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nacional
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Uma Compilação da Casa Universal de Justiça
A
ASSEMBLÉIA
ESPIRITUAL
NACIONAL

Uma Compilação da Casa Universal de Justiça

TRADUÇÃO

José

DE

Xavier

Rodrigues

Publicado pela

Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís de Portugal
Lisboa
137 3
Í N D I C E

I.

Responsabilidade dos membros, autoridade, funções

II.

Relação com a Convenção

19

III.

Relação com a Comunidade

27

IV.

Relação com o mundo exterior

35

Funções dos oficiais

37

Reuniões da Assembléia

41

VII.

Comissões Nacionais

43

VIII.

Flexibilidade em questões secundárias

V.
VI.

.

.

.

7

47

IX.

Apelações

•

53

X.

O Espírito e a Forma da Administração Bahál

.

57
A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL
(Uma compilação)

Acabámos de fazer uma compilação de extractos de cartas
escritas por Shoghi Effendi ou em seu nome, pelos seus Secretários, sobre a instituição da Assembléia Espiritual Nacional. Não
tentámos fazer uma compilação exaustiva de todos os textos
existentes sobre o assunto, mas esperamos que o material incluso
possa ajudar os membros das Assembléias Espirituais Nacionais,
e os amigos em geral, a conhecerem esta instituição vital da Fé.

Junho de 1972.
A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
I.

RESPONSABILIDADE DOS MEMBROS, AUTORIDADE,
FUNÇÕES

«Com referência ao estabelecimento das Assembléias Nacionais, é de importância vital que em todos os paises, onde as
condições sejam favoráveis, e o número de amigos se tenha
multiplicado e atingido um volume considerável... seja imediatamente estabelecida uma «Assembléia Nacional», representativa
dos amigos de todo esse país.»
«O seu propósito imediato é estimular, unificar e coordenar
por meio de freqüentes consultas pessoais, as múltiplas actividades dos amigos e das Assembléias Locais; e através de um contacto intimo e constante com a Terra Santa, criar recursos, e
dirigir os assuntos gerais da Causa nesse país.»
«Servem também um outro propósito, não menos essencial
do que o primeiro, se considerarmos que a seu tempo evoluirão
em Casas Nacionais de Justiça (que se encontram referidas na
Vontade e Testamento de 'Abdu'1-Bahá como as «Casas de Justiça
Secundárias»), as quais, de acordo com o explícito texto do Testamento, terão, em conjunto com as outras Assembléias Nacionais
de todo o mundo Bahá'í, de eleger directamente os membros da
Casa Internacional de Justiça, aquele Conselho Supremo que
orientará, organizará e unificará os assuntos do Movimento em
todo o mundo.»
«Nas Escrituras de 'Abdu'1-Bahá, está expressamente registado que estas Assembléias Nacionais devem ser ele.tas indirectamente pelos amigos; isto é, os amigos de cada país, devem
eleger um determinado número de delegados, que por sua vez
elegerão de entre todos os amigos desse país, os membros da
Assembléia Espiritual Nacional...»
«Esta Assembléia Espiritual Nacional, que enquanto não for
estabelecida a Casa Universal de Justiça, terá de ser reeleita
uma vez por ano, assume obviamente graves responsabilidades,
visto que tem de exercer plena autoridade sobre todas as Assembléias Locais do seu país, dirigir as actividades dos amigos,
guardar vigilantemente a Causa de Deus, controlar e superintender
os assuntos gerais do Movimento...»
«Tem também a responsabilidade de decidir se uma determinada questão em discussão é de natureza estrictamente local e
reservada à consideração e decisão da Assembléia Local, ou se
é de caracter nacional, e ser considerada como uma questão que
deve receber a sua especial atenção. A Assembléia Espiritual
Nacional decidirá também dos assuntos que na sua opinião devem
ser referidos à Terra Santa para consulta e decisão.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 39-41, duma
carta datada de 12 de Março de 1923.)
«Creio firmemente, ser da máxima urgência e importância
que, com a unidade de propósito e acção firmemente estabelecidas no nosso meio e com todo o vestígio de animosidade e
desconfiança do passado banido dos nossos corações, formemos
uma frente unida e combatamos com sapiência e tacto, todas as
forças que possam obscurecer o espírito do Movimento, causar
divisionismo nas suas fileiras, e limitá-lo com crenças dogmáticas
e sectárias.»
«É primariamente sobre os membros eleitos das Assembléias
Espirituais Nacionais de todo o mundo Bahá'í, que recai este tão
importante dever, visto ter sido posto e centralizado nas suas
mãos a direcção e orientação de todas as actividades espirituais
Bahá'ís, e porque são aos olhos do povo dos seus países, o
organismo supremo nessa terra, que oficialmente representa, promove e salvaguarda os vários interesses da Causa, é minha fervorosa oração e mais caro desejo que a guia infalível de BaháVIláh
e as bênçãos do nosso amado Mestre, lhes permita estabelecer
um elevado e verdadeiro exemplo para todas as outras instituições
Bahá'ís e Assembléias Locais, e lhes mostre o que a harmonia
absoluta, a deliberação amadurecida e a cooperação abnegada
podem conseguir.»
«Se este organismo representativo e responsável, não conseguir realizar este requisito fundamental ao sucesso de todo o
empreendimento, toda a estrutura concerteza ruirá, e o Grande
Plano do Futuro, tal como se processa segundo a Vontade e
Testamento do Mestre, será rudemente abalado e gravemente
atrasado.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 45-46, duma
carta datada de 9 de Abril de 1923.)
«Sobre o método a adoptar para a eleição das Assembléias
Espirituais Nacionais, é evidente que o texto do Testamento do
Mestre não nos dá nenhuma indicação quanto à maneira pela
qual estas Assembléias devem ser eleitas. Numa das Suas primeiras Epístolas, contudo, dirigida a um amigo da Pérsia, está
expressamente registado o seguinte :»
«Na altura em que todos os amados de Deus em cada país
nomearem os seus delegados, e estes por sua vez, elejam os
seus representantes e estes representantes elejam um organismo,
este organismo deverá considerar-se como o Supremo Baytu'l-'adl
(A Casa Universal de Justiça).»
«Estas palavras indicam claramente que 'Abdu'l-Bahá nos dá
uma eleição composta de três fases para a formação da Casa
Internacional de Justiça e, como na Sua Vontade e Testamento
está explicitamente indicado que as «Casas de Justiça Secundárias» (isto é, as Assembléias Nacionais) devem eleger os membros da «Universal», óbvio se torna, que os membros das Assembléias Espirituais Nacionais, terão de ser indirectamente eleitos
pelo corpo dos crentes dos seus respectivos países...»
«Se a nomeação dos delegados fizesse parte das funções
das Assembléias Locais, que já são organismos eleitos, seria
introduzido o princípio da eleição composta de quatro fases, o
que estaria em desacordo com as estipulações explicitamente
estabelecidas na Epístola do Mestre. Por outro lado, se fossem as
Assembléias Espirituais Locais, cujo número de membros está
estritamente confinado a nove, a eleger directamente os membros
da Assembléia Espiritual Nacional — mantendo assim o princípio
da eleição de três fases — todas as localidades Bahá'ís, que têm
necessariamente de diferir no seu potencial numérico, teriam então
de participar em igualdade na eleição da Assembléia Espiritual
Nacional — prática esta que seria contrária à honestidade e justiça.
Além disto, o princípio guia central na administração presente
da Causa, tem sido tornar as Assembléias Espirituais Nacionais
tão independentes quanto possível na condução dos assuntos
referentes ao seu país, e limitar a influência obstruciva de qualquer
instituição dentro da sua jurisdição que pudesse, directa ou indirectamente, enfraquecer a sua autoridade e prestígio.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 84-85, duma
carta datada de 12 de Maio de 1925.)
«Desígnios elevados e motivos puros, ainda que louváveis
em si mesmos, não serão sem dúvida suficientes senão forem
apoiados por medidas práticas e métodos eficazes. Riqueza de
sentimento, abundância de boa-vontade e esforço, não produzirão nenhum benefício se não conseguirmos exercer discriminação e controlo e dirigir o seu fluxo através dos canais mais vantajosos. A liberdade plena do indivíduo deve ser temperada pela
consulta mútua, pelo sacrifício e o espírito de iniciativa e empreendimento, reforçado por uma compreensão mais profunda da necessidade suprema da acção colectiva e de uma devoção mais
plena ao bem comum.»
«Seria impossível nesta fase ignorar a indispensabilidade,
ou sobestimar o significado único da instituição da Assembléia
Espiritual Nacional — o eixo em redor do qual se volvem as actividades dos crentes em todo o continente Americano. Suprema
é a sua posição, grave a sua responsabilidade, múltiplos e árduos
os seus deveres. Quão grande o privilégio, quão delicada a tarefa
dos delegados reunidos, cuja função é eleger estes representantes
nacionais que, deveriam pela sua folha de serviços, enobrecer
e enriquecer os anais da Causa! Se considerarmos apenas as
elevadas qualificações dos membros das Assembléias Banais,
como enumeradas nas Epístolas de 'Abdu'1-Bahá, ficamos plenos
de sentimentos de desmerecimento e consternação e, ficaríamos
verdadeiramente desencorajados, senão fosse o pensamento reconfortante de que se nos erguermos para desempenhar nobremente o nosso papel, todas as deficiências das nossas vidas,
serão mais do que compensadas pelo espírito avassalador da Sua
graça e poder. Deste modo compete aos delegados eleitos considerarem sem o mínimo vestígio de paixão e preconceito, e respectivamente de qualquer consideração material, apenas os nomes
daqueles que melhor combinem as necessárias qualidades de inquestionável lealdade, abnegada devoção, espírito esclarecido, reconhecida competência e amadurecida experiência. Possa a próxima Assembléia Espiritual Nacional—os privilegiados e escolhidos
servos da Causa—imortalizarem o seu termo de serviço com
acções de afectuoso serviço, acções que redundarão em honra,
em glória e em poder, para o Nome Supremo.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 87-88, duma
carta datada de 3 de Junho de 1925.)
«Agora que a engrenagem administrativa da Causa já se
desenvolveu suficientemente, o seu propósito e objectivo são
melhor conhecidos e compreendidos, e cada crente se encontra
mais familiarizado com os seus métodos e funcionamento, creio
ser chegada a altura em que esta deve ser completa e conscientemente utilizada na promoção do propósito para que foi criada.
A minha convicção, é que ela deve servir um propósito duplo.
Por um lado, almejar a expansão constante e gradual do Movimento ao longo de linhas que sejam simultaneamente amplas,
válidas e universais; e, por outro lado, assegurar a consolidação
interna do trabalho já realizado. Ambos devem fornecer o impulso
através do qual as forças dinâmicas latentes na Fé se possam
desenrolar, cristalizar e moldar as vidas e conduta dos homens,
e servir como um meio para o intercâmbio de pensamento e a
coordenação das actividades entre os diversos elementos que
constituem a comunidade Bahá'í...
Em linhas gerais estes são os princípios guias que aqueles que
estão colocados nos cargos da administração dos assuntos da
Causa, devem presentemente esforçar-se por promover, explicar
e firmemente estabelecer. Nada menos que o espírito da fé inabalável, de vigilância contínua e esforço paciente, pode eventualmente esperar alcançar a realização deste nosso tão caro desejo.»
«Possam os representantes nacionais da América erguerem-se com uma visão clara, uma determinação inflexível e um renovado vigor para levarem integralmente a cabo a sagrada tarefa
que se propuzeram realizar.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 109-110, duma
carta datada de 12 de Maio de 1926.)
10
«Agora que a A.E.N. foi adequadamente constituída e os
seus oficiais devidamente nomeados, cumpre a cada um e a
todos, introduzirem e promoverem tais medidas que consolidem
o trabalho que tão bem começaram. A instituição do Fundo Nacional, um Boletim Bahá'i similar ao Noticiário editado pela A.E.N.
Americana, uma campanha de Ensinamento rigorosa e bem concebida, um esforço contínuo e determinado para coordenar as
actividades das assembléias locais e grupos em toda a fndia e
Birmânia, e o envio de freqüentes e detalhados relatórios para a
Terra Santa, estão entre as necessidades mais primárias e urgentes do novo dia que alvoreceu sobre a índia. Aguardo com interesse os vossos relatórios e ficai certos das minhas orações
contínuas, pelo sucesso do vosso árduo labor.»
(Shoghi Effendi, duma carta datada de 28 de Outubro de
1926 à A.E.N. da índia e Birmânia, mencionada em «Dawn of a
New Day», páginas 14-15.)
«Desejo reafirmar, de uma maneira clara e categórica, o princípio já enunciado em que se baseia a autoridade suprema da
assembléia nacional em todos os assuntos que afectam os interesses da Fé nessa terra. Não pode haver conflito de autoridade,
nem dualidade sob qualquer forma ou circunstância em qualquer
esfera de jurisdição Bahá'í, seja esta local, nacional ou internacional. A assembléia nacional, contudo, embora o único intérprete
da sua Declaração de Fideicomissários e dos seus estatutos, é
directa e moralmente responsável ao permitir que qualquer organismo ou instituição dentro da sua jurisdição, abuse dos seus
privilégios ou decline o exercício dos seus direitos e prerrogativas.
A assembléia nacional é o guardião fideicomissário e a origem
das múltiplas actividades e interesses de cada comunidade nacional do mundo Bahá'í. É o único elo que liga estas comunidades
à Casa Internacional de Justiça — o organismo administrativo
supremo na Dispensação de BaháVIláh.»
(Shoghi Effendi, duma carta datada de 11 de Junho de 1934.)
«Com referência à vossa pergunta quanto à conveniência de
revelar a um crente individual o conteúdo da correspondência
da A.E.N.: A opinião do Guardião é que embora isso não deva
considerar-se como uma obrigação que um crente possa impor
ao organismo nacional, seria contudo, muito aconselhável que
a A.E.N. considerasse favoravelmente tal pedido feito por um
crente. Na sua opinião, isso evita a impressão de que a Assembléia trabalha numa atmosfera de completo segredo e que este
tem por causa motivações ditatoriais. A decisão final em tais
assuntos, contudo, é deixada inteiramente ao critério da Assembléia Espiritual Nacional. 0 princípio básico que nunca deve ser
esquecido, é que não se pode pedir à A.E.N. para revelar a
qualquer estranho todos os detalhes relativos ao seu trabalho. A
11
Assembléia pode decidir fazê-lo se o desejar, mas ninguém tem o
direito de a forçar a uma tal acção. Este, claro está, é o lado
puramente legal da questão. Mas uma atitude puramente legalística em assuntos que afectam a Causa, especialmente agora
que a Fé se encontra ainda na sua infância, é não apenas inadequada, mas cheia de invisíveis perigos e dificuldades. Os indivíduos
e as assembléias têm de aprender a cooperar e a cooperar inteligentemente, se quizerem desempenhar devidamente as suas
obrigações para com a Fé. E uma tal cooperação só é possível
havendo confiança mútua.»
(Duma carta datada de 19 de Junho de 1935, escrita em
nome de Shoghi Effendi, extraída de Mansagens do Guardião
à Austrália e Nova Zelândia, página 9.)
«Com referência à vossa pergunta relativa ao direito que
assiste a um membro da Assembléia Espiritual Nacional de revelar a esse organismo quaisquer factos que possua como membro de uma Assembléia Espiritual Local: 0 Guardião pensa que a
devida apresentação de todos esses factos não é apenas um
direito, mas um dever de todo o membro da Assembléia Espiritual
Nacional. De facto, todo o membro leal e consciencioso que tem
o privilégio de ser membro da A.E.N., tem a obrigação de contribuir para a informação geral dos seus co-trabalhadores nesse
organismo, com todos os factos que estes últimos requeiram
para o estudo e decisão dos casos submetidos à sua consideração.»
(Duma carta datada de 14 de Janeiro de 1935, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«A formação de cada nova Assembléia Espiritual Nacional
tem verdadeiramente de considerar-se como um passo em frente,
na evolução da Administração da Fé, e só após terem sido devidamente constituídas um número suficiente destas Assembléias,
pode haver alguma esperança duma futura expansão da Causa.»
(Duma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, a um crente
individual, mencionada no Bahá'í News, N.° 91, de Abril de 1935,
pág. 15.)
«Uma vez mais, Shoghi Effendi exorta a vossa Assembléia
a considerar com prudência e simpatia, esse caso que já ocupa
a sua atenção há vários meses. A situação deve ser cuidadosamente estudada, e todos os seus aspectos exaustivamente investigados e tomada uma decisão que deve imediata e destemidamente ser executada. Uma demora demasiada não só prejudica
os interesses do peticionário mas, além disso, terá por efeito
minimizar a autoridade e prestígio da vossa Assembléia.»
(Duma carta datada de 12 de Agosto de 1935, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
12
«O Guardião ficou muito satisfeito ao saber dos progressos
feitos pela A.E.N. da índia nos seus esforços para consolidar,
alargar e manter a esfera de acção das suas actividades nacionais. Tremendas são as dificuldades no vosso caminho. As diferenças de idioma, de fundo social e intelectual tornam, indubitavelmente, muito mais difícil a realização do trabalho e poderão
temporariamente refrear o funcionamento eficiente e regular da
engrenagem administrativa da Fé a nível nacional. Não obstante,
eles atribuem às deliberações da Assembléia Nacional uma universalidade que de outro modo não teriam e que dá aos seus
membros uma amplitude de visão que é seu dever cultivar e fomentar. Na formação de qualquer assembléia local ou nacional,
não é a uniformidade que devemos procurar. Porquanto o alicerce
da ordem administrativa Bahá'í é o princípio da unidade na diversidade, que tão energética e repetidamente se encontra vincado
nas escrituras da Causa. Diferenças que não são fundamentais e
contrárias aos ensinamentos básicos da Causa, devem ser mantidas, enquanto que a unidade básica da ordem administrativa,
deve a todo o custo ser preservada e assegurada. A unidade,
tanto de propósito como de meios é, verdadeiramente, indispensável ao funcionamento seguro e rápido de toda a assembléia, quer local ou nacional.»
(Shoghi Effendi, duma carta datada de 2 de Janeiro de 1934
à A.E.N. da índia e Birmânia, mencionada em «Dawn of a New
Day, páginas, 47-48.)
«A evolução do Plano impõe uma obrigação tripla, que todos
os crentes individuais, todas as Assembléias locais, assim como
a própria Assembléia Nacional, devem respectivamente reconhecer
e conscientemente cumprir. Todo e cada crente, intrépido a meio
das incertezas, dos perigos e das dificuldades financeiras que
afligem a nação, deve erguer-se e assegurar, na medida plena da
sua capacidade, o contínuo e abundante fluxo de fundos para a
Tesouraria Nacional, do qual principalmente depende a continuação
vitoriosa do Plano. Às assembléias locais, cuja função especial
e elevado privilégio é facilitar a admissão de novos crentes na
comunidade, e deste modo estimular a infusão de sangue novo
nas suas instituições orgânicas, recai este dever de caracter não
menos vital. A estas, desejo dirigir um apelo em especial... deixarem de insistir de uma maneira demasiado rigida nos mandamentos e crenças secundárias que provem ser um obstáculo no
caminho de qualquer sincero candidato, cujo veemente desejo seja
alistar-se sob a bandeira de BaháVIláh. Embora aderindo escrupulosamente às qualificações fundamentais já indicadas, os membros de toda e cada Assembléia devem esforçar-se, usando da
sua paciência, amor, tacto e sabedoria, por nutrir, após a sua
admissão, o recém-vindo até à sua maturidade Bahá'í, e gradualmente levá-lo à aceitação sem reservas, de tudo quanto se en-

13
contra ordenado nos ensinamentos. Quanto à Assembléia Nacional, cuja inescapável responsabilidade é guardar a integridade,
coordenar as actividades e estimular a vida de toda a comunidade,
no momento presente a sua principal preocupação, deve ser
deliberar com ansiedade como melhor permitir tanto aos crentes
individuais como às assembléias locais cumprirem as suas respectivas tarefas. Através dos seus repetidos apelos, da sua
prontidão em esclarecer todos os mal-entendidos e remover todos
os obstáculos através do exemplo das suas vidas, da sua infatigável vigilância, do seu elevado sentido de justiça, da sua humildade,
consagração e coragem, devem demonstrar àqueles a quem representam a sua capacidade para desempenharem o seu papel no
progresso do Plano em que tanto eles como a restante comunidade
estão empenhados. Possa o Espírito todo-avassalador de Bahá'u'lláh de tal modo permear cada parte componente deste Sistema
harmoniosamente operante que lhe permita contribuir com a sua
cota-parte na consumação do Plano.»
(Shoghi Effendi, Mensagens à América, páginas 11-12, duma
carta datada de 30 de Janeiro de 1938).
«Semelhante rectidão de conduta(') deve manifestar-se com
uma força sempre crescente, em todo o veredicto que os eleitos
representantes da comunidade Bahá'í, seja em que cargo for que
se encontrem, sejam chamados a pronunciar... deve estar evidenciada na conduta de todos os eleitores Bahá'ís, quando no exercício dos seus sagrados direitos e funções... deve constituir o
mais belo ornamento da vida, a meta, os esforços e as palavras
de todo o professor Bahá'í, tanto no seu país natal como no
estrangeiro, quer na vanguarda das forças de ensinamento, ou
no desempenho dum trabalho menos activo e responsável. Esta
conduta deve tornar-se no garante desse organismo numericamente pequeno, ainda que intensamente dinâmico e altamente
responsável dos representantes nacionais de cada comunidade
Bahá'í, que constitui a coluna de sustentação e o único instrumento para a eleição em cada comunidade, da Casa Universal
de Justiça cujo próprio nome e título, como ordenado por Bahá'ú'lláh, simbolizam aquela rectidão de conduta que é sua mais
elevada missão, salvaguardar e fazer observar.»
«Tão grande e transcendente é este princípio da Justiça Divina,
um princípio que deve considerar-se como a principal distinção de
todas as Assembléias Locais e Nacionais, na sua capacidade de
precursoras da Casa Universal de Justiça, que o Próprio Bahá'-

{')

