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A Santidade e Natureza
das Eleições Bahá’ís

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Casa Universal de Justiça
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís
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www.editorabahaibrasil.com.br
Título original em inglês: The Sanctity and Nature of Bahá’í Elections
Compilado pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça
Tradução por Rolf von Czékus
ISBN: 978-85-320-0197-9
1a Edição: 2009 (versão eletrônica)

Caso for imprimir o livro utilizar
papel A4: 210 x 297 mm.

[2]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

Introdução

Sumário

1.	 Promovendo uma Atitude Espiritual com respeito a Eleições
1.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
1.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça

4
5
5
6

2. As Qualidades Daqueles a serem Eleitos
2.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi
2.2 De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi
2.3 De um Memorado Escrito pela Casa Universal de Justiça

7
7
8
10

3. O Caráter Não-Político das Eleições
3.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
3.2 De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça

11
11
11

4. A Ausência de Indicações
4.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
4.2 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça

13
13
14

5. Participação nas Eleições
5.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi
5.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça ou em
seu Nome

16
16
16

6. O Papel de Assembléia Espiritual Nacional
6.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome

18
18

Apêndice
Carta da Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do Mundo; março de
2007

19

[3]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

Introdução
	
A Casa Universal de Justiça sente que é oportuno liberar uma compilação
sobre eleições bahá’ís como um instrumento útil para ajudar as Assembleias
Espirituais Nacionais a aumentar a compreensão dos crentes com respeito à
natureza e santidade destas eleições e se prepararem para o esperado rápido aumento no número de crentes. Esta compilação intitulada A Santidade e Natureza
das Eleições Bahá’ís foi preparada pelo Departamento de Pesquisa.
	O estudo desta compilação requererá cuidadoso e continuado planejamento pelas Assembleias Espirituais Nacionais e Assembleias Espirituais Locais e
deveria tornar-se parte dos programas em andamento para o aprofundamento
dos amigos nos fundamentos da administração bahá’í. A Casa de Justiça urge
todas as Assembleias Espirituais Nacionais a discutirem a implementação de
um tal programa com os conselheiros, de modo que a massa dos crentes, com
o sincero apoio dos membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes, apreciem a
importância de, com relação a isto, aderirem aos princípios bahá’ís e realizarem
todas as eleições bahá’ís, em plano nacional assim como de área e local, de uma
forma exemplar, em total harmonia com o espírito de pureza e santidade que as
devem caracterizar.
	
A Casa Universal de Justiça deseja enfatizar a esta altura quão importante
é que se elegem todos os delegados designados à Convenção Nacional e o quão
desejável é que todos os delegados eleitos participem deste vital evento nacional.
Notou-se que, ainda que a participação na maioria das Convenções Nacionais
esteja gradualmente melhorando, em diversos países todos os anos, nem todos
os delegados são eleitos e em numerosos casos, mesmo quando eleitos, eles não
participam quer pessoalmente quer através do envio de suas cédulas de votação.
	Estejam assegurados de orações ardentes nos Sepulcros Sagrados para
que seus esforços resolutos para melhorar o registro de participação devota e
entusiástica nas eleições dos delegados, Convenções Nacionais e eleições das
Assembleias Locais atraiam a ajuda e bênçãos do Concurso Divino.
Departamento do Secretariado da Casa Universal de Justiça
10 de dezembro de 1989

[4]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

1.	 Promovendo uma Atitude Espiritual com respeito a Eleições
1.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
1.	 No dia da eleição, os amigos devem participar sinceramente nas eleições,
em unidade e amizade, volvendo suas orações para Deus, desprendidos de
tudo salvo d’Ele, buscando sua orientação e suplicando Sua ajuda e generosidade.
(27 de fevereiro de 1923, escrita por Shoghi Effendi aos bahá’ís do Oriente;
traduzida do persa para inglês)

2.	 Novamente, solenemente apelo a cada um de vocês e renovo meu único pedido
com todo ardor de minha convicção, para fazer, antes e durante a iminente
Convenção, mais um novo esforço, desta vez mais espontâneo e desprendido
do que antes, e se empenharem para assumir sua tarefa - a eleição de seus
delegados, bem como, seus representantes nacionais e locais - com aquela
pureza de espírito que sozinha pode realizar o mais acalentado desejo de
nosso Bem-Amado...
	(23 de fevereiro de 1924, escrito por Shoghi Effendi aos Bahá’ís da América, publicado em “Administração Bahá’í - 1922-1932”, p. 85 (Mogi Mirim:
Editora Bahá’í Brasil. 2007, 1ªedição)

3.	 No desempenho desta sagrada função, nenhuma influência seja esta qual for,
nenhuma pressão seja qual for a sua origem, ainda mesmo que esta proveniesse da Assembleia Nacional, deve sob quaisquer circunstâncias afetar as suas
opiniões ou restringir a sua liberdade. Os delegados devem estar completamente independentes de qualquer órgão administrativo, devem concentrar a
sua atenção nos assuntos mais importantes e prementes.
(12 de agosto de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “A Assembleia Espiritual Nacional”, compilado pela Casa Universal de Justiça [Lisboa:
Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá ís de Portugal, 1979], p. 22)

4.	 Tal retidão de conduta deve manifestar-se, com potência cada vez maior, em
todos os vereditos que os representantes eleitos da comunidade bahá’í, em
qualquer capacidade em que se encontrem, possam ter de pronunciar... Deve
ser exemplificada na conduta de todos os eleitores bahá’ís quando exercem
seus sagrados direitos e funções...
(25 de dezembro de 1938, escrita por Shoghi Effendi aos Bahá’ís dos Estados
Unidos e Canadá, publicada como “O Advento da Justiça Divina”, Rio de
Janeiro: Editora Bahá í Brasil, 1970, p. 42)

[5]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

1.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça
5.	 As condições de mão de obra limitada, dificuldades ao viajar e analfabetismo
entre o povo local são encontradas em graus variados em outros países do
mundo e temos sempre e em todas as partes urgindo as Assembléias Espirituais Nacionais envolvidas a orientar e ensinar os amigos nos procedimentos
administrativos bahá’ís corretos, não só durante as semanas imediatamente
precedendo as eleições locais mas, de fato, durante todo o ano, de modo que
os amigos aguardassem o advento do Ridván com antecipação e determinados
a observar e apoiar princípios corretos de administração bahá’í.
(De uma carta escrita em 24 de setembro de 1973 a uma Assembleia Espiritual
Nacional)

6.	 A meta sempre deve ser a de educar os amigos de tal modo durante o ano que
considerem a sua participação em eleições bahá’ís não só como um direito
que exercem mas, também, como uma obrigação espiritual que, quando desincumbida com o espírito bahá’í correto, contribui à saúde e crescimento
da comunidade bahá’í.
(De um memorando datado de 18 de junho de 1980 ao Centro Internacional
de Ensino)

[6]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

2. As Qualidades Daqueles a Serem Eleitos
2.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi
7.	 A devida consideração deve ser dada a sua real capacidade e atuais realizações
e somente aqueles que são mais bem qualificados para serem membros, sejam
eles homens ou mulheres, e sem levar em consideração a sua posição social,
devem ser eleitos para a posição extremamente responsável de membro da
Assembleia Bahá’í.
(Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 27 de dezembro
de 1923, escrita em seu nome à Assembleia Espiritual Nacional da Índia e
Burma. Publicada em “Dawn of a New Day” [New Delhi: Bahá’í Publishing
Trust, 1970], p.4)

8.	 Vamos recordar Suas explícitas e frequentemente repetidas asseverações que
cada Assembleia eleita nessa rarefeita atmosfera de abnegação e desprendimento é, em verdade, apontada por Deus, que seu veredicto é verdadeiramente
inspirado, que um e todos devem se submeter a suas decisões sem reservas
e com alegria.
	(23 de fevereiro de 1924, aos bahá’ís da América, publicada em “Administração Bahá’í”, p. 85 (Mogi Mirim: Editora Bahá’í Brasil, 2007, 1ª edição)

9.	 Seria impossível, a este ponto, ignorar a indispensabilidade ou superestimar
o significado único da instituição da Assembleia Espiritual Nacional... Suprema sua posição, séria em suas responsabilidades, múltiplas e árduas seus
obrigações. Quão grandioso o privilégio, quão delicada a tarefa de congregar
os delegados cuja função é eleger estes representantes nacionais, que por
seu registro de serviço enobrecem e enriquecem os anais da Causa!... Por
conseguinte, incumbe a todos os delegados escolhidos considerarem sem o
menor traço de paixão e preconceito, e independente de qualquer consideração material, somente os nomes daqueles que melhor reúnem as qualidades
necessárias de inquestionável lealdade, abnegada devoção, uma mente bem
treinada, reconhecida habilidade e experiência madura.
(3 de junho de 1925, aos Delegados e Visitantes da Convenção Nacional dos
Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá, publicada em “Administração Bahá’í”,
p. 117, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição)

10.	 o eleitor ... é chamada a votar somente naqueles que a prece e a reflexão
...
o inspirarem a apoiar...
	(27 de maio de 1927, à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e
Canadá publicado em “Administração Bahá’í”, p. 180, Mogi Mirim: Editora
Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição )

[7]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

11.	... Eu não sinto que esteja de acordo com o espírito da Causa impor qualquer
limitação à liberdade dos crentes na escolha daqueles de qualquer raça, nacionalidade ou temperamento que melhor combinem as qualificações essenciais
para serem membros de instituições administrativas. Devem desconsiderar
as personalidades e encontrar sua atenção nas qualidades e nos requisitos
necessários da função, sem preconceito, paixão ou personalidade. A Assembleia deveria ser representativa dos elementos mais seletos, mais diversos e
capazes em cada comunidade bahá’í...
(Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 11 de agosto de
1993, escrita em seu nome a um crente, publicada em “Bahá’í Institutions”
[New Delhi: Bahá’í Publishing Trust, 1973], pp.71-72)

