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"A Maior Flor do Mundo" Contada por Sara, 7ºA
Era uma vez um menino que vivia perto do centro da cidade, vivia numa vivenda azul com dois andares. Era uma daqueles rapazes que adorava os passeios de carro com o pai, e por isso, quando saía da escola, telefonava-lhe para o ir buscar, e o pai já sabia o que ele queria. Iam sempre aos mesmos sítios. Passava por prédios altos que chegavam ao décimo segundo andar, mas os seus preferidos eram mesmo os arranha-céus.  A sua família era feliz e adoravam o lugar onde viviam. Ele não sabia como iriam reagir se lhes pedisse para irem morar para um arranha-céus. Provavelmente não iam aceitar, por isso decidiu que, depois da escola, em vez de telefonar ao pai para ir dar um passeio de carro, iria conhecer sozinho como eram os arranha-céus por dentro. E assim o fez. Já eram tantas as vezes que fazia aquele percurso que até já o sabia de cor e salteado. Passou pelas ruas conhecidas, até que, finalmente, chegou onde pretendia e subiu até ao andar mais alto.    Quando saiu do elevador, aconteceu uma coisa de que ele não estava à espera, deparou-se com um homem a dar uma flor a uma mulher e ficou muito admirado, porque o seu pai nunca o tinha feito.
A mulher pôs a flor numa jarra e colocou-lhe água. O menino ficou a olhar, vendo como a flor era tão delicada e como a mulher tratava dela, aos seus olhos era o gesto mais bonito que alguma vez vira. 	De seguida, foi à janela ver como era a paisagem vista do alto de um arranha-céus. Uauuu!!! as pessoas pareciam autênticas formigas e ele conseguia ver a cidade de uma ponta à outra. Estava a adorar a sua visita! Aquele sítio estava a ser uma autêntica descoberta. Antes de se ir embora, decidiu ir ver a flor uma vez mais, mas desta vez ele queria vê-la de perto. Ela estava exactamente no mesmo sítio onde a mulher a tinha deixado, antes de se ir embora. Aproximou-se e , sem querer, tocou-lhe ao de leve… a jarra de vidro e a flor caíram ao chão! Era como o mundo tivesse desabado! Ele sabia que tinha de encontrar uma jarra igualzinha antes que a mulher voltasse. Saiu a correr e foi a algumas lojas de vidros da cidade, mas nenhuma tinha uma jarra exactamente igual. Lembrou-se que a sua tia trabalhava numa fábrica de vidro e era capaz de fazer uma jarra, mas a sua casa era muito longe. No entanto não havia entraves para ele. Ele acreditava que tinha de conseguir. Lá seguiu ele com todos os bocados de vidro da jarra, para que a sua tia soubesse fazer uma igual. Levava a flor na mão, mas cada vez ela ia murchando mais, porém ele já estava perto.
Finalmente, chegou e a sua tia recebeu-o de braços abertos. O menino explicou-lhe a situação e a sua tia foi a um pequeno atelier que tinha nas traseiras de sua casa. Fez a jarra exactamente igual,  pôs-lhe água e colocou lá dentro a flor. Já tinha passado toda a tarde e o sol já se punha.   Tinha de chegar ao arranha-céus o mais depressa possível, mas não podia derramar a água, que tanta falta fazia a flor. 	Subiu até ao vigésimonono andar e colocou a jarra com a flor em cima da secretária. Depois ficou a olhar para ela.  Estava muito vistosa. A senhora já lá não estava, mas no outro dia, quando chegasse, sorriria novamente. Os seus pais estavam preocupadíssimos com a sua demora e foram procurá-lo, pois o pai tinha um pressentimento de onde ele poderia estar. Foram ter com ele ao arranha-céus e a mãe deu-lhe um grande raspanete. Para o menino aquele raspanete fazia todo o sentido, mas não deixava de se sentir feliz com tudo aquilo que ele fizera para salvar aquela flor e viver o seu sonho.  FIM
"A Maior Flor do Mundo" Contada por Joana, 7ºA
 “ A Maior Flor do Mundo” Era uma vez uma menina. Vivia em terras longínquas e era muito infeliz. A sua família fazia tudo para resolver esta situação, mas a única coisa que ela sabia dizer era: 	- Sinto um vazio em mim. Sinto-me infeliz… 	Com estas palavras deixava toda a família com o coração apertado de preocupação. 	Os dias foram passando e a menina continuava infeliz. 	Certo dia, a menina tomou uma decisão importante. Não aguentava mais aquela situação e decidiu fazer qualquer coisa fora do normal. De noite, esperou que os pais, a irmã e os avós adormecessem e saltou da janela do seu quarto. Não havia problema pois estava no rés-do-chão. Começou a correr e nunca mais parou até chegar ao ano de 1700 a.C., dando vinte e três voltas ao nosso planeta. Fez uma paragem no rio Jordão para beber água e continuou viagem. A segunda paragem foi já em pleno Sistema Solar. Passou por Marte, onde quase fez uma queimadura na mão, mas foi em Júpiter que algo lhe chamou a atenção. Era uma outra menina, que, tal como a nossa personagem, estava infeliz. As duas meninas falaram um pouco e a menina de Júpiter confessou que estava sozinha naquele planeta. O único remédio para curar aquela infelicidade era uma boa dose de amizade.