14

«Com as suas implicações de Justiça, igualdade, veracidade, honestidade, sentido de rectidão, confiança e idoneidade.» (Ver «O Advento
da Justiça Divina, pág. 19).
u'lláh subordina a Sua inclinação e desejo pessoal, à força irresistível das suas exigências e implicações. «Deus é meu testemunho!» Ele assim explica, «não fosse isso contrário à Lei de
Deus, Eu beijaria a mão de quem Me matasse e a ele legaria os
Meus bens terrenos. Refreia-Me de o fazer, contudo, a Lei de
Deus expressa no Livro e não ter Eu possessões materiais.»
«Sabei vós de uma verdade» significativamente Ele afirma, «estas
grandes opressões que têm caído sobre o mundo, estão a prepará-lo para o advento da Justiça Suprema.» «Dizei», Ele afirma
noutra passagem, «Ele veio com aquela Justiça com a qual adornou
a humanidade e, contudo, as pessoas na sua grande maioria
continuam adormecidas.» «A luz dos homens é a Justiça,» declara
Ele ainda, «não a extingueis com os ventos contrários da opressão
e tirania. 0 propósito da justiça, é o aparecimento da unidade
entre os homens.» «Não há radiância», declara Ele, «que se possa
comparar à da justiça. A organização do mundo e a tranqüilidade
da humanidade dependem dela». «Oh povo de Deus!», Ele exclama,
«A força motora do mundo é a Justiça, pois que esta é sustentada
por dois pilares, a recompensa e a punição. Estes dois pilares são
as origens da vida para o mundo.»...
«Não admira, portanto que o Autor da Revelação Bahá'í haja
associado o nome e o título dessa Casa, que será a coroa de
glória das Suas instituições administrativas, não com o perdão,
mas com a justiça, tendo feito da justiça a única base e o permanente alicerce da Sua Paz Suprema, e havê-la proclamado nas
Suas Palavras Ocultas como «a mais amada de todas as coisas»
a Seus olhos.»
(Shoghi Effendi, «The Advent of Divine Justice», pág. 22-24,
Datada de 25 de Dezembro de 1938.)
«Nos países em que as comunidades Bahá'ís locais progrediram suficientemente em número e influência, foram tomadas
medidas para a criação de Assembléias Nacionais, os eixos em
redor dos quais devem revolver todos os empreendimentos nacionais. Designadas por 'Abdu'l-Bahá no Seu Testamento como
as «Casas de Justiça Secundárias», estas constituem os organismos eleitorais para a formação da Casa Internacional de Justiça
e têm autoridade para dirigir, unificar, coordenar e estimular as
actividades dos crentes individuais, assim como das Assembléias
Locais dentro da sua área de jurisdição, assentes sobre o amplo
alicerce das comunidades locais organizadas elas próprias, pilares
de sustentação da instituição que deve considerar-se como a
cúpula da Ordem Administrativa Bahá'í, estas Assembléias são
eleitas, de acordo com o princípio da representação proporcional,
pelos delegados representantes das comunidades Bahá'ís locais
reunidas em Convenção durante o período do Festival de Ridván;
estão empossadas com a necessária autoridade, que lhes permite
assegurar o desenvolvimento harmonioso e eficiente da actividade
15
Bahá'í, dentro das suas esferas respectivas; estão isentas de toda
a responsabilidade directa para com o seu eleitorado na condução
dos seus assuntos públicos e nas suas decisões; estão encarregadas com o dever sagrado de consultar sobre as opiniões
expressas pelos delegados, convidá-los a fazerem recomendações,
de obter a sua confiança e cooperação e de dar-lhes a conhecer
os seus planos, problemas e acções; e são mantidas pelos recursos dos fundos nacionais para os quais todos os crentes são
solicitados a contribuir.»
(Shoghi Effendi, God Passes By, páginas, 332-333, 1944.)
«Agora que haveis sido eleito para a Assembléia Espiritual
Nacional, ele é de opinião que esta oportunidade vos oferece o
vosso mais importante campo de serviço do momento presente.
Todos os outros serviços para a Causa devem subordinar-se a
este; e vós deveis conservar a vossa força para este trabalho —
se sentirdes que esta não é suficiente para se dispersar também
por todas as outras tarefas! Os vossos longos e devotados serviços para a Causa, têm sido, todos, um treino e preparação para
mais amplas actividades, e esta eleição para a A.E.N., ele espera,
não é senão uma preparação para trabalhos ainda mais importantes no futuro.»
(Duma carta datada de 28 de Julho de 1944, escrita em
nome do Guardião a um crente individual.)
«O Guardião ficou muito feliz por ver que este ano se haviam
efectuado mudanças nos membros da A.E.N., não, devido a
quaisquer razões de personalidade, mas porque a mudança em
si mesmo é benéfica e aponta uma nova perspectiva às discussões
de qualquer Assembléia. Ele ficou também satisfeito por ver que
estas mudanças implicaram a entrada de pessoas mais novas
para a A.E.N.; com a tremenda quantidade de trabalho que este
segundo Plano de Sete Anos vai trazer, esta será uma grande
ajuda para os membros mais idosos desse organismo.»
(Duma carta datada de 21 de Maio de 1946, escrita em
nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«Devemos respeitar a A.E.N. e a A.E. Local, porque estas são
as instituições fundadas por Bahá'u'lláh. Estas nada têm a ver
com as personalidades, mas estão muito acima delas. Será um
grande dia quando os amigos, dentro e fora das Assembléias,
vierem a compreender completamente o facto de que numa Assembléia a importância não está nos indivíduos, mas na Assembléia
como uma instituição.»
(Duma carta datada de 7 de Julho de 1949, escrita em nome
de Shoghi Effendi a um crente individual.)
16
(') «O Guardião chama a vossa atenção para a declaração
do Mestre, de que as deliberações das Assembléias são secretas
e confidenciais, não sendo, portanto, possível, ter um não-membro
da Assembléia na reunião da A.E.N.. Deveis ter sempre presente
que, em questões de princípio, não podem haver desvios; assuntos
altamente pessoais, prejudiciais à honra e felicidade de outros,
são muitas vezes tratados pelas Assembléias Nacionais, e o perigo
de que essa confiança seja traída é já suficientemente grande
com os nove representantes de toda a comunidade, quanto mais
introduzir membros que não são da Assembléia. Tudo o que
tendes a fazer é tornardes as vossas minutas um pouco mais
compactas e sacrificar, se necessário, algo da eficiência para
seguirdes este tão importante princípio.»
(Duma carta datada de 5 de Julho de 1950, escrita em
nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional dos
Bahá'ís dos Estados Unidos.)
«Evidências aumento hostilidade externa persistentes maquinações internas pressagiando terrível disputa destinada opor
exército luz forças trevas tanto seculares religiosas predita linguagem inequívoca 'Abdu'l-Bahá necessita esta hora crucial mais
íntima associação Mãos cinco continentes organismos eleitos
representantes comunidades Bahá'ís nacionais todo o mundo investigação conjunta actividades nefastas inimigos internos aclopçao
sábias medidas efectivas neutralizar os seus esquemas traiçoeiros
proteger massa crentes travar disseminação má influência. Apelamos Mãos Assembléias Nacionais cada continente estabelecer
separadamente daqui em diante contacto directo deliberar sempre
que possível tão freqüentemente quanto possível troca relatórios
a serem submetidos pelas suas respectivas Juntas Auxiliares
comissões nacionais exercerem atenta vigilância levar a cabo sem
desvios deveres sagrados inescapáveis. Segurança Fé preciosa
preservação saúde espiritual comunidades Bahá'ís vitalidade fé
seus membros individuais funcionamento adequado suas laboriosamente erguidas instituições realização seus empreendimentos
em todo o mundo cumprimento seu destino final tudo directamente dependente adequado desempenho pesadas responsabilidades agora recaem membros destas duas instituições ocupando
com Casa Universal de Justiça depois Instituição Guardiania mais
destacada posição divinamente ordenada hierarquia administrativa Ordem Mundial de BaháVIláh.»
(Shoghi Effendi, Messages to the Bahá'í Word 1950-1957,
de telegrama datado de 4 de Junho de 1957.)

(')

3

Nota do Tradutor: As palavras de introito deste parágrafo foram
traduzidas livremente, por a palavra em Inglês não fazer sentido na
seqüência do texto.
17
II.

RELAÇÃO COM A CONVENÇÃO

«Até agora a Convenção Nacional tem sido primariamente
convocada para considerar as várias circunstâncias relativas à
eleição da Assembléia Espiritual Nacional. Creio, contudo, que
perante a expansão e a importância crescente da esfera administrativa da Causa, dos sentimentos gerais e tendências prevalecentes entre os amigos, e dos sinais de crescente interdependência entre as Assembléias Espirituais Nacionais de todo o mundo,
os acreditados representantes dos crentes Americanos, reunidos,
devem exercer não só o direito vital e responsável de eleger a
Assembléia Nacional, mas também realizar as funções de um organismo iluminado, consultativo e cooperativo que enriquecerá a
experiência, realçará o prestígio, apoiará a autoridade e auxiliará
as deliberações da Assembléia Espiritual Nacional. É minha firme
convicção de que é um dever sagrado, no interesse da Causa que
todos nós amamos e servimos, dos membros da nova Assembléia Nacional, uma vez eleita pelos delegados durante a Convenção, procurar e ter a máxima consideração, tanto individual
como colectivamente, pelos pareceres, e ponderadas opiniões dos
delegados presentes. Banindo de entre si todo o vestígio de reserva, de indevida reticência, de superioridade ditatorial, devem
com alegria e pormenor desenrolar perante os olhos dos delegados
por quem foram eleitos, os seus planos, as suas esperanças, e
as suas preocupações. Devem familiarizar os delegados com os
vários assuntos que terão de ser considerados no corrente ano,
e calma e conscienciosamente estudar e pesar as opiniões e pareceres dos delegados. A recentemente eleita Assembléia Nacional,
durante os poucos dias em que a Convenção está em sessão e
depois da dispersão dos delegados, deve procurar por todos os
meios ao seu alcance cultivar a compreensão, facilitar e manter
a troca de opiniões, aprofundar a confiança, e reivindicar por todos
os meios ao seu alcance, o desejo de servir e promover o bem
geral. Por vezes, ou melhor, muitas vezes, os mais humildes,
ignorantes e inexperientes de entre os amigos, contribuem, por
pura força inspiradora do seu desprendimento e devoção ardente,
com a sua quota parte distinta e memorável, numa discussão
altamente complicada em qualquer Assembléia. Grande deve ser
a consideração dada por aqueles que os delegados escolheram
para servir nesta alta posição a esta tão importante, ainda que
inperceptível manifestação do poder revelador da devoção sincera
e fervorosa.»
19
«A Assembléia Espiritual Nacional, contudo, considerando as
inevitáveis limitações impostas à convocação de freqüentes e
longas sessões da Convenção, terá de reter nas suas mãos a decisão final de todos os assuntos que afectam os interesses da
Causa na América, tais como o direito de decidir se uma Assembléia Local está ou não a funcionar de acordo com os princípios
estabelecidos para a condução e progresso da Causa. É minha
mais fervorosa oração que eles utilizem a sua tão elevada posição
de responsabilidade, não apenas na conduta sábia e eficiente dos
assuntos da Causa, mas também na difusão e aprofundamento
do espírito de cordialidade no apoio total e mútuo na sua cooperação com o corpo dos seus colaboradores em todo o país. A ratificação do assento dos delegados à Convenção, isto é, o direito
de decidir da validade das credenciais dos delegados numa dada
Convenção, está investida na Assembléia Nacional cessante assim
como é também a Assembléia Espiritual Nacional quem tem a
última palavra e o direito de decidir a quem cabe o privilégio de
votar, quer quando uma assembléia espiritual local se forma pela
primeira vez numa dada localidade ou quando surjam diferendos
entre um candidato e uma assembléia local já estabelecida. No
decurso das sessões da Convenção e quando os acreditados delegados tenham já eleito de entre os crentes de todo o país, os
membros da Assembléia Espiritual Nacional para o corrente ano,
é de infinito valor e uma necessidade suprema que tanto quanto
possível todos os assuntos que requeiram uma decisão imediata
sejam completa e publicamente considerados e que após plena
consulta, se faça um esforço para se obter a unanimidade em
todas as decisões vitais. Na realidade, foi sempre um grato desejo
do nosso Mestre, 'Abdu'1-Bahá, que os amigos, nos seus concelhos, tanto nacionais como locais, chegassem, pela sua candura,
a sua honestidade de preposito, a sua singeleza de pensamento e
pelo caracter cabal da sua discussão, à unanimidade em todas
as questões. Se esta se provar em certos casos impraticável o
veredicto da maioria deve prevalecer, e a esta decisão a minoria
deve submeter-se, sob todas as circunstâncias, com satisfação,
espontaneidade e sem intermissão.»
«Nada menos que o poder da Sua Guia e Amor, que tudo-abarca, que tudo-penetra, pode permitir a esta ordem recem-nascida ganhar força e florescer no meio da tempestade e tensão
de uma idade turbulenta, e a seu tempo reclamar a sua elevada
reivindicação de ser universalmente reconhecida como o único
Céu de eterna felicidade e paz.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 78-80, duma
carta datada de 29 de Janeiro de 1925.)
«Com referência à realização anual da Convenção e do Congresso Bahá'í é minha opinião que, embora este organismo representativo não tenha necessariamente de ser convocado cada
20
ano, é contudo muito conveniente, considerando as funções únicas
que desempenha de fomentar a harmonia e boa-vontade, de eliminar mal-entendidos e de realçar o prestígio da Causa, que a
Assembléia Espiritual Nacional se esforce por reunir anualmente
os representantes eleitos dos crentes Americanos. Sob alguns
aspectos seria obviamente conveniente e eminentemente desejável, ainda que não absolutamente essencial, que a Assembléia
Espiritual Nacional fizesse com que a realização deste Congresso
sincronizasse com a altura em que se renovam as eleições nacionais, e que ambos os acontecimentos tivessem lugar, senão
no primeiro dia do Ridván, pelo menos durante os doze alegres
dias do período que justamente se pode considerar como o
primeiro Festival Bahá'í. A não ser as eleições locais, que universalmente têm de ser renovadas no dia 21 de Abril, é inteiramente
deixado ao critério da Assembléia Espiritual Nacional, após devida
consideração às observações acima mencionadas, decidir qual
a data e o lugar para a realização da Convenção Bahá'í, assim
como para as eleições nacionais. Se a Assembléia Espiritual
Nacional após ponderada deliberação tomar a decisão de preterir
num dado ano a realização da Convenção edo Congresso Baháís,
poderá então, e só nesse caso, procurar os meios de assegurar
que a eleição anual da Assembléia Nacional seja realizada por
correspondência, desde que esta seja conduzida com suficiente
perfeição, eficiência e rapidez. Quanto a mim, não há também
nenhuma objecção a que se permita e mesmo se peça, como
último recurso, aos delegados a quem seja impossível realizar
a viagem para o local da Convenção Bahá'í, o envio dos seus
votos, só para a eleição da Assembléia Espiritual Nacional, pelo
correio e endereçados ao Secretário Nacional, visto que em minha opinião as vantagens deste procedimento ultrapassam as
considerações referidas na vossa carta. Os delegados eleitos
devem, contudo, ficar bem esclarecidos — e ser-lhes continuamente lembrado — que é uma responsabilidade sagrada e reconhecidamente preferencial, estar presente se possível em pessoa
nas sessões da Convenção, tomar parte activa em todo o seu
procedimento, e no seu regresso, dar a conhecer aos seus
amigos crentes as realizações, as decisões e as aspirações dos
representantes reunidos dos crentes Americanos.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 91-92, duma
carta datada de 24 de Outubro de 1925.)
«O Guardião pede à Assembléia Espiritual Nacional que
lembre e esclareça bem os crentes nessa terra que o organismo
supremo nos Estados Unidos e Canadá, cujo privilégio e função
é estabelecer, emendar e abrogar os princípios administrativos
da Fé, com a aprovação do Guardião, não é a Convenção, por
muito representativa que esta seja, mas a Assembléia Espiritual
Nacional. Por outro lado, a Assembléia Nacional tem a obrigação
21
e a função primária, sejam quais forem as circunstâncias, de não
restringir a liberdade dos delegados reunidos, cuja dupla função
é a de elegerem os seus representantes nacionais e a de lhes
submeter quaisquer recomendações que queiram fazer. A função
da Convenção é puramente consultiva e embora o parecer por
ela dado não tenha efeitos compulsivos sobre aqueles que retêm
a decisão final em questões puramente administrativas, deve
observar-se, mesmo assim, o maior cuidado e precaução para
que nada haja que impeça os delegados de exercerem plena e
livremente as suas funções. No desempenho desta sagrada função, nenhuma influência seja esta qual for, nenhuma pressão
seja qual for a sua origem, ainda mesmo que esta proveniesse
da Assembléia Nacional, deve sob quaisquer circunstâncias afectar as suas opiniões ou restringir a sua liberdade. Os delegados
devem estar completamente independentes de qualquer órgão
administrativo, devem encarar a sua tarefa com absoluto desprendimento e devem concentrar a sua atenção nos assuntos
mais importantes e prementes.»
«O Guardião crê que o direito para a eleição do presidente
e do secretário da Convenção deve ser investido nos delegados
reunidos, para que não surja a objecção de que os membros
da Assembléia Nacional cessante procuram orientar o curso
das consultas de um modo que seja conducente aos seus próprios interesses pessoais. A Assembléia Nacional, contudo, deve
sempre vigilantemente apoiar, defender, justificar e cumprir com
as cláusulas contidas na Constituição e Estatutos as quais
são tão compulsórias para a Convenção como para ela própria.
A Assembléia Espiritual Nacional tem o direito de estabelecer,
fazer cumprir e interpretar a Constituição Nacional dos Bahá'ís
nesse país. A Assembléia Nacional para se manter fiel à letra
e ao espírito dessa Constituição, não pode criar quaisquer regulamentos, ainda que de caracter secundário, que possam de
qualquer modo obstruir a liberdade irrestrita dos delegados de
darem o seu parecer e elegerem aqueles que segundo a sua
opinião melhor combinem as necessárias qualificações para
membro de um tão elevado organismo.»
«De acordo com a ponderada opinião do Guardião, contudo,
não deve ser dado aos não-delegados o direito de intervenção
directa durante as sessões da Convenção. Só através de um
delegado acreditado lhes deve ser dada indirectamente a oportunidade de expressarem os seus sentimentos e de participarem
nas deliberações da Convenção. Muitas complicações e confusões
resultariam infalivelmente em dias vindouros, se uma tal restrição
não fosse imposta a uma reunião que se destina primariamente
aos delegados acreditados das comunidades Bahá'ís. Tendo em
mente esta restrição, é um dever da Assembléia Espiritual Nacional
encontrar os modos que lhe permita a obtenção de valiosas sugestões, não só do número total dos delegados eleitos mas de
22
tantos dos seus colaboradores quanto seja humanamente
possível.»
«Shoghi Effendi não se desviou de qualquer princípio administrativo estabelecido. Na sua opinião nem reduziu a autoridade
legítima da Assembléia Espiritual Nacional, nem investiu a Convenção com indevidos poderes que lhe permita rivalizar ou tomar
o lugar daqueles a quem tem de eleger. O objectivo do Guardião
é lembrar os amigos, mais completamente do que antes, dos
dois princípios cardiais da Administração Bahá'í, nomeadamente,
a autoridade suprema e indesafiável da Assembléia Espiritual
Nacional em questões nacionais e nas suas funções dentro dos
limites impostos na Constituição e nos Estatutos, e da plena
liberdade dos delegados à Convenção de darem pareceres, deliberarem sobre acções a tomar e nomearem os sucessores da
sua Assembléia Nacional. 0 Guardião confia que elucidareis e
dareis a maior publicidade a estes princípios já estabelecidos,
dos quais dependerá no final, o progresso, a unidade e o bem-estar das instituições administrativas Bahá'ís.»
«Acrescentado pelo punho do Guardião: Deve exercer-se
o maior cuidado e vigilância para que não surjam nenhuns novos
mal-entendidos referentes a estas questões fundamentais. Mantém-se sem reservas o princípio de raiz da Administração Bahál.
Não há o propósito de fazer desvios aos seus princípios estabelecidos. A autoridade indisputada do organismo administrativo
Bahá'í supremo da América foi reafirmado, enquanto que, por
outro lado, a plena liberdade dos crentes individuais e dos delegados de exercerem as suas funções foi uma vez mais reafirmado e fortalecido. Da cooperação contínua e harmoniosa das
duas principais instituições Bahá'ís da América dependerá no
fim o progresso e o sucesso da administração legada por 'Abdu'lBahá. Possa a Convenção do próximo ano testemunhar o triunfo
destes princípios básicos.»
(Duma carta datada de 18 de Agosto de 1933, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos E. U. e Canadá.)
«Com referência à posição, direitos e prerrogativas da Convenção Anual Bahá'í, o Guardião pretende tornar bem claro
a todos os crentes que esta reunião anual dos delegados não é
de modo algum um organismo consultivo contínuo durante todo
o ano; que a sua dupla função da eleição do organismo da Assembléia Espiritual Nacional, e de oferecer algumas sugestões construtivas referentes à administração geral da Causa é limitada
a um período definido; e que por conseqüência, a opinião corrente entre alguns dos crentes, de que os delegados devem servir
como um organismo consultivo durante todo o ano está em
desacordo com os princípios fundamentais, ainda por especificar,
em que se fundamenta a administração. Shoghi Effendi crê firme23
mente que se deve manter a consultação entre a Assembléia
Espiritual Nacional e todo o corpo dos crentes, e que esta consultação, quando a Convenção não está em sessão, pode melhor
manter-se através do organismo das assembléias locais, das
quais uma das funções essenciais é a de agirem como intermediárias entre as comunidades locais e os seus representantes
nacionais. O principal propósito das Festas dos Desanove Dias
é o de permitir aos crentes individuais oferecerem quaisquer sugestões à assembléia local a qual por sua vez as transmitirá à
Assembléia Espiritual Nacional. A assembléia local, portanto, é
o meio adequado através do qual a comunidade Bahá'í local pode
comunicar com o organismo dos representantes nacionais. A
Convenção deve ser considerada como uma reunião temporária,
tendo certas funções específicas a realizar durante um período
de tempo limitado. A sua posição encontra-se, assim, limitada
no tempo às sessões da Convenção, ficando as funções de consulta em todas as outras alturas investidas em todo o corpo dos
crentes através das assembléias espirituais locais.»
«Acrescentado pelo punho de Shoghi Effendi: Desejo afirmar,
sem a mais pequena hesitação ou ambigüidade, que a Convenção
Anual não deve ser considerada como um organismo habilitado
a exercer funções similares àquelas possuídas por um vulgar
parlamento sob uma forma de governo democrático. A ordem
administrativa que já se encontra inserida nos ensinamentos de
BaháVIláh, e que os crentes Americanos têm defendido e estão
agora a estabelecer, não deve sob nenhuma circunstância, identificar-se com os princípios em que se baseiam as democracias
do dia presente. Nem é idêntica a qualquer forma de governo
puramente aristocrático ou autocrático. As características objectáveis inerentes a cada um destes sistemas políticos estão inteiramente evitadas. Ela combina, como nenhum outro sistema
político humano conseguiu até agora, aquelas verdades salutares
e elementos benéficos que constituem as contribuições válidas
feitas no passado à sociedade por cada uma destas formas de
governo. A consultação, franca e livre, é o alicerce desta Ordem
única. A autoridade está concentrada nas mãos dos membros
eleitos da Assembléia Nacional. 0 poder e a iniciativa estão
primariamente investidos em todo o corpo dos crentes agindo
através dos seus representantes locais. Gerar estas forças que
devem dar nascimento ao organismo dos seus administradores
nacionais, e consultar livre e completamente e a intervalos fixos,
tanto com a nova Assembléia Nacional como com a cessante,
é a função dupla, a suprema responsabilidade e a única prerrogativa dos delegados reunidos na Convenção. Nada menos
do que uma interacção íntima e constante entre estes vários
órgãos da administração Bahá'í pode permitir a esta cumprir
o seu alto destino.»
24
(Duma carta datada de 18 de Novembro de 1933, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e
Canadá.)
«No que se refere à posição legal dos membros da Assembléia Espiritual Nacional nas sessões da Convenção, a opinião
do Guardião é que deve ser dado tanto aos membros da nova
assembléia como aos da cessante, pleno direito de participação
nas discussões da Convenção. Os membros da Assembléia Espiritual Nacional que tenham sido eleitos delegados têm, além
do direito de participação, autoridade para votar. O Guardião
pretende por este meio tornar mais efectivas as deliberações e
recomendações dos representantes nacionais. A sua opinião é que
o exercício deste direito pelos membros da Assembléia Espiritual Nacional lhes permitirá uma consultação mais completa com
os delegados reunidos, uma troca de pareceres exaustiva e franca
com eles e a consideração colectiva dos interesses, necessidades
e requisitos da Causa. Esta, ele crê, é uma das funções primárias
da Convenção.»
(Duma carta datada de 25 de Dezembro de 1933, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e
Canadá, inserida no «Bahá'í News» N.° 81 de Fevereiro de 1934,
página 3.)
«Com referência à carta circular que enviastes às assembléias locais e na qual definíeis os direitos específicos, e as
funções da Convenção Anual Bahá'í, e em que explicáveis uma
vez mais as relações que ligam esse organismo à Assembléia
Espiritual Nacional, o Guardião pediu-me para afirmar de novo
a sua opinião de que a autoridade da Assembléia Espiritual Nacional é indivisível e indesafiável em todas as questões pertinentes à administração da Fé em todos os Estados Unidos e
Canadá, e que, portanto, a obediência dos Bahá'ís individuais, dos
delegados, dos grupos e das assembléias a essa autoridade é
imperativa, e deverá ser completa e incondicional. Ele está convencido que a aceitação sem reservas e a plena aplicação desta
cláusula da Administração é essencial para a manutenção do mais
elevado grau de unidade entre os crentes, e indispensável ao
trabalho efectivo da engrenagem administrativa da Fé em todos
os países.»
«Na expectativa de que através dos vossos esforços os amigos cooperarão no cumprimento das instruções do Guardião sobre
este ponto, e reiterando a certeza das suas orações e súplicas
em vosso nome e no dos vossos colaboradores na Assembléia
Nacional.»
(Duma carta datada de 11 de Junho de 1934, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.)

