO NAS PROMOÇÕES
DESENCORAJAVAM OS FILHOS DAS ELITES A SEGUIR A
CARREIRA MILITAR.
54. APÓS A GUERRA DO PARAGUAI (1864 -1870), O
EXÉRCITO SAIU FORTALECIDO COM A
CORPORAÇÃO.
55. VITORIOSOS NO CONFLITO MUITOS OFICIAIS QUERIAM
DESEMPENHAR UM PAPEL CENTRAL NA VIDA POLÍTICA. ALÉM
DO DE DEFENSOR DAS INSTITUIÇÕES E DA SOBERANIA
NACIONAL, ATRIBUIÇÕES IMPOSTAS PELA CONSTITUIÇÃO.
56. OS CONSTANTES ENFRENTAMENTOS DESSE PERÍODO
DESGASTARAM A RELAÇÃO ENTRE O EXERCÍTO E O
GOVERNO E ENFRAQUECERAM A MONARQUIA. A CADA DIA
FICAVA MAIS EVIDENTE O PROJETO DOS MILITARES DE
ASSUMIR UM NOVO PAPEL NA CENA POLÍTICA DO BRASIL.
58. NA MANHÃ DO DIA 15 DE NOVEMBRO DE 1989, DEODORO DA
FONSECA MARCHOU COM AS TROPAS PARA O MINISTÉRIO DA
GUERRA, ONDE SE ENCONTRAVA O PRIMEIRO MINISTRO DO
GOVERNO DE D.PEDRO II, O VICONDE DE OURO PRETO.