Este documento fornece orientações sobre as eleições bahá'ís, enfatizando a importância de se realizá-las com pureza de espírito, desprendimento de tudo exceto Deus, e buscando Sua guia. Também destaca a necessidade de assegurar a liberdade e imparcialidade do processo eleitoral, e de considerar fatores como idade, diversidade e gênero na seleção dos candidatos.
As eleições bahá’ís: orientações sobre pureza, liberdade e qualificações
1. A Natureza das Eleições Bahá’ís
Trechos de guias e orientações sobre importantes aspectos
a serem considerados com relação às eleições bahá’ís
2. Desprender-se de tudo, menos de Deus, por ocasião das eleições
No dia da eleição os amigos devem participar nela com todo
coração, com unidade e amizade, dirigindo seus corações para
Deus, desprendidos de todas as coisas, a não ser Ele, procurando
a Sua guia e suplicando a Sua ajuda e bênção.
(De uma carta do Guardião datada de 27/02/1923)
3. Assembleia eleita em espírito de pureza é como se fosse
nomeada por Deus
Apelo intensamente a cada um de vocês... para que façam... mais
outro esforço esta vez mais espontâneo e desprendido do que antes
- e que se empenhem para cumprir sua tarefa... com aquela pureza
de espírito que é a única capaz de cumprir o mais acariciado desejo
de nosso Bem-Amado. Vamos recordar aquela confirmação
explícita e tantas vezes repetida, que toda Assembleia eleita
naquela atmosfera rarefeita de altruísmo e de desprendimento é em
verdade uma que foi nomeada por Deus.
(De uma carta do Guardião datada de 25/02/1942)
4. Vigilância para manter a pureza das eleições bahá’ís
Exerçam a máxima vigilância para que as eleições sejam realizadas
de forma livre, universal e por voto secreto. Qualquer forma de
intriga, fraude, trama ou coação deve ser parada e proibida.
(De uma carta do Guardião datada de 08/03/1932)
5. A propaganda eleitoral é condenada
A força e o progresso da Comunidade Bahá’í dependem da eleição
de almas puras, fiéis e ativas... A campanha para pessoas é
condenada...
(De uma carta do Guardião datada de 09/04/1932)
6. As qualificações ideais
Os eleitores... em atitude devota e de oração, depois de meditar e
refletir, devem eleger almas fiéis sinceras, com experiência,
capazes, competentes e que sejam dignas de serem membros.
(De uma carta do Guardião datada de 30/01/1923)
7. Não exigir perfeição, mas votar no melhor possível
A respeito de sua pergunta sobre as qualificações que ele descreve
são realmente aplicáveis a qualquer pessoa que venhamos a eleger
para um cargo bahá’í, seja qual for a sua natureza. Estas, porém,
são apenas umas indicações, o que não quer dizer que pessoas
que não preencham estas qualificações não possam ser eleitas para
um cargo. Devemos procurar alcançar o melhor que pudermos.
(De uma carta escrita em nome do Guardião datada de 24/10/1947)
8. Nada deve limitar a liberdade de escolha dos eleitores bahá’ís,
pois esta mesma liberdade vai produzir a melhor combinação
de elementos humanos
Aprecio muito as suas sugestões, mas não creio que esteja de
acordo com o espírito da Causa, impor qualquer limitação sobre a
liberdade dos crentes de escolher aquelas pessoas que melhor
combinam as qualificações essenciais de membro de instituições
administrativas, independente de raça, nacionalidade ou
temperamento. Não se deve fazer caso de personalidade, mas
concentrar sua atenção sobre as qualidades e requisitos do cargo,
sem preconceito, paixão ou parcialidade. A Assembleia deveria ser
uma representação dos elementos mais selecionados, mais
variados e capazes em cada comunidade bahá’í.
(De uma carta do Guardião datada de 11/08/1933)
9. ...uma seleção deve ser feita com a devida consideração a ser
dada a outros fatores como faixa etária, diversidade e gênero
Dentre o grupo daqueles que o eleitor acredita sejam qualificados para
servir, uma seleção deve ser feita com a devida consideração a ser dada a
outros fatores como faixa etária, diversidade e gênero. O eleitor deve fazer
sua escolha após cuidadosa reflexão por um período de tempo antes da
eleição propriamente dita. Quando convocados a votar em uma eleição
bahá’í, os crentes devem estar conscientes de que estão cumprindo um
dever sagrado e singular desta Dispensação. Devem cumprir esse dever
em atitude de oração, buscando guia e confirmação divinas. Conforme o
Conselho de Shoghi Effendi “eles devem volver-se inteiramente a Deus, e
com pureza de motivo, liberdade de espírito e santidade de coração,
participar das eleições.”
Casa Universal de Justiça, 25 de março de 2007