25
III.

RELAÇÃO C O M A COMUNIDADE

« 0 que me deu ainda maior prazer foi saber que os membros
deste Organismo Central que assumiu uma tão grave responsabilidade e que tem perante si tão delicadas e difíceis tarefas,
inspira individual e colectivamente não só a simpata dos seus
irmãos e irmãs espirituais mas que estes podem também confiantemente contar com o seu activo e dedicado apoio na campanha
de serviço à Causa de BaháVIláh. Assim, defacto é como deve
ser, porque se a cooperação genuína e constante e a confiança
mútua deixarem de existir entre os amigos individuais e as suas
assembléias locais e nacionais, todo o bom trabalho da Causa
cessará e nada mais lhe permitirá no futuro funcionar harmoniosa
e eficientemente.»
«É verdade que a Causa como todos os outros movimentos
encontra os seus próprios obstáculos, complicações e dificuldades imprevisíveis, mas, diferentemente de qualquer outra organização humana, ela inspira um espírito de Fé e Devoção que
não pode deixar de nos induzir a fazer sinceros e renovados
esforços ao encararmos com estas dificuldades e aplanar quaisquer diferendos que possam e deverão surgir.»
«Aguardo com fervorosa esperança as notícias sobre esta
renovação de esforços da vossa parte e da vossa resoluta determinação que nunca permitireis se abata, de manterdes a todo
o custo a unidade, e eficácia e a dignidade da Causa.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 28, duma
carta datada de 23 de Dezembro de 1922.)
«A necessidade de centralizar a autoridade na Assembléia
Espiritual Nacional, e de concentrar o poder nas várias assembléias locais, torna-se manifesta quando reflectimos que a Causa
de BaháVIláh está ainda numa idade frágil do seu crescimento
e numa fase de transição; se nos lembrarmos que as implicações integrais e o significado exacto das instruções do Mestre
para todo o mundo, como estabelecidas no Seu Testamento,
ainda não estão integralmente percebidas, e que todo o Movimento não está suficientemente cristalizado aos olhos do mundo.»
«A nossa tarefa primária é vigiar muito atentamente a maneira e o caracter do seu crescimento, combater eficientemente
as forças de tendências separatistas e sectárias, para que o
espírito da Causa não seja obscurecido, a sua unidade ameaçada,
e os seus ensinamentos corrompidos; para que a ortodoxia extremista por um lado, e a liberdade irresponsável por outro, não
27
a desviem do Caminho Recto que é o único que a pode conduzir
ao sucesso.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 42, duma
carta datada de 12 de Março de 1923.)
«Não nos esqueçamos... de que na própria raiz da Causa
se encontra o princípio do direito indubitável do indivíduo à palavra, a sua liberdade de expressar a sua consciência e de dar
as suas opiniões...»
«Tenhamos também em mente que a tônica da Causa de
Deus não é a autoridade ditatorial mas a humilde camaradagem,
não é o poder arbitrário, mas o espírito de franca e amistosa
consultação. Nada menos do que o espírito de um verdadeiro
Bahá'í pode esperar reconciliar os princípios de mercê e justiça,
de liberdade e submissão, da santidade do direito do indivíduo e
da renúncia do ego, de vigilância, discrição e prudência por um
lado, e de camaradagem, candura e coragem por outro.»
«Os deveres, daqueles a quem os amigos elegeram livre e
conscienciosamente como seus representantes, não são menos
vitais e compulsórios do que as obrigações daqueles que os escolheram. A sua função não é ditar, mas consultar, e consultar não
apenas entre si, mas tanto quanto possível com os amigos que
representam. Não se devem considerar a si próprios sob nenhuma
outra luz que não seja a de instrumentos escolhidos para uma
mais eficiente e dignificada representação da Causa de Deus.
Não devem nunca serem levados a supor que são os ornamentos
centrais do organismo da Causa intrinsecamente superiores aos
outros em capacidade ou mérito, e os únicos promotores dos
seus ensinamentos e princípios. Devem encarar as suas tarefas
com extrema humildade, e esforçarem-se com as suas mentes
isentas de preconceito, com o seu elevado sentido de justiça
e dever, com a sua candura, a sua modéstia, a sua inteira devoção ao bem-estar e aos interesses dos amigos, da Causa e
da humanidade, por ganhar não só a confiança e o genuíno apoio
e respeito daqueles a quem servem, mas também a sua estima
e verdadeira afeição. Devem, sempre, evitar o espírito de exclusividade, as atmosferas de segredo, libertarem-se de atitudes
dominantes e banir das suas deliberações todas as formas de
preconceito e paixão. Devem, dentro dos limites duma sábia
discrição, ob.er a confiança dos amigos, dar-lhes a conhecer os
seus planos, partilhar com eles os seus problemas e ansiedades,
e procurar o seu parecer e conselho. E, quando lhes seja pedido
para tomarem uma dada decisão, devem, após uma consukação
desapaixonada, ansiosa e cordial, voltarem-se para Deus em
oração, e com seriedade, convicção e coragem, darem o seu voto
e acatar a voz da maioria, a qual nos disse o nosso Mestre ser
a voz da verdade, jamais para ser desafiada, mas ser sempre devotadamente cumprida. A esta voz os amigos devem responder com
28
todo o coração, e considerá-la como os únicos meios que podem
assegurar a protecção e o progresso da Causa.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 82, duma
carta datada de 10 de Abril de 1925.)
«Que seja bem claro para todo o leitor inquiridor que entre
os deveres mais proeminentes e sagrados que recaiem sobre aqueles que foram chamados a iniciar, orientar e coordenar as tarefas
da Causa, estão os que requerem que eles ganhem por todos
os meios ao seu alcance a confiança e a afeição daqueles que
é seu privilégio servir. Seu é o dever de inquirir e conhecer as
consideradas opiniões, os sentimentos prevalecentes e as convicções pessoais daqueles cujo bem-estar é sua solene obrigação
promover. Seu é o dever de purificar, uma vez por todas, das
suas deliberações e da condução geral dos seus assuntos, esse
ar de superior reserva, de suspeita de segredos, da atmosfera
asfixiante do paternalismo ditatorial, em suma, de toda a palavra
e acto que possa ter um travo de parcialidade, de ego-centrismo
e de preconceito. Seu é o dever, conquanto retendo nas mãos
o sagrado e exclusivo direito da decisão final, de convidar à
discussão, dar informações, ventilar agravos, de receber com
agrado o parecer do mais humilde e insignificante membro da
Família BaháX de expor os seus motivos, explanar os seus planos,
justificar as suas acções, rever se necessário o seu veredicto,
encorajar o espírito de iniciativa e empreendimento individual
e fortificar o sentido de interdependência e co-participação, de
compreensão e confiança mútua entre eles por um lado e de
todas as assembléias locais e crentes individuais por outro.»
(Shoghi Effendi, duma carta datada de 18 de Outubro de
1927 à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.)
«Com referência ao Boletim de Notícias proposto... o Guardião é de opinião de que se trata de uma esplêndida idéia e
pode prestar um auxílio único e bem necessário à vossa Assembléia nos seus esforços para o estabelecimento da Administração, e para o funcionamento mais efectivo das suas instituições
em toda a Austrália e Nova Zelândia. Este, não só tem a vantagem de manter os amigos bem informados sobre os acontecimentos e desenvolvimentos da Causa, mas mais ainda pode ajudar na
consolidação da unidade orgânica dos crentes trazendo-os para
dentro dos limites da órbita de jurisdição da Assembléia Espiritual Nacional. Esperamos que este organismo fará todos os
possíveis por manter a publicação deste boletim e fará pleno
uso deste esplêndido meio no alargamento e consolidação dos
alicerces das assembléias locais e nacionais.»
(Duma carta datada de 23 de Setembro de 1936, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Austrália e Nova
Zelândia.)
5

29
«Este contacto entre os membros da Assembléia Espiritual
Nacional e os crentes individuais é certamente de imenso valor
para a Causa, na medida em que serve para promover, mais do
que qualquer outro meio, a cooperação inteligente, e a camaradagem e compreensão entre os amigos. Cabe, portanto, à Assembléia Nacional a responsabilidade de encorajar por todos os meios
ao seu alcance este crescimento, e ajudar assim numa maior
consolidação da sua autoridade e prestígio na comunidade. Nada
há que lhe possa causar maior dano do que a atitude de superioridade e de isolamento do organismo geral dos crentes.»
«Shoghi Effendi espera que o sucesso que teve esta última
reunião da Assembléia Nacional em São Francisco sirva de estímulo aos seus membros para a realização das suas reuniões
em tantos centros diferentes quanto possível. Ele ora fervorosamente pela vossa guia neste assunto.»
(Duma carta datada de 4 de Dezembro de 1936, escrita
em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«Antes de terminar há uma sugestão na vossa carta que o
Guardião deseja que eu confirme, nomeadamente, de que uma
das funções vitais da Assembléia Espiritual Nacional é estar sempre a par das condições locais de cada comunidade e de fazer
um esforço por guiar os amigos individual e colectivamente, em
todas as suas actividades através de contactos pessoais e uma
correspondência regular.»
(Duma carta datada de 30 de Janeiro de 1938, escrita em
nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«Que cada participante na campanha continental iniciada
pelos crentes Americanos, em especial os que estão empenhados
em trabalho pioneiro em territórios virgens, tenham presente a
necessidade de manter um contacto íntimo e constante com os
órgãos responsáveis designados para orientarem, coordenarem
e facilitarem as actividades de ensinamento de toda a comunidade. Quer se trate do organismo dos seus representantes nacionais, da sua instituição auxiliar principal, a Comissão Nacional
de Ensinamento, ou dos seus organismos subsidiários, as comissões regionais de ensinamento, ou as Assembléias Espirituais
Locais e as suas respectivas comissões de ensinamento, os que
trabalham na disseminação da Causa de BaháVIláh devem, através de um constante intercâmbio de idéias, através de cartas,
circulares, relatórios, boletins e outros meios de comunicação
juntamente com estes instrumentos estabelecidos e designados
para a propagação da Fé, assegurar o funcionamento harmonioso
e rápido da engrenagem de ensinamento da sua Ordem Administrativa. Deste modo, a confusão, a demora, a duplicação de
esforços, a dissipação de energia, será completamente evitada
e a poderosa torrente da graça de BaháVIláh, correndo abundan30
temente e sem a mínima obstrusão através destes canais essenciais inundará de tal modo os corações e as almas dos homens
que lhes permitirá produzirem a colheita tantas vezes predicta
por 'Abdu'1-Bahá.»
(Shoghi Effendi, The Advent of Divine Justice, página 44,
25 de Dezembro de 1938.)
«0 Guardião está, sem dúvida, bem consciente das imperfeições existentes na engrenagem administrativa da Causa, mas
estas, em sua opinião, devem atribuir-se não ao sistema administrativo, mas aos administradores da Fé, que devido às suas
limitações e imperfeições humanas não podem jamais esperar
preencher inteiramente as condições ideais estabelecidas nos
Ensinamentos. Muitos dos defeitos existentes nas actividades
dos crentes do dia-presente, contudo, conforme a Comunidade
se desenvolve e ganha experiência, serão gradualmente removidos, e condições mais saudáveis e progressistas prevalecerão.
É para a realização deste elevado objectivo que os amigos se
devem esforçar com afinco e em unidade.»
«0 Guardião tem a certeza de que independentemente do
muito que o vosso coração se possa afligir perante as dificuldades
que agora confrontam a Comunidade Americana e por muito revoltantes que lhe possam parecer as atitudes e as faltas de alguns
dos seus membros, vós, longe de vos sentirdes desencorajados
sereis estimulados a realizar todo o esforço ao vosso alcance
para remediar tais condições doentias, confiante que na vossa
tentativa activa e sincera de o fazerdes, sereis assistidos e
guiados pelas infalíveis confirmações de BaháVIláh.»
(Duma carta datada de 14 de Maio de 1939, escrita em
nome do Guardião a um crente individual.)
«O Guardião crê que uma grande parte das dificuldades que
na própria opinião dos crentes os aflige são devidos a não compreenderem correctamente ou a não porem em prática a administração. Parece que muitos deles têm uma propensão para criticarem e desafiarem continuamente as decisões das suas
assembléias. Se os Bahá'ís sabotarem os próprios dirigentes
que procuram, ainda que imaturamente, coordenar as actividades
Bahá'ís e administrar os assuntos Bahá'ís, se criticam continuamente os seus actos e desafiam ou minimizam as suas decisões,
não estão apenas a impedir que qualquer progresso verdadeiramente rápido tenha lugar no desenvolvimento da Fé, mas a afastar os que de fora, com toda a razão, poderão perguntar como
esperamos nós alguma vez unir todo o mundo, se somos tão
desunidos!»
«Para isto há apenas um remédio: estudar a administração,
obedecer às assembléias, e cada crente procurar aperfeiçoar o
seu próprio caracter como Bahá'í. Não podemos nunca exercer

31
uma influência sobre os outros que não possamos exercer sobre
nós próprios. Se formos melhores, se mostrarmos amor, paciência e compreensão com as fraquezas dos outros, se nunca procurarmos criticar mas antes encorajar, os outros farão o mesmo
e podemos realmente ajudar a Causa através do nosso exemplo
e da nossa força espiritual. Ao estabelecerem a administração
pela primeira vez, os Bahá'ís em toda a parte encontram uma
grande dificuldade em se ajustarem. Têm de aprender a obedecer,
em nome da unidade, ainda mesmo quando a assembléia esteja
em erro. Têm de sacrificar até certo ponto as suas personalidades, para que a vida da comunidade possa crescer e desenvolver-se como um todo. Estas coisas são difíceis mas temos de
compreender que elas nos levarão a um modo de vida muito mais
elevado e perfeito, quando a Fé estiver devidamente estabelecida
de acordo com a administração.»
«0 Guardião aconselha-vos a acatar as decisões da Assembléia Espiritual Nacional em todos os assuntos. Se conhecendo
as necessidades da Fé... a opinião desta é não ser a altura propícia ou aconselhável para a publicação dos seus escritos, deveis
aceitar a sua decisão. Não deveis também efectuar a publicação
de quaisquer livros ou panfletos sem a sua sanção. Concentrai-vos no ensinamento da Santa Fé, e ponde a vossa confiança em
Bahá'u'lláh. 0 Guardião ora por vós e por todos os queridos
amigos daí.»
(Duma carta datada de 26 de Outubro de 1943, escrita em
nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«Os Bahá'ís têm pleno direito de dirigirem as suas críticas
às suas assembléias; podem livremente ventilar as suas opiniões
sobre a condução dos assuntos ou sobre membros individuais
dos organismos eleitos para a assembléia, local ou nacional, mas
devem depois aceitar com sinceridade o conselho ou decisão da
assembJeia, de acordo com os princípios já estabelecidos para
tais questões na administração Bahá'i. . .»
«É dever da Assembléia Espiritual Nacional exercer a máxima
sabedoria, paciência e tacto ao tratar dos assuntos da Causa.
Muitas das divergências que surgem entre os crentes são devidas
à sua imaturidade, ao seu extremo zelo e sinceridade.»
(Duma carta datada de 13 de Maio de 1945, escrita em
nome de Shoghi Effendi, e inserta em «Letters from the Guardian
to Austrália and New Zealand» páginas 55-57.)
«As Assembléias Espirituais Nacionais em todo o mundo,
devido à imaturidade espiritual dos crentes, devem nesta altura ter
a maior paciência ao tratar com os amigos; de outro modo, como
parece estar a tornar-se rapidamente o caso na Austrália, os amigos tomarão partidos, o azedume aumentará e o que começou
como uma pequena coisa, (ainda que injustificada e um lamentável
32
desvio ao espírito Bahá'í) torna-se numa ameaça ao progresso
da Fé e definitivamente retarda o seu avanço.
(Duma carta datada de 8 de Agosto de 1945, escrita em
nome de Shoghi Effendi, extraída de «Letters from the Guardian
to Austrália and New Zealand,» página 58.)
«Folheando a correspondência por ele recebida da vossa
Assembléia, repetidas vezes ficou impressionado pelo facto dos
amigos agirem tão pouco administrativamente. Em vez de levarem as suas acusações, problemas e insatisfações à sua assembléia local, ou à Assembléia Nacional, referem-nos aos indivíduos
ou a membros individuais da assembléia ou recusam reunir-se
com a assembléia. A primeira coisa que um crente deve fazer
é voltar-se para a assembléia. É para isso que nós temos assembléias! Na sua opinião este contencioso nunca teria surgido se
os Bahá'ís utilizassem como deveriam as suas assembléias.»
(Duma carta datada de 30 de Junho de 1949, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Alemanha e Áustria.)
«A questão do vosso orçamento, ao qual vos referis na vossa
carta, reveste-se de grande importância. Não obstante os números apresentados e o entusiasmo dos Bahá'ís, a vossa Assembléia tem de encarar o facto de que financeiramente a vossa
Comunidade é muito pobre. Todo o orçamento demasiado-ambicioso, que imponha aos amigos um fardo financeiro opressivo,
seria altamente imprudente, porque, a menos que fosse coroado
de êxito, no fim do ano daria aos amigos um sentimento intenso
de frustação.»
«O que haveis esboçado é na opinião do Guardião demasiado.
Especialmente durante este primeiro ano da sua existência, a
vossa Assembléia tem de ser menos ambiciosa no que se refere
a projectos que envolvam dinheiro, e devotar-se em especial a
encorajar os amigos, a reforçar os alicerces das Assembléias
locais, a auxiliar os Grupos a atingirem a condição de Assembléias
e aprofundar os amigos Africanos no conhecimento da Fé por todos
os meios ao seu alcance.»
«Como é do vosso conhecimento, as outras Assembléias
Nacionais têm os seus próprios problemas financeiros; e, conquanto não haja nenhuma objecçao a que fáceis um apelo pedindo
ajuda, o Guardião dúvida muito que elas estejam em posição de
nesta altura poderem ajudar substancialmente o vosso fundo.»
(Duma carta datada de 6 de Julho de 1956, escrita em nome
de Shoghi Effendi, à A.E.N. da África Central e Oriental.)
«O Guardião apreciou o vosso espírito de devoção à Fé,
mas é de opinião que vós, o vosso marido e... vos deveis
submeter às instruções da Assembléia Espiritual Nacional. A
Fé só pode ser protegida quando os amigos voluntariamente se
33
submetem aos seus organismos administrativos, especialmente
quando estes actuam de boa fé; os crentes individuais não estão
em posição de julgar o seu Organismo Nacional. Se qualquer erro
é cometido, devemos pô-lo nas mãos de Deus, sabendo como
disse 'Abdu'1-Bahá, que Ele o remediará, e entretanto, não dilaceremos a Causa de Deus repisando constantemente estes
assuntos.»
(Duma carta datada de 3 de Fevereiro de 1957, escrita em
nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«É sua opinião que a vossa Assembléia deve manter perante os seus olhos o equilíbrio especificado pelo próprio Bahá'u'lláh, por outras palavras, justiça, recompensa e retribuição.
Embora a Causa seja ainda jovem e frágil, e muitos dos crentes
inexperientes, e portanto, seja muitas vezes usada uma amistosa
paciência em vez de medidas duras, isso não significa que uma
Assembléia Espiritual Nacional deve sob todas as circunstâncias
tolerar condutas desonrosas, flagrantemente contrárias aos nossos Ensinamentos, da parte de qualquer dos seus membros, sejam
estes quem forem e venham de onde vierem. Vigilantemente
deveis estar atentos e proteger os interesses da Comunidade
Bahá'í, e quando virdes que quaisquer... Bahá'ís... estejam agindo
de modo a trazerem a desonra ao nome da Fé, avisai-os, e se
necessário, privai-os imediatamente dos seus direitos de voto
se recusarem mudar as suas atitudes. Só assim podemos preservar a pureza da Fé. As medidas de transigência e fraqueza
obscurecem a visão dos seus seguidores, sabotam a sua força,
rebaixam-na aos olhos do público e impedem-na de fazer qualquer
progresso.»
(Duma carta datada de 14 de Agosto de 1957, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Alemanha e Áustria.)

