PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Revista - Ilha de Lampedusa
1. LAST
THINGS TO DO
IN THE MOUNTAIN
Lampedusa, a ilha perdida
TRAVEL TIPS &
ADVICES
Hospitais, pra que? Saiba o motivo de tanta irritação dos
lampedusanos
VOL. 1 | MAIO 2016
Hospitais, pra
quê?
O Tratado Secreto Crise de refugiados ou
crise de governos?
A localização, a
economia e a vida de
Lampedusa
2. SUMÁRIO
pg. 3
Localização
pg. 4
Principais fatores que contribuem para
sua economia.
pg. 5
pg. 6 e 7
pg. 8
REISE|PAGE2
Serviços públicos
Consideração acerca da crise migratória europeia
Curiosidade- Fuocoammare
3. A ilha Lampedusa é uma pequena ilha italiana do
arquipélago de Pelágias no Mar Mediterrâneo com uma
área de 20,2 km². Por estar localizada entre a África e a
Europa é chamada de "a ponte África-Europa", são cerca
de 5 mil habitantes.
Ela é uma ilha que está ao norte da linha do Equador em
um clima tropical onde a agricultura é baseada em cereais
e vinha, é uma ilha paradisíaca, com praias majestosas,
por ser uma ilha paradisíaca existem muitos turistas que
a visitam para aproveitar de suas belezas naturais.
Lampedusa- localização e aspecto
físico da ilha
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Com isso, grande parte dos recursos econômicos provêm do turismo, porém existe um fluxo muito grande
de imigrantes ilegais da África para a Europa, por estar próximo dos dois continentes. Em 2011 o fluxo de
imigrantes era de 67 500 pessoas e em 2016 passou a ser de 180 000 pessoas e em media 15 mil
pessoas por ano. Essas pessoas fogem de seus países por causa de guerras e da situação econômica
de seu país.
A prefeita Guisi Nicolin lutava para tirar a imagem ruim e teve a ideia de criar um filme que se chama
''Fogo no Mar" que é um documentário sobre a vida na ilha - como veremos mais à frente.
Milhares de pessoas morreram nessa travessia da África para a Europa por causa de naufrágios.
Na maioria das vezes, a população de Lampedusa é pescadora e agricultora.
4. Principais
fatores que
contribuem
para a sua
economia
É dos 20 km² de terra que os lampedusianos
tiram sua subsistência, seja por meio do turismo
até a pesca.
Antes do turismo, sua economia era baseada na
agricultura e na pesca. As praias paradisíacas
com água azul-turquesa da ilha atraem mais de
50 mil visitantes a cada verão e mais de mil
habitantes a cada dois meses.
Assim, a busca pelo trabalho tanto na pesca
quanto na agricultura fez com que pequena
parte de seus habitantes atravessassem os
poucos quilômetros que os separam do
continente africano.
Em 2011, 50% do turismo caiu
Atualmente, a ilha vê sua principal fonte de
economia ameaçada, diante do ponto de vista
das autoridades italianas e europeias em
relação aos imigrantes ilegais que aportam ali.
Os estrangeiros são cada vez mais raros depois
que o euro foi implantado como moeda local.
O dono da agência de turismo Servizi Mikael,
fundada em 1995 na ilha, Palili Salvatore, de 50
anos, conta o desenrolar de sua vida a partir de
2009. Desde aquele ano, o italiano não altera os
valores cobrados em sua agência, após ver cair
em 37% a procura por pacotes turísticos e
demitir oito de seus quatorze funcionários.
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5. Serviços
públicos
Muitos estrangeiros não vão hoje em dia
para Lampedusa devido à falta de
hospitais, sendo que a ilha possui apenas
um pronto-socorro que é para doenças
menos graves, isso os jornais não mostram,
mas em uma entrevista com
lampedusianos, eles explanaram a falta de
atenção do governo sobre a população.
Nem mesmo partos são feitos na ilha,
precisando as mães viajar para terem seus
bebês.
Famílias com filhos pequenos não vão mais
para a ilha e os estrangeiros também são
cada vez mais raros desde que o euro foi
implantado como moeda local.