- Eu posso trazer-te amizade. – disse a nossa personagem – Conheço um rio de que ouvi falar num livro, chamado Rio da Amizade, que fica a duas galáxias daqui! 	- Achas que me podes trazer um pouco dessa amizade? – pediu a menina de Júpiter. 	- Claro, estou disposta a fazer esse sacrifício por ti, visto que estás muito mais infeliz que eu… Espera aqui por mim, eu já volto. 	E assim foi. A nossa personagem saiu de Júpiter e continuou a correr até Plutão, onde parou por dois minutos para descansar. Continuou a correr e a correr e a correr… e já mal se aguentava em pé. Estava branca como a neve, com os olhos vermelhos como sangue e com a roupa rasgada como um mendigo, aparentava estar mesmo prestes a desfalecer… Mas julgam que ela desistiu? Nem por sombras! Continuou a correr até ao Rio da Amizade, passando por inúmeras e diversas estrelas. Por fim, chegou ao rio. Estecorria sobre uma estrela azul e verde. Era um rio bonito, mas isso não impediu uma cara de desilusão da menina, que, ao observar bem, viu que não passava de um rio igual aos outros. Aqueles pequenos olhos azuis começaram a ficar molhados e a menina sentiu uma imensa vontade de chorar. Nem acreditou. Tanto trabalho e agora nem sequer podia ajudar a sua amiga de Júpiter. Voltou a fazer a viagem de volta para Júpiter, mas desta vez com os olhos turvos das lágrimas que  escorriam.
	Quando chegou a Júpiter, já num estado lastimável, disse para a sua amiga: 	- Desculpa, menina de Júpiter… Fiz toda aquela viagem e afinal o Rio da Amizade não passa apenas de um rio comum… Peço muitas desculpas! 	- Menina da Terra… Como podes tu pedir desculpas? Olha para ti! Nunca ninguém se sacrificou tanto por mim como tu te sacrificaste… Estás sem forças, rota e com os pés feridos… e ainda pedes desculpa?… 	- Mas eu falhei, não te trouxe a amizade! 	- Trouxeste sim. Tu és a amizade! Tu és a minha amiga! A minha verdadeira amiga! 	Abraçaram-se com força e daí em diante a nossa personagem deu muito mais valor às pequenas e às grandes coisas e essencialmente percebeu a simplicidade de ser feliz.         Fim

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  • 2. Era uma vez um menino que vivia perto do centro da cidade, vivia numa vivenda azul com dois andares. Era uma daqueles rapazes que adorava os passeios de carro com o pai, e por isso, quando saía da escola, telefonava-lhe para o ir buscar, e o pai já sabia o que ele queria. Iam sempre aos mesmos sítios. Passava por prédios altos que chegavam ao décimo segundo andar, mas os seus preferidos eram mesmo os arranha-céus. A sua família era feliz e adoravam o lugar onde viviam. Ele não sabia como iriam reagir se lhes pedisse para irem morar para um arranha-céus. Provavelmente não iam aceitar, por isso decidiu que, depois da escola, em vez de telefonar ao pai para ir dar um passeio de carro, iria conhecer sozinho como eram os arranha-céus por dentro. E assim o fez. Já eram tantas as vezes que fazia aquele percurso que até já o sabia de cor e salteado. Passou pelas ruas conhecidas, até que, finalmente, chegou onde pretendia e subiu até ao andar mais alto. Quando saiu do elevador, aconteceu uma coisa de que ele não estava à espera, deparou-se com um homem a dar uma flor a uma mulher e ficou muito admirado, porque o seu pai nunca o tinha feito.
  • 3. A mulher pôs a flor numa jarra e colocou-lhe água. O menino ficou a olhar, vendo como a flor era tão delicada e como a mulher tratava dela, aos seus olhos era o gesto mais bonito que alguma vez vira. De seguida, foi à janela ver como era a paisagem vista do alto de um arranha-céus. Uauuu!!! as pessoas pareciam autênticas formigas e ele conseguia ver a cidade de uma ponta à outra. Estava a adorar a sua visita! Aquele sítio estava a ser uma autêntica descoberta. Antes de se ir embora, decidiu ir ver a flor uma vez mais, mas desta vez ele queria vê-la de perto. Ela estava exactamente no mesmo sítio onde a mulher a tinha deixado, antes de se ir embora. Aproximou-se e , sem querer, tocou-lhe ao de leve… a jarra de vidro e a flor caíram ao chão! Era como o mundo tivesse desabado! Ele sabia que tinha de encontrar uma jarra igualzinha antes que a mulher voltasse. Saiu a correr e foi a algumas lojas de vidros da cidade, mas nenhuma tinha uma jarra exactamente igual. Lembrou-se que a sua tia trabalhava numa fábrica de vidro e era capaz de fazer uma jarra, mas a sua casa era muito longe. No entanto não havia entraves para ele. Ele acreditava que tinha de conseguir. Lá seguiu ele com todos os bocados de vidro da jarra, para que a sua tia soubesse fazer uma igual. Levava a flor na mão, mas cada vez ela ia murchando mais, porém ele já estava perto.