12.	 há alguma discriminação que deva ser tolerada, não deveria ser contra, mas
Se
sim, a favor da minoria, seja racial ou contra... toda comunidade organizada
alistada sob o estandarte de Bahá’ú’lláh deve considerar que é sua primeira
e inescapável obrigação nutrir, encorajar e salvaguardar toda minoria pertencente a qualquer fé, raça, classe ou nação em seu seio. Tão grande e vital é
este princípio que, em tais circunstâncias, como no caso de um número igual
de votos haver sido dado numa eleição, ou de as qualificações para qualquer
posto estarem equilibradas entre as raças, fés ou nacionalidades dentro da
comunidade, a prioridade deve ser concedida, sem hesitação, ao grupo que
representa a minoria, e isto não por outro motivo senão o de estimulá-la e
encorajá-la e dar-lhe uma oportunidade para promover os interesses da comunidade...
(25 de dezembro de 1938, publicado como “O Advento da Justiça Divina”,
pp. 55-56)

13.	 eleitores... devem eleger, piedosa e devotamente e depois da meditação e
Os
reflexão, almas fiéis, sinceras, experientes, capazes e competentes que sejam
dignas de serem membros...
(1° de julho de 1943, à Assembleia Espiritual Nacional da Pérsia, traduzida
do persa para o inglês)

2.2 De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi
14.	
...sobre as qualificações dos membros da Assembleia Espiritual, há uma distinção de importância fundamental que deveria sempre ser lembrada neste
assunto, e esta é entre a Assembleia Espiritual como instituição e as pessoas
que a compõem. Estas de modo algum deveriam ser julgadas perfeitas, nem
devem ser consideradas inerentemente superiores aos demais companheiros

[8]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

de crença. É exatamente porque estão sujeitos às mesmas limitações humanas que caracterizam os outros membros da comunidade que eles devem ser
eleitos cada ano. A existência de eleições é suficiente prova de que membros
de uma Assembleia, embora formem parte de uma instituição que é divina e
perfeita, são, eles mesmos, imperfeitos. Não quer isso dizer necessariamente,
porém, que o julgamento seja deficiente...
(15 de novembro de 1935, a crentes, publicada em “A Assembleia Espiritual
Local”, p. 12)

15.	 crente tem o direito de votar em si mesmo durante o período de eleições,
Um
se ele conscienciosamente se sente impelido a assim o fazer. Isto não implica
necessariamente que ele é ambicioso ou egoísta, pois pode conscienciosamente crer que suas qualificações o habilitam a ser membro de um corpo
administrativo bahá’í, e pode ser que tenha razão. O essencial, no entanto,
é que seja sincero em sua crença e que aja de acordo com os ditames de sua
consciência. Além do mais, ser membro de uma Assembleia ou comitê e uma
forma de serviço e não deveria ser encarado como um distintivo de superioridade inerente ou um meio para auto-elogio.
(27 de março de 1938, a um crente individual, publicada em “Dawn of a New
Day”, pp. 200-201)

16.	 Em princípio, não há qualquer objeção para uma Assembleia ser reeleita,
seja no todo ou em parte, desde que seus membros sejam considerados bem
qualificados para o cargo. É o valor individual que conta. Inovação, ou o mero
ato de renovar nas eleições, são considerações puramente secundárias. Mudanças nos membros da Assembleia são bem-vindas na medida em que não
prejudiquem a qualificação de membro. Uma vez encerradas as eleições da
Assembleia, o resultado deve ser consciencioso e inquestionavelmente aceito
por todo o corpo de crentes, não necessariamente porque eles representem a
Voz da Verdade ou a Vontade de Bahá’u’lláh, mas pelo supremo propósito
de manter a unidade e a harmonia na comunidade
	(10 de julho de 1938, a um crente individual, publicada em “Diretrizes do
Guardião”, p. 35, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2005, 1ª edição )

17.	
Com respeito a sua questão sobre as qualificações de delegados e membro de
Assembleia: as qualificações que ele esboçou são aplicáveis verdadeiramente
a qualquer um que elegemos para um posto bahá’í, qualquer que seja a sua
natureza. Porém, estas são só uma indicação, não significam que pessoas que
são as preencham não possam ser eleitas para um cargo. Devemos visar tão

[9]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

alto quanto possível. Ele não sente que os amigos deveriam atribuir tanta
importância a limitações - tais como pessoas que talvez não sejam capazes
de participar de reuniões da Assembleia ou Convenção, porque se assim o
fizerem, então o conceito fundamental de todos estarem dispostos a render
um serviço bahá’í em corpos administrativos será enfraquecido e os amigos
podem ser tentado e votar naqueles que em virtude da independência de
meios ou circunstâncias de suas vidas têm mais liberdade para vir e ir mas
são menos qualificados servir.
(24 de outubro de 1947. à Assembleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas,
publicado em “Unfolding Destiny: The Messages from the Guardian of the
Bahá’í Faith to the Bahá’í Community of the British Isles” [London: Bahá’í
Publishing Trust, 1981], p. 207)

2.3 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça
18.	
Também relevante a esta questão é a declaração feita por ‘Abdu’l-Bahá em
uma de Suas Epístolas no sentido de que um volante deve fazer sua escolha
entre aqueles cujo bom nome tenha sido amplamente difundido.
	Inevitavelmente, em qualquer forma de eleição, indivíduos meritórios
não são eleitos simplesmente porque não são amplamente conhecidos. Isto
é verdadeiro no sistema que usa nomeações e campanha eleitoral do mesmo
modo como o será no sistema bahá’í. No entanto, não é este o ponto. Eleição
para uma Assembleia, do ponto de vista bahá’í não é um direito ao qual se faça
jus, ou uma honra a qual se deva aspirar; é um dever e uma responsabilidade
para a qual podem ser chamados. O propósito é que aqueles que são eleitos
para uma Assembleia devem ser os mais dignos para este serviço; isto não
pode significar que todos aqueles que são dignos serão eleitos.
	Espera-se que no futuro... haja grandes números os indivíduos que tenham
as qualidades que os tornarão aptos para o serviço em Assembleias Espirituais.
Destes, somente uns poucos podem ser eleitos em qualquer ocasião. Espera-se
que, através de treinamento e experiência no processo e espírito de eleições
bahá’ís, os membros do eleitorado terão elevado a consciência de sua responsabilidade de voltarem para aqueles que preencham os requisitos delineados
pelo Guardião. Consequentemente, contemplarão como seu contínuo dever
familiarizarem-se com o caráter e habilidades daqueles que estão ativos na
comunidade, de modo que quando for tempo de eleição, já terão alguma ideia
das pessoas entre as quais devem fazer sua escolha.
(16 de novembro de 1988, ao Centro Internacional de Ensino)

[10]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

3. O Caráter não-Político das Eleições
3.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
	
19.	
Acautelai-vos, acautelai-vos a fim de que o odor fétido dos partidos e povos
de terras estrangeiras no Ocidente e seus métodos perniciosos, tais como
intrigas, política e propaganda partidária – práticas que são abomináveis até
mesmo no nome – jamais venham a alcançar a comunidade bahá’í. Exercerem qualquer influência que seja sobre os amigos, e assim arruinar toda a
espiritualidade...
(30 de janeiro de 1923, escrita por Shoghi Effendi a uma Assembleia Espiritual – traduzida do persa para o inglês)

20.	 voto da pessoa deve ser mantido confidencial. Não é permitido fazer-se
O
qualquer referência a nomes individuais. Os amigos devem evitar os métodos
malignos e praticas detestáveis dos políticos. Devem voltar-se completamente para Deus e com pureza de motivo, liberdade de espírito e santidade de
coração, participarem nas eleições...
(16 de janeiro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia
Espiritual – traduzida do persa para o inglês)

21.	
Que exerçam a máxima vigilância de modo que as eleições sejam realizadas
livremente, universalmente e por voto secreto. Qualquer forma de intriga,
logro, conluio e compulsão devem ser paradas e são proibidas.
(8 de março de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia
Espiritual Local – traduzida do persa para o inglês)

22.	 força e o progresso da comunidade bahá’í dependem da eleição de almas
A
puras, fiéis e ativas.. Angariar voto é abominável...
(9 de abril de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia
Espiritual Local – traduzida do persa para o inglês)

3.2 De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça
23.	
Como sabe muito bem, o método das eleições bahá’ís está em total divergência
com os métodos e práticas de eleições dos sistemas políticos. O amado Guardião salientou para nós que se viermos a seguir os métodos dos políticos em
nossas eleições bahá’ís, surgirão mal-entendidos e divergências, seguir-se-ão
o caos e a confusão, sobejará o dano, e as confirmações de Deus suprimidas
desta comunidade bahá’í. Em vista destas sérias admoestações, o máximo

[11]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

cuidado deve ser sempre exercido de modo a que a pureza e o caráter espiritual das eleições bahá’ís sejam mantidos e preservados.
	 Quando se vê algum bahá’í inexperiente ou imaturo ser dado a propaganda
eleitoral, quer abertamente ou secretamente, longe de sermos tentados a imitálo, devemos nos levantar resolutamente e através dos canais e procedimentos
administrativos apropriados ajudar a extirpar tais tendências e purificar a
comunidade bahá’í de tais malignas influências.
(6 de dezembro de 1971, a um crente)

24.	
...os bahá’ís, especialmente bahá’ís proeminentes, devem evitar fazer qualquer
coisa que possa criar uma impressão errada e dar lugar a acusações de parte
de bahá’ís desinformados de que se esteja fazendo propaganda eleitoral.
(15 de abril de 1986, a uma Assembleia Espiritual Naciona Espiritual Local)

[12]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

4. A Ausência de Indicações
4.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
25.	
Sinto que a referência a personalidades antes da eleição, motivaria malentendidos e divergências. O que os amigos devem fazer é conhecerem bem
uns aos outros, trocarem opiniões, associarem-se livremente e tratarem entre
si dos requisitos e qualificações de membro, sem nenhuma referência ou aplicação, por indireta que seja, a indivíduos particulares. Devemos abster-nos
de influenciar a opinião dos outros...
(14 de maio de 1927, escrita por Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual de
Akron, Ohio, publicada em “Bahá’í News Letter” dos Estados Unidos, n° 18
[junho de 1927], p. 9 publicado em A Assembleia Espiritual Local, p. 13)