As escolas são velhas, os jovens que
querem ir para universidades precisam se
mudar e não recebem qualquer tipo de
apoio do governo, o combustível é muito
mais caro do que no continente, assim
como o transporte.
Com o início da Primavera Árabe, logo no
inicio de 2011, a ilha passou a receber em
média 5 mil refugiados por mês, assim
foram mais de 50 mil refugiados ao todo
naquele ano. O Centro de Socorro e
Primeiro Acolhimento (CPSA), recebe
imigrantes logo quando esses chegam na
ilha, não obstante, constata-se que esse só
tem capacidade para acolher 850 pessoas.
O turismo caiu 50% naquele ano.
O Estado parou de transferir os imigrantes
para os centros do continente, usando
como desculpa de que eles
encontravam-se lotados. Em setembro
daquele mesmo ano, um grupo de
lampedusianos se revoltou e colocou fogo
em dois pavilhões do centro de
acolhimento, reduzindo o número de
tolerância para 250 pessoas. Já se
passaram 6 anos e o pavilhão ainda não foi
reformado.
No início, as pequenas embarcações
chegavam ao porto com no máximo 10
pessoas, sem qualquer tipo de estrutura
para a sustentação oficial, os habitantes
ajudavam os imigrantes como podiam.
A onda migratória começou a aumentar
em 2003 e bateu seu recorde em 2011. Em
2009, o centro de acolhimento, que era
frequentemente alvo de denúncias de
superlotação e condições precárias de
higiene já havia sido incendiado por
imigrantes.
Durante a entrevista, muitos habitantes
disseram que se sentiam esquecidos pelas
autoridades e estão cansados de serem
tratados como os únicos culpados pela
crise migratória.
A operação Mare Nostrum fortalece o
monitoramento do Mediterrâneo, embora
também tenha como objetivo a detenção
de imigrantes ilegais.
Fontes: http://www.loucosporviagem.com/destinos-
internacionais/dicas-de-lampedusa-sicilia/
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6. Consideração acerca da crise
migratória europeia
A crise migratória na Europa é o basilar
reflexo idiossincrático dos conflitos no Oriente
Médio. Segundo certos dados do Ministério do
Interior italiano e do ACNUR, chegaram à ilha 300
mil refugiados nos últimos 20 anos. Até o ano de
1998 o cardinal porto de proveniência dos
refugiados era a Tunísia, contudo nesse mesmo
período fora assinado entre a a Itália e a Tunísia um
acordo para limitar de modo intrépido a emigração
no país. Como corolário, os imigrantes debutaram a
fuga a partir do porto da Líbia. Tal episódio
exemplifica de feitio eficaz a relação entre a
conjuntura vivida pela África [a qual perde com
governos corruptos e a baixa qualidade de vida da
maioria de sua população] e os conflitos do
Oriente Médio e, primacialmente, como os governos
abordam e conjecturam no tocante ao assunto
imigração; sem a ocorrência de sua atuação
peremptória na redução dos fatores contribuintes para a
etiologia da mesma. Lampedusa recebeu mais
imigrantes no ano de 2011, conjuntura invertida nos 2
anos seguintes, com o advento do tratado de conteúdo
secreto assinado entre a Itália e a Tunísia, o qual
resultava na deportação de imigrantes antes mesmo
desses chegarem na costa da ilha. Após essas medidas
houve a condenação da decisão pelo Tribunal Europeu
dos Direitos do Homem.
Segundo o jornal The Washington Times, a ilha de
Lampedusa é o rosto da crise migratória e o canal de
exportação da instabilidade árabe por todo o
Mediterrâneo. Aliás, o vice-prefeito de Lampedusa,
Damiano Sferlazzo, afirmou: "Para a maioria das
pessoas, quando elas pensam sobre Lampedusa,
elas pensam sobre os refugiados e, infelizmente, elas
pensam que ela não é um lugar tão bom para umas
férias". Assim, de acordo com o vice-prefeito, a
questão migratória possui influência e acaba por
permear em perdas na parte turística da região. Um
grande sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, elucida PAGE 6
7. a deveras de que em um mundo globalizado, com
uma modernidade fluida e líquida, a propensão de
deslocamento é imensa por conta da tecnologia
existente na área dos transportes. Todavia, essa
não se localiza disponível a todos os seres
humanos. Tanto que ele declara a existência de
dois grupos entre os seres humanos: os turistas
globais, aqueles que têm poder de livre
deslocamento, membros móveis de uma elite
social com riqueza e status para gozar dos
aspectos mais positivos dessa forma de
modernidade e as outras classes alheias em
grande parte do processo de globalização e dos
benefícios por ela ocasionados no quinhão dos
transportes.
