O documento discute como as crianças brincam livremente sem preocupações de gênero, às vezes desafiando estereótipos. A educação infantil deve permitir que meninos e meninas brinquem sem pressões para cumprir papéis de gênero pré-determinados, explorando diversos brinquedos e atividades. Observações de brincadeiras mostram que crianças pequenas não têm práticas sexistas inatas, mas aprendem sobre oposição de gêneros na escola.
4. UMA NOVA FORMA DE
BRINCAR
A brincadeira é um momento em que as
riquezas das relações favorecem a produção
da cultura infantil.
5. MENINOS = MENINAS
Observando meninos e meninas brincando
podemos perceber que na maioria das vezes
eles apresentam comportamentos,
preferências, atributos de personalidade mais
apropriada para o seu sexo, seguindo, desde
bem pequenos, as normas e padrões
estabelecidos.
6. MAS NEM SEMPRE OS
PADRÕES SÃO SEGUIDOS
Trocas de papéis sexuais
nas brincadeira muitas
vezes desapontam as
expectativas de uma
sociedade sexista, que
não entende que meninos
tem vontade de brincar de
cozinhar na casinha,
brincar com boneca,
brincar de salão de beleza
e meninas tem vontade de
subir em árvore, jogar
futebol, brincar com
espada, carrinho...
7. Nas brincadeiras coletivas nas quais meninos e
meninas se revezam nos papéis, sem
menosprezar ou desprezar papéis
considerados masculinos ou femininos as
crianças buscam companheiros para brincar e
vivenciar momentos agradáveis, não
importando ser homem ou mulher, menino ou
menina.
8. NA ESCOLA
As crianças vão aprendendo a
oposição e hierarquia dos sexos
ao longo que permanecem na
escola.
O profissional de educação infantil
tem papel fundamental para que
essa relações possam acontecer
de forma livre, sem cobranças
quanto a um papel sexual pré-
determinado.
É importante que o profissional que
trabalha na educação de
crianças pequenas tenha
consciência deste potencial, para
que, desse modo, repense sua
prática educativa.
9. LIBERDADE AO BRINCAR
A diversidade de briquedos e as várias opções
de brincadeiras que o ambiente da escola de
educação infantil proporciona às crianças vão
permitir, por meio lúdico, o favorecimento da
diversidade, para que todos os espaços sejam
ocupados por meninos e meninas
indiscriminadamente. As crianças brincam
espontaneamente com brinquedos que
escolhem sem constrangimento.
10. ESPONTANEIDADE
Observando crianças pequenas brincando
juntas, percebemos que elas não possuem
práticas sexistas, portanto não reproduzem
essas práticas em suas brincadeiras.
11. QUEBRANDO TABUS
Na medida em que meninos e meninas
transgridem o pré-determinado para cada
sexo, mostra-se que a instituição de educação
infantil pode apresentar mais uma
característica positiva quanto às formas
dessas relações: o ambiente da educação
infantil pode ser um espaço propício para o
não-sexismo.
12. A escolha e utilização dos brinquedos são
pontos importantes de análise para refletir
sobre as relações de meninos e meninas.
É necessário ressaltar que os brinquedos são
compreendidos como elementos culturais,
portadores de significados e as crianças estão
a todo momento recriando significados.