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A partir de 1973, inicia-se, na Europa, uma grande crise económica provocada pela subida dos
preços do petróleo. Aquela teve como consequência o aumento do desemprego e o decréscimo
acentuado dos fluxos migratórios internacionais.
          Os países de acolhimento começaram a colocar restrições à entrada de trabalhadores
estrangeiros, com o objectivo de reduzir o desemprego dos seus cidadãos. Alguns países, como a França
e a Alemanha, dispuseram-se, inclusivamente, a pagar indemnizações aos imigrantes que quisessem sair
do país.
          Depois deste período de relativa acalmia dos fluxos migratórios, estes voltam a ser significativos
a partir de 1990.
          Da África do Norte, onde a miséria é uma constante, saem grandes massas populacionais em
direcção à Europa. A maioria destas migrações são ilegais (clandestinas).
          Também as alterações do sistema político e económico dos países da Europa Central e do Leste
têm desencadeado situações de miséria, guerra e repressão. Por sua vez, aquelas provocam um intenso
movimento, principalmente, de húngaros, polacos, albaneses, jugoslavos, romenos e búlgaros, em
direcção à Europa Ocidental.

ONDA DE ILEGAIS ATINGE O SUL DE ESPANHA
          O estreito de Gibraltar, a grande fronteira entre a Africa e a Europa, está a transformar-se num
imenso cemitério de imigrantes ilegais. O desejo de muitos jovens marroquinos e argelinos de
abandonarem a miséria em que vivem não tem limites. Atravessam as águas turbulentas do estreito de
Gibraltar, amontoados em pequenos barcos.
          Só em 1996, a polícia espanhola prendeu mais de cinco mil clandestinos e muitos outros
naufragaram e ficaram no fundo do mar.
          Uma das tragédias ocorreu em Outubro de 1996, quando vinte e sete jovens morreram ao virar-
se o barco onde seguiam.
          As pequenas embarcações estão preparadas para transportar dez pessoas, mas acabam por
transportar três vezes mais, o que constitui um grande perigo.
          A tragédia ocorre quando a polícia está à espera na praia, no lado espanhol. Os ilegais terão que
regressar a Marrocos e abandonar o sonho de encontrar trabalho em Espanha. E o pior é que todo o
sacrifício económico que representa pagar a viagem não lhes terá servido de nada. Atravessar o estreito
em barcos pequenos custa entre 375 e 500 euros, uma quantia muito grande para uma economia como a
marroquina, em que o ordenado médio não ultrapassa os 250 euros.
          Apesar do grande controlo da polícia espanhola, pensa-se que o número de marroquinos
ilegalmente estabelecidos em Espanha atinja os 200 mil.
                                                                               Adaptado de Diário de Notícias

ACTIVIDADES DE SÍNTESE
1- Explica a ocorrência de acentuados movimentos migratórios na Europa, após a II Guerra Mundial.
2- “Os fluxos migratórios para a Europa Ocidental intensificaram-se a partir de 1990.”
     2.1- Identifica as razões responsáveis por esta nova vaga de migrações.
     2.2- Refere as principais regiões de partida dos migrantes.

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  • 1. A partir de 1973, inicia-se, na Europa, uma grande crise económica provocada pela subida dos preços do petróleo. Aquela teve como consequência o aumento do desemprego e o decréscimo acentuado dos fluxos migratórios internacionais. Os países de acolhimento começaram a colocar restrições à entrada de trabalhadores estrangeiros, com o objectivo de reduzir o desemprego dos seus cidadãos. Alguns países, como a França e a Alemanha, dispuseram-se, inclusivamente, a pagar indemnizações aos imigrantes que quisessem sair do país. Depois deste período de relativa acalmia dos fluxos migratórios, estes voltam a ser significativos a partir de 1990. Da África do Norte, onde a miséria é uma constante, saem grandes massas populacionais em direcção à Europa. A maioria destas migrações são ilegais (clandestinas). Também as alterações do sistema político e económico dos países da Europa Central e do Leste têm desencadeado situações de miséria, guerra e repressão. Por sua vez, aquelas provocam um intenso movimento, principalmente, de húngaros, polacos, albaneses, jugoslavos, romenos e búlgaros, em direcção à Europa Ocidental. ONDA DE ILEGAIS ATINGE O SUL DE ESPANHA O estreito de Gibraltar, a grande fronteira entre a Africa e a Europa, está a transformar-se num imenso cemitério de imigrantes ilegais. O desejo de muitos jovens marroquinos e argelinos de abandonarem a miséria em que vivem não tem limites. Atravessam as águas turbulentas do estreito de Gibraltar, amontoados em pequenos barcos. Só em 1996, a polícia espanhola prendeu mais de cinco mil clandestinos e muitos outros naufragaram e ficaram no fundo do mar. Uma das tragédias ocorreu em Outubro de 1996, quando vinte e sete jovens morreram ao virar- se o barco onde seguiam. As pequenas embarcações estão preparadas para transportar dez pessoas, mas acabam por transportar três vezes mais, o que constitui um grande perigo. A tragédia ocorre quando a polícia está à espera na praia, no lado espanhol. Os ilegais terão que regressar a Marrocos e abandonar o sonho de encontrar trabalho em Espanha. E o pior é que todo o sacrifício económico que representa pagar a viagem não lhes terá servido de nada. Atravessar o estreito em barcos pequenos custa entre 375 e 500 euros, uma quantia muito grande para uma economia como a marroquina, em que o ordenado médio não ultrapassa os 250 euros. Apesar do grande controlo da polícia espanhola, pensa-se que o número de marroquinos ilegalmente estabelecidos em Espanha atinja os 200 mil. Adaptado de Diário de Notícias ACTIVIDADES DE SÍNTESE 1- Explica a ocorrência de acentuados movimentos migratórios na Europa, após a II Guerra Mundial. 2- “Os fluxos migratórios para a Europa Ocidental intensificaram-se a partir de 1990.” 2.1- Identifica as razões responsáveis por esta nova vaga de migrações. 2.2- Refere as principais regiões de partida dos migrantes.