26.	 prática da nomeação, tão prejudicial à atmosfera de uma eleição silenciosa
...a
e compenetrada, é vista com desconfiança, uma vez que dá à maioria de um
corpo, que nas circunstâncias atuais frequentemente constitui em si mesmo
uma minoria de todos os delegados eleitos, o direito de negar aquela liberdade concedida por Deus a cada eleitor de votar apenas em favor daqueles
que estiver conscienciosamente convencido de que são os candidatos mais
dignos...
(27 de maio de 1927, escrito por Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual dos
Estados Unidos e Canadá, publicada em “Administração Bahá’í – 1922-1932”,
p. 180-1, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição)

27.	
Quanto à prática da indicação de candidatos em eleições bahá’ís, isto o Guardião firmemente crê estar em desacordo fundamental com o espírito que deve
animar e conduzir todas as eleições realizadas por bahá’ís, sejam de caráter e
importância local ou nacional. De fato, é a ausência de tal prática que constitui
a característica distintiva e a acentuada superioridade dos métodos eleitorais
bahá’ís sobre aqueles comumente associados com partidos e facções políticas.
A prática da indicação de candidatos, sendo, portanto, contrária ao espírito
da Administração Bahá’í, deveria ser totalmente abandonada por todos os
amigos. Pois de outro modo, a liberdade do eleitor bahá’í em escolher os
membros de qualquer Assembleia Bahá’i será seriamente posta em perigo,
deixando o caminho aberto para o domínio de personalidades. Não somente
isso, porém, o mero ato da indicação de candidatos leva eventualmente à formação de partidos – algo que é totalmente estranho ao espírito da Causa.
	 Além destes graves perigos, a prática da indicação de candidatos tem a
grande desvantagem de extinguir no crente o espírito de iniciativa e de auto-

[13]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

desenvolvimento. Os procedimentos e métodos eleitorais bahá’ís têm, de fato,
como um de seus propósitos essenciais o desenvolvimento em todo crente do
espírito de responsabilidade. Ao enfatizar a necessidade de manter sua total
liberdade nas eleições, atribuem-lhe o dever de se tornar um membro ativo e
bem informado da comunidade bahá’í na qual ele vive. Para ser capaz de fazer
uma escolha sábia na época da eleição, é necessário que esteja em íntimo e
contínuo contato com todos os seus companheiros de crença, se mantenha em
contato com todas as atividades locais, sejam elas de ensino, administrativas
ou outras, e participar totalmente e com sinceridade nos assuntos dos comitês
locais e nacionais e Assembleias de seu país. É somente desta maneira que
um crente pode desenvolver uma verdadeira consciência social e adquirir um
real senso de responsabilidade em assuntos afetando os interesses da Casa. A
vida comunitária bahá’í, por conseguinte, faz com que seja o dever de cada
crente leal e fiel se tornar um eleitor inteligente, bem informado e responsável e também lhe dá a oportunidade de se elevar a uma tal posição. E desde
que a prática da indicação de candidatos impede o desenvolvimento de tais
qualidades no crente, além de levar à corrupção e partidarismo, tem que ser
totalmente abandonada em todas as eleições bahá’ís.
(4 de fevereiro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente, publicada em “The Light of Divine Guidance: The Messages from the Guardian
of the Bahá’í Faith to the Bahá’ís of Germany and Austria”, vol. 1 [HofheimLangenhain: Bahá’í Verlag, 1982], pp.67-68)

28.	 eleições, especialmente quando anuais, dão à comunidade uma boa oporAs
tunidade para remediar qualquer defeito ou imperfeição de que a Assembleia
possa sofrer em consequência das ações de seus membros. Assim, se tem
estabelecido um método pelo qual se pode continuamente elevar e melhorar
a qualidade de membro nas Assembleias bahá’ís. Como já expusemos, entretanto, a instituição da Assembleia Espiritual sob nenhuma circunstância deve
ser identificada com as qualificações pessoais dos membros que a compõem,
nem meramente por estes deve ela ser avaliada.
(15 de novembro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi a crentes,
publicada em “A Assembleia Espiritual Local”, pp.12-13)

4.2 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça
29.	 diferença fundamental entre o sistema de candidatura e o sistema bahá’í é
A
que, no primeiro, indivíduos, ou aqueles que os indicam, decidem que devem
ser colocados de autoridade e se põem em evidência para serem votados para

[14]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

estas posições. No sistema bahá’í é a massa do eleitorado que faz a decisão.
Se um indivíduo, ostentosamente, se faz muito conhecido do público, com
o aparente propósito de conseguir que pessoas votem nele, os membros do
eleitorado consideram isto como presunção e se sentem afrontados por isto:
aprendem a distinguir entre alguém que é bem conhecido como resultado
desintencional de ativo serviço público e alguém que faz uma exibição de si
mesmo meramente para atrair votos.
(16 de novembro de 1938, ao Centro Internacional de Ensino)

[15]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

5. Participação nas Eleições
5.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi
30.	
Estas Assembleias Espirituais Locais deverão ser eleitas diretamente pelos
amigos, e todo crente declarado acima de 21 anos, o qual, longe de manterse afastado e assumir uma atitude independente ou indiferente, deve ver este
como seu dever sagrado e tomar parte conscienciosa e diligentemente, na
eleição, na consolidação e eficiente trabalho da Assembleia de sua própria
localidade.
(12 de março de 1923, aos bahá’ís do Ocidente, Japão e Australásia, publicado
em “Administração Bahá’í”, p. 51, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil,
2007, 1ª edição)

31.	
Também me pareceria não haver objeção de se habilitar e até mesmo requerer
em último recurso que os delegados que possivelmente não podem empreender viagem ao local da Convenção Bahá’í que enviem seus votos.... Deveria,
contudo, ser deixado claro a todo delegado eleito - e serem continuamente
lembrados - que é uma sagrada responsabilidade e reconhecidamente preferível participar, se possível, pessoalmente nas sessões da Convenção, tomar
parte ativa em todos os seus procedimentos, e inteirar seus companheiros de
trabalho sobre sua parcela nas realizações, decisões e aspirações dos congregados representantes dos crentes americanos.
	(24 de outubro de 1925, à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “Administração Bahá’í”, pp. 121-122, Mogi
Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição)

32.	
Sinto que devo afirmar a importância e a necessidade vital do direito de votar
- uma responsabilidade sagrada da qual nenhum crente adulto reconhecido
deve ser privado... este direito característico do crente não inclui nem implica uma obrigação de dar seu voto se ele achar que as circunstâncias em que
vive não justificam nem lhe permitem exercer esse direito com inteligência e
discernimento. Esta é uma questão que deve ser deixada à decisão do próprio
indivíduo, de acordo com sua própria consciência e critério.
	(Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 28 de abril
de 1935, escrita em seu nome à Assembleia Espiritual nacional dos Estados
Unidos e do Canadá, publicada em “Esta Hora Decisiva - 1932-1946”, p. 11,
Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição)

5.2 De Comunicações Escritas
Nome

pela

Casa Universal

[16]

de

Justiça

ou em seu
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

33.	 questão do comparecimento de delegados às Convenções, a conveniênNa
cia dos próprios amigos serem auto-suficientes deve ser destacada pela Assembleia Nacional. Se um delegado não pode pagar suas próprias despesas
para comparecer à Convenção, a Assembleia Local ou os crentes na unidade
eleitoral da qual o delegado provem, devem ser encorajados pela Assembleia
Nacional a custear tais despesas, de modo que só quando não há disponibilidade de fundos destas fontes, a Assembleia Nacional é constatada para
considerar oferecer ajuda financeira...
(De uma Carta datada de 9 de fevereiro de 1967, escrita pela Casa Universal
de Justiça a todas as Assembleias Espirituais Nacionais, publicada em Lights
of Guidance: A Bahá’í Reference File”, compilado por Helen Hornby [New
Delhi: Bahá’í Publishing Trust, 1983]. p. 143)

34.	Não há um número mínimo de células requerido para que uma eleição seja considerada válida, quer no caso de uma Assembleia Espiritual Local ou de delegados
à Convenção Nacional. Não obstante, é desejável que todo votante elegível tome
parte e sua Assembleia deve encorajar todos os crentes a assim fazê-lo...
(De uma carta datada de 10 de julho de 1980, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a uma Assembleia Espiritual Nacional)

35.	 geral, se um delegado à Convenção Nacional é incapaz de pagar suas
Em
próprias despesas de viagem, os crentes da unidade eleitoral da qual o delegado provém, devem ser encorajados pele Assembleia Espiritual Nacional a
custear tais despesas. Se não há fundos disponíveis desta fonte, a Assembleia
Nacional pode ser abordada a fim de que considere oferecer ajuda financeira.
A Assembleia Nacional não está obrigada de assim o fazer. Pode escolher
pagar somente uma parte das despesas de viagem de um delegado, tal como
a parte de retorno das despesas de transporte. Na maioria dos casos é preferível que a Assembleia organize como cobrir as despesas em vez de enviar
dinheiro ao delegado.
Os conselheiros não devem hesitar em chamar a atenção da Assembleia
Espiritual Nacional para a necessidade de promover uma boa participação dos
delegados na Convenção Nacional e de oferecer conselhos sobre os méritos
de provisões de ajuda financeira a delegados. Além disso, os Conselheiros
devem enfatizar à comunidade, através dos membros do Corpo Auxiliar e seus
ajudantes, a importância dos crentes em cada área proverem ajuda financeira
ao delegado que elegem para participar nas deliberações da Convenção Nacional. A responsabilidade vital de cada delegado votar pelo correio, se não
for capaz de participar pessoalmente, também deve ser enfatizada.
(De um memorando datado da 14 de novembro de 1988, escrita pela Casa
Universal de Justiça ao Centro Internacional de Ensino)

[17]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

6. O Papel de Assembleia Espiritual Nacional
6.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome
36. Os assentos dos delegados na Convenção, ou seja, o direito de decidir sobre
a validade das credenciais dos delegados em uma determinada Convenção, está
investido na Assembleia Nacional que se despede, e o direito de decidir sobre
quem tem o privilégio de votar está também, em última instância, colocado nas
mãos da Assembleia Espiritual Nacional...
	(29 de janeiro de 1925, escrita por Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual
Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em 	“Administração
Bahá’í”, p. 106, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição)

37.	
Considera que a Assembleia Espiritual Nacional tem todo o direito de examinar as células se houver alguma dúvida quanto a eleição ter sido conduzida
de modo apropriado. Por “preservação” das células quer se dizer que são
preservadas nos arquivos nacionais.
(14 de março de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da Assembleia e Nova Zelândia, publicado em “Letters from
the Guardian to Australia and New Zeland, 1923-1957” [Sidney: National
Spiritual Assembly of Australia, 1970, p. 66])

[18]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

Apêndice
Carta da Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do Mundo
	
Queridos amigos bahá’ís,
	Um dos sinais do colapso da sociedade em todas as partes do mundo é a
erosão da confiança e colaboração entre o indivíduo e as instituições de governança. Em muitas nações o processo eleitoral tornou-se desacreditado devido
a uma corrupção endêmica. Contribuindo para o aumento da desconfiança em
um processo tão vital estão a influência decorrente de interesses velados com
acesso a fundos extravagantes, as restrições à liberdade de escolha inerentes ao
sistema partidário, e a distorção na percepção pública sobre os candidatos pela
tendenciosidade expressa pela mídia. Apatia, alienação e decepção são uma
consequência, como também o é um senso crescente de desesperança diante da
improbabilidade de que os cidadãos mais capazes surjam para tratar dos inúmeros problemas de uma ordem social defeituosa. Evidente, em toda parte, é um
anseio geral por instituições que administrem a justiça, acabem com a opressão,
e fomentem uma unidade duradoura entre os elementos dispares da sociedade.
	