Essa visão de Bauman erige os homens das classes
altas como sendo esses turistas globais e os outros
como as classes alheias do processo de globalização da
sociedade e dos frutos que essa proporciona a
sociedade no âmbito dos transportes. Essa exegese do
pensamento de Bauman denuncia a circunstância
vivenciada por esses refugiados e imigrantes ilegais os
quais se dirigem à Europa. As mortes ocorridas no mar
Mediterrâneo em virtude da rota de imigração Líbia-
Itália, aumentaram em, aproximadamente, 3450 em
números de mortes, entre os anos de 2011 e 2016; como
franqueia os gráficos mostrados a seguir:
Fontes: https://qz.com/678164/in-the-mediterranean-paradise-of-lampedsa-rescuing-refugees-and-migrants-is-a-matter-of-common-
sense/, https://www.washingtontimes.com/news/2015/mar/8/lampedusa-italy-becomes-symbol-of-europes-migrant-/ e
https://migramundo.com/lampedusa-a-porta-da-europa/ PAGE 7
8. Curiosidade- FuocoammareFuocoammare, em italiano, ou Fogo no mar é um
documentário que foi dirigido pelo diretor Gianfranco Rosi e
elenca a vida da cidade italiana de Lampedusa na costa sul da
Itália, a qual é considerada a faceta preponderante da crise
migratória na Europa. Foi com o filme que o diretor Gianfranco
Rossi recebeu o prêmio Festival de Berlim- após ter ganho o
Festival de Veneza com o documentário Sacro GRA. A câmera
utilizada pelo próprio Rosi, dá um foco aos estrangeiros e
primordialmente, aos habitantes que convivem constantemente
com as tragédias e os tormentos dos refugiados que morrem
ao tentar chegar na ilha pelo mar. Destarte, Rosi oferece
determinada ênfase às operações de socorro aos barcos em
situação periculosa pela Guarda Costeira Italiana. Além disto,
dois personagens são representados pelo documentário: ora
aparece Pietro Bartolo, o único médico da ilha de Lampedusa,
ora aparece Samuele Pucillo, um garoto comum o qual prefere
caçar passarinhos a ir para a escola. O menino tem de conviver
ainda com algumas complicações de saúde. O menino exprime
de jeito sutil o sentimento das crianças acerca das divergências
(que são bem caras à Lampedusa e explícitas)
entre as paisagens exuberantes da ilha e as
tragédias corriqueiras na ilha propiciadas
pelas diversas tentativas fracassadas de
entrar na ilha, por volição dos imigrantes
ilegais. Entrementes, o médico Pietro
Bartolo sofre com a dificuldade de
comunicação com muitos dos pacientes
imigrantes de línguas para ele
desconhecidas e com as autópsias qua já
realizara de várias crianças. A ele cabe a
incumbência de tratar os doentes da ilha,
algo prosaico em sua vida e que muitas vezes o tira o sono.
Após o diretor Gianfranco Rosi ter ganho a estatueta do Urso
de Ouro ele a doou aos moradores da ilha. O filme Fogo no
mar além de tudo isso, retrata a imagem de uma gama de
imigrantes dentro de um barco, mostrando suas faces de
tristeza, alívio, incerteza com relação ao futuro, nervosismo,
angústia, sofrimento e medo. Inexiste quaisquer forma de
diálogo entre os personagens e os produtores do filme através
de entrevista ou de uma narração, o escopo é explicitar suas
emoções e aspirações apenas por meio de imagens.
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/09/italia-escolhe-o-documentario-fogo-no-mar-para-tentar-vaga-no-
oscar.html, http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/04/documentario-fogo-no-mar-retrata-saga-de-refugiados-em-ilha-
italiana.html e http://www.adorocinema.com/filmes/filme-244222/ PAGE 8