34
IV.

RELAÇÃO COM O MUNDO EXTERIOR

«... Conforme o Movimento cresce em força e poder as
Assembléias Espirituais Nacionais devem ser encorajadas, quando
as circunstâncias o permitam e os meios à sua disposição o
justifiquem, a recorrer ao duplo método de ganharem directa e
indirectamente da parte do público esclarecido a sua aceitação
incondicional da Fé Bahá'í. Um dos métodos assumirá um tom
aberto, decisivo e desafiante. O outro, sem de modo algum implicar o mais leve desvio de lealdade à Causa de Deus, será
progressivo e cauteloso. A experiência revela o facto de que cada
um destes métodos com o seu modo peculiar, se enquadra com
um determinado temperamento e classe de pessoas, no estado
presente de uma sociedade constantemente em mutação, deve
judiciosamente ser experimentado e utilizado.»
«Em minha opinião compete aos representantes nacionais dos
crentes de cada terra usarem e combinarem ambos os métodos,
o directo e o gradual, de maneira a obter os maiores benefícios
e as mais amplas vantagens para esta Causa sempre-crescente...»
«Conforme o Movimento dilata os limites da sua influência e
se multiplicam as suas oportunidades para um reconhecimento
mais completo, do caracter duplo das obrigações impostas aos
seus representantes nacionais, deve, em minha opinião, ser
acentuado de uma maneira crescente. Conquanto, fundamentalmente ocupados na realização da sua tarefa mais importante, que
consiste principalmente na formação e consolidação das suas
instituições administrativas Bahá'ís, devem esforçar-se por participar, dentro de reconhecidos limites, no trabalho daquelas instituções que, embora desconhecedoras da reivindicação da Causa
Bahá'í, são movidas por um sincero desejo de promover o espírito que anima a Fé... Estas obrigações duplas inerentes às comunidades Bahá'ís organizadas, longe de neutralizarem mutuamente os seus efeitos ou dos seus objectivos parecerem antagônicos, devem considerar-se como complementares e cumprindo,
cada uma a seu modo, uma função vital e necessária.»
«Compete aos representantes nacionais da Causa Bahá'í
observarem as condições sob as quais trabalham, de modo a
poderem apreciar as forças que actuam na sua própria área,
pesarem cuidadosa e devotadamente os méritos dos dois procedimentos, e fazerem um juízo correcto quanto ao grau de ênfase
que devem pôr neste duplo método. Então e só então, estarão
habilitados a por um lado, protegerem e estimularem o crescimento independente da Fé Bahá'í, e por outro, provar a reivindi35
cação dos seus princípios universais aos duvidosos e descrentes.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas, 124-127,
duma carta datada de 20 de Fevereiro de 1927.)
«Na opinião do Guardião foi uma pena que a oferta do
edifício escolar posto à disposição dos Bahá'ís pelo imenso
entusiasmo do funcionário em referência, tenha sido feita antes
de se haver tomado uma decisão oficial quanto às possibilidades
de para lá mandar um professor.»
«Devemos ter muito cuidado ao tratarmos com o público,
especialmente com autoridades, para que não criemos situações
embaraçosas, que possam minimizar o nosso prestígio aos olhos
de não-Bahá'ís.»
«O Guardião dá grande importância ao vosso trabalho; e
está satisfeito por ver que estais prosseguindo com tanto entusiasmo e devoção os vossos vários projectos.»
«Seria ideal se uma oferta, como a que foi feita, podesse ser
aceite; mas a Causa está presentemente, tão sobrecarregada,
que somos forçados a como disse 'Abdu'l-Bahá — desistir do
importante pelo mais importante.»
(Duma carta datada de 29 de Dezembro de 1951, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Argentina, Chile, Uruguai,
Paraguai e Bolívia.)

36
V.

FUNÇÕES DOS OFICIAIS

«Todos os donativos e contribuições devem ser dirigidos
ao Tesoureiro da Assembléia, com o propósito expresso de promover os interesses da Causa... É uma obrigação sagrada de
todo o servo consciencioso e fiel de BaháVIláh que deseja ver
a Sua Causa avançar, contribuir livre e generosamente para o
aumento do Fundo. Os membros da Assembléia Espiritual segundo o seu arbítrio, dispenderão estes fundos na promoção da
Campanha de Ensinamento, na ajuda ao necessitado, no estabelecimento de instituições educacionais Bahá'ís, em dilatar de
todos os modos possíveis a sua esfera de serviço.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 41-42 duma
carta datada de 12 de Março de 1923.)
«Nesta altura, a eleição da nova Assembléia Espiritual Nacional e a dos seus oficiais para os cargos administrativos, já
provavelmente se efectuou. 0 cargo de Secretário da Assembléia
Espiritual Nacional é muito importante e o trabalho regular e
eficiente da organização Bahá'í na índia e Birmânia vai em grande
parte depender dele...»
«É óbvio que a realização destes múltiplos deveres de um
modo eficiente, cabal e prudente não é tarefa fácil e Shoghi
Effendi tem grandes esperanças de que se encontre alguém que
possa devotar a necessária competência, tempo e energia na
sua realização.»
(Duma carta datada de 12 de Maio de 1925, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«Com referência à vossa pergunta sobre se o Presidente da
Assembléia Espiritual Nacional tem poderes para criar regulamentos durante o período do seu título de posse; o Guardião
pediu-me para declarar que nenhum regulamento pode ter validade a não ser quando aprovado pelos outros membros da
Assembléia Espiritual Nacional. O Presidente não tem capacidade
legislativa especial, excepto como um membro da Assembléia.»
(Duma carta datada de 28 de Fevereiro de 1937, escrita em
nome de Shoghi Efendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«Com referência à resolução n.° 15 mencionada nas minutas da vossa Assembléia Espiritual Nacional o Guardião deseja
que torneis bem claro a todos os crentes que ser membro de
uma Assembléia ou de uma Comissão Bahá'í é uma obrigação
37
sagrada que deve ser aceite com alegria e confiança por todo
o membro leal e consciencioso da Comunidade, não importa quão
humilde e inexperiente. Uma vez eleito para servir numa dada
Assembléia o dever de um crente é fazer todo o possível por
estar presente a todas as reuniões da assembléia, e cooperar com
os outros co-membros, a não ser, contudo, que seja impedido
de o fazer por qualquer razão de força maior tal como doença,
e mesmo então deve notificar a Assembléia do que se passa.
0 dever da Assembléia Espiritual Nacional é encorajar e também facilitar a presença às reuniões da Assembléia. Se um
membro não tem nenhuma razão válida que justifique a sua
repetida ausência das reuniões da Assembléia, deve ser notificado,
e mesmo avisado, e se este aviso for deliberadamente ignorado,
a Assembléia tem então o direito de suspender os seus direitos
de membro votante da Comunidade. Esta sanção administrativa
é absolutamente imperativa e necessária e ainda que não seja
equivalente à completa expulsão da Causa priva-o de qualquer
verdadeira participação nas funções e assuntos administrativos,
sendo, assim, uma medida correctiva muito eficaz que a Assembléia pode usar contra estes indivíduos sem zelo e irresponsáveis da Comunidade.»
(Duma carta datada de 2 de Julho de 1939, escrita em nome
de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«Com referência à vossa pergunta sobre o procedimento a
adoptar pelas assembléias Bahá'ís quando descontentes com os
serviços de qualquer um dos seus oficiais, se este descontentamento implicar a lealdade de um oficial da Assembléia à Fé, deve,
após uma votação por maioria, ser demitido. Mas quando este descontentamento for devido à incompetência de um membro, ou
simplesmente a negligência da sua parte no desempenho dos
seus deveres, isto não constitue justificação suficiente para motivar a sua resignação ou demissão da Assembléia. Deve ser
mantido empossado no seu cargo até à realização de novas
eleições.»
(Duma carta datada de 22 de Novembro de 1940, escrita
em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. das Ilhas Britânicas.)
«Com referência à vossa pergunta relativa ao Secretário da
Assembléia Espiritual Nacional: Não pode haver qualquer Secretário eleito permanentemente mantendo-se empossado nesse
cargo ano após ano, visto que isso seria contrário aos princípios
da Administração; contudo, o Guardião é de opinião que a A.E.N.
pode proporcionar ao Secretário, um ajudante devidamente remunerado, permitindo-lhe assim o desempenho cabal dos seus
deveres e ao mesmo tempo continuar a exercer a sua profissão,
se esta lhe for necessária. Por outras palavras, o Secretário da
38
Assembléia Espiritual Nacional pode ter um sub-secretário em
regime full-time se o volume de trabalho o justificar.»
(Duma carta datada de 19 de Outubro de 1947, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«De uma maneira geral o Secretário de uma Assembléia deve
ter o cuidado de transmitir exactamente aquilo que a maioria decidiu ou aconselhou. Não há concerteza nenhuma objecção a que ele
redija o assunto em termos adequados e claros de acordo com
a decisão ou instruções da Assembléia, mas é claro que não
deve introduzir a sua opinião pessoal a não ser quando endossada
pela assembléia.»
(Duma carta datada de 19 de Outubro de 1947, escrita
em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«0 Guardião lamenta que seja necessário insistir em que o
Secretário da vossa Assembléia tenha de viver em Buenos Aires,
de modo a que o Secretariado esteja situado na Sede dessa
região; este é um princípio geral que ele insiste seja seguido pelos
amigos em todo o mundo. Na escandinávia, surgiu uma situação
similar à vossa em que o Secretário vivia em Oslo em vez de
em Estocolmo, e em que foi necessário uma mudança. Conforme
a Cruzada dos Dez Anos se desenrola, é cada vez mais importante que o trabalho prossiga de uma maneira uniforme e de
acordo com princípios aplicáveis a todos.»
(Duma carta datada de 29 de Julho de 1957, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A. E. N. da Argentina, Chile, Uruguai,
Paraguai e Bolívia.)

39
VI.

REUNIÕES DA ASSEMBLÉIA

«Aguardo sempre com ansiedade os relatórios detalhados
e freqüentes da vossa Assembléia Nacional e muito desejo que
os seus membros se reunam tantas vezes quanto possível e
que activa, eficiente e constantemente dirijam, coordenem e
reforcem as actividades dos indivíduos e das Assembléias locais
em toda a índia e Birmânia. Estou sequioso por mais informações
específicas e exorto o seu Secretário a que se assegure de que
toda a comunicação da Terra Santa ou de qualquer outro centro
Bahá'í seja rápida e amplamente destribuída. Ficai certos das
minhas afectuosas orações.»
(Shoghi Effendi, Postscripto à carta datada de 5 de Março de
1925 à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«Um outro factor que, na opinião do Guardião, é essencial
ao desenvolvimento da vossa Assembléia Espiritual Nacional é
a realização de reuniões freqüentes. Embora os seus membros
residam a grande distância uns dos outros podem, contudo, comunicar por correspondência. Não é necessário que a totalidade
dos membros esteja presente em todas as sessões. Aqueles
que por uma razão ou outra, não possam estar presentes em
pessoa às reuniões da Assembléia Espiritual Nacional podem
dar a sua opinião por escrito e enviá-la à Assembléia. O ponto
principal é que as actividades da vossa Assembléia não sejam
de modo algum prejudicadas e o seu trabalho retardado e adiado,
devido a tais considerações necessariamente sem importância
e secundárias.»
(Duma carta datada de 2 de Janeiro de 1934, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«O Guardião acolheu com agrado a resolução da vossa
Assembléia de progressivamente devotar as suas reuniões à
consideração das principais idéias e planos e alongar-se menos
em questões de detalhe e de caracter administrativo meramente
secundário. Ele exorta-vos, contudo, a tomardes todas as decisões somente após uma cuidadosa e conscienciosa deliberação
entre todos os nove membros, com excepção daquelas de natureza trivial e insignificante que tratam apenas de trabalho de
rotina. Quaisquer tendências de descentralização, ou de delegação da autoridade em qualquer pessoa ou organismo para tomar
decisões sobre questões que directa e unicamente são da alçada
da própria Assembléia Espiritual Nacional, é prejudicial e tem
41
de ser reprimido logo de início, é exactamente por esta razão,
nomeadamente, para permitir à Assembléia Espiritual Nacional o
adequado e pleno desempenho das suas funções de consultaçao
e deliberação sobre pontos controversos relativos à comunidade
nacional sob a sua jurisdição, que os seus membros foram limitados a nove, para que esta não se tornasse demasiado rígida
ao tomar decisões que muitas vezes requerem uma acção rápida e uma deliberação responsável da parte de todos os seus
membros. No intuito de salvaguardar o caracter distintivo desta
instituição central e autorizada, parece imprescindível a realização de reuniões mais freqüentes especialmente conforme os
problemas que ela é chamada a tratar forem aumentando em
número e importância com a constante expansão da Fé na
América do Norte.»
(Duma carta datada de 28 de Fevereiro de 1939, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos E. U. e Canadá.)
«Do mesmo modo ele é de opinião que a Assembléia Espiritual Nacional deve reunir-se mais vezes, mesmo que todos os
seus membros não possam estar presentes. Às decisões tomadas por correspondência falta-lhes a vitalidade inerente às que
são tomadas através duma consultaçao activa, e agora que a
Fé se encontra aí em franco progresso, e tem um forte alicerce
administrativo, é necessária uma acção mais vigorosa e sistemática.»
(Duma carta datada de 16 de Julho de 1946, escrita em
nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Austrália e Nova Zelândia.)

42
VII

COMISSÕES NACIONAIS

«As questões importantes em tais actividades espirituais
que afectem a Causa em geral nessa terra,... longe de estarem
sob a exclusiva jurisdição de qualquer Assembléia Local ou Grupo
de amigos, devem ser todas minuciosa e completamente orientadas por uma Junta especial, eleita pelo Organismo Nacional,
constituída como uma Comissão deste, perante quem é responsável e sobre a qual o Organsimo Nacional exercerá uma supervisão constante e geral.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 24, duma
carta datada de 5 de Março de 1922.)
«Aprovo com veemência os arranjos que fizesteis para cen
tralizardes o trabalho nas vossas mãos e o haverdes distribuído
pelas várias comissões, as quais cada uma na sua própria esfera,
têm tão eficiente e integralmente empreendido a direcção dos
seus próprios interesses.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 28, duma
carta datada de 23 de Dezembro de 1922.)
«Questões vitais, que afectam os interesses da Causa nesse
país tais como os assuntos da tradução e publicação, do Mashriqu'l-Adhkár, do Trabalho de Ensinamento e outros assuntos similares que sobressaiem distintamente dos interesses estrictamente
locais, devem estar sob a completa jurisdição da Assembléia
Nacional.»
«Esta terá de referir cada um destes assuntos, do mesmo
modo que as Assembléias Locais, a uma comissão especial,
a ser eleita pelos membros da Assembléia Espiritual Nacional,
de entre a totalidade dos crentes nesse país, a qual terá para
com esta a mesma relação que as comissões locais tem para
com as suas respectivas Assembléias locais.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 40, duma
carta datada de 12 de Março de 1923.)
«Com referência à recente decisão da Assembléia Espiritual
Nacional de pôr nas mãos das suas Comissões Nacionais tantos
dos detalhes do trabalho corrente quanto possível, é minha
opinião dever chamar a atenção de que isso levanta uma
questão fundamental da máxima importância, na medida em
que implica com um princípio único na administração da
Causa, que rege as relações que devem ser mantidas entre o
43
Organismo central administrativo e os seus órgãos auxiliares
de acção executiva e legislativa. Como já foi observado, o papel
destas comissões formadas pela Assembléia Espiritual Nacional,
cuja renovação, composição e funções devem ser separadamente
reconsideradas todos os anos pela nova Assembléia Espiritual
Nacional, é principalmente o de efectuarem um estudo completo
e criterioso da questão confiada ao seu cuidado, darem o seu
parecer nos seus relatórios, e auxiliarem na execução das decisões
que em questões vitais têm de ser exclusiva e directamente
tomadas pela Assembléia Nacional. Uma vigilância máxima e
um esforço infatigável é lhes exigido se quizerem cumprir, como
incumbe à sua elevada e responsável missão, as funções que
lhe foi dado desempenhar. Dentro dos limites que lhe são impostos pelas circunstâncias do dia presente, deve esforçar-se por
manter o equilíbrio de tal modo que, os inconvenientes da centralização excessiva que obstrui, confunde e a longo prazo deprecia
o valor dos serviços Bahá'ís prestados, serão por um lado inteiramente evitados, e por outro lado, definitivamente desviados, os
perigos da completa descentralização com a conseqüente fuga
da autoridade governamental das mãos dos representantes nacionais dos crentes. A assimilação dos detalhes insignificantes
da administração Bahá'í pelos membros da Assembléia Espiritual
Nacional é manifestamente prejudicial à eficiência e ao adequado
desempenho dos seus deveres, enquanto que a concessão de
indevida autoridade a órgãos que sob nenhuma outra luz devem
ser considerados a não ser a de conselheiros peritos e assistentes executivos, comprometeria os próprios poderes vitais e permeantes que são as prerrogativas sagradas dos organismos que
a seu tempo evoluirão nas Casas Nacionais Bahá'ís de Justiça.
Estou absolutamente consciente do esforço e sacrifício que uma
aderência leal a um tal princípio essencial da administração Bahá'í
— um princípio que de imediato enobrecerá e distinguira o método de administração Bahá'í dos sistemas prevalecentes no
mundo — exige dos representantes nacionais dos crentes neste
estágio inicial da nossa evolução; não posso, contudo, deixar de
vincar as linhas gerais que orientarão de uma maneira crescente a
condução das questões da Causa, o conhecimento das quais é tão
essencial neste período formativo das instituições administrativas
Bahá'ís.»
(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 141-142,
duma carta datada de 18 de Outubro de 1927.)
«Auxiliadas pelas comissões nacionais que são responsáveis
perante a Assembléia Nacional e por esta mesma escolhidas,
sem discriminação, de entre a totalidade dos crentes dentro da
sua jurisdição, e a cada uma das quais é designada uma determinada esfera de serviço Bahá'í, estas Assembléias Nacionais
têm, conforme o alcance das suas actividades se dilata sem
44
oessar, através do espírito de disciplina que têm inculcado e
pela sua aderência incondicional a princípios que lhe têm permitido erguer-se acima de todos os preconceitos de raça, nacionalidade, classe e cor, comprovado ser capazes de administrar,
de modo notável, as múltiplas actividades de uma Fé recém-consolidada.»
«Nem têm as comissões nacionais sido menos enérgicas e
devotadas no desempenho das suas respectivas funções. Na defesa dos interesses vitais da Fé, na exposição da sua doutrina;
na disseminação da sua literatura; na organização da sua força
de ensinamento; na promoção da solidariedade das suas partes
componentes; na aquisição dos seus lugares históricos; na preservação das suas sagradas escrituras, tesouros e relíquias; nos
seus contactos com as várias instituições da sociedade de que
fazem parte; na educação da sua juventude; no treino dos seus
filhos; na melhoria da condição da mulher Bahá'í no Oriente; os
membros destes órgãos diversificados, que operam sob a égide
dos representantes nacionais da comunidade Bahá'í, têm amplamente demonstrado a sua capacidade de promover efectivamente
os seus vitais e múltiplos interesses.»
(Shoghi Effendi, Good Passes By, página 333, 1944.)
«Em sua opinião as Assembléias Locais devem ser levadas
a compreenderem que as Comissões Nacionais são constituídas
para servirem as suas necessidades, não para serem arbitrariamente mandadas, e para unificarem o trabalho da Causa que
está agora a espalhar-se tão rapidamente nas Ilhas Britânicas.
As Comissões em questão devem ter muito tacto ao tratarem
com uma Assembléia jovem que começa a criar a sua personalidade na medida em que este espírito de independência, quando
devidamente conduzido, é mais susceptível de a tornar forte e
independente do que fraca e sempre na dependência dos outros
para progredir. As Assembléias, contudo, devem certamente cooperar com as Comissões Nacionais e não lhes recusar a sua
assistência.»
(Duma carta datada de 5 de Novembro de 1948, escrita
em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. das Ilhas Britânicas.)