A Ordem Mundial de Bahá’u’lláh é o sistema divinamente ordenado,
pelo qual as nações e os povos buscam tão desesperadamente. Aclamada pelo
Báb no Bayan Persa, suas características fundamentais prescritas pelo próprio
Bahá’u’lláh, esta Ordem é algo sem precedente na história humana, devido ao
seu padrão de justiça e seu comprometimento com a realização prática da unicidade da humanidade, como também por sua capacidade de promover mudanças
e o avanço da civilização mundial. Provê os meios através dos quais a Vontade
Divina ilumina o caminho do progresso humano e conduz finalmente ao estabelecimento do Reino de Deus na Terra.
	
Por todo o planeta, os devotados seguidores de Bahá’u’lláh estão trabalhando para desenvolverem cada vez mais a Ordem Administrativa Bahá’í, descrita
pelo Guardião “não somente como o núcleo, mas como o verdadeiro padrão da
Nova Ordem Mundial”, e desta forma assentando as bases de uma civilização
mundial destinada a revelar seu deslumbrante esplendor em séculos vindouros.
Laboram firmemente nesse sentido, apesar das condições de tumulto e desordem
aludidas por Bahá’u’lláh ao afirmar que “o equilíbrio do mundo foi alterado

[19]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

através da influência vibrante desta nova e mais grandiosa Ordem Mundial.
A vida ordenada do gênero humano foi revolucionada por meio deste Sistema
único, maravilhoso – cujo igual jamais foi testemunhado por olhos mortais”.
	
Com o esforço conjunto no mundo inteiro para o avanço do processo de
entrada em tropas ganhando ímpeto através da implementação das provisões
estabelecidas no Plano de Cinco Anos, é agora oportuno que os crentes, em todas
as partes, dêem maior atenção ao fortalecimento do processo através do qual são
eleitas as Assembleias, nacionais e locais. A forma de participação de todos os
membros adultos da comunidade nessas eleições é uma característica distintiva
do Sistema de Bahá’u’lláh; sendo um dever sagrado que confere um elevado
privilégio a todo bahá’í poder selecionar, como um cidadão responsável do novo
mundo que está sendo criado, a composição das instituições que têm autoridade
sobre o funcionamento da comunidade bahá’í. Neste sentido, indiferença e negligência de parte de qualquer crente são atitudes alheias ao espírito da Causa.
Os amigos devem esforçar-se incansavelmente para evitar serem contaminados
por essas atitudes destrutivas, que têm infligido tamanho dano à integridade e
autoridade das instituições de uma ordem mundial em declínio.
	
Ao descrever as eleições bahá’ís, Shoghi Effendi, através de uma carta
escrita em seu nome, disse que: “Os procedimentos e métodos eleitorais bahá’ís
têm, de fato, como um de seus propósitos essenciais o desenvolvimento em todo
crente do espírito de responsabilidade. Ao enfatizar a necessidade de manter sua
total liberdade nas eleições, atribuem-lhe o dever de se tornar um membro ativo
e bem informado da comunidade bahá’í na qual ele vive.”
	
A forma como o eleitor exerce o direito e o privilégio de votar é, portanto,
de grande importância. A orientação de Shoghi Effendi na seguinte passagem
explica adicionalmente que “para ser capaz de fazer uma escolha sábia na época
da eleição, é necessário que esteja em íntimo e contínuo contato com todas as
atividades locais, sejam elas de ensino, administrativas ou outras, e que participe
entusiástica e completamente nos assuntos dos comitês locais e nacionais e Assembleias de seu país. É somente desta maneira que um crente pode desenvolver
uma verdadeira consciência social e adquirir um real senso de responsabilidade
em assuntos afetando os interesses da Causa. A vida comunitária bahá’í, por
conseguinte, faz com que seja o dever de cada crente leal e fiel se tornar um
eleitor inteligente, bem informado e responsável e também lhe dá a oportunidade
de se elevar a uma tal posição”.
	Embora não deva ser feita menção de personalidades em relação às eleições bahá’ís, é de todo apropriado que os crentes consultem sobre os requisitos
e qualificações da condição de membro de uma instituição a ser eleita. Shoghi
Effendi oferece orientações claras sobre este ponto: “Sinto que referência à

[20]
A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

personalidade antes da eleição motivaria mal-entendidos e divergências. O que
os amigos devem fazer é se familiarizarem completamente uns com os outros,
trocarem opiniões, associarem-se livremente e discutirem entre si os requisitos
e qualificações de membro, sem nenhuma referência ou alusão, por indireta que
seja, a indivíduos em particular.” Entre as “qualidades necessárias” especificadas
pelo Guardião, estão aquelas de “lealdade inquestionável, devoção abnegada,
uma mente bem treinada, habilidade reconhecida e experiência madura”. Com
uma mais elevada consciência das funções a serem cumpridas pelo corpo eleito, o crente pode, de forma apropriada, avaliar aqueles em quem deverão votar.
Dentre o grupo daqueles que o eleitor acredita sejam qualificados para servir,
uma seleção deve ser feita com a devida consideração a ser dada a outros fatores
como faixa etária, diversidade e gênero. O eleitor deve fazer sua escolha após
cuidadosa reflexão por um longo período de tempo antes da eleição propriamente
dita.
	
Quando convocados a votar em uma eleição bahá’í, os crentes devem
estar conscientes de que estão cumprindo um dever sagrado e singular desta
Dispensação. Devem cumprir esse dever em uma atitude de oração, buscando
guia e confirmação divinas. Conforme o conselho de Shoghi Effendi, “eles devem volver-se inteiramente para Deus, e com pureza de motivo, liberdade de
espírito e santidade no coração, participar das eleições”.
	
Com sua adesão incondicional ao processo eleitoral bahá’í, os crentes
testemunharão, dia a dia, um contraste cada vez maior entre as emergentes instituições da Ordem Administrativa Bahá’í e a decadente ordem social à sua volta.
Nesta crescente distinção será testemunhada a promessa da glória da Ordem
Mundial de Bahá’u’lláh – o Sistema destinado a cumprir com as mais elevadas
expectativas da humanidade.
A Casa Universal de Justiça
25 de março de 2007

	

[21]
Coleção “Seleção de Escritos Bahá’ís”:
•	 Aprofundamento, Conhecimento e Compreensão da Fé
•	 Aquisição de Sabedoria
•	 Arte e Assuntos Correlatos
•	 Assembléia Espiritual Local, A
•	 Assembléia Espiritual Nacional, A
•	 Bahá’ís e o Muro de Berlim, Os
•	 Captando a Centelha da Fé (Importância do Ensino às Massas)
•	 Conquista Especial, Uma (Levando a Mensagem às Pessoas de Proeminência)
•	 Conservação dos Recursos da Terra
•	 Consulta Bahá’í ( A Lâmpada que Guia)
•	 Contribuição aos Fundos Bahá’ís
•	 Convênio, O
•	 Corpo Continental de Conselheiros, O
•	 Casamento Bahá'í
•	 Crise e Vitória
•	 Educação Bahá’í
•	 Em Busca da Luz do Reino (Excelência Sobre Todas as Coisas e Festas de 19 Dias)
•	 Ensino religioso nas Escolas
•	 Fé em Ação (Projetos Bahá’ís Sócioeconômicos)
•	 Fidedignidade
•	 Funeral Bahá’í
•	 Importância da Meditação e da Atitude Devocional
•	 Importância da Oração Obrigatória e do Jejum, A
•	 Importância das Artes na Promoção da Fé, A
•	 Indivíduo e o Ensino, O
•	 Instituição dos Conselheiros, A
•	 Jejum Bahá’í, O
•	 Juventude
•	 Lei do Huqúqu’lláh, A
•	 Leis, Histórias e Administração da Fé Bahá’í
•	 Liberando o Poder da Ação Individual
•	 Mulher
•	 No Limiar da Paz
•	 Nova Raça de Homens, Uma
•	 Novo Modo de Vida, Um (Significado de Ser um Jovem Bahá’í)
•	 Oposição à Fé
•	 Padrão de Vida Bahá’í
•	 Por Amor à Causa (Sobre Pioneirismo)
•	 Política
•	 Preservando Casamentos Bahá’ís (sobre Divórcio)
•	 Promovendo a Entrada em Tropas
•	 Questão Mais Desafiadora, A (Assuntos sobre a Raça Negra)
•	 Sabeísmo, Buda, Krishna, Zoroastro e Assuntos Correlatos
•	 Saúde, Higiene e Cura
•	 Testamento Bahá’í
•	 Vida Casta e Santa, Uma
•	 Vida em Família (Uma Onda de Ternura)
•	 Viver a Vida (Orientações sobre a Vida Bahá’í)
ISBN 978-85-320-01970

www.editorabahaibrasil.com.br
9

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A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís

  • 1. Seleção de Escritos Bahá’ís A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís Uma compilação preparada pela Casa Universal de Justiça
  • 2. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís Termo de Uso do © Copyleft Ao adquirir este livro em versão eletrônica, você aceita a seguir os seguintes termos e condições dos nossos procedimentos privados. A Editora Bahá’í do Brasil pode revisar o Termo de Uso a qualquer tempo sem aviso prévio. Você tem permissão de fazer e usar livremente cópias deste livro eletrônico e de qualquer informação dos textos contidos neste documento/livro incluindo: imprimir, postar eletronicamente ou por correio, copiar, fazer download, transmitir e disponibilizar parte ou a totalidade de seu conteúdo seguindo as orientações abaixo: 1. A informação de nosso Copyright ou Copyleft deve estar anexa ao conteúdo; 2. O conteúdo não pode ser modificado ou alterado em qualquer forma, a não ser para mudar o tipo de fonte (letra) ou o lay-out (aparência); 3. O conteúdo somente pode ser utilizado para propósitos não-comerciais. Apesar deste anúncio permitir a reprodução do conteúdo livremente, sem qualquer permissão especial, a Editora Bahá’í do Brasil retém completa proteção do direito autoral (Copyright) sobre esta obra, a qual é aplicada a lei internacional e nacional. Para obter permissão para publicar, transmitir, expor ou outra forma de uso deste conteúdo para qualquer fim comercial, por favor contatar: administrativo@editorabahaibrasil.com.br. © 2009 copyleft Todos os direitos em português reservados para: Editora Bahá’í do Brasil Caixa Postal 1085 13800-973 Mogi Mirim SP www.editorabahaibrasil.com.br Título original em inglês: The Sanctity and Nature of Bahá’í Elections Compilado pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça Tradução por Rolf von Czékus ISBN: 978-85-320-0197-9 1a Edição: 2009 (versão eletrônica) Caso for imprimir o livro utilizar papel A4: 210 x 297 mm. [2]
  • 3. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís Introdução Sumário 1. Promovendo uma Atitude Espiritual com respeito a Eleições 1.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 1.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça 4 5 5 6 2. As Qualidades Daqueles a serem Eleitos 2.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi 2.2 De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 2.3 De um Memorado Escrito pela Casa Universal de Justiça 7 7 8 10 3. O Caráter Não-Político das Eleições 3.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 3.2 De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça 11 11 11 4. A Ausência de Indicações 4.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 4.2 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça 13 13 14 5. Participação nas Eleições 5.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi 5.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça ou em seu Nome 16 16 16 6. O Papel de Assembléia Espiritual Nacional 6.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 18 18 Apêndice Carta da Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do Mundo; março de 2007 19 [3]
  • 4. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís Introdução A Casa Universal de Justiça sente que é oportuno liberar uma compilação sobre eleições bahá’ís como um instrumento útil para ajudar as Assembleias Espirituais Nacionais a aumentar a compreensão dos crentes com respeito à natureza e santidade destas eleições e se prepararem para o esperado rápido aumento no número de crentes. Esta compilação intitulada A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís foi preparada pelo Departamento de Pesquisa. O estudo desta compilação requererá cuidadoso e continuado planejamento pelas Assembleias Espirituais Nacionais e Assembleias Espirituais Locais e deveria tornar-se parte dos programas em andamento para o aprofundamento dos amigos nos fundamentos da administração bahá’í. A Casa de Justiça urge todas as Assembleias Espirituais Nacionais a discutirem a implementação de um tal programa com os conselheiros, de modo que a massa dos crentes, com o sincero apoio dos membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes, apreciem a importância de, com relação a isto, aderirem aos princípios bahá’ís e realizarem todas as eleições bahá’ís, em plano nacional assim como de área e local, de uma forma exemplar, em total harmonia com o espírito de pureza e santidade que as devem caracterizar. A Casa Universal de Justiça deseja enfatizar a esta altura quão importante é que se elegem todos os delegados designados à Convenção Nacional e o quão desejável é que todos os delegados eleitos participem deste vital evento nacional. Notou-se que, ainda que a participação na maioria das Convenções Nacionais esteja gradualmente melhorando, em diversos países todos os anos, nem todos os delegados são eleitos e em numerosos casos, mesmo quando eleitos, eles não participam quer pessoalmente quer através do envio de suas cédulas de votação. Estejam assegurados de orações ardentes nos Sepulcros Sagrados para que seus esforços resolutos para melhorar o registro de participação devota e entusiástica nas eleições dos delegados, Convenções Nacionais e eleições das Assembleias Locais atraiam a ajuda e bênçãos do Concurso Divino. Departamento do Secretariado da Casa Universal de Justiça 10 de dezembro de 1989 [4]
  • 5. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 1. Promovendo uma Atitude Espiritual com respeito a Eleições 1.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 1. No dia da eleição, os amigos devem participar sinceramente nas eleições, em unidade e amizade, volvendo suas orações para Deus, desprendidos de tudo salvo d’Ele, buscando sua orientação e suplicando Sua ajuda e generosidade. (27 de fevereiro de 1923, escrita por Shoghi Effendi aos bahá’ís do Oriente; traduzida do persa para inglês) 2. Novamente, solenemente apelo a cada um de vocês e renovo meu único pedido com todo ardor de minha convicção, para fazer, antes e durante a iminente Convenção, mais um novo esforço, desta vez mais espontâneo e desprendido do que antes, e se empenharem para assumir sua tarefa - a eleição de seus delegados, bem como, seus representantes nacionais e locais - com aquela pureza de espírito que sozinha pode realizar o mais acalentado desejo de nosso Bem-Amado... (23 de fevereiro de 1924, escrito por Shoghi Effendi aos Bahá’ís da América, publicado em “Administração Bahá’í - 1922-1932”, p. 85 (Mogi Mirim: Editora Bahá’í Brasil. 2007, 1ªedição) 3. No desempenho desta sagrada função, nenhuma influência seja esta qual for, nenhuma pressão seja qual for a sua origem, ainda mesmo que esta proveniesse da Assembleia Nacional, deve sob quaisquer circunstâncias afetar as suas opiniões ou restringir a sua liberdade. Os delegados devem estar completamente independentes de qualquer órgão administrativo, devem concentrar a sua atenção nos assuntos mais importantes e prementes. (12 de agosto de 1933, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “A Assembleia Espiritual Nacional”, compilado pela Casa Universal de Justiça [Lisboa: Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá ís de Portugal, 1979], p. 22) 4. Tal retidão de conduta deve manifestar-se, com potência cada vez maior, em todos os vereditos que os representantes eleitos da comunidade bahá’í, em qualquer capacidade em que se encontrem, possam ter de pronunciar... Deve ser exemplificada na conduta de todos os eleitores bahá’ís quando exercem seus sagrados direitos e funções... (25 de dezembro de 1938, escrita por Shoghi Effendi aos Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá, publicada como “O Advento da Justiça Divina”, Rio de Janeiro: Editora Bahá í Brasil, 1970, p. 42) [5]
  • 6. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 1.2 De Comunicações Escritas pela Casa Universal de Justiça 5. As condições de mão de obra limitada, dificuldades ao viajar e analfabetismo entre o povo local são encontradas em graus variados em outros países do mundo e temos sempre e em todas as partes urgindo as Assembléias Espirituais Nacionais envolvidas a orientar e ensinar os amigos nos procedimentos administrativos bahá’ís corretos, não só durante as semanas imediatamente precedendo as eleições locais mas, de fato, durante todo o ano, de modo que os amigos aguardassem o advento do Ridván com antecipação e determinados a observar e apoiar princípios corretos de administração bahá’í. (De uma carta escrita em 24 de setembro de 1973 a uma Assembleia Espiritual Nacional) 6. A meta sempre deve ser a de educar os amigos de tal modo durante o ano que considerem a sua participação em eleições bahá’ís não só como um direito que exercem mas, também, como uma obrigação espiritual que, quando desincumbida com o espírito bahá’í correto, contribui à saúde e crescimento da comunidade bahá’í. (De um memorando datado de 18 de junho de 1980 ao Centro Internacional de Ensino) [6]
  • 7. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 2. As Qualidades Daqueles a Serem Eleitos 2.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi 7. A devida consideração deve ser dada a sua real capacidade e atuais realizações e somente aqueles que são mais bem qualificados para serem membros, sejam eles homens ou mulheres, e sem levar em consideração a sua posição social, devem ser eleitos para a posição extremamente responsável de membro da Assembleia Bahá’í. (Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 27 de dezembro de 1923, escrita em seu nome à Assembleia Espiritual Nacional da Índia e Burma. Publicada em “Dawn of a New Day” [New Delhi: Bahá’í Publishing Trust, 1970], p.4) 8. Vamos recordar Suas explícitas e frequentemente repetidas asseverações que cada Assembleia eleita nessa rarefeita atmosfera de abnegação e desprendimento é, em verdade, apontada por Deus, que seu veredicto é verdadeiramente inspirado, que um e todos devem se submeter a suas decisões sem reservas e com alegria. (23 de fevereiro de 1924, aos bahá’ís da América, publicada em “Administração Bahá’í”, p. 85 (Mogi Mirim: Editora Bahá’í Brasil, 2007, 1ª edição) 9. Seria impossível, a este ponto, ignorar a indispensabilidade ou superestimar o significado único da instituição da Assembleia Espiritual Nacional... Suprema sua posição, séria em suas responsabilidades, múltiplas e árduas seus obrigações. Quão grandioso o privilégio, quão delicada a tarefa de congregar os delegados cuja função é eleger estes representantes nacionais, que por seu registro de serviço enobrecem e enriquecem os anais da Causa!... Por conseguinte, incumbe a todos os delegados escolhidos considerarem sem o menor traço de paixão e preconceito, e independente de qualquer consideração material, somente os nomes daqueles que melhor reúnem as qualidades necessárias de inquestionável lealdade, abnegada devoção, uma mente bem treinada, reconhecida habilidade e experiência madura. (3 de junho de 1925, aos Delegados e Visitantes da Convenção Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá, publicada em “Administração Bahá’í”, p. 117, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 10. o eleitor ... é chamada a votar somente naqueles que a prece e a reflexão ... o inspirarem a apoiar... (27 de maio de 1927, à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá publicado em “Administração Bahá’í”, p. 180, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição ) [7]