  • 4. Finalmente, chegou e a sua tia recebeu-o de braços abertos. O menino explicou-lhe a situação e a sua tia foi a um pequeno atelier que tinha nas traseiras de sua casa. Fez a jarra exactamente igual, pôs-lhe água e colocou lá dentro a flor. Já tinha passado toda a tarde e o sol já se punha. Tinha de chegar ao arranha-céus o mais depressa possível, mas não podia derramar a água, que tanta falta fazia a flor. Subiu até ao vigésimonono andar e colocou a jarra com a flor em cima da secretária. Depois ficou a olhar para ela. Estava muito vistosa. A senhora já lá não estava, mas no outro dia, quando chegasse, sorriria novamente. Os seus pais estavam preocupadíssimos com a sua demora e foram procurá-lo, pois o pai tinha um pressentimento de onde ele poderia estar. Foram ter com ele ao arranha-céus e a mãe deu-lhe um grande raspanete. Para o menino aquele raspanete fazia todo o sentido, mas não deixava de se sentir feliz com tudo aquilo que ele fizera para salvar aquela flor e viver o seu sonho. FIM
  • 5. "A Maior Flor do Mundo" Contada por Joana, 7ºA
  • 6.  “ A Maior Flor do Mundo” Era uma vez uma menina. Vivia em terras longínquas e era muito infeliz. A sua família fazia tudo para resolver esta situação, mas a única coisa que ela sabia dizer era: - Sinto um vazio em mim. Sinto-me infeliz… Com estas palavras deixava toda a família com o coração apertado de preocupação. Os dias foram passando e a menina continuava infeliz. Certo dia, a menina tomou uma decisão importante. Não aguentava mais aquela situação e decidiu fazer qualquer coisa fora do normal. De noite, esperou que os pais, a irmã e os avós adormecessem e saltou da janela do seu quarto. Não havia problema pois estava no rés-do-chão. Começou a correr e nunca mais parou até chegar ao ano de 1700 a.C., dando vinte e três voltas ao nosso planeta. Fez uma paragem no rio Jordão para beber água e continuou viagem. A segunda paragem foi já em pleno Sistema Solar. Passou por Marte, onde quase fez uma queimadura na mão, mas foi em Júpiter que algo lhe chamou a atenção. Era uma outra menina, que, tal como a nossa personagem, estava infeliz. As duas meninas falaram um pouco e a menina de Júpiter confessou que estava sozinha naquele planeta. O único remédio para curar aquela infelicidade era uma boa dose de amizade.
  • 7. - Eu posso trazer-te amizade. – disse a nossa personagem – Conheço um rio de que ouvi falar num livro, chamado Rio da Amizade, que fica a duas galáxias daqui! - Achas que me podes trazer um pouco dessa amizade? – pediu a menina de Júpiter. - Claro, estou disposta a fazer esse sacrifício por ti, visto que estás muito mais infeliz que eu… Espera aqui por mim, eu já volto. E assim foi. A nossa personagem saiu de Júpiter e continuou a correr até Plutão, onde parou por dois minutos para descansar. Continuou a correr e a correr e a correr… e já mal se aguentava em pé. Estava branca como a neve, com os olhos vermelhos como sangue e com a roupa rasgada como um mendigo, aparentava estar mesmo prestes a desfalecer… Mas julgam que ela desistiu? Nem por sombras! Continuou a correr até ao Rio da Amizade, passando por inúmeras e diversas estrelas. Por fim, chegou ao rio. Estecorria sobre uma estrela azul e verde. Era um rio bonito, mas isso não impediu uma cara de desilusão da menina, que, ao observar bem, viu que não passava de um rio igual aos outros. Aqueles pequenos olhos azuis começaram a ficar molhados e a menina sentiu uma imensa vontade de chorar. Nem acreditou. Tanto trabalho e agora nem sequer podia ajudar a sua amiga de Júpiter. Voltou a fazer a viagem de volta para Júpiter, mas desta vez com os olhos turvos das lágrimas que escorriam.
  • 8. Quando chegou a Júpiter, já num estado lastimável, disse para a sua amiga: - Desculpa, menina de Júpiter… Fiz toda aquela viagem e afinal o Rio da Amizade não passa apenas de um rio comum… Peço muitas desculpas! - Menina da Terra… Como podes tu pedir desculpas? Olha para ti! Nunca ninguém se sacrificou tanto por mim como tu te sacrificaste… Estás sem forças, rota e com os pés feridos… e ainda pedes desculpa?… - Mas eu falhei, não te trouxe a amizade! - Trouxeste sim. Tu és a amizade! Tu és a minha amiga! A minha verdadeira amiga! Abraçaram-se com força e daí em diante a nossa personagem deu muito mais valor às pequenas e às grandes coisas e essencialmente percebeu a simplicidade de ser feliz.         Fim