45
VIII.

FLEXIBILIDADE EM QUESTÕES SECUNDÁRIAS

«No referente à vossa crítica ao Artigo VIM dos Estatutos
da Assembléia Espiritual Nacional o Guardião deseja informar-vos
que, sendo esta uma questão secundária proveniente de um
princípio geral por ele já estabelecido numa das suas últimas
comunicações, dirigida a vós e à Assembléia Espiritual Nacional,
com referência ao poder dos delegados e à relação entre estes
e a Assembléia Espiritual Nacional, não vê necessidade de entrar
em detalhes que pela sua própria natureza competem à jurisdição da Assembléia Espiritual Nacional. É a esse organismo que
deveis submeter quaisquer críticas, quer no referente às cláusulas da Constituição quer às pertinentes a qualquer outra fase
do trabalho administrativo da Causa. Não é da competência do
Guardião entrar em questões de detalhe. Os seus transcendentes
e prementes deveres, e a própria natureza da sua posição como
supremo Guardião da Fé, fazem com que lhe seja impossível
interferir em questões de caracter local e de importância relativamente secundária. Compete a vós, como um dos distintos membros do organismo administrativo mais elevado da Causa nos
Estados Unidos, lembrar aos outros co-membros o que é seu
dever considerar e pôr em execução. O Guardião estabelece o
princípio geral, e compete à Assembléia Nacional orientar todas
as assembléias locais e grupos quanto à melhor maneira destas
o aplicarem consoante as suas condições locais.»
(Duma carta datada de 11 de Novembro de 1933, escrita
em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)
«Com referência ao telegrama enviado em Julho pelo Guardião à vossa Assembléia no sentido desta deixar de emitir mais
declarações sobre vários assuntos administrativos, ele pediu-me
para de novo reiterar e confirmar as direcções e explicações já
dadas numa das suas recentes comunicações à Assembléia Espiritual Nacional quanto ao facto da publicação de tais declarações não satisfazerem mais uma necessidade urgente, e que a
sua multiplicação terá apenas como resultado tornar a administração da Causa demasiado rígida. As várias leis e cláusulas que
se encontram no livro da «Administração Bahá'í» e as declarações
suplementares já publicadas pela Assembléia Nacional, são, em
sua opinião, por agora suficientemente detalhadas para guiar
as vossas actividades presentes. Ele próprio deliberadamente têm-se refreado durante estes últimos anos de acrescentar mais regulamentos administrativos, ou mesmo de elucidar e elaborar
47
aqueles já em vigor. Esta é mais uma razão para que a vossa
Assembléia, do mesmo modo, pare de multiplicar os regulamentos
administrativos que, conforme o seu número aumenta, têm necessariamente de restringir e confundir aqueles que os têm de cumprir. Não é necessário à vossa Assembléia antecipar situações
que ainda não surgiram, e estabelecer para tais casos regras
gerais e regulamentos. Será mais conveniente considerar cada
caso individualmente conforme forem surgindo, e resolver então
o problema que com ele se relacione da maneira mais adequada
e prática. Tanto os crentes Americanos como os seus representantes nacionais, devem de agora em diante dirigir a sua atenção
mais para as questões verdadeiramente importantes e vitais que
uma administração já estabelecida é chamada a enfrentar e resolver, e não se permitirem dispender energias na consideração
de assuntos administrativos puramente secundários. O Guardião
deseja que a vossa Assembléia se refira de novo à comunicação
mencionada que tratava deste assunto.»
(Duma carta datada de 25 de Novembro de 1937, escrita
em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e
Canadá.)
«Ao ler o relatório da vossa Convenção Nacional o Guardião
notou o pedido feito para que a Assembléia Espiritual Nacional
estabelecesse certas regras e regulamentos de procedimento.
Ele já informou a Assembléia Espiritual Nacional Americana que
de agora em diante deve evitar estabelecer mais regras e regulamentos, visto que estes tendem a tornar rígidas as questões da
Causa e por fim, obscurecer o seu espírito e retardar o seu crescimento. Na sua opinião a vossa Assembléia deve exercer o
mesmo cuidado, e evitar introduzir quaisquer regras de procedimento além das já existentes. Cada caso que surja à Assembléia deve ser julgado pelos seus próprios méritos, e ser decidido
individualmente sem recorrer a novas regras.»
(Duma carta datada de 29 de Julho de 1941, escrita em
nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. da índia e Birmânia.)
«Agora que a vossa Assembléia está formada, e inicia a sua
existência independente como um Organismo Nacional, o Guardião deseja vincar um ponto para o qual está constantemente
a chamar a atenção dos outros Organismos Nacionais: deveis
evitar promulgar regras e regulamentos. O princípio fundamental
estabelecido na Administração Bahá'í deve, naturalmente, ser
seguido, mas há uma tendência da parte das Assembléias promulgarem sem cessar detalhados procedimentos e regras para
os amigos, e ele considera que isto obstrui o trabalho da Causa,
e é absolutamente prematuro. Tanto quanto seja possível os
casos que surjam devem ser tratados e resolvidos conforme
apareçam, e não estabelecer um lençol de regras cobrindo todos
48
Assembleia espiritual nacional, a
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  • 2.
  • 3. A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL Uma Compilação da Casa Universal de Justiça TRADUÇÃO José DE Xavier Rodrigues Publicado pela Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís de Portugal Lisboa 137 3
  • 4.
  • 5. Í N D I C E I. Responsabilidade dos membros, autoridade, funções II. Relação com a Convenção 19 III. Relação com a Comunidade 27 IV. Relação com o mundo exterior 35 Funções dos oficiais 37 Reuniões da Assembléia 41 VII. Comissões Nacionais 43 VIII. Flexibilidade em questões secundárias V. VI. . . . 7 47 IX. Apelações • 53 X. O Espírito e a Forma da Administração Bahál . 57
  • 6.
  • 7. A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL (Uma compilação) Acabámos de fazer uma compilação de extractos de cartas escritas por Shoghi Effendi ou em seu nome, pelos seus Secretários, sobre a instituição da Assembléia Espiritual Nacional. Não tentámos fazer uma compilação exaustiva de todos os textos existentes sobre o assunto, mas esperamos que o material incluso possa ajudar os membros das Assembléias Espirituais Nacionais, e os amigos em geral, a conhecerem esta instituição vital da Fé. Junho de 1972. A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
  • 8.
  • 9. I. RESPONSABILIDADE DOS MEMBROS, AUTORIDADE, FUNÇÕES «Com referência ao estabelecimento das Assembléias Nacionais, é de importância vital que em todos os paises, onde as condições sejam favoráveis, e o número de amigos se tenha multiplicado e atingido um volume considerável... seja imediatamente estabelecida uma «Assembléia Nacional», representativa dos amigos de todo esse país.» «O seu propósito imediato é estimular, unificar e coordenar por meio de freqüentes consultas pessoais, as múltiplas actividades dos amigos e das Assembléias Locais; e através de um contacto intimo e constante com a Terra Santa, criar recursos, e dirigir os assuntos gerais da Causa nesse país.» «Servem também um outro propósito, não menos essencial do que o primeiro, se considerarmos que a seu tempo evoluirão em Casas Nacionais de Justiça (que se encontram referidas na Vontade e Testamento de 'Abdu'1-Bahá como as «Casas de Justiça Secundárias»), as quais, de acordo com o explícito texto do Testamento, terão, em conjunto com as outras Assembléias Nacionais de todo o mundo Bahá'í, de eleger directamente os membros da Casa Internacional de Justiça, aquele Conselho Supremo que orientará, organizará e unificará os assuntos do Movimento em todo o mundo.» «Nas Escrituras de 'Abdu'1-Bahá, está expressamente registado que estas Assembléias Nacionais devem ser ele.tas indirectamente pelos amigos; isto é, os amigos de cada país, devem eleger um determinado número de delegados, que por sua vez elegerão de entre todos os amigos desse país, os membros da Assembléia Espiritual Nacional...» «Esta Assembléia Espiritual Nacional, que enquanto não for estabelecida a Casa Universal de Justiça, terá de ser reeleita uma vez por ano, assume obviamente graves responsabilidades, visto que tem de exercer plena autoridade sobre todas as Assembléias Locais do seu país, dirigir as actividades dos amigos, guardar vigilantemente a Causa de Deus, controlar e superintender os assuntos gerais do Movimento...» «Tem também a responsabilidade de decidir se uma determinada questão em discussão é de natureza estrictamente local e reservada à consideração e decisão da Assembléia Local, ou se é de caracter nacional, e ser considerada como uma questão que deve receber a sua especial atenção. A Assembléia Espiritual
  • 10. Nacional decidirá também dos assuntos que na sua opinião devem ser referidos à Terra Santa para consulta e decisão.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 39-41, duma carta datada de 12 de Março de 1923.) «Creio firmemente, ser da máxima urgência e importância que, com a unidade de propósito e acção firmemente estabelecidas no nosso meio e com todo o vestígio de animosidade e desconfiança do passado banido dos nossos corações, formemos uma frente unida e combatamos com sapiência e tacto, todas as forças que possam obscurecer o espírito do Movimento, causar divisionismo nas suas fileiras, e limitá-lo com crenças dogmáticas e sectárias.» «É primariamente sobre os membros eleitos das Assembléias Espirituais Nacionais de todo o mundo Bahá'í, que recai este tão importante dever, visto ter sido posto e centralizado nas suas mãos a direcção e orientação de todas as actividades espirituais Bahá'ís, e porque são aos olhos do povo dos seus países, o organismo supremo nessa terra, que oficialmente representa, promove e salvaguarda os vários interesses da Causa, é minha fervorosa oração e mais caro desejo que a guia infalível de BaháVIláh e as bênçãos do nosso amado Mestre, lhes permita estabelecer um elevado e verdadeiro exemplo para todas as outras instituições Bahá'ís e Assembléias Locais, e lhes mostre o que a harmonia absoluta, a deliberação amadurecida e a cooperação abnegada podem conseguir.» «Se este organismo representativo e responsável, não conseguir realizar este requisito fundamental ao sucesso de todo o empreendimento, toda a estrutura concerteza ruirá, e o Grande Plano do Futuro, tal como se processa segundo a Vontade e Testamento do Mestre, será rudemente abalado e gravemente atrasado.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 45-46, duma carta datada de 9 de Abril de 1923.) «Sobre o método a adoptar para a eleição das Assembléias Espirituais Nacionais, é evidente que o texto do Testamento do Mestre não nos dá nenhuma indicação quanto à maneira pela qual estas Assembléias devem ser eleitas. Numa das Suas primeiras Epístolas, contudo, dirigida a um amigo da Pérsia, está expressamente registado o seguinte :» «Na altura em que todos os amados de Deus em cada país nomearem os seus delegados, e estes por sua vez, elejam os seus representantes e estes representantes elejam um organismo, este organismo deverá considerar-se como o Supremo Baytu'l-'adl (A Casa Universal de Justiça).» «Estas palavras indicam claramente que 'Abdu'l-Bahá nos dá uma eleição composta de três fases para a formação da Casa
  • 11. Internacional de Justiça e, como na Sua Vontade e Testamento está explicitamente indicado que as «Casas de Justiça Secundárias» (isto é, as Assembléias Nacionais) devem eleger os membros da «Universal», óbvio se torna, que os membros das Assembléias Espirituais Nacionais, terão de ser indirectamente eleitos pelo corpo dos crentes dos seus respectivos países...» «Se a nomeação dos delegados fizesse parte das funções das Assembléias Locais, que já são organismos eleitos, seria introduzido o princípio da eleição composta de quatro fases, o que estaria em desacordo com as estipulações explicitamente estabelecidas na Epístola do Mestre. Por outro lado, se fossem as Assembléias Espirituais Locais, cujo número de membros está estritamente confinado a nove, a eleger directamente os membros da Assembléia Espiritual Nacional — mantendo assim o princípio da eleição de três fases — todas as localidades Bahá'ís, que têm necessariamente de diferir no seu potencial numérico, teriam então de participar em igualdade na eleição da Assembléia Espiritual Nacional — prática esta que seria contrária à honestidade e justiça. Além disto, o princípio guia central na administração presente da Causa, tem sido tornar as Assembléias Espirituais Nacionais tão independentes quanto possível na condução dos assuntos referentes ao seu país, e limitar a influência obstruciva de qualquer instituição dentro da sua jurisdição que pudesse, directa ou indirectamente, enfraquecer a sua autoridade e prestígio.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 84-85, duma carta datada de 12 de Maio de 1925.) «Desígnios elevados e motivos puros, ainda que louváveis em si mesmos, não serão sem dúvida suficientes senão forem apoiados por medidas práticas e métodos eficazes. Riqueza de sentimento, abundância de boa-vontade e esforço, não produzirão nenhum benefício se não conseguirmos exercer discriminação e controlo e dirigir o seu fluxo através dos canais mais vantajosos. A liberdade plena do indivíduo deve ser temperada pela consulta mútua, pelo sacrifício e o espírito de iniciativa e empreendimento, reforçado por uma compreensão mais profunda da necessidade suprema da acção colectiva e de uma devoção mais plena ao bem comum.» «Seria impossível nesta fase ignorar a indispensabilidade, ou sobestimar o significado único da instituição da Assembléia Espiritual Nacional — o eixo em redor do qual se volvem as actividades dos crentes em todo o continente Americano. Suprema é a sua posição, grave a sua responsabilidade, múltiplos e árduos os seus deveres. Quão grande o privilégio, quão delicada a tarefa dos delegados reunidos, cuja função é eleger estes representantes nacionais que, deveriam pela sua folha de serviços, enobrecer e enriquecer os anais da Causa! Se considerarmos apenas as elevadas qualificações dos membros das Assembléias Banais,
  • 12. como enumeradas nas Epístolas de 'Abdu'1-Bahá, ficamos plenos de sentimentos de desmerecimento e consternação e, ficaríamos verdadeiramente desencorajados, senão fosse o pensamento reconfortante de que se nos erguermos para desempenhar nobremente o nosso papel, todas as deficiências das nossas vidas, serão mais do que compensadas pelo espírito avassalador da Sua graça e poder. Deste modo compete aos delegados eleitos considerarem sem o mínimo vestígio de paixão e preconceito, e respectivamente de qualquer consideração material, apenas os nomes daqueles que melhor combinem as necessárias qualidades de inquestionável lealdade, abnegada devoção, espírito esclarecido, reconhecida competência e amadurecida experiência. Possa a próxima Assembléia Espiritual Nacional—os privilegiados e escolhidos servos da Causa—imortalizarem o seu termo de serviço com acções de afectuoso serviço, acções que redundarão em honra, em glória e em poder, para o Nome Supremo.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 87-88, duma carta datada de 3 de Junho de 1925.) «Agora que a engrenagem administrativa da Causa já se desenvolveu suficientemente, o seu propósito e objectivo são melhor conhecidos e compreendidos, e cada crente se encontra mais familiarizado com os seus métodos e funcionamento, creio ser chegada a altura em que esta deve ser completa e conscientemente utilizada na promoção do propósito para que foi criada. A minha convicção, é que ela deve servir um propósito duplo. Por um lado, almejar a expansão constante e gradual do Movimento ao longo de linhas que sejam simultaneamente amplas, válidas e universais; e, por outro lado, assegurar a consolidação interna do trabalho já realizado. Ambos devem fornecer o impulso através do qual as forças dinâmicas latentes na Fé se possam desenrolar, cristalizar e moldar as vidas e conduta dos homens, e servir como um meio para o intercâmbio de pensamento e a coordenação das actividades entre os diversos elementos que constituem a comunidade Bahá'í... Em linhas gerais estes são os princípios guias que aqueles que estão colocados nos cargos da administração dos assuntos da Causa, devem presentemente esforçar-se por promover, explicar e firmemente estabelecer. Nada menos que o espírito da fé inabalável, de vigilância contínua e esforço paciente, pode eventualmente esperar alcançar a realização deste nosso tão caro desejo.» «Possam os representantes nacionais da América erguerem-se com uma visão clara, uma determinação inflexível e um renovado vigor para levarem integralmente a cabo a sagrada tarefa que se propuzeram realizar.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 109-110, duma carta datada de 12 de Maio de 1926.) 10
  • 13. «Agora que a A.E.N. foi adequadamente constituída e os seus oficiais devidamente nomeados, cumpre a cada um e a todos, introduzirem e promoverem tais medidas que consolidem o trabalho que tão bem começaram. A instituição do Fundo Nacional, um Boletim Bahá'i similar ao Noticiário editado pela A.E.N. Americana, uma campanha de Ensinamento rigorosa e bem concebida, um esforço contínuo e determinado para coordenar as actividades das assembléias locais e grupos em toda a fndia e Birmânia, e o envio de freqüentes e detalhados relatórios para a Terra Santa, estão entre as necessidades mais primárias e urgentes do novo dia que alvoreceu sobre a índia. Aguardo com interesse os vossos relatórios e ficai certos das minhas orações contínuas, pelo sucesso do vosso árduo labor.» (Shoghi Effendi, duma carta datada de 28 de Outubro de 1926 à A.E.N. da índia e Birmânia, mencionada em «Dawn of a New Day», páginas 14-15.) «Desejo reafirmar, de uma maneira clara e categórica, o princípio já enunciado em que se baseia a autoridade suprema da assembléia nacional em todos os assuntos que afectam os interesses da Fé nessa terra. Não pode haver conflito de autoridade, nem dualidade sob qualquer forma ou circunstância em qualquer esfera de jurisdição Bahá'í, seja esta local, nacional ou internacional. A assembléia nacional, contudo, embora o único intérprete da sua Declaração de Fideicomissários e dos seus estatutos, é directa e moralmente responsável ao permitir que qualquer organismo ou instituição dentro da sua jurisdição, abuse dos seus privilégios ou decline o exercício dos seus direitos e prerrogativas. A assembléia nacional é o guardião fideicomissário e a origem das múltiplas actividades e interesses de cada comunidade nacional do mundo Bahá'í. É o único elo que liga estas comunidades à Casa Internacional de Justiça — o organismo administrativo supremo na Dispensação de BaháVIláh.» (Shoghi Effendi, duma carta datada de 11 de Junho de 1934.) «Com referência à vossa pergunta quanto à conveniência de revelar a um crente individual o conteúdo da correspondência da A.E.N.: A opinião do Guardião é que embora isso não deva considerar-se como uma obrigação que um crente possa impor ao organismo nacional, seria contudo, muito aconselhável que a A.E.N. considerasse favoravelmente tal pedido feito por um crente. Na sua opinião, isso evita a impressão de que a Assembléia trabalha numa atmosfera de completo segredo e que este tem por causa motivações ditatoriais. A decisão final em tais assuntos, contudo, é deixada inteiramente ao critério da Assembléia Espiritual Nacional. 0 princípio básico que nunca deve ser esquecido, é que não se pode pedir à A.E.N. para revelar a qualquer estranho todos os detalhes relativos ao seu trabalho. A 11
  • 14. Assembléia pode decidir fazê-lo se o desejar, mas ninguém tem o direito de a forçar a uma tal acção. Este, claro está, é o lado puramente legal da questão. Mas uma atitude puramente legalística em assuntos que afectam a Causa, especialmente agora que a Fé se encontra ainda na sua infância, é não apenas inadequada, mas cheia de invisíveis perigos e dificuldades. Os indivíduos e as assembléias têm de aprender a cooperar e a cooperar inteligentemente, se quizerem desempenhar devidamente as suas obrigações para com a Fé. E uma tal cooperação só é possível havendo confiança mútua.» (Duma carta datada de 19 de Junho de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi, extraída de Mansagens do Guardião à Austrália e Nova Zelândia, página 9.) «Com referência à vossa pergunta relativa ao direito que assiste a um membro da Assembléia Espiritual Nacional de revelar a esse organismo quaisquer factos que possua como membro de uma Assembléia Espiritual Local: 0 Guardião pensa que a devida apresentação de todos esses factos não é apenas um direito, mas um dever de todo o membro da Assembléia Espiritual Nacional. De facto, todo o membro leal e consciencioso que tem o privilégio de ser membro da A.E.N., tem a obrigação de contribuir para a informação geral dos seus co-trabalhadores nesse organismo, com todos os factos que estes últimos requeiram para o estudo e decisão dos casos submetidos à sua consideração.» (Duma carta datada de 14 de Janeiro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «A formação de cada nova Assembléia Espiritual Nacional tem verdadeiramente de considerar-se como um passo em frente, na evolução da Administração da Fé, e só após terem sido devidamente constituídas um número suficiente destas Assembléias, pode haver alguma esperança duma futura expansão da Causa.» (Duma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, a um crente individual, mencionada no Bahá'í News, N.° 91, de Abril de 1935, pág. 15.) «Uma vez mais, Shoghi Effendi exorta a vossa Assembléia a considerar com prudência e simpatia, esse caso que já ocupa a sua atenção há vários meses. A situação deve ser cuidadosamente estudada, e todos os seus aspectos exaustivamente investigados e tomada uma decisão que deve imediata e destemidamente ser executada. Uma demora demasiada não só prejudica os interesses do peticionário mas, além disso, terá por efeito minimizar a autoridade e prestígio da vossa Assembléia.» (Duma carta datada de 12 de Agosto de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) 12
  • 15. «O Guardião ficou muito satisfeito ao saber dos progressos feitos pela A.E.N. da índia nos seus esforços para consolidar, alargar e manter a esfera de acção das suas actividades nacionais. Tremendas são as dificuldades no vosso caminho. As diferenças de idioma, de fundo social e intelectual tornam, indubitavelmente, muito mais difícil a realização do trabalho e poderão temporariamente refrear o funcionamento eficiente e regular da engrenagem administrativa da Fé a nível nacional. Não obstante, eles atribuem às deliberações da Assembléia Nacional uma universalidade que de outro modo não teriam e que dá aos seus membros uma amplitude de visão que é seu dever cultivar e fomentar. Na formação de qualquer assembléia local ou nacional, não é a uniformidade que devemos procurar. Porquanto o alicerce da ordem administrativa Bahá'í é o princípio da unidade na diversidade, que tão energética e repetidamente se encontra vincado nas escrituras da Causa. Diferenças que não são fundamentais e contrárias aos ensinamentos básicos da Causa, devem ser mantidas, enquanto que a unidade básica da ordem administrativa, deve a todo o custo ser preservada e assegurada. A unidade, tanto de propósito como de meios é, verdadeiramente, indispensável ao funcionamento seguro e rápido de toda a assembléia, quer local ou nacional.» (Shoghi Effendi, duma carta datada de 2 de Janeiro de 1934 à A.E.N. da índia e Birmânia, mencionada em «Dawn of a New Day, páginas, 47-48.) «A evolução do Plano impõe uma obrigação tripla, que todos os crentes individuais, todas as Assembléias locais, assim como a própria Assembléia Nacional, devem respectivamente reconhecer e conscientemente cumprir. Todo e cada crente, intrépido a meio das incertezas, dos perigos e das dificuldades financeiras que afligem a nação, deve erguer-se e assegurar, na medida plena da sua capacidade, o contínuo e abundante fluxo de fundos para a Tesouraria Nacional, do qual principalmente depende a continuação vitoriosa do Plano. Às assembléias locais, cuja função especial e elevado privilégio é facilitar a admissão de novos crentes na comunidade, e deste modo estimular a infusão de sangue novo nas suas instituições orgânicas, recai este dever de caracter não menos vital. A estas, desejo dirigir um apelo em especial... deixarem de insistir de uma maneira demasiado rigida nos mandamentos e crenças secundárias que provem ser um obstáculo no caminho de qualquer sincero candidato, cujo veemente desejo seja alistar-se sob a bandeira de BaháVIláh. Embora aderindo escrupulosamente às qualificações fundamentais já indicadas, os membros de toda e cada Assembléia devem esforçar-se, usando da sua paciência, amor, tacto e sabedoria, por nutrir, após a sua admissão, o recém-vindo até à sua maturidade Bahá'í, e gradualmente levá-lo à aceitação sem reservas, de tudo quanto se en- 13