  • 8. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 11. ... Eu não sinto que esteja de acordo com o espírito da Causa impor qualquer limitação à liberdade dos crentes na escolha daqueles de qualquer raça, nacionalidade ou temperamento que melhor combinem as qualificações essenciais para serem membros de instituições administrativas. Devem desconsiderar as personalidades e encontrar sua atenção nas qualidades e nos requisitos necessários da função, sem preconceito, paixão ou personalidade. A Assembleia deveria ser representativa dos elementos mais seletos, mais diversos e capazes em cada comunidade bahá’í... (Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 11 de agosto de 1993, escrita em seu nome a um crente, publicada em “Bahá’í Institutions” [New Delhi: Bahá’í Publishing Trust, 1973], pp.71-72) 12. há alguma discriminação que deva ser tolerada, não deveria ser contra, mas Se sim, a favor da minoria, seja racial ou contra... toda comunidade organizada alistada sob o estandarte de Bahá’ú’lláh deve considerar que é sua primeira e inescapável obrigação nutrir, encorajar e salvaguardar toda minoria pertencente a qualquer fé, raça, classe ou nação em seu seio. Tão grande e vital é este princípio que, em tais circunstâncias, como no caso de um número igual de votos haver sido dado numa eleição, ou de as qualificações para qualquer posto estarem equilibradas entre as raças, fés ou nacionalidades dentro da comunidade, a prioridade deve ser concedida, sem hesitação, ao grupo que representa a minoria, e isto não por outro motivo senão o de estimulá-la e encorajá-la e dar-lhe uma oportunidade para promover os interesses da comunidade... (25 de dezembro de 1938, publicado como “O Advento da Justiça Divina”, pp. 55-56) 13. eleitores... devem eleger, piedosa e devotamente e depois da meditação e Os reflexão, almas fiéis, sinceras, experientes, capazes e competentes que sejam dignas de serem membros... (1° de julho de 1943, à Assembleia Espiritual Nacional da Pérsia, traduzida do persa para o inglês) 2.2 De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 14. ...sobre as qualificações dos membros da Assembleia Espiritual, há uma distinção de importância fundamental que deveria sempre ser lembrada neste assunto, e esta é entre a Assembleia Espiritual como instituição e as pessoas que a compõem. Estas de modo algum deveriam ser julgadas perfeitas, nem devem ser consideradas inerentemente superiores aos demais companheiros [8]
  • 9. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís de crença. É exatamente porque estão sujeitos às mesmas limitações humanas que caracterizam os outros membros da comunidade que eles devem ser eleitos cada ano. A existência de eleições é suficiente prova de que membros de uma Assembleia, embora formem parte de uma instituição que é divina e perfeita, são, eles mesmos, imperfeitos. Não quer isso dizer necessariamente, porém, que o julgamento seja deficiente... (15 de novembro de 1935, a crentes, publicada em “A Assembleia Espiritual Local”, p. 12) 15. crente tem o direito de votar em si mesmo durante o período de eleições, Um se ele conscienciosamente se sente impelido a assim o fazer. Isto não implica necessariamente que ele é ambicioso ou egoísta, pois pode conscienciosamente crer que suas qualificações o habilitam a ser membro de um corpo administrativo bahá’í, e pode ser que tenha razão. O essencial, no entanto, é que seja sincero em sua crença e que aja de acordo com os ditames de sua consciência. Além do mais, ser membro de uma Assembleia ou comitê e uma forma de serviço e não deveria ser encarado como um distintivo de superioridade inerente ou um meio para auto-elogio. (27 de março de 1938, a um crente individual, publicada em “Dawn of a New Day”, pp. 200-201) 16. Em princípio, não há qualquer objeção para uma Assembleia ser reeleita, seja no todo ou em parte, desde que seus membros sejam considerados bem qualificados para o cargo. É o valor individual que conta. Inovação, ou o mero ato de renovar nas eleições, são considerações puramente secundárias. Mudanças nos membros da Assembleia são bem-vindas na medida em que não prejudiquem a qualificação de membro. Uma vez encerradas as eleições da Assembleia, o resultado deve ser consciencioso e inquestionavelmente aceito por todo o corpo de crentes, não necessariamente porque eles representem a Voz da Verdade ou a Vontade de Bahá’u’lláh, mas pelo supremo propósito de manter a unidade e a harmonia na comunidade (10 de julho de 1938, a um crente individual, publicada em “Diretrizes do Guardião”, p. 35, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2005, 1ª edição ) 17. Com respeito a sua questão sobre as qualificações de delegados e membro de Assembleia: as qualificações que ele esboçou são aplicáveis verdadeiramente a qualquer um que elegemos para um posto bahá’í, qualquer que seja a sua natureza. Porém, estas são só uma indicação, não significam que pessoas que são as preencham não possam ser eleitas para um cargo. Devemos visar tão [9]
  • 10. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís alto quanto possível. Ele não sente que os amigos deveriam atribuir tanta importância a limitações - tais como pessoas que talvez não sejam capazes de participar de reuniões da Assembleia ou Convenção, porque se assim o fizerem, então o conceito fundamental de todos estarem dispostos a render um serviço bahá’í em corpos administrativos será enfraquecido e os amigos podem ser tentado e votar naqueles que em virtude da independência de meios ou circunstâncias de suas vidas têm mais liberdade para vir e ir mas são menos qualificados servir. (24 de outubro de 1947. à Assembleia Espiritual Nacional das Ilhas Britânicas, publicado em “Unfolding Destiny: The Messages from the Guardian of the Bahá’í Faith to the Bahá’í Community of the British Isles” [London: Bahá’í Publishing Trust, 1981], p. 207) 2.3 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça 18. Também relevante a esta questão é a declaração feita por ‘Abdu’l-Bahá em uma de Suas Epístolas no sentido de que um volante deve fazer sua escolha entre aqueles cujo bom nome tenha sido amplamente difundido. Inevitavelmente, em qualquer forma de eleição, indivíduos meritórios não são eleitos simplesmente porque não são amplamente conhecidos. Isto é verdadeiro no sistema que usa nomeações e campanha eleitoral do mesmo modo como o será no sistema bahá’í. No entanto, não é este o ponto. Eleição para uma Assembleia, do ponto de vista bahá’í não é um direito ao qual se faça jus, ou uma honra a qual se deva aspirar; é um dever e uma responsabilidade para a qual podem ser chamados. O propósito é que aqueles que são eleitos para uma Assembleia devem ser os mais dignos para este serviço; isto não pode significar que todos aqueles que são dignos serão eleitos. Espera-se que no futuro... haja grandes números os indivíduos que tenham as qualidades que os tornarão aptos para o serviço em Assembleias Espirituais. Destes, somente uns poucos podem ser eleitos em qualquer ocasião. Espera-se que, através de treinamento e experiência no processo e espírito de eleições bahá’ís, os membros do eleitorado terão elevado a consciência de sua responsabilidade de voltarem para aqueles que preencham os requisitos delineados pelo Guardião. Consequentemente, contemplarão como seu contínuo dever familiarizarem-se com o caráter e habilidades daqueles que estão ativos na comunidade, de modo que quando for tempo de eleição, já terão alguma ideia das pessoas entre as quais devem fazer sua escolha. (16 de novembro de 1988, ao Centro Internacional de Ensino) [10]
  • 11. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 3. O Caráter não-Político das Eleições 3.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 19. Acautelai-vos, acautelai-vos a fim de que o odor fétido dos partidos e povos de terras estrangeiras no Ocidente e seus métodos perniciosos, tais como intrigas, política e propaganda partidária – práticas que são abomináveis até mesmo no nome – jamais venham a alcançar a comunidade bahá’í. Exercerem qualquer influência que seja sobre os amigos, e assim arruinar toda a espiritualidade... (30 de janeiro de 1923, escrita por Shoghi Effendi a uma Assembleia Espiritual – traduzida do persa para o inglês) 20. voto da pessoa deve ser mantido confidencial. Não é permitido fazer-se O qualquer referência a nomes individuais. Os amigos devem evitar os métodos malignos e praticas detestáveis dos políticos. Devem voltar-se completamente para Deus e com pureza de motivo, liberdade de espírito e santidade de coração, participarem nas eleições... (16 de janeiro de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia Espiritual – traduzida do persa para o inglês) 21. Que exerçam a máxima vigilância de modo que as eleições sejam realizadas livremente, universalmente e por voto secreto. Qualquer forma de intriga, logro, conluio e compulsão devem ser paradas e são proibidas. (8 de março de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia Espiritual Local – traduzida do persa para o inglês) 22. força e o progresso da comunidade bahá’í dependem da eleição de almas A puras, fiéis e ativas.. Angariar voto é abominável... (9 de abril de 1932, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembleia Espiritual Local – traduzida do persa para o inglês) 3.2 De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça 23. Como sabe muito bem, o método das eleições bahá’ís está em total divergência com os métodos e práticas de eleições dos sistemas políticos. O amado Guardião salientou para nós que se viermos a seguir os métodos dos políticos em nossas eleições bahá’ís, surgirão mal-entendidos e divergências, seguir-se-ão o caos e a confusão, sobejará o dano, e as confirmações de Deus suprimidas desta comunidade bahá’í. Em vista destas sérias admoestações, o máximo [11]
  • 12. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís cuidado deve ser sempre exercido de modo a que a pureza e o caráter espiritual das eleições bahá’ís sejam mantidos e preservados. Quando se vê algum bahá’í inexperiente ou imaturo ser dado a propaganda eleitoral, quer abertamente ou secretamente, longe de sermos tentados a imitálo, devemos nos levantar resolutamente e através dos canais e procedimentos administrativos apropriados ajudar a extirpar tais tendências e purificar a comunidade bahá’í de tais malignas influências. (6 de dezembro de 1971, a um crente) 24. ...os bahá’ís, especialmente bahá’ís proeminentes, devem evitar fazer qualquer coisa que possa criar uma impressão errada e dar lugar a acusações de parte de bahá’ís desinformados de que se esteja fazendo propaganda eleitoral. (15 de abril de 1986, a uma Assembleia Espiritual Naciona Espiritual Local) [12]
