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Poemas de Regina Gouveia
As nossas escolhas…
Trovoada

Que estrondo medonho atravessa o ar ?
Que luz é aquela a correr céu, longe lá ao fundo?
É o fim do mundo?
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É uma das formas com que a natureza
Mostra o seu poder e a sua beleza.
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Uma gota de orvalho brilhava sobre uma flor.
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a gota de orvalho como presente.
Um colibri, muito pequenino e muito ladino,
sobre a flor voou e nela pousou.
Ao pensar que já nada tinha para lhe dar,
a flor murchou.
Pediu-lhe então o colibri.
Mostra de novo o teu sorriso
e dá-me o néctar de que eu preciso.
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O João é um grande trapalhão.
Usa os sapatos trocados,
enxuga as mãos no sabão,
come a sopa com o garfo
e com a faca o feijão.
Um mundo de confusão.
A pensar – lhe na sacola
tinha um prego e um martelo
em vez dos livros da escola.
Uma vez trincou os óculos
enquanto limpava o pão
e muniu – se dos binóculos
para ver televisão.
O João não é bem um trapalhão,
é um menino distraído,
pois está sempre entretido
a pensar numa invenção.
Até o Sr. Professor,
já lhe chama o inventor …
Chuva
                      nem sequer
Uma gotinha de
                      impertinente
chuva tem muito
                      pois não queremos ,
para contar.
                      por certo, que a
Passa vida a viajar
                      terra seja um
Vem lá da nuvem à
                      deserto.
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                      Mas voltemos à
regar, pois sem
                      viajem .
chuva não há vida.
                      Cai na terra, cai no
Talvez por ser
                      mar e depois de
distraída, ou direi
                      evaporar
mesmo imprudente,
                      à nuvem vai
pode dar
                      regressar
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                      para mais logo
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                      voltar.
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                      Parece não ter
Em boa conta e
                      paragem.
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nunca é aborrecida
Espelho
Viu-se ao espelho a Joaninha e disse,
que bonitinha a menina que ali está.
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afinal não estava lá.
Que depressa ela correu
que logo desapareceu…
Um dia foi de viagem, meteu-se no avião e ao
chegar ao seu destino, nem queria acreditar.
Vejam só o desatino.
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estava de novo a menina,
a sorrir muito ladina
Já viste mãe?
A menina também fez esta viagem.
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Mar
Já brincaste com a areia
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Diz que se sente doente,
que está muito poluído.
Hoje é um petroleiro,
amanhã é um cargueiro
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E também há muita gente
que deita na praia lixo,
uma garrafa, uma lata,
uma pistola de esguicho,
uma embalagem qualquer.
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pois a poluição mata algas e
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Mata até os passarinhos
que na areia vão pousar
ou água vão debicar
nas pocinhas
dos rochedos.
Despertar
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Precisava de acordar.
Tratou de se espreguiçar,
os olhitos esfregou,
à pressa a cara lavou
e nem sequer almoçou
que já ia a hora tardia
neste cantinho do mundo
que tinha que alumiar.

Assim que o sol despontou,
um galo do seu poleiro
tratou logo de o saudar
Ora viva senhor Sol,
có-có-ró-có-ró-có-col,
passe bem o dia inteiro.
Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade
                          EB1/JI do Pragal
                                      2.ºA
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  • 3. Trovoada Que estrondo medonho atravessa o ar ? Que luz é aquela a correr céu, longe lá ao fundo? É o fim do mundo? Não. É apenas um forte trovão e a luz, o clarão. É a trovoada, que no mundo antigo Se tinha por castigo de um deus zangado. E o que é afinal? É uma das formas com que a natureza Mostra o seu poder e a sua beleza.
  • 4.
  • 5. Flor Uma gota de orvalho brilhava sobre uma flor. Pousaram sobre ela duas joaninhas, todas às pintinhas, muito bonitinhas. De contente, a flor ofereceu-lhes a gota de orvalho como presente. Um colibri, muito pequenino e muito ladino, sobre a flor voou e nela pousou. Ao pensar que já nada tinha para lhe dar, a flor murchou. Pediu-lhe então o colibri. Mostra de novo o teu sorriso e dá-me o néctar de que eu preciso.
  • 6.
  • 7. Inventor O João é um grande trapalhão. Usa os sapatos trocados, enxuga as mãos no sabão, come a sopa com o garfo e com a faca o feijão. Um mundo de confusão. A pensar – lhe na sacola tinha um prego e um martelo em vez dos livros da escola. Uma vez trincou os óculos enquanto limpava o pão e muniu – se dos binóculos para ver televisão. O João não é bem um trapalhão, é um menino distraído, pois está sempre entretido a pensar numa invenção. Até o Sr. Professor, já lhe chama o inventor …
  • 8.
  • 9. Chuva nem sequer Uma gotinha de impertinente chuva tem muito pois não queremos , para contar. por certo, que a Passa vida a viajar terra seja um Vem lá da nuvem à deserto. terra para esta vir Mas voltemos à regar, pois sem viajem . chuva não há vida. Cai na terra, cai no Talvez por ser mar e depois de distraída, ou direi evaporar mesmo imprudente, à nuvem vai pode dar regressar inundações para mais logo e outras voltar. complicações. Parece não ter Em boa conta e paragem. medida, nunca é aborrecida
  • 10.
  • 11. Espelho Viu-se ao espelho a Joaninha e disse, que bonitinha a menina que ali está. Pois vou convidá-la já para comigo brincar. Foi buscá-la atrás do espelho, afinal não estava lá. Que depressa ela correu que logo desapareceu… Um dia foi de viagem, meteu-se no avião e ao chegar ao seu destino, nem queria acreditar. Vejam só o desatino. A espreitar atrás de um espelho estava de novo a menina, a sorrir muito ladina Já viste mãe? A menina também fez esta viagem. Não é menina, apenas a tua imagem causada por reflexão . Que confusa explicação .
  • 12.
  • 13. Mar Já brincaste com a areia e com as conchinhas do mar? Já viste as ondas a ir, para logo a seguir voltar? Encosta um búzio ao ouvido e fica atento a escutar. Parece que se ouve o mar a contar os seus segredos. Diz que se sente doente, que está muito poluído. Hoje é um petroleiro, amanhã é um cargueiro que deita lixo para o mar. E também há muita gente que deita na praia lixo, uma garrafa, uma lata, uma pistola de esguicho, uma embalagem qualquer. Ora isso não pode ser pois a poluição mata algas e peixinhos. Mata até os passarinhos que na areia vão pousar ou água vão debicar nas pocinhas dos rochedos.
  • 14.
  • 15. Despertar O Sol acordou estremunhado e virou-se para o outro lado. Ai que sono tão profundo… Precisava de acordar. Tratou de se espreguiçar, os olhitos esfregou, à pressa a cara lavou e nem sequer almoçou que já ia a hora tardia neste cantinho do mundo que tinha que alumiar. Assim que o sol despontou, um galo do seu poleiro tratou logo de o saudar Ora viva senhor Sol, có-có-ró-có-ró-có-col, passe bem o dia inteiro.
  • 16.
  • 17. Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade EB1/JI do Pragal 2.ºA Junho/2011