  • 16. contra ordenado nos ensinamentos. Quanto à Assembléia Nacional, cuja inescapável responsabilidade é guardar a integridade, coordenar as actividades e estimular a vida de toda a comunidade, no momento presente a sua principal preocupação, deve ser deliberar com ansiedade como melhor permitir tanto aos crentes individuais como às assembléias locais cumprirem as suas respectivas tarefas. Através dos seus repetidos apelos, da sua prontidão em esclarecer todos os mal-entendidos e remover todos os obstáculos através do exemplo das suas vidas, da sua infatigável vigilância, do seu elevado sentido de justiça, da sua humildade, consagração e coragem, devem demonstrar àqueles a quem representam a sua capacidade para desempenharem o seu papel no progresso do Plano em que tanto eles como a restante comunidade estão empenhados. Possa o Espírito todo-avassalador de Bahá'u'lláh de tal modo permear cada parte componente deste Sistema harmoniosamente operante que lhe permita contribuir com a sua cota-parte na consumação do Plano.» (Shoghi Effendi, Mensagens à América, páginas 11-12, duma carta datada de 30 de Janeiro de 1938). «Semelhante rectidão de conduta(') deve manifestar-se com uma força sempre crescente, em todo o veredicto que os eleitos representantes da comunidade Bahá'í, seja em que cargo for que se encontrem, sejam chamados a pronunciar... deve estar evidenciada na conduta de todos os eleitores Bahá'ís, quando no exercício dos seus sagrados direitos e funções... deve constituir o mais belo ornamento da vida, a meta, os esforços e as palavras de todo o professor Bahá'í, tanto no seu país natal como no estrangeiro, quer na vanguarda das forças de ensinamento, ou no desempenho dum trabalho menos activo e responsável. Esta conduta deve tornar-se no garante desse organismo numericamente pequeno, ainda que intensamente dinâmico e altamente responsável dos representantes nacionais de cada comunidade Bahá'í, que constitui a coluna de sustentação e o único instrumento para a eleição em cada comunidade, da Casa Universal de Justiça cujo próprio nome e título, como ordenado por Bahá'ú'lláh, simbolizam aquela rectidão de conduta que é sua mais elevada missão, salvaguardar e fazer observar.» «Tão grande e transcendente é este princípio da Justiça Divina, um princípio que deve considerar-se como a principal distinção de todas as Assembléias Locais e Nacionais, na sua capacidade de precursoras da Casa Universal de Justiça, que o Próprio Bahá'- {') 14 «Com as suas implicações de Justiça, igualdade, veracidade, honestidade, sentido de rectidão, confiança e idoneidade.» (Ver «O Advento da Justiça Divina, pág. 19).
  • 17. u'lláh subordina a Sua inclinação e desejo pessoal, à força irresistível das suas exigências e implicações. «Deus é meu testemunho!» Ele assim explica, «não fosse isso contrário à Lei de Deus, Eu beijaria a mão de quem Me matasse e a ele legaria os Meus bens terrenos. Refreia-Me de o fazer, contudo, a Lei de Deus expressa no Livro e não ter Eu possessões materiais.» «Sabei vós de uma verdade» significativamente Ele afirma, «estas grandes opressões que têm caído sobre o mundo, estão a prepará-lo para o advento da Justiça Suprema.» «Dizei», Ele afirma noutra passagem, «Ele veio com aquela Justiça com a qual adornou a humanidade e, contudo, as pessoas na sua grande maioria continuam adormecidas.» «A luz dos homens é a Justiça,» declara Ele ainda, «não a extingueis com os ventos contrários da opressão e tirania. 0 propósito da justiça, é o aparecimento da unidade entre os homens.» «Não há radiância», declara Ele, «que se possa comparar à da justiça. A organização do mundo e a tranqüilidade da humanidade dependem dela». «Oh povo de Deus!», Ele exclama, «A força motora do mundo é a Justiça, pois que esta é sustentada por dois pilares, a recompensa e a punição. Estes dois pilares são as origens da vida para o mundo.»... «Não admira, portanto que o Autor da Revelação Bahá'í haja associado o nome e o título dessa Casa, que será a coroa de glória das Suas instituições administrativas, não com o perdão, mas com a justiça, tendo feito da justiça a única base e o permanente alicerce da Sua Paz Suprema, e havê-la proclamado nas Suas Palavras Ocultas como «a mais amada de todas as coisas» a Seus olhos.» (Shoghi Effendi, «The Advent of Divine Justice», pág. 22-24, Datada de 25 de Dezembro de 1938.) «Nos países em que as comunidades Bahá'ís locais progrediram suficientemente em número e influência, foram tomadas medidas para a criação de Assembléias Nacionais, os eixos em redor dos quais devem revolver todos os empreendimentos nacionais. Designadas por 'Abdu'l-Bahá no Seu Testamento como as «Casas de Justiça Secundárias», estas constituem os organismos eleitorais para a formação da Casa Internacional de Justiça e têm autoridade para dirigir, unificar, coordenar e estimular as actividades dos crentes individuais, assim como das Assembléias Locais dentro da sua área de jurisdição, assentes sobre o amplo alicerce das comunidades locais organizadas elas próprias, pilares de sustentação da instituição que deve considerar-se como a cúpula da Ordem Administrativa Bahá'í, estas Assembléias são eleitas, de acordo com o princípio da representação proporcional, pelos delegados representantes das comunidades Bahá'ís locais reunidas em Convenção durante o período do Festival de Ridván; estão empossadas com a necessária autoridade, que lhes permite assegurar o desenvolvimento harmonioso e eficiente da actividade 15
  • 18. Bahá'í, dentro das suas esferas respectivas; estão isentas de toda a responsabilidade directa para com o seu eleitorado na condução dos seus assuntos públicos e nas suas decisões; estão encarregadas com o dever sagrado de consultar sobre as opiniões expressas pelos delegados, convidá-los a fazerem recomendações, de obter a sua confiança e cooperação e de dar-lhes a conhecer os seus planos, problemas e acções; e são mantidas pelos recursos dos fundos nacionais para os quais todos os crentes são solicitados a contribuir.» (Shoghi Effendi, God Passes By, páginas, 332-333, 1944.) «Agora que haveis sido eleito para a Assembléia Espiritual Nacional, ele é de opinião que esta oportunidade vos oferece o vosso mais importante campo de serviço do momento presente. Todos os outros serviços para a Causa devem subordinar-se a este; e vós deveis conservar a vossa força para este trabalho — se sentirdes que esta não é suficiente para se dispersar também por todas as outras tarefas! Os vossos longos e devotados serviços para a Causa, têm sido, todos, um treino e preparação para mais amplas actividades, e esta eleição para a A.E.N., ele espera, não é senão uma preparação para trabalhos ainda mais importantes no futuro.» (Duma carta datada de 28 de Julho de 1944, escrita em nome do Guardião a um crente individual.) «O Guardião ficou muito feliz por ver que este ano se haviam efectuado mudanças nos membros da A.E.N., não, devido a quaisquer razões de personalidade, mas porque a mudança em si mesmo é benéfica e aponta uma nova perspectiva às discussões de qualquer Assembléia. Ele ficou também satisfeito por ver que estas mudanças implicaram a entrada de pessoas mais novas para a A.E.N.; com a tremenda quantidade de trabalho que este segundo Plano de Sete Anos vai trazer, esta será uma grande ajuda para os membros mais idosos desse organismo.» (Duma carta datada de 21 de Maio de 1946, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «Devemos respeitar a A.E.N. e a A.E. Local, porque estas são as instituições fundadas por Bahá'u'lláh. Estas nada têm a ver com as personalidades, mas estão muito acima delas. Será um grande dia quando os amigos, dentro e fora das Assembléias, vierem a compreender completamente o facto de que numa Assembléia a importância não está nos indivíduos, mas na Assembléia como uma instituição.» (Duma carta datada de 7 de Julho de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) 16
  • 19. (') «O Guardião chama a vossa atenção para a declaração do Mestre, de que as deliberações das Assembléias são secretas e confidenciais, não sendo, portanto, possível, ter um não-membro da Assembléia na reunião da A.E.N.. Deveis ter sempre presente que, em questões de princípio, não podem haver desvios; assuntos altamente pessoais, prejudiciais à honra e felicidade de outros, são muitas vezes tratados pelas Assembléias Nacionais, e o perigo de que essa confiança seja traída é já suficientemente grande com os nove representantes de toda a comunidade, quanto mais introduzir membros que não são da Assembléia. Tudo o que tendes a fazer é tornardes as vossas minutas um pouco mais compactas e sacrificar, se necessário, algo da eficiência para seguirdes este tão importante princípio.» (Duma carta datada de 5 de Julho de 1950, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís dos Estados Unidos.) «Evidências aumento hostilidade externa persistentes maquinações internas pressagiando terrível disputa destinada opor exército luz forças trevas tanto seculares religiosas predita linguagem inequívoca 'Abdu'l-Bahá necessita esta hora crucial mais íntima associação Mãos cinco continentes organismos eleitos representantes comunidades Bahá'ís nacionais todo o mundo investigação conjunta actividades nefastas inimigos internos aclopçao sábias medidas efectivas neutralizar os seus esquemas traiçoeiros proteger massa crentes travar disseminação má influência. Apelamos Mãos Assembléias Nacionais cada continente estabelecer separadamente daqui em diante contacto directo deliberar sempre que possível tão freqüentemente quanto possível troca relatórios a serem submetidos pelas suas respectivas Juntas Auxiliares comissões nacionais exercerem atenta vigilância levar a cabo sem desvios deveres sagrados inescapáveis. Segurança Fé preciosa preservação saúde espiritual comunidades Bahá'ís vitalidade fé seus membros individuais funcionamento adequado suas laboriosamente erguidas instituições realização seus empreendimentos em todo o mundo cumprimento seu destino final tudo directamente dependente adequado desempenho pesadas responsabilidades agora recaem membros destas duas instituições ocupando com Casa Universal de Justiça depois Instituição Guardiania mais destacada posição divinamente ordenada hierarquia administrativa Ordem Mundial de BaháVIláh.» (Shoghi Effendi, Messages to the Bahá'í Word 1950-1957, de telegrama datado de 4 de Junho de 1957.) (') 3 Nota do Tradutor: As palavras de introito deste parágrafo foram traduzidas livremente, por a palavra em Inglês não fazer sentido na seqüência do texto. 17
  • 20.
  • 21. II. RELAÇÃO COM A CONVENÇÃO «Até agora a Convenção Nacional tem sido primariamente convocada para considerar as várias circunstâncias relativas à eleição da Assembléia Espiritual Nacional. Creio, contudo, que perante a expansão e a importância crescente da esfera administrativa da Causa, dos sentimentos gerais e tendências prevalecentes entre os amigos, e dos sinais de crescente interdependência entre as Assembléias Espirituais Nacionais de todo o mundo, os acreditados representantes dos crentes Americanos, reunidos, devem exercer não só o direito vital e responsável de eleger a Assembléia Nacional, mas também realizar as funções de um organismo iluminado, consultativo e cooperativo que enriquecerá a experiência, realçará o prestígio, apoiará a autoridade e auxiliará as deliberações da Assembléia Espiritual Nacional. É minha firme convicção de que é um dever sagrado, no interesse da Causa que todos nós amamos e servimos, dos membros da nova Assembléia Nacional, uma vez eleita pelos delegados durante a Convenção, procurar e ter a máxima consideração, tanto individual como colectivamente, pelos pareceres, e ponderadas opiniões dos delegados presentes. Banindo de entre si todo o vestígio de reserva, de indevida reticência, de superioridade ditatorial, devem com alegria e pormenor desenrolar perante os olhos dos delegados por quem foram eleitos, os seus planos, as suas esperanças, e as suas preocupações. Devem familiarizar os delegados com os vários assuntos que terão de ser considerados no corrente ano, e calma e conscienciosamente estudar e pesar as opiniões e pareceres dos delegados. A recentemente eleita Assembléia Nacional, durante os poucos dias em que a Convenção está em sessão e depois da dispersão dos delegados, deve procurar por todos os meios ao seu alcance cultivar a compreensão, facilitar e manter a troca de opiniões, aprofundar a confiança, e reivindicar por todos os meios ao seu alcance, o desejo de servir e promover o bem geral. Por vezes, ou melhor, muitas vezes, os mais humildes, ignorantes e inexperientes de entre os amigos, contribuem, por pura força inspiradora do seu desprendimento e devoção ardente, com a sua quota parte distinta e memorável, numa discussão altamente complicada em qualquer Assembléia. Grande deve ser a consideração dada por aqueles que os delegados escolheram para servir nesta alta posição a esta tão importante, ainda que inperceptível manifestação do poder revelador da devoção sincera e fervorosa.» 19
  • 22. «A Assembléia Espiritual Nacional, contudo, considerando as inevitáveis limitações impostas à convocação de freqüentes e longas sessões da Convenção, terá de reter nas suas mãos a decisão final de todos os assuntos que afectam os interesses da Causa na América, tais como o direito de decidir se uma Assembléia Local está ou não a funcionar de acordo com os princípios estabelecidos para a condução e progresso da Causa. É minha mais fervorosa oração que eles utilizem a sua tão elevada posição de responsabilidade, não apenas na conduta sábia e eficiente dos assuntos da Causa, mas também na difusão e aprofundamento do espírito de cordialidade no apoio total e mútuo na sua cooperação com o corpo dos seus colaboradores em todo o país. A ratificação do assento dos delegados à Convenção, isto é, o direito de decidir da validade das credenciais dos delegados numa dada Convenção, está investida na Assembléia Nacional cessante assim como é também a Assembléia Espiritual Nacional quem tem a última palavra e o direito de decidir a quem cabe o privilégio de votar, quer quando uma assembléia espiritual local se forma pela primeira vez numa dada localidade ou quando surjam diferendos entre um candidato e uma assembléia local já estabelecida. No decurso das sessões da Convenção e quando os acreditados delegados tenham já eleito de entre os crentes de todo o país, os membros da Assembléia Espiritual Nacional para o corrente ano, é de infinito valor e uma necessidade suprema que tanto quanto possível todos os assuntos que requeiram uma decisão imediata sejam completa e publicamente considerados e que após plena consulta, se faça um esforço para se obter a unanimidade em todas as decisões vitais. Na realidade, foi sempre um grato desejo do nosso Mestre, 'Abdu'1-Bahá, que os amigos, nos seus concelhos, tanto nacionais como locais, chegassem, pela sua candura, a sua honestidade de preposito, a sua singeleza de pensamento e pelo caracter cabal da sua discussão, à unanimidade em todas as questões. Se esta se provar em certos casos impraticável o veredicto da maioria deve prevalecer, e a esta decisão a minoria deve submeter-se, sob todas as circunstâncias, com satisfação, espontaneidade e sem intermissão.» «Nada menos que o poder da Sua Guia e Amor, que tudo-abarca, que tudo-penetra, pode permitir a esta ordem recem-nascida ganhar força e florescer no meio da tempestade e tensão de uma idade turbulenta, e a seu tempo reclamar a sua elevada reivindicação de ser universalmente reconhecida como o único Céu de eterna felicidade e paz.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 78-80, duma carta datada de 29 de Janeiro de 1925.) «Com referência à realização anual da Convenção e do Congresso Bahá'í é minha opinião que, embora este organismo representativo não tenha necessariamente de ser convocado cada 20
  • 23. ano, é contudo muito conveniente, considerando as funções únicas que desempenha de fomentar a harmonia e boa-vontade, de eliminar mal-entendidos e de realçar o prestígio da Causa, que a Assembléia Espiritual Nacional se esforce por reunir anualmente os representantes eleitos dos crentes Americanos. Sob alguns aspectos seria obviamente conveniente e eminentemente desejável, ainda que não absolutamente essencial, que a Assembléia Espiritual Nacional fizesse com que a realização deste Congresso sincronizasse com a altura em que se renovam as eleições nacionais, e que ambos os acontecimentos tivessem lugar, senão no primeiro dia do Ridván, pelo menos durante os doze alegres dias do período que justamente se pode considerar como o primeiro Festival Bahá'í. A não ser as eleições locais, que universalmente têm de ser renovadas no dia 21 de Abril, é inteiramente deixado ao critério da Assembléia Espiritual Nacional, após devida consideração às observações acima mencionadas, decidir qual a data e o lugar para a realização da Convenção Bahá'í, assim como para as eleições nacionais. Se a Assembléia Espiritual Nacional após ponderada deliberação tomar a decisão de preterir num dado ano a realização da Convenção edo Congresso Baháís, poderá então, e só nesse caso, procurar os meios de assegurar que a eleição anual da Assembléia Nacional seja realizada por correspondência, desde que esta seja conduzida com suficiente perfeição, eficiência e rapidez. Quanto a mim, não há também nenhuma objecção a que se permita e mesmo se peça, como último recurso, aos delegados a quem seja impossível realizar a viagem para o local da Convenção Bahá'í, o envio dos seus votos, só para a eleição da Assembléia Espiritual Nacional, pelo correio e endereçados ao Secretário Nacional, visto que em minha opinião as vantagens deste procedimento ultrapassam as considerações referidas na vossa carta. Os delegados eleitos devem, contudo, ficar bem esclarecidos — e ser-lhes continuamente lembrado — que é uma responsabilidade sagrada e reconhecidamente preferencial, estar presente se possível em pessoa nas sessões da Convenção, tomar parte activa em todo o seu procedimento, e no seu regresso, dar a conhecer aos seus amigos crentes as realizações, as decisões e as aspirações dos representantes reunidos dos crentes Americanos.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 91-92, duma carta datada de 24 de Outubro de 1925.) «O Guardião pede à Assembléia Espiritual Nacional que lembre e esclareça bem os crentes nessa terra que o organismo supremo nos Estados Unidos e Canadá, cujo privilégio e função é estabelecer, emendar e abrogar os princípios administrativos da Fé, com a aprovação do Guardião, não é a Convenção, por muito representativa que esta seja, mas a Assembléia Espiritual Nacional. Por outro lado, a Assembléia Nacional tem a obrigação 21
  • 24. e a função primária, sejam quais forem as circunstâncias, de não restringir a liberdade dos delegados reunidos, cuja dupla função é a de elegerem os seus representantes nacionais e a de lhes submeter quaisquer recomendações que queiram fazer. A função da Convenção é puramente consultiva e embora o parecer por ela dado não tenha efeitos compulsivos sobre aqueles que retêm a decisão final em questões puramente administrativas, deve observar-se, mesmo assim, o maior cuidado e precaução para que nada haja que impeça os delegados de exercerem plena e livremente as suas funções. No desempenho desta sagrada função, nenhuma influência seja esta qual for, nenhuma pressão seja qual for a sua origem, ainda mesmo que esta proveniesse da Assembléia Nacional, deve sob quaisquer circunstâncias afectar as suas opiniões ou restringir a sua liberdade. Os delegados devem estar completamente independentes de qualquer órgão administrativo, devem encarar a sua tarefa com absoluto desprendimento e devem concentrar a sua atenção nos assuntos mais importantes e prementes.» «O Guardião crê que o direito para a eleição do presidente e do secretário da Convenção deve ser investido nos delegados reunidos, para que não surja a objecção de que os membros da Assembléia Nacional cessante procuram orientar o curso das consultas de um modo que seja conducente aos seus próprios interesses pessoais. A Assembléia Nacional, contudo, deve sempre vigilantemente apoiar, defender, justificar e cumprir com as cláusulas contidas na Constituição e Estatutos as quais são tão compulsórias para a Convenção como para ela própria. A Assembléia Espiritual Nacional tem o direito de estabelecer, fazer cumprir e interpretar a Constituição Nacional dos Bahá'ís nesse país. A Assembléia Nacional para se manter fiel à letra e ao espírito dessa Constituição, não pode criar quaisquer regulamentos, ainda que de caracter secundário, que possam de qualquer modo obstruir a liberdade irrestrita dos delegados de darem o seu parecer e elegerem aqueles que segundo a sua opinião melhor combinem as necessárias qualificações para membro de um tão elevado organismo.» «De acordo com a ponderada opinião do Guardião, contudo, não deve ser dado aos não-delegados o direito de intervenção directa durante as sessões da Convenção. Só através de um delegado acreditado lhes deve ser dada indirectamente a oportunidade de expressarem os seus sentimentos e de participarem nas deliberações da Convenção. Muitas complicações e confusões resultariam infalivelmente em dias vindouros, se uma tal restrição não fosse imposta a uma reunião que se destina primariamente aos delegados acreditados das comunidades Bahá'ís. Tendo em mente esta restrição, é um dever da Assembléia Espiritual Nacional encontrar os modos que lhe permita a obtenção de valiosas sugestões, não só do número total dos delegados eleitos mas de 22
  • 25. tantos dos seus colaboradores quanto seja humanamente possível.» «Shoghi Effendi não se desviou de qualquer princípio administrativo estabelecido. Na sua opinião nem reduziu a autoridade legítima da Assembléia Espiritual Nacional, nem investiu a Convenção com indevidos poderes que lhe permita rivalizar ou tomar o lugar daqueles a quem tem de eleger. O objectivo do Guardião é lembrar os amigos, mais completamente do que antes, dos dois princípios cardiais da Administração Bahá'í, nomeadamente, a autoridade suprema e indesafiável da Assembléia Espiritual Nacional em questões nacionais e nas suas funções dentro dos limites impostos na Constituição e nos Estatutos, e da plena liberdade dos delegados à Convenção de darem pareceres, deliberarem sobre acções a tomar e nomearem os sucessores da sua Assembléia Nacional. 0 Guardião confia que elucidareis e dareis a maior publicidade a estes princípios já estabelecidos, dos quais dependerá no final, o progresso, a unidade e o bem-estar das instituições administrativas Bahá'ís.» «Acrescentado pelo punho do Guardião: Deve exercer-se o maior cuidado e vigilância para que não surjam nenhuns novos mal-entendidos referentes a estas questões fundamentais. Mantém-se sem reservas o princípio de raiz da Administração Bahál. Não há o propósito de fazer desvios aos seus princípios estabelecidos. A autoridade indisputada do organismo administrativo Bahá'í supremo da América foi reafirmado, enquanto que, por outro lado, a plena liberdade dos crentes individuais e dos delegados de exercerem as suas funções foi uma vez mais reafirmado e fortalecido. Da cooperação contínua e harmoniosa das duas principais instituições Bahá'ís da América dependerá no fim o progresso e o sucesso da administração legada por 'Abdu'lBahá. Possa a Convenção do próximo ano testemunhar o triunfo destes princípios básicos.» (Duma carta datada de 18 de Agosto de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos E. U. e Canadá.) «Com referência à posição, direitos e prerrogativas da Convenção Anual Bahá'í, o Guardião pretende tornar bem claro a todos os crentes que esta reunião anual dos delegados não é de modo algum um organismo consultivo contínuo durante todo o ano; que a sua dupla função da eleição do organismo da Assembléia Espiritual Nacional, e de oferecer algumas sugestões construtivas referentes à administração geral da Causa é limitada a um período definido; e que por conseqüência, a opinião corrente entre alguns dos crentes, de que os delegados devem servir como um organismo consultivo durante todo o ano está em desacordo com os princípios fundamentais, ainda por especificar, em que se fundamenta a administração. Shoghi Effendi crê firme23