  • 13. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 4. A Ausência de Indicações 4.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 25. Sinto que a referência a personalidades antes da eleição, motivaria malentendidos e divergências. O que os amigos devem fazer é conhecerem bem uns aos outros, trocarem opiniões, associarem-se livremente e tratarem entre si dos requisitos e qualificações de membro, sem nenhuma referência ou aplicação, por indireta que seja, a indivíduos particulares. Devemos abster-nos de influenciar a opinião dos outros... (14 de maio de 1927, escrita por Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual de Akron, Ohio, publicada em “Bahá’í News Letter” dos Estados Unidos, n° 18 [junho de 1927], p. 9 publicado em A Assembleia Espiritual Local, p. 13) 26. prática da nomeação, tão prejudicial à atmosfera de uma eleição silenciosa ...a e compenetrada, é vista com desconfiança, uma vez que dá à maioria de um corpo, que nas circunstâncias atuais frequentemente constitui em si mesmo uma minoria de todos os delegados eleitos, o direito de negar aquela liberdade concedida por Deus a cada eleitor de votar apenas em favor daqueles que estiver conscienciosamente convencido de que são os candidatos mais dignos... (27 de maio de 1927, escrito por Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual dos Estados Unidos e Canadá, publicada em “Administração Bahá’í – 1922-1932”, p. 180-1, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 27. Quanto à prática da indicação de candidatos em eleições bahá’ís, isto o Guardião firmemente crê estar em desacordo fundamental com o espírito que deve animar e conduzir todas as eleições realizadas por bahá’ís, sejam de caráter e importância local ou nacional. De fato, é a ausência de tal prática que constitui a característica distintiva e a acentuada superioridade dos métodos eleitorais bahá’ís sobre aqueles comumente associados com partidos e facções políticas. A prática da indicação de candidatos, sendo, portanto, contrária ao espírito da Administração Bahá’í, deveria ser totalmente abandonada por todos os amigos. Pois de outro modo, a liberdade do eleitor bahá’í em escolher os membros de qualquer Assembleia Bahá’i será seriamente posta em perigo, deixando o caminho aberto para o domínio de personalidades. Não somente isso, porém, o mero ato da indicação de candidatos leva eventualmente à formação de partidos – algo que é totalmente estranho ao espírito da Causa. Além destes graves perigos, a prática da indicação de candidatos tem a grande desvantagem de extinguir no crente o espírito de iniciativa e de auto- [13]
  • 14. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís desenvolvimento. Os procedimentos e métodos eleitorais bahá’ís têm, de fato, como um de seus propósitos essenciais o desenvolvimento em todo crente do espírito de responsabilidade. Ao enfatizar a necessidade de manter sua total liberdade nas eleições, atribuem-lhe o dever de se tornar um membro ativo e bem informado da comunidade bahá’í na qual ele vive. Para ser capaz de fazer uma escolha sábia na época da eleição, é necessário que esteja em íntimo e contínuo contato com todos os seus companheiros de crença, se mantenha em contato com todas as atividades locais, sejam elas de ensino, administrativas ou outras, e participar totalmente e com sinceridade nos assuntos dos comitês locais e nacionais e Assembleias de seu país. É somente desta maneira que um crente pode desenvolver uma verdadeira consciência social e adquirir um real senso de responsabilidade em assuntos afetando os interesses da Casa. A vida comunitária bahá’í, por conseguinte, faz com que seja o dever de cada crente leal e fiel se tornar um eleitor inteligente, bem informado e responsável e também lhe dá a oportunidade de se elevar a uma tal posição. E desde que a prática da indicação de candidatos impede o desenvolvimento de tais qualidades no crente, além de levar à corrupção e partidarismo, tem que ser totalmente abandonada em todas as eleições bahá’ís. (4 de fevereiro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente, publicada em “The Light of Divine Guidance: The Messages from the Guardian of the Bahá’í Faith to the Bahá’ís of Germany and Austria”, vol. 1 [HofheimLangenhain: Bahá’í Verlag, 1982], pp.67-68) 28. eleições, especialmente quando anuais, dão à comunidade uma boa oporAs tunidade para remediar qualquer defeito ou imperfeição de que a Assembleia possa sofrer em consequência das ações de seus membros. Assim, se tem estabelecido um método pelo qual se pode continuamente elevar e melhorar a qualidade de membro nas Assembleias bahá’ís. Como já expusemos, entretanto, a instituição da Assembleia Espiritual sob nenhuma circunstância deve ser identificada com as qualificações pessoais dos membros que a compõem, nem meramente por estes deve ela ser avaliada. (15 de novembro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi a crentes, publicada em “A Assembleia Espiritual Local”, pp.12-13) 4.2 De um Memorando Escrito pela Casa Universal de Justiça 29. diferença fundamental entre o sistema de candidatura e o sistema bahá’í é A que, no primeiro, indivíduos, ou aqueles que os indicam, decidem que devem ser colocados de autoridade e se põem em evidência para serem votados para [14]
  • 15. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís estas posições. No sistema bahá’í é a massa do eleitorado que faz a decisão. Se um indivíduo, ostentosamente, se faz muito conhecido do público, com o aparente propósito de conseguir que pessoas votem nele, os membros do eleitorado consideram isto como presunção e se sentem afrontados por isto: aprendem a distinguir entre alguém que é bem conhecido como resultado desintencional de ativo serviço público e alguém que faz uma exibição de si mesmo meramente para atrair votos. (16 de novembro de 1938, ao Centro Internacional de Ensino) [15]
  • 16. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 5. Participação nas Eleições 5.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi 30. Estas Assembleias Espirituais Locais deverão ser eleitas diretamente pelos amigos, e todo crente declarado acima de 21 anos, o qual, longe de manterse afastado e assumir uma atitude independente ou indiferente, deve ver este como seu dever sagrado e tomar parte conscienciosa e diligentemente, na eleição, na consolidação e eficiente trabalho da Assembleia de sua própria localidade. (12 de março de 1923, aos bahá’ís do Ocidente, Japão e Australásia, publicado em “Administração Bahá’í”, p. 51, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 31. Também me pareceria não haver objeção de se habilitar e até mesmo requerer em último recurso que os delegados que possivelmente não podem empreender viagem ao local da Convenção Bahá’í que enviem seus votos.... Deveria, contudo, ser deixado claro a todo delegado eleito - e serem continuamente lembrados - que é uma sagrada responsabilidade e reconhecidamente preferível participar, se possível, pessoalmente nas sessões da Convenção, tomar parte ativa em todos os seus procedimentos, e inteirar seus companheiros de trabalho sobre sua parcela nas realizações, decisões e aspirações dos congregados representantes dos crentes americanos. (24 de outubro de 1925, à Assembleia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “Administração Bahá’í”, pp. 121-122, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 32. Sinto que devo afirmar a importância e a necessidade vital do direito de votar - uma responsabilidade sagrada da qual nenhum crente adulto reconhecido deve ser privado... este direito característico do crente não inclui nem implica uma obrigação de dar seu voto se ele achar que as circunstâncias em que vive não justificam nem lhe permitem exercer esse direito com inteligência e discernimento. Esta é uma questão que deve ser deixada à decisão do próprio indivíduo, de acordo com sua própria consciência e critério. (Manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a uma carta datada de 28 de abril de 1935, escrita em seu nome à Assembleia Espiritual nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “Esta Hora Decisiva - 1932-1946”, p. 11, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 5.2 De Comunicações Escritas Nome pela Casa Universal [16] de Justiça ou em seu
  • 17. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 33. questão do comparecimento de delegados às Convenções, a conveniênNa cia dos próprios amigos serem auto-suficientes deve ser destacada pela Assembleia Nacional. Se um delegado não pode pagar suas próprias despesas para comparecer à Convenção, a Assembleia Local ou os crentes na unidade eleitoral da qual o delegado provem, devem ser encorajados pela Assembleia Nacional a custear tais despesas, de modo que só quando não há disponibilidade de fundos destas fontes, a Assembleia Nacional é constatada para considerar oferecer ajuda financeira... (De uma Carta datada de 9 de fevereiro de 1967, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembleias Espirituais Nacionais, publicada em Lights of Guidance: A Bahá’í Reference File”, compilado por Helen Hornby [New Delhi: Bahá’í Publishing Trust, 1983]. p. 143) 34. Não há um número mínimo de células requerido para que uma eleição seja considerada válida, quer no caso de uma Assembleia Espiritual Local ou de delegados à Convenção Nacional. Não obstante, é desejável que todo votante elegível tome parte e sua Assembleia deve encorajar todos os crentes a assim fazê-lo... (De uma carta datada de 10 de julho de 1980, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a uma Assembleia Espiritual Nacional) 35. geral, se um delegado à Convenção Nacional é incapaz de pagar suas Em próprias despesas de viagem, os crentes da unidade eleitoral da qual o delegado provém, devem ser encorajados pele Assembleia Espiritual Nacional a custear tais despesas. Se não há fundos disponíveis desta fonte, a Assembleia Nacional pode ser abordada a fim de que considere oferecer ajuda financeira. A Assembleia Nacional não está obrigada de assim o fazer. Pode escolher pagar somente uma parte das despesas de viagem de um delegado, tal como a parte de retorno das despesas de transporte. Na maioria dos casos é preferível que a Assembleia organize como cobrir as despesas em vez de enviar dinheiro ao delegado. Os conselheiros não devem hesitar em chamar a atenção da Assembleia Espiritual Nacional para a necessidade de promover uma boa participação dos delegados na Convenção Nacional e de oferecer conselhos sobre os méritos de provisões de ajuda financeira a delegados. Além disso, os Conselheiros devem enfatizar à comunidade, através dos membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes, a importância dos crentes em cada área proverem ajuda financeira ao delegado que elegem para participar nas deliberações da Convenção Nacional. A responsabilidade vital de cada delegado votar pelo correio, se não for capaz de participar pessoalmente, também deve ser enfatizada. (De um memorando datado da 14 de novembro de 1988, escrita pela Casa Universal de Justiça ao Centro Internacional de Ensino) [17]