  • 26. mente que se deve manter a consultação entre a Assembléia Espiritual Nacional e todo o corpo dos crentes, e que esta consultação, quando a Convenção não está em sessão, pode melhor manter-se através do organismo das assembléias locais, das quais uma das funções essenciais é a de agirem como intermediárias entre as comunidades locais e os seus representantes nacionais. O principal propósito das Festas dos Desanove Dias é o de permitir aos crentes individuais oferecerem quaisquer sugestões à assembléia local a qual por sua vez as transmitirá à Assembléia Espiritual Nacional. A assembléia local, portanto, é o meio adequado através do qual a comunidade Bahá'í local pode comunicar com o organismo dos representantes nacionais. A Convenção deve ser considerada como uma reunião temporária, tendo certas funções específicas a realizar durante um período de tempo limitado. A sua posição encontra-se, assim, limitada no tempo às sessões da Convenção, ficando as funções de consulta em todas as outras alturas investidas em todo o corpo dos crentes através das assembléias espirituais locais.» «Acrescentado pelo punho de Shoghi Effendi: Desejo afirmar, sem a mais pequena hesitação ou ambigüidade, que a Convenção Anual não deve ser considerada como um organismo habilitado a exercer funções similares àquelas possuídas por um vulgar parlamento sob uma forma de governo democrático. A ordem administrativa que já se encontra inserida nos ensinamentos de BaháVIláh, e que os crentes Americanos têm defendido e estão agora a estabelecer, não deve sob nenhuma circunstância, identificar-se com os princípios em que se baseiam as democracias do dia presente. Nem é idêntica a qualquer forma de governo puramente aristocrático ou autocrático. As características objectáveis inerentes a cada um destes sistemas políticos estão inteiramente evitadas. Ela combina, como nenhum outro sistema político humano conseguiu até agora, aquelas verdades salutares e elementos benéficos que constituem as contribuições válidas feitas no passado à sociedade por cada uma destas formas de governo. A consultação, franca e livre, é o alicerce desta Ordem única. A autoridade está concentrada nas mãos dos membros eleitos da Assembléia Nacional. 0 poder e a iniciativa estão primariamente investidos em todo o corpo dos crentes agindo através dos seus representantes locais. Gerar estas forças que devem dar nascimento ao organismo dos seus administradores nacionais, e consultar livre e completamente e a intervalos fixos, tanto com a nova Assembléia Nacional como com a cessante, é a função dupla, a suprema responsabilidade e a única prerrogativa dos delegados reunidos na Convenção. Nada menos do que uma interacção íntima e constante entre estes vários órgãos da administração Bahá'í pode permitir a esta cumprir o seu alto destino.» 24
  • 27. (Duma carta datada de 18 de Novembro de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.) «No que se refere à posição legal dos membros da Assembléia Espiritual Nacional nas sessões da Convenção, a opinião do Guardião é que deve ser dado tanto aos membros da nova assembléia como aos da cessante, pleno direito de participação nas discussões da Convenção. Os membros da Assembléia Espiritual Nacional que tenham sido eleitos delegados têm, além do direito de participação, autoridade para votar. O Guardião pretende por este meio tornar mais efectivas as deliberações e recomendações dos representantes nacionais. A sua opinião é que o exercício deste direito pelos membros da Assembléia Espiritual Nacional lhes permitirá uma consultação mais completa com os delegados reunidos, uma troca de pareceres exaustiva e franca com eles e a consideração colectiva dos interesses, necessidades e requisitos da Causa. Esta, ele crê, é uma das funções primárias da Convenção.» (Duma carta datada de 25 de Dezembro de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá, inserida no «Bahá'í News» N.° 81 de Fevereiro de 1934, página 3.) «Com referência à carta circular que enviastes às assembléias locais e na qual definíeis os direitos específicos, e as funções da Convenção Anual Bahá'í, e em que explicáveis uma vez mais as relações que ligam esse organismo à Assembléia Espiritual Nacional, o Guardião pediu-me para afirmar de novo a sua opinião de que a autoridade da Assembléia Espiritual Nacional é indivisível e indesafiável em todas as questões pertinentes à administração da Fé em todos os Estados Unidos e Canadá, e que, portanto, a obediência dos Bahá'ís individuais, dos delegados, dos grupos e das assembléias a essa autoridade é imperativa, e deverá ser completa e incondicional. Ele está convencido que a aceitação sem reservas e a plena aplicação desta cláusula da Administração é essencial para a manutenção do mais elevado grau de unidade entre os crentes, e indispensável ao trabalho efectivo da engrenagem administrativa da Fé em todos os países.» «Na expectativa de que através dos vossos esforços os amigos cooperarão no cumprimento das instruções do Guardião sobre este ponto, e reiterando a certeza das suas orações e súplicas em vosso nome e no dos vossos colaboradores na Assembléia Nacional.» (Duma carta datada de 11 de Junho de 1934, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.) 25
  • 28.
  • 29. III. RELAÇÃO C O M A COMUNIDADE « 0 que me deu ainda maior prazer foi saber que os membros deste Organismo Central que assumiu uma tão grave responsabilidade e que tem perante si tão delicadas e difíceis tarefas, inspira individual e colectivamente não só a simpata dos seus irmãos e irmãs espirituais mas que estes podem também confiantemente contar com o seu activo e dedicado apoio na campanha de serviço à Causa de BaháVIláh. Assim, defacto é como deve ser, porque se a cooperação genuína e constante e a confiança mútua deixarem de existir entre os amigos individuais e as suas assembléias locais e nacionais, todo o bom trabalho da Causa cessará e nada mais lhe permitirá no futuro funcionar harmoniosa e eficientemente.» «É verdade que a Causa como todos os outros movimentos encontra os seus próprios obstáculos, complicações e dificuldades imprevisíveis, mas, diferentemente de qualquer outra organização humana, ela inspira um espírito de Fé e Devoção que não pode deixar de nos induzir a fazer sinceros e renovados esforços ao encararmos com estas dificuldades e aplanar quaisquer diferendos que possam e deverão surgir.» «Aguardo com fervorosa esperança as notícias sobre esta renovação de esforços da vossa parte e da vossa resoluta determinação que nunca permitireis se abata, de manterdes a todo o custo a unidade, e eficácia e a dignidade da Causa.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 28, duma carta datada de 23 de Dezembro de 1922.) «A necessidade de centralizar a autoridade na Assembléia Espiritual Nacional, e de concentrar o poder nas várias assembléias locais, torna-se manifesta quando reflectimos que a Causa de BaháVIláh está ainda numa idade frágil do seu crescimento e numa fase de transição; se nos lembrarmos que as implicações integrais e o significado exacto das instruções do Mestre para todo o mundo, como estabelecidas no Seu Testamento, ainda não estão integralmente percebidas, e que todo o Movimento não está suficientemente cristalizado aos olhos do mundo.» «A nossa tarefa primária é vigiar muito atentamente a maneira e o caracter do seu crescimento, combater eficientemente as forças de tendências separatistas e sectárias, para que o espírito da Causa não seja obscurecido, a sua unidade ameaçada, e os seus ensinamentos corrompidos; para que a ortodoxia extremista por um lado, e a liberdade irresponsável por outro, não 27
  • 30. a desviem do Caminho Recto que é o único que a pode conduzir ao sucesso.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 42, duma carta datada de 12 de Março de 1923.) «Não nos esqueçamos... de que na própria raiz da Causa se encontra o princípio do direito indubitável do indivíduo à palavra, a sua liberdade de expressar a sua consciência e de dar as suas opiniões...» «Tenhamos também em mente que a tônica da Causa de Deus não é a autoridade ditatorial mas a humilde camaradagem, não é o poder arbitrário, mas o espírito de franca e amistosa consultação. Nada menos do que o espírito de um verdadeiro Bahá'í pode esperar reconciliar os princípios de mercê e justiça, de liberdade e submissão, da santidade do direito do indivíduo e da renúncia do ego, de vigilância, discrição e prudência por um lado, e de camaradagem, candura e coragem por outro.» «Os deveres, daqueles a quem os amigos elegeram livre e conscienciosamente como seus representantes, não são menos vitais e compulsórios do que as obrigações daqueles que os escolheram. A sua função não é ditar, mas consultar, e consultar não apenas entre si, mas tanto quanto possível com os amigos que representam. Não se devem considerar a si próprios sob nenhuma outra luz que não seja a de instrumentos escolhidos para uma mais eficiente e dignificada representação da Causa de Deus. Não devem nunca serem levados a supor que são os ornamentos centrais do organismo da Causa intrinsecamente superiores aos outros em capacidade ou mérito, e os únicos promotores dos seus ensinamentos e princípios. Devem encarar as suas tarefas com extrema humildade, e esforçarem-se com as suas mentes isentas de preconceito, com o seu elevado sentido de justiça e dever, com a sua candura, a sua modéstia, a sua inteira devoção ao bem-estar e aos interesses dos amigos, da Causa e da humanidade, por ganhar não só a confiança e o genuíno apoio e respeito daqueles a quem servem, mas também a sua estima e verdadeira afeição. Devem, sempre, evitar o espírito de exclusividade, as atmosferas de segredo, libertarem-se de atitudes dominantes e banir das suas deliberações todas as formas de preconceito e paixão. Devem, dentro dos limites duma sábia discrição, ob.er a confiança dos amigos, dar-lhes a conhecer os seus planos, partilhar com eles os seus problemas e ansiedades, e procurar o seu parecer e conselho. E, quando lhes seja pedido para tomarem uma dada decisão, devem, após uma consukação desapaixonada, ansiosa e cordial, voltarem-se para Deus em oração, e com seriedade, convicção e coragem, darem o seu voto e acatar a voz da maioria, a qual nos disse o nosso Mestre ser a voz da verdade, jamais para ser desafiada, mas ser sempre devotadamente cumprida. A esta voz os amigos devem responder com 28
  • 31. todo o coração, e considerá-la como os únicos meios que podem assegurar a protecção e o progresso da Causa.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 82, duma carta datada de 10 de Abril de 1925.) «Que seja bem claro para todo o leitor inquiridor que entre os deveres mais proeminentes e sagrados que recaiem sobre aqueles que foram chamados a iniciar, orientar e coordenar as tarefas da Causa, estão os que requerem que eles ganhem por todos os meios ao seu alcance a confiança e a afeição daqueles que é seu privilégio servir. Seu é o dever de inquirir e conhecer as consideradas opiniões, os sentimentos prevalecentes e as convicções pessoais daqueles cujo bem-estar é sua solene obrigação promover. Seu é o dever de purificar, uma vez por todas, das suas deliberações e da condução geral dos seus assuntos, esse ar de superior reserva, de suspeita de segredos, da atmosfera asfixiante do paternalismo ditatorial, em suma, de toda a palavra e acto que possa ter um travo de parcialidade, de ego-centrismo e de preconceito. Seu é o dever, conquanto retendo nas mãos o sagrado e exclusivo direito da decisão final, de convidar à discussão, dar informações, ventilar agravos, de receber com agrado o parecer do mais humilde e insignificante membro da Família BaháX de expor os seus motivos, explanar os seus planos, justificar as suas acções, rever se necessário o seu veredicto, encorajar o espírito de iniciativa e empreendimento individual e fortificar o sentido de interdependência e co-participação, de compreensão e confiança mútua entre eles por um lado e de todas as assembléias locais e crentes individuais por outro.» (Shoghi Effendi, duma carta datada de 18 de Outubro de 1927 à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.) «Com referência ao Boletim de Notícias proposto... o Guardião é de opinião de que se trata de uma esplêndida idéia e pode prestar um auxílio único e bem necessário à vossa Assembléia nos seus esforços para o estabelecimento da Administração, e para o funcionamento mais efectivo das suas instituições em toda a Austrália e Nova Zelândia. Este, não só tem a vantagem de manter os amigos bem informados sobre os acontecimentos e desenvolvimentos da Causa, mas mais ainda pode ajudar na consolidação da unidade orgânica dos crentes trazendo-os para dentro dos limites da órbita de jurisdição da Assembléia Espiritual Nacional. Esperamos que este organismo fará todos os possíveis por manter a publicação deste boletim e fará pleno uso deste esplêndido meio no alargamento e consolidação dos alicerces das assembléias locais e nacionais.» (Duma carta datada de 23 de Setembro de 1936, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Austrália e Nova Zelândia.) 5 29
  • 32. «Este contacto entre os membros da Assembléia Espiritual Nacional e os crentes individuais é certamente de imenso valor para a Causa, na medida em que serve para promover, mais do que qualquer outro meio, a cooperação inteligente, e a camaradagem e compreensão entre os amigos. Cabe, portanto, à Assembléia Nacional a responsabilidade de encorajar por todos os meios ao seu alcance este crescimento, e ajudar assim numa maior consolidação da sua autoridade e prestígio na comunidade. Nada há que lhe possa causar maior dano do que a atitude de superioridade e de isolamento do organismo geral dos crentes.» «Shoghi Effendi espera que o sucesso que teve esta última reunião da Assembléia Nacional em São Francisco sirva de estímulo aos seus membros para a realização das suas reuniões em tantos centros diferentes quanto possível. Ele ora fervorosamente pela vossa guia neste assunto.» (Duma carta datada de 4 de Dezembro de 1936, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «Antes de terminar há uma sugestão na vossa carta que o Guardião deseja que eu confirme, nomeadamente, de que uma das funções vitais da Assembléia Espiritual Nacional é estar sempre a par das condições locais de cada comunidade e de fazer um esforço por guiar os amigos individual e colectivamente, em todas as suas actividades através de contactos pessoais e uma correspondência regular.» (Duma carta datada de 30 de Janeiro de 1938, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «Que cada participante na campanha continental iniciada pelos crentes Americanos, em especial os que estão empenhados em trabalho pioneiro em territórios virgens, tenham presente a necessidade de manter um contacto íntimo e constante com os órgãos responsáveis designados para orientarem, coordenarem e facilitarem as actividades de ensinamento de toda a comunidade. Quer se trate do organismo dos seus representantes nacionais, da sua instituição auxiliar principal, a Comissão Nacional de Ensinamento, ou dos seus organismos subsidiários, as comissões regionais de ensinamento, ou as Assembléias Espirituais Locais e as suas respectivas comissões de ensinamento, os que trabalham na disseminação da Causa de BaháVIláh devem, através de um constante intercâmbio de idéias, através de cartas, circulares, relatórios, boletins e outros meios de comunicação juntamente com estes instrumentos estabelecidos e designados para a propagação da Fé, assegurar o funcionamento harmonioso e rápido da engrenagem de ensinamento da sua Ordem Administrativa. Deste modo, a confusão, a demora, a duplicação de esforços, a dissipação de energia, será completamente evitada e a poderosa torrente da graça de BaháVIláh, correndo abundan30
  • 33. temente e sem a mínima obstrusão através destes canais essenciais inundará de tal modo os corações e as almas dos homens que lhes permitirá produzirem a colheita tantas vezes predicta por 'Abdu'1-Bahá.» (Shoghi Effendi, The Advent of Divine Justice, página 44, 25 de Dezembro de 1938.) «0 Guardião está, sem dúvida, bem consciente das imperfeições existentes na engrenagem administrativa da Causa, mas estas, em sua opinião, devem atribuir-se não ao sistema administrativo, mas aos administradores da Fé, que devido às suas limitações e imperfeições humanas não podem jamais esperar preencher inteiramente as condições ideais estabelecidas nos Ensinamentos. Muitos dos defeitos existentes nas actividades dos crentes do dia-presente, contudo, conforme a Comunidade se desenvolve e ganha experiência, serão gradualmente removidos, e condições mais saudáveis e progressistas prevalecerão. É para a realização deste elevado objectivo que os amigos se devem esforçar com afinco e em unidade.» «0 Guardião tem a certeza de que independentemente do muito que o vosso coração se possa afligir perante as dificuldades que agora confrontam a Comunidade Americana e por muito revoltantes que lhe possam parecer as atitudes e as faltas de alguns dos seus membros, vós, longe de vos sentirdes desencorajados sereis estimulados a realizar todo o esforço ao vosso alcance para remediar tais condições doentias, confiante que na vossa tentativa activa e sincera de o fazerdes, sereis assistidos e guiados pelas infalíveis confirmações de BaháVIláh.» (Duma carta datada de 14 de Maio de 1939, escrita em nome do Guardião a um crente individual.) «O Guardião crê que uma grande parte das dificuldades que na própria opinião dos crentes os aflige são devidos a não compreenderem correctamente ou a não porem em prática a administração. Parece que muitos deles têm uma propensão para criticarem e desafiarem continuamente as decisões das suas assembléias. Se os Bahá'ís sabotarem os próprios dirigentes que procuram, ainda que imaturamente, coordenar as actividades Bahá'ís e administrar os assuntos Bahá'ís, se criticam continuamente os seus actos e desafiam ou minimizam as suas decisões, não estão apenas a impedir que qualquer progresso verdadeiramente rápido tenha lugar no desenvolvimento da Fé, mas a afastar os que de fora, com toda a razão, poderão perguntar como esperamos nós alguma vez unir todo o mundo, se somos tão desunidos!» «Para isto há apenas um remédio: estudar a administração, obedecer às assembléias, e cada crente procurar aperfeiçoar o seu próprio caracter como Bahá'í. Não podemos nunca exercer 31
  • 34. uma influência sobre os outros que não possamos exercer sobre nós próprios. Se formos melhores, se mostrarmos amor, paciência e compreensão com as fraquezas dos outros, se nunca procurarmos criticar mas antes encorajar, os outros farão o mesmo e podemos realmente ajudar a Causa através do nosso exemplo e da nossa força espiritual. Ao estabelecerem a administração pela primeira vez, os Bahá'ís em toda a parte encontram uma grande dificuldade em se ajustarem. Têm de aprender a obedecer, em nome da unidade, ainda mesmo quando a assembléia esteja em erro. Têm de sacrificar até certo ponto as suas personalidades, para que a vida da comunidade possa crescer e desenvolver-se como um todo. Estas coisas são difíceis mas temos de compreender que elas nos levarão a um modo de vida muito mais elevado e perfeito, quando a Fé estiver devidamente estabelecida de acordo com a administração.» «0 Guardião aconselha-vos a acatar as decisões da Assembléia Espiritual Nacional em todos os assuntos. Se conhecendo as necessidades da Fé... a opinião desta é não ser a altura propícia ou aconselhável para a publicação dos seus escritos, deveis aceitar a sua decisão. Não deveis também efectuar a publicação de quaisquer livros ou panfletos sem a sua sanção. Concentrai-vos no ensinamento da Santa Fé, e ponde a vossa confiança em Bahá'u'lláh. 0 Guardião ora por vós e por todos os queridos amigos daí.» (Duma carta datada de 26 de Outubro de 1943, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «Os Bahá'ís têm pleno direito de dirigirem as suas críticas às suas assembléias; podem livremente ventilar as suas opiniões sobre a condução dos assuntos ou sobre membros individuais dos organismos eleitos para a assembléia, local ou nacional, mas devem depois aceitar com sinceridade o conselho ou decisão da assembJeia, de acordo com os princípios já estabelecidos para tais questões na administração Bahá'i. . .» «É dever da Assembléia Espiritual Nacional exercer a máxima sabedoria, paciência e tacto ao tratar dos assuntos da Causa. Muitas das divergências que surgem entre os crentes são devidas à sua imaturidade, ao seu extremo zelo e sinceridade.» (Duma carta datada de 13 de Maio de 1945, escrita em nome de Shoghi Effendi, e inserta em «Letters from the Guardian to Austrália and New Zealand» páginas 55-57.) «As Assembléias Espirituais Nacionais em todo o mundo, devido à imaturidade espiritual dos crentes, devem nesta altura ter a maior paciência ao tratar com os amigos; de outro modo, como parece estar a tornar-se rapidamente o caso na Austrália, os amigos tomarão partidos, o azedume aumentará e o que começou como uma pequena coisa, (ainda que injustificada e um lamentável 32
  • 35. desvio ao espírito Bahá'í) torna-se numa ameaça ao progresso da Fé e definitivamente retarda o seu avanço. (Duma carta datada de 8 de Agosto de 1945, escrita em nome de Shoghi Effendi, extraída de «Letters from the Guardian to Austrália and New Zealand,» página 58.) «Folheando a correspondência por ele recebida da vossa Assembléia, repetidas vezes ficou impressionado pelo facto dos amigos agirem tão pouco administrativamente. Em vez de levarem as suas acusações, problemas e insatisfações à sua assembléia local, ou à Assembléia Nacional, referem-nos aos indivíduos ou a membros individuais da assembléia ou recusam reunir-se com a assembléia. A primeira coisa que um crente deve fazer é voltar-se para a assembléia. É para isso que nós temos assembléias! Na sua opinião este contencioso nunca teria surgido se os Bahá'ís utilizassem como deveriam as suas assembléias.» (Duma carta datada de 30 de Junho de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Alemanha e Áustria.) «A questão do vosso orçamento, ao qual vos referis na vossa carta, reveste-se de grande importância. Não obstante os números apresentados e o entusiasmo dos Bahá'ís, a vossa Assembléia tem de encarar o facto de que financeiramente a vossa Comunidade é muito pobre. Todo o orçamento demasiado-ambicioso, que imponha aos amigos um fardo financeiro opressivo, seria altamente imprudente, porque, a menos que fosse coroado de êxito, no fim do ano daria aos amigos um sentimento intenso de frustação.» «O que haveis esboçado é na opinião do Guardião demasiado. Especialmente durante este primeiro ano da sua existência, a vossa Assembléia tem de ser menos ambiciosa no que se refere a projectos que envolvam dinheiro, e devotar-se em especial a encorajar os amigos, a reforçar os alicerces das Assembléias locais, a auxiliar os Grupos a atingirem a condição de Assembléias e aprofundar os amigos Africanos no conhecimento da Fé por todos os meios ao seu alcance.» «Como é do vosso conhecimento, as outras Assembléias Nacionais têm os seus próprios problemas financeiros; e, conquanto não haja nenhuma objecçao a que fáceis um apelo pedindo ajuda, o Guardião dúvida muito que elas estejam em posição de nesta altura poderem ajudar substancialmente o vosso fundo.» (Duma carta datada de 6 de Julho de 1956, escrita em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. da África Central e Oriental.) «O Guardião apreciou o vosso espírito de devoção à Fé, mas é de opinião que vós, o vosso marido e... vos deveis submeter às instruções da Assembléia Espiritual Nacional. A Fé só pode ser protegida quando os amigos voluntariamente se 33
  • 36. submetem aos seus organismos administrativos, especialmente quando estes actuam de boa fé; os crentes individuais não estão em posição de julgar o seu Organismo Nacional. Se qualquer erro é cometido, devemos pô-lo nas mãos de Deus, sabendo como disse 'Abdu'1-Bahá, que Ele o remediará, e entretanto, não dilaceremos a Causa de Deus repisando constantemente estes assuntos.» (Duma carta datada de 3 de Fevereiro de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «É sua opinião que a vossa Assembléia deve manter perante os seus olhos o equilíbrio especificado pelo próprio Bahá'u'lláh, por outras palavras, justiça, recompensa e retribuição. Embora a Causa seja ainda jovem e frágil, e muitos dos crentes inexperientes, e portanto, seja muitas vezes usada uma amistosa paciência em vez de medidas duras, isso não significa que uma Assembléia Espiritual Nacional deve sob todas as circunstâncias tolerar condutas desonrosas, flagrantemente contrárias aos nossos Ensinamentos, da parte de qualquer dos seus membros, sejam estes quem forem e venham de onde vierem. Vigilantemente deveis estar atentos e proteger os interesses da Comunidade Bahá'í, e quando virdes que quaisquer... Bahá'ís... estejam agindo de modo a trazerem a desonra ao nome da Fé, avisai-os, e se necessário, privai-os imediatamente dos seus direitos de voto se recusarem mudar as suas atitudes. Só assim podemos preservar a pureza da Fé. As medidas de transigência e fraqueza obscurecem a visão dos seus seguidores, sabotam a sua força, rebaixam-na aos olhos do público e impedem-na de fazer qualquer progresso.» (Duma carta datada de 14 de Agosto de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Alemanha e Áustria.) 34
  • 37. IV. RELAÇÃO COM O MUNDO EXTERIOR «... Conforme o Movimento cresce em força e poder as Assembléias Espirituais Nacionais devem ser encorajadas, quando as circunstâncias o permitam e os meios à sua disposição o justifiquem, a recorrer ao duplo método de ganharem directa e indirectamente da parte do público esclarecido a sua aceitação incondicional da Fé Bahá'í. Um dos métodos assumirá um tom aberto, decisivo e desafiante. O outro, sem de modo algum implicar o mais leve desvio de lealdade à Causa de Deus, será progressivo e cauteloso. A experiência revela o facto de que cada um destes métodos com o seu modo peculiar, se enquadra com um determinado temperamento e classe de pessoas, no estado presente de uma sociedade constantemente em mutação, deve judiciosamente ser experimentado e utilizado.» «Em minha opinião compete aos representantes nacionais dos crentes de cada terra usarem e combinarem ambos os métodos, o directo e o gradual, de maneira a obter os maiores benefícios e as mais amplas vantagens para esta Causa sempre-crescente...» «Conforme o Movimento dilata os limites da sua influência e se multiplicam as suas oportunidades para um reconhecimento mais completo, do caracter duplo das obrigações impostas aos seus representantes nacionais, deve, em minha opinião, ser acentuado de uma maneira crescente. Conquanto, fundamentalmente ocupados na realização da sua tarefa mais importante, que consiste principalmente na formação e consolidação das suas instituições administrativas Bahá'ís, devem esforçar-se por participar, dentro de reconhecidos limites, no trabalho daquelas instituções que, embora desconhecedoras da reivindicação da Causa Bahá'í, são movidas por um sincero desejo de promover o espírito que anima a Fé... Estas obrigações duplas inerentes às comunidades Bahá'ís organizadas, longe de neutralizarem mutuamente os seus efeitos ou dos seus objectivos parecerem antagônicos, devem considerar-se como complementares e cumprindo, cada uma a seu modo, uma função vital e necessária.» «Compete aos representantes nacionais da Causa Bahá'í observarem as condições sob as quais trabalham, de modo a poderem apreciar as forças que actuam na sua própria área, pesarem cuidadosa e devotadamente os méritos dos dois procedimentos, e fazerem um juízo correcto quanto ao grau de ênfase que devem pôr neste duplo método. Então e só então, estarão habilitados a por um lado, protegerem e estimularem o crescimento independente da Fé Bahá'í, e por outro, provar a reivindi35
  • 38. cação dos seus princípios universais aos duvidosos e descrentes.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas, 124-127, duma carta datada de 20 de Fevereiro de 1927.) «Na opinião do Guardião foi uma pena que a oferta do edifício escolar posto à disposição dos Bahá'ís pelo imenso entusiasmo do funcionário em referência, tenha sido feita antes de se haver tomado uma decisão oficial quanto às possibilidades de para lá mandar um professor.» «Devemos ter muito cuidado ao tratarmos com o público, especialmente com autoridades, para que não criemos situações embaraçosas, que possam minimizar o nosso prestígio aos olhos de não-Bahá'ís.» «O Guardião dá grande importância ao vosso trabalho; e está satisfeito por ver que estais prosseguindo com tanto entusiasmo e devoção os vossos vários projectos.» «Seria ideal se uma oferta, como a que foi feita, podesse ser aceite; mas a Causa está presentemente, tão sobrecarregada, que somos forçados a como disse 'Abdu'l-Bahá — desistir do importante pelo mais importante.» (Duma carta datada de 29 de Dezembro de 1951, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia.) 36
  • 39. V. FUNÇÕES DOS OFICIAIS «Todos os donativos e contribuições devem ser dirigidos ao Tesoureiro da Assembléia, com o propósito expresso de promover os interesses da Causa... É uma obrigação sagrada de todo o servo consciencioso e fiel de BaháVIláh que deseja ver a Sua Causa avançar, contribuir livre e generosamente para o aumento do Fundo. Os membros da Assembléia Espiritual segundo o seu arbítrio, dispenderão estes fundos na promoção da Campanha de Ensinamento, na ajuda ao necessitado, no estabelecimento de instituições educacionais Bahá'ís, em dilatar de todos os modos possíveis a sua esfera de serviço.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 41-42 duma carta datada de 12 de Março de 1923.) «Nesta altura, a eleição da nova Assembléia Espiritual Nacional e a dos seus oficiais para os cargos administrativos, já provavelmente se efectuou. 0 cargo de Secretário da Assembléia Espiritual Nacional é muito importante e o trabalho regular e eficiente da organização Bahá'í na índia e Birmânia vai em grande parte depender dele...» «É óbvio que a realização destes múltiplos deveres de um modo eficiente, cabal e prudente não é tarefa fácil e Shoghi Effendi tem grandes esperanças de que se encontre alguém que possa devotar a necessária competência, tempo e energia na sua realização.» (Duma carta datada de 12 de Maio de 1925, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «Com referência à vossa pergunta sobre se o Presidente da Assembléia Espiritual Nacional tem poderes para criar regulamentos durante o período do seu título de posse; o Guardião pediu-me para declarar que nenhum regulamento pode ter validade a não ser quando aprovado pelos outros membros da Assembléia Espiritual Nacional. O Presidente não tem capacidade legislativa especial, excepto como um membro da Assembléia.» (Duma carta datada de 28 de Fevereiro de 1937, escrita em nome de Shoghi Efendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «Com referência à resolução n.° 15 mencionada nas minutas da vossa Assembléia Espiritual Nacional o Guardião deseja que torneis bem claro a todos os crentes que ser membro de uma Assembléia ou de uma Comissão Bahá'í é uma obrigação 37
  • 40. sagrada que deve ser aceite com alegria e confiança por todo o membro leal e consciencioso da Comunidade, não importa quão humilde e inexperiente. Uma vez eleito para servir numa dada Assembléia o dever de um crente é fazer todo o possível por estar presente a todas as reuniões da assembléia, e cooperar com os outros co-membros, a não ser, contudo, que seja impedido de o fazer por qualquer razão de força maior tal como doença, e mesmo então deve notificar a Assembléia do que se passa. 0 dever da Assembléia Espiritual Nacional é encorajar e também facilitar a presença às reuniões da Assembléia. Se um membro não tem nenhuma razão válida que justifique a sua repetida ausência das reuniões da Assembléia, deve ser notificado, e mesmo avisado, e se este aviso for deliberadamente ignorado, a Assembléia tem então o direito de suspender os seus direitos de membro votante da Comunidade. Esta sanção administrativa é absolutamente imperativa e necessária e ainda que não seja equivalente à completa expulsão da Causa priva-o de qualquer verdadeira participação nas funções e assuntos administrativos, sendo, assim, uma medida correctiva muito eficaz que a Assembléia pode usar contra estes indivíduos sem zelo e irresponsáveis da Comunidade.» (Duma carta datada de 2 de Julho de 1939, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «Com referência à vossa pergunta sobre o procedimento a adoptar pelas assembléias Bahá'ís quando descontentes com os serviços de qualquer um dos seus oficiais, se este descontentamento implicar a lealdade de um oficial da Assembléia à Fé, deve, após uma votação por maioria, ser demitido. Mas quando este descontentamento for devido à incompetência de um membro, ou simplesmente a negligência da sua parte no desempenho dos seus deveres, isto não constitue justificação suficiente para motivar a sua resignação ou demissão da Assembléia. Deve ser mantido empossado no seu cargo até à realização de novas eleições.» (Duma carta datada de 22 de Novembro de 1940, escrita em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. das Ilhas Britânicas.) «Com referência à vossa pergunta relativa ao Secretário da Assembléia Espiritual Nacional: Não pode haver qualquer Secretário eleito permanentemente mantendo-se empossado nesse cargo ano após ano, visto que isso seria contrário aos princípios da Administração; contudo, o Guardião é de opinião que a A.E.N. pode proporcionar ao Secretário, um ajudante devidamente remunerado, permitindo-lhe assim o desempenho cabal dos seus deveres e ao mesmo tempo continuar a exercer a sua profissão, se esta lhe for necessária. Por outras palavras, o Secretário da 38
  • 41. Assembléia Espiritual Nacional pode ter um sub-secretário em regime full-time se o volume de trabalho o justificar.» (Duma carta datada de 19 de Outubro de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «De uma maneira geral o Secretário de uma Assembléia deve ter o cuidado de transmitir exactamente aquilo que a maioria decidiu ou aconselhou. Não há concerteza nenhuma objecção a que ele redija o assunto em termos adequados e claros de acordo com a decisão ou instruções da Assembléia, mas é claro que não deve introduzir a sua opinião pessoal a não ser quando endossada pela assembléia.» (Duma carta datada de 19 de Outubro de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «0 Guardião lamenta que seja necessário insistir em que o Secretário da vossa Assembléia tenha de viver em Buenos Aires, de modo a que o Secretariado esteja situado na Sede dessa região; este é um princípio geral que ele insiste seja seguido pelos amigos em todo o mundo. Na escandinávia, surgiu uma situação similar à vossa em que o Secretário vivia em Oslo em vez de em Estocolmo, e em que foi necessário uma mudança. Conforme a Cruzada dos Dez Anos se desenrola, é cada vez mais importante que o trabalho prossiga de uma maneira uniforme e de acordo com princípios aplicáveis a todos.» (Duma carta datada de 29 de Julho de 1957, escrita em nome de Shoghi Effendi à A. E. N. da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia.) 39
  • 42.
  • 43. VI. REUNIÕES DA ASSEMBLÉIA «Aguardo sempre com ansiedade os relatórios detalhados e freqüentes da vossa Assembléia Nacional e muito desejo que os seus membros se reunam tantas vezes quanto possível e que activa, eficiente e constantemente dirijam, coordenem e reforcem as actividades dos indivíduos e das Assembléias locais em toda a índia e Birmânia. Estou sequioso por mais informações específicas e exorto o seu Secretário a que se assegure de que toda a comunicação da Terra Santa ou de qualquer outro centro Bahá'í seja rápida e amplamente destribuída. Ficai certos das minhas afectuosas orações.» (Shoghi Effendi, Postscripto à carta datada de 5 de Março de 1925 à A.E.N. da índia e Birmânia.) «Um outro factor que, na opinião do Guardião, é essencial ao desenvolvimento da vossa Assembléia Espiritual Nacional é a realização de reuniões freqüentes. Embora os seus membros residam a grande distância uns dos outros podem, contudo, comunicar por correspondência. Não é necessário que a totalidade dos membros esteja presente em todas as sessões. Aqueles que por uma razão ou outra, não possam estar presentes em pessoa às reuniões da Assembléia Espiritual Nacional podem dar a sua opinião por escrito e enviá-la à Assembléia. O ponto principal é que as actividades da vossa Assembléia não sejam de modo algum prejudicadas e o seu trabalho retardado e adiado, devido a tais considerações necessariamente sem importância e secundárias.» (Duma carta datada de 2 de Janeiro de 1934, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da índia e Birmânia.) «O Guardião acolheu com agrado a resolução da vossa Assembléia de progressivamente devotar as suas reuniões à consideração das principais idéias e planos e alongar-se menos em questões de detalhe e de caracter administrativo meramente secundário. Ele exorta-vos, contudo, a tomardes todas as decisões somente após uma cuidadosa e conscienciosa deliberação entre todos os nove membros, com excepção daquelas de natureza trivial e insignificante que tratam apenas de trabalho de rotina. Quaisquer tendências de descentralização, ou de delegação da autoridade em qualquer pessoa ou organismo para tomar decisões sobre questões que directa e unicamente são da alçada da própria Assembléia Espiritual Nacional, é prejudicial e tem 41
  • 44. de ser reprimido logo de início, é exactamente por esta razão, nomeadamente, para permitir à Assembléia Espiritual Nacional o adequado e pleno desempenho das suas funções de consultaçao e deliberação sobre pontos controversos relativos à comunidade nacional sob a sua jurisdição, que os seus membros foram limitados a nove, para que esta não se tornasse demasiado rígida ao tomar decisões que muitas vezes requerem uma acção rápida e uma deliberação responsável da parte de todos os seus membros. No intuito de salvaguardar o caracter distintivo desta instituição central e autorizada, parece imprescindível a realização de reuniões mais freqüentes especialmente conforme os problemas que ela é chamada a tratar forem aumentando em número e importância com a constante expansão da Fé na América do Norte.» (Duma carta datada de 28 de Fevereiro de 1939, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos E. U. e Canadá.) «Do mesmo modo ele é de opinião que a Assembléia Espiritual Nacional deve reunir-se mais vezes, mesmo que todos os seus membros não possam estar presentes. Às decisões tomadas por correspondência falta-lhes a vitalidade inerente às que são tomadas através duma consultaçao activa, e agora que a Fé se encontra aí em franco progresso, e tem um forte alicerce administrativo, é necessária uma acção mais vigorosa e sistemática.» (Duma carta datada de 16 de Julho de 1946, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. da Austrália e Nova Zelândia.) 42
  • 45. VII COMISSÕES NACIONAIS «As questões importantes em tais actividades espirituais que afectem a Causa em geral nessa terra,... longe de estarem sob a exclusiva jurisdição de qualquer Assembléia Local ou Grupo de amigos, devem ser todas minuciosa e completamente orientadas por uma Junta especial, eleita pelo Organismo Nacional, constituída como uma Comissão deste, perante quem é responsável e sobre a qual o Organsimo Nacional exercerá uma supervisão constante e geral.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 24, duma carta datada de 5 de Março de 1922.) «Aprovo com veemência os arranjos que fizesteis para cen tralizardes o trabalho nas vossas mãos e o haverdes distribuído pelas várias comissões, as quais cada uma na sua própria esfera, têm tão eficiente e integralmente empreendido a direcção dos seus próprios interesses.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 28, duma carta datada de 23 de Dezembro de 1922.) «Questões vitais, que afectam os interesses da Causa nesse país tais como os assuntos da tradução e publicação, do Mashriqu'l-Adhkár, do Trabalho de Ensinamento e outros assuntos similares que sobressaiem distintamente dos interesses estrictamente locais, devem estar sob a completa jurisdição da Assembléia Nacional.» «Esta terá de referir cada um destes assuntos, do mesmo modo que as Assembléias Locais, a uma comissão especial, a ser eleita pelos membros da Assembléia Espiritual Nacional, de entre a totalidade dos crentes nesse país, a qual terá para com esta a mesma relação que as comissões locais tem para com as suas respectivas Assembléias locais.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 40, duma carta datada de 12 de Março de 1923.) «Com referência à recente decisão da Assembléia Espiritual Nacional de pôr nas mãos das suas Comissões Nacionais tantos dos detalhes do trabalho corrente quanto possível, é minha opinião dever chamar a atenção de que isso levanta uma questão fundamental da máxima importância, na medida em que implica com um princípio único na administração da Causa, que rege as relações que devem ser mantidas entre o 43
  • 46. Organismo central administrativo e os seus órgãos auxiliares de acção executiva e legislativa. Como já foi observado, o papel destas comissões formadas pela Assembléia Espiritual Nacional, cuja renovação, composição e funções devem ser separadamente reconsideradas todos os anos pela nova Assembléia Espiritual Nacional, é principalmente o de efectuarem um estudo completo e criterioso da questão confiada ao seu cuidado, darem o seu parecer nos seus relatórios, e auxiliarem na execução das decisões que em questões vitais têm de ser exclusiva e directamente tomadas pela Assembléia Nacional. Uma vigilância máxima e um esforço infatigável é lhes exigido se quizerem cumprir, como incumbe à sua elevada e responsável missão, as funções que lhe foi dado desempenhar. Dentro dos limites que lhe são impostos pelas circunstâncias do dia presente, deve esforçar-se por manter o equilíbrio de tal modo que, os inconvenientes da centralização excessiva que obstrui, confunde e a longo prazo deprecia o valor dos serviços Bahá'ís prestados, serão por um lado inteiramente evitados, e por outro lado, definitivamente desviados, os perigos da completa descentralização com a conseqüente fuga da autoridade governamental das mãos dos representantes nacionais dos crentes. A assimilação dos detalhes insignificantes da administração Bahá'í pelos membros da Assembléia Espiritual Nacional é manifestamente prejudicial à eficiência e ao adequado desempenho dos seus deveres, enquanto que a concessão de indevida autoridade a órgãos que sob nenhuma outra luz devem ser considerados a não ser a de conselheiros peritos e assistentes executivos, comprometeria os próprios poderes vitais e permeantes que são as prerrogativas sagradas dos organismos que a seu tempo evoluirão nas Casas Nacionais Bahá'ís de Justiça. Estou absolutamente consciente do esforço e sacrifício que uma aderência leal a um tal princípio essencial da administração Bahá'í — um princípio que de imediato enobrecerá e distinguira o método de administração Bahá'í dos sistemas prevalecentes no mundo — exige dos representantes nacionais dos crentes neste estágio inicial da nossa evolução; não posso, contudo, deixar de vincar as linhas gerais que orientarão de uma maneira crescente a condução das questões da Causa, o conhecimento das quais é tão essencial neste período formativo das instituições administrativas Bahá'ís.» (Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 141-142, duma carta datada de 18 de Outubro de 1927.) «Auxiliadas pelas comissões nacionais que são responsáveis perante a Assembléia Nacional e por esta mesma escolhidas, sem discriminação, de entre a totalidade dos crentes dentro da sua jurisdição, e a cada uma das quais é designada uma determinada esfera de serviço Bahá'í, estas Assembléias Nacionais têm, conforme o alcance das suas actividades se dilata sem 44
  • 47. oessar, através do espírito de disciplina que têm inculcado e pela sua aderência incondicional a princípios que lhe têm permitido erguer-se acima de todos os preconceitos de raça, nacionalidade, classe e cor, comprovado ser capazes de administrar, de modo notável, as múltiplas actividades de uma Fé recém-consolidada.» «Nem têm as comissões nacionais sido menos enérgicas e devotadas no desempenho das suas respectivas funções. Na defesa dos interesses vitais da Fé, na exposição da sua doutrina; na disseminação da sua literatura; na organização da sua força de ensinamento; na promoção da solidariedade das suas partes componentes; na aquisição dos seus lugares históricos; na preservação das suas sagradas escrituras, tesouros e relíquias; nos seus contactos com as várias instituições da sociedade de que fazem parte; na educação da sua juventude; no treino dos seus filhos; na melhoria da condição da mulher Bahá'í no Oriente; os membros destes órgãos diversificados, que operam sob a égide dos representantes nacionais da comunidade Bahá'í, têm amplamente demonstrado a sua capacidade de promover efectivamente os seus vitais e múltiplos interesses.» (Shoghi Effendi, Good Passes By, página 333, 1944.) «Em sua opinião as Assembléias Locais devem ser levadas a compreenderem que as Comissões Nacionais são constituídas para servirem as suas necessidades, não para serem arbitrariamente mandadas, e para unificarem o trabalho da Causa que está agora a espalhar-se tão rapidamente nas Ilhas Britânicas. As Comissões em questão devem ter muito tacto ao tratarem com uma Assembléia jovem que começa a criar a sua personalidade na medida em que este espírito de independência, quando devidamente conduzido, é mais susceptível de a tornar forte e independente do que fraca e sempre na dependência dos outros para progredir. As Assembléias, contudo, devem certamente cooperar com as Comissões Nacionais e não lhes recusar a sua assistência.» (Duma carta datada de 5 de Novembro de 1948, escrita em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. das Ilhas Britânicas.) 45
  • 48.
  • 49. VIII. FLEXIBILIDADE EM QUESTÕES SECUNDÁRIAS «No referente à vossa crítica ao Artigo VIM dos Estatutos da Assembléia Espiritual Nacional o Guardião deseja informar-vos que, sendo esta uma questão secundária proveniente de um princípio geral por ele já estabelecido numa das suas últimas comunicações, dirigida a vós e à Assembléia Espiritual Nacional, com referência ao poder dos delegados e à relação entre estes e a Assembléia Espiritual Nacional, não vê necessidade de entrar em detalhes que pela sua própria natureza competem à jurisdição da Assembléia Espiritual Nacional. É a esse organismo que deveis submeter quaisquer críticas, quer no referente às cláusulas da Constituição quer às pertinentes a qualquer outra fase do trabalho administrativo da Causa. Não é da competência do Guardião entrar em questões de detalhe. Os seus transcendentes e prementes deveres, e a própria natureza da sua posição como supremo Guardião da Fé, fazem com que lhe seja impossível interferir em questões de caracter local e de importância relativamente secundária. Compete a vós, como um dos distintos membros do organismo administrativo mais elevado da Causa nos Estados Unidos, lembrar aos outros co-membros o que é seu dever considerar e pôr em execução. O Guardião estabelece o princípio geral, e compete à Assembléia Nacional orientar todas as assembléias locais e grupos quanto à melhor maneira destas o aplicarem consoante as suas condições locais.» (Duma carta datada de 11 de Novembro de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.) «Com referência ao telegrama enviado em Julho pelo Guardião à vossa Assembléia no sentido desta deixar de emitir mais declarações sobre vários assuntos administrativos, ele pediu-me para de novo reiterar e confirmar as direcções e explicações já dadas numa das suas recentes comunicações à Assembléia Espiritual Nacional quanto ao facto da publicação de tais declarações não satisfazerem mais uma necessidade urgente, e que a sua multiplicação terá apenas como resultado tornar a administração da Causa demasiado rígida. As várias leis e cláusulas que se encontram no livro da «Administração Bahá'í» e as declarações suplementares já publicadas pela Assembléia Nacional, são, em sua opinião, por agora suficientemente detalhadas para guiar as vossas actividades presentes. Ele próprio deliberadamente têm-se refreado durante estes últimos anos de acrescentar mais regulamentos administrativos, ou mesmo de elucidar e elaborar 47
  • 50. aqueles já em vigor. Esta é mais uma razão para que a vossa Assembléia, do mesmo modo, pare de multiplicar os regulamentos administrativos que, conforme o seu número aumenta, têm necessariamente de restringir e confundir aqueles que os têm de cumprir. Não é necessário à vossa Assembléia antecipar situações que ainda não surgiram, e estabelecer para tais casos regras gerais e regulamentos. Será mais conveniente considerar cada caso individualmente conforme forem surgindo, e resolver então o problema que com ele se relacione da maneira mais adequada e prática. Tanto os crentes Americanos como os seus representantes nacionais, devem de agora em diante dirigir a sua atenção mais para as questões verdadeiramente importantes e vitais que uma administração já estabelecida é chamada a enfrentar e resolver, e não se permitirem dispender energias na consideração de assuntos administrativos puramente secundários. O Guardião deseja que a vossa Assembléia se refira de novo à comunicação mencionada que tratava deste assunto.» (Duma carta datada de 25 de Novembro de 1937, escrita em nome de Shoghi Effendi à A.E.N. dos Estados Unidos e Canadá.) «Ao ler o relatório da vossa Convenção Nacional o Guardião notou o pedido feito para que a Assembléia Espiritual Nacional estabelecesse certas regras e regulamentos de procedimento. Ele já informou a Assembléia Espiritual Nacional Americana que de agora em diante deve evitar estabelecer mais regras e regulamentos, visto que estes tendem a tornar rígidas as questões da Causa e por fim, obscurecer o seu espírito e retardar o seu crescimento. Na sua opinião a vossa Assembléia deve exercer o mesmo cuidado, e evitar introduzir quaisquer regras de procedimento além das já existentes. Cada caso que surja à Assembléia deve ser julgado pelos seus próprios méritos, e ser decidido individualmente sem recorrer a novas regras.» (Duma carta datada de 29 de Julho de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi, à A.E.N. da índia e Birmânia.) «Agora que a vossa Assembléia está formada, e inicia a sua existência independente como um Organismo Nacional, o Guardião deseja vincar um ponto para o qual está constantemente a chamar a atenção dos outros Organismos Nacionais: deveis evitar promulgar regras e regulamentos. O princípio fundamental estabelecido na Administração Bahá'í deve, naturalmente, ser seguido, mas há uma tendência da parte das Assembléias promulgarem sem cessar detalhados procedimentos e regras para os amigos, e ele considera que isto obstrui o trabalho da Causa, e é absolutamente prematuro. Tanto quanto seja possível os casos que surjam devem ser tratados e resolvidos conforme apareçam, e não estabelecer um lençol de regras cobrindo todos 48