  • 18. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís 6. O Papel de Assembleia Espiritual Nacional 6.1 De Cartas Escritas por Shoghi Effendi ou em seu Nome 36. Os assentos dos delegados na Convenção, ou seja, o direito de decidir sobre a validade das credenciais dos delegados em uma determinada Convenção, está investido na Assembleia Nacional que se despede, e o direito de decidir sobre quem tem o privilégio de votar está também, em última instância, colocado nas mãos da Assembleia Espiritual Nacional... (29 de janeiro de 1925, escrita por Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e do Canadá, publicada em “Administração Bahá’í”, p. 106, Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007, 1ª edição) 37. Considera que a Assembleia Espiritual Nacional tem todo o direito de examinar as células se houver alguma dúvida quanto a eleição ter sido conduzida de modo apropriado. Por “preservação” das células quer se dizer que são preservadas nos arquivos nacionais. (14 de março de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembleia Espiritual Nacional da Assembleia e Nova Zelândia, publicado em “Letters from the Guardian to Australia and New Zeland, 1923-1957” [Sidney: National Spiritual Assembly of Australia, 1970, p. 66]) [18]
  • 19. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís Apêndice Carta da Casa Universal de Justiça aos Bahá’ís do Mundo Queridos amigos bahá’ís, Um dos sinais do colapso da sociedade em todas as partes do mundo é a erosão da confiança e colaboração entre o indivíduo e as instituições de governança. Em muitas nações o processo eleitoral tornou-se desacreditado devido a uma corrupção endêmica. Contribuindo para o aumento da desconfiança em um processo tão vital estão a influência decorrente de interesses velados com acesso a fundos extravagantes, as restrições à liberdade de escolha inerentes ao sistema partidário, e a distorção na percepção pública sobre os candidatos pela tendenciosidade expressa pela mídia. Apatia, alienação e decepção são uma consequência, como também o é um senso crescente de desesperança diante da improbabilidade de que os cidadãos mais capazes surjam para tratar dos inúmeros problemas de uma ordem social defeituosa. Evidente, em toda parte, é um anseio geral por instituições que administrem a justiça, acabem com a opressão, e fomentem uma unidade duradoura entre os elementos dispares da sociedade. A Ordem Mundial de Bahá’u’lláh é o sistema divinamente ordenado, pelo qual as nações e os povos buscam tão desesperadamente. Aclamada pelo Báb no Bayan Persa, suas características fundamentais prescritas pelo próprio Bahá’u’lláh, esta Ordem é algo sem precedente na história humana, devido ao seu padrão de justiça e seu comprometimento com a realização prática da unicidade da humanidade, como também por sua capacidade de promover mudanças e o avanço da civilização mundial. Provê os meios através dos quais a Vontade Divina ilumina o caminho do progresso humano e conduz finalmente ao estabelecimento do Reino de Deus na Terra. Por todo o planeta, os devotados seguidores de Bahá’u’lláh estão trabalhando para desenvolverem cada vez mais a Ordem Administrativa Bahá’í, descrita pelo Guardião “não somente como o núcleo, mas como o verdadeiro padrão da Nova Ordem Mundial”, e desta forma assentando as bases de uma civilização mundial destinada a revelar seu deslumbrante esplendor em séculos vindouros. Laboram firmemente nesse sentido, apesar das condições de tumulto e desordem aludidas por Bahá’u’lláh ao afirmar que “o equilíbrio do mundo foi alterado [19]
  • 20. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís através da influência vibrante desta nova e mais grandiosa Ordem Mundial. A vida ordenada do gênero humano foi revolucionada por meio deste Sistema único, maravilhoso – cujo igual jamais foi testemunhado por olhos mortais”. Com o esforço conjunto no mundo inteiro para o avanço do processo de entrada em tropas ganhando ímpeto através da implementação das provisões estabelecidas no Plano de Cinco Anos, é agora oportuno que os crentes, em todas as partes, dêem maior atenção ao fortalecimento do processo através do qual são eleitas as Assembleias, nacionais e locais. A forma de participação de todos os membros adultos da comunidade nessas eleições é uma característica distintiva do Sistema de Bahá’u’lláh; sendo um dever sagrado que confere um elevado privilégio a todo bahá’í poder selecionar, como um cidadão responsável do novo mundo que está sendo criado, a composição das instituições que têm autoridade sobre o funcionamento da comunidade bahá’í. Neste sentido, indiferença e negligência de parte de qualquer crente são atitudes alheias ao espírito da Causa. Os amigos devem esforçar-se incansavelmente para evitar serem contaminados por essas atitudes destrutivas, que têm infligido tamanho dano à integridade e autoridade das instituições de uma ordem mundial em declínio. Ao descrever as eleições bahá’ís, Shoghi Effendi, através de uma carta escrita em seu nome, disse que: “Os procedimentos e métodos eleitorais bahá’ís têm, de fato, como um de seus propósitos essenciais o desenvolvimento em todo crente do espírito de responsabilidade. Ao enfatizar a necessidade de manter sua total liberdade nas eleições, atribuem-lhe o dever de se tornar um membro ativo e bem informado da comunidade bahá’í na qual ele vive.” A forma como o eleitor exerce o direito e o privilégio de votar é, portanto, de grande importância. A orientação de Shoghi Effendi na seguinte passagem explica adicionalmente que “para ser capaz de fazer uma escolha sábia na época da eleição, é necessário que esteja em íntimo e contínuo contato com todas as atividades locais, sejam elas de ensino, administrativas ou outras, e que participe entusiástica e completamente nos assuntos dos comitês locais e nacionais e Assembleias de seu país. É somente desta maneira que um crente pode desenvolver uma verdadeira consciência social e adquirir um real senso de responsabilidade em assuntos afetando os interesses da Causa. A vida comunitária bahá’í, por conseguinte, faz com que seja o dever de cada crente leal e fiel se tornar um eleitor inteligente, bem informado e responsável e também lhe dá a oportunidade de se elevar a uma tal posição”. Embora não deva ser feita menção de personalidades em relação às eleições bahá’ís, é de todo apropriado que os crentes consultem sobre os requisitos e qualificações da condição de membro de uma instituição a ser eleita. Shoghi Effendi oferece orientações claras sobre este ponto: “Sinto que referência à [20]
  • 21. A Santidade e Natureza das Eleições Bahá’ís personalidade antes da eleição motivaria mal-entendidos e divergências. O que os amigos devem fazer é se familiarizarem completamente uns com os outros, trocarem opiniões, associarem-se livremente e discutirem entre si os requisitos e qualificações de membro, sem nenhuma referência ou alusão, por indireta que seja, a indivíduos em particular.” Entre as “qualidades necessárias” especificadas pelo Guardião, estão aquelas de “lealdade inquestionável, devoção abnegada, uma mente bem treinada, habilidade reconhecida e experiência madura”. Com uma mais elevada consciência das funções a serem cumpridas pelo corpo eleito, o crente pode, de forma apropriada, avaliar aqueles em quem deverão votar. Dentre o grupo daqueles que o eleitor acredita sejam qualificados para servir, uma seleção deve ser feita com a devida consideração a ser dada a outros fatores como faixa etária, diversidade e gênero. O eleitor deve fazer sua escolha após cuidadosa reflexão por um longo período de tempo antes da eleição propriamente dita. Quando convocados a votar em uma eleição bahá’í, os crentes devem estar conscientes de que estão cumprindo um dever sagrado e singular desta Dispensação. Devem cumprir esse dever em uma atitude de oração, buscando guia e confirmação divinas. Conforme o conselho de Shoghi Effendi, “eles devem volver-se inteiramente para Deus, e com pureza de motivo, liberdade de espírito e santidade no coração, participar das eleições”. Com sua adesão incondicional ao processo eleitoral bahá’í, os crentes testemunharão, dia a dia, um contraste cada vez maior entre as emergentes instituições da Ordem Administrativa Bahá’í e a decadente ordem social à sua volta. Nesta crescente distinção será testemunhada a promessa da glória da Ordem Mundial de Bahá’u’lláh – o Sistema destinado a cumprir com as mais elevadas expectativas da humanidade. A Casa Universal de Justiça 25 de março de 2007 [21]
  • 22. Coleção “Seleção de Escritos Bahá’ís”: • Aprofundamento, Conhecimento e Compreensão da Fé • Aquisição de Sabedoria • Arte e Assuntos Correlatos • Assembléia Espiritual Local, A • Assembléia Espiritual Nacional, A • Bahá’ís e o Muro de Berlim, Os • Captando a Centelha da Fé (Importância do Ensino às Massas) • Conquista Especial, Uma (Levando a Mensagem às Pessoas de Proeminência) • Conservação dos Recursos da Terra • Consulta Bahá’í ( A Lâmpada que Guia) • Contribuição aos Fundos Bahá’ís • Convênio, O • Corpo Continental de Conselheiros, O • Casamento Bahá'í • Crise e Vitória • Educação Bahá’í • Em Busca da Luz do Reino (Excelência Sobre Todas as Coisas e Festas de 19 Dias) • Ensino religioso nas Escolas • Fé em Ação (Projetos Bahá’ís Sócioeconômicos) • Fidedignidade • Funeral Bahá’í • Importância da Meditação e da Atitude Devocional • Importância da Oração Obrigatória e do Jejum, A • Importância das Artes na Promoção da Fé, A • Indivíduo e o Ensino, O • Instituição dos Conselheiros, A • Jejum Bahá’í, O • Juventude • Lei do Huqúqu’lláh, A • Leis, Histórias e Administração da Fé Bahá’í • Liberando o Poder da Ação Individual • Mulher • No Limiar da Paz • Nova Raça de Homens, Uma • Novo Modo de Vida, Um (Significado de Ser um Jovem Bahá’í) • Oposição à Fé • Padrão de Vida Bahá’í • Por Amor à Causa (Sobre Pioneirismo) • Política • Preservando Casamentos Bahá’ís (sobre Divórcio) • Promovendo a Entrada em Tropas • Questão Mais Desafiadora, A (Assuntos sobre a Raça Negra) • Sabeísmo, Buda, Krishna, Zoroastro e Assuntos Correlatos • Saúde, Higiene e Cura • Testamento Bahá’í • Vida Casta e Santa, Uma • Vida em Família (Uma Onda de Ternura) • Viver a Vida (Orientações sobre a Vida Bahá’í) ISBN 978-85-320-01970 www.editorabahaibrasil.com.br 9 788532 001979